Recinto de exposição em Luís Eduardo Magalhães-BA Super safra aquece os negócios na Bahia Farm Show Os bons preços da soja, milho e algodão estão animando os negócios da 6ª Bahia Farm Show, feira que acontece em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste do Estado. Prova disto é o crescimento de 15% na área de exposição da feira este ano, em comparação com a anterior, que também recebe mais expositores e visitantes. Espaço não falta. A praça de exposições ocupa 100 mil metros quadrados de um total de 2 milhões de metros quadrados disponíveis dentro do recinto de exposição, que abriga ainda o Centro de Pesquisa e Tecnologia Agrícola do Oeste da Bahia. Uma das novidades deste ano é o espaço destinado às pequenas e médias empresas baianas. A iniciativa é resultado da parceria entre a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e o Sebrae Bahia. "Os agricultores estão animados e buscam na feira máquinas, equipamentos e insumos para o plantio da nova safra, que começa em novembro", diz Walter Horita, que desde 2009 preside a Aiba, entidade promotora do evento. Horita afirma que as perspectivas para a temporada 2011/2012 continuam positivas. Pelos cálculos do presidente da Aiba, a área do algodão, que aumentou este ano 50% em relação à safra passada (de 260 mil para 392 mil hectares), deve crescer mais 10% em 2011/12. A Bahia Farm Show é a maior vitrine do agronegócio da Bahia e hoje é considerada uma das mais importantes feiras de negócios e tecnologia agrícola do país. Ela começou em 2004 como uma franquia da Agrishow, mas a partir de 2007 ganhou identidade própria. A feira reúne as maiores empresas mundiais de máquinas, implementos, insumos e serviços, e atrai visitantes de várias partes do Brasil, além de investidores estrangeiros. "O início de junho coincide com o final da colheita de soja e milho e o início da colheita de algodão. É o melhor momento para sentir a temperatura do Oeste da Bahia", diz Horita. No ano passado, a feira comercializou R$ 316 milhões e a expectativa dos organizadores para este ano, a julgar pelo ritmo das vendas, é superar este número. Primeira e até hoje única indústria de fertilizantes do oeste baiano, a Galvani participa do evento desde a primeira edição. "A feira é uma boa oportunidade para estreitar o relacionamento com os clientes'', diz o gerente de vendas da Galvani, Jailton Sobral de Andrade. Safrinha Empreendedores Renda extra para o produtor A história de Renato Joner páginas 2 e 3 página 4 Safrinha traz renda Editorial Mais um recorde A safrinha esta virando uma supersafra e A Associação dos Produtores de Soja e de Milho de Mato Grosso, a Aprosoja, iniciou em maio um circuito pelas principais regiões agrícolas do Estado, destinado a levar aos produtores rurais informações sobre o mercado internacional de commodities e captar deles a intenção de plantio para safra 2011/2012. As previsões iniciais são animadoras. Os bons resultados da safra 2010/ 2011, com recorde de 157,4 milhões de toneladas, e as perspectivas de preços elevados para a próxima temporada, deixam os agricultores confiantes e devem estimular o aumento do plantio. Prova disto é que os agricultores estão investindo na renovação de seu parque de máquinas e implementos e antecipando a compra de insumos. A estimativa para o mercado de fertilizantes no Brasil indica que o volume das entregas deva crescer 4% este ano, para 25,6 milhões de toneladas. Um bom termômetro deste otimismo é o sucesso de feiras tradicionais como a Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães, tema da capa desta edição. Em Mato Grosso, as projeções do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária apontam para um aumento de 2,5% da área plantada com soja e produção 10,9% maior. No Oeste da Bahia, Walter Horita, da Aiba, Em 1980, os agricultores do Paraná chamavam de safrinha a cultura do milho de sequeiro, plantada entre janeiro e abril, logo após a colheita da safra de verão, normalmente a soja. O diminutivo é por conta da baixa produtividade dos primeiros cultivos da segunda safra no Paraná, lembra o pesquisador José Carlos Cruz, da Embrapa Milho e Sorgo. Para os agricultores, a segunda safra na época servia mais para a rotação de cultura. Não se usava nem adubo, pois o objetivo era apenas a proteção do solo. Nos últimos anos, porém, os agricultores começaram a descobrir que a safrinha, se bem cuidada, poderia trazer uma renda extra à fazenda durante o inverno. A produção da segunda safra cresceu e nesta temporada (2010/ 2011) representa 40% da produção total de milho no país, ocupando área de 5,4 milhões de hectares. Pelo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve colher 22 milhões de toneladas de milho nesta safrinha, com produtividade média de 4.000 quilos por hectare, pouco abaixo dos 4.268 quilos alcançados na primeira safra. O campeão da safrinha deste ano é o Mato Grosso, que deve colher 7,3 milhões de toneladas de milho, volume acima do que está sendo produzido no Paraná (7 milhões de toneladas). Além de Mato Grosso e Paraná, o milho safrinha é produzido em São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. O plantio ocorre logo após a colheita da soja precoce e, segundo os pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo, traz uma série de vantagens aos agricultores, como o uso mais racional dos fatores de produção (terra, máquinas, equipamentos e mão de obra) em período ocioso. prevê um avanço de 10% na área de algodão no próximo ano. Tudo isto mostra que o agricultor Acontece brasileiro, apesar de continuar enfrentando sérios problemas com o câmbio, infraestrutura e logística, mantém o espírito empreendedor como de Renato Joner, um jovem paranaense nos anos 80 que, a exemplo de milhares de outros produtores do sul do país, deixaram suas cidades para conquistar novas fronteiras. Rodolfo Galvani Júnior Presidente do Conselho de Administração Reforço na equipe comercial Diante das previsões de aumento de vendas de fertilizantes e dos planos de crescimento da empresa, a Galvani ampliou sua equipe comercial, reforçando a presença nas principais fronteiras agrícolas do país. "Foram criadas novas supervisões de vendas com objetivo de ampliar a base de clien- tes e ganhar participação de mercado em dois eixos de atuação: o que inclui áreas da região Sul, Sudeste e CentroOeste, e o que envolve as regiões Nordeste e Norte", diz Celso Fajardo, diretor comercial da empresa. No início de abril, a Galvani realizou o Encontro Comercial 2011, que teve como lema "Integrar para crescer e construir o futuro". Durante o encontro foi apresentado o plano de entregas da empresa e a preparação da equipe para atuação junto aos clientes. a adicional para o agricultor e a escolha das variedades mais adequadas faz a diferença. Este ano, a safrinha deverá ter boa lucratividade, segundo a previsão da AgRural Commodities Agrícolas. Em julho, quando ocorre a colheita, a consultoria espera um preço de R$ 25 a saca para o milho safrinha no Paraná e de R$ 18 em Mato Grosso. Vale lembrar que os produtores de Mato Grosso reduziram um pouco a área de milho no Estado devido à chuva excessiva em fevereiro e também à explosão dos preços do algodão. "O excesso de chuvas no início do ano atropelou o calendário. Além disto, muitos produtores resolveram trocar o milho pelo algodão na segunda safra, diante dos altos preços da pluma", explica Otávio Celidonio, do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea). A chamada "janela de plantio" tem sido motivo de grande apreensão para os agricultores do Centro-Oeste. Ela se estende de 15 de setembro -- início da temporada de chuvas e fim do vazio sanitário imposto à soja (prevenção à ferrugem asiática) -- a 15 de novembro, considerado o prazo limite para o plantio da segunda safra. Para aproveitar as oportunidades desta "janela", o agricultor tem que montar uma verdadeira operação de guerra, que envolve tratores, plantadeiras, colheitadeiras, insumos, mão de obra e muito planejamento. É preciso escolher com precisão as variedades de soja, que variam de superprecoces a tardias, visando obter alta produtividade na safra de verão e plantar a safrinha de milho na época adequada, também com cultivares precoces, para não correr o risco de ser surpreendido por uma estiagem na fase de formação dos grãos. Um fator que contribuiu muito para o aumento da área de milho safrinha foi a adoção Presença na Agrotins Fortalecimento do comércio baiano Em maio, a Galvani assinou parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Luís Eduardo Magalhães/BA (ACELEM) e a prefeitura municipal com objetivo de contribuir para o maior desenvolvimento do comércio local. O acordo prevê que a empresa dê preferência a fornecedores da cidade nas cotações, desde que eles acompanhem as condições de mercado. A Galvani se propôs também a relatar periodicamente à entidade os avanços de do sistema de plantio direto na palhada da soja. Isto permite redução do tempo entre a colheita da lavoura de verão e a semeadura da segunda safra. "Além do milho e do algodão, os produtores de Mato Grosso utilizam, em menor escala, o milheto e o sorgo na safrinha. Mas estes produtos geralmente ocupam entre 20% e 30% da área plantada. A maior parte fica mesmo com o milho ou o algodão", diz Maria Amélia Tirloni, analista de grãos do Imea. Mais recentemente, os produtores de Mato Grosso inventaram uma terceira safra - o consórcio de milho com brachiária, dentro do sistema de integração lavoura-pecuária. Assim que a soja é colhida, entra o milho safrinha, consorciado com o capim brachiária. Depois que sai o milho, o campo vira pasto para o gado. Nem sempre, porém, a safrinha é sinônimo de lucro para o agricultor. Distante dos portos e com graves problemas logísticos para o escoamento da safra, o Centro-Oeste costuma enfrentar sérias dificuldades para comercializar o milho quando há grande oferta do produto no país. Para apoiar os produtores, nestas ocasiões geralmente o governo acaba promovendo leilões, visando transferir parte da produção do Centro-Oeste para outras regiões do país. O avanço da safrinha transformou o Brasil em exportador de milho. Em 2010, as vendas externas somaram 8,9 milhões de toneladas, volume 36% maior que o do mesmo período de 2009, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A produção da segunda safra também é estratégia para a segurança alimentar dos brasileiros. O milho é a principal matéria prima para a produção de proteína animal, especialmente de carnes de frango e suínos. seus novos projetos, bem como as dificuldades encontradas na sua realização. Com isso, espera-se uma melhoria e ampliação das relações entre a empresa e o comércio da cidade. Considerado o maior evento agropecuário da região Norte do país, a 11ª Agrotins, Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins, aconteceu de 10 a 14 de maio e a Galvani esteve presente na feira com um estande. Realizada em Palmas, esta feira atraiu um público de cerca de 65 mil pessoas e movimentou em torno de R$ 180 milhões em volume de negócios. Este ano, o tema foi agropecuária de baixo carbono, com foco no desenvolvimento sustentável da agricultura. Empreendedores A história de Renato Joner Natural de Toledo, no Oeste do Paraná, tradicional polo de produção de grãos do Estado, Renato Joner foi um dos primeiros agricultores do sul do país a se instalar no Oeste da Bahia. Nos anos 80, os elevados preços da terra no Paraná impediam as famílias de expandir suas lavouras, levando os jovens agricultores a buscar a sorte nas novas fronteiras agrícolas. Membros de uma tradicional família de agricultores de origem suíça, que chegou ao Brasil em 1857 em busca de terras para plantar, os irmãos Olavo, Carmo e Renato Joner compraram terras em Mimoso do Oeste, hoje Luís Eduardo Magalhães, e começaram a domar os solos ácidos e de baixa fertilidade dos Cerrados. Renato começou suas atividades em 1984, cultivando 40 hectares de soja. De lá André e Renato Joner para cá, seus negócios prosperam, e hoje planta milho e soja em 5.000 hectares. Seu irmão Olavo atualmente é agricultor na Bolívia e Carmo deixou a atividade. Renato credita parte do seu sucesso na agricultura aos conhecimentos das àreas financeira e administrativa que adquiriu nos anos de trabalho como bancário. Também contribuiu seu espírito inovador. Ele foi o primeiro produtor da região a apostar na adubação a lanço e no uso de fertilizantes farelados, introduzidos pela Galvani no Oeste da Bahia no final dos anos 1990. "A parceria com a Galvani começou com a chegada da empresa à região e o que me atraiu para os farelados foi a qualidade do fertilizante e a economia, que chega a 20%. Isso me permitia utilizar mais adubo na lavoura e ir aumentando a produtividade", conta Joner. Segundo ele, no começo foi necessário fazer adaptações nos equipamentos para a aplicação do produto. "Quem quer ter sucesso nas fronteiras agrícolas precisa ter muita persistência", ensina Joner. De fato, nem sempre as coisas dão certo. Uma das apostas foi na lavoura de café, mas Renato teve que desistir devido a problemas com mão de obra. "Hoje, o resultado talvez fosse diferente, pois o cultivo está mais mecanizado", diz. Seu filho, André, herdou do pai a paixão pela agricultura e também a aptidão para gerenciar os negócios da fazenda, o que deixa Renato orgulhoso e confiante. Depois de estudar um ano nos EUA e cursar administração de empresas, André trabalha ao lado de Renato na fazenda. Proximidade com o agricultor expediente A Galvani promoveu três encontros técnicos no primeiro trimestre, um com produtores do Piauí e dois com agricultores do oeste baiano. Esses eventos tiveram como objetivo promover a troca de conhecimentos sobre técnicas de plantio, manejo, adubação. De acordo com Ariel Candiotti, coordenador técnico comercial da Galvani, essas são excelentes oportunidades de interação com o produtor, que pode nessas reuniões obter resultados práticos, tirar dúvidas e conhecer novas tecnologias. Na avaliação de participantes, os eventos da Galvani apresentam alguns diferenciais como o formato que conta com uma apresentação inicial, demonstração em campo e espaço para discussão no final. "É uma ótima oportunidade de aprendizado, através da troca de experiências. Contribuem para melhorar a produtividade e reduzir perdas", comenta Gilson Baldi, gerente da Fazenda Triunfo, em Formosa do Rio Preto/BA. Para o consultor agronômico Pedro Matana Júnior, a troca de informações nos encontros parte de fontes fidedignas, os produtores. É também uma oportunidade de "ver para crer", pois como vai direto a campo, é possível ver o resultado das técnicas de plan- tio, adubação... Já Egídio Dalmolin, da Fazenda Sete Campos de Dianópolis/TO, destaca o formato dos encontros, que, segundo ele, são muito participativos. Agricultores participam de encontro técnico promovido pela Galvani Informativo do Grupo Galvani Endereço para correspondência: Av. Prof. Benedicto Montenegro, 1300 - Betel Paulínia/SP - CEP 13140-00 Fone: (19) 3884-9300 e-mail: [email protected] - www.galvani.ind.br • • • • • Coordenação: Departamento de Comunicação Ilustração: Theo Editoração e Arte: casadartecomunicacao.com.br Impressão: Gráfica Eskanazi Tiragem: 4100 exemplares