Identificação e distribuição geográfica de borboletas (Insecta: Lepidoptera): um
ponto de partida para a divulgação da lepidofauna do Estado do Amapá
¹SILVA, M. L. C.; ²SOUTO, R. N. P.; ³ARAÚJO, I. S.; 4 FUNI,C.
¹ Acadêmica de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Amapá - [email protected]; ² Professor da UNIFAP, Laboratório de
Invertebrados; ³Museu Paraense Emilio Goeldi;4 Geógrafa do Instituto de Pesquisas Científica e Tecnológica do Estado do Amapá
INTRODUÇÃO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As borboletas são invertebrados pertencentes ao Reino
Animalia, ao Filo Artropoda, a Classe Insecta e a Ordem
Lepidoptera (LAMAS, 2004), e que apresentam um papel
importante na economia, pois muitos grupos são
significativos atuando como pragas agrícolas em sua fase
larval (JORDÃO e SILVA, 2006); e na ecologia atuando como
polinizadores e indicadores ambientais (MECGEOCH, 1998).
Porém apesar da importância do grupo para o bom
funcionamento de ecossistemas e para o bem-estar
humano, o estudo na Amazônia ainda não alcançou sua
maturidade. Há muitas dificuldades em relação a
nomenclatura do grupo, e a sua caracterização
biogeográfica é ainda pouco contemplada em inventários
de biodiversidade tropical, sendo a informação disponível
pouco divulgada, quase inacessível para o grande público
(OVERAL, 2001). Há portanto, a necessidade de se
desenvolver estudos e reunir mais informações sobre este
grupo de insetos. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi
identificar e caracterizar a distribuição geográfica de
borboletas, como um ponto de partida para a divulgação da
lepidofauna do Estado.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram registrados 189 exemplares, todos pertencentes a
superfamília Papilionoidea e agrupados nas famílias
Nymphalidae, Pieridae, Papilionidae e Lycaenidae; 12
subfamílias,19 tribos, 36 gêneros e 66 espécies. As espécies
com maior abundância foram
Morpho menelausNymphalidae (18), Heliconius wallacei – Nymphalidae (16),
sendo esta a que apresentou também a maior distribuição
geográfica com 7 pontos de amostragem. As Localidades
com menores registros de espécies foram Bailique, Ressaca
das Cascalheiras, Igarapé do Lago, Água Fria, Macacoarí,
São Joaquim do Pacuí. As localidades com maior número de
espécies registradas foram Macapá (29) , Serra do Navio (17
spp), Porto Grande (14 spp), Oiapoque (10 spp), sendo a
espécie
que apresentou maior distribuição geográfica
Heliconius wallacei, 7 pontos ( Serra do Navio, Oiapoque, Br
156 Km 12, Porto Grande, Mazagão, Santana e
Tartarugalzinho). No entanto , há necessidade de estudos
mais intensivos e extensivos com estes insetos, pois é bem
certo que tanto a diversidade quanto a distribuição das
borboletas, principalmente das espécies aqui estudas ocorra
muito além dos dados aqui expostos, sendo este apenas o
esforço inicial para auxiliar e embasar estudos futuros. Na
figura 1 a distribuição das borboletas encontradas na
colecão.
R e g i s tr o d e L e p i d o p t e r a n o E s ta d o d o A m a p á
-5 4
A base de estudo foi o acervo de borboletas da
Coleção do Instituto de Pesquisas Cientifica e Tecnológica
do Estado do Amapá. Para a identificação das espécies
foram utilizadas pranchas coloridas de OTERO (1986) e
D’ABRERA (1984). Após essa etapa foi criado um banco de
dados através do Programa Excel Office Windows – 2000,
com o intuito de viabilizar as informações da coleção, bem
como permitir diversas análises futuras em programas de
Sistema de Informações Geográficas. A distribuição
geográfica foi realizada com base nas coordenadas dos
trinta pontos de amostragem, distribuídos pelo Estado. As
cartas de distribuição de cada espécies estudada foram
criadas no Programa Arc view da ESRI 3.2
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F e v e re i ro , 2 0 0 7
Figura 1: Distribuição das borboletas encontradas na coleção
BIBLIOGRAFIA
D'ABRERA, B.L. 1984. The butterflies of the Neotropical region. Part 2. Danaidae, Ithomiidae, Heliconiidae and Morphidae. Fearny Creek, Hill House. D’ABRERA;
JORDÃO, A.L; SILVA.R.A. 2006. Guia de Pragas Agrícolas para o Manejo Integrado no Estado do Amapá. Ed. Holos, São Paulo,
LAMAS, G. 2004. Checklist: Part 4A. Hesperioidea-Papilionoidea. Association for Tropical Lepidoptera
MCGEOCH, 1998. The selection, testing and application of terrestrial insects as bioindicators. Biological Reviews
OVERAL, W.L. 2001. O peso dos invertebrados na balança de conservação biológica da Amazônia. Pp.50-59. In: CAPOBIANCO, J.P.R.; VERÍSSIMO, A.; MOREIRA, A.; SAWYER, D.;
SANTOS, I. & PINTO, L.P. (eds.). Biodiversidade na Amazônia Brasileira: avaliação e ações prioritárias para a conservação, uso sustentável e repartição de benefícios. Instituto
Socioambiental, 540 p.
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