G 62 PM º Grande Prémio de Macau Este suplemento é parte integrante do JORNAL TRIBUNA DE MACAU de 18/11/2015 e não pode ser vendido separadamente COSTA ANTUNES EM ENTREVISTA AO JORNAL TRIBUNA DE MACAU Guia é “jóia desportiva”; mudar só para “muito melhor” Ao fim de 26 anos, Costa Antunes deixa o lugar de Coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, uma prova que diz continuar a preencher um lugar especial no automobilismo internacional mas que está a precisar de um “novo salto” de crescimento e qualidade com a concretização da segunda fase do plano de expansão. Apesar das dificuldades colocadas pelo crescimento explosivo da cidade, o Circuito da Guia continua a ser uma “joia desportiva” e mudar ou construir um novo só faria sentido e fosse algo “muito melhor”, defende o Coordenador do Grande Prémio. Costa Antunes entende que é chegado o momento das operadoras de jogo e outras entidades privadas organizarem eventos que se associem ao Grande Prémio e o ajudem a promover E stamos a poucos dias do início das provas. Está tudo a postos para o Grande Prémio? - O nosso plano de trabalho está a ser cumprido com rigor, uma vez que este projecto não permite grandes antecipações. Nós temos que efectuar determinadas tarefas num determinado tempo, e não pode ser muito antes nem depois. Se for antes estamos a causar embaraço à população e se for depois é inviável para as corridas. Mas está tudo a correr dentro do programado. -Cumpre 26 anos como Coordenador da Comissão Organizadora do GP Macau. O Grande Prémio de há 26 anos e o de hoje são radicalmente diferentes? -Com certeza. Em 1988, não tínhamos praticamente instalações e o centro de imprensa e o apoio aos pilotos funcionavam numas casinhas de madeira debaixo das árvores. Em 1993, construímos estas instalações que neste momento já são de todo em todo inadequadas. Precisamos de dar um novo salto em termos de crescimento e de qualidade. Temos uma nova torre de controlo que já faz parte da primeira fase do novo plano de expansão para o GP do futuro. Aí teremos instalações de nível mundial porque o GPM se quiser ser de nível mundial terá que ter instalações condizentes. -Já está definido quando as obras poderão começar? -O projecto está pronto e aprovado pela Obras Públicas e estamos aguardar pela oportunidade de começar. -Ainda não há datas definidas? -Ainda não. -Quão importante é este projecto para o futuro do Grande Prémio? - Penso que é o futuro. É um projecto que considero importante não só pelo crescimento das infraestruturas mas também pelos benefícios que traria para a população. Hoje em dia temos mais de mil jornalistas registados, 30 cadeias de televisão e as nossas instalações são exíguas. Temos que dar outras condições de trabalho a estas pessoas. Depois, as novas instalações têm por base a parte técnica em si, mas permitiriam criar novos espaços que poderiam ser comercializados durante o ano dando novas receitas à organização. O plano contempla também o redimensionamento de todo o paddock num parque de estacionamento com vários andares e que durante o ano mais do que duplicaria a capacidade de estacionamento que existe hoje. Há muitas mais valias neste projecto integrado que representa um novo salto para o Grande Prémio. -Face ao crescimento explosivo que cidade teve alguma vez foi ponderada a possibilidade de se mudar o percurso? -Não posso dizer que não houve ninguém que não tivesse pensado nisso. Mas eu tenho preocupação de ouvir os especialistas e aquilo que me dizem é que este circuito da Guia, cuja primeira prova foi em 1954 e praticamente não foi mudado desde então, é uma jóia em termos desportivos. Criar outras condições é algo que terá que ser avaliado mas enquanto tivermos este traçado temos uma jóia que é preciso valorizar. Grandes cidades que estão a organizar provas automobilísticas de diCONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE >