Informativo da D Mat m a i o 2 0 11 Edição 05, 2011 PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DA VBTP EE-11 URUTU MII (3ª Parte) Recorrendo-se ao exemplo da Figura 1, o cronograma mestre da produção é estruturado de forma a compor uma tabela bem ordenada, cuja elaboração e atualização são de incumbência exclusiva da Gerência Militar. Tempo Tempo 001 Tempo 002 Tempo 003 Tempo 004 Tempo 005 Tempo 006 Tempo 007 Tempo 008 Tempo 009 Tempo 010 Tempo 011 Tempo 012 Tempo 013 44 V1 E01 E02 E03 E04 E05 E06 E07 E08 E09 V2 E01 E02 E03 E04 E05 E06 E07 E08 E09 Viaturas V3 V4 E01 E02 E03 E04 E05 E06 E07 E08 E09 V5 O cronograma mestre da produção é complementado pela descrição sumária das etapas, a qual determina para o sistema viatura e para todos os seus subsistemas os diversos processos. Para garantir o fluxo de produção, é necessário que cada viatura a ser revitalizada percorra ordenadamente as etapas previstas. Como todas as etapas têm igual duração, o fluxo de todas as viaturas em processo se dá de acordo com o valor arbitrado para o passo de produção. Caso haja qualquer problema e uma viatura não possa avançar de etapa, todo o processo, para todos os Urutus, será prejudicado, o que causará a parada de toda a produção. A Tabela 1 traz a descrição sumária das etapas do processo de Revitalização. Etapa E01 E02 E03 E04 E05 E06 E07 E08 E09 E01 E02 E03 E04 E05 E06 E07 E08 E09 Figura 1 – Esquema didático do cronograma DESTAQUES NESTA EDIÇÃO 1. Projeto de Revitalização da VBTP EE-11 Urutu Mll 2. Cuidados na aplicação de créditos da Diretoria 3. Homologação de descarga de material de Gestão da DMAT 4. Projeto Manutenção produtiva total nos Obuseiros OTO MELARA 5.DMat realiza projeto de desenvolvimento de Lunetas Panorâmicas Denominação E01 Recebimento E02 E03 E04 Desmontagem Bancada – parte 1 Bancada – parte 2 E05 Montagem – parte 1 E06 Montagem – parte 2 E07 Montagem – parte 3 E08 Montagem – parte 4 E09 E10 E11 Controle de qualidade Avaliação – parte 1 Avaliação – parte 2 E12 Avaliação – parte 3 E13 Preparação final E14 Pronto Descrição Sumária Conferência de recebimento, elaboração de documentação específica. Desmontagem completa dos subsistemas da viatura. Manutenção de subsistemas. Manutenção de subsistemas, preparação do monobloco. Instalação das suspensões dianteira e traseira; instalação da direção. Instalação do motor e sistemas anexos; instalação das caixas de mudança e transferência; instalação dos demais componentes da transmissão. Instalação do sistema elétrico modificado. Instalação dos sistemas de freio e pneumático; instalação do terem de rolamento. Testes preliminares e conferência inicial. Testes de rodagem em estrada. Teste de navegação. Finalização dos testes de rodagem de avaliação técnica; revisão mecânica. Pintura final da viatura no padrão camuflado; instalação de itens de monobloco. Conferências finais, confecção de documentação específica e acondicionamento de acessórios. Tabela 1 – Descrição sumária das etapas Cabe à Gerência Militar empregar o pessoal na execução das diversas atividades relacionadas no escopo do processo de revitalização da VBTP EE11 Urutu MII. Para isso, será necessário pormenorizar o presente planejamento, o que será feito após a definição da Empresa Contratada, devido à grande dependência de informações peculiares. É de responsabilidade da Gerência Militar o detalhamento dos trabalhos por subsistema, de modo a permitir a criação de um fluxo de trabalho contínuo e uniforme, obedecendo ao cronograma previsto. A principal característica do método de trabalho proposto por este projeto é a execução em fluxo com ritmo ditado pelo passo de produção. Como o passo é uma variável controlada pela Gerência Militar, há a possibilidade de variações na velocidade da linha, obviamente observadas as capacidades. Página 2 Informativo da D Mat RADAR CUIDADOS NA APLICAÇÃO DOS CRÉDITOS DA DIRETORIA Os créditos de gestão da D Mat devem ser aplicados em conformidade com sua classificação orçamentária e com a destinação estabelecida. Para tanto, devem ser observados o Plano Interno (PI) a que pertence o crédito (classificação) e a finalidade descrita na nota de crédito (NC). Os PI dos créditos pertencentes ao orçamento da D Mat são iniciados por “E5”. Os dois caracteres seguintes definem a classe ou o tipo de material a que se destinam: - E5AR: armamento; - E5CM: material de engenharia; -E5MB: material de motomecanização blindado; e -E5MM: material de motomecanização não-blindado, óleos lubrificantes e equipamento PALL. Por isso, as OM não devem aplicar créditos destinados a materiais de uma determinada classe (ou tipo) em proveito de materiais pertencentes a outra, ainda que todos pertençam à gestão da D Mat. Adicionalmente, a finalidade descrita na NC especifica com mais detalhes a destinação do crédito e, por essa razão, deve ser obedecida com a máxima precisão. Caso a OM necessite aplicar o crédito recebido em destinação diferente da estabelecida por meio do PI e da finalidade descrita na NC, deverá solicitar à D Mat a alteração da NC (alteração de PI, de finalidade ou de ambos). Entretanto, para que seja possível o avançar do processo, será necessário que todas as atividades previstas na etapa de trabalho sejam cumpridas. Caso contrário, caberá à Gerência Militar a decisão de parada do processo ou de avanço com anotação das não-conformidades (atividades inconclusas), para execução posterior. Esta última opção só será tomada ao se esgotarem todas as possibilidades de execução e se a não realização da atividade não significar maiores prejuízos. Entende-se que a administração técnica do material é o serviço a ser executado pela contratada em relação ao fornecimento necessário de componentes e insumos, a fim de possibilitar a execução dos processos de revitalização, e em relação à disponibilização do material no seu tempo certo, visando evitar atrasos que comprometam a produção. O serviço de administração de material envolve ainda a responsabilidade técnica do mesmo, o que significa que os problemas apresentados pelo material no decorrer de todo processo de revitalização deverão ser corrigidos. A administração técnica do material é iniciada pela classificação de origem do material. Em se tratando de material comercial, envolve a seleção do mesmo no mercado, sob critérios técnicos específicos, observando-se a boa procedência e a qualidade necessária. Caso se trate de material de fabricação Engesa ou material comercial descontinuado, cabem à empresa os trabalhos necessários para fabricação dos mesmos e a sua colocação junto à linha de revitalização. Deverão ser providenciadas, ainda, a confecção de uma relação dos chamados “itens de prateleira”, apontando fabricante e denominação comercial, e, para componentes Engesa ou peças comerciais descontinuadas, a apresentação de toda a documentação técnica para aprovação e eventuais consultas por parte do contratante. Considerando as observações acima, o serviço de administração do material é desenvolvido segundo as seguintes fases: 1. Fase de estruturação – composta da seleção de materiais comerciais e da arregimentação de documentação técnica que possibilite a fabricação dos demais itens. Também abrange a montagem de uma estrutura que permita o material no tempo certo de produção, com o estabelecimento de um programa de gestão de estoque; 2. Aprovação do material – processo que consiste na apresentação de lotes mínimos do material, em conjunto com a documentação técnica pertinente, para averiguação de qualidade e conformidade por parte de uma comissão do Pessoal Militar; 3 Fase de provisão – fornecimento do material no tempo certo, de acordo com o passo de produção; 4. Fase de assistência técnica – em todo o processo de fornecimento de material e após encerrar a provisão programada, a contratada deve manter as condições para eventuais apoios técnicos até o pronto para expedição de cada viatura. A Empresa Contratada deverá entregar o material necessário à realização de todos os serviços do Programa de Revitalização no Suprimento da Produção do Arsenal de Guerra de São Paulo, para fins de conferência e contabilização. Para a execução das tarefas, a contratada deverá disponibilizar um quantitativo determinado de homens-horas, segundo as qualificações técnicas desejadas. A alocação da mão-de-obra é responsabilidade exclusiva da Gerência Militar. O Pessoal Civil contratado deverá atender a programação constante no Projeto de Revitalização da VBTP EE-11 Urutu, nos dias previstos de produção de acordo com os calendários do Arsenal de Guerra de São Paulo, nos horários previstos da Unidade. Página 3 maio 2011 A execução do serviço em tela visa proporcionar às VBTP EE-11 Urutu MII uma sobrevida de 15 anos, de modo a garantir a operacionalidade das tropas mecanizadas durante o período em que se desenvolverá o projeto da Nova Família de Blindados de Rodas do Exército Brasileiro. Objetiva ainda modernizar alguns sistemas das viaturas, deixando-as em conformidade com os padrões exigidos atualmente, como, por exemplo, por meio da substituição de válvulas eletro-pneumáticas por outras de acionamento integralmente pneumático e da instalação de um sistema de separação de água do combustível. Inicialmente, o serviço atenderá a quantidade de 60 (sessenta) blindados, mas, futuramente, poderá atender todo o universo de viaturas EE-11 Urutu MII existente no Exército Brasileiro. FICHA TÉCNICA DESCRIÇÃO Revitalização da VBTP EE-11 Urutu MII QUANTIDADE 60 LOCAL AGSP PRAZO 2014 CONTRATADA Engemotors Ltda., sob coordenação do AGSP HOMOLOGAÇÃO DE DESCARGA DE MATERIAL DE GESTÃO DA DMAT Com base no Art 61 do RAE, e autorizado pelo Comandante Logístico, os seguintes MEM de gestão da DMat terão a descarga homologada pela Região Militar enquadrante da OM detentora do material: EQUIPAMENTO Viaturas operacionais de rodas dos grupos 1, 2, 3 e 4 com mais de 15 anos de vida, exceto as Vtr MBB 1213, MBB 1519, MBB 1819, Toyota e VTE REO Socorro. Viaturas administrativas com mais de 10 anos de vida, exceto Vtr Toyota . Viaturas reboques dos grupos 1, 2 e 3, com exceção da viatura reboque especializado radar de vigilância. PROCEDIMENTO ANTERIOR PROCEDIMENTO ATUAL - Processo de descarga iniciado na OM, encaminhado à RM e enviado à D Mat, que emite parecer e autoriza a descarga. - Processo de descarga iniciado na OM e encaminhado à RM, que emite parecer e autoriza a descarga. Posteriormente, a RM informa à D Mat para controle. PROJETO MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL NOS OBUSEIROS OTO MELARA A DMat firmou contrato com a empresa Gespi Aeronáutica para realizar a assistência técnica de manutenção preventiva e corretiva de obuseiros 105 mm M56 OTO MELARA. Os principais objetivos nesta ação são de aumentar o índice de disponibilidade dos obuseiros, nacionalizar componentes deste material, aumentar a confiabilidade e adotar a sistemática de Manutenção Produtiva Total. As ações neste projeto estão baseadas nos 8 pilares da Manutenção Produtiva Total definidos pela literatura: - Melhoria individual dos equipamentos para elevar a eficiência; - Elaboração de uma estrutura de manutenção autônoma do operador; - Elaboração de uma estrutura de manutenção planejada; - Treinamento; - Estrutura de controle inicial do equipamento; - Manutenção com vistas à melhoria da qualidade; - Gerenciamento; - Segurança, higiene e meio ambiente. Com base nestes 8 pilares, o planejamento, agendamento e registro de histórico das ações estão sendo adotados. Pretende-se estabelecer um banco de dados de manutenção. Este monitoramento possibilitará que os períodos de indisponibilidade e os custos sejam reduzidos. O treinamento terá foco na manutenção em nível de usuário (1º escalão) e na orientação de preenchimento dos livros registro de peça. Os usuários estão sendo orientados a preencher todo histórico de uso e de manutenção. Esta ação viabilizará rastrear os defeitos e planejar a manutenção. Outro ponto importante do trabalho está no controle de aferição dos calibradores. Todo calibrador tem um desgaste com o tempo. Este desgaste precisa periodicamente ser avaliado, caso isto não seja feito, componentes fora da especificação podem ser aprovados. A Gespi surgiu na década de 1970, por ocasião do desenvolvimento da aeronave Bandeirante. Naquela época, a Aeronáutica considerou ser estratégico ter fornecedores nacionais de componentes. Atualmente, ela atua na manutenção aeronáutica. Busca-se com a parceria DMat-Gespi a nacionalização de componentes empregando a metodologia da indústria aeroespacial, dominada por essa empresa, o que facilitará a logística e estará alinhado com a Estratégia Nacional de Defesa. Informativo da D Mat Página 4 DMAT REALIZA PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DE LUNETAS PANORÂMICAS Com o objetivo de aumentar a nacionalização de componentes e tendo como diretriz a Estratégia Nacional de Defesa, a DMat firmou contrato com a empresa Ares para a aquisição de 20 lunetas panorâmicas para obuseiros 105 e 155 mm. Para que o equipamento venha atender às necessidades da Artilharia, há necessidade de efetiva participação de integrantes daquela arma, o que está sendo obtido com a participação no projeto de desenvolvimento de militares do 11º GAC e do 31º GAC. A troca de informações a respeito de especificações e testes é preconizada na gestão pela qualidade. No projeto, são empregadas modernas técnicas de gestão e de engenharia. O sistema de iluminação do retículo será baseado em light emission diode (led), o que permitirá operações noturnas em melhores condições. A luneta também contará com um led externo para referência de tiro. O primeiro equipamento deverá ser apresentado até o dia 15 Set 11 e nele serão realizados testes técnicos e operacionais. Os 19 equipamentos restantes deverão ser entregues até o dia 15 Mar 12, quando serão realizados testes de aceitação. Visualiza-se que após estes eventos, o Brasil passará a contar com um fabricante nacional de lunetas panorâmicas. Diretoria de Material QGEx - SMU - Bloco C 70630-901 Brasília-DF Tel: (61) 3415-5698 Fax: (61) 3415-4159 E-mail: [email protected] Portal na Internet: www.dmat.eb.mil.br Informativo da D Mat Veículo de Informações Técnicas Redação/ Produção: Ten Cel Paranhos e Cb Brian Tiragem: 1.000 exemplares Distribuição: gratuita Circulação: nacional Especificações da luneta panorâmica que está sendo desenvolvida: a) Ópticas: ·Aumento da luneta: 3X. ·Focalização: foco fixo no infinito. ·Ajuste de dioptria: -2.0 a + 2.0 dioptrias. ·Nível de bolha: ± 1 min de grau de arco. ·Retículo: dotado de linhas ortogonais (iluminado possibilitando operações noturnas). · Sistema de unidades: SI. b) Ambientais: · Compatibilidade com a norma MIL STD 810. c) Funcionais: ·Possuir estojo para transporte e armazenamento. ·Possuir dispositivo de proteção para a ocular e a janela óptica, quando o equipamento não estiver em uso. Figura – Estudo de modelagem sólida da nova luneta panorâmica INTRANET/DMAT Ø Ø Ø Ø Ø Ø Ø Ø Informativo Pregões Abertos Modelos de Editais Documentos Técnicos Organograma Missão Programas & Pesquisas Projetos http://intranet.dmat.eb.mil.br