CIDADE CIDADÃ INFORMATIVO DA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO CÂMARA DOS DEPUTADOS 13/04/04 Ano VI Número 02 Metrópoles concentram 48% dos brasileiros mais pobres O presidente da CDU, deputado Silas Câmara (ao centro de terno claro) preside solenidade de abertura do Seminário Internacional As 25 regiões metropolitanas brasileiras concentram 48% dos brasileiros mais po- senvolvimento Urbano (CDU), nos dias 30 e 31 de março passado, no auditório Nereu o informativo de 27 de novembro de 2003), o Seminário Internacional acrescentou va- bres, ao mesmo tempo em que nelas são gerados 69% do Produto Interno Bruto, o Ramos, da Câmara dos Deputados. O evento foi realizado em parceria com liosas experiências de outros países da Europa e América Latina e de especialis- PIB que mede todas as riquezas produzidas no país. Pior ainda, do contingente de a Subchefia de Assuntos Federativos da Secretaria de Coordenação Política e As- tas da Índia, Canadá e África do Sul . Ao saudar os participantes, convidados desempregados existentes no Brasil nada menos do que 51% também estão lá. suntos Institucionais da Presidência da República, Ministério das Cidades, Insti- e autoridades presentes, o presidente da CDU, deputado Silas Câmara, afirmou: Estes dados, que mostram a dimensão do enorme problema dessas regiões, foram tuto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e Fórum das Federações, com apoio Vamos enfrentar os problemas das regiões metropolitanas motivados pelo apresentados durante a realização do Seminário Internacional O Desafio da Gestão da Caixa Econômica Federal e BNDES. Em relação às Audiências Públicas so- objetivo fundamental da inclusão social de milhões de brasileiros. Brasileiros que hoje das Regiões Metropolitanas em Países Federativos, promovida pela Comissão de De- bre o mesmo tema, realizadas pela CDU no ano passado (veja no site da Comissão vivem à margem do progresso e do desenvolvimento. (págs. 3 a 7) Quem é quem na Comissão Foi eleita, na quarta-feira (23/3), a nova Mesa Diretora da Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU), tendo o deputado Silas Câmara (PTBAM) como presidente, o deputado Jackson Barreto (PTB-SE), 1º vice-presidente, o deputado Walter Feldman (PSDB-SP), 2º vice-presidente, e o deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), 3º vice- presidente. O mandato é de um ano até a próxima eleição. Veja a composição completa (págs. 10 e 11) PERFIL Saiba quem é o novo presidente da CDU, deputado Silas Câmara (PTB-AM), a sua visão política e a agenda que ele pretende desenvolver ao longo da sua gestão. (pág. 8) COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO 2 13/04/04 REUNIÃO ORDINÁRIA Aprovada realização da VI Conferência A Comissão de Desenvolvimento Ur- Econômica Federal, entidades bano aprovou, em reunião ordinária, no dia 7 de abril último, requerimento do de- gestoras de água e esgoto, Fórum Nacional de Reforma putado Zezéu Ribeiro (PT-BA) para a realização da VI Conferên- Urbana e Frente Nacional de Saneamento. cia das Cidades com o tema Cidade Cidadã A Organiza- Em outra Audiência Pública, os membros da Co- ção das Cidades e a Participação Popular. A Conferên- missão ouvirão o presidente da Companhia Brasilei- cia que deve se realizar após as eleições municipais de ra de Trens Urbanos, João Luiz Dias. A proposta tam- outubro, debaterá a organização urbana. Vamos con- bém foi do deputado Jackson Barreto, e tem Sob a presidência de Silas Câmara (à esq.), Comissão aprova ... siderar a hierarquização, o processo de organização metropolitana, espaço, grupos sociais, qualidade de vida, superação do desemprego, geração de renda, melhoria dos serviços e equipamentos postos à disposição da população, escreveu Zezéu em sua justificativa. Foram aprovados também requerimentos para a manutenção da Subcomissão Permanente de Regiões Metropolitanas, criação de um Grupo de Trabalho que elaborará relatório sobre os Projetos de Lei que tramitam na CDU, propondo altera- ções no Estatuto da Cidade e a realização de Audiências Públicas. Por proposta do deputado Jackson Barreto (PTB-SE), a Comissão convidará a ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, e o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais da Presidência da República, Vicente Trevas, para apresentarem sobre medidas em estudo no Executivo destinadas a reduzir o valor das tarifas de ônibus urbanos, inclusive por meio de corte no preço do óleo diesel. O deputado Silas Câmara teve pro- o objetivo de discutir o futuro dos trens urbanos que, segundo o deputado, é um meio de transporte público de qualidade e barato. A pedido do deputado Carlito Merss (PT-SC) e da deputada Maria do Carmo Lara (PT-MG) a Comissão continuará a discustir a questão da construção habitacional como alavanca do desenvolvimento sócio-econômico, com empresários e entidades do setor habitacional, Caixa Econômica Federal e Ministério das Cidades, dando, assim seqüência aos debates iniciados em dezembro passado. posta aprovada para Audiência que tratará da questão do saneamento básico no país. Ele disse que as regiões Nordeste e Norte têm índices de atendimento bem abaixo do restante do país. Vamos abordar as desigualdades, conhecer os planos de investimentos do governo, as formas de financiamento que se pretende e as justificativas para o contingenciamento de recursos. Para falarem sobre o tema, a Comissão convidará representantes do .... propostas de Jackson Barreto .... Ministério das Cidades, IBGE, Caixa .... Maria do Carmo Lara e Zezéu Ribeiro EXPEDIENTE Presidente: Silas Câmara 1ª Vice-Presidente: Jackson Barreto 2º Vice-Presidente: Walter Feldman 3º Vice-Presidente: Cezar Schirmer Secretário: James Lewis Gorman Júnior Corpo Técnico: Admar Pires dos Santos, Ana Katia Martins Bertholdo, Cláudia Neiva Peixoto, Eliana Navarro Garcia, Eloneide Rodrigues dos Santos Sampaio, Emerson Paranhos Santos, Francisco Augusto de Queiroz, Francisco Nascimento da Silva, Inga Michele Ferreira Carvalho, Jaime Ferreira Lopes, Régia Maria Morais e Renata Campos Aranha Jornalista Responsável: Cláudio Kuck Editor: Vicente Dianezi Filho Fotos: Otawio Prachedes Câmara dos Deputados, Anexo II, Sala 188, Ala C CEP: 70160-900 Brasília/DF Fones: (61) 216-6550 a 6555 Fax: (61) 216-6560 [email protected] 13/04/04 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO 3 SEMINÁRIO INTERNACIONAL Riqueza e pobreza dividem as metrópoles A rápida deterioração, as desigual- dades e o empobrecimento acelerado nas regiões metropolitanas foram os pontos insistentemente lembrados ao longo do Seminário Internacional O Desafio da Gestão das Regiões Metropolitanas em Países Federativos. Gestores brasileiros e do exterior, acadêmicos e representantes do IPEA analisaram políticas regionais da Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Suécia, Reino Unido e América Latina. Também foram abordadas as experiências das regiões metropolitanas de Toronto, no Canadá, Delhi, na Índia e Cidade do Cabo, na O ministro Olívio Dutra discursa na abertura do Seminário Internacional África do Sul. O presidente do Instituto de Pesquisas nistério das Cidades, Ermínia Maricato, não deixou por menos: nas 11 maiores áreas Econômicas Aplicadas (Ipea), Glauco Truzzi Arbix, apontou uma forte contradi- metropolitanas brasileiras 90% da população têm renda inferior a três salários mí- ção, que mostra a dimensão e a complexidade do problema. As 25 regiões consti- nimos e a maioria mora em favelas. É, por isso que, segundo a secretária, o governo tuídas no Brasil concentram 69% do Produto Interno Bruto, o PIB nacional que pretende iniciar seu programa de investimentos nessas áreas, disponibilizando téc- mede todas as riquezas produzidas no país. Ao mesmo tempo, essas mesmas regiões nicos especializados no cadastramento imobiliário. periências permitida pelo Seminário: Começamos a nos reconhecer como interlocutores para a problemática urbana. abrigam 48% dos brasileiros mais pobres. Fundo metropolitano Já a secretária Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades, Raquel Rolnik, disse que a adoção de um modelo de segregação sócio-espacial levou as metrópoles a ter os mais ricos e a maior parte da pobreza e indigência do Brasil. Ela lamentou que todos defendem ações e investimentos integrados, mas infelizmen- Rosa Moura: desemprego te ninguém faz isso. Raquel Rolnik garantiu que a reabilitação das áreas centrais e consolidadas e a adoção de um modelo de gestão demo- Vicente Trevas: interlocutores crática são prioridades do Ministério. Ela defendeu ainda um pacto no Congresso Outro número que impressiona foi para jogar os recursos das emendas dos parlamentares numa espécie de fundo apontado por Rosa Moura, diretora de Pesquisa do Ipardes. Nada menos do que 51% metropolitano Vicente Trevas, Subchefe de Assuntos do total do contingente nacional de desempregados residem nas regiões metro- Federativos da Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais da Presi- politanas. E a secretária-executiva do Mi- dência da República saudou a troca de ex- Raquel Rolnik: prioridades 4 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO 13/04/04 SEMINÁRIO INTERNACIONAL Planejamento estratégico na Europa mais de 20 anos na busca de superação das iniciativas metropolitanas fracassadas dos anos 60 e 70. Só no programa de renovação de áreas deterioradas são aplicados anualmente 1,8 bilhão de euros (R$ 6,1 bilhões). Uma das soluções para os serviços de água, eletricidade, saneamento, transporte e coleta de lixo nas RMS, para enfrentar a forte tradição européia de cidades-estados, está sendo a formação de associação e sociedades de municípios como se fossem empresas privadas. Prever problemas e planejar o futuro é obsessão em algumas metrópoles. Andrés A deputada Maria do Carmo Lara preside painel sobre a Europa No painel sobre o Panorama das Re- giões Metropolitanas na Europa e Améri- merações urbanas com mais de um milhão de habitantes e, atualmente, l5% de ca Latina, presidido pela deputada Maria do Carmo Lara (PT-MG), o diretor de sua população estão ameaçados pela pobreza, principalmente nos novos países Políticas Regionais da União Européia, José Palma Andres (foto), disse que suas me- membros, da antiga Europa Oriental. A administração central procura reforçar o trópoles também têm problemas de governa-bilidade e falta de parceria. papel das cidades em detrimento dos estados e nações. Ele explicou que a região tem 40 aglo- Há um planejamento estratégico para disse que o Serviço Estratégico de Londres tem 100 pessoas dedicadas exclusivamente a ter idéias e procurar saídas para os complexos problemas urbanos. Ao final, ele garantiu que o Brasil pode contar com a cooperação e as informações da União Européia. Já Alberto Paranhos, do Programa Habitat para a América Latina e Caribe, sintetizou os problemas e diferenças na administração das RMs pelos países da região, ressaltando a competição e a concorrência predatória. O orçamento de Toronto: R$ 43 bilhões Toronto, no Canadá, com 2,5 milhões afirmou. O debate que se trava atualmen- de habitantes crescimento populacional médio de 2% ao ano é o maior conglo- te naquele país diz respeito ao poder dos governos locais. Atualmente, são criatu- merado metropolitano daquele país e exibe alguns dos mais elevados indicadores ras da províncias e não têm estrutura governamental e legislativa como aqui no sociais do mundo. O orçamento anual de 16 bilhões de Brasil, que está mais próximo do estilo dos Estados Unidos, ele explicou. dólares canadenses, algo em torno de R$ 43 bilhões, revelado pelo ex-ministro e O governo provincial no Canadá não permite ao município operar seus orçamentos no planejador daquela região, Daniel Burns, causou admiração e até uma ponta de in- vermelho e os gastos públicos vêm sendo reduzidos, por meio de um conselho que analisa veja entre a platéia. Ele explicou que o Canadá segue o mo- os pedidos de empréstimos. O Canadá opera com um sistema de parti- delo britânico de Constituição. Ela é só parcialmente escrita e mais baseada na lha de custos e receitas compatíveis às necessidades de cada província, ficando com os go- prática, o que dá agilidade e possibilita leis municipais sem status constitucional, ele vernos locais, em geral, apenas um quarto dos custos, mas com metas que precisam ser ne- gociadas, cumpridas e comprovadas. Os municípios são pagos para desenvolver determinados planos, recebendo incentivos e vantagens. Serviços públicos, como água, esgotamento sanitário e transporte público são subsidiados. Os usuários pagam, no máximo, 80% dos custos, em alguns casos. Há, ainda, transferências orçamentárias e a competência das administrações locais limita-se apenas à taxação da propriedade. Daniel Burns lembrou que a reorganização de Toronto foi a maior da história canadense, levando cinco anos para se criar uma administração comunitária: Atualmente explicou o lema é negociar, negociar e negociar, havendo muito a mudar ainda na organização municipal. 13/04/04 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO 5 SEMINÁRIO INTERNACIONAL Cidade do Cabo busca parcerias O deputado Walter Feldman, 2º vice-presidente da CDU, preside painel sobre experiências internacionais O professor Nico Steyler da Universi- Na África do Sul, suas seis regiões me- dade da Cidade do Cabo disse que a troca de experiências com as metrópoles brasi- tropolitanas exercem todo o poder local e cobrem 83% dos seus gastos com recur- locais e metropolitanos surgiu o problema da onerosa duplicação de servidores. Steyler criticou a prerrogativa de algu- leiras pode ser muito produtiva, temos muito em comum em relação à pobreza, sos próprios. Cape Town tem 2,5 milhões de habitantes (35% na linha de pobreza mas áreas centrais da cidade e de negócios, pagarem mais por privilégios para ter desigualdades, violência e desemprego. Ele explicou que até 1994 os governos ou abaixo dela) e orçamento de US$ 1,5 bilhão, apresentando como maior proble- segurança especial e melhor limpeza, criando verdadeiros enclaves de benefícios locais tinham controle provincial e nacional total, com forte conotação racista, se- ma de administração, a distância entre a população e seus representantes políticos e tornando um desafio a redistribuição e equalização de serviços. parando negros e brancos. Depois, o município e a metrópole funcionaram na pro- na metrópole, enfrentada agora por uma assessoria aos cidadãos, delegando poder Os esforços, atualmente, se concentram em trabalhar parcerias com a União moção da integração e lutar contra os privilégios nos serviços oferecidos. de ação a sub-conselhos que se opõem à privatização, mas com os fortes conselhos e províncias, a partir de um pensar metropolitano. Délhi é um cipoal administrativo O professor indiano Om Prakash servas para mulheres, castas e eleições a Marthur, da Comissão de Finanças dos estados de Délhi e Punjab, mostrou as di- cada cinco anos. A Índia tem 37 regiões e Délhi é uma ficuldades de administrar metrópoles de um país com 1 bilhão de habitantes, 16 das maiores, com 15 milhões de habitantes (35% sem acesso aos serviços públi- línguas diferentes, várias etnias e castas. A Constituição lista atribuições compar- cos), muitas favelas e assentamentos irregulares. tilhadas entre União e estados (encarregados dos recursos), o arranjo fiscal e de Marthur apontou a ineficiência da administração de Délhi e seu verdadeiro receitas. Em 1992 foi criada uma espécie de cipoal de divisões de poder. A força pública, segurança e a questão fundiária são terceira camada de governo local, estabelecendo-se conselhos municipais com re- de responsabilidade federal, mas a metrópole tem Legislativo próprio. Já a Empre- sa Municipal tenta administrar 85% do total da área metropolitana e pode se financiar no mercado, enquanto três conselhos municipais escolhidos por partidos diferentes têm parcelas de poder gerando conflitos de interesses. O governo local só pode pedir empréstimos da União, mas institui taxas e impostos sobre artigos de luxo, carros e lazer. Délhi tem superávit fiscal, mas mal distribuído e subsidiando água, eletricidade e transporte, o que não acontece entre outros estados e RMs, provocando críticas e disputas. COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO 6 13/04/04 SEMINÁRIO INTERNACIONAL Todos procuram solução para as regiões P roblema candente, aparentemente de difícil solução, que motivou a realização do Seminário Internacional, a questão metropolitana no Brasil desperta as mais diferentes opiniões. Para enfrentar a questão, arrisca-se muitas sugestões, desde a rigorosa aplicação do Estatuto da Cidade até a necessidade de formulação de um novo pacto federativo, em que União, Estados e Municípios, teriam seus papéis redefinidos. Durante a realização do Seminário, o informativo Cidade Cidadã colheu as opiniões de diferentes especialistas sobre o problema e o evento, que registramos a seguir. Falta integração Falta de integração institucional, interesses conflitantes e contraditórios geram desequilíbrio e os problemas das Regiões Metropolitanas. (Glauco Arbix, presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) Busca de saídas Se a urbanização acelerada e excludente continuar, a miséria e a Pacto metropolitano Superficialidade de lei cNossa preocupação volta-se para a questão da gestão, nos aspectos administrativo, político e econômico. Temos em conta que o constituinte de 1988 tratou superficialmente o problema. (Deputado Silas Câmara, presidente da Comissão de A solução para resolver o inchaço e a favelização das metrópoles é o cada vez mais preocupante. Ao promover este Seminário, a Comissão de Desenvolvimento Urbano situa a Câmara em seu importante papel de fórum de idéias. (Deputado Luiz Piauhylino, 2o vice-presidente da prefeito de Belém e Coordenador da Região Norte da Frente Nacional de Prefeitos) proposta de Lei Complementar para disciplinar essas regiões. Sem governo (Olívio Dutra, ministro das Cidades) Um dos nossos objetivos é que os programas sociais cheguem às regiões metropolitanas, onde não há governo e sim governos, não há recursos Mais cooperação A realidade nas grandes cidades é vir acompanhado de saídas. (Edmilson Rodrigues, Estatuto da Cidade. É inadiável um pacto metropolitano e uma Desenvolvimento Urbano) Fórum de idéias violência vão se aprofundar. O debate dos problemas é necessário, mas deve O diálogo sobre federalismo nos levará a uma maior cooperação e nos aproximará das realidades e experiências de Toronto, Cidade do Cabo e Délhi. (David Mac Donald, diretor de Relações e Parcerias Internacionais do Fórum das Federações) conjuntos e sim os de cada um. (Ana Fonseca, secretáriaexecutiva do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) Aliança federativa O desafio é a repactuação nas regiões metropolitanas, resgatar a cidadania, combinando aliança federativa com autonomia, sem gerar tensão. (Vicente Trevas, da Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais do Planalto) 13/04/04 7 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO SEMINÁRIO INTERNACIONAL Relatório sai no início de maio A gestão das 25 regiões metropolitanas brasileiras enfrenta um problema de xível, disse Azevedo. Segundo o relator Eduardo Fontes equacionar o problema no país. São elas: fundo: existe uma cultura política e administrativa, em nível nacional, que teima em Hotz, cada uma das 25 regiões metropolitanas brasileiras tem um modelo de 1) Necessidade de criação de uma ampla experiência de gestão compartilhada não compartilhar decisões. Resultado disso, torna-se falsa a tão propalada gestão diferente e todos eles são insu- em todos os níveis de funções públicas de interesse comum; autonomia constitucional entre os en- 2) A questão maior não é a forma de ges- tes federativos União, Estados e tão, mas a necessidade de se mudar a cul- Municípios. Afinal, se em cida- tura de enfrentamento da questão a partir de des limítrofes, problemas comuns de esgotamento sa- duas premissas: primeiro, reconhecendo-se, reciprocamente, que existem e, em segundo lu- nitário, distribuição de água ou de transporte público só podem ser resolvidos em conjunto mas a cultura não deixa fica-se com a autonomia e tam- gar, cada qual admitindo a presença do outro bém com os problemas. Este foi o pano de fundo nas discussões do Seminário Internacional, realiza- na solução de seu próprio problema; 3) A necessidade de do pela Comissão em março passado, cujo relatório final, a cargo de uma equipe es- ficientes. Entre as causas da ineficiência estão ampliação da fatia de participação da sociedade civil organizada na linha da gestão pecial coordenada pelo professor Sérgio Azevedo, vice-reitor da Universidade Es- a cultura política que não compartilha as decisões e também a postura autori- democrática; 4) A necessidade de criação e im- tadual do Norte Fluminense, estará pronto dentro de 30 dias. Participam da equi- tária de gestores. Ou os dirigentes municipais são autoritários e centralistas ou plementação de instrumentos de estímulo ao planejamento integrado regio- pe o presidente do Instituto Metrópolis, Eduardo Fontes Hotz, Virginia Renno de essas características são manifestadas pelos gestores estaduais. nal com a capacitação técnica dos quadros dos entes federados e da socieda- Mares Guia, pesquisadora da Fundação João Pinheiro de Minas Gerais, e os con- Conclusões de civil; 5) Construção de uma infra-estrutu- Hotz identifica êxitos setoriais na gestão das regiões metropolitanas brasilei- ra de planejamento e informação, que permita a comparação e o desenvolvi- ras, mas enfatiza que se deve buscar alternativas diferentes para trabalha-las, mento das soluções de planejamento integrado nas estruturas de mesma qua- Segundo Azevedo, as discussões mostraram que os arranjos institucionais in- em virtude das diferenças apresentadas por elas. lificação: Regiões Metropolitanas, Aglomerados Urbanos, Microrregiões e Re- ternacionais são bastante diversificados, sendo muito difícil fazer uma transposição A começar pelos dados demográficos. Enquanto a região metropolitana giões Integradas de Desenvolvimento Econômico (Rides); para a situação brasileira. Não existe receita de bolo. Temos que fazer uma adap- catarinense, por exemplo, exibe municípios com 100 mil habitantes, só o co- 6) Articulação de investimentos já existentes de cada ente federativo, dentro de tação à nossa realidade, ele explicou. Passo fundamental para isso seria a ração da região metropolitana de São Paulo, a capital paulista, tem 10,5 mi- um arranjo metropolitano cooperativo, a partir de regras claras e incentivos do go- criação de uma articulação política, a partir do governo da União e o Legislativo lhões de habitantes. De acordo com Hotz, as experiênci- verno federal; e 7) Criação de condições que permitam federal, em que se ouçam todos os atores envolvidos com vistas a uma pactuação. as internacionais e brasileiras apresentadas no Seminário já permitem que se à União e os Estados a trabalharem com consórcios de municípios. Deve haver um mínimo de regulação fle- chegue a algumas conclusões para se sultores da Câmara dos Deputados, Sueli Araújo e Cláudio Moura. Autoritarismo 13/04/04 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO 8 PERFIL/SILAS CÂMARA Mais um passo pela cidade cidadã D eputado Federal em segundo mandato, reeleito tão da redução das tarifas de ônibus urbanos. Para em 2002 com 71.578 votos quarto colocado da ban- que isto seja possível, diz, basta vontade política. Em cada amazonense Silas Câmara assumiu, em mar- Manaus, por exemplo, o ex-prefeito Alfredo Nasci- ço passado, a presidência da Comissão de Desenvolvi- mento, atual ministro dos Transportes, rreduziu a ta- mento Urbano com uma determinação. Espero, nes- xação do Imposto sobre Serviços, o ISS devido pe- ses doze meses, contribuir para que o Brasil atinja o nosso objetivo de que cheguemos à cidade cidadã. las operadoras de ônibus. Resultado disso, o valor Silas Câmara: o medo aumentou porque o país está parado O deputado já deu os primeiros passos para atinger esse objetivo. Na reunião ordinária da Comissão, ocorrida no dia 7 de abril, propos aos membros presentes que se inicie uma articulação com vistas à redução do déficit habitacional. Silas Câmara quer negociar na Câmara e no governo, a aprovação do Programa e do Fundo Nacional de Moradia Popular o projeto de lei 2710/92 que se encontra pronto para votação no plenário da Casa. Como se sabe o 2710/92 é o primeiro projeto de iniciativa popular que chegou à Câmara depois da Constituição de 1988. Ele recebeu mais de um milhão de assinaturas entre elas a do presidente Luís Inácio Lula da Silva, na época deputado federal. Obstinação As dificuldades não podem tirar nossa obstinação de querer mudar as coisas., afirma o deputado. Ele sabe quea área econômica do governo resiste à aprovação do projeto da moradia porque cria um fundo de recursos vinculados ao Orçamento. Mas pondera: Tivemos uma vitória excepcional quando saímos do regime autoritário. Na democracia, agora, se vence em etapas e o povo entendeu que era hora de experimentar o novo discurso de que a esperança venceria o medo. Tenho esperança, mas o medo aumentou porque o Brasil está parado. das tarifas caiu em 30%. Silas Câmara, eleito pelo PTB, sabe que está filiado a um partido integrante da base governista. Mas explica: Agenda Na agenda do presidente, encontram- Mesmo sendo da base não podemos nos calar diante de coisas que estejam se listadas outras iniciativas. Apesar do ano eleitoral, que deve produzir um recesso erradas. Fui eleito para ajudar o Brasil a melhorar e dou crédito ao governo para branco no segundo semestre deste ano, Silas Câmara pretende avançar na vota- que o país possa se desenvolver. Mas temos visto aumentar a fome e o desem- ção do substitutivo sobre o parcelamento do solo urbano, que está sendo produzido prego. A construção civil, lembra, é um setor pelo deputado Dr. Evilásio (PSB-SP). Constam ainda do seu cardápio o pro- altamente gerador de empregos e vai oferecer habitações para quem precisa. Para jeto de lei da deputada Maria do Carmo Lara (PT-MG), a respeito da definição de ele, o que mais o Brasil necessita no momento e destinar recursos financeiros para regras seguras e objetivas sobre o saneamento ambiental no Brasil. Sem falar no essa área. Nessa linha, o deputado critica o seu propósito de dar seqüência ao debate nacional da Comissão, com a VI Confe- contingenciamento dos recursos federais que deveriam estar sendo investidos em rência das Cidades, evento que tem sido realizado anualmente desde 1999. benefício da população. Ele lembra que, na região norte, apenas 2,65% dos domi- Neste ano, a Comissão definirá os critérios para a escolha dos municipios e es- cílios contam com esgotamento sanitário e que de cada real arrecadado pela União tados que tenham implantado as melhores políticas urbanas e que serão premia- no Amazonas retornam apenas 40 centavos. dos com o selo Cidade Cidadã. Silas Câmara lamenta apenas o cami- O governo Lula ainda tem um crédito razoável e o presidente, pela sua ori- nho escolhido pelo presidente da República para alcançar a estabilidade da economia. gem e pela sua sensibilidade, vai repensar esse caminho atual. O presidente foi eleito com um outro O presidente da Comissão também avalia que é possível avançar com outros discurso. Por isto, consideramos que é necessário, com certa urgência, corrigir os projetos de lei de altíssimo interesse público e popular que não dependem de re- rumos da política econômica que hoje está causando prejuízos enormes para a popu- cursos. Ele aponta, por exemplo, a ques- lação. 13/04/04 9 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO EM PAUTA PROJETO DE LEI Nº 3.057/00 (Apensos: PL 5.499/01, PL 5.894/01, PL 6.180/02, PL 6.220/02, PL 7.363/02, PL 550/03, PL 1.001/03) EMENTA Inclui § 2º no art. 41, da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, numerando-se como parágrafo 1º o atual parágrafo único. AUTOR : DEPUTADO BISPO VANDERVAL (PL/SPJ) RELATOR: DEPUTADO DR. EVILÁSIO (PSB/SP) Uso do solo está na reta final Já está tomando formato final o texto Todos eles foram apensados ao primei- do Substitutivo do deputado Dr. Evilásio (PSB-SP) que vai modificar a antiga lei ro projeto e deram a medida para os membros da Comissão de que a antiga Lei pre- 6.766/79 reguladora do parcelamento do solo urbano. Pretendo apresentar o tex- cisava sofrer uma profunda reformulação. A partir dessa constatação, a Comissão to para votação, na Comissão, no começo de junho próximo, adianta o deputado. iniciou um amplo processo de debates que contou com outra bateria de Audiências No momento, o deputado está mergulhado num trabalho de sistematização, Públicas, realizadas em 2002, anteriormente às do ano passado. compatibilizando o relatório final às propostas feitas nas quatro Audiências O ex-deputado João Sampaio (PDT-RJ), ex-presidente da Comis- Públicas, realizadas no ano passado pela Comissão de Desenvolvimento são, relatou os trabalhos e apresentou um Substitutivo que não che- Urbano. Ao longo dos debates, foram ouvidos os mais diferentes es- gou a ser votado. Como João Sampaio não retornou à Câmara na pecialistas, além de setores empresariais, públicos e acadêmicos vol- atual legislatura, coube a Dr. Evilásio a relatoria da matéria. tados para a questão do uso do solo urbano. Assim que o relatório esti- Deputado Dr. Evilásio: relatório em junho Para o relator, é preciso definir regras que obriguem o ajuste dos loteamentos à demanda, definindo áreas públicas para equipamentos comunitários. ver pronto, antes de apresentá-lo na Comissão, Dr. Evilásio pretende discutí-lo com O Substitutivo, que Dr. Evilásio está apresentando, foi provocado pelo projeto os representantes do MInistério das Cidades. de lei 3.057, apresentado em 2000 pelo deputado Bispo Vanderval (PL-SP). Embora Ele critica a segregação dos condomínios. fechados, que contaminam o meio ambi- Nas Audiências Públicas, tratou-se da proliferação dos loteamentos clandestinos a proposta do deputado fizesse uma pequena alteração na Lei 6.766/79, logo em ente, oneram a administração municipal e estimulam a especulação imobiliária, sem nas cidades, das dificuldades para regularização de lotes, da crescente privatização seguida diversas outras propostas deram entrada na Câmara visando a alterações garantir a segurança que seus moradores buscam: do espaço urbano pela a implantação de condomínios fechados e da questão de na mesma Lei: projetos de lei 5.499/01, 5.894/01, 6.180/02, 6.220/02, 7.363/02, A discussão já está madura. Vamos fazer uma Lei moderna e adaptada à nova contratos e registros de imóveis. 550/03 e 1.001/03. realidade de nossas cidades. COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO 10 13/04/04 Eleita a nova Comissão de Foi eleita, no dia 23/3, a nova Mesa Diretora da Comissão de Desenvolvimento Urbano, tendo o deputado Silas Câmara (PTB-AM) como presidente, o deputado Jackson Barreto (PTB-SE)... TITULARES Presidente Silas Câmara (PTB-AM) 215-5532 1º Vice-Presidente Jackson Barreto (PTB-SE) 215-5733 Dr. Evilásio 215-5454 2º Vice-Presidente Walter Feldman (PSDB-SP) 215-5585 Eliseu Moura (PP-MA) 215-5826 3º Vice-Presidente Cezar Schirmer (PMDB-RS) 215-5228 Fátima Bezerra (PT-RS) 215-5213 Ary Vanazzi (PT-RS) 215-5369 Cláudio Cajado (PFL-BA) 215-5630 Inácio Arruda (PCdoB-CE) 215-5582 José Chaves (PMDB-PE) 215-5436 Leonardo Picciani (PMDB-RJ) 215-5325 Luiz Carrera (PFL-BA) 215-5408 Maria Helena (PPS-RR) 215-5909 Mauro Benevides (PMDB-CE) 215-5244 Paulo Gouvêa (PL-RS) 215-5641 Pedro Fernandes (PTB-MA) 215-5814 Ricardo Izar (PTB-SP) 215-5634 Terezinha Fernandes (PT-MA) 215-5409 Wilson Santos (PSDB-MT) 215-5808 Zezéu Ribeiro (PT-BA) 215-5571 13/04/04 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO 11 Desenvolvimento Urbano ...1º vice-presidente, deputado Walter Feldman (PSDB-SP), 2º vice-presidente, e o deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), 3º vice-presidente. O mandato é de um ano até a próxima eleição. Conheça os novos membros e seus telefones: SUPLENTES Anderson Adauto (PL-MG) 215-5739 Barbosa Neto (PSB-GO) 215-5736 B. Sá (PPS-PI) 215-5643 Carlito Merss (PT-SC) 215-5273 Chico da Princesa (PL-PR) 215-5633 Devanir Ribeiro (PT-SP) 215-5537 Dr. Pinotti (PFL-SP) 215-5525 Francisco Rodrigues (PFL-RR) 215-5304 Ivo José (PT-MG) 215-5573 Jader Barbalho (PMDB-PA) 215-5831 José Carlos Elias (PTB-ES) 215-5230 Maria do Carmo Lara (PT-MG) 215-5373 Pastor Frankembergen (PTB-RR) 215-5577 Paulo Kobayashi (PSDB-SP) 215-5727 Perpétua Almeida (PCdoB-AC) 215-5625 Sebastião Madeira (PSDB-MA) 215-5405 Tatico (PTB-DF) 215-5560 Zé Lima (PP-PA) 215-5610 NOTAS URBANAS Práticas de habitação social recebem prêmios Há seis anos, a Associação Habitat; e, Fernando Avelino Brasileira de Companhias Habitacionais e Órgãos Presidente do Fórum Nacional de Secretários de Habitação; com Assemelhados (ABC), entidade que congrega as empresas apoio técnico de Beatriz Loureiro Cerqueira Lima - Gerente Nacional públicas de habitação dos governos estaduais e municipais, de Desenvolvimento Urbano CAIXA, Antonio César Ramos criou o Selo de Mérito. De acordo com o presidente da Gerente do Programa PSH MCIDADES e James Lewis, ABC, Carlos Eduardo Marun, o Prêmio tem como objetivo Secretário da Comissão de Desenvolvimento Urbano CDU, da incentivar, estimular e divulgar ações relacionadas à produção de habitação popular e ao Câmara dos Deputados. De acordo com um dos membros da desenvolvimento de alternativas de produção. comissão julgadora e diretor de FGTS da Caixa Econômica, Joaquim Os projetos foram escolhidos por Lima, os projetos apresentados perseguem a premissa da inovação uma Comissão Julgadora composta por Jorge Hereda - e a busca de alternativas para habitação popular com a Secretário Nacional de Habitação do Ministério das Cidades; participação comunitária. Os projetos ressaltaram muito o Aser Cortines Vice-Presidente da Caixa Econômica Federal; aspecto da cidadania. Deputada Federal Maria do Carmo Lara Ex-presidente da Os vencedores do Selo de Mérito 2003 foram: Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Projeto Rememorar, da Companhia de Desenvolvimento Deputados - CDU; Joaquim Lima de Oliveira - Diretor Nacional do Urbano da Bahia CONDER-BA; Mapa Básico Digital da Região FGTS da Caixa; Mário William Esper, Presidente do CTECH Metropolitana de Belém, da Companhia de Habitação do Estado Comitê Nacional de Desenvolvimento Tecnológico da do Pará COHAB- PA; Programa Favela Bairro da Habitação do Ministério das Cidades e Coordenador Nacional Prefeitura do Rio de Janeiro/ Secretaria de Habitação; de Materiais, Componentes e Sistemas Construtivos do Projeto Cheque Reforma da Agência Goiana de Habitação PBQP-H Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do AGEHAB; Programa Casa Lar 2004, apresentado pela Compahia de Habitação de Londrina COHAB-LD; Projeto Sóter, da Empresa Municipal de Habitação EMHA-MS; Programa Residencial Cidade de São Paulo, da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo COHAB-SP; Pró-Lar Auto Construção, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo CDHU-SP Secretaria de Habitação; Projeto Condomínio dos Anjos, do Departamento Municipal de Habitação da Prefeitura de Porto Alegre DEMHAB; e Projeto de Acompanhamento Social Conjunto Cidadão, da Superintendência de Urbanização, Habitação e Assuntos Fundiários do Estado do Amazonas SUHAB. Foram agraciados com o Selo de Mérito Especial 2003 o Deputado Federal Ary Vanazzi e o Empresário Othon Deça Cals Abreu. A entrega da premiação ocorreu no dia 25 de março passado, na Reunião Conjunta do FNSH Fórum Nacional de Secretários de Habitação e ABC Associação Brasileira de COHABs, que se realizará na cidade de Londrina/ Paraná, estando reservado o dia 25/03 para apresentação dos Projetos/Programas ganhadores do SELO DE MÉRITO - 2003.