Apostila de urgência e emergência AULA 2: TRAUMAS 1- INTRODUÇÃO • São as urgências mais freqüentes e de maior envolvimento da área da saúde. • Trauma é uma lesão caracterizada por uma alteração estrutural ou fisiológica resultante da ação de um agente externo que resulta na exposição a uma energia (mecânica, térmica, elétrica, química, irradiação), esta energia pode ter origens bio-físico-químicas. 2- EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMA • NO MUNDO:De acordo com OMS os traumatismos ocupam o 4º lugar entre as causas de morte. • NO BRASIL: Ocupam 2º lugar (Souza, H. et al, 2003)¹ 1) Constitui-se a terceira causa de mortalidade geral; 2) É responsável, anualmente, por mais de 125 mil mortes; 3) 400 mil vítimas sofrerão com as sequelas definitivas; 4) O trauma consome mais anos de vida do que o primeiro e o segundo problema de saúde que mais incrementa os índices de mortalidade no país – as doenças cardiovasculares e as neoplasias; 5) Gera altos custos diretos e indiretos com a assistência, perfazendo um valor superior à dívida externa do país; 6) Constitui problema de saúde em consequência das mudanças sociais, econômicas e políticas, como o desemprego, a marginalização, o desenvolvimento automobilístico 3- PACIENTE POLITRAUMATIZADO • Pcte com mais de um tipo de trauma. • Abordagem do pcte politraumatizado é uma tarefa complexa que requer amplo conhecimento, habilidade técnica, capacidade de julgamento e de liderança. 3.1- Atendimento ao politraumatizado Deve incluir duas diferentes situações: 1- Fase pré-operatória: deve existir uma coordenação central na comunidade que recebe o pedido de socorro e que envie a unidade móvel mais próxima, diminuindo o tempo de Autora: Prof.ª Luciene Maria Ferreira do Nascimento Apostila de urgência e emergência permanência no local do acidente e agilizar o transporte, o socorrista deve saber dados sobre hora do trauma, eventos relacionados ao acidente e história pregressa do pcte. 2- Fase hospitalar: na sala de emergência, de posse das informações recebidas da central de atendimento, deve ser feito o preparo para a chegada do pcte. 3.2- Escores e índices do trauma Valores matemáticos ou estatísticos, quantificados por escores numéricos, que variam de acordo com a gravidade das lesões resultantes do traumatismo. 3.2.1- Escala de coma de glasgow - Descrita em 1974 por Teasdale e Jannett; - Utilizada para avaliar o nível de consciência; 3.2.2- Escore de trauma revisado - Publicado por Champion e col. em 1989. 3.3- Procedimentos 3.3.1- Cânula orofaríngea (cof) Autora: Prof.ª Luciene Maria Ferreira do Nascimento Apostila de urgência e emergência 1 2 3 4 3.3.2- Abaixador de língua 3.3.3- Cânula nasofaríngea Autora: Prof.ª Luciene Maria Ferreira do Nascimento Apostila de urgência e emergência 3.3.4- Cânula de duplo lúmen 37F para pacientes de 1,40 a 1,80m de altura 41F para pacientes acima de 1,80m. 1)O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal horizontal com pescoço em posição neutra (não olfativa). O operador se coloca ao lado da cabeça, com o polegar na orofaringe pinçando a língua contra a mandíbula e abrindo a boca o máximo possível. 2) O uso de laringoscópio, com a finalidade de elevar a mandíbula, facilita a inserção e diminui a incidência de complicações. 3)Inserir às cegas o Combitube até que a marca de referência esteja alinhada com os dentes incisivos. Caso haja resistência à progressão, mudar a técnica. Insuflar o balonete proximal (orofaríngeo) com 40 a 85ml para o tamanho 37F e 40 a 100ml no 41F, selando as cavidades oral e nasal. A seguir, o balonete distal é insuflado com 5 a 12ml para o Combitube 37F e 5 a 15 ml, para o 41F. 4)Testar a ventilação no lúmen azul, mais longo (cuja extremidade distal termina em fundo cego). Se a ausculta pulmonar for positiva, é sinal que o Combitube ganhou posição esofágica, o que ocorre em 94 a 99% das vezes. Se os sons pulmonares não forem audíveis, provavelmente o Combitube ganhou posição traqueal 3.3.5- Cricotireoidostomia - CIRÚRGICA Autora: Prof.ª Luciene Maria Ferreira do Nascimento Apostila de urgência e emergência • Indicação: Via aérea rápida, usada quando não é possível acessar e garantir VA de outro modo mais rápido e seguro. Este procedimento é contra-indicado para menores de 12 anos. • - POR PUNÇÃO • Indicação: criança maiores de 12 anos e em adultos com obstrução da via aérea, para manter oxigenação até que solução definitiva mais adequada seja implementada. Média de tempo de 30 minutos. Autora: Prof.ª Luciene Maria Ferreira do Nascimento Apostila de urgência e emergência 3.3.6- Entubação orotraqueal 3.3.7- Drenagem torácica 6º/7º Espaço Intercostal Linha Média Axilar – LÍQUIDO 2º Espaço intercostal linha mamária- GASOSA MATERIAL • Bandeja de drenos torácicos; • Dreno torácico; • Lidocaína a 1%; • Seringa para infiltração da lidocaína; • Antisséptico tópico; • Luvas estéreis; • Hemostatos; • Material de sutura; • Sistema de drenagem; • Campo fenestrado; • Água estéril para o sistema de selo d`água; • Medicação para dor e sedação. 1- Introdução do dedo para assegurar que esteja livre de aderências Autora: Prof.ª Luciene Maria Ferreira do Nascimento Apostila de urgência e emergência 2- Dreno é pinçado e introduzido - Pede-se q o paciente tussa para confirmar saída de ar ou liquido pelo dreno selo d’água. - Dreno para ser retirado é necessário que o paciente segure a respiração após inspirar, retira-se rapidamente o dreno e faz-se curativo oclusivo. 3.3.8- Colete de imobilização dorsal (ked) Equipamento destinado a retirada de vítimas do interior de veículos que estiverem sentadas, objetivando a imobilização da coluna cervical, torácica e lombar superior. Sua fixação dá-se através de tirantes flexíveis fixos e móveis. 3.3.9- Bandagens Autora: Prof.ª Luciene Maria Ferreira do Nascimento Apostila de urgência e emergência Autora: Prof.ª Luciene Maria Ferreira do Nascimento