Urban View Urban Reports Luís Eduardo, o Bric baiano Matéria do jornal DiariodoOeste.com.br Sexta, 25 de março de 2011 Urban Reports © 2011 URBAN SYSTEMS TODOS OS DIREITOS RESERVADOS LUÍS EDUARDO, O BRIC BAIANO Mais pujante dos pólos do agronegócio brasileiro, Luís Eduardo Magalhães aguarda a divulgação de dados regionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2009 para comemorar sua inclusão entre as dez maiores economias da Bahia. O Município fechou 2010 na décima-terceira posição. Seu Produto Interno Bruto (PIB), que em 2006 foi de R$ 841 milhões, saltou para R$ 1,165 bilhão em 2007 (+ 38,5%) e para R$ 1,538 bilhão em 2008 (+ 32%). Com certeza, já ultrapassou o PIB de Barreiras, que foi de R$ 1,186 bilhão em 2006, de R$ 1,407 bilhão (+ 27%) em 2007 e de R$ 1,597 bilhão (+ 13,5%) em 2008. De 2006 a 2008, Luís Eduardo cresceu 82,8% e Barreiras, 34,6%. A renda per capita de Luís Eduardo é uma das maiores da Bahia – R$ 31.422,34 -, superando os R$ 11.773 de Barreiras. Luís Eduardo Magalhães é uma das cidades que mais crescem no Brasil, o que justifica o título de Bric baiano, alusão aos países que mais crescem no mundo (Brasil, Rússia, Índia e China). A população, que era de 18 mil habitantes em 2000, no nascimento do município, pulou para 60 mil no Censo de 2010 do IBGE (aumento de 328%) e, segundo estudo da Urban Systems, poderá ultrapassar Barreiras em 2018, se o ritmo de crescimento continuar frenético. A Taxa Geométrica de Crescimento Anual (TGCA) da população de Luís Eduardo foi de 8,3% entre 2007 e 2009, enquanto a dos municípios da microrregião de Barreiras ficou em 1,69%, de acordo com a Urban Systems. O Bric baiano é impulsionado pelo agronegócio. Embora seu território tenha apenas 405 mil hectares, dos quais 56% estão ocupados por lavouras, Luís Eduardo tem sua economia movimentada por grande parte da produção agrícola da região Oeste, que impulsiona sua agroindústria, o comércio e os serviços. Embora detenha em torno de 15% da produção agrícola do Oeste, o Município movimenta mais da metade do que é colhido, via processamento de grãos ou via exportação. 2 Urban Reports Luís Eduardo é um dos cinco municípios brasileiros que sediam um dos maiores eventos de equipamentos de alta tecnologia destinados ao agronegócio, a Agrishow. Este evento, que teve a sua primeira edição em Ribeirão Preto (SP), e depois se expandiu por Rondonópolis (MT) e Cascavel (PR), adotou em Luís Eduardo o nome de Bahia Farm Show, sendo realizado entre 31 de maio e 4 de junho. Construção. O número de alvarás para construir triplicou de 2009 para 2010, passando de 320 para 940. Em 2011, até 15 de fevereiro, foram 147 alvarás. O número de “habite-se” expedidos duplicou, passando de 408 em 2009 para 834 em 2010. Em 2011, até 15 de fevereiro, foram expedidos 127 “habite-se”. A cidade tem edifícios residencias de alto luxo, de seis a doze andares, bem como condomínios horizontais com campo de golfe e pista de pouso para pequenos aviões. Indústria. O parque industrial de Luís Eduardo é composto por empresas líderes em seus segmentos, inclusive vinte multinacionais, entre elas a americana Dow Agroscience, a francesa Louis Dreyfuss e a espanhola ESA. Entre as empresas pioneiras que se instalaram no município, destaca-se a Ceval, indústria de esmagamento de soja incorporada pela Bünge Alimentos, hoje a maior unidade esmagadora de soja da América Latina. Outra pioneira é a Galvani, único grupo brasileiro na produção integrada de fertilizantes fosfatados, que começou a operar em Luís Eduardo em 1992, quando a cidade ainda era distrito de Barreiras, chamado Mimoso do Oeste. © 2011 URBAN SYSTEMS TODOS OS DIREITOS RESERVADOS LUÍS EDUARDO, O BRIC BAIANO Aqui estão instaladas a maior esmagadora de soja da Bunge e da América Latina e grandes exportadoras, como a Louis Dreyfus. O município é o quinto maior exportador do Estado, com vendas de US$ 486 milhões no ano passado, apesar da queda de 9,52% na comparação com 2009. Barreiras exportou US$ 262 milhões. Para o mercado externo, saíram de Luís Eduardo no ano passado 1,1 milhão de toneladas de soja e derivados, 38,8 mil toneladas de algodão e derivados, 4,3 mil toneladas de mamão e 1,5 mil toneladas de café em grão. Agricultura. A principal atividade é a agricultura, de alta tecnologia e produtividade, que ocupa extensas áreas, muitas delas irrigadas por pivôs. A agricultura familiar ocupa 12.500 hectares, correspondentes a 3% do área total. As principais culturas são a soja, o algodão, o milho, o café, destacando-se no momento o rápido crescimento do algodão. Luís Eduardo produz também arroz, feijão, mandioca, sorgo, mamão, laranja, limão, abacaxi, banana, goiaba, abacaxi e maracujá, segundo o Censo Agropecuário de 2009 do IBGE. A pecuária é de alta qualidade tanto na área genética quanto na tecnológica. Destaca-se no momento a implantação da empresa de confinamento Captar, para engorda de bois. Serão 12.500 cabeças por ano, de 2011 a 2014, totalizando 50 mil bois em quatro anos. A pecuária contará este ano com a instalação, pela Secretaria municipal de Agricultura, de um abatedouro e do Serviço de Inspeção Municipal, os quais abrirão caminho para a chegada de novas indúsrias ao município. 3 Urban Reports No entanto, os hotéis aproveitam a superlotação da cidade durante a Bahia Farm Show, de 31 de março a 4 de junho, para elevar os preços, alguns deles chegando a triplicá-los. Empresas. O número de empresas existentes em Luís Eduardo (incluindo micro empresas individuais) mais que dobrou em dois anos, saltando de 1.827 em 2008 para 4.600 em 2010. Luís Eduardo foi o primeiro município do Oeste a criar lei específica para micro empresas, em 2009, e tem hoje mais de 1 mil cadastradas. A cidade está em primeiro lugar na Bahia e entre as primeiras do Brasil no percentual de empresas formalizadas em relação à população. Se uma empresa completar um ano de vida na cidade, pode-se dizer que está instalada definitivamente. No Brasil, é preciso completar cinco anos, período em que fecham 80% das que se instalam, de acordo com o Sebrae. Luís Eduardo, contudo, enfrenta graves problemas em praticamente todas as áras de infraestrutura, da energia às telecomunicações, passando por transportes, esgotamento sanitário, galerias de águas pluviais, pavimentação asfática e habitação para famílias de baixa renda. São constantes os apagões de energia elétrica e os serviços de telefonia, fixa ou celular, não são eficientes. Para funcionarem sem interrupções, indústrias e bancos, por exemplo, são obrigadas a instalador geradores próprios. Para não ficarem sem internet, contratam mais de um provedor. © 2011 URBAN SYSTEMS TODOS OS DIREITOS RESERVADOS LUÍS EDUARDO, O BRIC BAIANO No Centro Industrial do Cerrado (CIC), que ocupa área de 260 hectares (ou 3,1 milhões de metros quadrados) na cidade, há 68 empresas, sendo 27 instaladas e 41 em instalação. Essas indústrias, quando estiverem produzindo a plena capacidade, terão gerado 5 mil empregos diretos. Dentre os grandes grupos nacionais instalados no Centro incluem-se Mauricéa, Icofort, Coringa, Mongipex e São Braz. Comércio. O comércio de Luís Eduardo é suficiente para atender a demanda de seus habitantes, tanto na área de alimentos quanto em produtos e implementos agropecuários e construção civil. O próximo passo será a chegada dos shopping-centers. Dois grupos já compraram terrenos na cidade para construí-los. O comércio prospera com o avanço do agronegócio, com destaque para o de máquinas agrícolas e o de combustíveis. O comércio de máquinas agrícolas na região Oeste da Bahia cresceu 25% em 2010, faturando cerca de R$ 400 milhões. No comércio de combustíveis destaca-se o Posto Imperador,com área de 73 mil metros quadrados. O posto recebe 6.900 caminhões por mês e vende uma média de 1,8 milhão de litros de diesel por mês. Na época de colheita, as vendas chegam a 3 milhões de litros de diesel por mês. Comércio e serviços concentram 58,9% dos empregos formais do município. O número total de trabalhadores formais em Luís Eduardo deverá aumentar 570% em dez anos (de 2010 a 2020), pulando de 14,4 mil para 82 mil, de acordo com a Urban Systems. Há seis bons hotéis na cidade, com diárias ainda baratas em relação a outras cidades do interior e ao poder aquisitivo da população local. No luxuoso Saint Louis, com oito andares e elevador panorâmico, as diárias vão de R$ 119 a R$ 350 (na suíte presidencial). 4 Conheça em detalhes todas as possibilidades que o universo Urban Systems oferece para sua empresa. Solicite uma apresentação com nossa Equipe Comercial ou acesse www.urbansystems.com.br lat. 23º37’38’ long. 46º41’26” R. Joaquim Guarani, 271 | cep 04707-060 | São Paulo | SP - Brasil fone [55 11] 3465 0265 | [email protected]