Última Hora ‐ OMS está a estudar associação entre vacina da gripe A e distúrbio do sono OMS está a estudar associação entre vacina da gripe A e distúrbio do sono A Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou a avaliar a segurança da vacina contra a gripe pandémica H1N1 da GlaxoSmithKline, a Pandemrix ‐ que é a usada em Portugal ‐ na sequência da publicação de um estudo finlandês que sugere que as crianças que foram vacinadas têm nove vezes mais probabilidade de sofrer de narcolepsia, um distúrbio raro do sono, reporta a agência Reuters. As pessoas que sofrem de narcolepsia adormecem de forma repentina e sem aviso. A causa da doença é desconhecida mas está associada a uma combinação de factores genéticos e ambientais. Investigadores do Instituto Nacional de Saúde e Bem estar da Finlândia disseram hoje que o seu estudo sugere que o mais provável é que a narcolepsia seja o resultado de um efeito conjunto da vacina Pandemrix e de outros factores. A investigação, que é classificada como preliminar, foi levada a cabo por um comité nacional que estuda a narcolepsia, tendo sido publicado pelo instituto finlandês, que detectou um aumento de casos de narcolepsia em crianças entre os quatro e 19 anos que foram vacinadas. A GlaxoSmithKline (GSK) já veio dizer que conhece a investigação mas que é ainda muito cedo para tirar conclusões. Uma investigação independente levada a cabo por reguladores europeus já está no terreno. A OMS disse estar ao corrente da investigação mas declarou, em comunicado, que era preciso haver mais estudos sobre a ligação entre a narcolepsia e a Pandemrix que iriam levar a cabo. "O comité consultivo para a segurança das vacinas da OMS está avaliar todos os dados disponíveis sobre o aumento reportado de narcolepsia e deverá emitir um comunicado sobre o assunto no seu site nos próximos dias". Enquanto isso, as recomendações para o uso da vacinas para a época gripal de 2010/11 mantêm‐se inalteradas, sublinhando‐se que nos programas de imunização de crianças o uso de vacinas contra a gripe, e os seus adjuvantes, nunca foi encontrada aquela associação. A GSK disse que está a estudar o relatório mas notou que "era demasiado prematuro tirar conclusões sobre uma potencial associação entre a Pandemrix e a narcolepsia até a investigação europeia estar concluída". Hanna Nohynek, a responsável por estudos de segurança no instituto finlandês, disse que o risco calculado de narcolepsia em crianças entre os quatro e 19 anos era de um em 100 mil e que o estudo mostrou que, entre os que tinham sido vacinados, esse risco sobe para 8,1 em 100 mil. De acordo com a GSK mais de 31 milhões de doses de Pandemrix foram já administradas em 47 países, reportando‐se um total de 162 casos de narcolepsia em pessoas vacinadas, mas que não havia dados suficientes para confirmar essa ligação. Um porta‐voz da Agência Europeia dos Medicamentos disse que as instruções de segurança continuam as mesmas. "Por enquanto... a relação risco‐benefício continua a ser positiva". O estudo finlandês revelou que, entre 2009 e 2010, 60 crianças e adolescentes entre os quatro e os 19 anos ficaram com narcolepsia, destes 52 (quase 90 por cento) tinham sido vacinados com a Pandemrix, sendo a cobertura neste grupo etário de 70 por cento. O instituto acrescentou que vai procurar confirmar os seus resultados em novas investigações em Agosto de 2011.n 
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