Depressão
Lisete Moreira del Bianco
[email protected]
1
Características:
• 10% a 25% da população que procura o clínico
• = hipertensão e infecções respiratórias
• Ao contrário dessas doenças, entretanto, eles não
•
•
•
•
costumam estar preparados para reconhecer e tratar
depressões.
Início entre os 20 e os 40 anos.
Para caracterizar o diagnóstico de depressão, foi criada a
tabela a seguir.
Tabela (cinco ou mais dos sintomas relacionados devem
estar presentes).
Dentre eles, um é obrigatório: estado deprimido ou falta
de motivação para as tarefas diárias, há pelo menos
duas semanas.
Lisete Moreira del Bianco
[email protected]
2
Critérios para diagnóstico de depressão
(DSM-IV, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4ª edição).
• Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do
•
•
•
•
•
•
•
•
tempo;
Anedônia: interesse diminuído ou perda de prazer para
realizar as atividades de rotina;
Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;
Dificuldade de concentração: habilidade freqüentemente
diminuída para pensar e concentrar-se;
Fadiga ou perda de energia;
Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente
diárias;
Problemas psicomotores: agitação ou retardo
psicomotor;
Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de
regime alimentar;
Idéias recorrentes de
morte
suicídio.
Lisete
Moreira ou
del Bianco
[email protected]
3
De acordo com o número de itens respondidos
afirmativamente, o estado depressivo pode ser classificado
em três grupos:
• 1) Depressão menor: 2 a 4 sintomas por duas
•
•
ou mais semanas, incluindo estado deprimido ou
anedônia;
2) Distimia: 3ou 4 sintomas, incluindo estado
deprimido, durante dois anos, no mínimo;
3) Depressão maior: 5 ou mais sintomas por
duas semanas ou mais, incluindo estado
deprimido ou anedônia.
Lisete Moreira del Bianco
[email protected]
4
Fatores de risco para depressão
· História familiar de depressão;
· Sexo feminino;
· Idade mais avançada;
· Episódios anteriores de depressão;
· Parto recente;
· Acontecimentos estressantes;
· Dependência de droga.
Lisete Moreira del Bianco
[email protected]
5
Curiosidades:
• O número de casos entre mulheres é o dobro dos
•
•
•
homens.
Não se sabe se a diferença é devida a pressões sociais,
diferenças psicológicas ou ambas.
A vulnerabilidade feminina é maior no período pós-parto:
cerca de 15% das mulheres relatam sintomas de
depressão nos seis meses que se seguem ao nascimento
de um filho.
A doença é recorrente. Os que já tiveram um episódio de
depressão no passado correm 50% de risco de repeti-lo.
Se já ocorreram dois, a probabilidade de recidiva pode
chegar a 90%; e se tiverem sido três episódios, a
probabilidade de acontecer o quarto ultrapassa 90%.
Lisete Moreira del Bianco
[email protected]
6
Origens
• A causa exata da depressão permanece
•
•
desconhecida.
A explicação mais provavelmente correta é o
desequilíbrio bioquímico dos neurônios
responsáveis pelo controle do estado de humor
A influência genética como em toda medicina é
muito estudada. Trabalhos recentes mostram
que mais do que a influência genética, o
ambiente durante a infância pode predispor mais
as pessoas.
Lisete Moreira del Bianco
[email protected]
7
Origens
• Quadros de depressão podem ser disparados por
•
•
problemas psicossociais como a perda de uma pessoa
querida, do emprego ou o final de uma relação amorosa.
1/3 dos casos estão associados a condições médicas
como câncer, dores crônicas, doença coronariana,
diabetes, epilepsia, infecção pelo HIV, doença de
Parkinson, derrame cerebral, doenças da tireóide e
outras.
Diversos medicamentos de uso continuado podem
provocar quadros depressivos. Entre eles estão os antihipertensivos, as anfetaminas (incluídas em diversas
fórmulas para controlar o apetite), os benzodiazepínicos,
as drogas para tratamento de gastrites e úlceras
(cimetidina e ranitidina), os contraceptivos orais,
cocaína, álcool, antiinflamatórios e derivados da
cortisona.
Lisete Moreira del Bianco
[email protected]
8
Psicoterapia
• A maioria dos autores concorda que a psicoterapia pode
•
•
•
controlar casos leves ou moderados de depressão.
O método oferece a vantagem teórica de não empregar
medicamentos e diminuir o risco de recidiva do quadro,
desde que a pessoa aprenda a reconhecer e lidar com os
problemas que a conduziram a ele.
A grande desvantagem, no entanto, está na lentidão e
imprevisibilidade da resposta. A psicoterapia não deve
ser indicada como tratamento exclusivo nos casos
graves.
Embora reconheçam os benefícios da psicoterapia, a
maioria dos autores admite que a tendência moderna é
empregar medicamentos para tratar quadros
depressivos.
Lisete Moreira del Bianco
[email protected]
9
Medicamentos:
• Uma classe de antidepressivos conhecida como a dos
•
•
•
inibidores seletivos da recaptação da serotonina
(fluoxetina, paroxetina, citalopran, etc.) é considerada
como de primeira linha no tratamento da depressão em
crianças e adolescentes.
60% desses pacientes respondem ao tratamento. Esses
medicamentos apresentam menos efeitos colaterais e
risco de complicações por overdose menor do que outras
classes de antidepressivos.
A recomendação é iniciar o esquema com 50% da dose
e depois ajustá-la no decorrer de três semanas de
acordo com a resposta e os efeitos colaterais.
Obtida a resposta clínica, o tratamento deve ser mantido
por seis meses, no mínimo, para evitar recaídas.
Lisete Moreira del Bianco
[email protected]
10
Nem remédio, nem psicoterapia
• Muitos portadores de depressão não se dispõem
•
•
a fazer psicoterapia nem a tomar remédio.
Esses devem praticar exercício físico com
regularidade (melhora o humor e a autoimagem) e aumentar o número de atividades
diárias capazes de lhes dar prazer.
Precisam estar cientes, porém, de que
depressão é doença potencialmente grave,
recidivante, capaz de evoluir independentemente
do controle voluntário.
Lisete Moreira del Bianco
[email protected]
11
Depressão: infância e adolescência
• Depressão é uma doença crônica, recorrente,
•
muitas vezes com alta concentração de casos na
mesma família, que se manifesta não só em
adultos, mas também em crianças e
adolescentes.
Qualquer criança ou adolescente pode ficar
triste, mas o que caracteriza os quadros
depressivos nessas faixas etárias é o estado
persistentemente irritado, tristonho ou
atormentado que compromete as relações
familiares, as amizades e a performance escolar.
Lisete Moreira del Bianco
[email protected]
12
Distúrbios bipolares
• Em pelo menos 20% dos pacientes com
depressão instalada na infância ou adolescência,
existe risco de surgirem distúrbios bipolares, nos
quais fases de depressão se alternam com
outras de mania, caracterizadas por euforia,
agitação psicomotora, diminuição da
necessidade de sono, idéias de grandeza e
comportamentos de risco.
Lisete Moreira del Bianco
[email protected]
13
Riscos
• Ter um dos pais com depressão aumenta de 2 a 4 vezes
•
•
•
o risco da criança.
O quadro é mais comum entre portadores de doenças
crônicas como diabetes, epilepsia ou depois de
acontecimentos estressantes como a perda de um ente
querido.
Negligência dos pais ou violência sofrida na primeira
infância também aumenta o risco.
É muito difícil tratar depressão em adolescentes sem os
pais estarem esclarecidos sobre a natureza da
enfermidade, seus sintomas, causas, provável evolução
e as opções medicamentosas.
Lisete Moreira del Bianco
[email protected]
14
Psicoterapias:
• A terapia comportamental mostrou eficácia em ensaios clínicos, e
•
•
•
•
parece dar resultados melhores do que outras formas de
psicoterapia.
Através dela os especialistas procuram ensinar aos pacientes como
encontrar prazer em atividades rotineiras, melhorar relações
interpessoais, identificar e modificar padrões cognitivos que
conduzem à depressão.
Outro tipo de psicoterapia eficaz em ensaios clínicos é conhecida
como terapia interpessoal.
Nela, os pacientes aprendem a lidar com dificuldades pessoais como
a perda de relacionamentos, as decepções e frustrações da vida
cotidiana.
O tratamento psicoterápico deve ser mantido por seis meses, no
mínimo.
Lisete Moreira del Bianco
[email protected]
15
• Os exercícios ajudam na prevenção e no combate à
•
•
depressão, sobretudo aeróbicos. Eles ajudam a regular o
equilíbrio químico ligado à depressão. Depois de tempo
variável , nota-se que eles elevam o moral, diminuem a
ansiedade, tendem a regular o apetite, o sono e o
interesse sexual, além de ajudar na auto-estima. O
importante é que sejam feitos com prazer, sem que
sejam vistos como competição, com metas a serem
atingidas.
técnicas de relaxamento:
Técnicas de meditação, relaxamento e visualização de
momentos agradáveis podem colaborar na promoção e
manutenção do bem-estar, colaborando na prevenção
Arteterapia
Lisete Moreira del Bianco
[email protected]
16
Referências
• VARELLA, D. Depressão in:
•
http://drauziovarella.ig.com.br/artigos/depressao.asp,
acessado em 30.09.07
http://www.psicosite.com.br/tra/hum/depressao.htm,
acessado em 30.09.07
• MARINI, E. Depressão: Sintomas e Tratamento in:
http://www.psicologiapravoce.com.br/textopsi.asp?nr=480
acessado em 30.09.07
Lisete Moreira del Bianco
[email protected]
17
Download

Depressão - Objetivo Sorocaba