MAPEAMENTO DA FORMAÇÃO BARREIRAS POR MEIO DE MODELOS DIGITAIS DE ELEVAÇÃO OBTIDOS A PARTIR DE IMAGENS DE ALTA RESOLUÇÃO ESPACIAL Autores SONIA MARIA LIMA SILVA, CLAUDIO LIMEIRA MELLO, JOSÉ DUARTE CORREA, VOLKER HOCHSCHILD Resumo Este trabalho apresenta resultados parciais de uma pesquisa voltada ao mapeamento da Formação Barreiras na região norte do estado do Rio de Janeiro, entre Campos dos Goytacazes e a divisa com o estado do Espírito Santo, com base em Modelos Digitais de Elevação (MDEs) e ortoimagens obtidos a partir de imagens orbitais pancromáticas ALOS/PRISM de 2,5m de resolução espacial. Estão sendo empregadas análises geomorfométricas e estatísticas executadas com informações geradas a partir dos MDEs. Essa pesquisa é motivada pela ausência de mapas que representem a Formação Barreiras em escalas de maior detalhe, considerando a importância dessa unidade estratigráfica para os estudos da evolução cenozoica continental brasileira, sua ampla distribuição espacial, seu valor em termos de exploração dos recursos minerais e hídricos, e o intenso uso e ocupação das áreas onde ocorre. A área de estudo, com aproximadamente 30.000 ha, foi selecionada por conter as mais extensas ocorrências da Formação Barreiras no estado do Rio de Janeiro. Está localizada entre os paralelos 21°15’S e 21°50’S e meridianos 40°50’W e 41°35’W, e compreende 11 (onze) folhas do mapeamento sistemático brasileiro em escala 1:50.000. As etapas do trabalho compreenderam: geração automática de MDEs a partir de pares estereoscópicos das imagens orbitais; ortorretificação de imagens; edição dos MDEs; e geração de variáveis e análises geomorfométricas. A geração automática dos MDEs foi executada nos programas OrthoEngine e LPS, usando o princípio de correlação digital e empregando modelo de função racional para reconstrução da geometria do sensor. Embora as imagens empregadas sejam de alta resolução espacial, os resultados obtidos a partir dos modelos matemáticos disponibilizados nos programas não atenderam simultaneamente aos requisitos necessários de acuracidade posicional e para as análises geomorfométricas. Os MDEs que obtiveram melhor precisão altimétrica, atendendo à escala de mapeamento de 1:25.000 classe A, apresentaram muitos erros grosseiros e ruídos, comprometendo os resultados das fases subsequentes de geração de variáveis e análises geomorfométricas. A partir dos MDEs de precisão inferior, da ordem de 1:50.000 classe A, porém com melhor qualidade, foram derivadas, em ambiente de SIG, diversas variáveis geomorfométricas. Com o uso do programa Maxent, e utilizando dados coletados em campo e gerados aleatoriamente, foi determinada a probabilidade de ocorrência da Formação Barreiras com base nas variáveis geomorfométricas declividade, orientação de vertentes, dissecação fluvial, curvatura plana e horizontal, e rugosidade. Os resultados parciais obtidos, demonstrando as regiões cujas variáveis empregadas estão em maior consonância com as características geomorfométricas da Formação Barreiras, aproximaram-se bastante dos limites identificados nos mapas geológicos mais recentes disponíveis para a área.