SID: mais do que um “Google” P egar num telefone e ligar para o 118 para obter uma determinada informação, é hoje um acto porventura tão normal como ligar-se à Internet e fazer uma busca no Google ou no Yahoo. A diferença, é que no primeiro caso, esperamos por uma voz, enquanto no segundo caso, esperamos pela Internet. Mas em ambos os casos, a operação é simples e relativamente rápida, e tudo reside numa base de dados com informação. Uma base de dados concebida e desenvolvida pela Link Consulting para o Grupo Portugal Telecom (PT) e que evolui hoje para um Sistema de Informação para Directórios. O embrião data do início dos anos 90, no INESC, quando este instituto foi desafiado, pelos então TLP, para desenvolver um sistema de directório capaz de gerir os números de telefone. Mas seria já nos finais dos anos 90 que este sistema se “transformaria” no SID. Segundo António Almeida da PTComunicações, a necessidade que motivou a intervenção da Link foi o upgrade da solução existente tendo em vista a prestação do 118 – serviço universal, que consiste no fornecimento da informação de números da rede fixa e da rede móvel no serviço informativo”. Esta necessidade surgiu na sequência da decisão da Anacom, que atribui à PT Comunicações a responsabilidade pela prestação do serviço universal 118, incluindo desta forma os números de telefone das redes fixas e móveis. Tratava-se de adaptar a plataforma no sentido de albergar os números de todos os operadores fixos e móveis, de acordo com a prestação do serviço universal de informações. Para além do SID propriamente dito, a plataforma do SID na PT suporta os serviços complementares Mail 16200 e Telegramas. Esta solução encontra-se também a ser instalada em Cabo Verde. A Cabo Verde Telecom adquiriu a componente base do SID que vai permitir fazer de uma forma mais simples, rápida e com maior qualidade, a pesquisa e a gestão dos cerca de 60 mil registos que constam na base dados da Cabo Verde Telecom estando o serviço disponivel neste país no final do mês de Junho. 38 | N6 - Junho de 2004 | Cadernos Link - Casos de sucesso Dez anos de parceria A escolha da Link para dar o passo seguinte, foi quase natural. António Almeida explica que “a Link é a entidade que gere tecnicamente e desenvolve a BD 118 há cerca de 10 anos. O bom nível de desempenho anterior, que tem a satisfação da PT Comunicações, e a competitividade da proposta apresentada, fez com que fosse o fornecedor naturalmente escolhido para este desenvolvimento”. O responsável da PT Comunicações salienta, ainda, a “capacidade e profissionalismo dos seus recursos humanos, que sempre souberam dar resposta, muitas vezes imediata, aos problemas encontrados e implementaram soluções inovadoras no 118 – Serviço de Informações”. Por isso, deixa expresso que, “dada a excelente relação que temos com a Link, é um parceiro com quem desejamos continuar a trabalhar no futuro, esperando que as suas propostas sejam cada vez mais competitivas”. Por seu lado, João Schiappa, coordenador da unidade de Sistemas Informáticos para Telecomunicações Empresariais (SITE) e gestor do SID, explica que “o SID é mais que um Google ou um Yahoo, pois faz mais e mais depressa. Nestes directórios, a pesquisa é realizada da mesma forma para todos os campos do registo, ou seja, o motor de pesquisa procura toda a informação e qualquer indexação relacionada com o pedido. No caso do SID, cada campo tem o seu index, Características do SID dos telefones - Tempo de resposta da pesquisa inferior a 0,5 segundos para um número elevado de utilizadores em simultâneo (300). - Base de dados de grandes dimensões com facilidades de pesquisa textual por todos os campos em simultâneo (4 milhões – nome, morada, ...). - Serviço 24h/365dias com disponibilidade de 99,99% - Facilidade e funcionalidades da pesquisa apropriadas por forma a assegurar o menor tempo de atendimento possível por parte dos agentes do call center. - Integração CTI, Reconhecimento de Fala, Síntese de Voz. - Várias facilidades de acesso. - A lógica de negócio de um sistema de informação para Directory Assistance assenta na necessidade de assegurar aos operadores de telecomunicações as seguintes questões: - Redução de custos de atendimento. - Redução de custos de exploração. - Qualidade e quantidade de informação facilmente acessível. - Integração com sistemas de billing como garantia da informação dos clientes. - Capacidade de evolução e integração com outros sistemas que necessitem de informação. - Intercâmbio da informação entre operadores de telecomunicações. João Schiappa Coordenador da unidade Sistemas Informáticos para Telecomunicações Empresariais (SITE) e gestor do SID o que permite que a pesquisa seja feita de maneira a ter um resultado mais directo e focado, aumentando a eficácia da pesquisa ao reduzir o número de registos retornados”. Para qualquer tipo de empresa Para João Schiappa, a solução desenvolvida pela Link não se destina apenas a operadores de telecomunicações, sendo adequada a qualquer empresa ou organização que tenha um serviço de help desk e/ou de call center. As oportunidades estão identificadas: operadores de telecomunicações nacionais que não dispõem de sistema, mercado nos operadores Brasileiros ou PALOP, operadores nacionais com produto da concorrência que pode estar interessado se o valor de venda for inferior ao valor de manutenção (razão para a compra pela parte da PT) ou serviços complementares e integrações nos actuais clientes. Para a competitividade e diferenciação do SID, João Schiappa salienta o acesso por diferentes canais (SMS, WAP, Internet e o próprio sistema de reconhecimento de fala) o protocolo E115 (norma ITU – International Telecommunications Union – para troca de informação de um sistema de directório entre diferentes países) e outras características: a Fiabilidade e Qualidade, pois tem um mecanismo sofisticado de tolerância a falhas com três níveis (Servidor de Base Dados, Servidor de Pesquisas, Interfaces); Desempenho, Portabilidade e Evolução do SID 1990 – Início do Projecto 1992 – Entrada em Produção nos TLP 1993 – Sistema anterior desactivado 1995 – Interface WEB 1996 – SVIT e adjudicação do contrato para a solução de base de dados única 1997 – Entrada em operação da base de dados única (substituição do sistema herdado da TP) 1998 – SAT – Integração CTI com Siemens 1999 – ARARA – Reconhecimento de fala, PNN e Certificação Y2K 2000 – Venda do produto à Vodafone substituindo a IBM 2001 – Purificação 2002 – Integração Altitude Software na Vodafone Inovação, uma vez que este sistema é suportado sobre SGBD Oracle, Informix e MySQL e sobre OS Unix, Linux e Windows; fácil Integração e Escalibilidade, uma vez que o desenvolvimento modular sobre standards viabiliza uma fácil integração com soluções de CTI e IVR (reconhecimento de fala e síntese de voz) e uma escalabilidade capaz de suportar novas funcionalidades e serviços. Por fim, a viabilidade Económica, com custos de manutenção e de aquisição reduzidos, e a facilidade de gestão e monitorização. ‹› Casos de sucesso - Cadernos Link | N6 - Junho de 2004 | 39