26/05/2010 Rodoviária Linha de passe Brasil, 2008. Direção: Walter Sales, Daniela Thomas Censura ??? São Paulo. Reginaldo é um jovem que procura seu pai obsessivamente. Dario sonha em se tornar jogador de futebol mas, aos 18 anos, vê a idéia cada vez mais distante. Dinho dedica-se à religião. Dênis enfrenta dificuldades em se manter, sendo também pai involuntário de um menino. Os quatro são irmãos, tendo sido criados por Cleuza, sua mãe, que trabalha como empregada doméstica e está mais uma vez grávida, de pai desconhecido. Eles precisam lidar com as transformações religiosas pelas quais o Brasil passa, assim como a inserção no meio do futebol e a ausência de uma figura paterna. Cine Rapadura Maio/2010 CINERAPADURA MOSTRA CINEMA NA RUA Sabemos que a maioria da população brasileira é privada da produção cultural, rica em diversidade de linguagens e instrumento de promoção do entretenimento, que além de distrair, permite conhecer e pensar sobre outras realidades, ou sobre seu próprio dia-a-dia que de tão conhecido nos passa despercebido e nos embrutece. Ao povo, e principalmente, àqueles que vivem fora dos grandes centros urbanos tem se ofertado as produções comerciais, que trata o espectador como consumidor passivo dos enlatados da indústria cinematográfica produzidos para bater os recordes de bilheteria. Reconhecendo a carência de políticas que democratizem o acesso à cultura, o CINE RAPADURA – projeto de extensão vinculado à Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – está levando o cinema para a rua, exibindo neste mês de maio, em diferentes pontos da cidade de Amargosa, filmes nacionais que retratam de forma leve e divertida problemas sociais, questões que nos inquietam, proporcionando assim o entretenimento gratuito e de qualidade. Levar o cinema para a rua quebra a lógica dominante do cinema no shopping center, fora do alcance da população e que limita a criatividade humana e a trata como mera consumidora da grande industria cultural. Os filmes exibidos apresentam personagens populares vivendo suas histórias pessoais e sociais, com as quais o espectador poderá se identificar, colocando em dúvida suas crenças e convicções, questionando a realidade que nos parece imutável e convidando a pensar sobre o que nos cerca através da linguagem lúdica, colorida e movimentada do cinema: rir da própria vida, através da vida de Macabéia, personagem de A Hora da Estrela, ou, na forma irônica e debochada de Deraldo, personagem de O Homem que Virou Suco, criticar a sociedade classista e preconceituosa que deseja esmagá-lo ou, ainda, emocionar-se com a história de Reginaldo, sua mãe e irmãos, moradores da periferia de São e personagens de Linha de Passe. Boa Seção! Débora Feitosa. Professora do Centro de Formação de Professores da UFRB A hora da estrela Brasil, 1985. Direção: Suzana Amaral 12/05/2010 Igreja da Santa Rita O filme conta a historia de Macabéa (Marcela Cartaxo), uma migrante nordestina semiMacabéa é uma migrante nordestina semianalfabeta numa analfabetaque quetrabalha trabalha como como datilógrafa datilógrafa numa pequena firma numapensão. pensão.Ela Ela conhece pequena firmaee vive vive numa conhece o o também também nordestino nordestino Olímpico Olímpico, (José um Dumont), operário ummetalúrgico, operário metalúrgico, e os dois começam e os dois começam a namorar. Masa Glória, uma trabalho Taxman) de Macabéa, namorar. Mas colega Glória de (Tamara uma rouba-lhe o namorado, seguindo o conselho colega de trabalho de Macabéa, rouba-lhedeo uma cartomante. Macabéa faz uma consulta à namorado, seguindo o conselho de uma mesma cartomante, Madame Carlota, e esta cartomante. Macabéa faz uma consulta à mesma prevê seu encontro com um homem rico, bonito e cartomante, Madame Carlota (Fernada carinhoso. Urso de Ouro no Festival de Berlim Montenegro), e esta prevê seu encontro com um para a atriz Marcelia Cartaxo. homem rico, bonito e carinhoso. Urso de Ouro no Festival de Berlim para a atriz Marcelia Cartaxo. O homem que virou suco 19/05/2010 Brasil, 1981. Direção: João Batista UFRB Catiara O Homem que virou suco de Brasil, Andrade. Censura ?? João Batista de Andrade 1979. Direção: 16 anos Deraldo, poeta popular recém-chegado do Nordeste poeta a São popular Paulo, sobrevivendo de suas Deraldo, recém-chegado do poesias e afolhetos é confundido com de o operário Nordeste São Paulo, sobrevive suas de uma emultinacional o patrão na festa poesias folhetos atéque quemata é confundido com que recebe o título de operário símbolo. O operário de uma multinacional que matafilme o aborda a resistência do poeta diante de uma patrão na festa em que recebe o título de sociedade opressora, esmagando o homem diaoperário-símbolo. O raízes. poeta passa a ser a-dia, eliminando suas perseguido pela polícia, é obrigado a trabalhar e perfaz então a trajetória de um migrante na grande metrópole: a construção civil, os serviços domésticos, o metrô, a humilhação, a violência.