BR ASIL EXEMPLAR DE ASSINANTE - VENDA PROIBIDA FUNDADO EM 1º DE OUTUBRO DE 1827 - ANO CLXXXVI - N 0 225 www.jornaldocommercio.com.br TERÇA-FEIRA, 27 DE AGOSTO DE 2013 DÓLAR VALORIZADO SERÁ POSITIVO PARA BRASKEM O presidente da Braskem, Carlos Fadigas, disse ontem que a desvalorização do real frente ao dólar será positiva para a companhia no médio e longo prazos. "A subida do câmbio não é distorção, mas, sim, um retorno à normalidade”, salientou. “Anormal era o real apreciado", acrescentou. B-4 Brasil vive minicrise, mas está sólido, diz Mantega FREDY UEHARA - UEHARA FOTOGRAFIA O Brasil passa por um período de "minicrise" decorrente das expectativas globais em torno do fim dos estímulos econômicos concedidos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), mas a economia do País continua sólida. Foi o que disse ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em almoço-debate promovido pelo Lide-Grupo de Líderes Empresariais, em São Paulo. "Estamos vivendo uma minicrise, mas que terá impacto menor, porque a economia mundial está em recuperação”, afirmou. Mantega voltou a destacar que o Brasil possui amplas reservas internacionais para se proteger de turbulências e de novo culpou a comunicação do Fed pelas presentes dificuldades nos mercados financeiros. A-2 FÁBIO COSTA /JCOM/D.A PRESS CALCULADO COM BASE no peso e na altura, o Índice de Massa Corporal (IMC) determina se um indivíduo está abaixo do esperado, dentro da faixa considerada normal, um tanto acima do que deveria ou se já é obeso. Sozinho, porém, o IMC pode não indicar o quanto uma pessoa é saudável. B-9 Marcia PELTIER Incertezas ainda cercam Libra O designer Domingos Tótora virá ao Rio lançar livro sobre sua obra.A-16 Cercado de grande expectativa pelo governo e pelo mercado, a primeira rodada de licitação do pré-sal sob o regime de partilha poderá ter uma ausência importante. O grupo britânico BG, segundo maior produtor pri- vado de óleo e gás do País, só decidirá dentro de um mês se participará do leilão do campo de Libra, na Bacia de Campos (RJ), previsto para 21 de outubro. "Trata-se de uma operação complexa e pode não se integrar ao nos- TRIBUTOS REFIS PODE SER REABERTO COM A MP 615. A-2 ESTADO UNIDOS LIMITE DA DÍVIDA PODE SER ALCANÇADO EM OUTUBRO. A-5 GERÊNCIA ECONOMIA DE LADO DÁ FORÇA À REESTRUTURAÇÃO. B-10 SABER VIVER IDOSOS PODEM APRENDER A TOCAR UM INSTRUMENTO. B-8 BRASIL S/A Garantia para crédito à Embraer deve ser facilitada O governo vai facilitar as garantias que a União concede no financiamento das vendas externas da Embraer, de forma a atrair bancos privados para esse tipo de operação. Em 2012, a fabricante brasileira de aviões foi a quarta maior exportadora do País e o governo deseja fortalece-la no mercado internacional. O secretário-adjunto de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Rodrigo Cota, diz que a ideia é dar mais competitividade à Embraer, ao equiparar as condições de financiamento que recebe com as modalidades usadas por seus competidores. Segundo o secretário, o Fundo de Garantia às Exportações (FGE) deverá oferecer certificado com cláusula de cobertura incondicional, tipo de apólice de seguro que garante que, em caso de sinistro da operação, a União indenizará o banco que concedeu o crédito em qualquer circunstância. B-3 BRUNO PERES/CB/D.A PRESS Jaleco da omissão A-4 ENTRELINHAS Recados de FHC Mesmo com BC, dólar volta a subir. B-2 Marina e o tempo A-9 FA X : ( 2 1 ) 2 5 1 6 - 5 4 9 5 Indústrias estão com excesso de estoque O embaixador Antonio Patriota (foto) deixou o comando do Ministério das Relações Exteriores ontem, em meio à crise com a Bolívia, e será substituído pelo representante brasileiro na Organização das Nações Unidas (ONU), Luiz Alberto Figueiredo Machado. De acordo com o Palácio do Planalto, Patriota pediu demissão do cargo. O embaixador, que estava à frente do Itamaraty desde a posse da presidente Dilma Rousseff na Presidência, em 2011, foi indicado para a representação do Brasil na ONU, no lugar de Figueiredo. A-6 A-7 TEREZA CRUVINEL [email protected] A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) rejeitou os planos da petroleira OGX para o campo de Tubarão Azul, informaram duas fontes do governo. A OGX, uma das empresa do grupo de Eike Batista em pior situação, propôs furar poucos poços, mas a ANP não aceitou. O plano de desenvolvimento do campo estava sob análise da equipe técnica da agência, para determinar sua viabilidade econômica, após queda na produção. "O plano de Tubarão Azul, na verdade, nunca foi aprovado pela agência, pois sempre teve pendências", afirmou. A expectativa no governo é que a empresa devolva Tubarão Azul, devido às suas dificuldades financeiras. B-4 Caso da Bolívia faz Patriota sair O caso Roger Pinto 0800-0224080 ANP rejeita plano para Tubarão Azul O número de indústrias com volume de estoques excessivos atingiu neste mês a maior marca desde dezembro de 2011. Este resultado foi o principal responsável pela queda do índice de confiança da indústria, e foi o fator responsável pela redução no otimismo dos empresários do setor para o menor nível em quatro anos. O acúmulo de produtos que não entraram no mercado também fez recuar o uso da capacidade instalada nas fábricas em agosto e reduziu as intenções de contratações até outubro, revela a Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da Fundação Getulio Vargas (FGV). A-4 A-6 BRASÍLIA/DF ASSINATURAS E ATENDIMENTO AO LEITOR so plano multibilionário para o País", avisou Nelson Silva, presidente do BG Brasil. Outro ponto de inquietação diz respeito à publicação do edital e do contrato definitivo para o leilão, que poderá atrasar. A-3 Economia Editores // Jorge Chaves Pedro Argemiro A-2 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 CONJUNTURA Mantega: Brasil vive ‘minicrise’ Ministro da Fazenda acha que impacto da turbulência atual será porque economia mundial está em recuperação. Segundo ele, desvalorização do real não deve durar muito, inflação está sob controle e 2014 será um ano melhor para o País DA REDAÇÃO O Brasil passa por um período de "minicrise" decorrente das expectativas globais em torno do fim dos estímulos econômicos concedidos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), mas a economia do País continua sólida. Foi o que disse ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em almoço-debate promovido pelo Lide-Grupo de Líderes Empresariais, em São Paulo, fundado e presidido por João Doria Jr. Segundo Mantega, a turbulência não afetou o fluxo de entrada de capital estrangeiro no País e a economia brasileira está pronta para enfrentar o período de turbulência. "Estamos vivendo uma minicrise, mas que terá impacto menor porque a economia mundial agora está em recuperação”, afirmou. Mantega voltou a destacar que o Brasil possui amplas reservas internacionais para se proteger contra momentos de volatilidade. De novo, o ministro culpou a comunicação do Fed pelas atuais dificuldades vividas pelos mercados financeiros. Para ele, a instituição não deixa claro o que fará sobre os estímulos monetários adotados para reerguer a economia dos EUA, duramente atingida pela crise de 2008. "Quando o Fed começar de fato a retirar os estímulos, o mercado se acalmará", previu Mantega, acrescentando acreditar que o salto dado pelo dó- lar ante o real recentemente pode ter ficado para trás. Para ele, não deverá haver desvalorização excessiva no real por "muito mais tempo". "Temos de ver a duração do movimento do câmbio", destacou. Na visão do ministro, não falta liquidez no mercado à vista de dólares. Por isso, segundo ele, as atuações do BC estão concentradas no mercado futuro, com leilões de swap cambial. Ele voltou a dizer que o governo trabalha para evitar o contágio cambial na inflação que, afiançou, está sob controle no Brasil. Mantega afirmou também que o governo tem grande "munição" para lidar com os movimentos de desvalorização do câmbio e admitiu que, caso seja oportuno, poderá vender dólares à vista. "Podemos dar liquidez para o spot, se for necessário", afirmou. Inflação Mantega ressaltou que a "inflação está sob controle" e que "a dona de casa pode ficar tranquila", pois o Poder Executivo não deixará que os preços subam. "Estamos vigiando a inflação e ela não será obstáculo para a nossa trajetória de crescimento", afirmou. "O impacto do câmbio na inflação ainda é pequeno. Mas vamos seguir observando", destacou. "Não sei se o câmbio terá ou não impacto na Selic. Só o Banco Central pode responder", disse, depois de ter sido perguntado se a desvalorização do real an- FREDY UEHARA - UEHARA FOTOGRAFIA patamar que, dificilmente, terá paralelo em outros países". "Eu mesmo fiz umas 15 reuniões com o setor de concessões, discutindo dados, abrindo as planilhas, e todos saíram satisfeitos", afirmou. "Não vejo mais críticas nesse ponto. Esse número era menor, atualizamos uma série de dados, como custo do investimento, está tudo atualizado. Era uma TIR de 5,5% e, talvez, nem chegasse a isso. Nós melhoramos o sistema de financiamentos, pois reduzimos os juros e aumentamos os prazos, diminuímos garantias, o que dá a chamada TIR alavancada de 15% a 16%", disse. PIB brasileiro Mantega, recebido no almoço do Lide por João Doria Jr: otimismo te o dólar influenciará os passos das decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), que terá a reunião de agosto concluída amanhã. Para combater a inflação, o ministro destacou que o Executivo tem um amplo leque de medidas que podem ser adotadas. Por hipótese, Mantega citou redução de tarifas de importação e desonerações de setores produtivos a fim anular eventuais aumentos de custos com o fortalecimento do dólar ante o real. Concessões Mantega afirmou que o governo está trabalhando para tornar atrativas ao setor privado as diversas concessões na área de infraestrutura a serem licitadas nos próximos meses. Ele avisou ainda estar aberto a modificações para melhorar os programas. Na avaliação do ministro, como como há grande liquidez internacional neste momento, os investidores estrangeiros vão se interessar pelas concessões, uma vez que eles focam no longo prazo. Mantega avaliou como “muito positivas” as perspectivas de rentabilidade para os grupos privados. Segundo ele, a taxa interna de retorno (TIR) na área rodoviária deve chegar a "14%, 15% reais por 30 anos, o que é Mantega disse também que a economia brasileira pode crescer 4% em 2014, ano eleitoral, e que, a última estimativa para este ano era de expansão de 2,5%. “Acho que em 2014 nós vamos crescer mais, porque talvez melhore a economia internacional", comentou. Nesta semana, o governo tem de entregar o Orçamento de 2014 e já estava definido que reduziria a projeção de expansão do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com ele, com a evolução de EUA, China e Zona do Euro que é desenhada para este semestre e sobretudo 2014, "a economia global sairá do buraco" provocado pela crise surgida em 2008. Neste contexto, Mantega destacou que o Brasil terá condições de crescer mais em 2013, do que a alta de 0,9% apurada em 2012. "A nossa última previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) é de crescimento de 2,5% em 2013 e de 4% para 2014", afirmou. Combustíveis O ministro da Fazenda ressaltou ontem que o governo não tem nenhuma definição sobre um eventual aumento de combustíveis em 2013. "O que eu disse é que não haveria aumento em função da variação cambial", afirmou.. "Se vai ter algum outro tipo de aumento, eu não sei, não tem definição nenhuma", apontou. O comitê debatedor do Lide foi composto pelo presidente da Amil, Edson de Godoy Bueno; o presidente do Bank of America, Alexandre Bettamio; o presidente da Boa Vista Administradora do SCPC, Dorival Dourado; o presidente da Braskem, Carlos Fadigas; o presidente da Gocil Segurança e Serviços, Washington Umberto Cinel; o presidente da Mapfre Seguros, Marcos Eduardo Ferreira; a presidente da TAM, Claudia Sender; o presidente do HSBC, André Brandão; o presidente da Cielo, Rômulo de Mello Dias, o presidente da Mastercard, Gilberto Caldart; o presidente da Indra, Emilio Exposito Diaz; o presidente da Philip Morris, Wagner Erne; o presidente da revista América Economia, José Roberto Maluf; e o vice-presidente da Jovem Pan, Marcelo M. de Carvalho. (Com agências) FISCO PESQUISA FOCUS TESOURO Governo pode reabrir o Refis Mercado projeta PIB menor, dólar mais caro e IPCA em alta Dívida mobiliária federal interna cai 1,6% » SÍLVIO RIBAS » CÉLIA FROUFE DA AGÊNCIA REUTERS DA AGÊNCIA ESTADO O governo deverá reabrir o Programa de Recuperação Fiscal (Refis) e permitir novos prazos para o refinanciamento de débitos tributários, em condições especiais. Essa é a expectativa do relator da Medida Provisória (MP) 615/2013, senador Gim Argello (PTB-DF), também autor de emenda nessa direção. Ele acredita na aprovação, amanhã, da MP na comissão especial. A reabertura do Refis é só um dos vários pontos da MP 615 que trata, entre outras coisas, de subvenção econômica a produtores de cana-de-açúcar e etanol do Nordeste. Segundo ele, metade das empresas participantes do chamado Refis da crise, de 2009, abandonaram o programa que abrange passivo estimado em R$ 500 bilhões. "Os parcelamentos rendem cerca de R$ 10 bilhões ao ano aos cofres públicos. Esse valor pode triplicar com a reabertura do Refis", calculou Argello. "O setor produtivo passa por um grave e generalizado desânino e requer estímulos para superar as dificuldades", acrescentou o senador. Após a aprovação no Senado, a MP seguirá para a Câmara. A artilharia contra a disparada do dólar, apresentada na semana passada pelo Banco Central (BC), foi insuficiente para que analistas do mercado barrassem o movimento de alta das previsões para a inflação deste e do próximo ano. A própria cotação da moeda para 2013 e 2014 subirá, na avaliação das cerca de 100 instituições consultadas pela autoridade monetária. A dívida líquida do setor público também vai aumentar. Já a perspectiva para a balança comercial, que seria a principal beneficiária da elevação, voltou a definhar. Mais dois dados merecem destaque na pesquisa Focus, que o BC divulgou ontem. Um deles é a baixa das estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB), justo na semana em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará a taxa de crescimento do País no segundo trimestre. Os analistas voltaram a diminuir as previsões tanto para este ano (2,2%) quanto para 2014 (2,4%). O outro é o da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre o rumo da taxa básica de juros, a Selic. A previsão con- sensual que o mercado vem apresentando há algumas semanas é de alta de 0,50 ponto porcentual, amanhã, para 9% anuais. Para o final deste ano, porém, a estimativa subiu de 9,25% para 9,5% ao ano. Pela Focus, uma nova elevação de meio ponto porcentual deverá ser observada na reunião de outubro. A percepção de um avanço mais forte da taxa básica até o fim do ano se dá ao mesmo tempo em que os analistas veem aumento da inflação. Independentemente do horizonte ou do indicador que se escolha, a tendência é de aumento dos preços, segundo a Focus. No caso do IPCA, que é o índice oficial do País, os analistas alteraram o prognóstico para 5,80% em 2013, para 5,84% no final do ano que vem e para 6,08% no acumulado daqui a 12 meses. Top 5 O grupo de profissionais que mais acerta as previsões para o médio prazo, denominado pelo BC de Top 5, estima que o IPCA de 2013 deverá ficar em 5,57%, e não mais em 5,47% como era esperado uma semana antes. O movimento de alta das expectativas foi visto também no IPC-Fipe (4,37%), no IGP-DI (4,55%) e no IGP-M (4,50%) deste ano. Até as previsões para os preços administrados ou monitorados pelo governo – como o da gasolina – foram afetadas, passando para 1,8%. Vale lembrar que a trajetória das últimas semanas para esse conjunto de preços era de baixa. Entre outros motivos, quem trabalha no mercado financeiro acredita que o dólar contribuirá para a alta. De uma semana para outra, a Focus identificou uma elevação das previsões: R$ 2,32 para a cotação no fim de dezembro e R$ 2,38 para 2014. A previsão para o rombo das contas externas foi mantida em US$ 77 bilhões este ano e da relação dívida/PIB voltou para o patamar de 35%. Superávit modesto No comércio internacional, que poderia lucrar com a elevação da moeda norteamericana, foi visto um movimento contrário. O humor do mercado piorou e a expectativa é de um superávit de apenas US$ 3,4 bilhões - US$ 1 bilhão menos que o esperado há uma semana. Para 2014, contudo, houve elevação da projeção para o saldo, que passou de US$ 8 bilhões para US$ 9 bilhões. Curta www.cnc.org.br » LUCIANA OTONI DÓLAR ALTO ELEVA DÍVIDAS DAS EMPRESAS O nível de endividamento das empresas aumentou 2,9% em julho, segundo aponta o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas. Houve alta também sobre igual mês do ano passado (4,6%) e no acumulado de janeiro a julho (1,8%). A dívida pública mobiliária federal interna caiu 1,6% em julho frente a junho, atingindo R$ 1,864 trilhão, resultado da forte queda no estoque de papéis prefixados superior ao aumento na dívida indexada à Selic. O Tesouro anunciou que o estoque da dívida, incluindo a dívida externa, recuou 1,44%, para R$ 1,957 trilhão. Do total do estoque da dívida pública federal, os títulos prefixados representaram 37,78%, inferior ao percentual de 40,01% em junho. Segundo o Tesouro, no mês passado, houve vencimento de R$ 77,7 bilhões em papéis prefixados. Por outro lado, o estoque de títulos indexados à taxa Selic somou 22,42% em relação ao total da dívida, atingindo R$ 438,67 bilhões, R$ 12,9 bilhões superior ao valor de junho. Entre os detentores dos papéis da dívida brasileira, os investidores estrangeiros possuíam em julho 15,51% dos títulos em circulação, ante 14,52% no mês anterior. O resultado de julho ainda não reflete a turbulência nos mercados que resultou em uma forte queda nos preços da dívida pública neste mês, levando o Tesouro a fazer leilões extraordinários de recompras de títulos para oferecer parâmetro de preço aos investidores. A turbulência deste mês pode levar o Tesouro a rever metas de gestão que foram fixadas para a dívida em 2013. Na última quinta-feira, o subsecretário do Tesouro Paulo Valle informou que diante desse novo cenário o governo pode rever a meta de participação dos títulos corrigidos pela Selic. A meta atual é fazer com que a dívida "selicada" fique entre 14% e 19% ao fim deste ano. COMÉRCIO EXTERIOR Balança tem superávit na 4a semana de agosto DA AGÊNCIA REUTERS A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 880 milhões na quar ta semana de agosto, informou ontem o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Entre os dias 19 e 25 deste mês, as exportações somaram US$ 5,172 bilhões e as importações, US$ 4,292 bilhões. No mês, até a quarta sema- na, as exportações somam US$ 16,635 bilhões contra US$ 15,496 bilhões em importações, resultado em um saldo positivo de US$ 1,139 bilhão. Já no ano, a balançatem déficit de US$ 3,851 bilhões, resultado de US$ 151,865 bilhões em exportações contra US$ 155,716 bilhões em importações. O elevado déficit na balança é o principal fator de deterioração da conta transações corrente do balanço de pagamentos. Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 • Economia • A-3 PETRÓLEO & GÁS LEILÃO A-5 Incertezas ainda cercam leilão do pré-sal de Libra BNDES deve financiar novos projetos de PCHs Primeira rodada de licitação no modelo de partilha, prevista para 21 de outubro, vai atrasar e gigante do setor, a BG Brasil, faz suspense sobre sua participação » SÍLVIO RIBAS E PAULO SILVA PINTO C ercado de grande expectativa pelo governo e pelo mercado, a primeira rodada de licitação do pré-sal sob o regime de partilha, poderá ter uma ausência importante. O grupo britânico BG, segundo maior produtor privado de óleo e gás do País e à caminho da liderança até dezembro, só decidirá dentro de um mês se participará do leilão do campo de Libra, na bacia de Campos (RJ), previsto para 21 de outubro. “Ainda estamos avaliando se vale a pena disputar ou não. Trata-se de uma operação complexa e pode não se integrar ao nosso plano multibilionário para o País”, informou Nelson Silva, presidente do BG Brasil. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) esperava publicar ainda este mês o edital e o contrato definitivo, mas já admite que não deverá receber em tempo o sinal verde do Tribunal de Contas da União ( TCU), que analisa as informações técnicas e econômicas do certame. O atraso esperado é de pelo menos uma semana. A área será concedida mediante pagamento do bônus de assinatura de R$ 15 bilhões. O valor a ser desembolsado pelo vencedor e a antecipação do cronograma, que originalmente iria até novembro, atenderam ao esforço do governo para atingir o equilíbrio das contas públicas em 2013. A ANP estima que o desenvolvimento da produção no campo exigirá investimentos de R$ 400 bilhões nos 35 anos Ainda estamos avaliando se vale a pena disputar ou não. Trata-se de uma operação complexa e pode não se integrar ao nosso plano multibilionário para o País.” Nelson Silva Presidente do BG Brasil da concessão, incluindo o bônus e a compra de equipamentos e plataformas. Só o programa exploratório mínimo de Libra vai exigir R$ 611 milhões. Representadas pelo Instituto Brasileiro do Petróleo (IBPP), as petroleiras reagiram negativamente à minuta do contrato para Libra, tendo pedido à ANP alterações no artigo que trata da correção monetária dos custos. Com medo de sofrer perdas para a inflação, elas argumentaram que o contrato não prevê atualização dos investimentos nos nove anos até o começo da produção, prevista para 2022, com uma ou duas plataformas. Estratégia A cautela do BG em relação a Libra ocorre apesar da sua decisão estratégica de se concentrar no ramo de produção, desfazendo-se de investimentos na área de distribuição de gás, e da saída da Argentina. O executivo reafirma, contudo, a crença da petroleira na segurança jurídica dos contratos firmados com a agência reguladora, atestada pelo seus projetos em execução. Silva lembrou também que a BG não tem “conflito filosó- fico” com a partilha, pois atua em mercados onde o modelo já é adotado. O executivo acrescentou que também não tem interesse em adquirir participações detidas pelo grupo OGX, do empresário Eike Batista, em nenhum bloco exploratório. Na última rodada de licitações da ANP, realizada em maio último, a BG adquiriu participação, como operadora, em dez blocos na Bacia de Barreirinhas, na costa do Maranhão. Com elevada taxa de sucesso em perfuração em águas profundas, inclusive no pré-sal da Bacia de Santos, o grupo já investiu mais de US$ 5 bilhões no Brasil. A multinacional também tem planos de investir nos próximos cinco anos, em média, US$ 3 bilhões por ano, confirmando no período o maior investimento direto externo no país, superior a US$ 20 bilhões. Presente em mais de 20 países – está no Brasil desde 1994 –, o grupo espera dar um salto na produção local em 2014, quatro anos depois da sua estreia na exploração do pré-sal. A expectativa é chegar à produção de 600 mil barris diários em 2020. Libra, a maior descoberta de petróleo já feita no País, foi apresentada ao mundo como um trunfo da ANP, após a retomada em 2013 das licitações de exploração de petróleo no Brasil. As novas frentes do setor ficaram paralisadas por cinco anos, em razão das discussões no Congresso do marco regulatório para o pré-sal. No começo do ano, a agência avisou que novos estudos na região permitem estimar reservas gigantescas de 9 bilhões e 12 bilhões de barris. O Ministério de Minas e Energia tem dito que pelo menos 13 grupos internacionais já revelaram interesse em participar do leilão. Produção Ildo Sauer, especialista na área de energia da Universidade de São Paulo (USP), estima que o megacampo produzirá 2 milhões de barris por dia, 700 milhões por ano. Pelos seus cálculos, está em jogo recursos que alcançam US$ 50 bilhões por ano. No leilão, as petroleiras disputarão o direito de se associar à Petrobras, que terá de participar com 30% dos investimentos. Com 1,5 mil quilômetros quadrados, Libra também é a maior reserva conhecida do pré-sal. O maior campo em atividade em águas ultraprofundas, Lula, explorado no modelo de concessão, tem reservas não comprovadas de até 8 bilhões de barris. A Petrobras atua no local com uma plataforma extraindo pouco mais de 90 mil barris de óleo por dia. Ao todo, o pré-sal rende atualmente cerca de 300 mil barris diários, ou 15% da produção nacional. FERTILIZANTES Relação de troca favorece produtor DA AGÊNCIA REUTERS A relação de troca entre fertilizantes e grãos segue favorável ao produtor rural apesar da forte alta recente do dólar, uma vez que o repasse do custo maior por parte das empresas está sendo feito em ritmo inferior ao da valorização cambial, avaliou ontem o diretorexecutivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), David Roquetti Filho. “De modo geral, o viés de alta nos preços de fertilizantes não está acompanhando na mesma velocidade a valorização do dólar. A relação de troca não é a mesma, mas ainda está favorável ao produtor”, disse oRoquetti Filho. O dólar acumula alta de mais de 17% desde o início de maio e opera no maior patamar em mais de quatro anos. O Brasil importa cerca de 70% de sua demanda total por fertilizantes, e detém uma fatia de 6% do consumo mundial, atrás da China, que tem 33%, Índia, com 17%, e Estados Unidos com 12%. Neste cenário, o País é vulnerável às oscilações de preços do mercado internacional, lembrou o executivo. As vendas de fertilizantes no Brasil cresceram 5,5% de janeiro a julho na comparação com igual período de 2012, para o recorde de 15,1 milhões de toneladas, segundo levantamento mensal da Anda. O Brasil está se preparando para o cultivo da safra de verão da temporada 2013/2014, que tem início a partir de meados de setembro, com forte demanda dos produtores por insumos. O setor deve encerrar o ano com volume recorde de vendas em cerca de 30,5 milhões de toneladas, segundo estimativa da GO Consultores citada pelo diretor da Anda. No mesmo período, as importações de fertilizantes intermediários – utilizados na mistura final de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) – subiram 13% na comparação com igual período do ano passado, somando 11,8 milhões de toneladas. Já na avaliação do diretorexecutivo da Ama-Brasil, Carlos Eduardo Florence, entida- Ministério de Minas e Energia de que reúne as misturadoras de fertilizantes, o repasse acontece na medida em que o dólar sobe porque o impacto é direto no custo de produção industrial. No entanto, ele pondera que o cenário atual ainda é favorável ao produtor. “A relação de troca piorou, mas ainda está confortável para o produtor”, disse Florence. Eleobservou que o acompanhamento mensal estatístico da Anda indica que atualmente são necessárias cerca de 20 sacas para um produtor adquirir uma tonelada de fertilizantes em média no Brasil. O número varia em função dos preços da commodity e a distância de áreas fornecedoras do insumo. Quando os preços da soja estavam em valores mais elevados, há alguns meses, esta relação chegou a recuar para cerca de 17 sacas. Potássio O executivo ressaltou que o mercado está instável, especialmente no segmento de potássio, desde que a russa Uralkali desmantelou uma das maiores parcerias do mundo no setor, deixando uma joint venture com o seu parceiro da Bielo Rússia. “A expectativa era de que os preços do potássio caíssem bastante. Na prática, o preço baixou um pouco, mas agora está estável”, afirmou Florence. No acompanhamento da Ama-Brasil, o preço médio internacional do potássio antes da separação da empresa russa estava entre US$ 430 a US$ 440 e agora recuou para US$ 380 a US$ 400. “A expectativa era que caísse mais”, acrescentou. O Brasil importa cerca de 90% de sua demanda total por fertilizantes potássicos, mas o executivo lembrou que os importadores já compraram grande parte dos volumes necessários para o cultivo da próxima safra. Já na avaliação do diretor da Anda, o preço do insumo pode até recuar no curto prazo, mas por se tratar de um setor concentrado em poucas empresas, a tendência de baixa no médio e longo prazos é muito pequena. Ministério da Saúde AVISO DE LICITAÇÃO AVISO DE CONVOCAÇÃO PE.GCM.A.00129.2013 O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva convoca empresas especializadas em: FURNAS Centrais Elétricas S.A. torna público que realizará Pregão Eletrônico para contratação do fornecimento de Cabos Condutores, Cabos Para-raios, Cabos de Aço Galvanizados, Isoladores tipo disco-vidro, Estruturas Metálicas, Ferragens e Acessórios, Espaçadores e Amortecedores para a LT 138kV Santa Cruz – Jacarepaguá. Obtenção do Edital: O Edital está disponível a partir desta data, no sítio Comprasnet (www.comprasnet.gov.br - nº da licitação 1292013) e também no sítio de FURNAS (www.furnas.com.br - opção “Fornecedores/Editais”). 0DLVLQIRUPDo}HVQR'LiULR2¿FLDOGD8QLmRGRGLD Jorge Luiz Ribeiro Gonzalez Gerência de Compras Contratação de serviço de limpeza técnica hospitalar e asseio condominial com conservação de bens e imóveis. Processo: 25410.001.345/2009-26 3DUD¿QVGHFDGDVWUDPHQWRFRPYLVWDjVIXWXUDVFRQWUDWDo}HV2VLQWHUHVVDGRVGHYHUmR comparecer em até 2 dias úteis DSyV D GDWD GHVWD FRQYRFDomR j 5XD 0DUTXrV GH 3RPEDOQDQGDU&HQWUR5LRGH-DQHLUR5-GDVjVKRXVROLFLWDU cadastramento através do e-mail: ([email protected]) Serviço de Compras INCA/MS DA REDAÇÃO O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve lançar novas condições de financiamento para projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e de usinas a biomassa para incentivar a participação destes empreendimentos no leilão de energia A-5, marcado para quinta-feira, afirmou ontem o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. O governo federal solicitou ao BNDES uma melhora nas condições de financiamento para PCHs e usinas a biomassa, buscando atender pleitos dos setores. Segundo Tolmasquim, a cadeia de fornecedores reclamava da menor participação das PCHs nos leilões e, no caso das usinas a biomassa de cana, a iniciativa também considera a visão do governo de tentar estimular indiretamente a produção de etanol. “Acho que biomassa e PCHs vão voltar no leilão de quintafeira e o BNDES deve lançar um pacote para tornar esses empreendimentos mais competitivos”, disse Tolmasquim, lembrando que o preço-teto pelo megawatt-hora (MWh) do leilão será de R$ 140. Contratação O leilão A-5 prevê a contratação antecipada de energia elétrica que só começará a ser produzida daqui a cinco anos. Ou seja, as distribuidoras tentarão comprar, em 2013, energia que só será entregue em 2018. Trinta e seis projetos serão ofertados no leilão de quinta-feira: uma usina hidrelétrica, três usinas termelétrica a carvão, 16 termelétricas a biomassa e 16 PCHs. O presidente da EPE disse também que projetos de usinas solares foram inscritos para o leilão A-3 programado para novembro deste ano, mas considera pouco provável que sejam contratados na compe- tição. “Teve muita gente inscrito em solar, mas no A-3 é muito pouco provável que seja contratado porque vai concorrer com outras fontes e o prazo para construção é muito mais curto”, disse. Tolmasquim disse que ainda há um pedido de um grupo de empreendedores para incluir a energia solar do leilão A5 de dezembro, mas por enquanto isso não está permitido. O presidente da EPE defendeu uma “pequena entrada de solar na matriz” como forma de adquirir experiência e criar “massa crítica” sobre a fonte de energia, mas não revelou como isso poderia ser feito. Itaocara Tolmasquim disse também que no leilão A-5 do fim do ano, o governo pretende incluir a hidrelétrica Itaocara, no Rio de Janeiro, cuja concessão foi devolvida por Light e Cemig. As empresas devolveram a concessão da usina este mês à União porque não conseguiram extensão do prazo de concessão da usina, que foi licitada há cerca de uma década mas não saiu do papel por dificuldades para obter licenças ambientais necessárias para sua viabilização. “Estamos estudando colocar Itaocara no leilão de dezembro. Estamos calculando o preço teto para mandar para o TCU junto com as outras”, disse Tolmasquim. “Itaocara já tem até licença de instalação e acho que tem chance de entrar”, adicionou. Já em relação à hidrelétrica Três Irmãos, que pertencia à Cesp e cuja concessão não foi renovada dentro do processo de renovação promovido pelo governo no início do ano, está previsto um leilão específico que pode ocorrer até 2014. A previsão inicial era de que o leilão da usina ocorresse em setembro, mas Tolmasquim disse ontem que a licitação poderá ocorrer até o início do ano que vem. (Com agências) Expansão hidrelétrica está limitada a até 2030, diz secretário DA AGÊNCIA REUTERS A expansão hidrelétrica no Brasil pode ocorrer somente até 2030, se consideradas as barreiras ambientais e legais que limitam a ampliação da energia hídrica, disse o secretário de Desenvolvimento e Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura. “A expansão hidrelétrica acaba entre 2025 e 2030. Temos mais 12 ou 15 anos de expansão sustentável”, disse Ventura ontem, em evento da Câmara de Co- mércio Americana. Ele estima que o Brasil tem um potencial hídrico de aproximadamente 260 mil megawatts (MW), mas cerca de 100 mil MW “são descartados” pelas limitações ambientais. Boa parte desse volume se encontra na região amazônica. “O Brasil tem mais de 1 mil hidrelétricas em funcionamento e com resultados muito positivos, dando muitos benefícios à comunidade. Ser contra hidrelétrica talvez se dê porque o setor não sabe se comunicar com a sociedade”, afirmou Altino. COMUNICADO PÚBLICO A EMBRATEL comunica a seus clientes do Serviço Telefônico Fixo Comutado – STFC, na modalidade Local, que uma ruptura de cabo óptico impediu a prestação regular do serviço a alguns de seus usuários das localidades de Mesquita e Nova Iguaçu, a partir de 11h32 do dia 23/08/2013. A EMBRATEL adotou imediatamente todas as providências necessárias, restabelecendo a normalidade do serviço às 16h48 do mesmo dia. VALESUL ALUMÍNIO S.A. (Companhia Fechada) CNPJ/MF nº 42.590.364/0001-19 - NIRE nº 33.3.0015673-9 RETIFICAÇÃO. Na publicação da Ata da Assembleia Geral Extraordinária UHDOL]DGDHPGHMXOKRGHRFRUULGDQR'LiULR2¿FLDOGR5LRGH-DQHLUR HQR-RUQDOGR&RPpUFLRDPERVQDHGLomRGHID]VHDVHJXLQWH UHWL¿FDomRRQGHVHOr³CERTIDÃO -XFHUMDUHJLVWURQHP 9DOpULD * 0 6HUUD 6HFUHWiULD*HUDO´ OHLDVH ³CERTIDÃO -XFHUMD UHJLVWUR Q HP 9DOpULD * 0 6HUUD 6HFUHWiULD*HUDO´ QUEIROZ GALVÃO EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO S.A. CNPJ/MF Nº. 11.253.257/0001-71 - NIRE Nº. 33.3.00.29159-8 ATA DE REUNIÃO DE DIRETORIA REALIZADA EM 15 DE JULHO DE 2013. 1. Data, Hora e Local: Aos 15 dias do mês de julho de 2013, às 10:00 horas, na sede social da Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (“Companhia”). 2. Presença: Presentes todos os Diretores da Companhia. 3. Mesa: Presidente, Sr. Lincoln Rumenos Guardado, que convidou a Sra. Tatiana Mortari Fioratti, para secretariá-lo. 4. Ordem do Dia: Deliberar sobre a abertura de filial da Companhia na Cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro. 5. Deliberações Aprovadas: A unanimidade dos Diretores presentes deliberou e aprovou, nos termos dos artigos 2º e 16 do Estatuto Social, a criação de uma filial, situada na Rua Engenheiro Fábio Goulart, nº 605 (parte), Ilha da Conceição, Cidade de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, CEP 24050-090, a ser utilizada como estabelecimento comercial da Companhia. 6. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente deu por encerrada a Reunião de Diretoria, da qual lavrou-se a presente ata, que lida e aprovada, segue assinada por todos os Diretores, bem como pelo Presidente e pela Secretária. Rio de Janeiro, 15 de julho de 2013. Mesa: Sr. Lincoln Rumenos Guardado; Sra. Tatiana Mortari Fioratti. Diretores: Lincoln Rumenos Guardado; Paula Vasconcelos da Costa Corte-Real; Danilo Oliveira; Sérgio Rodrigues Michelucci. JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Nome: QUEIROZ GALVÃO EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO S.A. NIRE 33.3.0029159-8 - Protocolo: 0020133794024 - 07/08/2013. Certifico o deferimento em 09/08/2013 e o registro sob o número e data abaixo 33901254697. Data de 09/08/2013. Valéria G. M. Serra - Secretária Geral. A-4 • Economia • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 • Jornal do Commercio INDÚSTRIA FGV: estoques atingem maior marca desde 2011 Resultado foi oprincipal responsável pela queda do índice de confiança do setor, que também fez recuar o uso da capacidade instalada nas fábricas em agosto » MÁRCIA DE CHIARA DA AGÊNCIA ESTADO O número de indústrias com volume de estoques excessivos atingiu neste mês a maior marca desde dezembro de 2011. Este resultado foi o principal responsável pela queda do índice de confiança da indústria, e foi o fator responsável pela redução na confiança dos empresários do setor para o menor nível em quatro anos. O acúmulo de produtos indesejados também fez recuar o uso da capacidade instalada nas fábricas em agosto e reduziu as intenções de contratações até outubro, revela a Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da Fundação Getulio Vargas (FGV ). “O acúmulo de estoque retarda a recuperação da indústria”, afirma o superintendente-adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo. Em agosto, 9,4% das cerca de 1,2 mil indústrias consultadas na sondagem informaram que acumulavam estoques excessivos. O resultado é o maior em um ano e oito meses: 10,2% das companhias estavam nessa condição em dezembro de 2011. Campelo pondera que o nível atual de empresas com estoques indesejáveis é alto, porém está distante da crise de 2009. Em janeiro daquele ano, 21,3% das companhias informaram que acumulavam produtos. De toda forma, o estoque excessivo foi responsável pela queda de 0,6% do Índice de Confiança da Indústria este mês ante julho, descontadas as influências sazonais. O indicador, que recuou para 99 pontos, registrou a terceira queda consecutiva e o menor nível desde julho de 2009, teria ficado estável se não tivesse tido a influência de acúmulo de estoque. Carro De acordo com a pesquisa, de 14 gêneros pesquisados, em 12 os estoques pioraram e em quatro houve superestocagem em agosto. “O número de gêneros superestocados é o maior desde maio do ano passado”, diz o economista. Quem lidera o ranking da su- Fiesp Bacha: ‘País precisa queimar reservas’ » GUSTAVO PORTO DA AGÊNCIA ESTADO Economistas e empresários debateram ontem a atual situação do câmbio e sua repercussão na economia durante o seminário Reindustrialização do Brasil, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Para o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Edmar Bacha, o governo “precisa queimar um pouco de reservas cambiais” para sinalizar ao mercado que se preocupa com a valorização do dólar. Segundo ele, as ações em derivativos e nas linhas cambiais no mercado futuro podem ser insuficientes para segurar a alta na moeda norte-americana, porque não dão a liquidez necessária ao mercado à vista. “O dólar ‘verde-amarelo’ é bom, mas quando o pessoal for querer, vai querer dólar mesmo. Tem de estar disposto a queimar um pouco de reserva, porque só atuar em derivativos e nas linhas não é suficiente. É preciso assegurar que tenha liquidez no pronto”, disse Bacha. “O Banco Central sabe disso. Não pode deixar de ter liquidez no pronto e criar no imaginário que você não precisa mexer nas reservas como se fossem sagradas.” O economista, diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica da Casa das Garças e membro da equipe que criou o Plano Real, disse que é difícil avaliar se o dólar no atual patamar de R$ 2,40 é bom ou ruim para os empresários. Bacha evitou comentar os impactos da alta do dólar na inflação e brincou: “Não faço essa análise. Câmbio foi inventado por Deus para humilhar os economistas”. Acordos bilaterais Também participando entre os debatedores do seminário, o diretor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV ), Yoshiaki Nakano, defendeu uma política cambial “assimétrica”, na qual o BC perestocagem é o material de transporte, com mais de um quarto (26,8%) das indústrias com volume excessivo de produtos este mês. Em julho essa fatia era 16,6%. Na vice-liderança dos gêneros superestocados estão os minerais não metálicos, segmento ligado à construção civil, seguido pela indústria de vestuário, calçados e artefatos de tecido e pela indústria mecânica. O ajuste de estoques pode ter influenciado o resultado de dois indicadores da sondagem. O primeiro é o Nível de atua como interventor e sinaliza, como agora, que não vai aceitar elevação do dólar. “Outro ponto é manter ainda a flutuação, o que dá patamar competitivo e atrai novamente os investimentos.” Nakano criticou ainda o fato de o Brasil abrir o mercado e não ter acordos bilaterais. Ele considerou a reindustrialização do País um pré-requisito para acelerar o crescimento sustentável. “Se a indústria crescer 10% (ao ano), o PIB cresce 7%, em média, e a produtividade cresce 4%. O crescimento da indústria puxa a economia e aumenta produtividade.” O ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser-Pereira, que atuou como moderador em um dos painéis do seminário, provocou empresários e trabalhadores, ao dizer que a m b o s p re c i s a m d e i x a r d e p e n s a r n u m a política industrial nos moldes da que o País utilizou nos anos 1970. “A política dos anos 70 foi feita com altos subsídios às indústrias e altas tarifas de proteção e isso é impossível hoje”, afirmou. “Vejo certa saudade dos anos 70, mas estamos nos anos 2010.” A provocação ocorreu depois que representantes de empresários, economistas e até o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT ), Sérgio Nobre, criticarem o processo de desindustrialização que estaria ocorrendo no Brasil. O ex-ministro avaliou que é hora de adotar uma política cambial para incentivar a indústria brasileira a voltar a ser competitiva. “É preciso trocar política industrial por política cambial, com taxa de câmbio competitiva, reduzir tarifas e ter um Estado ativo.” O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, criticou, sem citá-lo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que no ano passado pediu aos empresários a volta do espírito animal para elevar investimentos. “Não tem espírito animal suicida. Não se vai conseguir investimento sem condições e sem câmbio competitivo,” disse Francini. Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) das fábricas, que recuou para 84,2% este mês, ante 84,4% em julho, descontadas as influências típicas do mês. Campelo ressalva que a redução do Nuci pode estar refletindo não só o ajuste de estoques, mas também o aumento dos investimentos realizados, que ampliaram a capacidade de produção. O segundo indicador da pesquisa, cujo resultado de agosto carrega a influência dos estoques indesejados, é a perspectiva de contratação das indústrias para três me- ses, entre agosto e outubro. O indicador de emprego previsto caiu 0,5% de julho para agosto no índice dessazonalizado e recuou para o menor nível desde junho de 2009. Três dos seis gêneros que apresentaram menor perspectiva de emprego previsto são exatamente aqueles que estão superestocados: material de transporte, vestuário e calçados e a indústria mecânica. “A indústria está mais cautelosa nas contratações por causa do acúmulo de estoques, mas não dá para falar em desemprego”, ressalta Campelo. IMPORTAÇÃO Camex deve reavaliar tarifas, diz secretária DA AGÊNCIA ESTADO A secretária do Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Heloisa Menezes, afirmou ontem que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) deve reavaliar tarifas de importação na próxima reunião, até setembro, levando em conta a alta do dólar. A secretária considerou que a apreciação da moeda norte-americana é um dos elementos para a reavaliação tarifária. “O dólar é um elemento a mais para nos levar à revisão de política tarifária. E a política tarifária deve continuar como instrumento de apoio à política industrial, independente do dólar”, disse. “Portanto, não é automática a ligação de alta do dólar ao fim da política tarifária como instrumento para indústria”, completou a secretária. Segundo ela, outros fatores, como o necessário reescalonamento tarifário para insumos importados e a revisão da lista de tarifas diferenciadas para o Mercosul também serão revistos. Heloisa endossou a posição do ministro Fernando Pimentel de que o dólar em um patamar de R$ 2,40 é o mínimo para alcançar níveis desejáveis de competitividade da indústria. “O ministro falou e ratificou que esse patamar recupera a defasagem dos últimos anos. Não sei dizer se esse patamar é o adequado ou se vai ficar nele.” A secretária advertiu que a alta do dólar não pode virar margem de lucro para a indústria, que utiliza a valorização da moeda para ampliar a competitividade internacional. “Esse nível recupera grande parte das perdas que se acumularam nos últimos anos e que foram responsáveis pela queda de competitividade da indústria”, reafirmou. “Mas a recuperação não pode virar margem e deveria ser utilizada pela indústria para alcançar um preço para competir com o importado no mercado.” Brasil S/A por Antônio Machado [email protected] Jaleco da omissão A polêmica sobre a contratação de 4 mil médicos cubanos e de mais uma ou duas centenas de outras nacionalidades para atuar em cidades desassistidas pela saúde pública é vesga por princípio. A discussão está feita pela ótica dos médicos brasileiros, contrários ao visto de trabalho com dispensa de prova de revalidação de diploma, e pelo viés ideológico. O grosso dos contratados é de Cuba – uma ditadura comunista, embora com reconhecida excelência de saúde da família. A medida provisória que aprova o ingresso desses profissionais foi clara quanto ao que podem fazer – basicamente o atendimento clínico geral, circunscrito à cobertura do Programa Saúde da Família, sem a permissão para realizar cirurgias e procedimentos complexos, campos cobertos pela exigência das provas de revalidação. Isso é certo. A questão básica é que ou faltam médicos no país ou disposição de boa parte deles, inclusive de recém-formados, para atuar em regiões nem se diz carentes, mas pouco mais afastadas de grandes cidades. Em qualquer caso, a inépcia e desídia dos governantes em relação à saúde são flagrantes. O problema do déficit de médicos é antigo. No poder federal desde 2003, os governos petistas tiveram tempo mais que suficiente para diagnosticar tais enfermidades e as tratarem. O próprio apelo aos médicos trazidos de Cuba – que se especializou em exportar sua experiência em medicina preventiva – é sabido desde 1995, quando o município paulista de Pedreira, perto de Campinas, trouxe um grupo de seis profissionais. Outros governos regionais já se serviram destes contratos, cujo ponto a objetar é mais a forma da negociação com o governo de Cuba que o objetivo da contratação. A maior parte dos R$ 10 mil per capita/mês pagos aos cubanos pelo Ministério da Saúde vai para o governo de Cuba, a pretexto de que são funcionários do país. O "extra", de 25% a 40% do custo, é um "bônus" do governo de Raul Castro, segundo a vice-ministra da Saúde de Cuba, Marcia Cobas, que acompanhou a chegada da primeira leva de médicos ao lado do colega brasileiro, o ministro Alexandre Padilha. É essa forma de pagamento, entendida como trabalho precário pelo Conselho Federal de Medicina, além da negativa a eventuais pedidos de asilo, que torna controverso o acordo. Não deixa de ser um meio de nublar a compreensão sobre as causas da saúde ruim no país. Marketing do candidato Entusiasta do acordo e candidato lançado pelo PT ao governo de São Paulo, Padilha fez do programa Mais Médicos um meio para se tornar conhecido. A polêmica, neste sentido, o favorece, até porque, como indicam as pesquisas, há um forte apoio popular ao programa. Importa para a sociedade a garantia da assistência médica, não a procedência do médico. Esse é o problema, a carência, omitida pelos protestos das entidades de representação dos médicos. E quanto mais se insurjam contra os médicos de fora menos apoio elas vão ter. Não seria difícil travar tal discussão, mas o senso corporativista dos médicos lhes turva a razão, para alívio dos governos e políticos. Dinheiro e omissão... As chagas da saúde há tempos são conhecidas. Há mais de uma década não são abertas novas escolas de medicina, a formação não atende as necessidades básicas da sociedade, sobretudo os mais pobres, ao dar prioridade à especialização e desvalorizar o atendimento básico. É também questionável a gestão da rede assistencial, fatiada entre o governo federal, que concentra o grosso da arrecadado tributária na Federação, e os estados e municípios, responsáveis pela operação do Sistema Único da Saúde (SUS), segundo a Constituição. A alegação comum remete à falta crônica de recursos. É fato, tanto quanto a inoperância gerencial (fonte de desperdícios e corrupção), a hierarquia difusa (pelo aparelhamento dos cargos de chefia do SUS pelos partidos), e a falta de indicadores confiáveis de gestão. Da falta de dinheiro, todos reclamam. Do que exige trabalho, silêncio. ...e prevenção e gestão O diagnóstico da saúde para além dos protestos corporativistas dos médicos, vistos também na pressão por mais verba no Congresso, pede intervenção cirúrgica. Os objetivos do Mais Médicos atendem por ora o problema, como analgésico contra a febre. Mas continuam os males. Eles são antes de tudo de gestão (visto em áreas onde consultores da Falconi & Associados reduziram filas e aumentaram a qualidade do atendimento) e de diretrizes. Foco em prevenção, especialidade dos cubanos, libera leitos e UTI, além de baixar a gordura burocrática. Há exemplos assim em hospitais terceirizados em São Paulo. Mas tais exemplos de boa gestão são raros. A demagogia impressiona mais. Demanda de inteligência A verdade é que a "importação" de inteligência é questão global e não restrita apenas ao déficit de médicos. Nos EUA, como aqui, há carências de profissionais formados e de estudantes de engenharia, de matemática, de ciências em geral, e o meio de preenchê-las passa por incentivos à imigração. Entre nós, há também algo mais sutil: o viés de fechamento da janela demográfica, metáfora para a queda da taxa de natalidade, e isso enquanto a economia continua a demandar mão-de-obra bem formada para crescer. O déficit entre nós não é só de médicos, mas de engenheiros, físicos, matemáticos. O que fazer? Parte da resposta está nos programas públicos que tentam alçar a qualidade do ensino. Se bem-sucedidos, levarão tempo até atender a necessidade do desenvolvimento. Não há solução pronta de Cuba para suprir esses deficits, com o agravante de muitos países emergentes também estarem atrás dessas habilidades. A discussão vai longe. Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 • Economia • A-5 ESTADOS UNIDOS ITÁLIA País atingirá teto da dívida em outubro, diz Tesouro Roubini alerta para reestruturação de dívida Secretário Jack Lew alerta que pode faltar dinheiro para os EUA honrarem suas contas se o Congresso não agir rapidamente para elevar limite do endividamento público » JASON LANGE DA AGÊNCIA REUTERS A administração do presidente Barack Obama alertou o Congresso norte-americano ontem que pode faltar dinheiro para os Estados Unidos pagarem suas contas depois de meados de outubro, se os congressistas não agirem rapidamente para elevar o limite do endividamento público. “O Congresso deveria atuar o mais rápido possível para proteger o bom crédito da América”, disse o secretário do Tesouro dos EUA, Jack Lew, em carta a líderes congressistas, instando-os a agirem “bem antes de qualquer risco de calote tornar-se iminente”. O governo dos EUA tem encostado no limite da dívida de US$ 16,7 trilhões desde maio, mas evita declarar inadimplência sobre quaisquer obrigações por meio de uma série de medidas emergenciais para gerir seus recursos, como suspender investimentos em fundos de pensão para funcionários federais. Lew disse que o governo vai exaurir sua capacidade de financiamento em meados de outubro, restando apenas US$ 50 bilhões em dinheiro à mão, montante que, segundo ele, poderia ser esgotado em um único dia. Isso tornaria a inadimplência iminente e poderia abalar a confiança de investidores nos EUA, afirmou. “Esse cenário pode minar os mercados financeiros e resultar em obstáculos significativos à economia”, acrescentou. Um acalorado debate em Washington sobre o teto da dívida Bens duráveis Encomendas caem 7,3% em julho DA AGÊNCIA ESTADO As encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos recuaram fortemente em julho, à medida que a demanda por aeronaves caiu e os investimentos das empresas perderam força. As encomendas totais por bens duráveis recuaram 7,3% em julho, para o valor ajustado sazonalmente de US$ 226,6 bilhões, em comparação com junho, informou o Departamento do Comércio. A previsão dos analistas era de que as encomendas cairiam 4%. O dado das encomendas em junho não foi revisado. A queda das encomendas no mês passado foi conduzida pela categoria de aeronaves civis, que registrou declínio de 52,3% das encomendas.A Boeing reportou encomendas de apenas 90 aviões em julho, comparado com 287 em junho. As encomendas de aeronaves refletem um pequeno grupo de manufatureiros e levam sete anos para serem entregues, nas os preços altos podem ter um efeito grande nas encomendas totais. Fora da categoria volátil de transporte, as enco- quase levou o país a um calote em 2011, estressando os mercados financeiros e contribuindo para que uma agência de classificação de risco rebaixasse a nota dos Estados Unidos. Neste ano os republicanos estão considerando usar a necessidade de elevar o teto da dívida para promover sua agenda no Congresso. O partido de oposição está tentando enfraquecer a reforma de saúde pública, projeto chave do governo de Barack Obama. Conservadores também querem reformular as leis tributárias e que Obama aprove mendas de bens duráveis ainda foram relativamente fracas para o mês e caíram 0,6%. De janeiro a julho, as encomendas totais de bens duráveis subiram 3,3%, em bases anuais, enquanto as encomendas excluindo transportes aumentaram 2,5%. As encomendas de bens de capital não ligados a defesa, excluindo aeronaves — medida importante dos investimentos das empresas — recuaram 3,3%, após subirem nos cincos meses anteriores. Os embarques de bens duráveis em julho,que seguem amplamente as encomendas de meses anteriores, recuaram 0,3%. As encomendas de veículos motores e peças subiram 0,5% em julho. Os consumidores têm comprado novos carros em um ritmo forte nos últimos meses após adiarem decisões sobre algumas compras de grande valor durante e depois da recessão. As vendas em julho subiram 14% e a empresa de pesquisa de mercado J.D. Power projeta crescimento de 12% neste mês. O gasto em defesa também foi mais fraco, com as encomendas recuando 21,7% após aumentarem por três meses seguidos. uma proposta de oleoduto. “O limite de endividamento permanece um lembrete de que, sob o presidente Obama, Washington fracassou em lidar seriamente com o déficit e a dívida dos EUA”, disse Michael Steel, porta-voz do presidente da Câmara, John Boehner. Embora o Congresso já tenha tomado decisões tributárias e fiscais que promoveram os déficits orçamentários dos EUA, também controla separadamente o limite sobre a dívida da nação. Obama está prometendo não deixar o teto da dívida ser uma moeda de troca em outras discussões políticas. “Não vamos negociar com os republicanos no Congresso sobre a responsabilidade do Congresso de pagar as contas que o Congresso acumulou, ponto”, disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. Previamente, o governo de Obama havia dito que o Congresso precisa agir até o início de setembro, mas o fortalecimento da economia elevou as receitas tributárias, dando ao governo mais tempo antes de atingir o teto da dívida. RÚSSIA CHINA Estimativa de crescimento é reduzida Economia mostra sinais de estabilização, aponta agência DA AGÊNCIA REUTERS DA AGÊNCIA REUTERS O Ministério da Economia da Rússia reduziu suas estimativas de crescimento para 2013 e 2014 pela segunda vez neste ano, depois que a economia cresceu no ritmo mais lento desde a queda de 2009, mostraram documentos obtidos ontem pela Reuters. O ministério reduziu sua projeção de 2013 para 1,8%, ante 2,4% e rebaixou a perspectiva de 2014 para um patamar de 2,8% a 3,2%, ante 3,7%. A economia cresceu 3,4% em 2012.O ministério elevou sua estimativa de inflação para 2014para 4,5% a 5,5%, ante 4% a 5%, esperando que os preços subam de 5% a 6% em 2013. A economia da China está mostrando sinais claros de estabilização, auxiliada pelo suporte de política econômica e alguma melhora na demanda global, e caminha para cumprir a meta de crescimento do governo em 2013 de 7,5%, afirmou ontem a Agência Nacional de Estatísticas. A emissão de dívida do governo local também permanece sob controle, acrescentou a agência, em um evento organizado pelo Ministério das Relações Exteriores cujo objetivo pode ter sido acalmar a preocupação global sobre a desaceleração da China. “Estamos confiantes de que a economia está susten- tando o momentum positivo no segundo semestre e confiantes de cumprir a meta de crescimento econômico”, disse Sheng Laiyun, porta-voz da agência. “A economia está mostrando algumas mudanças positivas. Sinais de estabilização do crescimento estão se tornando mais óbvios.” Uma pesquisa privada sobre a indústria reforçou na semana passada os sinais de estabilização na economia no terceiro trimestre depois que o governo adotou medidas de suporte, incluindo o fim de impostos para pequenas empresas e a aceleração do investimento em infraestrutura urbana e ferrovias. Isso seguiu-se a uma série de dados em julho que mos- traram que a produção industrial cresceu no ritmo mais rápido desde o início do ano, além de surpreendentes dados fortes de balança comercial. O crescimento econômico anual da China desacelerou para 7,5% no segundo trimestre, ante 7,7% nos três meses encerrados em março – a nona desaceleração nos últimos dez trimestres. Sheng afirmou que é muito difícil que a China mantenha uma taxa de crescimento rápida devido a ajustes estruturais e queda do excedente de trabalho, mas a alta do consumo, o aumento da urbanização e a retomada do crescimento em regiões menos desenvolvidas serão motores econômicos de longo prazo. DA AGÊNCIA ESTADO A instabilidade política n a It á l i a e l e va o r i s c o d e que o país precise reestruturar sua dívida, afirmou o economista Nouriel Roubini em entrevista publicada o n t e m . Ro u b i n i , q u e h á tempos alerta que a Itália corre o r isco de decretar moratória sobre sua volumosa dívida pública, também previu que os italianos p rova v e l m e n t e t e r ã o d e realizar eleições no começo do ano que vem. “Ainda não podemos descartar a possibilidade de uma antecipação”, disse o economista ao jornal italiano La Repubblica. A frágil coalizão governista está mais sujeita a uma ruptura desde que o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi foi condenado por fraudes fiscais há algumas semanas. Seu partido, o Povo da Liberdade (PDL), compartilha o poder com o esquerdista Partido Democrático, do atual premiê, Enrico Letta. “É uma pena, Enrico Letta é uma pessoa séria, respeitado por todos internacionalmente. Ele está fazendo muitas coisas boas”, afirmou Roubini. Berlusconi foi condenado a quatro anos de prisão, sentença posteriomente comutada para um ano, e banido da vida pública. A expectati- Ainda não podemos descartar a possibilidade de uma antecipação.” Nouriel Roubini Economista va é que ele comece a servir a sentença, seja em prisão domiciliar ou por meio de trabalhos sociais, a partir de meados de outubro. No mês que vem, o Senado deverá votar se Berlusconi deverá deixar seu assento na Câmara. A dívida da Itália está acima de 2 trilhões de euros, o equivalente a 130% do Produto Interno Bruto (PIB). A economia do país vem se contraindo há oito trimestres consecutivos e é hoje cerca de 8% menor do que era antes da crise financeira de 2008. “A principal dúvida é sempre a mesma. A Itália tem uma dívida pública enorme e ela será capaz de pagá-la?”, questionou Roubini. “Até agora, a Itália não precisou de nenhum a intervenção de emergência, mas não podemos descartar que uma operação para a dívida se tornará necessária em algum momento”, acrescentou. REFORMAS França encomenda plano de ação de 10 anos » CATHERINE BREMER DA AGÊNCIA REUTERS O governo socialista francês encomendou a especialistas um plano de dez anos para reformar áreas como educação e gastos públicos, dando continuidade à estratégia de buscar mudanças suaves e gradual. Reagindo a críticas de que ele é lento para adotar mudanças estruturais e que não tem visão de grande escala, o presidente François Hollande quer ideias em sua mesa até o fim do ano para promover a indústria e reduzir o Estado de bem-estar social. “O objetivo disso é abandonar essa mentalidade pequena em que estamos hoje e pensar mais amplamente”, disse o economista Jean Pisani-Ferry, nomeado por Hollande o chefe de um novo corpo de planejamento de política econômica. Partindo de uma reforma trabalhista adotada em maio e de um projeto de pensão a ser encaminhado ao Parlamento em outubro, a meta é conectar reformas estruturais em áreas como educação, moradias e educação profissionalizante em vez de avaliar problemas franceses de for ma fragmentada, disse ele. O grupo analisará, particularmente, os problemas de competitividade da França e avaliará o impacto de um programa de créditos tributários implementado no fim do ano passado, que segundo Pisani-Ferry, não foi capaz de reduzir custos trabalhistas tanto quanto esperava o governo. FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL - FBN PREGÃO ELETRONICO Nº 22/2013 OBJETO: Contratação do serviço continuado de limpeza e conservação, com execução mediante o regime de empreitada por preço global, visando atender às necessidades da Fundação Biblioteca Nacional, localizada no Rio de Janeiro – RJ e Brasília - DF. DATA DE DISPONIBILIDADE DO EDITAL:, 27/08/2013 no endereço eletrônico: www.comprasnet.gov.br ou na Rua Debret, nº 23, sala 609 – Centro/RJ. ABERTURA DA SESSÃO PÚBLICA: 06 de setembro de 2013. HORÁRIO: 11:00 horas (horário de Brasília) ENCAMINHAMENTO DA PROPOSTA E ANEXOS: a partir data de divulgação do Edital no Comprasnet, até a data e horário da abertura da sessão pública. DANIEL JOSÉ DE ABOIM PREGOEIRO DA FBN Ministério da Saúde AVISO DE CONVOCAÇÃO O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva convoca empresas fornecedoras de: x Central de processadora de vídeo com fonte de luz Xenon 300W. Processo: 25410.002.804/2013-75 3DUD¿QVGHFDGDVWUDPHQWRFRPYLVWDjVIXWXUDVOLFLWDo}HVRVLQWHUHVVDGRVGHYHUmR comparecer em até 3 dias úteisDSyVDGDWDGHVWDFRQYRFDomRj5XD0DUTXrVGH 3RPEDOQDQGDU&HQWUR5LRGH-DQHLUR5-GDVjVKRXVROLFLWDU cadastramento através do e-mail [email protected] Tel.:(21) 3207-5722 Serviço de Compras INCA/MS AVISO DE CONVOCAÇÃO O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva convoca empresas especializadas em: Prestação de serviço terceirizado de apoio técnico operacional para atender atividades complementares de suporte. Processo: 25410.000.807/2011-11 3DUD ¿QV GH FDGDVWUDPHQWR FRP YLVWD jV IXWXUDV FRQWUDWDo}HV 2V LQWHUHVVDGRV GHYHUmR FRPSDUHFHU HP até 2 dias úteis DSyV D GDWD GHVWD FRQYRFDomR j 5XD 0DUTXrV GH 3RPEDO Q DQGDU &HQWUR 5LR GH -DQHLUR5- GDV jV [email protected]). Serviço de Compras INCA/MS Ministério de Minas e Energia EXTRATO PARCIAL DE ATA &HUWL¿FRSDUDRVGHYLGRV¿QVTXHR&RQVHOKRGH$GPLQLVWUDomRGD3HWUREUDV *iV 6$ *DVSHWUR HP UHXQLmR OHYDGD D HIHLWR QR GLD GH PDLR GH VRE D SUHVLGrQFLD GD 3UHVLGHQWH 0DULD GDV *UDoDV 6LOYD )RVWHU H FRP D SUHVHQoDGRV&RQVHOKHLURV(VWKHU'ZHFN-RVp$OFLGHV6DQWRUR0DUWLQV-RVp &DUORV&RVHQ]D-RVp0LUDQGD)RUPLJOL)LOKRH0DUFR$QWRQLR0DUWLQV$OPHLGD GHOLEHURX $WD Q LWHP VREUH R VHJXLQWH DVVXQWR D VHJXLU WUDQVFULWR QD tQWHJUD RECONDUÇÃO DO PRESIDENTE DA PETROBRAS GÁS S.A. - GASPETRO: $ 'LUHWRULD ([HFXWLYD GD *DVSHWUR VXEPHWH D DSURYDomR GR &RQVHOKRGH$GPLQLVWUDomRDUHFRPHQGDomRFRQWLGDQD$WD'(LWHP GH3DXWDQGD&RQWURODGRUDIRUPXODQGRSURSRVLomRDUHVSHLWR *** DECISÃO2&RQVHOKRGH$GPLQLVWUDomRUHVROYHXa)$SURYDUDUHFRQGXomR GR(QJHQKHLURGH3HWUyOHR6rQLRU-RVp$OFLGHV6DQWRUR0DUWLQV'LUHWRUGH*iV H(QHUJLDDRFDUJRGH3UHVLGHQWHGD3HWUREUDV*iV6$±*DVSHWURSDUDXP PDQGDWR GH WUrV DQRV FRP YLJrQFLD D SDUWLU GHVWD 5HXQLmR GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR DWp ------- $V GHPDLV GHOLEHUDo}HV KDYLGDV QHVVDUHXQLmRIRUDPRPLWLGDVQHVWHH[WUDWRSRUGL]HUHPUHVSHLWRDLQWHUHVVHV PHUDPHQWH LQWHUQRV GD 6RFLHGDGH FDXWHOD OHJtWLPD DPSDUDGD QR GHYHU GH VLJLORGD$GPLQLVWUDomRFRQVRDQWHcaput GRDUWGD/HLQ/HLGDV 6RFLHGDGHVSRU$o}HVVLWXDQGRVHSRUFRQVHJXLQWHIRUDGDDEUDQJrQFLD GD QRUPDFRQWLGDQRSDUiJUDIR~QLFRGRDUWGDFLWDGD/HL5LRGH-DQHLURGH PDLRGH7KDGHX$QGUDGHGD&XKD6HFUHWiULR*HUDOGD*DVSHWURJUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. CERTIDÃO: &HUWL¿FR TXH HVWH GRFXPHQWR IRL DUTXLYDGR VRE R Q HP 9DOpULD *DVSDU0DVVHQD6HUUD±6HFUHWiULD*HUDO País Editor // luís Edmundo Araújo A-6 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 ESPLANADA Patriota deixa comando das Relações Exteriores Embaixador sai em meio à crise com a Bolívia pela fuga de opositor de Morales da embaixada brasileira em La Paz; representante do País na ONU assumirá pasta CARLOS MOURA/CB/D.A PRESS DA REDAÇÃO O embaixador Antonio Patriota deixou o comando do Ministério das Relações Exteriores ontem, em meio à crise com a Bolívia, e será substituído pelo representante brasileiro na Organização das Nações Unidas (ONU), Luiz Alberto Figueiredo Machado. De acordo com o Palácio do Planalto, Patriota pediu demissão do cargo. O embaixador, que estava à frente do Itamaraty desde a posse da presidente Dilma Rousseff na Presidência, em 2011, foi indicado para a representação do Brasil na ONU, no lugar de Figueiredo. Durante o seu mandato, o Brasil assumiu dois importantes cargos em organismos internacionais: José Graziano foi eleito diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e Roberto Azevêdo a chefia da Organização Mundial do Comércio (OMC). A Bolívia está pedindo explicações ao governo brasileiro sobre a fuga do senador bo- após 15 meses refugiado na sede diplomática. O senador boliviano fugiu a bordo de um carro da embaixada brasileira, que percorreu 1.500 quilômetros até cruzar a fronteira, sem que as autoridades bolivianas ficassem sabendo. Senador denunciado Patriota deixou o comando do Ministério das Relações Exteriores liviano Roger Pinto da embaixada brasileira em La Paz, neste fim de semana. O Brasil concedeu asilo político a Pinto, em meados de 2012, mas as autoridades bolivianas não concederam ao senador um salvo-conduto necessário para sair do país. O encarregado de negócios da embaixada do Brasil em La Paz, Eduardo Saboia, assumiu a responsabilidade pela fuga do senador e disse ter agido sem autorização de seus superiores, porque o político de oposição estava deprimido e ameaçava cometer suicídio A fuga do senador, um crítico do presidente boliviano, Evo Morales, e que é acusado de corrupção em seu país, gerou tensão entre Brasil e Bolívia. O chanceler boliviano, David Choquehuanca, disse ontem que a fuga do senador com a ajuda do diplomata brasileiro viola os convênios internacionais. Figueiredo, 58, foi nomeado como representante do Brasil na ONU no fim do ano passado. Antes disso, foi subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia e Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores e um dos negociadores da conferência ambiental Rio+20, que o Brasil sediou no ano passado. (Com Agência Reuters) Substituto atuou na Rio+20 e Rio 92 » SILVIO QUEIROZ Para os parceiros do Brasil, em particular, e para os colegas chanceleres de maneira geral, o novo titular do Itamaraty será talvez uma face — e uma interface — mais conhecida do que era o antecessor, Antonio Patriota, no início do governo Dilma. Luiz Alberto Figueiredo ocupava desde o início do ano a chefia da missão brasileira perante as Nações Unidas, em Nova York, mas colecionou interlocutores em diferentes esferas e escalões da diplomacia e da governança internacional como coordenador do governo bra- sileiro na conferência ambiental Rio+20, no ano passado. Nascido no Rio de Janeiro, Figueiredo faz parte da mesma geração de diplomatas à qual pertence o próprio Patriota, assim como os atuais titulares de vários dos postos mais importantes do Itamaraty. O novo chanceler ingressou na carreira diplomática em 1980, e nas três últimas décadas representou o País nos principais foros e encontros internacionais relacionados à questão ambiental — integrava o Departamento do Meio Ambiente já em 1992, ano em que o Rio sediou pela primeira vez a conferência da Organização das Nações Unidas sobre o tema. Antes de retornar como chefe de missão à ONU, onde já servira entre 1986 e 1989, era subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia no ministério. Biocombustíveis Respeitado pelo domínio dos assuntos da área, Figueiredo foi o representante brasileiro nas negociações que resultaram, em 2011, na assinatura da parceria com os EUA para o desenvolvimento dos biocombustíveis. O acordo, fechado já no governo de Barack Obama, foi um desdobramento do memorando de entendimentos firmado entre os dois países em 2007 — ainda com George W. Bush na Casa Branca, mas com o Brasil sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva. Promovido a embaixador em dezembro de 2009, o novo chanceler exercia pela primeira vez a chefia de uma missão permanente, mas tem passagens pelas embaixadas brasileiras em Santiago, Washington e Ottawa, além da representação perante a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). DITADURA Novo comando para Comissão » JULIANA BRAGA O comando da Comissão Nacional da Verdade (CNV ) mudou ontem, mas não há garantia de que os conflitos internos que dominaram o colegiado nos últimos meses serão resolvidos. Com dois integrantes a menos e dividido por intrigas, o grupo terá de correr contra o relógio para concluir as pesquisas a tempo do prazo final estipulado pela lei que criou a CNV. Com a intenção de destravar os trabalhos, o novo coordenador, o advogado criminalista José Carlos Dias, disse ontem que sua primeira medida na tentativa de acelerar os trabalhos será a contratação de até 100 pesquisadores. "Estamos providenciando a contratação de um número grande para que possamos colher todos os elementos necessários para enriquecer o relatório. Vamos tomar depoimentos em audiências públicas e privadas e começamos a JUÍZO DE DIREITO DA 19ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL/RJ EDITAL DE 1ª, 2ª PRAÇA E INTIMAÇÃO do ESPÓLIO DE GILDA ALBERTO DE AGUIAR, na pessoa do patrono do espólio Dr. Antonio Jorge Sapage da Canhota, OAB/RJ 56.590, na forma do §5º do art. 687, do CPC, com prazo de 5 dias, extraído dos autos da Ação de Cobrança em fase de Execução, requerida pelo CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO IPU em face de ESPÓLIO DE GILDA ALBERTO DE AGUIAR, Processo nº 022685923.2007.8.19.0001 (2007.001.221343-6), na forma abaixo: A DOUTORA ANA LUCIA VIEIRA DO CARMO, Juíza de Direito Titular da 19ª Vara Cível da Comarca da Capital/RJ, FAZ SABER aos interessados que, por determinação deste R. Juízo, em 03/09/2013, às 13h45min, no Átrio do Fórum, na Av. Erasmo Braga, nº 115, hall dos elevadores, Centro, o Leiloeiro Público PEDRO GOMIDE (tel: 2215-0093), realizará a primeira praça pela avaliação e em 17/09/2013, pela MELHOR OFERTA, no mesmo horário e local, do imóvel na Rua do Russel, nº 496, apto. 711, Glória, RJ. Avaliação indireta atualizada: R$137.507,91 (cento e trinta e sete mil quinhentos e sete reais e noventa e um centavos). O imóvel é foreiro do Domínio da União e constam débitos fiscais de 2008 a 2013 no valor de R$1.726,98, mais acréscimos legais. O imóvel será vendido à vista, livre e desembaraçado. Foram expedidos o presente edital e outro na íntegra afixado no local de costume, ficando o executado intimado da hasta pública, suprindo a exigência contida no § 5º do art. 687 do CPC. RJ, 17/07/2013. Eu, IETE SPIEGEL, Escrivã, conferi e subscrevo. trabalhar nos primeiros passos para a elaboração do relatório. Já temos uma comissão redatora", informou Dias. Tamanho entusiasmo pode esbarrar nas divergências que tomaram conta da comissão e culminaram com a saída do exprocurador-geral da República Cláudio Fonteles, em junho deste ano. Os desentendimentos passam pela divulgação das pesquisas já realizadas, pela participação de familiares na comissão e até pela revisão da Lei de Anistia, apesar da legislação que cria o colegiado deixar claro que o grupo não tem autonomia para isso. Carta para Dilma Os desentendimentos foram tão grandes que, há dois meses, a então coordenadora do grupo, Rosa Cardoso, chegou a encaminhar uma carta para a presidente Dilma Rousseff pedindo o afastamento de três colegas da comissão. Por meio do chefe de gabinete, Giles Azevedo, a presidente enviou o recado de que essa possibilidade estava descartada. A iniciativa acirrou ainda mais os ânimos. José Carlos Dias foi escolhi- do justamente para tentar apaziguar os ânimos dos colegas. Conhecido pelo perfil conciliador, ele tem boa interlocução com os colegas e é a aposta do Palácio do Planalto para resolver os conflitos internos. Apesar das evidências, no entanto, Dias minimiza os atritos. "Não tem isso. São temperamentos diferentes, senão seria um grupo de jograis. Eu me relaciono muito bem com todos." A escolha de Dias, no entanto, é mais um capítulo das disputas internas. Rosa Cardoso ficou sabendo que seria sucedida por ele por meio da imprensa, depois de outros três integrantes — o cientista político Paulo Sérgio Pinheiro, a psicanalista Maria Rita Kehl e o jurista Paulo Cavalcanti — terem avalizado seu nome. Outro elemento que pode amenizar a temperatura da comissão é a escolha dos novos integrantes para substituir Fonteles e o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp, afastado por motivos de saúde. "A presidente deve definir isso nos próximos dias", afirmou o novo coordenador, evitando criticar a demora na escolha. Nas entrelinhas por Denise Rothenburg [email protected] Recados de FHC É bom o ex-governador José Serra pensar bastante sobre seu futuro político. Talvez até já tenha feito, mas é líquido e patente que, no PSDB, o curto prazo e os sonhos dele caminham em sentido diametralmente opostos. Serra não é o nome do partido para concorrer em 2014 e, se insistir em cruzar os braços ou buscar outro caminho ainda pode, lá na frente, ser apresentado como o culpado, o responsável por eventuais fracassos. Quem tinha alguma dúvida a esse respeito dissipou-a ao ler ontem as declarações de Fernando Henrique Cardoso sobre as prévias aceitas por Serra. O tema deve entrar em debate na reunião do partido, marcada para hoje, em Brasília. Antes de desembarcar no Rio de Janeiro, onde foi experimentar o fardão da Academia Brasileira de Letras, o expresidente deixou isso exposto nas entrelinhas de uma entrevista que concedeu ao jornal Valor Econômico. Para quem não leu, peço licença para informar que Fernando Henrique é direto ao dizer que a maioria do PSDB está com o senador Aécio Neves. O ex-presidente ainda chama o PPS de "coisa" ao comentar que "não vê sentido em uma pessoa sair de um partido onde sempre esteve, onde construiu sua história e contribuiu para a história do partido, e ir para uma coisa que você não sabe como é, com um ponto de partida frágil". Fernando Henrique declara ainda que, se Serra sair — ele (FHC) aposta que Serra fica —, levará poucos aliados. Diz ainda que não há tendência de debandada no PSDB e que "nenhuma liderança importante" acompanhará Serra. Bem, feito aí um breve resumo da entrevista, vamos literalmente às entrelinhas do que foi lido pelos tucanos e líderes de outros partidos a respeito das palavras do ex-presidente: Se chegou ao ponto de Fernando Henrique dizer tudo o que disse é sinal de que Serra está inclinado a deixar o PSDB e empenhado em ser candidato. Acontece que o PSDB não o quer nessa posição. Os tucanos acham que, fora do PSDB, a tendência é Serra morrer na praia. Fernando Henrique, inclusive, lembra que, mesmo no PSDB, o exgovernador saiu muito na frente na corrida ao Planalto e não ganhou. Cita ainda que a hora é de renovar e que o PSDB é quem tem as melhores condições entre os adversários de Dilma. Obviamente, Serra não gostou da entrevista de FHC. Até porque faltou ao ex-presidente ali abrir as portas no sentido de "agregar", ou seja, dar ao ex-governador o discurso da permanência. Afinal, se Serra ajudou a construir o PSDB, seria a hora, agora, de o PSDB lhe estender a mão. Ainda que não seja para a candidatura presidencial, é preciso dar a Serra o discurso da permanência, o que até aqui não aconteceu. E, se não vier a ocorrer, é bem capaz que o ex-governador busque outro caminho, dando a Aécio um problemão que os tucanos não esperavam: mais dificuldades em São Paulo. O ex-presidente deixa claro que o PSDB não quer Serra candidato ao Planalto em 2014, mas, se o partido quer mesmo que o ex-governador fique na legenda, precisa construir algo para segurá-lo Por falar em São Paulo... Fernando Henrique Cardoso em nenhum momento relata as condições do PSDB no estado que fez dele senador e que é governado pelo partido há quase 20 anos. Ali, no maior colégio eleitoral do país, a situação do PSDB não é das melhores. Não por acaso, tornou-se o estado que os petistas escolheram para investir todas as suas forças na eleição do ano que vem. Basta ver o número de viagens que Dilma tem feito à capital e ao interior paulista. Em princípio, a aposta petista deu certo, uma vez que a presidente demonstra melhorias nos seus índices de aprovação no Sudeste. Mais um sinal de que ou o PSDB organiza sua base ali com Serra, partindo para uma conversa tão franca quanto foi a entrevista de Fernando Henrique, ou o PT pode terminar vencendo a sua aposta. Curta CHUVAS DEIXAM 7,2 MIL DESABRIGADOS NO SUL O número de pessoas desabrigadas pelas tempestades que castigam o Rio Grande do Sul subiu para 7,2 mil, segundo o último balanço divulgado pela Defesa Civil Estadual, na tarde de ontem. São 2.380 desabrigados (que precisam de suporte das prefeituras) e 4.842 desalojados (que estão na casa de parentes, vizinhos ou em outros imóveis). Em 17 municípios gaúchos, o número de atingidos chega a 7.224. Uma das cidades mais atingidas é Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre, onde 702 pessoas ficaram desabrigadas e mais de 3,5 mil foram desalojadas. Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 • País • A-7 ELEIÇÕES por Luíz Carlos Azedo [email protected] O caso Roger Pinto O senador oposicionista Roger Pinto, que fugiu da Bolívia depois de 455 dias trancado na embaixada do Brasil à espera de um visto de saída, foi detido pela Polícia Federal em Corumbá e liberado por ordem do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que respeitou seu direito de asilo, mas decidiu não se envolver oficialmente no caso, transportando-o para Brasília. A PF agiu administrativamente. Quem pagou o pato foi o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, demitido ontem à noite pela presidente Dilma Rousseff. Motivo: foi o último saber do caso. Os dois fuzileiros navais que escoltaram Roger Pinto receberam a missão do capitão de mar e guerra Luiz Carlos Brito Cunha, adido da Marinha brasileira na Bolívia. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, deu apoio ao senador, orientando as autoridades locais do SUS de Corumbá para que prestassem assistência médica a Roger Pinto, que vomitara muito na viagem. O senador boliviano falava em suicídio na embaixada brasileira de La Paz, onde estava confinado num cubículo sem banheiro, nem janelas. Foi por essa razão que o ministro conselheiro da embaixada, Eduardo Saboia, decidiu trazer Roger Pinto clandestinamente para o Brasil. O comandante Brito Cunha confirma a versão de Saboia. Por duas vezes, Saboia havia estado no Brasil para pedir uma providência mais enérgica do Itamaraty. O diplomata respondia pela embaixada porque o titular, Marcel Biato, foi transferido do cargo por pressão do presidente da Bolívia, Evo Morales, que o responsabilizava pela concessão do asilo político. Acabou promovido a embaixador na Suécia. Ao chegar a Corumbá, Saboia comunicou o fato aos superiores no Itamaraty. Foi orientado a não falar sobre o assunto e mergulhar. Em Campinas (SP), ao saber que o ministro Antonio Patriota havia decidido abrir investigação para puni-lo, resolveu falar. Detalhe: o embaixador Biato, segundo o adido militar, sabia da decisão de Saboia. Ambiguidade É ou não ambígua a posição do governo brasileiro? Durante 455 dias, o parlamentar boliviano aguardou um salvo-conduto do governo boliviano, que não o concedia; o Itamaraty, que havia concedido asilo, agia como Pilatos e lavava as mãos. Retirou seu embaixador e deixou o encarregado de negócios com o abacaxi nas mãos. Condenação O senador Roger Pinto denunciou o envolvimento de autoridades bolivianas, inclusive um ministro do governo Morales, com o narcotráfico. A maioria dos processos aos quais responde, alega, são decorrentes de suas denúncias de corrupção e envolvimento do governo boliviano com o narcotráfico. Sua condenação a um ano de prisão resulta de um processo sobre a criação de uma universidade na província de Panda, na fronteira com o Acre, com recursos do empresariado local, no qual é acusado de desviar dinheiro público. Ocorreu depois que havia sido exilado e serve de razão para o governo não lhe conceder o salvo conduto. Narcotráfico O Brasil vive uma contradição na sua política externa: nem sempre os interesses permanentes do Estado brasileiro coincidem com os compromissos político-partidários assumidos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, por tabela, pela presidente Dilma Rousseff. O caso das relações com a Bolívia é exemplar. Evo Morales barganha com o Brasil por causa do gás boliviano, do qual parte da nossa indústria é dependente. Em contrapartida, o Brasil enxuga gelo para combater a entrada de cocaína e crack pela fronteira boliviana. Morales é o líder das seis federações cocaleiras e seu governo faz vista grossa com o narcotráfico. O Brasil é o maior consumidor de cocaína boliviana. Contrato Apenas no ano passado, o Brasil exportou US$ 3,6 bilhões em gás da Bolívia, que teve um superavit comercial de US$ 2,1 bilhões, quase todos provenientes da venda de gás natural ao país. A Bolívia importa do Brasil produtos manufaturados por um montante de US$ 1,5 bilhão. Lançamento O empresário Antônio Ermírio de Moraes, que hoje sofre do mal de Alzheimer e de hidrocefalia, sabia de cor quantos pacientes estavam internados e quantas cirurgias eram feitas diariamente na Beneficiência Portuguesa, o maior hospital privado da América Latina. Essa é uma das muitas revelações da biografia Antônio Ermírio de Moraes: Memórias de Um Diário Confidencial, que o sociólogo José Pastore lança hoje, a partir das 17h, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Copom Começa hoje a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, que deve anunciar amanhã mais uma alta na taxa básica de juros no país, hoje em 8,5% ao ano. A expectativa do mercado é de que a alta seja de 0,50%. Reforma O grupo de trabalho da Câmara dos Deputados discute amanhã a proposta de reforma política do seu relator, deputado Alfredo Sirkis, do PV-RJ. São quatro eixos: adoção do sistema eleitoral misto — proporcional e majoritário — com a criação de distritos; obrigação de eleições primárias nos partidos; limite de doação para as campanhas eleitorais; e medidas para reduzir os gastos com propaganda eleitoral. Mulheres A presidente Dilma Rousseff vai ao Congresso hoje para participar de uma sessão conjunta da Câmara em comemoração ao aniversário da Lei Maria da Penha e receber o relatório final da CPMI da violência contra a mulher. Depois, viaja para Belo Horizonte (MG) para um evento do Plano Brasil sem Miséria e para a inauguração do centro cultural do Banco Brasil. A última cartada de Marina Silva no TSE Mesmo sem as assinaturas, a presidenciável solicitou o registro da Rede no tribunal. Para o ministro Marco Aurélio, ex-senadora está ‘atropelando os meios’ NELSON JR./SCO/STF » DIEGO ABREU E DANIELA GARCIA O s esforços da ex-senadora Marina Silva para criar um partido no qual possa disputar as eleições presidenciais de 2014 estão direcionados agora para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ontem, a pré-candidata protocolou o pedido de criação da Rede Sustentabilidade no tribunal mesmo sem dispor do número total de assinaturas reconhecidas por cartórios eleitorais. Caberá à Corte avaliar o pedido. A tentativa, na avaliação do ministro Marco Aurélio Mello, é arriscada. De acordo com Marco Aurélio, que acumula as funções de ministro do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF), a criação de qualquer partido requer que as assinaturas de apoio sejam reconhecidas. "Há uma organicidade que precisa ser observada. Não se pode querer a autenticação dessas assinaturas em um prazo mínimo. Compreendo a angústia da ex-senadora, porque a data-limite para a criação de partidos para disputar as eleições de 2014 está se avizinhando, mas não podemos atropelar os meios", disse. Ao requisitar o registro da sigla, membros da Rede entregaram cinco sacolas com 304.099 assinaturas certificadas e mais a comprovação da entrega de 220.000 apoios aos cartórios. De acordo com a legislação, são necessárias cerca de 492 mil assinaturas reconhecidas. Defensor da criação da Rede, o ex-ministro do TSE Torquato Jardim afirmou que existe um precedente no tribunal que deve ser considerado — em 2011, o PSD, encabeçado pelo ex-prefeito paulista Gilberto Kassab, também protocolou o registro sem contar com os nove diretórios eleitorais exigidos pela legislação. Obstáculo intransponível O documento entregue pela ex-senadora considerou a validação das assinaturas restantes como um "obstáculo instransponível", devido a demora da certificação dos nomes. Os cartórios, segundo ela, não estão respeitando o prazo previsto de 15 dias para checagem das rubricas. "Compreendemos o problema da falta de estrutura (da Justiça Eleitoral), mas não concordamos que tenhamos que pagar o preço de não ter o registro da Rede após esse trabalho que fizemos no país inteiro. Estamos calçados do ponto vista legal, material e da mobilização social", afirmou Marina Silva. Torquato Jardim requisitou providências urgentes por parte da relatora, a ministra do TSE Laurita Vaz, para destravar as assinaturas entregues aos cartórios. "É de suma urgência deferimento cautelar que ordene a todos os cartórios eleitorais — para que no prazo máximo de 48 horas — publiquem mediante edital a lista dos eleitores cujas assinaturas ainda não foram validadas", diz trecho do documento. A partir daí, ele solicita Pelo que tenho visto, ela (Marina) pretende chegar ao TSE sem cumprir esses requisitos legais que são essenciais para a valia do ato. Tenho maior admiração pela vida pessoal e pregressa da política Marina Silva, mas há um arcabouço que precisa ser observado" Marco Aurélio Mello Ministro do TSE que elas sejam consideradas válidas, caso não haja protestos em cinco dias. Além disso, pede para que o TSE acione 15 tribunais regionais eleitorais para que eles julguem, em até 48 horas, o pedido de reconhecimento de pelo menos nove diretórios. Papel deles Segundo o ministro Marco Aurélio, o TSE não pode se "transportar" para os cartórios de todo o País para fazer o "papel deles". Ele observou, Marcelo Serrado, Roberta Fernandes e seus filhos participaram gratuitamente desta campanha. Brasília-DF porém, que caberá ao plenário do tribunal avaliar eventuais argumentos sobre um retardamento indevido na autenticação das assinaturas. "Pelo que tenho visto, ela (Marina) pretende chegar ao TSE sem cumprir esses requisitos legais que são essenciais para a valia do ato. Tenho maior admiração pela vida pessoal e pregressa da política Marina Silva, mas há um arcabouço que precisa ser observado" destacou Marco Aurélio, que votou contra a criação do PSD e do PEN, últimas siglas insti- tuídas no País, exatamente por apontar falhas nos processos de registro. Outro membro do TSE ouvido pela reportagem também alertou que é papel exclusivo dos cartórios fazer a certificação das assinaturas. Ele afirma que não vê como o tribunal possa autenticar automaticamente os apoios para aprovar a criação da Rede. Para o magistrado, o TSE não tem condições de reconhecer as rubricas, o que, segundo ele, é uma etapa indispensável para o processo. Tão importante quanto amamentar seu bebê, é ter alguém que escute você. Conte com um profissional de saúde. Ele vai escutar você e ajudar a tornar sua amamentação ainda mais tranquila. O leite materno ajuda o seu bebê a crescer forte e saudável. Por isso, até os 6 meses, dê apenas o leite materno. Depois, ofereça alimentos saudáveis e continue amamentando até os 2 anos ou mais. A amamentação é incentivada e apoiada pelo SUS. Procure uma unidade de saúde. MELHORAR SUA VIDA, NOSSO COMPROMISSO. A-8 • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 • Jornal do Commercio Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 • País • A-9 Tereza Cruvinel [email protected] Marina e o tempo A corrida da ex-senadora Marina Silva contra o tempo para registrar seu novo partido teve ontem uma espécie de largada oficial. O fracasso ou sucesso da empreitada afetará não apenas o destino político dela e de seus companheiros, mas todo o curso da sucessão presidencial. Se até 5 de outubro forem vencidos todos os obstáculos para a criação da Rede Sustentabilidade, Marina — hoje a segunda colocada nas pesquisas — será uma forte candidata, com chances (não garantias) de disputar o segundo turno com a presidente Dilma Rousseff. Se o esforço fracassar, o jogo ficará novamente embolado, ainda que a dona de 26% de intenções de votos decida concorrer por outra sigla. Ontem, Marina e acompanhantes, entre eles o senador Pedro Simon (PMDB), em sinal de solidariedade, entregaram ao TSE cinco sacolas com a certificação de 304.099 assinaturas. Como são necessárias 491 mil, estão faltando quase 200 mil assinaturas certificadas. Ela resolveu atropelar o rito para tentar acelerar o trabalho dos cartórios na análise das assinaturas, que teriam sido entregues antes de 1º de agosto, em número até maior que o exigido. Essas queixas ela já fez à própria presidente do tribunal, ministra Carmem Lucia. E dizem por lá que, quanto mais ela critica, mais aumenta a má vontade da burocracia eleitoral. Agora lhe resta esperar que a jogada dê resultados e acelere o processo. Marina, com as intenções de votos ampliadas pelas manifestações de junho, que só a ela beneficiaram, é, hoje, a garantia de que haverá segundo turno. Se ela eventualmente ficar fora do pleito, ninguém pode apontar, com certeza, para onde iriam seus votos, que passariam a ser disputados por Dilma, Aécio Neves e Eduardo Campos. Com o partido legalizado e a candidatura garantida, Marina passaria a enfrentar outros problemas, como o do financiamento de campanhas, o de palanques nos estados e, principalmente, a construção de um discurso que afaste os receios de ingovernabilidade em caso de sua vitória. Ela já começou a fazer isso ao dizer que fortalecerá o agronegócio, mas com produtividade e não com avanços sobre o verde. Pela primeira vez, defendeu a manutenção dos pilares da política econômica em curso. Se a Rede fracassar, ela poderá optar por um pequeno partido, com o PEN, com o qual já dialoga. Mas há quem diga que isso não seria a mesma coisa que concorrer por um partido que nasceu da livre adesão dos insatisfeitos com o status quo da política nacional. Pode não ser a mesma coisa mas, dos 26% de intenção de voto, ela tem uma parcela cristalizada, que levará para onde for. E, ainda assim, isso representará mudança nos ventos da sucessão. Mudanças que seriam mais radicais se ela simplesmente decidisse não concorrer por outra sigla. Os ponteiros estão girando e todos acompanham a agonia de Marina, que não é só dela. Todos acompanham a agonia de Marina Silva na corrida contra o tempo para registrar seu partido, uma corrida que pode afetar todo o curso da sucessão presidencial Brasil-Bolívia: isso vai longe Está apenas começando o mal-estar entre os governos de Brasil e Bolívia por causa da fuga do senador oposicionista Roger Pinto Molina, em operação comandada por um diplomata autonomista, à revelia do Itamaraty. Se o procurador-geral boliviano, Roberto Ramirez, pedir mesmo a extradição de Molina, como sugerem suas declarações à Agencia Bolivariana de Informações, teremos um trepidante segundo capítulo. Para o advogado de Molina, asilados não podem ser extraditados. De fato. O governo brasileiro poderá, entretanto, alegar, como já se especulava ontem, que ele obteve asilo na embaixada, mas que entrou no território nacional ilegalmente. Qualquer solução dará pano para mangas. A ministra das Comunicações boliviana, Amanda Dávila, declarou à agência estatal que "setores ultraconservadores, nos dois países, tentam criar uma crise diplomática entre Brasil e Bolívia". A tensão na região está alta. Na Venezuela, o escarcéu é com a prisão de dois colombianos, supostamente ligados ao ex-presidente Alvaro Uribe, que planejariam assassinar o presidente Nicolás Maduro e o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello. A economia real e os analistas "Estamos atravessando uma minicrise", disse ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, diante do repique da alta do dólar, apesar dos leilões do Banco Central. A expressão "minicrise" será fermento no pessimismo de economistas e analistas. Sobre ele, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, publicou artigo ontem na Folha de S.Paulo apontando a "clara dissonância" entre o que dizem os analistas e o que fazem os agentes econômicos. Andando pelo país, ele diz constatar que os micro e pequenos empresários, responsáveis por 99% dos negócios no Brasil, continuam apostando no crescimento, empregando, investindo. A inflação cede, o emprego se mantém, a indústria se recupera. Ele enxerga convergência entre governo, Congresso e empresários para enfrentar o problema central, a remoção dos custos e entraves à produção. Os analistas, entretanto, tenderiam a valorizar mais os fatos negativos isolados, como na frase do papa Francisco: "A árvore que cai faz mais barulho que a floresta que cresce". Vindo de um general da indústria, música pura para os ouvidos de Dilma. MEDICINA Mais Médicos, agora, já é fato consumado Quando o Supremo julgar as ações que questionam a legalidade do programa, estrangeiros já estarão trabalhando nos rincões e periferias de todo o País » JULIA CHAIB Exército Q uando as duas ações ajuizadas no Supremo Tribunal Federal (STF) pelas entidades médicas forem julgadas, o Programa Mais Médicos já estará estabelecido, com os profissionais que participam da iniciativa atuando nos locais para onde foram designados. O Tribunal de Contas da União ( TCU) também abrirá processo para analisar a legalidade da contratação de 4 mil médicos cubanos, que chegam ao Brasil neste ano — 400 já estão no País. Enquanto os processos não são analisados e os conselhos regionais de medicina ameaçam não registrar os médicos formados no exterior, o governo dá continuidade ao cronograma e se mostra confiante quanto à legalidade da Medida Provisória 621, que institui a política pública de contratação desses profissionais. Ontem, no primeiro dia do módulo de treinamento e avaliação dos médicos com diploma estrangeiro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, voltou a afirmar que o programa tem "segurança jurídica". Um decreto também foi publicado detalhando como o registro profissional deve ser concedido aos participantes do programa. No mês passado, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e associações de classe impetraram um mandado de segurança do Supremo, na qual pedem para não serem obrigados a registrar os médicos formados no exterior que não revalidaram o diploma de acordo com a legislação. O mandado foi rejeitado pelo ministro Ricardo Lewandowski, mas ainda precisa passar pelo plenário da Corte. Na última sexta-feira, a Associação Médica Brasileira (AMB) ajuizou uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) na qual pede a suspensão dos efeitos da MP. Não há previsão, entretanto, de quando essas ações serão julgadas. 682 iniciam módulo de avaliação Os 682 profissionais formados no exterior começaram ontem o módulo de avaliação e treinamento do Programa Mais Médicos — 400 cubanos e 282 profissionais formados em outros países, como Espanha, Argentina e Portugal, que tiveram maior número de selecionados para esta etapa. De acordo com o Exército, até ontem, havia 202 estrangeiros alojados em instalações do Ministério da Defesa. Entre os participantes, que iniciaram o curso ministrado pela Universidade de Brasília (UnB), a expectativa de participar do programa é alta, embora alguns vejam desafios, como o aprendizado da língua portuguesa. Houve ainda críticas aos alojamentos e à lotação. Divididos em instalações do Batalhão de Guarda Presidencial e do Regimento da Cavalaria de Guardas (dos Dragões da Independência), os estrangeiros ocupam quartos separados para homens e mulheres e dormem em beliches. Ontem, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, garantiu que providenciará mudanças na estrutura de hospedagem. As médicas cubanas Ibian Montero, de 40 anos, e Janeres Pupo, 34, já participaram de missões em outros países e se mostraram bastante empolgadas com o trabalho no Brasil. "Estamos muito felizes, Na semana passada, o presidente do Conselho Regional de Minas Gerais, João Batista, ameaçou não registrar os estrangeiros que não tiverem revalidado o diploma e disse que orientará os colegas a não ajudar os estrangeiros em caso de erro. Ontem, Padilha rebateu a ameaça: "Eu repudio veementemente a declaração." Há 400 médicos cubanos e 282 com diplomas expedidos por universidades do exterior participando do programa. Mensagem no registro O decreto publicado ontem no Diário Oficial da União diz que os conselhos devem conceder registro ao médico, após a apresentação do diploma estrangeiro e da habilitação pro- viemos para melhorar a saúde e a vida do povo brasileiro", declarou Montero. Para elas, a língua portuguesa pode ser um empecilho, mas que estão dispostas a supera-lo com as aulas e com a atuação. Também de Cuba, os médicos Alexander Del Toro, 39 anos, Mariela Maria Valdiz, 40, e Ariane Domingues, 43, compartilham da expectativa dos colegas. "Vamos trabalhar em lugares distantes e vamos ter resultados lá", assegurou Del Toro. Barreira Já o médico espanhol Diego Sanchez teme que o português seja uma barreira. "Vim pelo interesse de trabalhar com o povo brasileiro e para ajudar a transformar a mentalidade ‘hospitalocêntrica’ para a medicina comunitária", disse. "Se não der certo, volto a Espanha." Ele chegou com quatro filhos e estranhou a reação dos médicos brasileiros. Sobre a hospedagem, Sanchez minimiza o desconforto e reconhece que se trata de um alojamento militar, com várias pessoas dividindo beliches. Outros profissionais, porém, reclamaram de superlotação. A brasileira formada na Espanha Michele Melo, por sua vez, ao perceber que o alojamento seria em instalações militares, resolveu ir para um hotel. (JC) fissional para atuar no país de origem. O registro a ser dado deve "conter mensagem expressa quanto à vedação ao exercício da medicina fora das atividades do projeto Mais Médicos para o Brasil". Na segunda-feira, o presidente do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, conversou com Padilha e solicitou informações sobre a forma de contratação dos médicos cubanos até sexta-feira. O ministro do TCU disse que "o tema é de grande relevância para o país, e o tribunal está atento não só aos quesitos de legalidade, mas, também, às condições de infraestrutura em que esses profissionais desempenharão as suas atividades". Durante a apresentação do módulo de avaliação e treina- mento previsto no Programa Mais Médicos, em Brasília, a vice-ministra da Saúde cubana, Márcia Coba, afirmou que Cuba não exporta médicos, mas serviços de saúde, e que os médicos vieram ao Brasil por solidariedade. Ela disse ainda que os profissionais continuarão recebendo o salário que o governo de Cuba paga a eles, além de 40% a 50% dos R$ 10 mil repassado à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que é a intermediária da contratação dos cubanos. De acordo com a Embaixada de Cuba no Brasil, o valor recebido pelos profissionais na ilha fica com a família deles. O salário médio dos médicos corresponde a R$ 1.433, segundo a embaixada. Mais Médicos na página B-6 RECIFE TCE pede explicações sobre licitação » ANA LUIZA MACHADO A Prefeitura do Recife tem até sexta-feira para se posicionar sobre suspeitas de direcionamento de licitação em contrato para a fiscalização da troca de luminárias em 45 mil pontos de luz na capital. A notificação do Executivo ocorreu na última sexta-feira, atendendo denún- cia protocolada no Tribunal de Contas do Estado (TCE) pela vereadora Priscila Krause (DEM). A licitação foi vencida pela empresa Ecoleds Comércio de Eletrônicos Ltda., que receberá R$ 2,16 milhões pelo serviço. Na denúncia, a vereadora apresentou indícios de irregularidades no pregão. O edital exigia que as empresas participan- COMPANHIA LUZ E FORÇA DE MOCOCA Companhia Fechada CNPJ/MF nº 52.503.802/0001-18 - NIRE 35.300.057.414 Ata da Assembleia Geral Extraordinária Realizada em 28/06/2013 I - Data, Hora e Local: Aos 28/06/2013, às 13h20, na sede social da Companhia Luz e Força de Mococa (“Companhia”), localizada na Rua Vigato, nº 1620, 1º andar, sala 03, na Cidade de Jaguariúna, Estado de São Paulo. II - Convocação: Dispensada a convocação, nos termos do Art. 124, § 4º da Lei 6.404/76, em vista da presença da acionista CPFL Energia S.A., representando a totalidade do capital social. III - Presença: Compareceu à Assembleia Geral, a acionista CPFL Energia S.A., representando a totalidade do capital social da Companhia, conforme se verifica no “Livro de Presença de Acionistas”. IV - Composição da Mesa: Presidente, Sr. Carlos Zamboni Neto e Secretária, Sra. Roberta Luca Ferreira. V - Ordem do Dia: a) Aprovar a proposta de alteração do Estatuto Social da Companhia para contemplar a criação da “Reserva de Ajustes do Ativo Financeiro da Concessão”, com a consequente alteração das alíneas “a” e “c” e inclusão das alíneas “d” e “e” do parágrafo único do Artigo 21 do Estatuto Social; e b) Aprovar a transferência do saldo da “Reserva para Investimento” para a “Reserva de Ajustes do Ativo Financeiro da Concessão”. VI - Leitura de Documentos, Recebimento de Votos e Lavratura da Ata: (1) Dispensada a leitura dos documentos relacionados às matérias a serem deliberadas nesta Assembleia Geral, uma vez que são do inteiro conhecimento da acionista. (2) Autorizada a lavratura da presente ata na forma de sumário e a sua publicação com omissão da assinatura do acionista, nos termos do Art. 130, §§ 1º e 2º, da Lei 6.404/76, respectivamente. VII - Deliberações: Após a análise e discussão das matérias constantes da Ordem do Dia, a acionista deliberou: (a) Aprovar a proposta de alteração do Estatuto Social da Companhia para contemplar a criação da “Reserva de Ajustes do Ativo Financeiro da Concessão”, nos termos do Artigo 194 da Lei das S.A., com a consequente alteração das alíneas “a” e “c” e inclusão das alíneas “d” e “e” do parágrafo único do Artigo 21 do Estatuto Social. Tendo em vista a deliberação ora aprovada, a redação do Artigo 21 e seu respectivos parágrafo e alíneas passam a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 21 - O exercício social terminará em 31 de dezembro de cada ano, quando serão elaboradas as demonstrações financeiras do exercício, observado que serão também elaboradas demonstrações financeiras a cada trimestre, excetuado o último de cada ano. Todas as demonstrações financeiras deverão incluir a demonstração dos fluxos de caixa da Companhia, a qual indicará, no mínimo, as alterações ocorridas no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregadas em fluxos das operações, dos financiamentos e dos investimentos. As demonstrações financeiras do exercício social serão, após manifestação dos Conselhos de Administração e Fiscal, submetidas à Assembleia Geral Ordinária, juntamente com proposta de destinação do resultado do exercício. Parágrafo único - O lucro líquido do exercício terá obrigatoriamente a seguinte destinação: a) 5%, antes de qualquer outra destinação, para a formação da reserva legal, até atingir 20% do capital social subscrito; b) pagamento de dividendo obrigatório, observado o disposto no artigo 29 deste Estatuto; c) constituição de Reserva de Ajustes do Ativo Financeiro da Concessão, mensalmente ou em outra periodicidade definida pela Companhia, com o ganho ou perda correspondente à variação da expectativa de fluxo de caixa do Ativo Financeiro da Concessão de sociedades controladas, reconhecido na Companhia através de equivalência patrimonial e contabilizado no resultado do período, líquido dos efeitos tributários. O valor a ser destinado para a constituição dessa reserva será limitado ao saldo da conta “Lucro ou Prejuízo Acumulado”, após a eventual constituição das Reservas para Contingências, de Incentivos Fiscais e de Lucros a Realizar: (c.i) a realização da Reserva de Ajustes do Ativo Financeiro da Concessão ocorrerá ao final do período de concessão das sociedades controladas, quando do pagamento da indenização pelo Poder Concedente, e resultará na reversão dos respectivos valores para “Lucros ou Prejuízos Acumulados”; (c.ii) o saldo da Reserva de Ajustes do Ativo Financeiro da Concessão não poderá exceder o saldo do Ativo Financeiro da Concessão registrado nas Demonstrações Financeiras consolidadas da Companhia; d) o lucro remanescente, ressalvada deliberação em contrário da Assembleia Geral, será destinado à formação de reserva de reforço de capital de giro, cujo total não poderá exceder o valor do capital social subscrito; e e) em caso de prejuízo no exercício, as reservas constituídas poderão ser utilizadas para absorver o prejuízo remanescente, sendo a Reserva de Ajustes do Ativo Financeiro da Concessão e a Reserva Legal, nesta ordem, as últimas a serem absorvidas.” (b) Aprovar em decorrência da deliberação do item “a” acima, a transferência do saldo do resultado contabilizado como “Reserva de Investimentos”, devidamente constituída pela Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária, realizada em 17/04/2013, no montante de R$6.237.651,35, para a “Reserva de Ajustes do Ativo Financeiro da Concessão”. VIII - Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente suspendeu os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura desta ata. Reaberta a sessão, a ata foi lida e aprovada pelos presentes, que a subscrevem. Jaguariúna, 28/06/2013. (aa) Carlos Zamboni Neto (Presidente), Roberta Luca Ferreira (Secretária), CPFL Energia S.A. Roberta Luca Ferreira - Secretária. JUCESP nº 264.819/13-5 em 17/07/2013. Gisela Simiema Ceschin Secretária Geral. tes possuíssem profissionais credenciados pela Eletrobras para a execução do trabalho, mas, segundo Priscila, só duas pessoas no estado estariam habilitadas. Uma delas da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e a outra da Ecoleds. A empresa também apresentava como endereço uma casa no bairro do Ipsep, Zona Sul do Recife, mas as pessoas que residem no imóvel citado negam a existência da companhia. O relator das contas da Prefeitura do Recife no TCE, Dirceu Rodolfo, disse que vai esperar o posicionamento do Executivo para se pronunciar. Com isso, ele abre mão de uma medida cautelar inaudita, comum nesses casos. COMPANHIA LUZ E FORÇA DE MOCOCA Companhia Fechada CNPJ/MF nº 52.503.802/0001-18 - NIRE 35.300.057.414 Ata da Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária Realizada em 17/04/2013 I - Data, Hora e Local: Aos 17/04/2013, às 13h20, na sede social da Companhia Luz e Força de Mococa (“Companhia”), localizada na Rua Vigato, nº 1620, 1º andar, sala 03, na Cidade de Jaguariúna, Estado de São Paulo. II - Convocação: Dispensada a convocação, nos termos do Art. 124, § 4º da Lei 6.404/76, em vista da presença da acionista CPFL Energia S.A., representando a totalidade do capital social. III - Presença: Compareceu à Assembleia Geral, a acionista CPFL Energia S.A., representando a totalidade do capital social da Companhia, conforme se verifica no “Livro de Presença de Acionistas”. IV - Composição da Mesa: Presidente, Sr. Carlos Zamboni Neto e Secretária, Sra. Roberta Luca Ferreira. V - Ordem do Dia: (i) Tomar as contas dos Administradores, examinar, discutir e votar as Demonstrações Financeiras da Companhia, os Pareceres dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2012; (ii) Aprovar a proposta de destinação do lucro líquido do exercício de 2012 e a distribuição de dividendo; (iii) Eleger os membros da Diretoria Executiva; e (iv) Fixar a remuneração dos Administradores da Companhia. Em Assembleia Extraordinária: aprovar o aumento de capital, com a conseguinte alteração do Artigo 5º do Estatuto Social da Companhia. VI - Leitura de Documentos, Recebimento de Votos e Lavratura da Ata: (1) Dispensada a leitura dos documentos relacionados às matérias a serem deliberadas nesta Assembleia Geral, uma vez que são do inteiro conhecimento da acionista. (2) Autorizada a lavratura da presente ata na forma de sumário e a sua publicação com omissão da assinatura do acionista, nos termos do Art. 130, §§ 1º e 2º, da Lei 6.404/76, respectivamente. (3) Dispensada, por unanimidade, a presença de membros da administração da Companhia e do auditor independente, nos termos do Art. 134, § 2º, da Lei 6.404/76. VII - Deliberações: Após a análise e discussão das matérias constantes da Ordem do Dia, a acionista deliberou: Em Assembleia Ordinária: (i) aprovar as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31/12/2012, com as respectivas Notas Explicativas, acompanhadas do Parecer da Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, em que foi apurado um Lucro Líquido no montante de R$7.100.197,32, que acrescido do montante de R$3.965.131,33, relativo a resultados de exercícios anteriores e do montante de R$8.007.607,26, relativos a realização da reserva de retenção de lucro para investimentos e deduzido o montante de R$6.237.651,35, referente à constituição de reserva para investimento, resultou em um montante final de R$12.835.284,56, tendo sido os documentos devidamente publicados no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Jornal do Commércio, no dia 14/03/2013; (ii) aprovar as seguintes propostas de destinação dos lucros: (ii.i) conforme deliberado pela Diretoria Executiva nas reuniões realizadas em (a) 11/06/2012 e 30/07/2012, respectivamente, a destinação de uma parcela do lucro apurado na data de 30/06/2012, na forma de juros sobre o capital próprio intermediário, no montante de R$898.085,45, e dividendo intermediário, no montante de R$1.634.986,49, ambos imputados ao dividendo mínimo obrigatório, e (b) 12/11/2012, a declaração de juros sobre o capital próprio no montante de R$823.185,12, também imputados ao dividendo mínimo obrigatório; (ii . ii) constituição de reserva para investimento e orçamento de capital, no montante de R$6.237.651,35; e (ii . iii) declaração de dividendo complementar no montante de R$ 9.479.027,50, correspondente a R$ 0,076896735 por ação ordinária e R$ 0,084586408 por ação preferencial, a ser pago em data a ser definida pela Diretoria, no decorrer do exercício social de 2013, de acordo com a disponibilidade de recursos, nos termos do parágrafo 3º do artigo 205, da Lei 6.404/76; (iii) postergar a eleição dos membros da Diretoria Executiva, até a próxima Assembleia Geral Extraordinária que se realizará ainda no exercício de 2013. Os acionistas deliberaram que os atuais membros da Diretoria Executiva da Companhia permanecerão nos respectivos cargos até a eleição dos seus sucessores, nos termos do parágrafo único do Artigo 14 do Estatuto Social da Companhia; e (iv) fixar remuneração dos Administradores da Companhia, no valor global de R$259.474,26. Em Assembleia Extraordinária: aprovar a proposta da Administração de aumento do capital social da Companhia no montante de R$1.295.739,60, sem a emissão de novas ações, referente ao beneficio fiscal capitalizável registrado como “Reserva de Capital”, relativo ao exercício de 2012, que corresponde a 34% do valor reconhecido como despesa de amortização de ágio de incorporação de sua controladora Perácio Participações S.A., passando a redação do Artigo 5º do Estatuto Social da Companhia a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 5º - “O capital social, totalmente integralizado em moeda corrente nacional, é de R$17.240.443,22, dividido em 121.761.267 ações, sendo 106.678.227 ações ordinárias e 15.083.040 ações preferenciais, todas nominativas, sem valor nominal.” VIII - Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente suspendeu os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura desta ata. Reaberta a sessão, a ata foi lida e aprovada pelos presentes, que a subscrevem. Jaguariúna, 17 de abril de 2013. (aa) Carlos Zamboni Neto (Presidente), Roberta Luca Ferreira (Secretária), CPFL Energia S.A. Roberta Luca Ferreira - Secretária. JUCESP nº 263.823/13-1 em 16/07/2013. Gisela Simiema Ceschin Secretária Geral. Rio de Janeiro Editor // Vinicius Medeiros A-10 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 TRANSPORTE URBANIZAÇÃO DIVULGAÇÃO BRS Carioca-Estácio passa no primeiro teste Tráfego fluiu de forma tranquila, segundo Carlos Roberto Osório. Secretário reconheceu, no entanto, que é preciso reforçar orientação a motoristas e passageiros de ônibus » MATHEUS GAGLIANO Na visita, Maria Madalena, Carlos Carvalho, Ana Paula e Márcia Carvalho Hosken mostra projeto na Barra para SMU DA REDAÇÃO Uma equipe da Secretária Municipal de Urbanismo (SMU) fez ontem uma visita técnica a alguns dos empreendimentos que estão sendo desenvolvidos pela Carvalho Hosken e parceiros na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Entre os projetos visitados estão o Centro Metropolitano, o Hotel Hilton, o Cidade Jardim e a Ilha Pura. No grupo de 60 pessoas, além do presidente da Carvalho Hosken, Carlos Fernando Carvalho, estiveram a secretária Municipal de Urbanismo, Maria Madalena Saint Martin de Astácio, a subsecretária de Urbanismo, Ana Paula Quintão, e a subsecretária de Gestão, Márcia Bastos. A primeira parada da comitiva foi no Centro Metropolitano, onde está sendo construído o Shopping Metropolitano, que terá 233 lojas, oito âncoras e sete megalojas. Localizado na Avenida Abelardo Bueno, o empreendimento é feito em parceria com a RJZ Cyrela. A seguir, o grupo visitou as obras do Hotel Hilton, cinco estrelas que terá 298 apartamentos e deve ser inaugurado em junho de 2014, e o bairro planejado Cidade Jardim, também em sociedade com a RJZ Cyrela. De lá, o grupo seguiu pa- ra a Ilha Pura, bairro planejado construído em parceria com a Odebrecht Realizações Imobiliárias. Com 800 mil metros quadrados, o Ilha Pura terá sete condomínios com 31 prédios de 17 pavimentos cada. A comitiva também conheceu o CEO, empreendimento de salas comerciais e lajes corporativas, localizado na Península e que possui uma área equivalente ao bairro do Leblon, com apenas 8% de área ocupada. Segundo o presidente da Carvalho Hosken, todos os projetos visitados são inspirados no conceito criado pela incorporadora de oferecer moradia, lazer e estabelecimentos comerciais em um só lugar. “Essa visita foi uma oportunidade para o órgão acompanhar a dimensão e a responsabilidade dos projetos por ele aprovados”, comentou Carlos Carvalho. Para Maria Madalena, a visita foi uma oportunidade para acompanhar as transformações da cidade, em áreas de renascimento econômico e desenvolvimento no Rio de Janeiro. “A cidade vem crescendo de forma sustentável, principalmente na região que compreende a Barra da Tijuca. Temos a expectativa de que a área se desenvolva ainda mais a parir dos Jogos Olímpicos de 2016”, frisou. N o primeiro dia útil de funcionamento do sétimo corredor Bus Rapid Service (BRS) do Rio de Janeiro, ligando o Largo da Carioca, no Centro, ao Estácio, na Zona Norte, o sistema de corredor exclusivo para ônibus passou no teste, comentou o secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório. "O trânsito fluiu bem durante todo o dia. Há necessidade ainda de reforçar a orientação aos motoristas em relação à sinalização das faixas. Outro ponto importante é reforçar a comunicação com os passageiros sobre os pontos de ônibus", disse Osório. De acordo com o secretário, o período de avaliação do corredor, feito no final da semana passada, foi importante para verificar eventuais problemas e realizar ajustes antes mesmo do início da operação do BRS. Osório ressaltou que a Guarda Municipal atua para combater a prática de estacionamento em fila dupla. "Houve alguns casos de carros parados em fila O trânsito fluiu bem durante todo o dia. Há necessidade ainda de reforçar a orientação aos motoristas em relação à sinalização das faixas. Outro ponto importante é reforçar a comunicação com os passageiros sobre os pontos de ônibus.” Carlos Roberto Osório Secretário municipal de Transportes dupla combatidos pela Guarda Municipal, mas vamos levar de duas a três semanas para a acomodação de todo o sistema. Acredito que atingiremos a meta de 20% na redução do tempo de viagem", acrescentou. Com três quilômetros de extensão, o BRS passa pela Rua da Carioca, seguindo pela Rua Visconde de Rio Branco, Rua Frei Caneca, Avenida Salvador de Sá, Rua Estácio de Sá até chegar ao Largo do Estácio. Para setembro, está prevista a execução da segunda fase deste corredor, do Largo do Estácio à Praça Saens Peña. Osório lembrou também que, nesta semana, a prefeitura atuará de forma educacional com os motoristas, não efetuando multas para quem invadir as faixas ou para os condutores de coletivos que saírem do espaço designado para a circulação de ônibus. As penalidades, que variam de R$ 53,20 a R$ 85,13, começam para valer a partir da próxima segunda-feira. Interdição Ontem também foi o primeiro dia útil de operação de duas alterações no trânsito na Região Portuária – liberação da Rua Souza Silva, no trecho que vai da Avenida Venezuela até a Avenida Rodrigues Alves, e o fechamento parcial da Avenida Pedro II, entre a Avenida Francisco Bicalho e a Rua Melo e Souza. A Companhia de Desenvolvimento do Urbano da Região do Porto do Rio (Cdurp) informou que as mudanças não afetaram o tráfego na região, pelo contrário foi verificada uma melhora no fluxo que segue para a Avenida Francisco Bicalho, já que o ponto de ônibus que funcionava Avenida Pedro II foi deslocado para a Francisco Bicalho, em frente ao prédio da Usina de Asfalto. De acordo com a Cdurp, o fechamento é necessário para que possa ser montado o guindaste responsável pelo içamento das vigas da nova alça de descida do Viaduto do Gasômetro, que fará a ligação do elevado com a Via Binária. Equipes da concessionária Porto Novo, estão no local fornecendo orientação aos usuários até 31 de agosto, de 6h às 10h e de 16h às 19h. A Porto Novo também empregou galhardetes e faixas sobre as novas modificações. LINHA 2 Pane elétrica para trens do metrô DA REDAÇÃO Uma pane elétrica ocorrida na Linha 2 do Metrô, no trecho entre as estações São Cristóvão e Inhaúma, na Zona Norte, paralisou a circulação de trens. Segundo a assessoria de imprensa do MetrôRio, o problema durou cerca de 20 minutos, de 17h10 às 17h30. Até o fechamento desta edição, a concessionária ainda não informara sobre as causas do problema. O MetrôRio chegou a suspender a venda de passagens aos usuários. Já a Light, em nota, informou que não tem nenhuma relação com a ocorrência de falta de energia. Na estação da Carioca, o movimento era tranquilo por volta das 17h50m, apesar dos problemas verificados. O local não chegou a ficar sem luz. Pro conta da pane, a Agência Reguladora dos Serviços Públi- CONCESSÃO DE LICENÇA BROOKFIELD RIO DE JANEIRO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A., inscrita no CNPJ/MF sob o nº 29.964.749/0001-30, torna público que recebeu da Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMAC, através do processo nº 14/200.979/2012, a Licença Municipal Prévia para o Projeto de Grupamento Residencial Multifamiliar, situado a Rua Tim Maia, Lote 14 do PAL 44.828 - Recreio dos Bandeirantes. cos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio (Agetransp) abriu um boletim de ocorrência para apurar as causas do incidente. A fiscalização da agência enviou uma equipe ao local para investigar o problema. Outros problemas Há cerca de um mês, em 23 de julho, o transporte me- troviário do Rio enfrentou outro problema elétrico, mas que durou mais tempo. Na ocasião, o Rio recebia milhares de visitantes de todo o mundo para a Jornada Mundial da Juventude ( JMJ) e ficou sem a opção do transporte metroviário por cerca de duas horas. Outra pane foi registrada em 24 de julho, mas com menos impactos do que os problemas do dia anterior. Curta CÂMARA DIZ QUE CPI RESPEITA PROPORCIONALIDADE O presidente da Câmara do Rio, Jorge Felippe, encaminhou à juíza da 5.ª Vara da Fazenda Pública, Roseli Nalin, um manifesto declarando que a proporcionalidade na composição da CPI dos Ônibus foi atendida. A resposta da presidência da Câmara era esperada desde a quinta-feira, quando a CPI foi suspensa após seis vereadores de oposição terem entrado na Justiça com um mandado de segurança questionando a constituição da comissão. CAL NORTE NORDESTE S.A. CNPJ nº 14.159.003/0001-87 - NIRE 33.3.0029914-9 Ata de Assembleia Geral Ordinária realizada em 26 de abril de 2013. Data, hora e local: No dia 26 de abril de 2013, às 09:00 horas, na sede da Companhia, na Av. Borges de Medeiros, 633, sala 308, parte, Leblon, CEP 22430-041, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. Presença: Acionistas representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes do Livro de Presença dos Acionistas. Mesa: Presidente: Marcos de Azevedo Ferreira França. Secretário: Gilberto Cipriano. Convocação: Dispensada a convocação prévia consoante ao disposto no parágrafo 4º do artigo 124 da Lei 6.404/76. Documentos Submetidos à Assembléia: Relatório da Administração, Balanço Patrimonial e Demonstrações Financeiras do exercício findo em 31.12.2012. Ordem do dia: Deliberar sobre: (i) as contas da administração e as demonstrações financeiras do exercício social encerrado em 31.12.2012 publicados no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e Jornal do Commercio no dia 19 de abril de 2013; (ii) a consignação da integralização de 9.500.000 (nove milhões e quinhentas mil) ações subscritas e pendentes de integralização pela acionista Lhoist do Brasil Ltda.; (iii) a consignação da integralização de 9.500.000 (nove milhões e quinhentas mil) ações subscritas e pendentes de integralização pela acionista Fiabe Empreendimentos Ltda.;. Deliberações: Todas tomadas por unanimidade de votos dos presentes: foi aprovada a lavratura da presente ata na forma sumária nos termos do §1º do art. 130, da Lei nº 6.404, de 15.12.1976 e alterações posteriores (“Lei das S.A.”): (i) Foram examinadas, discutidas e aprovadas as contas da administração e as demonstrações financeiras do exercício social encerrado em 31.12.2012; apurado o prejuízo fiscal no exercício no valor de R$ 1.743.224,53 (Um milhão, setecentos e quarenta e três mil, duzentos e vinte e quatro reais e cinquenta e três centavos); (ii) A acionista Lhoist do Brasil Ltda. neste ato integraliza, em moeda corrente nacional, o valor de R$ 9.500.000,00 (nove milhões e quinhentos mil reais) do capital da Sociedade, subscrito e pendente de integralização, conforme evidenciado pela Ata da Assembléia Geral Extraordinária, datada de 18 de dezembro de 2012, correspondendo a 9.500.000 (nove milhões e quinhentas mil) ações da Sociedade. (iii) A acionista Fiabe Empreendimentos Ltda. neste ato integraliza, em moeda corrente nacional, o valor de R$ 9.500.000,00 (nove milhões e quinhentos mil reais) do capital da Sociedade, subscrito e pendente de integralização, conforme evidenciado pela Ata da Assembléia Geral Extraordinária, datada de 18 de dezembro de 2012, correspondendo a 9.500.000 (nove milhões e quinhentas mil) ações da Sociedade. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, lavrou-se a ata a que se refere esta Assembleia, que foi aprovada pela unanimidade dos presentes. A presente ata é cópia fiel da original lavrada em livro próprio. Rio de Janeiro, 26 de abril de 2013. Mesa: Marcos de Azevedo Ferreira França - Presidente; Gilberto Cipriano - Secretário. Arquivada na Jucerja sob nº 2510641 em 20/08/2013. Valéria G. M. Serra - Secretária Geral. Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 • Rio de Janeiro • A-11 CULTURA EDUCAÇÃO Projeto do governo estadual venderá livros por até R$ 4 Professores municipais decidem manter greve Criado em 2011, Mais Leitura ganhou uma versão itinerante. A bordo de um caminhão, que transporta até 10 mil títulos, iniciativa percorrerá todas as cidades fluminenses FABIANO VENEZA/ALERJ DA AGÊNCIA BRASIL O projeto Mais Leitura, que oferece livros a preços populares de R$ 2 a R$ 4, tem agora uma versão itinerante, lançada no domingo no bairro da Glória, na Zona Sul. A bordo de um caminhão, capaz de transportar até 10 mil títulos, o projeto vai percorrer todos os municípios do Rio. O veículo se transforma em uma loja móvel, com expositores, computadores, balcão, além de ter acesso para pessoas com deficiência. Criado em 2011 pela Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com o governo estadual, com participação de mais de 40 editoras, o Mais Leitura tem, atualmente, três lojas, que funcionam nos postos de atendimento do programa do governo, Poupa Tempo, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense; em São Adriana: preços praticados pelo mercado afugentam leitores Gonçalo, na Região Metropolitana; e em Bangu, na Zona Oeste. Segundo a Imprensa Oficial, ao longo de dois anos já foram vendidos mais de 600 mil livros. De acordo com o diretorpresidente do orgão, Haroldo Zager, a nova etapa do projeto deverá chegar a cerca de 4 milhões de leitores em todo o estado. “Vamos começar esse giro cultural ainda nesta semana pelas comunidades da Rocinha, na Zona Sul, e na Favela de Manguinhos, na Zona Nor- Curta CONCESSIONÁRIA ENTREGA PROPOSTA PARA FICAR COM O MARACANà A concessionária Maracanã Entretenimento entregou ontem uma proposta ao governo fluminense para manter a concessão do Maracanã mesmo sem o direito de construir lojas e estacionamento na área onde ficam o Estádio de Atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Júlio Delamare. Após a onda de protestos que ocorreu no Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral decidiu que as duas instalações não serão mais demolidas, o que colocou em dúvida a continuidade da concessão, já que a empresa contava com os dois projetos para viabilizar economicamente o negócio. Também ontem, cerca de 50 pessoas se concentraram na porta do Centro Empresarial Botafogo, na Praia de Botafogo, na Zona Sul, onde funciona a sede da Odebrecht, para reivindicar que seja revogada a concessão do estádio à iniciativa privada. Os manifestantes reclamam que os ingressos tornaram-se muito caros, o que causou a expulsão de grande parte da população dos jogos. "O povo do Rio de Janeiro não frequenta o Maracanã como frequentava antes", discursou Raul Victor Magalhães, da Frente Nacional dos Torcedores, uma das organizadoras do ato. te. A ideia que nós temos é visitar todos os municípios fluminenses pelo menos duas vezes por ano”, disse Zager. A secretária estadual de Cultura, Adriana Rattes, destacou que o objetivo da ação é incentivar a leitura, por meio de preços acessíveis dos livros. “Sem dúvida, este projeto irá transformar o cenário cultural do estado. No Brasil, se lê pouco, mas não por falta de interesse. Os preços praticados aqui são muito altos,” afirmou. “Neste projeto, nós temos um acervo muito diversificado de temas e editoras. Todas as pessoas vão poder comprar os títulos daqueles assuntos que mais gostam, além de adiquirir cada vez mais o hábito da leitura”, explicou a secretária. O Mais Leitura funciona de segunda a sextafeira, de 8h às 18h, e aos sábados, de 9h às 13h. Cada cliente pode comprar, por dia, dois livros diferentes. DA REDAÇÃO Os professores da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro decidiram ontem manter a greve iniciada no último dia 8. Cerca de 5 mil docentes se reuniram em assembleia no Terreirão do Samba, no Centro, para discutir a proposta apresentada pela prefeitura durante reunião promovida, na última sexta-feira, entre diretores do sindicato da categoria, o prefeito Eduardo Paes e a secretária municipal de Educação, Claudia Costin. De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais em Educação (Sepe), eles optaram por manter a paralisação ao menos até amanhã, quando haverá nova assembleia, às 15h. A categoria reivindica 19% de aumento e Paes ofereceu 15,29%. O prefeito também se comprometeu a encaminhar para votação na Câmara Municipal em 30 dias o plano de cargos e salários, abonar os dias parados, devolver os valores descontados e reduzir a carga horária dos funcionários administrativos de 40 para 30 horas. Durante a assembleia, 10 professores defenderam o fim da greve e outra dezena de do- centes se declarou favoráveis à manutenção dela. Os pedidos ainda pendentes, que fizeram a categoria manter a paralisação, são o fim da meritocracia, a criação do sexto tempo de aula – hoje são cinco – e a mudança de metodologia pedagógica. De acordo com o sindicato, a autonomia dos professores é reduzida pelas processos atualmente aplicados na rede municipal. Vigília Em nota, a administração municipal afirma que ficou surpresa com a decisão da categoria de manter a greve, uma vez que "na última reunião (...), o sindicato e a prefeitura do Rio chegaram a um acordo". "Ambas as partes assinaram ata com todos os itens firmados. (...) A prefeitura lamenta que os alunos sejam prejudicados." Hoje, a partir de 10h30, também em frente à sede prefeitura, na Cidade Nova, ocorrerá uma vigília dos profissionais de educação do município. Ainda segundo o Sepe, também está previsto um encontro com a secretár ia municipal de Educação para discutir as reivindicações dos profissionais. (Com agências) São Paulo A-12 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 MARCHA DAS MULHERES ENERGIA Feministas de 48 países se reúnem na capital Pesquisa revela o grande potencial solar paulista DA REDAÇÃO Começaram ontem na capital paulista os debates do 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM). Descriminalização do aborto, desemprego e cenário de crise internacional são alguns temas que serão discutidos nesta semana, quando cerca de 1,6 mil participantes, reunidas no Memorial da América Latina, fazem um balanço das ações nos últimos anos e traçam novas frentes de lutas para o próximo período. Representantes de 48 países participam do evento. "A Marcha consegue ser um movimento feminista internacional que trata de diferentes assuntos, porque a gente acredita que uma análise e uma prática feministas podem oferecer subsídios para todos os temas que afligem a humanidade hoje", explicou a brasileira Miriam Nobre, coordenadora do Secretariado Internacional da MMM. "É uma base militar que o governo colombiano cedeu para os Estados Unidos. Foi uma forma de reagir também a essa forma de militarismo imperialista", justificou. Miriam Nobre relatou o que a população local chamou de estratégia de enamoramento. "Alguns militares seduziam as mulheres, algumas bem jovens, para que elas prestassem serviços domésti- cos e atuassem como informantes", explicou. Na Europa, a MMM atuou na Turquia. "Fizemos um trabalho sobre os conflitos entre Grécia, Turquia e Chipre. Nós vimos que, mesmo com o cenário atual de crise econômica, com muitos cortes orçamentários, os gastos militares nunca são cortados", disse a coordenadora. As militantes támbém visitaram a República Democrática do Congo. "Estivemos em Muenga, uma região de conflito aberto, onde 14 mulheres foram enterradas vivas em 1998. Elas eram acusadas de feitiçaria", relatou. Miriam lembra que, ao discutir o tema da desmilitarização, percebeu similaridades entre a situação das mulheres colombianas e brasileiras. "É um tema que, inicialmente, não teria relação com o Brasil, mas quando a gente reflete sobre a situação das favelas do Rio de Janeiro, por exemplo, vemos que as estratégias se repetem", disse. Para a coordenadora, esse tema demonstra a importância de uma ação integrada. "Sempre buscamos articular o local, o nacional e o internacional. Não só a ideia de como o nacional repercute no local, mas como as mulheres conseguem construir resistências que inspiram uma reação em cadeia no mundo", apontou. (Com Agência Brasil) PRECATÓRIOS Prefeitura e AGU procuram alternativas DA REDAÇÃO O prefeito Fernando Haddad e o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, reuniram-se na sexta-feira para debater o pagamento da dívida de precatórios na capital paulista. A idéia, segundo Adams, é apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) ainda em setembro uma sugestão de pagamento a curto prazo, sem inviabilizar a realidade fiscal dos estados e municípios. “Há 60 dias estamos nos reunindo com a OAB, prefeituras e estados e hoje nós conseguimos avançar bastante em termos de entendimentos sobre a questão dos precatórios, sabendo que São Paulo é possivelmente o ente da federação mais afetado pela decisão do Supremo que deu valor inconstitucional à emenda 62, que estabelece uma sistemática de parcelamento e pagamento dos precatórios”, afirmou o Adams. Adams concordou com a situação de São Paulo e afirmou: “Nesse cenário de 3%, São Paulo não conseguiria quitar isso antes de 15 anos, porque há o comprometimento da receita líquida muito grande. Caso São Paulo fosse quitar em um ano teria que disponibilizar 60% da receita semblante líquida para quitar todo o passívo, o que é incompatível com o funcionamento da máquina pública”, disse. "Estamos desde 2000 pagando uma taxa de juros que é superior à Selic. Isso causou um desequilíbrio na relação entre o município e a União, em prejuízo do município, quando o espírito do contrato era favorecer e acabou prejudicando”, afirmou o prefeito Fernando Haddad, durante reunião do Conselho da Cidade, no dia 17 de julho. “Se o Supremo Tribunal Federal entende que os precatórios precisam ser preservados, nós entendemos que, em função do completo descontrole desse assunto durante várias décadas, deve ser reservada uma parte da receita para o pagamento dos precatórios”, explicou Fernando Haddad na ocasião. (Com Secom-SP) RODOCELI SERVIÇOS DE LOGISTICA LTDA - ME CNPJ/MF 16.537.527/0001-90 NIRE 35.226.739.294 ATO Nº 01 DE 15 ABRIL DE 2013 - REGULAMENTO INTERNO E TARIFAS REMUNERATÓRIAS Eletra Celi Binotto Pereira - Sócia Administradora, em conformidade com a legislação em vigor torna público o presente regulamento interno, deverá ser aplicado, a Rodoceli Serviços de Logistica Ltda - ME., com sede na Rua dos Municípios, nº 40,Vl. Industrial, Santana de Parnaíba/SP, CNPJ/ 0) Q H QD -8&(63 VRE Q EHP FRPR D WRGDV DV ¿OLDLV TXH venham a ser constituídas com atividade de armazém geral. 'DV ¿QDOLGDGHV GD HPSUHVD 'DV PHUFDGRULDVD A empresa de armazéns gerais receberá em seu depósito mercadorias gerais e secas, nacionais e ou nacionalizadas, guardando-as e conservando-as em “pallets”. E Os depósitos poderão VHUUHFXVDGRVVHRUHFHELPHQWRGHTXDOTXHUIRUPDYLHUDSUHMXGLFDUDVPHUFDGRULDVMiDUPD]HQDGDVRX QmRH[LVWLUHPFRQGLo}HVRXHVSDoRSDUDTXHRDUPD]HQDPHQWRVHUHDOL]H2SHUDo}HVH6HUYLoRV 3URFHGLPHQWR D No recebimento a empresa fará contar e pesar a mercadoria, registrando HP GRFXPHQWR HVSHFt¿FR D VXD TXDQWLGDGH H SHVR EHP FRPR RV VHUYLoRV D VHUHP HIHWXDGRV SDUD seu perfeito armazenamento. E $ HPSUHVD HPLWLUi UHFLER GH GHSyVLWR HVSHFL¿FDQGR RV GDGRV GR GHSRVLWDQWHHGDPHUFDGRULDGHSRVLWDGDEHPFRPRDTXDQWLGDGHHSHVRF As saídas ou devoluções GHPHUFDGRULDVVRPHQWHVHUmRHIHWXDGDVTXDQGRIRUUHFRQKHFLGRRSHGLGRGHOLEHUDomRSHORDUPD]pP G Quando solicitado pelo depositante a empresa emitirá dois títulos únicos, mas separáveis à vontade, GHQRPLQDPRVRFRQKHFLPHQWRGHGHSyVLWRH³ZDUUDQWV´HPTXHFRQVWDUmRDVGHVLJQDo}HVSDUDVXD YDOLGDGHHLGHQWL¿FDo}HVQRVWHUPRVGDOHJLVODomRYLJHQWHGHYHQGRDPERVVHUHPDVVLQDGRVSRUXP ¿HOGHSRVLWiULRGRDUPD]pPHSRUVyFLRGDHPSUHVDGHSRVLWiULDSRGHQGRHVWH~OWLPRVHUUHSUHVHQWDGR por procurador. 3UD]RD O prazo de depósito será de 6 meses a contar da data da entrada da mercadoria no armazém, podendo ser prorrogado livremente por acordo entre as partes. EVencido o prazo de depósito, a mercadoria reputar-se-á abandonada e o armazém geral dará aviso ao depositante, marcando-lhe o prazo de 8 dias improrrogáveis para a retirada da mercadoria, contra a entrega do recibo ou dos títulos emitidos; F )LQGR HVWH SUD]R TXH FRUUHUi GR GLD HP TXH R DYLVR IRU UHJLVWUDGR no correio, o armazém geral mandará vender a mercadoria por corretor ou leiloeiro. 1.2.3 Seguro D O Armazém fará em seu nome seguro das mercadorias depositadas, e em caso de sinistro será LQGHQL]DGR SHOR YDORU GHFODUDGR QD DSyOLFH WHQGR TXH UHVVDUFLU R GHSRVLWDQWH FRQIRUPH SUHoR GH mercado na data de sinistro. 5HVWULo}HV/HJDLVD O Armazém não pode recusar o depósito ou HVWDEHOHFHUSUHIHUrQFLDHQWUHRVGHSRVLWDQWHVDUHVSHLWRGHTXDOTXHUVHUYLoRH[FHWRQRVFDVRVSUHYLVWRV no item 1.1. - b. E 2$UPD]pP QmR SRGH HPSUHVWDU RX ID]HU SRU FRQWD SUySULD RX DOKHLD TXDOTXHU QHJRFLDomRVREUHRVWtWXORVTXHHPLWLU+RUiULRGHIXQFLRQDPHQWRDAs mercadorias deverão ser manuseadas em dias úteis, o manuseio de mercadorias fora deste horário implicará em acréscimo de 30% dos valores expressos na tabela. 5HVSRQVDELOLGDGHD O Armazém é responsável pela mercadoria depositada, obrigando-se ao ressarcimento indenizatório caso ocorram danos inerentes à má conservação, manipulação e sinistro ocorrido durante a vigência do contrato de armazenagem; E 2GLUHLWRGHLQGHQL]DomRSUHVFUHYHHPPHVHVFRQWDGRVGRGLDHPTXHDPHUFDGRULDIRLRXGHYLDVHU entregue. ,QDGLPSOrQFLDD O Armazém tem o direito à retenção das mercadorias para garantia do pagamento das armazenagens e despesas com a conservação, benefícios e serviços prestados ao GHSRVLWDQWHGRVDGLDQWDPHQWRVIHLWRVFRPIUHWHVHVHJXURVEHPFRPGRVMXURVHPXOWDVGHFRUUHQWHV de inadimplemento. E O Inadimplemento do pagamento da armazenagem ou serviços acarretará o vencimento antecipado do prazo de depósito e se adotarão os procedimento previstos nos itens 1.2.2. (letra b e c). 'LVSRVLo}HV *HUDLV - Os seguros e emissões, circulação e extinção dos títulos emitidos pela empresa, bem como os casos omissos neste regulamento, serão regidos pelas disposições do Decreto Federal 1.102 de 21/11/1903. TARIFA REMUNERATÓRIA - A presente Tarifa Remuneratória deverá ser aplicada à Rodoceli Serviços de Logistica Ltda - ME EHP FRPR D WRGDV DV ¿OLDLV TXH venham a ser constituídas com atividade de armazém geral. I - Preço por posição - Palete Padrão R$ 70,00. II - Preço por movimentação de saída de palete, R$ 15,00. III - Preço por movimentação de entrada de palete R$ 15,00. IV - Emissão de “warrant” e Recibo de Depósito - R$ 15,00. V - Seguro 0,25%. Sobre o valor das mercadorias movimentadas. VI - Mínimo admitido 500 posições. VII - Período de cobrança - Decendial. Santana de Parnaíba, 15/04/2013. Rodoceli Serviços de Logistica Ltda ME - Eletra Celi Binotto Pereira. Advogado - Marcos Alexandre P. Varelas OAB/SP 229.837. Registro JUCESP Nº 309.505/13-6 em 15/08/2013 - Gisela S. Ceschin – Secr. Geral. Lançado pelo governo de São Paulo, o estudo mostra que o estado tem potencial de geração solar suficiente para abastecer 4,6 milhões de residências REDAÇÃO O governo de São Paulo lançou o estudo “Levantamento do Potencial da Energia Solar Paulista”, um atlas com 25 mapas elaborados com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e análise técnica da Secretaria de Energia, que mostra a potencialidade da produção solar em grande escala no estado. Segundo esse estudo, São Paulo, considerando apenas a melhor faixa de incidência solar anual, tem potencial energético de 12 TWh/ano, suficiente para abastecer 4,6 milhões de residências, ou seja, 30% do consumo residencial do estado. O governador Geraldo Alckmin anunciou também o decreto que concede diferimento e suspensão de impostos para a cadeia de insumos usados nos setores solar, para aquecedores, e eólico. Alckmin afirmou que já pediu à Secretaria da Fazenda uma análise para estender o benefício à geração fotovoltaica, por isonomia. “Uma maneira de estimular as energias renováveis é pela redução de impostos”, disse ele. Para o secretário de Energia, José Aníbal, “todas as questões sobre o tema merecem atenção especial de São Paulo”, já que o estado é o maior centro consumidor do país. Ele reiterou que o governo preza a manutenção de uma matriz energética renovável. “São Paulo tem 56% de energias renováveis e pretende chegar em 2020 com 69%, por isso, precisamos pensar em fontes alternativas para avançar nessa meta.” O governador Geraldo Alckmin anunciou também o decreto que concede diferimento e suspensão de impostos para a cadeia de insumos usados nos setores solar, para aquecedores, e eólico.Alckmin afirmou que já pediu à Secretaria da Fazenda uma análise para estender o benefício à geração fotovoltaica, por isonomia. “Uma maneira de estimular as energias renováveis é pela redução de impostos”, disse ele. Aníbal também lembrou que a Secretaria de Energia, em dezembro do ano passado, com o intuito de estimular o`desenvolvimento de São Paulo, lançou o “Atlas Eólico do Estado de São Paulo”. Na semana passada, o governo de São Paulo também divulgou decreto que cria o Programa Paulista de Biocombustíveis, cujo objetivo é incentivar e ampliar a participação de combustíveis renováveis em órgãos, autarquias e fundações do estado. De acordo com a determinação, fontes renováveis, como o etanol, biodiesel e biometano, terão preferência para abastecer a frota de veículos – contratada ou própria – e geradores de emergência das instituições vinculadas ao estado. Durante o 1º. Seminário Internacional sobre Biomassa, Biogás e Eficiência Energética, Alckmin destacou a importância da biomassa para a geração de energia em São Paulo. “O estado é o maior produtor de cana no mundo”, lembrou o governador paulista. (Com Agência Ambiente Energia) VERA CRUZ Prefeitura inaugura a segunda Unidade Básica de Saúde integral DA REDAÇÃO O prefeito Fern ando Haddad inaugurou na manhã de sábado a segunda Unidade Básica de Saúde (UBS) Integral da Capital, no Jardim Veracruz, na Zona Sul. No último dia 3, foi aberta no Jardim Miriam II, também na Zona Sul, o primeiro equipamento do modelo, que reúne em um mesmo espaço, serviços diferentes com atendimentos agendados e a demanda espontânea, sem agendamento prévio com clínico, pediatra e dentista. O Programa de Metas 20132016 prevê a instalação 43 unidades do modelo até o fim da gestão. Os usuários da nova unidade poderão realizar no espaço, pequenos procedimentos cirúrgicos, avaliação nutricional, além de exames como raio-x, raio-x odontológico, ultrassom, teste ergométrico, ecocardiograma e eletrocardiograma. A UBS Integral Veracruz funciona em horário ampliado, de segunda a sexta- feira das 7h às 19h e aos sábados das 8h às 14h. Conceito O prefeito Fernando Haddad fez questão de conhecer as instalações do novo equipamento, que contará com 196 profissionais, entre médicos de atenção básica e de especialidades, além de psicólogos, nutricionistas, dentistas, educadores físicos e terapeutas ocupacionais. “É um novo conceito de saúde. Poucas cidades brasileiras têm um equipamento desta qualidade, porque integra todos os serviços de atenção básica. O paciente chega aqui e tem a solução do seu problema”, disse Haddad. Em seu andar superior, a UBS Integral Veracruz será preparada para receber uma das 32 unidades da Rede Hora Certa que serão criadas pela Prefeitura. A autorização já foi dada e a Secretaria Municipal da Saúde apresentará um cronograma. “O prédio está preparado para a instalação de mais dois centros cirúrgicos. Já tem um centro cirúrgico em que é possível fazer os procedimentos e já até poderia ser chamada de Rede Hora Certa, mas a ideia é fazer isso só quando nós instalarmos mais dois centros cirúrgicos”, afirmou o prefeito. O secretário de Saúde, José de Filippi Jr. destacou que a nova UBS não atenderá somente os que moram no território, mas também quem trabalha e estuda na região, evitando que as pessoas fiquem sem atendimento. A área de abrangência da unidade conta com uma população de 37.471 pessoas divididas em 10.880 famílias que estão contempladas na sua totalidade. “Não podemos fazer uma referência do território, uma ação de exclusão, porque se levar a questão de só atender as pessoas que moram no território, você exclui quem está do outro lado da rua, trabalha ali, mas não mora. O território é muito importante, mas vamos deixar com flexibilidade da influência e abrangência”, afirmou o secre- tário.Informatização Assim como a unidade do Jardim Miriam II, a UBS Integral Vera Cruz terá todos os consultórios informatizados e sistema de prontuário eletrônico implantado. O módulo, em fase de avaliação pela secretaria, integrará as informações médicas dos pacientes, de forma a facilitar o acesso e permitir o acompanhamento clínico pelas equipes. Outra novidade é a implantação do Sistema SIAB Fácil Móvel, que garante diversos benefícios, como maior controle sobre as visitas domiciliares feitas pelos agentes comunitários de saúde, acesso mais fácil ao histórico clínico da família e subsídio de informações em tempo real. “Assisti, nos últimos dez anos mobilizações dessa população para realizar o sonho de aproveitar um prédio abandonado por mais de 20 anos para o bem. Esse é o dia”, afirmou o superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM), Fernando Proença de Gouvêa. (Com Secom-SP) VITRINE Salão de Humor de Piracicaba completa 40 anos de muito riso DA REDAÇÃO Criado durante a ditadura militar como forma de demonstrar a insatisfação de vários artistas com o regime, o Salão Internacional de Humor de Piracicaba completa 40 anos. O salão surgiu em 1974, por iniciativa de um grupo de piracicabanos apoiado por grandes nomes do humor nacional tais como Millôr Fernandes, Jaguar, Henfil e Ziraldo, entre outros, e continua como um espaço de reflexão, de revelação de talentos e como uma grande vitrine para os profissionais do cartum, das charges e do humor brasileiro e mundial. “O salão é um evento cultural muito conhecido no Brasil e no exterior. Ele tem uma história muito rica e importante, rela- cionado, inclusive, à redemocratização do País. Quando o salão surgiu, vivíamos ainda sob a ditadura militar. Ele foi então um espaço em que jornalistas, humoristas e intelectuais brasileiros ocuparam para lutar contra a falta de liberdade de expressão”, disse o cartunista Eduardo Grosso, diretor do Centro Nacional de Humor Gráfico (CEDHU), em Piracicaba, responsável pelo salão. Neste ano, 966 artistas, de 64 países, enviaram 4.180 trabalhos para a exposição competitiva, número recorde na história do salão. Deste total, 442 obras foram selecionadas, sendo 142 cartuns, 97 caricaturas, 74 charges, 73 tiras ou histórias em quadrinhos e 53 com o tema futebol, um dos assuntos escolhidos para ilustrar a mostra deste ano. “Todos os anos o salão trabalha com um tema, embora haja a possibilidade de mandar trabalhos com temática livre. Este ano, por causa da Copa do Mundo, adotamos o tema futebol”, diz Grosso. Entre os trabalhos selecionados estão caricaturas da presidenta Dilma Rousseff, do presidente dos Estados Unidos Barack Obama, do ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, do papa Francisco e dos jogadores Pelé e Neymar. “Todos os anos, o salão é um reflexo do que está acontecendo tanto localmente quanto em nível mundial. No Brasil, o grande destaque deste ano foram as manifestações e as dúvidas do governo com relação a elas. Apareceu muito a figura da presidenta Dilma com relação a isso [manifestações]. Outro assunto que apareceu muito este ano foi a espionagem, como a da figura do Obama com uma grande orelha, escutando o que os outros países estão fazendo ou tramando, e ainda as relações do homem com as novas tecnologias”, disse Grosso. A abertura do Salão Internacional de Humor aconteceu na noite de sábado. As visitas, gratuitas, poderão ser feitas até o dia 20 de outubro, no Engenho Central. Além do Engenho Central, haverá exposições de obras do salão espalhadas por outros pontos da cidade, como a Câmara dos Vereadores, a Rodoviária Intermunicipal, o Shopping Piracicaba e a Biblioteca Municipal Ricardo Ferraz de Arruda Pinto, entre outros. (Com Agência Brasil) Mundo Editor // Vinicius Palermo Terça-feira, 27 de agosto de 2013 • Jornal do Commercio • A-13 ORIENTE MÉDIO DIREITOS CIVIS EUA acusam Al-Assad por ataque químico Ações não evitam desigualdade no Brasil GARY CAMERON /REUTERS O que vimos na Síria, na semana passada, deveria chocar a consciência do mundo." John Kerry Secretário de Estado dos EUA Secretário de Estado afirma que o regime sírio destruiu provas do bombardeio com gás letal contra o subúrbio de Damasco. Obama exige prestação de contas » RODRIGO CRAVEIRO O uso de armas químicas na Síria foi uma "obscenidade moral imperdoável e inegável", pela qual o presidente Barack Obama exige uma prestação de contas por parte do regime de Bashar Al-Assad. "Foram utilizadas armas químicas na Síria. (…) O que vimos na Síria, na semana passada, deveria chocar a consciência do mundo. Desafia qualquer código de moralidade. Deixe-me ser claro: o massacre indiscriminado de civis, a matança de mulheres e crianças por armas químicas, é uma obscenidade moral", afirmou John Kerry, secretário de Estado norte-americano, na primeira acusação direta contra Damasco. As declarações marcam um forte aumento no tom da retórica adotada por Washington e ocorrem em meio a preparativos para uma intervenção militar. Kerry divulgou que os EUA "têm informação adicional sobre o ataque" e prometeu tornar o material público, após revisá-lo com aliados. Enquanto o chefe da diplomacia dos EUA acusava Al-Assad de “destruir provas” do ataque contra a região de Ghouta, no subúrbio da capital síria, inspetores da Equipe de Investigação de Armas Químicas da ONU visitavam Moadhamiyad, uma das cidades alvejadas pelo bombardeio de quarta-feira, onde entrevista- ram feridos e recolheram amostras de sangue. Horas antes, quando se dirigiam ao local, foram surpreendidos por disparos feitos por franco-atiradores contra um dos carros do comboio. Ninguém se feriu, mas a missão foi suspensa por pouco tempo. O regime de Al-Assad e a oposição acusaram-se pela emboscada. Kerry garantiu que Obama fará uma “decisão informada” sobre como responder. “Mas, não se enganem, o presidente acredita que deve haver prestação de contas a quem usou as armas mais hediondas do mundo”, acrescentou. Ele alegou que a inspeção da ONU não determinará quem utilizou o arsenal químico. "Por cinco dias, o regime sírio se recusou a permitir que os inspetores tivessem acesso ao local do ataque. (…) Em vez disso, continuou a atacar a área, bombardeando-a sistematicamente e destruindo as evidências. Esse não é o comportamento de um governo que nada tem a esconder", criticou Kerry. Fracasso Al-Assad alertou que uma intervenção militar estaria "fadada ao fracasso". "As declarações feitas por políticos nos EUA e no Ocidente são um insulto ao senso comum", disse o ditador, em entrevista, ontem, ao jornal russo Izvestia. "Não faz sentido acusar primeiro e buscar as provas de- pois." Brendan Buck, portavoz de John Boehner, presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, explicou que Obama não precisa do aval do Congresso para atacar – deve, apenas, avisá-lo. “O presidente é o comandanteem-chefe, mas o primeiro passo para ele e sua equipe é consultar o Congresso sobre o que considera opções viáveis. Isso não aconteceu ainda”, disse. A Rússia, aliada comercial e militar da Síria, advertiu para uma ofensiva sem o respaldo do Conselho de Segurança da ONU. "Estou preocupado com as declarações de Paris e Londres, segundo as quais a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) pode intervir para destruir armas químicas na Síria sem a autorização do Conselho de Segurança. É um terreno escorregadio e perigoso", declarou o chanceler russo, Serguei Lavrov, segundo o qual o uso da força representaria "uma violação grosseira do direito internacional". O ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, sugeriu que "é possível" responder à utilização de armas químicas, mesmo sem o consentimento do Conselho e sob motivação de "questões humanitárias". A Turquia colocou-se à disposição de uma coalizão militar contra a Síria, mesmo em uma operação unilateral. Para Alexander Corbeil, cientista político especializado em Oriente Médio pelo institu- to The Atlantic Council of Canada, a retórica de Kerry mostra que os EUA têm evidências suficientes para culpar Al-Assad. "Eu acho que veremos, nos próximos dias, mais provas, e Kerry vai defender uma política mais robusta (para o conflito). Devemos ver uma decisão concreta até o fim da semana", opinou à reportagem. Ele afirma que uma intervenção militar é "cada vez mais plausível", graças à pressão exercida por republicanos e pelos democratas sobre Obama. "Com os inspetores da ONU no país, com o endurecimento da posição francesa e com o endosso de Israel, creio que veremos uma ação limitada dos EUA", comentou. Segundo ele, Obama fez várias advertências sobre o fato de que as armas químicas representariam uma "linha vermelha". "Se Washington não agir, ficará desmoralizado", admitiu Corbeil. Em Douma, na região atacada com armas químicas, o intérprete Mohammed M., 24 anos, disse à reportagem concordar com uma intervenção militar. "Os ataques seriam apenas aéreos e somente contra alvos militares de importância. O Exército Livre da Síria cuidará do resto, após receber mais armas dos EUA", afirmou, referindo-se à milícia da oposição. Tareq Al-Dimashqi, um professor de inglês que vive na mesma cidade, desabafou: "Eu apoio qualquer um que puder deter o banho de sangue". Negociação de paz em risco DA REDAÇÃO Incertezas pairavam ontem sobre a reunião entre negociadores de paz de Israel e da Autoridade Palestina (AP), marcada para Jericó, no território palestino da Cisjordânia. Um alto funcionário da AP chegou a afirmar ao jornal israelense Haaretz que o encontro teria sido cancelado, em resposta à morte de três ativistas palestinos durante confronto com forças israelenses, na madrugada, perto de Ramallah. A versão não teve confirmação de nenhuma das duas partes, até o fim da noite, embora tampouco tenham sido divulgadas informações sobre a realização do encontro. Uma funcionária do governo americano, que faz a mediação, desmentiu o cancelamento da reunião, a terceira desde que as conversações diretas entre palestinos e israelenses foram retomadas, em Washington. "Posso assegurar que nenhum encontro foi cancela- do", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Mari Harf. "As partes estão engajadas em um processo de negociações sério e sustentado." Nenhuma declaração oficial partiu do governo israelense, mas o chanceler palestino, Ryad Al-Malki, deixara evidente, em entrevista coletiva, o desconforto da AP com o episódio no campo de refugiados de Kalandiya. "Dissemos claramente, em várias ocasiões, que as negociações seriam afetadas por políticas e medidas que sabotam o processo (de paz)", advertiu Malik. "Sem dúvida, isso que ocorreu terá impacto." A ministra israelense da Justiça, Tzipi Livni, e o negociador-chefe da AP, Saeb Erekat, mantiveram na semana passada a segunda rodada de conversações, em Jerusalém. Washington conseguiu que o processo fosse retomado, após três anos de paralisia, com a meta de concluir em nove meses um acordo de paz definitivo. Curtas PROMOTORIA PEDE PENA SEVERA PARA BO XILAI FARC E GOVERNO COLOMBIANO RETOMAM DIÁLOGO O julgamento do ex-dirigente chinês Bo Xilai terminou, ontem, com o pedido da promotoria por uma pena severa, graças a atos de corrupção “extremamente graves”. Ao fim do quinto dia de audiências, com o país em grande expectativa para saber mais sobre a corrupção dos políticos, o promotor reafirmou as acusações de corrupção, desvio de verbas e abuso de poder por obstruir uma investigação sobre subornos pagos à mulher de Bo. O governo colombiano e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) retomaram, ontem, o diálogo depois de uma breve pausa, e apesar das fortes críticas do grupo rebelde à proposta do Executivo de submeter a referendo um futuro acordo de paz. Ambas as partes anunciaram que haviam pedido a organização de um fórum cidadão sobre drogas ilícitas, demonstrando que estão perto de fechar o tema da participação política. » GABRIELA WALKER E GABRIELA VALENTE Quando Martin Luther King Jr. liderou a Marcha sobre Washington, em 1963, a segregação racial e a ausência de direitos civis para a população afro-americana eram motivo de crescentes manifestações e protestos em diversas partes dos Estados Unidos. Negros e brancos não frequentavam os mesmos locais, não se sentavam lado a lado em transportes públicos, não eram vistos da mesma forma pela Justiça. No Brasil, na mesma época, o racismo já era considerado crime pela legislação, mas não havia nenhum tipo de pena previsto para quem desrespeitasse outro cidadão com base na cor da pele. A segregação nunca foi institucionalizada no Brasil, mas nem por isso foi menos cruel. Cinquenta anos depois de Luther King ter proclamado o sonho de um mundo mais tolerante e justo, o discurso de 28 de agosto de 1963 continua a impulsionar movimentos pela equidade social em todo o mundo. No Brasil, uma série de ações afirmativas foram adotadas nos últimos anos, na tentativa de reduzir a ainda grande disparidade social, reflexo das dificuldades enfrentadas por negros e mestiços. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), diminuiu a diferença de escolaridade entre negros e brancos entre 2000 e 2010. Nas universidades, a presença de alunos autodeclarados afrodescentendes quase quadruplicou. Estimativas do Censo da Educação Superior de 2011 mostram que, em 1997, 1,8% dos jovens com idade até 24 anos que se declaravam negros cursavam ou haviam concluído um curso superior naquele ano. Em 2011, o total chegou a 8,8%. Perfil de universitários Na Universidade de Brasília (UnB), primeira do País a implementar o processo de admissão por regime de cotas, o ingresso de negros e pardos mudou o perfil dos alunos da instituição, em 10 anos. "Temos mais diversidade na universidade e isso retrata melhor a sociedade que vivemos. A análise acadêmica dessa iniciativa nos mostra resultados super positivos e animadores", afirma o reitor Ivan Marques de Toledo Camargo. A melhora é significativa, mas ainda insuficiente. O fundador e ex-presidente da Fundação Cultural Palmares, Carlos Moura, lembra, que mesmo com o aumento de afrodescendentes na academia, o mercado de trabalho ainda é um desafio. "Quanto parlamentares existem no Brasil e, entre eles, quantos são negros ou negras? Quantos militares superiores, quantos bispos da Igreja Católica?", pondera. "Na época de Luther King, assim como agora, nós, do movimento negro, ainda trabalhamos pela igualdade racial", compara. Afrodescendentes têm mais dificuldade para conseguir emprego no Brasil e recebem entre 1,7% e 2,1% a menos que colegas brancos, dependendo da região do país. "O Estado brasileiro é estruturalmente racista. A nação foi construída com base na exploração da mão de obra escravizada", critica Douglas Belchior, ativista e coordenador da União de Núcleos de Educação Popular para Negros e Classe Trabalhadora (Uneafro). "É preciso pensar um outro modelo de organização social, em que a riqueza nacional esteja voltada para as necessidades reais da população", afirma. A historiadora Maria Luisa Tucci, coordenadora do Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação (Leer) da Universidade de São Paulo (USP), explica que no Brasil existe um "sistema de segregação sutil", e que a educação é um ponto essencial no combate ao preconceito. "Precisamos de mais ações afirmativas, mais políticas públicas, e precisamos muito de uma revisão nos livros didáticos, para que a questão do racismo vivido no País, por exemplo, seja retratada", observa. ESPIONAGEM José Cardozo se reunirá com Joe Biden DA REDAÇÃO O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, viajou ontem para Washington, chefiando a primeira missão enviada pelo governo aos Estados Unidos para obter esclarecimentos sobre a atuação da Agência de Segurança Nacionaç (NSA() em território brasileiro. De acordo com a assessoria, o ministro se reunirá amanhã com o vice-presidente Joe Biden, a assessora para Assuntos de Contraterrorismo, Lisa Mônaco, e o secretário de Justiça, Eric Holder. Representantes do Planalto, do Itamaraty e dos Ministérios das Comunicações e de Ciência e Tecnologia também participarão dos encontros. A Organização das Nações Unidas vai exigir explicações do governo americano sobre as denúncias de espionagem nas comunicações de sua sede principal, em Nova York. Segundo reportagem da revista alemã Der Spiegel, documentos vazados por Edward Snowden, ex-técnico da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, indicam que Washington interceptou o sistema de vídeoconferên- cias da ONU. "Estamos cientes do relatório e pretendemos contatar autoridades relevantes para isso", declarou Farhan Haq, porta-voz da organização. O funcionário lembrou que leis internacionais, como as estabelecidas pela Convenção de Viena (1961), garantem a segurança das informações de representações diplomáticas e organizações internacionais, inclusive a ONU. "Por isso, espera-se que os países membros ajam de acordo para proteger a inviolabilidade das missões", acrescentou. A escuta de videoconferências da ONU teria acontecido em 2012, quando especialistas da NSA conseguiram invadir e decodificar o sistema criptográfico. A reportagem afirma que a agência americana conseguiu "uma melhora dramática" em sua capacidade de ação, fazendo com que o volume de mensagens decodificadas saltasse de 12 para 458 em apenas três semanas. Os documentos obtidos pela Der Spiegel apontam ainda que a União Europeia e a Agência Internacional de Energia Atômica, com sede em Viena, também foram alvos da NSA. Opinião Editor // Luís Edmundo Araújo A-14 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 Son Salvador FUNDADO POR PIERRE PLANCHER EM 10 DE OUTUBRO DE 1827 F U N D A D O R D O S D I Á R I O S A S S O C I A D O S : A S S I S C H AT E AU B R I A N D GRÁFICA EDITORA JORNAL DO COMÉRCIO MAURICIO DINEPI Diretor-Presidente EVARISTO DE OLIVEIRA Vice-Presidente Executivo SOLON DE LUCENA Vice-Presidente Institucional EDITORIAL Metas aeroportuárias A divulgação em novembro,conforme anunciou nesta sexta-feira o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, do edital para licitação de concessão dos 45 primeiros aeroportos regionais, como parte do pacote de investimentos para o setor, lançado em dezembro de 2012, abre uma nova frente para a melhoria da infraestrutura aeroportuária brasileira. No total, como ele informou ainda, o plano prevê investimentos em 270 terminais aeroportuários. De acordo com o ministro, o programa será sustentado por uma política de subsídios capaz de permitir, como arguiu, preços competitivos e adequados ao público dos diferentes municípios e regiões. Nesse sentido, aliás, como igualmente lembrou, foram escolhidos aeroportos em locais que já dispõem de rotas e demanda atual e potencial por passageiros: “Muitos prefeitos já nos solicitaram obras para que o tamanho das pistas permita sua utilização como aeroportos internacionais de cargas”. Reconhecendo por outro lado que a infraestrutura do País, sobretudo em função dos grandes eventos internacionais previstos, tem sido objeto de críticas e debates, o titular da SAC insiste em que, para mudar essa realidade, não bastam somente vontade política e recursos financeiros, tornando-se fundamental, isto sim, a existência de profissionais qualificados e projetos de qualidade, nem sempre disponíveis e que se constituem, a seu ver, um gargalo cuja superação se requer. Nesse contexto, não deixou de lembrar que “o País ficou 30 anos sem ter condições de financiar grandes obras de infraestrutura, levando muitas empreiteiras a fe- charem ou reduzirem de tamanho e engenheiros a migrarem para outras áreas de atuação”. Enquanto isso, como foi exposto, nos últimos 10 anos o número de passageiros no Brasil cresceu, em média, 12% ao ano, ficando, a nível mundial, só atrás da China, mas a infraestrutura aeroportuária não seguiu o mesmo ritmo. Entre os fatores mencionados, na oportunidade, figuram a má qualidade de projetos executivos, que está atrasando as obras nos grandes aeroportos, afora a própria dificuldade de recrutamento de engenheiros, arquitetos e técnicos para atender a todas as demandas inerentes à implantação de grandes projetos no País. A meta governamental estabelecida sobressai, contudo, como das mais ambiciosas, esperandose mesmo que o setor aeroportuário seja capaz de dobrar sua capacidade até 2020, passando dos 100 milhões de passageiros, atualmente, para 200 milhões ao ano. Isso é que justificou, por exemplo, a concessão dos aeroportos internacionais de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e do Aeroporto Internacional de Brasília. Em outubro, como se sabe, será vez do leilão dos terminais do Galeão (RJ) e de Confins (MG). Manifestando a convicção de que as concessões deverão ajudar a elevar a qualidade do sistema, o ministro disse acreditar que,“dentro de dois ou três anos, a logística aeroportuária será bem diferente, tanto em relação ao ambiente físico, quanto gerencial”. Esse o quadro que, a seu ver, está a delinear-se, guardando correlação, de resto, com a estratégia de integração nacional e internacional e as exigências de nosso processo de desenvolvimento. Incivilidade no futebol São inaceitáveis cenas de guerra em espaços públicos e, em especial, nos reservados ao lazer. Parques, cinemas, teatros, estádios atraem a população para estimular convivências e reduzir o estresse acumulado pelas exigências do dia a dia. Adultos e crianças saem de casa na certeza de que voltarão ilesas ao lar. No Mané Garrincha e demais estádios de futebol, a história parece obedecer a outro enredo. Organizada sem isolamento físico de torcidas, a arena de Brasília tem sido cenário de enfrentamento de organizadas. Em dois domingos consecutivos, a violência se sobrepôs ao espetáculo esportivo. No dia 18, momentos antes de começar a partida, grupo de são-paulinos agrediu um flamenguista com selvageria. Apesar dos socos e pontapés, os policiais se mantiveram inertes, como se estivessem diante da televisão ou sentados na poltrona do cinema. A violência se repetiu anteontem. No intervalo do confronto Vasco x Corinthians, membros da Gaviões da Fiel invadiram o setor dos cruz-maltinos e deixaram 10 feridos — nove do time paulista e um policial. A barbárie fez outros estragos. Famílias assustadas não quiseram correr riscos adicionais. Foram embora antes de começar o segundo tempo. Segundo o Governo do Distrito Federal, além dos 800 policiais escalados para atuar no evento, 300 seguranças privados estavam presentes no Mané Garrincha. O que está acontecendo? A pancadaria registrada nos dois fins de semana impõe a busca de respostas adequadas para evitar que se torne triste rotina. Uma das inferências possíveis é a falta de preparo das forças de repressão para assegurar a paz em grandes eventos. Se o batalhão escalado não deu conta de um público de 20 mil pessoas, que dirá da lotação completa de 73 mil espectadores. Além de treinamento, é essencial recorrer à inteligência para a eficácia das medidas. Torcedores violentos não constituem exclusividade deste ou daquele país, deste ou daquele time. Eles existem e precisam ser desencorajados. Há exemplos. A Inglaterra, que tinha uma das mais bárbaras torcidas do mundo na década de 1980, conseguiu transformar os estádios em ambientes aprazíveis aptos a receber nacionais e estrangeiros com 100% de segurança. A receita: punir eficazmente os bandoleiros e suspender os times ingleses de campeonatos internacionais. No Brasil, os times têm relação promíscua com as organizadas. Dãolhes ingressos ou lhes facilitam a entrada. É inaceitável. Manter os vândalos distantes exige, além de punição eficaz, um sistema efetivo de proibição do acesso aos estádios. Leitores ÁRABES Guerras As constantes guerras envolvendo nações árabes ou apenas muçulmanas só me fazem crer que não é possível renovar o Islamismo. É uma bela religião, com muitas riquezas espirituais e realizações incríveis ao longo de sua história, mas parece ter parado no tempo, inclusive com a insistência em envolver-se com as realidades ditas profanas, optando sempre por governos monárquicos ou muito conservadores, com califas e tudo o mais. Assim, fica muito difícil qualquer avanço real. [email protected] JUROS Alta Tem gente criticando o governo por que estaria fazendo os juros “dispararem” outras vez em nosso País, depois de um longo período só de reduções. Ora, isto não é nem um pouco aceitável, pois a conjuntura econômica só poderia levar a tal medida, para proteger o País da inflação crescente e de outros riscos muito grandes para todos nós. Depois que a crise passar, será possível pensar novamente em alguma redução. THALITA PALHARES BOTAFOGO, RIO BRASIL Estrangeiros Fala-se muito em crise em nosso País. Não nego que ela exista e que já tenha causado muitos problemas. Mesmo assim, impressiona ler nos jornais o quanto algumas empresas estrangeiras, mesmo as de porte invejável, estão ainda interessadas em investir no Brasil. Isso só pode mostrar que a economia brasileira ainda está nos trilhos e que temos muito a oferecer aos investidores que chegam. JOSÉ RYMN ROMUALDO CARDOSO BRASÍLIA, DF SÃO PAULO, SP Memória HÁ 150 ANOS EXAMES Começaram ontem, como havíamos informado, os exames preparatórios para os cursos superiores do império. Um total de 18 alunos foram examinados em Latim e apenas dois, Ernesto Augusto Gomes Ribeiro e Francisco José de Araújo Pinheiro, foram aprovados. O número de reprovados prova que o exame está cada vez mais exigente, o que demanda muita preparação. LADRÃO Estando ontem uma menina a costurar em sua casa, na Rua do Senado, número 28, um negro de nome Manoel, escravo do Sr. Antônio José de Carvalho, arrancou-lhe das mãos algumas rendas. A menina ficou assustada e muito triste mas, um pouco mais tarde, o ladrão foi preso pelo Sr. Joaquim Francisco de Oliveira, membro da Guarda Nacional nesta corte do Rio de Janeiro. PANOS No depósito de Ribeiro Guimarães & C., situado na Rua Direita, número 13, nesta capital do império, o respeitável público pode comprar, por preço muito moderado, os panos de algodão trançado da fábrica de Nossa Senhora do Amparo, que fica em Valença, de propriedade de Madureira & Dutra. Trata-se de um pano de excelente qualidade e muito resistente ao tempo. HÁ 100 ANOS BOMBAS Telegramas de Tifflis, no império russo, anunciaram durante o dia de ontem que a polícia daquela distante cidade apreendeu uma grande quantidade de bombas de dinamite, efetuando em seguida algumas prisões de suspeito de cometer um atentado. Ainda não sabe, porém, qual O JORNAL DO COMMERCIO PUBLICAVA NA EDIÇÃO DE 27 DE AGOSTO seria o alvo de tais terroristas, que serão interrogados até que digam quais eram seus objetivos. IRMà DO PAPA Na igreja de San Lorenzo, em Roma, foram realizadas anteontem solenes exéquias pela alma da Sra. Rosa Sarto, irmã do Papa Pio. Representantes do corpo diplomático junto à Santa Sé participaram da missa, além de altos oficiais e membros da nobreza no Vaticano. Ao todo, 15 cardeais oficiaram e a igreja estava lotada, com um clima de luto muito respeitoso por parte dos presentes. PRORROGADO Mais um tratado de arbitragem comercial foi prorrogado pelo governo dos Estados Unidos com uma das principais potências da Europa. Desta vez, o tratado de arbitragem com a França foi estendido por mais cinco anos, com possibilidade de mais prorrogação. Ambas as partes parecem satisfeitas com os resultados obtidos por meio do sistema, que evita desentendimentos mais sérios entre as nações. INDULTO O marinheiro de confissão protestante que negou-se, na Espanha, a ajoelhar-se em uma igreja católica em Madri, pediu para ser beneficiado com o indulto propiciado por uma recente lei do país. Provavelmente o governo atenderá ao seu pedido nos próximos dias, demonstrando que sua política em assuntos religiosos está mesmo mudando e tornando-se muito mais liberal. HÁ 50 ANOS ASILADOS Ao desembarcar ontem no Aeroporto do Galeão, o embaixador Câmara Canto limitou-se a dizer que a sua missão foi muito difícil, mas proveitosa, pois obteve salvo conduto para os 94 asilados cubanos que permaneciam na Embaixada Brasileira em Havana. Dezesseis deles desembarcarão no Rio ainda hoje e os demais preferiram deixar Cuba e seguir para a cidade americana de Miami. AJUDA FEDERAL O ministro da Fazenda, San Thiago Dantas, falou ontem no Rio sobre a possibilidade de aumento de ajuda federal a diversos estados do País, principalmente os mais carentes de recursos. A unificação dos serviços de arrecadação de tributos em nosso País também foi tratada pelo ministro, que adiantou que há várias prioridades do governo federal que sairão do papel já este ano. PLANEJAMENTO A Guanabara é o primeiro estado da federação a ter uma secretaria de governo inteiramente dedicada ao planejamento e à coordenação da estrutura administrativa. A observação foi feita ontem por Raphael de Almeida Magalhães, secretário de governo, que enfatizou a grande importância da nova secretaria na formulação dos planos do Estado da Guanabara de agora em diante. SÓ PELA MANHà A reportagem do Jornal do Commercio percorreu ontem várias ruas do Rio e constatou que nas padarias cariocas o pão só está sendo vendido pela manhã, demonstrado que os padeiros estão realmente racionando o importante produto na cidade. Uma comissão de padeiros está em Brasília para tratar da possibilidade de aumento nos preços que, por enquanto, não foi autorizado pelo governo. JOSÉ PINHEIRO JÚNIOR Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 • Opinião • A-15 Escravos do câmbio LUIZ OSWALDO NORRIS ARANHA recente escalada da relação cambial, com a desvalorização do real frente ao dólar (e diante de outras moedas), traz efeitos de relevância para a economia brasileira e obriga à reflexão, a começar pelas causas e, pensando adiante, nos possíveis efeitos. Cabe considerar que no fenômeno atual estão se sobrepondo dois movimentos simultâneos: a valorização do dólar em relação a quase todas outras moedas; e a desvalorização do real, também em comparação às demais divisas. É importante lembrar que, logo após a crise financeira mundial, cinco anos atrás, falava-se em substituir a moeda norteamericana por outra referência, como base para as transações internacionais. O problema hoje passou a ser a recuperação da economia dos Estados Unidos. O real desvalorizou-se frente ao dólar muito mais que as demais moedas, perdendo também seu valor quanto a essas. É evidente que há problemas intrínsecos, além da recuperação norteamericana. Nos últimos anos o Brasil calcou suas relações externas sobre a entrada de capitais internacionais, inclusive os voláteis, acumulando grande volume de reservas em divisas estrangeiras. Favoreceu-se do ambiente internacional, com as commodities se valorizando, infladas pelo modelo chinês de Desenvolvimento. Não levou em conta que essa conjuntura era temporária e não tirou proveitos para sua Economia. Atualmente sofre pressões inflacionárias, seu PIB está crescendo abaixo da média universal e seus fundamentos econômicos se enfraqueceram. Com a moeda valorizada, incentivam-se as importações e dificultam-se as exportações. Mesmo assim a Balança Comercial Brasileira até pouco tempo atrás foi positiva, favorecida pelo preço das commodities e só recentemente se enfraqueceu. É evidente que, com a desvalorização, haverá maior competitividade, mas os volumes vendidos no mercado internacional dependem da demanda, que se reduziu, em especial por ter a China limitado suas compras. No período que passou prejudicou-se o setor industrial, cujas limitações, contudo, decorrem, sobretudo, da menor produtividade. Com isto os importados tomaram conta da oferta interna de manufaturados e o A Real mais fraco trará pressão inflacionária. O crescimento do PIB também deverá diminuir. Há efeitos positivos quanto à desvalorização do Real (para exportadores e possivelmente para a balança comercial) e negativos (para importadores, empresas devedoras em moeda estrangeira e preços internos). Força a elevação da taxa de juros, em círculo vicioso com a inflação maior e a redução do crescimento do PIB. Pergunta-se então: qual seria a relação cambial adequada? Em ambiente de câmbio flutuante e Economia altamente influenciada pela conjuntura externa, é impossível definir. Lembre-se que, às vésperas da posse do ex-presidente Lula, o dólar chegou a R$ 3,90 (o efeito negativo da alta foi o prejuízo para empresas que jogavam pela baixa) e recentemente ficou abaixo de R$ 1,60 (sem obstar o fluxo das exportações). O ambiente externo é mais fácil de explicar, embora difícil de prever. Historicamente os capitais voláteis buscam refúgio nos títulos do Tesouro Norteamericano, para não correr riscos. Pensando em reativar sua Economia, as autoridades dessa Nação reduziram a taxa de juros quase a zero e os investidores buscaram alternativas, sobretudo nos países emergentes, como o Brasil. Recuperando-se, os Estados Unidos anunciam a elevação dos juros, mesmo que de modo tênue, e grande parte dos recursos financeiros deverá retornar para a aplicação em seus papéis. Muita gente não acreditava nessa virada, mas os ianques têm enorme capacidade para se mobilizarem e o Dólar está se reafirmando como moeda de referência para todos os países. O fluxo de capitais está se reduzindo para o Brasil e a estratégia em vigor precisa ser reformulada. Cabe eliminar a escravidão ao câmbio e fortalecer os fundamentos da Economia. As oscilações de pequena duração não trazem prejuízos de monta e podem ser suavizadas pelo Banco Central, com intervenções programadas. Indaga-se qual o nível de equilíbrio e se haverá efeitos permanentes. Todavia o fundamental é acabar com essa política de dependência ao câmbio, verdadeira escravidão, o que não se entende a considerar as dimensões do Brasil. A recuperação industrial é fundamental, mas demanda tempo e grandes investimentos em infraestrutura. Porém é preciso começar e tornar o País realmente independente, como a China o está fazendo. A recente escalada da relação cambial, com a desvalorização do real frente ao dólar (e diante de outras moedas), traz efeitos de relevância para a economia brasileira e obriga à reflexão Corrupção em xeque ROBERTO ABDENUR PRESIDENTE EXECUTIVO DO INSTITUTO BRASILEIRO DE ÉTICA CONCORRENCIAL Só com simplicidade, transparência, esclarecimento e punição, além de instituições fortes em ambiente democrático, poderemos quebrar as engrenagens de funcionamento da corrupção e criar a sociedade que almejamos Contra um mal que pervaga todos os estratos da sociedade, precisamos de remédios potentes, ou melhor, de vacinas. Quando não há vacinas, como contra o mal da corrupção, que tem impacto direto no desenvolvimento socioeconômico dos países, o caminho da prevenção reside em simplicidade, transparência, esclarecimento e punição. Simplicidade pode ser a chave para derrubar argumentações de quem pratica sonegação fiscal, comércio ilegal ou informalidade. A complexidade do sistema tributário brasileiro, o tamanho da sua carga, a burocracia e o longo processo para efetuar o pagamento dos tributos têm sido pretexto e fator para corrupção e sonegação. Números ajudam os pérfidos argumentos: no Brasil, as empresas gastam em média 2.600 horas por ano para o pagamento dos impostos, em comparação com a média mundial de 277 horas, conforme o ranking Paying Taxes 2013, elaborado pela consultoria PWC, em parceria com o Banco Mundial e a International Finance Corporation (IFC). Transparência constitui a base da democracia e o maior antídoto contra a corrupção. Nos últimos anos, o Brasil estabeleceu mudanças na relação entre governos e população, em grande parte como resultado de pressões de setores representativos da sociedade. Novas leis, como a de Responsabilidade Fiscal e a 8.666 (das Licitações), mostram que o País vem investindo no aumento da transparência. Outras iniciativas descortinam esperanças de maior transparência no trato da coisa pública, como o Sistema Federal de Acesso à Informação, a criação das TVs Câmara e Senado ou o projeto que cria Conselhos de Ética nas Assembleias Legislativas estaduais e Câmaras municipais. Esclarecimento resulta de esforço de governos, instituições e organizações da sociedade civil na conscientização da população sobre a importância do comportamento ético em todas as esferas. Tanto a cor- RIO DE JANEIRO www.jornaldocommercio.com.br E-mail: [email protected] Rua do Livramento, 189 - CEP 20.221-194 - Rio de Janeiro - RJ Telefone geral: (21) 2223-8500 [email protected] rupção miúda, muitas vezes tolerada, quanto o envolvimento de agentes públicos em grandes escândalos são essencialmente os mesmos desvios de conduta. Adquirir produtos piratas ou falsificados, quando há evidência de que assim o são, recorrer à propina em vez de fazer curso de reciclagem de motoristas com excesso de pontos na carteira ou em vez de pagar qualquer tipo de multa, deixar-se levar por vantagens escusas nos negócios. Tudo isso é corrupção. Muitas vezes tolerada. Muitos brasileiros têm, como qualifica a ministra Ellen Gracie Northfleet, uma atitude dualista frente à corrupção. De um lado, o denuncismo que abusa do pré-julgamento. De outro, a letargia condescendente com determinadas práticas nada republicanas. As consequências dessa condescendência são graves para a economia. O estudo Global Fraud Survey 2012, da consultoria Ernst & Young, mostra que 84% dos executivos brasileiros entrevistados na pesquisa consideram a corrupção generalizada no ambiente de negócios. O índice é superior à média global (39%) e ao verificado na América Latina (68%). Os entrevistados querem mudar isso. Para 90% deles, deveria haver mais sanções contra fraudes e propinas. Punição, por fim, comprova que a sociedade não tolera tais desvios de conduta. A sensação de impunidade tem sido apontada como um dos principais fatores dos altos índices de percepção da corrupção no Brasil. O estudo Percepções da Corrupção Index 2012, da ONG Transparência Internacional, coloca o Brasil na 69ª posição entre 176 países. No topo, como menos corruptos, Dinamarca, Suécia e Nova Zelândia. No fim da lista, Afeganistão, Coreia do Norte e Somália. Nesse sentido, é alvissareira a aprovação pelo Senado do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 0039/2013 (PL 6826/2011), no dia 4 de julho, sem alterações. Certamente em resposta às manifestações populares de junho, o Senado incluiu em sua pauta prioritária a votação do projeto conhecido como Lei Anticorrupção. Ele permite punir empresas que pratiquem atos contra a administração pública e garante o ressarcimento do prejuízo cau- SÃO PAULO sado aos cofres públicos por atos de improbidade. Proposto pelo Poder Executivo, e tendo o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) como relator, o PL foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff em 1º de agosto, com três vetos. Por isso, voltará a tramitar no Congresso. Para Zarattini, o Brasil é um dos três países dos 34 integrantes da OCDE que não têm uma lei específica para punir corruptores. Daí a importância e premência de sua aprovação. O deputado Zarattini defendeu a aprovação do projeto há um ano, durante evento organizado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial – ETCO. O seminário reuniu destacados especialistas de diversos setores, entre os quais a ex-presidente do STF Ellen Gracie Northfleet; o ministro-chefe de Estado da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage; os representantes do Banco Mundial, Otaviano Canuto, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Rolf Alter, da Amarribo, Josmar Verillo, e da CNI, José Augusto Coelho Fernandes; o economista Paulo Rabello de Castro; o sociólogo Demétrio Magnoli; os professores Rita de Cássia Biason e Roberto Romano e o cientista político Cristiano Noronha. A realização do seminário resultou na publicação do livro “Corrupção – Entrave ao Desenvolvimento do Brasil”, que será lançado no dia 14 de agosto, como parte das comemorações dos dez anos de atuação do ETCO. A obra destaca a força de corrosão da corrupção, que penetra as frestas da sociedade, minando relações profissionais, abalando valores morais e destruindo alicerces democráticos. No livro, a corrupção é tratada como um obstáculo ao desenvolvimento econômico, especialmente porque subtrai recursos das políticas públicas, causa distorções e desequilíbrios na concorrência entre as empresas e dá fôlego a uma certa cultura de leniência com as transgressões. Só com simplicidade, transparência, esclarecimento e punição, além de instituições fortes em ambiente democrático, poderemos quebrar as engrenagens de funcionamento da corrupção e criar a sociedade que almejamos. BRASÍLIA MINAS GERAIS Avenida Moema, 170 - 120 andar - Conjs 122 e 123 SCN – Qd.01 - Bloco"F"- Ed. America Office Tower - Sala Planalto Paulista - São Paulo - SP - CEP 04077-020 711 - Asa Norte - Brasília/DF- (61) 3037-1280 / 1282 (11)5051-5115 [email protected] CEP: 70711-905 - [email protected] Rua Tenente Brito Melo, 1223 Cj 604 Barro Preto - Belo Horizonte Tel: (31)3048-2310 - CEP 30180-070 REDAÇÃO EDITORA-EXECUTIVA - JÔ GALAZI: [email protected]/[email protected] EDITORES-JORGE CHAVES: [email protected] - PEDRO ARGEMIRO: [email protected] - LUÍS EDMUNDO ARAÚJO: [email protected] - VINICIUS PALERMO: [email protected] VINICIUS MEDEIROS: [email protected] - KATIA LUANE: [email protected] MARTHA IMENES: [email protected] - RICARDO GOMES: [email protected] - SERVIÇOS NOTICIOSOS Agências Estado, Brasil, Bloomberg e Reuters DEPARTA MENTO COMERCIAL RIO [email protected] (21)2223-8590 ADMI N ISTR AÇÃO Diretor Comercial Gerente Comercial JAIRO PARAGUASSÚ [email protected] ELVIRA ALVANÉ [email protected] SÃO PAULO MINAS GERAIS BRASÍLIA Gerente Comercial MÍDIA BRASIL COMUNICAÇÃO LTDA. RP Assessoria e Consultoria Empresarial WALDEMAR GOCKOS FILHO Rua Tenente Brito Melo, 1223/604 - Barro Preto SCN – Qd.01 - Bloco"F"- Ed. America Office [email protected] Belo Horizonte -MG - CEP: 30180-070 Tower - Sala 711 - Asa Norte - Brasília/DF (11) 5051-5115 [email protected] (31) 3048 -2310 CEP: 70711-905 - [email protected] (61) 3037-1280/1282 D.A PRESS MULTIMÍDIA Diretor Administrativo e Financeiro NELSON GIMENEZ CORRÊA [email protected] Departamento de Cobrança (21) 2223-8516 2223-8509 Fax. 2223-8599 [email protected] Circulação 2223-8570 2223-8545 [email protected] Departamento de Compras [email protected] (21) 2223-8500, ramal 9582 ATENDIMENTO PARA VENDA E PESQUISA DE IMAGENS Endereço: SIG Quadra 2, nº 340, bloco I, Cobertura – 70610-901 - Brasília – DF, de segunda a sexta, das 13 às 17h E-mail, fax ou telefone: (61) 3214.1575/1582 | 3214.1583 [email protected], de segunda a sexta, das 13 às 21h / sábados e feriados, das 12 às 18h A- 16 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 Marcia Só nos esquecemos do tempo quando o utilizamos. Charles Baudelaire PELTIER www.marciapeltier.com.br www.facebook.com/mp.marciapeltier CRISTINA GRANATO/DIVULGAÇÃO COM MARCIA BAHIA , CRISTIANE RODRIGUES E MARCIA ARBACHE Polo natural Vai dobrar de tamanho a segunda edição do Circuito Moda Carioca, de 4 a 6 de outubro, em São Cristóvão. Concentrado no Museu Conde de Linhares, uma construção de 1932 que guarda acervo da história militar do país, o evento terá a participação de 50 Jaques marcas instaladas no Morelenbaum, a bairro. Elas venderão maestrina Marin peças 70% mais Alsop, que regeu a baratas. Ali também Orquestra Sinfônica acontecerão palestras e do Estado de São workshops Paulo na Cidade comandados por das Artes, Arthur especialistas e será Nestrovski e Paula montado um circuito Morelenbaum nos gastronômico. Outra bastidores do novidade é o espaço de concerto, na Barra entretenimento para crianças e shows de MPB. A expectativa é reunir até 15 mil pessoas e movimentar R$ 1,5 milhão em negócios. Noite animada MARCELO DE MATTOS/DIVULGAÇÃO Jade Barbosa com os irmãos Diego e Daniele Hypólito em jantar oferecido por André Ramos e Bruno Chateaubriand a atletas brasileiros, na Gávea Ruth Niskier, a acadêmica Cleonice Berardinelli, que fez palestra no Centro Cultural Aloysio Maria Teixeira, e Adriana Calcanhoto Será no Copacabana Palace a super festa de casamento do jogador de basquete da NBA Anderson Varejão com Marcelle Bueri, dia 7 de setembro, com show do cantor Naldo. O ala-pivô do Cleveland Cavaliers e a noiva escolheram a igreja de São Francisco de Paula para a cerimônia religiosa. Vários meios O casal tem três listas de presentes na internet: a dos amigos brasileiros está na Amazon e na loja de departamentos americana Crate and Barrel, a dos convidados americanos está na Williams Sonoma e, para aqueles que estão na Europa, a Crate and Barrel, novamente. O atleta também está aceitando cotas de dinheiro como presente para sua lua de mel. Bertha Mendes de Souza e Tereza Bulhões em tarde de bate-papo, em Copacabana Carol Camarão marca presença em coquetel fashion, na Barra VERÔNICA PONTES/DIVULGAÇÃO RODRIGO ZORZI/DIVULGAÇÃO A linha de cosméticos do grupo francês L'Occitane inspirada no Brasil tem feito tanto sucesso mundo afora que a companhia acaba de lançar novos produtos. Desta vez, o ingrediente principal é a vitória-régia. A parceria feita com a cooperativa Ceapac, de Santarém, no Pará, inclui a fabricação de duas fragrâncias, uma para o dia e outra para a noite. Esforço atlético O empresário Bruno Chateaubriand foi quem costurou o contrato dos atletas da Seleção Brasileira de ginástica – Diego Hypólito, Daniele Hypólito, Jade Barbosa, Petrix Barbosa, Caio Campos e Sergio Sasaki – para estrelarem campanha publicitária para Furnas. O treinador Renato Araújo também foi incluído no grupo. O jantar de sextafeira na casa de Bruno e André Ramos foi para comemorar a conquista e o bom resultado em medalhas dos meninos no primeiro semestre. Sem conta RODRIGO ZORZI/DIVULGAÇÃO A Acesso, que começou a operar no mercado de cartões pré-pagos há oito meses, computou mais de 90 mil solicitações de emissões do produto até 1º de agosto em todo o país. No Estado do Rio soma 22 mil clientes. Quer chegar até 300 mil cartões em 2013, de olho no chamado público desbancarizado. Adriana Trussardi no encontro que reuniu fãs da moda, da arte e da fotografia, no shopping Cidade Jardim, em São Paulo A estilista Vanessa Montoro foi recebida pela anfitriã Claudia Ribeiro em almoço para mulheres no restaurante Rive Gauche, em São Paulo L I V R E A psicanalista Malvine Zalcberg fala hoje, a partir das 19h, sobre Os novos papéis da mulher em palestra no Espaço Casa do CasaShopping. O evento, com inscrições gratuitas e limitadas, é uma parceria com a Casa do Saber. A Missa de Sétimo Dia do empresário Marcos de Almeida Falcão, dono do salão Crystal Hair, será hoje, às 20h, na Igreja Nossa Senhora da Conceição, na Gávea. Fátima Vasconcellos, chefe do setor de psiquiatria O designer Domingos Tótora vai deixar a bucólica cidade mineira de Maria da Fé, de onde só sai quando é extremamente necessário, para lançar no Rio, na Argumento do Leblon, dia 10 de setembro, livro sobre sua obra, da Papel e Tinta. Tótora foi um dos artistas selecionados pela mostra sobre design brasileiro realizada em Berlim, em 2012, ao lado de nomes como Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Zanine Caldas e Joaquim Tenreiro. Sua matéria-prima é papelão com aglutinantes, que fica com aparência de madeira. Dentre vários prêmios, sua Mesa Água detém o da Bienal Iberoamericana de Design e o Brazil Design Awards de 2009. ARMANDO ARAÚJO/DIVULGAÇÃO ARMANDO ARAÚJO/DIVULGAÇÃO ‘Au Brésil’ Matéria consistente da Santa Casa da Misericórdia do Rio, faz,quintafeira, a palestra A Ditadura da balança: quando tudo o que eu gosto engorda, na Clínica Espaço Clif, em Botafogo. A CI, Central de Intercâmbio, faz palestras, hoje, para jovens entre 13 e 17 anos. A procura por cursos no exterior tem crescido uma média de 20% ao ano. A Editora Cobogó lança, amanhã, o livro Gesto – Práticas e Discursos, organizado pela Direção perigosa A motorista da caminhonete ASA 5255 causou um verdadeiro rebuliço no trânsito do Leblon, no último domingo. Com a luz interna acesa para facilitar a leitura de uma revista, o carro cortava outros veículos que trafegavam na Avenida Visconde de Albuquerque em direção ao Jockey Clube. ‘Offline’ A maioria dos hotéis brasileiros (90%) que não pertencem a uma rede, carecem de serviços básicos aos turistas, principalmente os estrangeiros. A pesquisa da consultoria Nyala Hotel Marketing indica que os ''independentes'' não dispõem de reservas online, suporte multi-língua e site com formatação para smartphones. A empresa visitou mais de 500 websites em seis capitais: São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Natal e Fortaleza. A C E S S O coreógrafa Dani Lima, às 19h, na livraria Blooks, em Botafogo. O Bergut Vinhos e Bistrô promove, amanhã, jantar com menu especial harmonizado pelo sommelier Homero Sodré com vinhos franceses. Pelo décimo ano seguido a Amil, com a cota ouro, e a White Martins, com a cota prata, serão as patrocinadoras do Hospital Business, principal congresso médico-hospitalar do Rio nos dias 23 e 24 de outubro, no Hotel Windsor Atlântica, em Copacabana. A novidade para este ano é o patrocínio bronze da empresa especializada em e-commerce hospitalar Bionexo. Estão abertas as inscrições para o programa Caminho Melhor Jovem, no Centro de Referência da Juventude de Manguinhos. O programa é uma iniciativa do Governo do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com o BID, que visa inclusão social e oferta de oportunidades para jovens de 15 a 29 anos moradores de áreas com UPPs. Economia devagar estimula aperto de cinto Além do IMC Inflação perto do teto da meta e o dólar em alta estão afetando o planejamento de muitas empresas. Melhoria de processos deve ser foco para quem quer arrumar a casa. “Há apenas três grupos que se mantém sem riscos: empresas isoladas da concorrência internacional, setores com preços protegidos ou quem investem em inovação”, diz Joseph Lassiter (foto). B-10 Pesquisadores americanos sugerem, em artigo na Science, que os riscos da obesidade não sejam considerados apenas pelo resultado do índice de massa corporal. Indicadores como a quantidade de massa muscular e a circunferência da cintura devem fazer parte da análise. B-9 Seudinheiro Editora // Katia Luane Terça-feira, 27 de agosto de 2013 • Jornal do Commercio • B-1 AÇÕES Dia de embolsar os lucros Investidores vendem Petrobras após avanço de mais de 13% no mês e reduzem posição em papéis de construtoras à espera de alta da Selic e de indicadores como os PIBs dos EUA e do Brasil no segundo semestre, a serem divulgados nesta semana DA REDAÇÃO D epois de oscilar perto da estabilidade durante a maior parte do pregão, o principal índice da Bovespa fechou a sessão de ontem em queda, pressionado, sobretudo, pelos papéis da Petrobras e de construtoras. Em sessão de pouca liquidez, investidores preferiram embolsar lucros enquanto aguardavam a divulgação de dados econômicos importantes nos próximos dias. O Ibovespa terminou o dia na mínima do dia, em baixa de 1,47%, aos 51.429,48 pontos, depois de, na máxima, ter registrado 52.398 pontos (+0,39%). No mês, o índice agora acumula ganho de 6,62% enquanto, no ano, a queda acumulada é de 15,62%. O giro financeiro foi o segundo menor do mês, ao totalizar R$ 5,211 bilhões. Das 71 ações que compõem o índice, apenas cinco avançaram. Analistas chamam a atenção para o movimento visto até aqui neste mês, em descompasso com a performance das ações no restante do ano. Até a última sexta-feira, o índice acumulava valorização de 8,2% em agosto. Sem catalisadores para as ações continuarem subindo, alguns investidores aproveitaram o pregão de agenda fraca para garantir lucros e firmar uma posição mais cautelosa, À espera das sinalizações dor próximos dias. Além no novo patamar para os juros básicos no Brasil, que deve ser divulgado na quartafeira, durante o restante da semana, a atenção do mercado estará focada na divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre, na quinta-feira, cujo resultado pode influenciar decisões do Federal Reserve sobre política monetária. O resultado do PIB brasileiro no mesmo período deve ser conhecido na sexta-feira. "Tivemos um processo de alta bastante relevante em agosto, o que inspira cuidados por parte de investidores", afirmou o economista André Perfeito, da Gradual Investimentos. Fôlego vai até 53 mil A variação discreta exibida pelo Ibovespa refletia pregões também pouco movimentados nos mercados internacionais. A aceleração da queda aconteceu nas duas horas finais da sessão, quando as bolsas americanas inverteram a leve alta com que vinham trabalhando após uma declaração do secretário de Es- BOLSAS PELO MUNDO DA REDAÇÃO Síria derruba Wall Street As bolsas de valores de Nova York fecharam em queda ontem, migrando para o terreno negativo nos últimos minutos da sessão após terem passado todo o dia no azul. Os índices haviam recebido impulso do alívio das preocupações com a diminuição de estímulos do Federal Reserve após um dado pior que o esperado dos Estados Unidos, mas reverteram a direção após o discurso do Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, indicar que o país se prepara para atacar a Síria. O índice Dow Jones caiu 0,43%, aos 14.946,46 pontos. O S&P 500 recuou 0,4%, para 1.656,78 pontos. Já o Nasdaq perdeu 0,01%, aos 3.657,57 pontos. EUA Índice futuro Estrangeiro aumenta aposta em alta do índice » OLÍVIA BULLA DA AGENCIA ESTADO Os investidores estrangeiros ampliaram a posição comprada em índice Bovespa, no mercado futuro. Dados atualizados pela BM&F Bovespa até a última sexta-feira mostram que os estrangeiros estão apostando 15.633 contratos em aberto na alta do derivativo, resultado de 143.930 contratos na compra e 128.297 contratos na venda. tado norte-americano, John Kerry, dizendo que todos os países devem se unir para esclarecer as responsabilidades pelo uso de armas químicas na Síria. ‘‘O mercado não estava bom. A virada para baixo lá fora era o que faltava para os investidores realizarem um pouco mais”, diz Márcio Cardoso, sócio diretor da Easynvest Título Corretora, para quem a Bovespa agora não tem mais impulso para manter o rumo das altas. “A bolsa está trabalhando acima de 50 mil pontos, mas não tem muito mais fôlego para ir acima de 53 mil. Vai ficar nesse patamar até o próximo vencimento de Ibovespa ou até que haja novidades relevantes. Tudo o que está saindo já está embutido no preço”. Petrobras As ações haviam recebido impulso mais cedo da queda bem maior que a esperada nas encomendas de bens duráveis nos EUA em julho, o que ajudou a aliviar a preocupação dos mercados com a diminuição dos estímulos do Fed, prevista por muitos economistas para setembro. As encomendas de bens duráveis norte-americanas surpreenderam negativamente no Em valores, essa estratégia representa R$ 809,32 milhões, considerando-se a pontuação de fechamento do contrato de Ibovespa futuro referente ao mês de outubro, aos 51.770 pontos, na mesma data. Um dia antes, na quinta-feira passada, 22, os não residentes estavam comprados em Ibovespa futuro com 10.543 contratos em aberto, o que representa um aumento líquido de pouco mais de 5 mil contratos nessa estratégia, no período. mês passado, com uma forte queda de 7,3% ante junho, bem maior que o recuo de 4% previsto por analistas. A ação preferencial da Petrobras exerceu a principal pressão de baixa no Ibovespa, após ter acumulado valorização de 13,9% em agosto até sexta-feira, em meio à expectativa de um reajuste nos preços de combustíveis. O papel ordinário da petroleira caiu 2,06% (R$ 17,14) e a ação PN, 1,94% (R$ 18,19).Ontem, uma autoridade com conhecimento da discussão, que pediu anonimato, disse à agência Bloomberg que o tamanho do reajuste da gasolina vai depender de como o câmbio e a inflação vão se comportar nos próximos 2 meses. O mercado viu na informação a possibilidade de que o ajuste venha abaixo do que seria necessário para cobrir a defasagem do preço dos combustíveis praticado pela companhia em relação aos preços internacionais. OGX anulou o ganho no fim do pregão. Chegou a subir 6,2%, mas fechou estável, a R$ 0,81. Vale, que vinha em valorização até o meio da tarde, com sinais de um cenário mais estabilizado na China, virou no final, com a ação preferencial fechando em queda de 0,25%, a R$ 32,20. Construtoras e Oi As construtoras Rossi Residencial e Gafisa foram outros destaques de queda, refletindo o aumento das expectativas, explicitadas na pesquisa Focus, de um aumento de 0,5 ponto percentual na Selic, o que encarece os financiamentos e dificulta a vida das companhias do setor. A primeira recuou 6,33%, descendo a R$ 2,81, e a segunda, 6,13% (R$ 2,91). Também pesaram sobre o índice as ações da operadora Oi (6,15%, a R$ 4,12). Segundo o operador de renda variável Luiz Roberto Monteiro, da Renascença Corretora, os papéis foram afetados por notícias publicadas na imprensa afirmando que um deputado do PT teria oferecido "honorários" para que um conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) agisse a favor da empresa, principalmente sobre às multas aplicadas pelo órgão regulador. Em nota, a Oi afirmou que "desautoriza qualquer pessoa que tente atuar indevidamente em seu nome em atos que estejam em desacordo com a lei". (Com agências) Bats e Direct Edge: bolsas mais fortes » JULIANA SCHINCARIOL DA AGÊNCIA REUTERS A Direct Edge acredita que poderá ser um participante de mercado mais fortalecido no Brasil após a fusão com a Bats Global Markets, anunciada ontem. "A fusão traz uma oportunidade ainda mais atraente para nós", disse o diretor de estratégia da Direct Edge, Anthony Barchetto. O executivo reiterou sua expectativa de começar a operar no Brasil em 2015, com os serviços da câmara de compensação compartilhados pela BM&FBovespa no final do ano que vem. "Operar no Brasil é algo que todo os dois estavam interessados. Seremos um competidor mais forte, teremos um número maior de empresas operando na América do Norte, na Europa", disse o executivo, acrescentando que, desta forma, as oportunidades também serão maiores no País. A Bats Global Markets e a Direct Edge Holdings anunciaram a fusão ontem, em um negócio que poderá criar a segunda maior bolsa de valores dos EUA, após a Nyse Euronext. Os termos financeiros da transa- ção não foram divulgados. A expectativa é de que o fechamento da operação ocorra no primeiro semestre de 2014, de acordo com o ritmo das aprovações regulamentares. Segundo o executivo, a Direct Edge entregou há duas semanas os comentários para a audiência pública aberta pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre o cenário de concorrência entre bolsas no Brasil e está "satisfeita com o progresso". "Para que a transição para um mercado de estrutura competitiva seja realizada de forma ideal, as mudanças devem ser implementadas de maneira suave, com a devida supervisão e proteção aos investidores, de modo que se estabeleça um mercado mais eficiente para todos os participantes", disse a Direct Edge nos comentários enviados à autarquia. Para a Direct Edge, os três principais temas abordados na consulta – melhor execução no interesse dos clientes, consolidação dos dados de pré e pós-negociação e autorregulação– devem ser repensados e ajustados para um cenário de mercado mais competitivo. As bolsas europeias fecharam majoritariamente em baixa ontem, influenciada pelo que ameaça se tornar uma nova crise política na Itália, mas com perdas menores diante do desempenho positivo das ações em Wall Street. Diante da ameaça de ruptura na coalizão governista da Itália, o índice FTSE Mib, que reúne as ações mais negociadas em Milão, fechou em baixa de 2,1%. Outros mercados europeus tiveram perdas mais moderadas. Em Madri, o índice IBEX 35 recuou 0,42%. Em Paris, o índice CAC 40 terminou a sessão com ligeira perda de 0,06%. Já em Frankfurt, o DAX teve alta de 0,22%. Em Londres, foi feriado. EUROPA Os mercados de ações asiáticos fecharam em alta ontem, com indicadores dos Estados Unidos. O índice Xangai Composto saltou 1,9%, visto que o mercado continuou a ser impulsionado pela aprovação de uma zona de livre comércio em Xangai. O Shenzhen Composto fechou em alta de 1,9%. Em Tóquio,o Nikkei perdeu 0,2%, após alta de 2,2% na sexta-feira. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,7%. O Kospi, da Coreia do Sul, fechou em alta de 1% e o australiano S&P/ASX 200 subiu 0,2%. ÁSIA Mercados Editora // Katia Luane B-2 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 CÂMBIO JUROS FUTUROS Dólar volta a subir, mas tendência ainda é incerta DIs sobem com aposta em alta de 0,5 ponto na Selic Para analistas, alta de 1,28% de ontem pode ter sido apenas uma correção depois das vendas maciças de sexta-feira. BC serguirá provendo liquidez com leilão de swap hoje DA REDAÇÃO D epois do forte recuo do pregão anterior, na sexta-feira, o dólar à vista no mercado de balcão fechou em alta ante o real na sessão de ontem. Números divulgados nos Estados Unidos e a oscilação da moeda norte-americana ante outras divisas de países ligados a commodities contribuíram para a valorização. Após superar R$ 2,39 no início da tarde, o dólar encerrou o dia aos R$ 2,3831 para compra e R$ 2,3837 para venda, em alta de 1,28%. Em agosto, acumula ganho de 4,83% e, no ano, de 16,77%. "Após a queda de mais de 3% na última sexta-feira, é natural que haja uma realização de lucros no mercado de câmbio", comentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora. "Mas não dá para saber se a moeda vai, daqui para frente, retomar a trajetória de alta", acrescentou. A dúvida existe justamente porque na semana passada o Banco Central anunciou leilões diários, até o fim do ano. Mais cedo, o dólar chegou a cair, mas o movimento foi limitado. Na mínima, atingiu R$ 2,3510 (-0,21%) e, na máxima, R$ 2,3950 (+1,66%). Perto das 16h30, a clearing da BM&FBovespa registrava giro fraco de US$ 1,008 bilhão. No mercado futuro, o dólar para setembro subia 1,72%, para R$ 2,394. "No exterior, o dólar estava um pouco desvalorizado e, à tarde, estava um pouco valorizado ante algumas divisas. Isso também ajuda", acrescentou João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti . "Do jeito que o mercado está, o movimento é esse mesmo: alguém realiza lucro no real aqui, outro aproveita para comprar acolá", afirmou o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca, para quem o dólar não deve fugir da faixa de R$ 2,35 a R$ 2,40 no curto prazo. O BC vendeu sua oferta total de contratos de swap cambial tradicional – equivalente a venda de dólares no mercado futu- ro – com vencimento para 2 de dezembro. O volume foi equivalente a US$ 497,9 milhões. A operação faz parte do plano do BC anunciado na quinta-feira à noite, depois de o dólar chegar a R$ 2,45, de intervenções diárias no mercado de câmbio até o final do ano, por meio de leilões de swap cambial tradicional e de leilões de linha, com venda de dólares com compromisso de recompra. O programa tem o objetivo, de acordo com a autoridade monetária, é "prover hedge cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado". "Até o câmbio achar um ponto de equilíbrio, vai ser difícil traçar qualquer tipo de projeção para o dólar", afirmou o operador da Intercam Glauber Romano, para quem esse ponto deve estar entre R$ 2,30 e R$ 2,38. Já na sexta-feira, comparado com o dia anterior, os investidores estrangeiros reduziram em 22,5% sua posição líquida comprada em dólar no mercado futuro, para 97.421 mil con- tratos, equivalente a US$ 4,87 bilhões. "O mercado está se sentindo confortável", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. "O BC está garantindo liquidez e, além disso, está dizendo que, eventualmente, se for preciso, vai entrar com outros leilões para suprir as necessidade do mercado", explicou. O programa terá prosseguimento hoje, quando o BC ofertará 10 mil contratos de swap cambial tradicional com vencimento em 2 de dezembro deste ano. O leilão ocorrerá entre as 9h30 e as 9h40. O dólar turismo foi negociado a R$ 2,28 para compra e R$ 2,50 para venda. O euro fechou a R$ 3,185 para compra e R$ 3,186 (alta de 1,4%) para venda. No fim da tarde de ontem, em Nova York, o euro estava cotado a US$ 1,3370, de US$ 1,3381 na sexta-feira; o iene estava a a 98,50 por dólar, de 98,73 por dólar na sexta-feira. Frente à moeda japonesa, o euro estava cotado a 131,71 ienes, de 132,04 ienes. COMMODITIES Petróleo cai após dado fraco dos EUA DA AGÊNCIA ESTADO Os contratos futuros de petróleo negociados na bolsa mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês) fecharam em queda ontem, a primeira em três sessões. A queda maior que a esperada nas encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos prejudicou a perspectiva de demanda pela commodity e a retomada das exportações de petróleo em um terminal da Líbia aliviou preocupações com a oferta. O contrato de petróleo mais negociado, com entrega para outubro, caiu 0,47% e fechou a US$ 105,92 o barril. Na plataforma eletrônica ICE, o barril de petróleo do tipo Brent recuou 0,3%, terminando a sessão a US$ 110,73. O volume de negociação, porém, foi bastante baixo devido a um feriado bancário no Reino Unido. As encomendas de bens duráveis norte-americanas surpreenderam negativamente no mês passado. Além disso, a Líbia voltou a exportar petróleo a partir do porto de Marsa al Brega, segundo informações do vice-ministro do Petróleo, Omar Shakmak. Protestos ha- viam fechado esse e outros terminais no país desde o fim de julho. O porto de Marsa al Brega tem capacidade para exportar cerca de 90 mil barris de petróleo por dia. Enquanto isso, os participantes do mercado seguem atentos à Síria, especialmente depois que o governo dos EUA indicou que está pronto para uma possível ação militar. DA REDAÇÃO O dólar voltou a ditar o ritmo das taxas futuras de juros ontem. Diante da valorização da moeda dos Estados Unidos sobre o real, os juros também subiram, sem alterar, no entanto, as apostas para o encontro desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom), que seguem majoritariamente em um aumento de 0,50 ponto percentual da Selic. A percepção geral é que, após o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, ter falado em "excesso de prêmios" na curva de juros, não há espaço para uma decisão diferente da precificada pelo mercado. A taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 mar- cou 9,22%, de 9,16% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 indicou taxa de 10,34%, de 10,24% na sexta-feira. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 apontou 11,52%, ante 11,44%. O DI para janeiro de 2021foi a 11,81%, de 11,76% no ajuste anterior. A pesquisa Focus divulgada na manhã de ontem pelo BC embute projeção de alta de 0,50 ponto percentual da Selic nesta semana, em linha com a unanimidade dos analistas. No exterior, o resultado das encomendas de bens duráveis nos EUA em julho ajudou na queda dos juros dos títulos da dívida do Tesouro norte-americano, os chamados Treasuries, o que também impediu um avanço mais consistente das taxas domésticas. REGULAÇÃO CVM avalia o uso do Facebook por companhias » MARIANA DURÃO DA AGÊNCIA ESTADO No edital de audiência publicado ontem para flexibilizar o regime de divulgação de fatos relevantes, a CVM avisa que está debatendo internamente como lidar com o uso de redes sociais por companhias e executivos. O documento destaca que "a utilização de mídias sociais pelas companhias abertas pode constituir importante contribuição para um mercado mais transparente, mas também levanta novas preocupações e discussões específicas acerca da utilização desses veículos, sendo atualmente objeto de estudo paralelo". O debate traz reflexões como, por exemplo, o limite de condensar informações para publicação dentro dos 140 ca- racteres do Twitter. "É um exercício difícil porque é um assunto novo no mundo todo", diz o chefe de gabinete da presidência da CVM, Gustavo Gonzalez. "O tema parece mais uma matéria de orientação do que criação de uma regra específica", completa. O regulador pode optar por emitir um parecer de orientação ao mercado em vez de editar uma norma sobre o tema. Gonzalez afirma que hoje vale o que está na Instrução 358/02, ou seja, é proibido divulgar uma informação relevante nessas redes sem antes, ou simultaneamente, utilizar os canais obrigatórios (sistema IPE e jornais). A norma, entretanto, se restringe a fatos relevantes e muitas vezes os executivos usam seus perfis para postar comentários genéricos. Prazo de audiência sobre regras de custódia prorrogado A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) prorrogou até 10 de setembro o prazo para o envio de sugestões e comentários relativos às minutas de instrução propondo regras sobre depósito centralizado, custódia e escrituração de valores mobiliários, atualmente em audiência pública. Inicialmente o prazo se encerraria ontem. O objetivo da CVM é modernizar a Instrução 89, editada em 1988, adequando a regulação às alterações do mercado de capitais brasileiro nos últimos 25 anos, e dar mais segurança às negociações no mercado secundário. A proposta é estender a to- dos os ativos mobiliários a exigência de custódia em central depositária, hoje restrita às ações. Com isso a CVM espera a diluição de riscos diante do surgimento de novos produtos financeiros. A mudança poderá incluir, por exemplo, cotas de fundos de investimento e debêntures. Na proposta aberta ao mercado, a CVM aponta que o registro do título é insuficiente para permitir o desenvolvimento seguro e a maior liquidez do mercado de capitais. Isso seria garantido pelo depósito nas centrais depositárias que "imobilizam" o ativo e passam a deter sua titularidade fiduciária. (M.D.) www.jornaldocommercio.com.br ASSINATURA EXECUTIVA (2ª A 6ª) Pagamento Semestral Anual Pagamento Semestral Anual À Vista R$ 222,00 R$ 444,00 7 Vezes R$ 63,43 2 Vezes R$ 111,00 R$ 222,00 8 Vezes R$ 55,50 3 Vezes R$ 74,00 R$ 148,00 9 Vezes R$ 49,33 4 Vezes R$ 55,50 R$ 111,00 10 Vezes R$ 44,40 5 Vezes R$ 44,40 R$ 88,80 11 Vezes R$ 40,36 6 Vezes R$ 74,00 ASSINATURA IMPRESSA Pagamento Mensal À Vista R$ 38,00 P R E Ç O D O E X E M P L A R E M BA N C A : R $ 2 , 0 0 ( R J, S P e D F ) CENTRAL DE ATENDIMENTO E VENDAS: 0800-0224080 Empresas Editora // Martha Imenes Terça-feira, 27 de agosto de 2013 • Jornal do Commercio • B-3 FINANCIAMENTO PRIVADO Embraer pode receber ajuda Governo permitirá que o FGE ofereça um certificado com cláusula incondicional aos bancos privados que entrarem na operação. Apólice de seguro garante que, em caso de sinistro da operação, a União indenizará a instituição que concedeu esse tipo de crédito DA REDAÇÃO Joint venture O governo facilitará as garantias que a União concede no financiamento das exportações da Embraer para atrair bancos privados para esse tipo de operação. Atualmente, quem financia o crédito para essas operações de longo prazo é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em 2012, a fabricante brasileira de aviões foi a quarta maior exportadora do País. O secretário-adjunto de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Rodrigo Cota, informou que a ideia é dar mais competitividade à fabricante nacional ao equiparar as condições de financiamento com as modalidades usadas por seus competidores. Ele informou que o governo vai permitir que o Fundo de Garantia às Exportações (FGE) ofereça um certificado com cláusula incondicional. Esse tipo de apólice de seguro garante que, em caso de sinistro da operação, a União indenizará o banco que concedeu o crédito em qualquer circunstância. O FGE é o fundo do governo que garante as operações de crédito à exportação, concedida aos importadores, com prazos superiores a dois anos. "Aconteça o que acontecer, se o devedor não pagar, vamos indenizar os bancos", afirmou. Sem esse tipo de certificado, os bancos privados não querem entrar nesse mercado por conta dos riscos envolvidos. Legacy 650, feito na China, é um sucesso »BIANCA MELLO A Harbin Embraer Aircraft Industry (Heai), joint venture entre a Embraer e a Aviation Industry Corporation of China (Avic), anunciou que o primeiro jato executivo Legacy 650 fabricado no país concluiu seu voo inaugural com sucesso. A entrega da primeira aeronave está programada para o final de 2013. “Este voo é um marco importante para a parceria entre a Embraer e a Avic e para a história da aviação executiva chinesa, já que este é primeiro jato executivo da categoria large produzido por uma joint venture no Hoje, segundo o secretário, o certificado que o FGE oferece é com cláusula condicional, ou seja, se houver alguma falha ou erro operacional, o banco corre o risco de não ser indenizado. Cota explicou que esse tipo de modelo de certificado de garantia é usado pelas agências de crédito à exportação dos Estados Unidos, Europa e Canadá, o que beneficia os fabricantes Boeing, Airbus e Bombardier. "Um sinistro numa operação do setor aeronáutico, que é muito grande, tem o poder de deixar abalado o capital do banco", ressaltou. país”, afirmou o presidente da Embraer na China, Guan Dongyuan. Por cerca de 2 horas e 30 minutos, os pilotos e engenheiros de ensaio da Embraer realizaram testes para avaliar as características de desempenho, comandos de voo, comunicação e navegação, entre outros sistemas. O presidente da Heai, Yuri Capi, comemorou a conquista e o sucesso da parceria sino-brasileira. “Esse voo inaugural tem um significado especial para a nossa empresa", pontuou. "Mostra ao mercado que estamos prontos e com plena capacidade para oferecer aos nossos clien- tes jatos executivos de alta qualidade de fabricação local”, completou Capi. Alcance O Legacy 650 tem alcance de 7,223 mil quilômetros (3,9 mil milhas náuticas). A aeronave pode levar até 14 passageiros e, de acordo com a Embraer, possui o mais amplo compartimento de bagagem acessível em voo e o maior toalete de sua classe. Desde fevereiro de 2012, a companhia já recebeu 21 pedidos firmes e mais cinco opções para essa aeronave na China. A Heai foi inaugurada em Para o nível de demanda que existe será muito importante distribuir essa carga, que está hoje concentrada no BNDES, com outros bancos." Rodrigo Cota Secretário-adjunto de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda O Ministério da Fazenda tem pronta uma minuta de certificado que está sob análise da Procuradoria-Geral da Fazen- da Nacional (PGFN). Caso o parecer seja favorável, o certificado poderá ser oferecido em breve, permitindo que bancos janeiro de 2013 com a finalidade de produzir o jato comercial ERJ 145. Porém, em resposta à potencial demanda do mercado de aviação executiva em ascensão na China, a Embraer e a AVIC chegaram a um consenso e decidiram também produzir os jatos executivos Legacy 600/650 na China, utilizando a infraestrutura, os recursos financeiros e a força de trabalho da HEAI. "O empreendimento conjunto é frequentemente citado como “mais um modelo de cooperação SulSul” por líderes chineses e brasileiros", afirmou a Embraer, em comunicado. privados comecem a financiar as exportações. A PGFN avalia que será necessária uma mudança na legislação por meio de projeto de lei ou medida provisória. Inicialmente, o novo certificado será oferecido apenas para as operações da indústria aeronáutica, mas no futuro a ideia é estender para outros financiamentos de exportação de longo prazo, como os serviços de infraestrutura e bens de capital. "Vamos começar só com Embraer. Se o modelo se mostrar bem-sucedido estenderemos para outras operações", disse Cota. Segundo ele, o governo tem que priorizar a Embraer para colocar o Brasil no mesmo patamar de seus concorrentes, cujos governos dão esse tipo de garantia. Paralelamente, a medida desafoga o BNDES. "Para o nível de demanda que existe será muito importante distribuir essa carga, que está hoje concentrada no BNDES, com outros bancos", ponderou. De acordo com o executivo, a Embraer precisará de cerca de US$ 6 bilhões em financiamento para as suas exportações até 2017. O secretário disse que o FGE tem como dar essas garantias. O fundo tem hoje cerca de R$ 17 bilhões. Segurobrás As operações de seguro para a exportação de aeronaves serão as primeiras a migrar para o FGCE, fundo privado voltado para as operações de comércio exterior que será gerenciado pela ABGF, a nova estatal do setor de seguros apelidada de Segurobrás. "Quando o FGCE estiver capitalizado, as operações do FGE vão paulatinamente migrar para o FGCE. As primeiras serão as de exportações de aeronaves", disse Cota. Num primeiro momento, a ABGF vai assessorar a concessão de crédito à exportação lastreado pelo FGE. O secretário explicou que, como o FGCE é um fundo privado, não precisará de mudanças na legislação para oferecer o novo certificado de garantia. Hoje, deve ocorrer a assembleia de constituição da ABGF. » Indicadores econômicos // 26 de agosto de 2013 Juros O MERCADO Queda de Queda de 1,47% 0,43% Dólar comercial Principais ações VALE PNA VALE ON PETROBRAS PN PETROBRAS ON USIMINAS PNA ITAÚ UNIBANCO PN GERDAU PN CIA SIDERÚRGICA NACIONAL ON BRADESCO PN BM&F BOVESPA ON -0,25% -0,61% -1,94% -2,06% Estável -1,7% -0,17% -0,68% -1,21% -0,58% 2,383 R$ 2,384 R$ Compra Venda Alta de 1,32% Compra Dólar Ptax Maiores altas LLX Logística ON 1,78% Suzano Papel e Celulose PNA +0,9% Cielo ON +0,89% Klabin PN +0,6% Localiza Rent a Car ON +0,5% Obs.: Somente cinco ações fecharam em alta. Dólar Turismo Venda R$ 2,3699 R$ 2,3705 R$ 2,283 R$ 2,503 Euro Compra Dia CDB Dow Jones Ibovespa Venda Comercial R$ 3,185 R$ 3,186 Turismo R$ 3,02 R$ 3,32 30 dias 60 dias 8,68% 8,86% ao ano ao ano HOT MONEY CAPITAL DE GIRO Ao mês: Ao ano: OVER CDI Ao ano: Ao ano: 8,4% 8,22% 1,08% 11,18% Título da Dívida Externa Global 40 117,49% MMX Mineração ON Rossi Residencial ON Oi BR ON Gafisa ON B2W ON Brookfield ON Gol PN Oi BR PN MRV Engenharia ON Eletrobras PNB Reajuste do Aluguel -8,09% -6,33% -6,15% -6,13% -6,07% -4,26% -4,15% -3,56% -3,51% 3,47% Junho/13 Julho/13 IGP-M (FGV) 1,0631 1,0518 IGP-DI (FGV) 1,0628 1,0484 IPCA (IBGE) 1,067 1,0627 INPC (IBGE) 1,0697 1,0638 Base de Cálculo (R$) Até 1.710,78 De 1.710,79 até 2.563,91 De 2.563,92 até 3.418,59 De 3.418,60 até 4.271,59 Acima de 4.271,59 Alíquota (%) 7,5 15 22,5 27,5 TBF R$ 2,4066 Contribuinte individual e facultativos Salário de contribuição R$ % Valor mínimo 678,00* 11 ou 20 Valor máximo De 678,01 a 4.159,00 20 Deduzir (R$) Deduções: R$ 171,97 por dependente; pensão alimentícia integral; contribuição ao INSS. Aposentado com 65 anos ou mais tem direito a uma dedução extra de R$ 1.566,61 no benefício recebido da previdência. Segurados de empregos, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos Salário de contribuições (R$) Alíquotas (%) Até 1.247,70 8% de 1.247,71 até 2.079,50 9% de 2.079,51 até 4.159,00 11% 25/Jul./13 26/Jul. 27/Jul. 28/Jul. 29/Jul. 30/Jul. 31/Jul. 1º/Ago. 2/Ago. 3/Ago. 4/Ago. 5/Ago. 6/Ago. 7/Ago. 8/Ago. 9/Ago. 10/Ago. 11/Ago. 12/Ago. 13/Ago. 14/Ago. 15/Ago. 16/Ago. 17/Ago. 18/Ago. 19/Ago. 20/Ago. 21/Ago. 22/Ago. 23/Ago. Mês INPC IBGE INCC (IGP-DI/FGV) IGP-DI FGV IGP-M FGV IPCA IBGE MAR/12 ABR/12 MAI/12 JUN/12 JUL/12 AGO/12 SET/12 OUT/12 NOV/12 DEZ/12 JAN/13 FEV/13 MAR./13 ABR./13 MAI./13 JUN./13 JUL./13 NO ANO 12 MESES 0,18 0,64 0,55 0,26 0,43 0,45 0,63 0,71 0,54 0,74 0,92 0,52 0,6 0,59 0,35 0,28 -0,13 3,17 6,38 0,51 0,75 1,88 0,73 0,67 0,26 0,22 0,21 0,33 0,16 0,65 0,6 0,5 0,74 2,25 1,15 0,48 6,53 7,8 0,56 1,02 0,91 0,69 1,52 1,29 0,88 -0,31 0,25 0,66 0,31 0,2 0,31 -0,06 0,32 0,76 0,14 1,99 4,84 0,43 0,85 1,02 0,66 1,34 1,43 0,97 0,02 -0,03 0,68 0,34 0,29 0,21 0,15 0 0,75 0,26 2,01 5,18 0,21 0,64 0,36 0,08 0,43 0,41 0,57 0,59 0,6 0,79 0,86 0,6 0,47 0,55 0,37 0,26 0,03 3,18 6,27 Salário Mínimo e UPC Taxa Básica Financeira *Quem optar pela alíquota de 11% só pode se aposentar por idade Isento 128,31 320,60 577,00 790,58 Com aplicação Até 3/5/12 A partir de 4/5/12 25/Ago./13 0,522% 0,5048% 26/Ago. 0,5% 0,4828% 27/Ago. 0,5% 0,4828% 28/Ago. 0,5% 0,4828% 29/Ago. 0,5% 0,4828% 30/Ago. 0,5% 0,4828% 31/Ago. 0,5% 0,4828% 1º/Set. 0,5% 0,4828% 2/Set. 0,5% 0,4828% 3/Set. 0,5% 0,4828% 4/Set. 0,5144% 0,4972% 5/Set. 0,5329% 0,5157% 6/Set. 0,5127% 0,4955% 7/Set. 0,5475% 0,5303% 8/Set. 0,52% 0,5028% 9/Set. 0,5% 0,4828% 10/Set. 0,5% 0,4828% 11/Set. 0,521% 0,5038% 12/Set. 0,5375% 0,5203% 13/Set. 0,5543% 0,5371% 14/Set. 0,5546% 0,5374% 15/Set. 0,5266% 0,5094% 16/Set. 0,5% 0,4828% 17/Set. 0,5% 0,4828% 18/Set. 0,5171% 0,4999% 19/Set. 0,5514% 0,5342% 20/Set. 0,5499% 0,5327% 21/Set. 0,571% 0,5537% 22/Set. 0,5225% 0,5053% 23/Set. 0,5% 0,4828% Alta de 0,02% INSS Imposto de Renda Valores em % Índice Obs.: De acordo com norma do Banco Central, os rendimentos dos dias 29, 30 e 31 correspondem ao dia 1º do mês subsequente. Fonte: Banco Central do Brasil. do valor de face UFIR-RJ/2013 Maiores baixas Inflação Poupança Correção 0,682% 0,6136% 0,6087% 0,6377% 0,6614% 0,7183% 0,6387% 0,648% 0,6358% 0,6341% 0,6644% 0,6929% 0,6627% 0,7076% 0,67% 0,6442% 0,6404% 0,671% 0,6975% 0,7144% 0,7147% 0,6867% 0,6432% 0,6463% 0,6771% 0,7114% 0,71% 0,7411% 0,6725% 0,6322% Taxa Selic Mês Sal./Mínimo UPC Vigência JUL./12 AGO./12 SET./12 OUT./12 NOV./12 DEZ./12 JAN./13 FEV./13 MAR./13 ABR./13 MAI./13 JUN./13 JUL./13 AGO./13 622,00 622,00 622,00 622,00 622,00 622,00 678,00 678,00 678,00 678,00 678,00 678,00 678,00 678,00 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 31/8/11 19/10/11 30/11/11 18/1/12 7/3/12 18/4/12 31/5/12 11/7/12 29/8/12 10/10/12 29/11/12 17/1/13 6/3/13 18/4/13 30/5/13 11/7/13 Valores em R$ Salário Família Valores 12% 11,5% 11% 10,5% 9,75% 9% 8,5% 8% 7,5% 7,25% 7,25% 7,25% 7,25% 7,5% 8% 8,5% TJLP Salário até R$ 646,55 R$ 33,16 Outubro a dezembro/2012 Janeiro a março/2013 Abril a Junho/2013 Salário de R$ 646,56 a R$ 971,78 R$ 23,36 Julho a setembro/2013 5,5% ao ano 5% ao ano 5% ao ano 5% ao ano B-4 • Empresas • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 • Jornal do Commercio FERTILIZANTES PETROQUÍMICA MBAC inicia operação comercial em Tocantins Dólar valorizado será positivo para a Braskem Companhia canadense, que atua no Brasil, fará sua primeira entrega esta semana, após começar a produzir o superfosfato simples de olho no crescimento do mercado nacional DA AGÊNCIA REUTERS A MBAC Fertilizantes, empresa canadense que atua na exploração e produção de fertilizantes no Brasil, fará sua primeira entrega comercial esta semana, após começar a produção de superfosfato simples (SSP) na mina Itafós, em Tocantins, de olho no potencial crescimento do mercado brasileiro, informou o presidente da companhia, Roberto Busato Belger. "Semana passada começamos a produção nacional de fosfato. Nosso primeiro compromisso de entrega comercial já está fechado", disse. A empresa tem um sistema de produção integrado, concentrando todas as etapas do processo de produção em um mesmo lugar, desde a exploração da mina até o processo de acidulação e granulação do superfosfato simples. "O consumo de fertilizantes no Brasil vive um momento diferente que o da economia nacional, com um consumo que cresce de for- ma sustentada. É uma grande oportunidade de crescimento", afirmou. Atualmente, o Brasil importa cerca de 50% de sua necessidade de fosfato, um dos ingredientes que compõe a fórmula NPK, composta também por nitrogênio e potássio, usados na produção de fertilizantes finais. O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo, atrás de Estados Unidos, Índia e China, e importa cerca de 70% de sua demanda total de fertilizantes. O consumo no País é crescente, seguindo a expansão da produção agrícola, sobretudo na área de grãos, que detêm a maior fatia nas vendas do setor. Estimativas de especialistas e consultorias apontam para um novo recorde no consumo de fertilizantes em 2013, que poderá superar a 30 milhões de toneladas, ante recorde de 29,5 milhões de toneladas no ano anterior. A empresa havia anunciado durante a edição anterior do congresso, em 2012, que estava iniciando a construção da unidade de fosfato do projeto Itafós. "Somos a única entre as companhias que anunciaram projetos de expansão e produção de fertilizantes no 2º congresso, no ano passado, que está iniciando as operações", disse o executivo. Mina A mina que inicia a produção de SSP tem capacidade de 500 mil toneladas por ano. "No segmento em que atuamos, a produção pode atingir o equivalente a 40% do mercado", disse o executivo. A unidade deverá abastecer a região conhecida como Matopiba, acrônimo formado pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, além do norte de Goiás. Em 2014, a meta da companhia é produzir de 300 mil a 400 mil toneladas do insumo. Além da unidade em Tocantins, a MBAC Fertilizantes, empresa canadense que atua no Brasil desde 2008, está focada em mais duas unidades, em projetos que juntos somam investimentos de quase US$ 1 bilhão. Um deles é o projeto em Santana, no Pará, cidade na divisa com Mato Grosso, principal estado na produção de grãos e no consumo de fertilizantes. "Ali é onde a geologia fez as pazes com o mercado", disse Belger, referindo-se à vantagem de ter uma reserva perto de uma importante área consumidora. O projeto no Pará iniciou a prospecção em 2012 e está na fase final de estudo de viabilidade econômica, para avaliar o potencial da mina de fosfato e as taxas de retorno para os investidores, devendo ser apresentado ao Conselho de Administração da companhia dentro de um mês. O terceiro projeto no qual a empresa está focada fica em Araxá, Minas Gerais, onde foram iniciados os estudos em busca de fosfato e que acabaram detectando também a presença de nióbio e terras raras, material nobre destinado à indústria de alta tecnologia. FARMACÊUTICAS Reforço na luta contra o câncer DA AGÊNCIA REUTERS A farmacêutica AstraZeneca Plc deu mais um passo para reforçar o lançamento de medicamentos para câncer ao adquirir a empresa norte-americana de biotecnologia Amplimmune em valor que pode chegar a US$ 500 milhões. O acordo é o segundo a ser anunciado dentro de um intervalo de 24 horas no segmento de medicamentos contra o câncer, seguindo a compra da Onyx Pharmaceuticals pela Amgen por cerca de US$ 10,4 bilhões. A Amplimmune é especializada no desenvolvimento de tratamentos destinados a ajudar o sistema imunológico a combater o câncer. Com a compra da companhia, a AstraZeneca ganhará acesso a uma série de compostos em fase de desenvolvimento pré-clínico. Apesar de a investida não im- plicar na produção de medicamentos comercialmente viáveis por vários anos, ela se encaixa na estratégia da farmacêutica britânica de desenvolver capacidades próprias em oncologia, identificada como área-chave pelo presidente-executivo da empresa, Pascal Soriot. A MedImmune, unidade de biotecnologia da AstraZeneca, vai adquirir 100% das ações da Amplimmune por um valor inicial de US$ 225 milhões, com o pagamento de outros US$ 275 milhões condicionado ao alcance de metas predeterminadas. Amgen A Amgen fechou um acordo para comprar o laboratório de medicamentos para câncer Onyx Pharmaceuticals por cerca de US$ 10,4 bilhões, numa investida para melhorar sua linha de produtos diante da queda na venda de drogas contra anemia, seus principais produtos. A aquisição representa o quinto maior negócio de biotecnologia da história e dá à Amgen plenos direitos sobre a Kyprolis, nova droga para mieloma múltiplo que analistas esperam alcançar vendas anuais superiores a US$ 2 bilhões. A maior empresa de biotecnologia do mundo também vai ganhar um fluxo de receita a partir do Nexavar, remédio para câncer de fígado que a Onyx divide com a Bayer AG, bem como pagamentos de royalties sobre o novo medicamento da Bayer para câncer de cólon, o Stivarga. A empresa também obterá potenciais futuros royalties sobre uma droga experimental contra o câncer de mama que está sendo desenvolvida pela Pfizer. A Amgen tem enfrentado uma pressão crescente para re- forçar sua linha de desenvolvimento de novos medicamentos, com questões de segurança reduzindo a venda das drogas contra anemia Aranesp e Epogen, carros-chefes da empresa. Além disso, as patentes de quatro de seus cinco medicamentos mais vendidos começam a expirar a partir de 2015. Medicamentos contra o câncer entraram com tudo no radar das farmacêuticas porque os produtos atuais têm eficácia limitada e as empresas podem cobrar preços elevados para novos tratamentos biotecnológicos. A Amgen anunciou que vai pagar US$ 125 por ação da Onyx, um aumento de 4,2% em relação à proposta de US$ 120 por papel feita em junho. As empresas esperam que a transação seja concluída no início do quarto trimestre, com impacto no lucro líquido ajustado da Amgen em 2015. DA REDAÇÃO O presidente da Braskem, Carlos Fadigas, disse ontem que a desvalorização do real frente ao dólar será positiva para a companhia no médio e longo prazos. "A subida do câmbio não é distorção, mas, sim, um retorno à normalidade”, salientou. “Anormal era o real apreciado", acrescentou. Fadigas acrescentou que o movimento de desvalorização do real poderá trazer uma maior competitividade para a indústria do Brasil. Ele lembrou que a indústria do País convivia com um real "muito valorizado", com o piso chegando a R$ 1,55. "A balança comercial de manufaturados tem sofrido há muito tempo, e a indústria foi perdendo AUDITORIA BDO Rio cresce 30% no primeiro semestre DA REDAÇÃO O escritório do Rio de Janeiro da BDO, quinta maior empresa de auditoria no Brasil, fechou o primeiro semestre deste ano com aumento de 30% no seu faturamento, em relação a igual período de 2012. O crescimento foi impulsionado, principalmente, pela área de auditoria. De acordo com o sócio-diretor da filial do Rio, João Areosa, desde que a Lei nº 11.638 entrou em vigor, em 2008, o escritório vem percebendo uma preocupação maior das empresas em formalizarem seus balanços. Esta lei determinou que todo grupo econômico com faturamento bruto anual acima de R$ 300 milhões e ativos totais superiores a R$ 240 mi- GOLDMAN SACHS REDUZ FATIA NA GAFISA O banco de investimento Goldman Sachs reduziu sua fatia na Gafisa de 5,2% para 3,2%, deixando de ter participação acionária relevante na companhia, informou a construtora e incorporadora em comunicado ao mercado nesta segundafeira. O Goldman Sachs International vendeu 12,474326 milhões de ações ordinárias e ficou com 14,055106 milhões. De acordo com o artigo 12 da Instrução nº 358 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com menos de 5%, o acionista deixa de ter participação acionária relevante no capital social da companhia e não é mais obrigado a informar alienações ou compras de ações, a menos que volte a ter novamente mais de 5% de participação. DRI: Erik da Costa Breyer Distribuição de dividendo Enviou o seguinte Aviso aos Acionistas: “Comunicamos aos senhores acionistas que o Conselho de Administração da Afluente Geração de Energia Elétrica S.A., em reunião realizada em 22 de agosto de 2013, aprovou a declaração dividendos intermediários, referente ao primeiro semestre de 2013, no montante de R$ 1.716.563,26 (Um milhão, setecentos e dezesseis mil, quinhentos e sessenta e três reais e vinte e seis centavos), correspondente a R$ 0,0884330259 por ação ordinária, R$ 0,0884330259 por ação preferencial classe A e R$ 0,0972763285 por ação preferencial classe B. O crédito correspondente será feito de forma individualizada a cada acionista, a partir de 11 de setembro de 2013, sem atualização monetária, com base na posição acionária de 23/08/2013. A partir de 26/08/2013 as ações serão negociadas ex-dividendos. Informações adicionais poderão ser obtidas, na Diretoria Financeira e de Relações com Investidores, situada na Praia do Flamengo nº 78, 10º andar, Flamengo, CEP 22.210-030, Fax (21) 3235-9876, telefone (21) 3235-9824, e-mail ri@neoenergia. com Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2013.” Norma: a partir de 26/08/2013, ações escriturais ex-dividendo. to na Instrução CVM n. 358/2002 e alterações posteriores, comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral que recebeu correspondência enviada pela M&G Investment Management Limited, subsidiária da Prudential Plc (“M&G”) informando que os fundos administrados pela M&G aumentaram sua participação nas ações da Companhia e mantinham em custódia, na data de 20 de agosto de 2013 (“Data Base”), 5.612.370 ações ordinárias representativas do capital social da Companhia, representando, aproximadamente, 5,75% das ações ordinárias emitidas pela Companhia.” Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2013. ou indiretamente por nosso controlador e representativas da totalidade do valor nocional contratado para cada operação. Adicionalmente, nos termos de cada Contrato de Swap, cumpre esclarecer que nosso controlador estará (i) ativo na variação do preço das ações ordinárias de emissão da Companhia (DIRR3), e (ii) passivo na variação de 100% (cem por cento) do CDI, acrescido de uma taxa pré-fixada. Por fim, esclarecemos que referidas operações de derivativo não alterarão o percentual de ações em circulação da Companhia e os resultados serão integralmente liquidados financeiramente. Belo Horizonte, 22 de agosto de 2013. AGCONCESSOES (ANDG-MB) BR PHARMA (BPHA-NM)/ ELETROP AULO ELETRAM (ELT M-MB) DRI: Renato Torres de Faria Distribuição de dividendo Na RCA de 22/08/2013 foi aprovado o pagamento de dividendos intercalares no valor de R$ 180.000.000,00, equivalente a R$ 1,543695732 por ação ordinária e R$ 1,698065305 por ação preferencial, à conta de lucros acumulados apurados no balanço social levantado em 30/06/2013. Estes dividendos terão como base acionária a data de 22 de agosto de 2013 e serão negociados ex-dividendos a partir de 23 de agosto de 2013, sendo pagos em 30/08/2013 o valor de R$ 55.000.000,00, equivalente a R$ 0,471684807 por ação ordinária e R$ 0,518853288 por ação preferencial, e o restante até 31 de outubro de 2013, no valor de R$ 125.000.000,00, equivalente a R$ 1,072010925 por ação ordinária e R$ 1,179212017 por ação preferencial. Norma: a partir de 23/08/2013, ações escriturais ex-dividendo. (ELPL-N2)/ AES TIETE (GETI) DRI: Renato de Vicq Telles da Silva Lobo(BPHA-NM) DRI: Gustavo Duarte Pimenta(ELPL-N2)/ (GETI) Demonstrações Financeiras em Inglês de 30/06/2013 As demonstrações Financeiras em Inglês referentes ao período findo em 30/06/2013 credores encontram-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas/Informações Relevantes. DR.: Rodolfo Aurélio Borges de Campos Cancelamento de Registro A BM&FBOVESPA cancelou em 22/08/2013 o registro dessa empresa, em virtude da CVM ter cancelado o seu registro de companhia incentivada. ALL AMER LAT (ALLL-NM) DRI: Rodrigo Barros de Moura Campos Reapresentação do Material de Apresentação A reapresentação do Material de Apresentação a Investidores encontrase à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa. com.br), em Empresas Listadas/Informações Relevantes. BANCO DO BRASIL (BBAS-NM) DRI: Ivan de Souza Monteiro Relatório de rating O relatório de rating da agência classificadora de risco encontra-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www. bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes. BR INSURANCE (BRIN-NM) DRI: Luis Eduardo Fischman Participação Acionária Enviou o seguinte Comunicado ao Mercado: “A Brasil Insurance Participações e Administração S.A. (“Companhia”), em cumprimento ao dispos- RELEVANTES CSU CARDSYST (CARD-NM) DRI: Ricardo José Ribeiro Leite Demonstrações Financeiras em Inglês de 30/06/2013 As demonstrações Financeiras em Inglês referentes ao período findo em 30/06/2013 encontram-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas/Informações Relevantes. DIRECIONAL (DIRR-NM) DRI: José Carlos Wollenweber Filho Fato Relevante – Operações de SWAP A empresa enviou o seguinte fato relevante: Direcional Engenharia S.A. (BM&FBOVESPA: DIRR3) (“Companhia”), vem, em cumprimento ao disposto na Instrução CVM n. 358, de 03 de janeiro de 2002, conforme alterada, comunicar aos seus acionistas e ao mercado em geral que, nesta data, recebeu correspondência informando que seu acionista controlador indireto - Sr. Ricardo Valadares Gontijo - celebrou por meio de fundo de investimento do qual é único cotista Convênio para Celebração de Operações de Derivativos que tem como objeto a troca de resultados de fluxos financeiros futuros com o Banco Itaú BBA S.A. (“Operações de Swap”), com valor nocional de até R$20.000.000,00 (vinte milhões de reais). Referidas Operações de Swap poderão ser contratadas dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da presente data, com prazo de liquidação de até 24 (vinte e quatro) meses, contados da data de realização de cada Operação de Swap. As Operações de Swap contarão com a prestação de garantia de ações de emissão da Companhia detidas direta FIBRA SEC (FBSC) DRI: Glauco Cavalcante Lima Eleição de DRI A RCA de 03/06/2013 nomeou o Sr. Glauco Cavalcante Lima, para o cargo de Diretor de Relações com Investidores, cumulativamente com o cargo por ele já ocupado de Diretor Vice Presidente Executivo. FII EUROP AR (EURO ) DR: Gladstone Medeiros de Siqueira Aviso ao mercado / Término do prazo de locação de Imóvel Enviou o seguinte aviso ao mercado: “Banif Banco de Investimento (Brasil) S/A (“BANIF”), na qualidade de instituição administradora do Fundo de Investimento Imobiliário Europar (“FII EUROPAR”), inscrito no CNPJ sob o n.º 05.437.916/0001-27 e registrado na Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) sob o n.º0088-4, vem, por meio deste, em cumprimento ao disposto nas Instruções CVM n° 472/08 e 358/02, comunicar que em 30 de setembro de 2013, terminará o prazo de locação do imóvel situado à Rodovia Anhanguera, Km 17, Galpão A, seções 2, 3 e 4 (“Imóvel”), objeto do Contrato de Locação Não Residencial, firmado em 01 de maio de 2009 e aditado em 10 de abril de 2012, entre o Fundo e a locatária AGV Logística S.A. (“AGV”). Portanto, a partir de 01 de outubro de 2013, o Imóvel estará livre e desocupado de coisas e pessoas, sendo que o BANIF está diligenciando no sentido de buscar um novo locatário para o Imóvel, tendo contratado a empresa Colliers International do Brasil, especializada em consultoria imobiliária, para este fim. Informações adicionais poderão ser solicitadas ao BANIF. São Paulo, 14 de agosto de 2013” FII GALERIA (EDGA - MB) DR: Mariana Botelho Ramalho Cardoso lhões (considerado de grande porte) precisava ter os demonstrativos financeiros auditados por profissional registrado na CVM. “Apesar de a lei estar em vigor há alguns anos, apenas agora foi aprovado um pedido do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) para que as empresas de grande porte sejam obrigadas a informar em seus cadastros no Sped (Sistema Público de Escrituração Digital) o nome da auditoria responsável pela checagem dos números de seus balanços. Por isso, o aumento da procura este ano”, explica Areosa, ressaltando que esta obrigação, já aceita pela Secretaria da Receita Federal, começa a vigorar a partir de 2014, ano calendário 2013. Curta FATOS AFLUENTE (AFLU) participação no PIB (Produto Interno Bruto). Com a desvalorização do real esse movimento muda", disse. Perguntado sobre a demanda dos clientes, Fadigas afirmou que até agora não há qualquer indicação de "anormalidade" no volume de pedidos. "Estamos acompanhando a curva de pedidos, que deve existir", disse, ressaltando que a maior atividade no setor de manufaturados de plásticos se concentra entre agosto e outubro. Sobre o desempenho da economia brasileira, o presidente da Braskem disse que a projeção de expansão de 3%, estimada, inicialmente, para 2013, será frustrada. "Devemos ver algum crescimento", completou. (Com agências) Distribuição de rendimento A BTG Pactual Serviços Financeiros S.A. DTVM, na qualidade de administradora do Fundo de Investimento Imobiliário Edifício Galeria - FII informou que em 30/08/2013 dará inicio ao pagamento do rendimento, referente ao mês de Julho/2013, no valor de R$ 0,7500 por cota, aos titulares de cotas em 23/08/2013. Declarou ainda, que o Fundo se enquadra no inciso III do Art. 30 da Lei 11.033/2004, alterada pelo artigo 125 da Lei 11.196/2005. Em decorrência, fica isento do imposto de renda, o cotista pessoa física, desde que respeitado o disposto nos incisos I e II do paragrafo único do art. 30 da Lei 11.033/2004. Norma: a partir de 26/08/2013 cotas ex-rendimento. FII LO URDES (NSLU-MB) DR: Mariana Botelho Ramalho Cardoso Fato Relevante / Publicação da sentença da Ação Revisional do Aluguel Enviou o seguinte Fato Relevante: “ A BTG PACTUAL SERVIÇOS FINANCEIROS S.A. DTVM, com sede na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, na Praia de Botafogo, nº 501 – 5º andar parte, inscrita no CNPJ/MF sob n.º 59.281.253/0001-23 (“Administradora”), na qualidade de administradora do FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO – FII HOSPITAL NOSSA SENHORA DE LOURDES, CNPJ/MF sob nº 08.014.513/000163 código CVM nº 103-1 (“Fundo”), informa aos seus cotistas e ao mercado que foi publicado na data de hoje no Diário da Justiça Eletrônico, sentença da Ação Revisional do Aluguel (Processo nº 022877467.2011.8.26.0100) que fixou o valor de R$1.261.546,50 para o aluguel mensal referente à parte do imóvel objeto da ação, valor esse que retroage à data da citação. A Administradora informa que tomará as medidas cabíveis para recorrer da decisão. Antes do início da ação o valor objeto do referido processo era de R$1.381.092,82. Todos os valores acima são nominais. São Paulo, 23 de agosto de 2013.” FII WM RBCAP (WMRB – MB) DR.: Erick Warner de Carvalho Relatório Mensal - Julho/2013 O Relatório Mensal de julho de 2013 encontra-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Mercados - Fundos/ETFs - Fundos Imobiliários - FII WM RBCAP - Comunicados e outros Documentos - Dem. Financeiras e Relatórios. FORJA TAURUS (FJTA-N2) DRI: Dóris Beatriz França Wilhelm Esclarecimentos sobre a alienação da Taurus Máquinas-Ferramenta Ltda A empresa enviou o seguinte comunicado: Porto Alegre, 22 de agosto de 2013 - A Forjas Taurus S.A. (“Companhia ou “Taurus”) listada no Nível 2 da BM&FBOVESPA (Símbolos: FJTA3, FJTA4), nos termos e para os fins do disposto no § 4º do artigo 157 da Lei n.º 6.404, de 15 de dezembro de 1976 e na Instrução CVM n.º 358, de 3 de janeiro de 2002, vem informar a seus Acionistas e ao mercado em geral o que segue: Com relação à matéria publicada no Valor Econômico, edição de 22 de agosto de 2013, Forjas Taurus S.A., vem esclarecer ao mercado que o Contrato de Promessa de Compra e Venda e Outras Avenças relativo à alienação da Taurus Máquinas-FerramentaLtda., assinado em junho de 2012, está tendo sua repactuação discutida devido a condkições adversas de mercado. Informamos ainda, que inexistem parcelas em atraso face à novação do Contrato em andamento. Forjas Taurus S.A. acredita e está firmemente empenhada para que as tratativas em curso conduzam a um desfecho positivo para ambas as partes. Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 • Empresas • B-5 J B DUARTE (JBDU) DRI: Edison Cordaro Proposta de homologação do capital social e de alteração da sede da Companhia Na RCA de 21/08/2013, foram discutidas as seguintes propostas: “I) Verificação do Aumento de Capital Social, dentro do limite de Capital Autorizado, deliberado pela Reunião do Conselho de Administração de 14/06/2013 no montante de R$ 5.574.770,00 (cinco milhões, quinhentos e setenta e quatro mil, setecentos e setenta reais) passando o mesmo de R$ 91.036.057,73 (noventa e um milhões, trinta e seis mil, cinquenta e sete reais e setenta e três centavos) para R$ 96.610.827,73 (noventa e seis milhões, seiscentos e dez mil, oitocentos e vinte e sete reais e setenta e três centavos), mediante a emissão para subscrição particular de 13.936.925 (treze milhões, novecentas e trinta e seis mil, novecentas e vinte e cinco) ações, sendo 4.645.751 (quatro milhões, seiscentas e quarenta e cinco mil, setecentas e cinquenta e uma) ações ordinárias e 9.291.174 (nove milhões, duzentas e noventa e uma mil, cento e setenta e quatro) ações preferenciais. O preço adotado para a emissão das ações foi de R$ 0,40 (quarenta centavos) por ação. A integralização foi á vista, no ato da subscrição, em espécie ou em créditos detidos junto a sociedade. II) Alteração do endereço da sede social; Em relação ao item 1º da Ordem do Dia, informou o senhor Presidente que feita a verificação do aumento de capital, que o referido foi totalmente subscrito e integralizado, e desta forma propõe que seja submetido a homologação em Assembléia Geral Extraordinária a ser convocada para este fim. Desta forma, a nova redação do caput do artigo 5º do Estatuto Social passará a ser: Art 5º. O capital social da Companhia é de R$ 96.610.827,73 (noventa e seis milhões, seiscentos e dez mil, oitocentos e vinte e sete reais e setenta e três centavos), representado por 27.873.850 (vinte e sete milhões, oitocentos e setenta e três mil, oitocentos e cinquenta) ações sem valor nominal, sendo 9.291.502 (nove milhões, duzentas e noventa e uma mil, quinhentos e duas) ações ordinárias e 18.582.348 (dezoito milhões, quinhentos e oitenta e dois mil, trezentos e quarenta e oito) ações preferenciais. Submetido a votação, foi aprovado pelos Conselheiros presentes, e desta forma, será encaminhado para homologação a Assembléia Geral Extraordinária. Em relação ao 2º item da Ordem do Dia, informou o senhor Presidente que os membros do Conselho de Administração devem examinar a proposta de alteração do endereço da sede social da empresa, para a Avenida Alcântara Machado, nº 80, conjunto 31, bairro da Mooca, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com CEP 03102-000. O objetivo desta alteração, é que a sede da empresa ficará com instalações e em local mais adequado. Desta forma, o artigo 2º do Estatuto Social passará a ter a seguinte redação: Art. 2º. A Companhia tem sede e foro na Avenida Alcântara Machado, nº 80 , conjunto 31, no bairro da Mooca, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com CEP. 03102- 000, podendo, por deliberação do Conselho de Administração, abrir e encerrar filiais, escritórios ou outros estabelecimentos e dependências em qualquer praça do País ou do exterior.Levado o assunto a votação, foi aprovado pelos Conselheiros presentes, e tendo em vista que se trata de matéria estatutária, será levado submetido a aprovação em Assembléia Geral Extraordinária. (...)”. KROTO N (KROT -NM) DRI: Carlos Alberto Bolina Lazar Demonstrações Financeiras em Inglês de 30/06/2013 As Demonstrações Financeiras em Inglês referentes ao período findo em 30/06/2013 encontram-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas/Informações Relevantes. LO CALIZA (RENT-NM) DRI: Roberto Antonio Mendes Material a disposição (Políticas de Divulgação e de Negociação) Encontram-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas/Informações Relevantes, a Política de Divulgação de Ato ou Fato Relevante e a Política de Negociação de Valores Mobiliários aprovadas na RCA 22/08/2013. MAGNESITA SA (MAGG-NM) DRI: Octavio Cortes Pereira Lopes Demonstrações Financeiras em Inglês de 30/06/2013 As Demonstrações Financeiras em Inglês referentes ao período findo em 30/06/2013 encontram-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas/Informações Relevantes. MARFRIG (MRFG-NM) DRI: Ricardo Florence Dos Santos Participação Acionária Enviou o seguinte Comunicado ao Mercado: “São Paulo, 22 de agosto de 2013 - a Marfrig Alimentos S.A. (BM&FBOVESPA: MRFG3 e ADR (Nível1): MRTTY – “Companhia”) comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral, atendendo ao disposto no Art. 12 da Instrução CVM n. 358, de 03/01/2002, que recebeu do acionista Capital Group International, Inc., (“CGII”), na qualidade de holding de sociedades administradoras de investimento no exterior, comunicação em que informou ter passado a deter posição acionária de 4,99% no capital da Marfrig Alimentos S.A., com a titularidade de 26.022.500 ações do total de 520.747.405 ações ordinárias que hoje compõem o capital social da Companhia. No comunicado também consta a informação de que, além da participação acima mencionada, a Capital Research Global Investors (“CRGI”), empresa do mesmo grupo econômico da “CGII”, administra 24.170.800 ações ordinárias de emissão da Companhia, correspondentes a 4,64% do seu capital social total. A Capital Group International, Inc., a Capital Research Global Investors, e partes a elas relacionadas não celebraram qualquer acordo ou contrato que regule o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da Companhia.” Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2013. MGI PARTICIP (MGIP) DRI: Fernando Antônio dos Anjos Viana Deliberações da AGDEB de 22/08/2013 Enviou o seguinte fato relevante: “MGI – Minas Gerais Participações S.A., empresa de capital aberto, vem a público informar aos seus debenturistas e ao mercado em geral que conforme consta da Ata da Assembleia Geral de Debenturistas da 3ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única, da espécie com garantia real, para distribuição pública com esforços restritos de colocação da MGI – Minas Gerais Participações S.A, convocada para o dia 22 de agosto de 2013 para avaliar os impactos decorrentes do descumprimento do Índice de Garantia Real, não ocorreu a instalação do evento tendo em vista o não atendimento do quórum mínimo de instalação. Na referida ata, informa a Oliveira Trust DTVM S/A, na qualidade de agente fiduciário, que, posteriormente à convocação da assembleia, a Emissora: (a) prestou esclarecimentos atinentes ao cálculo do IGR; (b) encaminhou ao Agente Fiduciário o Ofício nº 658 SEF.GAB.SRE, de 14/08/2013, firmado pela Receita Estadual, através do qual foram formalizados os esclarecimentos anteriormente prestados; e (c) de posse deste Ofício, o Agente Fiduciário refez os cálculos do Índice Geral de Garantia (IGR) referente à data base de 28/06/2013, o qual restou enquadrado em 292,91%. Belo Horizonte, 22 de agosto de 2013.” MPX ENERGI A (MPXE-NM) DRI: Eduardo Karrer Retificação data de início do segundo período de subscrição de sobras de ações Enviou o seguinte Aviso aos Acionistas: “MPX ENERGIA S.A. comunica aos seus acionistas que, no Aviso aos Acionistas divulgado em 21 de agosto de 2013, foi definido o início do período de subscrição do Segundo Período Adicional de Subscrição de Sobras de Ações Não Subscritas como sendo 22 de agosto de 2013, enquanto a data correta é 23 de agosto de 2013. Desta forma, o item V do referido Aviso aos Acionistas deverá conter a seguinte redação retificada: V. Procedimentos para Subscrição: O direito à subscrição poderá ser exercido a partir de 23 de agosto de 2013, inclusive, pelos acionistas mediante a celebração dos documentos aplicáveis em qualquer agência especializada do Itaú Corretora de Valores S.A., mediante o pagamento do preço de subscrição e o preenchimento do respectivo boletim de subscrição, que estará à disposição nos endereços abaixo: (continua sem alterações) Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2013.” NEOENERGI A (GNAN-MB) DRI: Erik da Costa Breyer Distribuição de dividendo Enviou o seguinte Aviso aos Acionistas: “Comunicamos aos senhores acionistas que o Conselho de Administração da Neoenergia, em reunião realizada em 22 de agosto de 2013, aprovou a declaração dividendos intermediários, referente ao primeiro semestre de 2013, no montante de R$ 150.565.635,08 (Cento e cinquenta milhões, quinhentos e sessenta e cinco mil, seiscentos e trinta e cinco reais e oito centavos); correspondentes a R$ 0,0257349167 por ação ordinária, na forma da legislação vigente. O crédito correspondente será feito de forma individualizada a cada acionista, a partir de 11 de setembro de 2013, sem atualização monetária, com base na posição acionária e 23/08/2013. A partir de 26/08/2013 as ações serão negociadas ex-dividendos. Os acionistas correntistas do Banco do Brasil poderão receber o beneficio com crédito em conta corrente, desde que seu cadastro de acionista esteja atualizado junto ao banco. Os demais acionistas que não são correntistas do Banco do Brasil deverão dirigir-se a qualquer agência do banco, onde receberão seus benefícios. Informações adicionais poderão ser obtidas, na Diretoria Financeira e de Relações com Investidores, situada na Praia do Flamengo nº 78, 10º andar, Flamengo, CEP 22.210- 030, Fax (21) 3235-9876, telefone (21) 3235-9824, e-mail ri@neoenergia. com. Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2013.” Norma: a partir de 26/08/2013, ações escriturais ex-dividendo. PARANAPANEMA (PMAM-NM) DRI: Mário Luiz Lorençatto Material a disposição (comunicado) Encontra-se a disposição no site da BM&FBOVESPA (www. bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, o comunicado ao mercado de participação acionária relevante recebido da Sul América Investimentos DTVM S.A. QUALICORP (QUAL-NM) DRI: Wilson Olivieri Aprovação do aditamento ao plano de opção de compra de ações Na AGE de 22/08/2013 foi tomada a seguinte deliberação: “Após exame e discussão acerca do item constante na ordem do dia, foi aprovado, pela maioria de votos dos presentes, com registro de abstenção de voto de acionistas, o aditamento ao Plano de Opções na forma da proposta divul- FATOS RELEVANTES tradora: https://www.btgpactual.com/home/AssetManagement. aspx/FundosInvestimentoImobiliario Os Srs. Cotistas ou seus representantes deverão apresentar seus documentos de identificação e/ou prova de representação, bem como assinar o Livro de Presença de Cotistas. A Assembleia Geral de Cotistas se instalará com a presença de qualquer número de cotistas, nos termos do artigo 19 da Instrução CVM 472 c/c o artigo 51 da Instrução CVM n.º 409, de 18 de agosto de 2004. Nota: Encontra-se disponível no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br) a proposta da administradora para a 9ª emissão de cotas do fundo, no seguinte caminho: Mercados -> Fundos/ETFs -> Fundos Imobiliários -> FII EXCELLEN -> Comunicados e outros Documentos -> Comunicados. GAIA SECURIT (GAIA-MB) – AGE – (1ª CONVOCAÇÃO) – 10H gada pela Companhia em atendimento à Instrução CVM 481/2009, passando o Plano de Opções a vigorar de acordo com a redação constante no Anexo à presente ata (vide nota), com efeitos a partir desta data, permanecendo inalterados e em pleno vigor e efeito osinstrumentos particulares de outorga de opção de compra de ações celebrados com os beneficiários até a presente data.” Nota: Encontra-se a disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, o anexo acima contendo a íntegra do Plano de Opção de Compra de Ações. QUALICORP (QUAL-NM) DRI: Wilson Olivieri Fato Relevante - Alteração do Plano de Opção de Compra de Ações da Companhia A empresa enviou o seguinte fato relevante: A Qualicorp S.A., companhia aberta, com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Alameda Santos n° 415, 14° andar (parte), CEP 01419-002 (“Companhia”), vem, nos termos da Instrução CVM nº 358/2002 e da legislação em vigor, informar a seus acionistas e ao mercado em geral que foi aprovada, em Assembleia Geral Extraordinária realizada nesta data, a alteração do Plano de Opção de Compra de Ações da Companhia, nos termos da proposta da administração divulgada anteriormente. São Paulo, 22 de Agosto de 2013. RANDON PART(RAPT-N1) DRI: Geraldo Santa Catharina Deliberações de RCA Em RCA de 21/08/2013 os Conselheiros deliberaram autorizar os membros da Diretoria, estatutária e não estatutária, a tomar as providências necessárias para contratar, perante o Banco do Brasil S.A., operação financeira designada FINAME Fabricante – Modalidade Produção, no valor de até R$ 87.318.000,00, pelo prazo de 7 meses, ao custo de 3,5% ao ano. RO DOBENSIMOB (RDNI-NM) DRI: Flavio Vidigal de Capua Demonstrações Financeiras em Inglês de 30/06/2013 As Demonstrações Financeiras em Inglês referentes ao período findo em 30/06/2013 encontram-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas/Informações Relevantes. SANEPAR (SAPR) DRI: Francisco Cesar Farah Deliberações de RCA Em RCA de 19/08/2013 foi deliberado, entre outras coisas, retificar o Contrato de Financiamento junto à Caixa Econômica Federal, que foi aprovado na Redir nº 0016/2013, de 29/04/2013 e na 5ª/2013 Reunião Ordinária do Conselho de Administração, de 14/05/2013, a fim de aprovar Contrato de Financiamento junto à Caixa Econômica Federal com um montante a ser assinado de R$436.392.750,85, sendo que o valor a ser financiado pela Caixa Econômica Federal - Recursos FGTS é de R$400.356.475,78 e a contrapartida da Sanepar no valor de R$36.036.275,07. O montante será dividido em 20 Contratos de Obras de ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário e do Sistema de Abastecimento de Água. Vinculada a receita tarifária como garantia aos empréstimos, a serem firmados com a Caixa Econômica Federal. Informação nº 471/2013- DI/Caixa de 23/08/2013. Relação dos Contratos/Municípios. Nota: a íntegra da RCA encontra-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes. SENIOR SOL (SNSL-MA) DRI: Thiago Almeida Ribeiro da Rocha Comunicado – Instalação do Comitê de Auditoria Estatutário Enviou o seguinte comunicado: Senior Solution é a primeira empresa do BOVESPA MAIS a criar Comitê de Auditoria Estatutário Implantação do órgão representa um importante passo na evolução do modelo de governança da empresa São Paulo, 22 de agosto de 2013 - A Senior Solution, empresalíder no desenvolvimento e comercialização de softwares aplicativos para o setor financeiro no Brasil, anunciou hoje a instalação de um Comitê de Auditoria Estatutário, que tem como competência assessorar o Conselho de Administração em decisões relacionadas aos trabalhos de auditoria e aos mecanismos de controles internos. A empresa é a primeira do BOVESPA MAIS a contar com um comitê desse tipo e passa a fazer parte de um grupo seleto. Do total de mais de 400 companhias listadas na BM&FBOVESPA, estima-se que menos de 5% tenham constituído o Comitê de Auditoria Estatutário. “Isto reforça a importância da iniciativa da Senior Solution, que está alinhada ao perfil de pioneirismo e inovação da companhia”, observa Bernardo Gomes, fundador e Diretor Presidente. Segundo o executivo, a instalação do comitê representa um importante passo na evolução do modelo de governança corporativa da Senior Solution. A empresa deu o primeiro passo na implantação do modelo em 2002, ano em que foi transformada em sociedade anônima e contratou uma auditoria independente. Três anos depois, logo após a entrada da BNDESPAR e da Stratus como sócios, a empresa criou um Conselho de Administração, que passou a se reunir mensalmente para discutir a estratégia e acompanhar o desempenho dos negócios. Adicionalmente, em 2012 Senior Solution obteve a listagem de suas ações no BOVESPA MAIS, segmento especial da BM&FBOVESPA idealizado para empresas que contam com elevados padrões de governança corporativa e desejam acessar o mercado de forma gradual. “Hoje contamos com um modelo de governança corporativa de primeira linha e bastante maduro. Listados no BOVESPA MAIS já cumprimos praticamente todos os requisitos do Novo Mercado, contando com capital social representado exclusivamente por ações ordinárias, um Conselho de Administração composto por cinco membros e presença de um conselheiro independente, além do free float acima de 25%”, lembra Gomes. O Comitê de Auditoria Estatutário será composto por quatro membros, que foram eleitos pelo Conselho de Administração. Para a posição de coordenador, foi designado o Sr. Luiz Guariente, executivo com mais de 30 anos de experiência na área de auditoria, com carreira desenvolvida em empresas como Deloitte e Itaú Unibanco. O comitê também contará com a participação de dois representantes dos novos acionistas que ingressaram no capital da empresa na oferta pública de ações: Maurício Safra, analista da Kondor Investimentos, e George Earp, sócio da gestora carioca Leblon Equities. Além disso, Augusto Schaffer, membro do Conselho de Administração da Senior Solution e gerente do BNDES, também fará parte do comitê. Para Alberto Camões, Presidente do Conselho de Administração da Senior Solution e sócio-fundador da Stratus, a instalação do Comitê de Auditoria Estatutário permitirá uma importante aproximação entre os novos acionistas da Senior Solution e aqueles que já faziam parte do capital antes da oferta: “abre-se uma possibilidade para que os novos acionistas acompanhem mais de perto o negócio da Senior Solution e passem a contribuir no contexto das atribuições do comitê”. Alberto lembra também que a iniciativa da Senior Solution pode ser um exemplo para outras empresas de médio porte com intenção de aprimorar o funcionamento de seu Conselho de Administração. “Considerando que já cumprimos praticamente todos os requisitos do Novo Mercado,acreditamos que, em se tratando de governança corporativa, tamanho não é o mais importante”, conclui. Sobre a Senior Solution A Senior Solution atua há mais de 17 anos no mercado brasileiro de tecnologia da informação e é uma das empresas líderes no desenvolvimento e comercialização de softwares aplicativos para o setor financeiro no Brasil. A empresa é também uma das pioneiras a adotar o conceito de one-stop-shop em soluções de tecnologia e processos para o setor financeiro, dispondo de uma ampla gama de produtos e serviços, e conta com mais de 180 clientes entre bancos, seguradoras, gestoras de recursos, corretoras, distribuidoras e empresas não financeiras. Está presente em 10 dos 10 maiores bancos comerciais privados com atuação no Brasil, em 5 das 10 maiores seguradoras e em 2 das 3 maiores fundações. A Senior Solution opera por meio de quatro unidades de negócios. As atividades da unidade de Software compreendem o licenciamento, suporte e manutenção de softwares desenvolvidos pela empresa. Na unidade de Serviços, realiza projetos de desenvolvimento de software sob medida para seus clientes. A unidade de Outsourcing oferece gestão de sistemas de tecnologia e processos de tecnologia da informação. Por fim, a unidade de Consultoria presta serviços para instituições financeiras em processo de constituição ou em fase de reorganização. esde 2012 suas ações são negociadas no BOVESPA MAIS, sob o código SNSL3M. SENIOR SOL (SNSL- MA) DRI: Thiago Almeida Ribeiro da Rocha Instalação do Comitê de Auditoria Enviou o seguinte Comunicado ao Mercado: “São Paulo, 22 de agosto de 2013. A Senior Solution S.A. (BM&FBOVESPA: SNSL3M) (“Companhia”), empresa líder no desenvolvimento e comercialização de softwares aplicativos para o setor financeiro no Brasil, em cumprimento ao Art. 30 da Instrução CVM 480, conforme alterada, comunica seus acionistas que em Reunião do Conselho de Administração realizada em 21/08/2013 foi aprovada a instalação de um Comitê de Auditoria Estatutário, entre outros assuntos que constaram da ordem do dia. Foram eleitos para o referido comitê os seguintes membros, dos quais os três primeiros são considerados independentes para fins do Art. 31-C da Instrução CVM 309, conforme alterada: Luiz Antonio Guariente: Graduado em Ciências Contábeis pela PUC/SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com cursos de pós graduação em finanças e controladoria (CEFIN) pela USP - Universidade de São Paulo, MBA Empresarial pela Fundação Dom Cabral e Mestrado Profissional em Administração pela PUC/MG - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Iniciou a carreira na firma de auditoria independente Deloitte, onde foi responsável pela execução e pelo gerenciamento de diversos projetos de auditoria. Foi por mais de quinze anos Superintendente de Auditoria do Banco Itaú Unibanco, onde executou trabalhos de auditoria externa em várias empresas do grupo. Atualmente o Sr. Guariente exerce atividades de consultoria e desempenha o papel de membro independente e Coordenador do Comitê de Auditoria Estatutário da Senior Solution. Maurício Safra: Graduado em Administra- ção pela FGV - Fundação Getúlio Vargas. O Sr. Safra desenvolveu iniciativas empreendedoras na economia real, e se juntou à Kondor Investimentos em 2007. Depois de uma passagem pela área de back office, participou da estruturação e passou a integrar a equipe de análise de renda variável da gestora. Foi responsável pela cobertura de empresas em diversos setores, incluindo real estate, papel e celulose, consumo e varejo, bancos e serviços financeiros, e atualmente é responsável também pela cobertura de empresas de tecnologia da informação. O Sr. Safra ocupa a posição de membro independente do Comitê de Auditoria Estatutário. George Eduardo de Sá Earp: Graduado em Engenharia de Computação pela PUC/RJ - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, com MBA pelo INSEAD (França/Singapura). O Sr. Earp iniciou sua carreira na Concrete Solutions, uma start-up de tecnologia e acompanhou sua evolução até atingir R$ 6 milhões de faturamento, tendo sido responsável por aproximadamente 40% do mesmo. Desempenhou papel técnico, de gestão de projeto e de consultor, e foi responsável pelo desenvolvimento da maior linha de negócios da empresa. Liderou projetos para Rexan, GlaxoSmithKline, Oi, Americanas.com entre outras. Em 2009 se juntou à Leblon Equities, onde se tornou sócio e hoje é responsável pela análise do setor de tecnologia. O Sr. Earp foi eleito como membro independente do Comitê de Auditoria Estatutário da Companhia. Augusto Frederico Caetano Schaffer: Graduado em Engenharia Mecânica pela UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, pós-graduado em Engenharia Econômica e Financeira pela UFF - Universidade Federal Fluminense e mestre em Administração de Empresas pela FGV/RJ. Desde 1997 ocupou posições gerenciais em empresas como Volkswagen, Light, Votorantim Metais e Graham Packaging, e posições de diretoria na Estácio Participações. Em 2008 passou a trabalhar no BNDES, onde ocupa atualmente o cargo de Gerente no Departamento de Gestão de Participações Acionárias, responsável pelo acompanhamento dos investimentos da BNDESPAR em empresas de capital fechado na área de TIC. Possui titulação de Conselheiro Certificado pelo IBGC, e é Membro do Conselho de Administração da Six Semicondutores (empresa do Grupo EBX) e também da Senior Solution. A instalação do Comitê de Auditoria Estatutário reflete o compromisso da Senior Solution com as melhores práticas de governança corporativa, e representa um importante passo na evolução do modelo de governança adotado pela empresa. Além disso, abre uma possibilidade para que os novos acionistas acompanhem mais de perto o negócio da Senior Solutione passem a contribuir no contexto das atribuições do comitê.” A Pentágono S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 17.343.682/0001-38 (“Agente Fiduciário”), pelo presente, convoca os Srs. Titulares dos Certificados de Recebíveis Imobiliários da 35ª Série da 4ª Emissão da Emissora (“Titulares do CRI” e “CRI”, respectivamente), a reunirem-se em Assembleia Geral de Titulares dos CRI, a se realizar no dia 26 de agosto de 2013, às 10:00, em primeira convocação, e no dia 03 de setembro de 2013, às 10:00 horas, em segunda convocação, na sede da Devedora, localizada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Olimpíadas, nº 205, Vila Olímpia, para deliberar, sobre a não constituição da alienação fiduciária do imóvel matriculado sob o nº 156.984, do 18º Oficial de Registro de Imóveis da Comarca de São Paulo, no prazo determinado na assembleia geral de Titulares do CRI realizada em 15 de março de 2013. São Paulo, 05 de agosto de 2013. Pentágono S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários. P.ACUCAR-CBD (PCAR–N1) – 10H Eleição de 1 (um) membro para compor o Conselho de Administração da Companhia, em substituição ao Sr. Jean Louis Bourgier, para um mandato que se encerrará na Assembleia Geral Ordinária a ser realizada em 2014 e proposta da administração para alteração da remuneração a ser paga ao Conselho de Administração da Companhia e seus comitês de assessoramento no exercício social de 2013. Encontra-se a disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com. br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, a proposta da administração. TECNOSOLO (TCNO) - AGE – 10H Constituição do capital social da Subsidiária Integral com o objetivo de dinamização dos negócios; Aprovação de seu Estatuto. 27/08/2013 BRASKEM (BRKM –N1) – 10H30 Retificação da suplência dos membros do Conselho Fiscal da Companhia, sem eleição de novos membros; e substituição de membros do Conselho de Administração da Companhia, tendo em vista as renúncias apresentadas. Encontra-se a disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, a proposta da administração. SLC AGRICOLA (SLCE-NM)/ LINX (LINX-NM) 28/08/2013 DRI: Ivo Marcon Brum (SLCE-NM) DRI: Dennis Herszkowicz (LINX-NM) Demonstrações Financeiras em Inglês de 30/06/2013 As demonstrações Financeiras em Inglês referentes ao período findo em 30/06/2013 credores encontram-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas/Informações Relevantes. AES SUL (AESL) – AGE – 9H SMILES (SMLE-NM) ELETROPAULO (ELPL – N2) – AGE – 10H30 DRI: Flavio Jardim Vargas Alteração do Calendário de Eventos Corporativos Enviou o seguinte Comunicado ao Mercado: “Em cumprimento ao que estabelece o Regulamento do Novo Mercado da BM&FBovespa S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, a SMILES S.A. (“Companhia”) (SMLE3) vem a público informar que, em benefício dos investidores da Companhia que não falam português, antecipou a divulgação da versão traduzida para o inglês do Formulário de Informações Trimestrais (“ITR”) referente ao segundo trimestre de 2013, inicialmente prevista para o dia 23 de agosto de 2013. A Companhia informa, ainda, que se encontra disponível para consulta no Sistema IPE o calendário atualizado de eventos corporativos, já refletindo a mudança referida acima. O documento atualizado pode ser acessado por meio dos websites da Comissão de Valores Mobiliários – CVM (www.cvm.gov.br), da BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (www.bmfbovespa.com.br) e da própria Companhia (www. smiles.com.br/ri). São Paulo, 22 de agosto de 2013” Substituir 1 (um) membro suplente do conselho de administração. Encontra-se a disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, o Manual de Acionistas com a proposta da administração. 29/08/2013 SOUZA CRUZ (CRUZ) DRI: Leonardo Forner Senra Material de Apresentação O material de apresentação utilizado em reunião com analistas encontra-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www. bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes. TRIUNFO PART (TPIS-NM) DRI: Sandro Antonio de Lima Fato Relevante - Celebração de Acordo de Acionistas com a Bndespar A empresa enviou o seguinte fato relevante: A TPI - Triunfo Participações e Investimentos S.A., (“Companhia”, “Triunfo”) em atendimento ao disposto na Instrução CVM n. 358 de 03.01.2002, conforme alterada, informa que a THP – Triunfo Holding de Participações S.A. (“THP”), BNDES Participações S.A. – BNDESPAR (“BNDESPAR”) e os Acionistas Controladores Indiretos celebraram nesta data Acordo de Acionistas entre as partes , tendo como objetivo regular determinados aspectos de suas relações na qualidade de acionistas detentores de 14,8% do capital social da Companhia. O Acordo de Acionistas assegura à BNDESPAR, dentre outros, os seguintes direitos: (i) eleição de 1 (um) membro para o Conselho de Administração da Companhia, que não será considerado no cômputo do percentual mínimo de conselheiros independentes; (ii) direito de manifestação prévia da BNDESPAR caso a Companhia pretenda alterar suas atuais regras societárias relativas a operações com partes relacionadas – Estatuto Social e Política de Transações com Partes Relacionadas; e o (iii) direito de adesão da BNDESPAR a ofertas públicas primárias ou secundárias a serem realizadas pela Companhia e/ou pelos acionistas controladores. O Acordo de Acionistas foi celebrado no âmbito da operação objeto do Fato Relevante divulgado em 09 de abril de 2013 e de outros fatos relevantes e comunicados divulgados oportunamente pela Companhia, por meio dos quais a Companhia informou acerca do ingresso da BNDESPAR no capital social da Companhia mediante a subscrição privada de ações emitidas pela Companhia em aumento de seu capital social, dentro do limite do capital autorizado, devidamente homologado pelo Conselho de Administração da Companhia em 13 de agosto de 2013. O acordo de acionistas celebrado encontra-se arquivado na sede da Companhia, sendo transmitido à CVM e Bovespa através do Sistema IPE. São Paulo, 22 de agosto de 2013. Nota: o acordo de acionistas encontra-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes. USIMINAS (USIM-N1) DRI: Ronald Seckelmann Esclarecimentos A BM&FBOVESPA enviou a seguinte consulta à empresa: Em notícia veiculada no jornal Valor Econômico, edição de 22/08/2013, consta, entre outras informações, que, este ano, a Usiminas espera: · terminar com um crescimento de mais de 5% em seu volume de vendas de aço; · vender 6,5 milhões de toneladas de minério. Solicitamos esclarecimentos, até 23/08/2013, sobre a referida notícia, bem como outras informações consideradas importantes. Em atenção à nossa consulta, a empresa enviou o seguinte: Em resposta ao primeiro item do Ofício, a Companhia esclarece que sua expectativa de crescimento no volume de vendas é baseada em estimativas publicadas pelo Instituto Aço Brasil – IABr, que prevê aumento do consumo aparente de aço no país entre 2% e 3% para o ano de 2013. Deve ser considerado, ainda, o decréscimo de importações no primeiro semestre de 2013, em comparação ao mesmo período de 2012, o que reflete ainda mais a possibilidade de aumento do volume de vendas de produtos siderúrgicos. Em relação ao segundo item Ofício, a Companhia informa que a expectativa de venda de 6,5 milhões de toneladas de minério de ferro em 2013 vem sendo divulgada desde o início do ano, e é baseada na capacidade de consumo cativo de suas usinas siderúrgicas, bem como na disponibilidade dos portos para exportação da matéria prima. Belo Horizonte, 22 de agosto de 2013. ASSEMBLEIAS 26/08/2013 FII EXCELLEN (FEXC-MB) – AGE – 16H30 A BTG Pactual Serviços Financeiros S.A. DTVM, na qualidade de Administradora do Fundo de Investimento Imobiliário – FII BTG Pactual Fundo de CRI, convida os cotistas a participarem da Assembleia Geral Extraordinária de Cotistas, a ser realizada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, n.º 3.477 – 14º andar. A Assembleia Geral Extraordinária terá como ordem do dia: (i) deliberar acerca da realização da oferta pública de distribuição primária da 9ª (nona) emissão de cotas do Fundo, mediante a emissão e distribuição de novas cotas do Fundo (“Novas Cotas”), perfazendo o valor aproximado de R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais) nos termos da Instrução CVM n.º 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada (“Instrução CVM 400”), em mercado balcão não organizado, por meio do Sistema de Distribuição de Ativos “DDA” e com a previsão de distribuição de lote complementar e suplementar, nos termos dos artigos 14 e 24 da Instrução CVM 400 (“Oferta”); (ii) na hipótese de aprovação da Oferta, deliberar acerca de suas principais características, quais sejam: (a) preço unitário de emissão das cotas; (b) exercício do direito de preferência para a subscrição das novas cotas nos termos garantidos pelo regulamento do Fundo, fixando o termo inicial e final para o exercício deste direito; (c) destinação dos recursos da Oferta Primária para aquisição de Ativos-Alvo; e (d) possibilidade de colocação parcial, observado o montante mínimo de subscrição de aproximadamente R$20.000.000,00 (vinte milhões de reais); e (iii) na hipótese de aprovação dos itens acima, conferir à Administradora poderes para realizar todos os atos necessários para a realização da Oferta. Os documentos pertinentes à proposta a ser submetida à apreciação da Assembleia encontram-se disponíveis no site da Adminis- Substituir 1 (um) membro suplente do conselho de administração. Encontra-se a disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, a proposta da administração. MINERVA (BEEF-NM) - AGE – 9H30 Ratificação da nomeação e contratação da BDO RCS AUDITORES INDEPENDENTES S.S., sociedade simples, com sede na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Major Quedinho, n.º 90, Consolação, CEP 01.050-030, inscrita no CNPJ/ MF sob n.° 54.276.936/0001-79, com seus atos constitutivos devidamente registrados no 4º Cartório de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoas Jurídicas da cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, registrada no Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo sob o n.º 2SP013846/O-1, na qualidade de empresa especializa para a elaboração dos laudos de avaliação contábil do patrimônio líquido da Brascasing Comercial Ltda. (“Brascasing”) e da Eurominerva Comércio e Exportação Ltda. (“Eurominerva” e, em conjunto com Brascasing, “Sociedades Controladas”); Apreciar e deliberar sobre os laudos de avaliação contábil do patrimônio líquido das Sociedades Controladas; Apreciar e deliberar sobre (a) o “Instrumento Particular de Protocolo e Justificação de Incorporação da Brascasing Comercial Ltda. pelo Minerva S.A.”, celebrado pela administração da Companhia e pela administração da Brascasing em 09 de agosto de 2013, o qual reflete os 2 termos da incorporação da Brascasing pela Companhia (“Incorporação Brascasing”) e (b) o “Instrumento Particular de Protocolo e Justificação de Incorporação da Eurominerva Comércio e Exportação Ltda. pelo Minerva S.A.” celebrado pela administração da Companhia e pela administração da Eurominerva em 09 de agosto de 2013, o qual reflete os termos da incorporação da Eurominerva pela Companhia (“Incorporação Eurominerva” e, em conjunto com a Incorporação Brascasing, a “Incorporação das Sociedades Controladas”); Deliberar sobre a Incorporação das Sociedades Controladas; e deliberar sobre a retificação do valor do capital social da Companhia constante da ata de Assembleia Geral Extraordinária realizada em 13 de maio de 2013. Encontram-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa. com.br), em Empresas Listadas/Informações Relevantes, a Proposta da Administração, os Protocolos e a Justificação das Incorporações e os Laudos de Avaliação. P.ACUCAR-CBD (PCAR-N1) – AGE –09H Deliberar sobre a eleição de 01 (um) membro para compor o Conselho de Administração da Companhia, em substituição ao Sr. Cláudio Eugênio Stiller Galeazzi, para um mandato que se encerrará na Assembleia Geral Ordinária a ser realizada em 2014. Encontra-se a disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, a íntegra proposta da Administração. 30/08/2013 BIOMM (BIOM) - AGE - 9H Reconhecer a verificação das condições suspensivas das deliberações tomadas pela unanimidade dos acionistas presentes à Assembleia Geral Extraordinária realizada em 01 de junho de 2012 (“AGE”), para (a) a aprovação da adesão da Companhia ao segmento de listagem denominado Bovespa Mais da BM&FBOVESPA; (b) a efetivação da conversão da totalidade das ações preferenciais em ações ordinárias de emissão da Companhia, na proporção de 1 (uma) ação ordinária para cada 1 (uma) ação preferencial e (c) a implementação da reforma integral do estatuto social da Companhia, com o objetivo de (i) adaptá-lo às determinações do Regulamento do Bovespa Mais da BM&FBOVESPA; (ii) refletir a extinção das ações preferenciais da Companhia e a consequente alteração do número de ações ordinárias; (iii) atualizar a redação do Estatuto Social com vistas à adoção de melhores práticas de governança corporativa; e (iv) estabelecer capital autorizado para emissão de novas ações ordinárias da Companhia em até o limite de R$200.000.000,00 (duzentos milhões de reais); Aprovar a atualização e consolidação integral do Estatuto Social da Companhia, conforme redação aprovada na AGE, bem como considerando as alterações posteriores já deliberadas e aprovadas pelos acionistas da Companhia através da Assembleia Geral Extraordinária da Companhia realizada em 20 de março de 2013. Encontra-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas/Informações Relevantes a Proposta da Administração. FII AESAPAR (AEFI) – AGO – 14H O Citibank DTVM S.A na qualidade de administrador do AESAPAR Fundo de Investimento Imobiliário – FII convida os cotistas a participar da Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada na sede da Instituição Administradora na Avenida Paulista, nº 1.111, 1º andar, Auditório, São Paulo – SP. ORDEM DO DIA: Deliberar sobre o exame e a aprovação das contas e das demonstrações financeiras do Fundo relativas ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2012, devidamente auditadas, nos termos da legislação em vigor, pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. DOCUMENTAÇÃO PERTINENTE: As demonstrações financeiras do Fundo relativas ao período em referência, bem como o respectivo relatório de auditoria, estão disponíveis nos endereços físico e eletrônico da Instituição Administradora, a saber: Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Paulista, nº 1.111, 5º andar (procurar por Laila Ferreira) e www.citibank.com.br/corporate >> Prospectos, para análise dos Cotistas. Referidos documentos, além de disponíveis no site da Instituição Administradora, conforme mencionado acima, estarão disponíveis no site da entidade administradora do mercado organizado em que as cotas do Fundo são negociadas (www.bmfbovespa.com.br) e no site da CVM (www.cvm.gov.br). OBSERVAÇÕES: Nos termos do item 9.5 do Regulamento do Fundo, (i) somente poderão votar na Assembleia Geral Ordinária de Cotistas os Cotistas inscritos no registro de Cotistas na data da convocação da Assembleia Geral Ordinária de Cotistas, seus representantes legais ou procuradores legalmente constituídos há menos de 1 (um) ano; e (ii) os Cotistas também poderão votar por meio de comunicação escrita ou eletrônica, observados os procedimentos abaixo. Caso os cotistas pretendam exercer seu direito de votar por escrito, nos termos acima mencionados, favor enviar e-mail para [email protected] e solicitar o envio do respectivo modelo, bem como, se aplicável*, cópia autenticada dos documentos que comprovem os poderes do signatário da declaração de voto. Lembramos que neste caso, nos termos do Regulamento, a declaração de voto deve ser enviada para [email protected] em até 15 (quinze) dias a contar do recebimento desta convocação. * ex.: cotista pessoa jurídica ou fundo de investimento e cotista representado por procurador. Sendo o que nos cumpria para o momento, ficam à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários no seguinte endereço e telefone: Contato: Laila Ferreira / Site: www. citibank.com.br / endereço: Avenida Paulista, nº 1.111, 2º andar (parte), São Paulo – SP / E-mail: [email protected]. Fonte: Bovespa Direito & Justiça Editor // Luís Edmundo Araújo B-6 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 EXPURGOS INFLACIONÁRIOS INADIMPLENTES Supremo cassa decisão que suspendeu processos Paraná e Amapá saem de cadastro da União Ato do TJ-SP, cassado por ministra, havia interrompido andamento de ação em fase de liquidação para pagamento de perdas decorrentes do Plano Verão CARLOS HUMBERTO/SCO/STF DA REDAÇÃO A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), cassou ato da 38ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) que havia interrompido o andamento de processo em fase de liquidação para pagamento de perdas decorrentes de expurgos inflacionários do Plano Verão. Segundo a ministra, o TJ não observou corretamente decisão do STF sobre o tema, tomada no Recurso Extraordinário (RE) 626307. O relator desse RE, ministro José Antonio Dias Toffoli, determinou em 2010 a suspensão (ou sobrestamento) de todos os processos judiciais em tramitação no País, em grau de recurso, que discutam o pagamento de correção monetária dos depósitos em cadernetas de poupança afetados pelos planos econômicos Collor I (valores não bloqueados), Bresser e Verão. No entanto, o ministro deixou claro em sua decisão que a ordem de sobrestamento não alcança as ações que estejam em fase de execução (após o trânsito em 13175, julgada procedente pela ministra. A ação civil pública ajuizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) pedia a recomposição de perdas sofridas por correntista de caderneta de poupança do Banco Bamerindus, atual HSBC, em janeiro de 1989, mês da edição do Plano Verão. Liquidação e execução Rosa Weber, ministra do STF, cassou ato do tribunal paulista julgado da sentença), nem aquelas que se encontram em fase de instrução. O caso analisado pela ministra Rosa Weber trata de processo com trânsito em julgado em 2008, em fase de liquidação e execução de sentença. “Verifico que na decisão reclamada não foi observada a ressalva constante da determinação de sobrestamento proferida por esta Corte quanto à existência de sentença com trânsito em julgado. Desse modo, caracterizada a inobservância do decidido no RE 626307, deve ser afastada a suspensão do processo”, afirmou. A decisão foi tomada na Reclamação (RCL) Após o trânsito em julgado da decisão, determinando a recomposição das perdas inflacionárias, foi requerida a liquidação e execução da sentença. O banco recorreu do pedido de liquidação e conseguiu decisão favorável no TJ sob o argumento de que os processos em fase de habilitação e liquidação de sentença também estariam suspensos porque não teriam sido citados expressamente nas exceções da decisão do ministro José Antonio Dias Toffoli. Alegou-se, ainda, que a fase de habilitação e liquidação de sentença seria distinta fase da execução de título judicial. Contra esse entendimento, foi ajuizada a reclamação no Supremo. (Com informações do STF) MAIS MÉDICOS Programa é questionado no STF DA REDAÇÃO O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), é o relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5035, ajuizada pela Associação Médica Brasileira (AMB) contra dispositivos da Medida Provisória (MP) 621/2013, que criou o Programa Mais Médicos. A entidade acusa o programa de ser “totalmente teratológico” e “elaborado sob uma base jurídica contrária aos ditames constitucionais”. A ação pede a concessão de liminar, com efeito retroativo, para suspender os dispositivos impugnados e, no mérito, a sua declaração de inconstitucionalidade. A AMB argumenta que a situação da gestão da saúde pública no Brasil é um problema crônico, de culpa exclusiva dos poderes públicos, e que não será resolvido com uma “solução mágica” criada por meio de medida provisória, instituto legal que somente pode ser adotado em caso de relevância e urgência. Segundo a entidade, o programa Mais Médicos foi criado “em verdadeiro toque de caixa” com intuito único “de tentar abafar o clamor popular” das manifestações ocorridas em todo o Brasil. A associação acrescenta que a norma legal subverte “todo o sistema jurídico vigente, causando enorme insegurança jurídica, moral e ética". Exercício ilegal A AMB afirma que o programa do governo federal promove “o exercício ilegal da medicina em solo brasileiro”, já que autoriza que “pessoas sem qualquer habilitação técnica e jurídica pratiquem atos médicos no Brasil”. Segundo a entidade, a saúde da população brasileira não pode ser prejudicada com a “entrega de uma prestação de serviços médicos de qualidade duvidosa”. Isso porque os artigos 7º, 9º e 10º da MP autorizam que médicos estrangeiros sejam recebidos no Brasil na modalidade de intercâmbio internacional e at- uem sem revalidar o diploma e sem ter de provar que dominam a língua portuguesa. “A contratação de pessoas (intercambistas) sem a necessária habilitação profissional (revalidação do diploma) e sem o domínio do idioma nacional para a realização de atendimento médico em inúmeros municípios da federação é uma atitude nefasta e antirrepublicana”, ressalta a AMB. Duas medicinas A associação acrescenta que a dispensa de revalidação do diploma obtido em outros países coloca a população em risco e cria dois tipos diferentes de medicina: a primeira formada pelos médicos que poderão exercer a profissão livremente em todo o território nacional, e a segunda “composta pelos intercambistas do Programa Mais Médicos, que terão seu direito ao exercício profissional limitado a determinada região, com qualidade duvidosa, para atender a população que depende do Sistema Único de Saúde (SUS), já que não terão seus conhecimentos avaliados". A AMB acrescenta que documentos anexados ao processo evidenciam que o índice de êxito dos médicos estrangeiros no Revalida, processo de revalidação do diploma para a categoria profissional no Brasil, é de aproximadamente 8% a 9%. A entidade afirma que não é contrária à presença de médicos estrangeiros em território brasileiro, “mas exige-se que tais profissionais demonstrem efetivamente que possuem capacidade técnica para o exercício da profissão”, conforme determina a legislação brasileira. Além disso, a entidade diz que o artigo 10 da MP (parágrafos 2º, 3º e 4º) afronta a autonomia das entidades médicas de classe quanto à expedição do registro profissional junto aos conselhos regionais de medicina. “É evidente que a mera declaração de participação no Projeto Mais Médicos não é condição necessária e suficiente para a expedição de registro provisório pelos conselhos regionais de medicina”, adverte. Em relação ao artigo 9º da MP (inciso III do parágrafo 1º), a AMB aponta que a exigência de conhecimento em língua portuguesa é “propositalmente” feita de “forma genérica”, para, “na prática, ignorar esse importante requisito e permitir que profissionais exerçam a medicina no território brasileiro sem ter o domínio necessário do idioma nacional”. A AMB afirma ainda que a MP 621/2013 viola a legislação trabalhista e caracteriza “verdadeira escravidão disfarçada de intercâmbio”. A entidade destaca que a alegação de falta de médicos que queiram trabalhar no interior do país não pode servir de “subterfúgio para o descumprimento da legislação brasileira”. A entidade pontua que o artigo 11 da medida provisória permite que o médico intercambista atue no Brasil sem “vínculo empregatício de qualquer natureza” e questiona se isso significa que essas pessoas estarão “totalmente desprotegidas das relações trabalhistas” e deixarão de ter assegurado o cumprimento de um “regramento salarial e de trabalho”. Situação precária Ao se referir aos médicos cubanos que vão atuar no País, a AMB disse não ser “crível que o Estado brasileiro, que é signatário de diversos tratados internacionais para a tutela dos direitos humanos, inclusive para a erradicação do trabalho escravo, admita a possibilidade de contratação de pessoas estrangeiras em situações precárias, inclusive de suspeita de retenção de parte dos recursos percebidos para posterior remessa para Cuba”. A Associação aponta ainda violação dos direitos do consumidor, já que os cidadãos serão atendidos por pessoas que não são consideradas médicas pela legislação brasileira; afronta ao dispositivo constitucional que assegura a autonomia universi- tária, no que concerne à revalidação dos diplomas; e desrespeito ao princípio constitucional que determina que o Sistema Único de Saúde (SUS) regese pela prevenção e pela busca da isonomia por meio do tratamento igualitário. Para a entidade, há ainda burla ao princípio constitucional do concurso público, da moralidade e da impessoalidade, e defende que, antes de implementar o projeto, o governo deveria oferecer, por meio de concurso público, as vagas existentes na área de saúde para os médicos que já atuam no Brasil. Na ADI, a Associação Médica Brasileira ressalta ainda que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) vem sistematicamente exigindo que os estrangeiros revalidem seus diplomas para atuar no Brasil. Formação Em outra Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5037), também distribuída ao ministro Marco Aurélio, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Universitários Regulamentados (CNTU) também questiona a constitucionalidade do Mais Médicos. Além dos fundamentos já apontados pela AMB, a confederação ataca o ponto da MP 621/2013 que introduz alterações na formação dos médicos brasileiros, que, para aqueles que ingressarem nos cursos de medicina a partir de janeiro de 2015, abrangerá dois ciclos – o da formação universitária propriamente dita e um segundo ciclo de treinamento em serviço, “exclusivamente na atenção básica à saúde” no âmbito do SUS, com duração mínima de dois anos. Para a CNTU, essa alteração fere a autonomia universitária, garantida no artigo 207 da Constituição. “Foram instauradas diversas alterações nos planos educacionais nacionais referentes aos cursos de medicina, que envolvem diretamente o funcionamento das universidades, e se desdobram inclusive em novos custos a serem implantados”, alega (Com informações do STF) DA REDAÇÃO Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso e Luiz Fux concederam liminares, respectivamente nas ações cautelares (ACs) 3417 e 3432, suspendendo as restrições anotadas no Cadastro Único de Exigências para Transferências Voluntárias (Cauc), vinculado ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), da União, referentes aos estados do Paraná e do Amapá. No primeiro caso, o Paraná havia sido inscrito no Cauc/Siafi em virtude de suposta inobservância, no exercício de 2012, da aplicação mínima em saúde prevista no artigo 198, parágrafo 2º, da Constituição Federal. O governo paranaense alega que, em virtude de tal restrição, estava impedido de contratar financiamentos com os bancos Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como de receber transferências voluntárias de recursos federais. E isso colocaria em risco as finanças públicas estaduais, bem como investimentos em infraestrutura, saneamento, habitação, transporte coletivo e programas sociais. Além disso, estaria na iminência de ver impossibilitada a contratação de empréstimo para a conclusão de estádio de futebol para a Copa do Mundo de 2014. Na ação, o Paraná afirma, também, que seu balanço desmentiria o descumprimento apontado pela Secretaria do Tesouro e que esse equívoco poderia ter sido esclarecido se lhe tivesse sido dada oportunidade de se defender. Junta ao processo, além disso, declaração do secretário de Fazenda, afirmando que o estado não teria recebido nenhuma notificação sobre suposta irregularidade. Ampla defesa Ao conceder a liminar, ad referendum (a ser referendada) do plenário da Corte, o ministro Luís Roberto Barroso reportou-se à jurisprudência do STF no sentido da incidência dos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa também nos processos administrativos, cabendo sua aplicação sempre que a atuação do Estado puder resultar em prejuízo a um interessado; e isso não muda, segundo o ministro, quando um ente federativo é parte em um procedimento conduzido por outro. Assim, estariam presentes o pressuposto da fumaça do bom direito para concessão de liminar, bem como o do perigo em uma demora na decisão, este tendo em vista o impacto que a vedação à utilização de créditos e ao recebimento de transferências vo- luntárias pode gerar ao Estado do Paraná. O estado do Amapá, por sua vez, alega que a vedação imposta pelo Tesouro Nacional o estaria impedindo de obter a liberação de empréstimo do BNDES no valor de R$ 2,829 bilhões destinado ao cumprimento de obrigações decorrentes da federalização da Companhia Estadual de Eletricidade, bem como à aplicação em investimentos em relevantes obras. Além disso, sustenta que os recursos que a União pretende bloquear estão insertos no PPA (Plano Plurianual), na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei Orçamentária Anual da União, tendo claro objetivo de implementar políticas públicas de atendimento aos direitos fundamentais, o que justificaria a intervenção judicial. Sustenta, também, que não foi observada a regra de notificar o estado previamente quanto a sua inscrição no Cauc. E lembra que o Amapá submeteu diversos convênios a procedimento conciliatório perante a Câmara de Conciliação da Advocacia-Geral da União (AGU), com o objetivo de sanar pendências que pudessem levar a sua inscrição no cadastrão de inadimplentes e que requereu à AGU a instauração de processo administrativo com o fito de regularizar todos os convênios assinados pelo estado, o que teria sido deferido por aquela autoridade. Comprometimento Ao conceder a liminar, o ministro Luiz Fux levou em conta os riscos de interrupção de serviços públicos essenciais prestados à população amapaense, com o iminente comprometimento orçamentário e financeiro do estado. Ele se baseou em uma série de precedentes em que a Suprema Corte tem concedido liminares em casos semelhantes, ante o argumento de que não se pode inviabilizar a administração pública. Observou, também, que a manutenção do estado no cadastro de inadimplentes da União poderia até mesmo inviabilizar qualquer tentativa ulterior de solução das dificuldades financeiras que ocasionaram a inscrição. Por fim, reportou-se a proposta formulada pelo Estado do Amapá, nos autos de processo em curso na AGU, visando solucionar as pendências existentes nos convênios sob exame. Por isso, ele determinou a suspensão temporária dos efeitos das inscrição do estado nos sistemas Cauc/Siafi e em todo e qualquer sistema utilizado pela União que guarde pertinência com as dívidas do estado relacionadas a convênios mencionados nos autos, sem prejuízo de posterior exame de mérito da matéria. (Com informações do STF) TRABALHO União questiona montepio de juízes DA REDAÇÃO A União ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) a Reclamação 16160, com pedido de liminar, para questionar decisão do juízo da 3ª Vara Federal da Seção Judiciária de Campinas que, ao deferir pedido de antecipação de tutela, permitiu que juízes aposentados da Justiça do Trabalho continuem a ter descontos em seus subsídios a título de montepio civil da União. O montepio é uma associação em que, mediante uma cota, e satisfei- tas determinadas condições, cada membro adquire o direito de deixar pensão por morte a sua família ou a alguém de sua escolha. A decisão garante ainda a concessão de pensão aos beneficiários em caso de falecimento de algum dos autores da ação durante a tramitação do processo. A União sustenta que a decisão viola a Constituição Federal, pois estaria usurpando competência do STF para julgar ação de interesse de toda a magistratura. (Com informações do STF) Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 • Direito & Justiça • B-7 MATO GROSSO DO SUL JUDICIÁRIO Desmatamento em APP, só com previsão da Lei CNJ inicia o censo nacional de servidores Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça acata recurso de Ministério Público do estado contra empreendedor que construiu às margens de rio DA REDAÇÃO E m se tratando de área de preservação permanente (APP), a sua supressão (desmatamento) deve respeitar as hipóteses autorizativas taxativamente previstas em lei, tendo em vista a magnitude dos interesses de proteção do meio ambiente envolvidos no caso. A conclusão é da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que proveu recurso do Ministério Público (MP) de Mato Grosso do Sul contra um empreendedor que construiu na margem do rio Ivinhema. Para a Turma, de acordo com o Código Florestal (Lei 12.651/12) e a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81), a flora nativa, no caso de supressão, encontra-se uniformemente protegida pela exigência de prévia e válida autorização do órgão ambiental competente, qualquer que seja o seu bioma, localização, tipologia ou estado de conservação (primária ou secundária). Sem ressalvas O MP recorreu ao STJ contra decisão do tribunal de origem que reformou sentença de primeiro grau. Sustentou, em síntese, que a construção de um imóvel em APP (acarretando na sua supressão), a menos de cem metros da margem do rio, não encontra ressalva nos artigos 1° e 4° do Código Florestal. Para o MP, permitindo a edificação numa área de preser- Sendo a licença espécie de ato administrativo autorizativo submetido ao regime jurídico administrativo, a sua nulidade implica que dela não podem advir efeitos válidos e tampouco a consolidação de qualquer direito adquirido”. Mauro Campbell Marques Ministro do STJ vação, o ente público estaria renunciando ao seu dever de zelar pelo meio ambiente. Além disso, aliena o direito imprescritível ao meio ambiente. Por fim, alegou que a licença ambiental concedida não foi prévia à supressão da APP, mas superveniente à degradação ocorrida. Por essa razão, segundo o MP, a licença de operação é inválida e os danos causados à área degradada devem ser recompostos. Ao analisar a questão, o relator, ministro Mauro Campbell Marques, concluiu que não há como legitimar a conduta do empreendedor, tendo em vista a ausência de previsão legal autorizativa para tanto. Segundo ele, a justificativa do tribunal de origem para determinar a manutenção da construção – inviabilidade de prejudicar aquele que, apoiado na sua validade ou legalidade, realizou benfeitorias ou edificações no local – também não encontra respaldo na ordem jurídica vigente. “Sendo a licença espécie de ato administrativo autorizativo submetido ao regime jurídico administrativo, a sua nulidade implica que dela não podem advir efeitos válidos e tampouco a consolidação de qualquer direito adquirido (desde que não ultrapassado o prazo previsto no artigo 54 da Lei 9.784/99, caso o beneficiário esteja de boa-fé)”, completou o ministro. Sem prejuízo Segundo Mauro Campbell Marques, declarada a sua nulidade, a situação fática deve retornar ao estado anterior, sem prejuízo de eventual reparação civil do lesado se presentes os pressupostos necessários para tal. “Essa circunstância se torna ainda mais acentuada tendo em vista o bem jurídico tutelado no caso em tela, que é o meio ambiente, e a obrigação assumida pelo estado brasileiro em diversos compromissos internacionais de garantir o uso sustentável dos recursos naturais em favor das presentes e futuras gerações”, disse o ministro. O relator também destacou que as restrições impostas ao exercício de atividades econômicas, bem como de ocupação em áreas de preservação permanente, seguem o regime jurídico das limitações administrativas, espécie de intervenção estatal na propriedade que promove restrições nos poderes advindos do domínio exercido sobre a coisa, e não a sua supressão. “Assim, em tese, fica afastada a justificativa utilizada pelo tribunal de origem, de que tal medida acarretaria na perda da propriedade por meio de desapropriação, sendo que, caso tal fato jurídico de fato ocorra, o ordenamento dispõe de meios hábeis a tutelar eventuais interesses legítimos por parte do titular do direito de propriedade”, acrescentou ele. Quanto ao pedido de indenização, Mauro Campbell Marques ressaltou que foi reconhecida a prática de ato ilícito por parte do empreendedor contra o meio ambiente. “É de se observar que os elementos da responsabilidade civil por dano ambiental, bem como as medidas de reparação dos danos ambientais causados pela parte ora recorrida, foram estabelecidos na sentença proferida pelo juízo de primeiro grau, devendo a mesma ser restaurada em sua integralidade, nos termos requeridos pela parte ora recorrente”. (Com informações do STJ) HOSPITAL Paciente não será indenizado DA REDAÇÃO A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou indenização concedida pela Justiça gaúcha a um homem que alegou ter contraído hepatite C em cirurgia realizada sete anos antes da descoberta do vírus. Ao analisar o caso, a Turma entendeu que não foi comprovado o nexo causal entre os fatos, ou seja, não há a causalidade necessária, direta e exclusiva, exigida pelo Código Civil, entre a transfusão de sangue realizada em 1997 e o desenvolvimento da hepatite C descoberta em 2004, o que afasta o dever de indenizar. Por lei, os estabelecimentos hospitalares são fornecedores de serviços e, assim, respondem objetivamente pelos danos causados aos seus pacientes, independentemente de culpa. Contudo, para que se conclua pela responsabilidade do hospital, bem como pela indenização a título de danos morais, é preciso estar configurado o nexo causal entre o contágio e a transfusão. No caso, os ministros concluíram que não é possível comprovar inequivocamente que a contaminação ocorreu na cirurgia porque há inúmeras formas possíveis de contágio. Em 1997, o homem foi submetido a uma transfusão de sangue em hospital privado no Rio Grande do Sul. Em 2004, realizando exames de rotina, descobriu que era portador do vírus HCV, causador da hepatite C. Ele afirmou que o vírus havia sido contraído durante a operação. O sangue transfundido, porém, apresentou resultados negativos em todos os testes exigidos, não tendo sido identificada a hepatite C no sangue doado, apesar de haver o risco da chamada janela imunológica. Saúde STJ e CJF promovem congresso DA REDAÇÃO Estão abertas as inscrições para o IV Congresso Brasileiro de Saúde no Judiciário, com o tema Saúde no Judiciário – Cenário Atual, Perspectivas e Realizações. O evento, promovido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Conselho da Justiça Federal (CJF), será dos dias 6 a 8 de novembro. A abertura será no auditório externo do STJ. Nos dias 7 e 8, as atividades serão realizadas no CJF. Podem participar profissionais do Poder Judiciário que atuam nos serviços de saúde e também na área de recursos humanos. As inscrições para os interessados em apresentar temas livres acabam no próximo dia 30. O resumo deve ser enviado em arquivo eletrônico, produzido em editor de texto. Nesse caso, os participantes passarão por uma seleção prévia. Os selecionados serão informados pela comissão científica, que os classificará para exposição oral ou pôster. Para os interessados em participar sem a proposição de temas livres, o prazo de inscrição vai até o dia 30 de setembro. São 350 vagas. Durante o evento, serão realizadas mesas-redondas, palestras, conferências e apresentações de temas livres, programas e projetos com o intuito de divulgar atividades e experiências nos serviços de saúde do Judiciário. O coordenador de Saúde Ocupacional e Prevenção do STJ, Andral Codeço Filho, que também é coordenador nacional do congresso, afir- O paciente alegou que o vírus podia se encontrar na janela imunológica, que é o período de algumas semanas entre a infecção pelo vírus e o início da detecção de anticorpos específicos por meio dos testes. Durante esse período, a pessoa contaminada, apesar de ter o agente infeccioso em seu organismo e de poder transmiti-lo a outras, apresenta resultados negativos nos exames. Segundo o relator do caso, ma que o objetivo é promover a criação de um polo para informação científica, integrando os serviços dos vários órgãos do Poder Judiciário. “Você promove a saúde a partir do momento que divulga, estimula, motiva o indivíduo a executar atos de bem-viver, focados na saúde e não na doença”, diz o coordenador. Além do STJ, outros tribunais também participam como membros da comissão organizadora do evento. Serviços integrados O congresso tem o objetivo de debater ações de saúde assistenciais, preventivas e periciais, estimular ações interdisciplinares relativas à saúde, divulgar experiências em projetos e trabalhos realizados e integrar os serviços de saúde dos diversos órgãos da Justiça. O evento teve início no STJ, em 2007, com periodicidade bienal. Em 2009, foi em Porto Alegre, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Depois foi a vez de São Paulo, no TRF da 3ª Região. Agora, em 2013, retorna ao STJ. A pré-inscrição deve ser feita no site do Conselho da Justiça Federal, mas é necessário que um dos autores envie e-mail para [email protected]. O e-mail deve conter as seguintes informações: nome dos autores, instituição judiciária, formação na área de saúde, cargo que exerce ou outra forma de vínculo, área de saúde em que atua e resumo do tema livre de no máximo três mil caracteres, incluindo espaços e sem tabelas ou gráficos. (Com informações do STJ) ministro Luis Felipe Salomão, não é plausível afirmar que a existência desse fenômeno basta para tornar o serviço prestado pelo hospital defeituoso. O que é importante observar é que o hospital, para permitir a transfusão de sangue, adotou as cautelas razoáveis e possíveis, de modo a garantir a segurança do paciente. “Mesmo sem negar vigência aos princípios da verossimilhança das alegações e a hipossuficiência da vítima quan- to à inversão do ônus da prova, não há como deferir qualquer pretensão indenizatória sem a comprovação, no curso da instrução, do nexo de causalidade entre o contágio da doença e a cirurgia realizada sete anos antes do diagnóstico”, ponderou Salomão. Seguindo as considerações do relator, a Turma deu provimento ao recurso do hospital para julgar improcedente o pedido de indenização. (Com informações do STJ) DA REDAÇÃO A ministra Maria Christina Peduzzi, conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), convocou os 272 mil servidores do Judiciário brasileiro para o I Censo Nacional do Poder Judiciário, promovido pelo órgão e aberto oficialmente nesta segundafeira, em cerimônia no plenário do Conselho. “Não se trata apenas de um movimento estatístico; os dados se transformarão em conhecimento. Saber quem são os magistrados e servidores possibilitará que formemos uma rede, uma comunidade pela Justiça, e a excelência na prestação jurisdicional depende da excelência dos servidores e dos magistrados”, afirmou. O conselheiro Emmanoel Campelo, também presente na cerimônia de abertura do Censo do Poder Judiciário, reforçou a importância do questionário pioneiro, lembrando que ele servirá como um diagnóstico humano da Justiça. “É uma fotografia inédita do Judiciário, que permitirá ao CNJ traçar metas que atinjam sua função maior que é a de alcançar a excelência na prestação jurisdicional”. O Censo Nacional do Poder Judiciário pretende tra- çar um perfil dos magistrados e dos servidores de todos os órgãos da Justiça e ficará à disposição dos servidores por 45 dias. Com aproximadamente 26 perguntas, o questionário está disponível aos servidores efetivos, comissionados ou requisitados ao Judiciário na página do CNJ na internet. Posteriormente, outro questionário será disponibilizado apenas aos magistrados. Aperfeiçoamento “Pretendo ser um dos primeiros a responder o questionário destinado aos juízes e desembargadores”, afirmou o conselheiro Guilherme Calmon, para quem o Censo é a possibilidade concreta de aperfeiçoamento dos serviços da Justiça. “A vocação principal do CNJ é apresentar políticas públicas no âmbito do Judiciário que permitam o melhoramento da prestação jurisdicional, mas para pensar políticas, é preciso conhecimento. O censo faz parte da iniciativa desse conhecimento; é fundamental nessa empreitada”, enfatizou, Calmon. As informações coletadas no questionário são sigilosas e só serão divulgadas em estatísticas. (Com Agência CNJ) NOVO CÓDIGO COMERCIAL Comissão recebe dados sobre empresas em SP DA REDAÇÃO A comissão de juristas responsável pela elaboração de anteprojeto do novo Código Comercial realizou ontem mais uma reunião de trabalho. Os integrantes da comissão receberam do presidente da Junta Comercial do estado de São Paulo ( Jucesp), Armando Luiz Rovai, dados sobre a realidade do registro de comércio do estado. Segundo Rovai, atualmente 68% das sociedades limitadas do estado de São Paulo são microempresas e 19% são empresas de pequeno porte. Isso significa que apenas os 13% restantes seguem o chamado regime fiscal normal. Isso significa, de acordo com ele, que a maioria das empresas tem um sócio que detém a grande maioria das quotas e o outro apenas existe para figurar no quadro societário e atender à lei. “Algumas questões colocadas no Código Civil de 2002 não passam de uma questão litúrgica, burocrática e que causam uma verdadeira dificuldade, tanto do ponto de vista registrário como do diaa-dia societário” criticou. O presidente da Jucesp também apontou a necessidade de facilitar o registro de empresas no Brasil. Rovai vê o processo de abertura de empresas como um dos grandes entraves ao desenvolvimento do País. “Se o Brasil realmente quiser chegar ao patamar dos países desenvolvidos, tem que iniciar com a agilização e efetivação das suas atividades negociais no seu berço. E me parece que, juridi- camente, seu berço acontece nas juntas comerciais”. Dois integrantes da comissão fizeram exposições sobre assuntos de interesse do colegiado. O jurista Arnoldo Wald tratou dos desafios do direito societário brasileiro. A ética no contexto da exploração de atividades comerciais foi o tema da exposição do jurista Newton de Lucca. Divergências Os juristas também debateram pontos de divergência encontrados nas subcomissões em que foi dividida a comissão. A intenção é oferecer às subcomissões subsídios para que elaborem, até o dia 9 de setembro, uma minuta. Na semana seguinte, no dia 16 de setembro, a comissão deve votar esse texto. Instalada em maio, a comissão tem até novembro para apresentar um anteprojeto de modernização da lei. O atual Código (Lei 556/1850) tem mais de 160 anos, motivo pelo qual a reforma é defendida por especialistas. Além disso, parte do texto foi revogada e substituída por disposições constantes do Código Civil (Lei 10.406/2002) e da Lei de Falências (Lei 11.101/2005). Com 19 titulares, a comissão de juristas é presidida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, e tem como relator o professor da PUC/SP Fabio Ulhoa Coelho. A comissão deve concluir seus trabalhos em 3 de novembro. (Com Agência Senado) CAIXA BENEFICENTE Suspensas ações sobre desconto para PMs de SP DA REDAÇÃO O ministro Arnaldo Esteves Lima, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou que as turmas recursais dos juizados especiais cíveis do estado de São Paulo suspendam a tramitação de todos os processos que discutem a legalidade do desconto de saúde obrigatório para a Caixa Beneficente da Polícia Militar. A decisão foi to- mada pelo ministro ao admitir o processamento de reclamação apresentada por um policial militar de São Paulo contra decisão do Colégio Recursal da 32ª Circunscrição Judiciária de Bauru, que eximiu a Caixa Beneficente da PM de restituir contribuições de assistência à saúde. Foi aberto prazo de 30 dias para os interessados se manifestarem. (Com informações do STJ) Saber Viver B-8 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 Acordes de toda a vida Aprender a tocar um instrumento na terceira idade não é impossível quando há orientação e esforço adequados. Segundo especialistas, as experiências adquiridas ao longo do tempo podem até dar uma cadência especial ao desafio EDILSON RODRIGUES/CB/D.A PRESS DA REDAÇÃO “A arte torna a vida menos árida.” Por pensar assim, Assis Coelho, 63 anos, decidiu ter aulas de violão no ano passado. Ele já arranhava alguns acordes que aprendera sozinho, mas acreditou que era o momento, depois da aposentadoria, de se dedicar ao violão e dominar, de fato, o instrumento. “Agora, estou realmente aprendendo a tocar. Sozinho, você não vai muito longe”, afirma. A música sempre esteve presente na vida do professor, que usava, desde jovem, letras dos Beatles e de outras bandas para aprender inglês. Depois de se aposentar, ele teve o tempo disponível para se dedicar a mais atividades. Sedento pela busca de conhecimento, o também escritor encaixou o estudo de violão na nova rotina. “A música sempre me atraiu. Depois de me aposentar, tive o tempo necessário”, diz. Para Assis, não existe a intenção de se tornar um virtuose, um especialista no instrumento. Os benefícios do aprendizado de música são outros. Diminuir a solidão, facilitar novas amizades, deixar a memória mais atenta estão entre eles. “Existe também um bem-estar maior, a música ajuda a passar o tempo com mais tranquilidade.” A intenção do professor aposentado é continuar a aprender até quando puder. “A música é uma companheira para a vida toda”, acredita, para, logo em seguida, citar Nietzsche: “Sem a música, a vida seria um erro”. O senso comum diz que o aprendizado musical só é possível quando jovem, mas especialistas e casos como o de Assis comprovam que nem sempre a afirmação popular é verdadeira. Apesar de enfrentar dificuldades naturais, pessoas mais velhas, quando bem orientadas, são capazes de receber educação musical e de aprender um instrumento. “Depende da vontade, da atenção e das condições de saúde. Se esses quesitos forem preenchidos, qualquer pessoa pode aprender”, explica a mestre em música pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) Eliane Martinoff. Presente desde o início na vida, a linguagem musical já está, de certo modo, inserida no cotidiano e no imaginário mesmo de quem nunca tenha encostado em um instrumento musical. Por isso, aprender música depois de mais velho pode ser mais A música como linguagem para se expressar propicia saúde, aumento da autoestima, bem-estar, sociabilidade, percepção e autonomia na vida social.” Andréa Cirino Mestre em música pela Universidade Federal de Minas Gerais VIOLA JÚNIOR/ESP. CB/D.A PRESS Depois de 20 anos, Luiz voltou às aulas para aprimorar a técnica Palavra de especialista Uso até na reabilitação física “A manipulação do instrumento musical, embora se assemelhe a alguns exercícios físicos propostos pelos atendimentos de fisioterapia ou de fonoaudiologia do idoso, adquire para ele um significado maior ao resultar em música. O prazer de criar sons interessantes o leva a repetir muitas vezes o mesmo exercício, tornando o instrumento musical um recurso importante à reabilitação física, capaz de motivá-lo a fazer movimentos que, sem música, não resultariam em fruição estética.” Maria Eugênia Albinati Especialista em ciência da saúde Já aposentado, Assis decidiu dedicar-se ao violão: ‘A música ajuda a passar o tempo com mais tranquilidade’ fácil do que se pensa. Doutora em ciências da saúde e graduada em música, Maria Eugênia Albinati tem experiência com o ensino musical na maturidade e confirma a ideia de que a presença cotidiana de canções ajuda no aprendizado tardio. “De todas as linguagens artísticas, a música é a mais presente na vida das pessoas. Então, o idoso já tem familiaridade com ela.” Renovação Mestre em música pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Andréa Cirino trabalhou com o tema em sua dissertação de mestrado. Para ela, o fato de o desempenho musical na maturidade não se igualar ao processo que se dá quando o aprendizado acontece na juventude ou na infância não pode ser visto como um impedimento. Essa dificuldade pode, inclusive, ser compensada pela experiência que se adquire ao longo da vida. “A competência que a pessoa já tem pode ser explorada para a descoberta de novos significados”, afirma. Aos 73 anos, o aposentado Luiz Ribeiro voltou, há três meses, às aulas de violão depois de 20 anos sem estudar formalmente o instrumento. A intenção de Luiz era aprimorar a técnica. Com o passar do tempo, o aposentado notava algumas dificuldades surgidas pela falta de prática. “Não tinha mais agilidade e precisava de mais desenvoltura”, conta. Outro benefício conquistado é a possibilidade de se atualizar nos novos estilos musicais. Com as aulas, Luiz planeja acompanhar melhor as mudanças e aprender técnicas que lhe possibilitem estar mais próximo das diferentes e novas maneiras de tocar o instrumento. “A música evoluiu bastante. Muita coisa que é feita agora não era antigamente”, afirma. O único desafio que diz enfrentar nas aulas é a dificuldade das mãos para acompanhar alguns exercícios. Manter-se em atividade com o estudo de violão, para Luiz, também é uma forma de acompanhar as transformações da sociedade. “Na minha idade, às vezes, é difícil seguir as mudanças que acontecem, as aulas ajudam a me atualizar nisso”, diz. O aposentado se diz satisfeito por voltar a praticar uma atividade que acredita fazer bem para a sua vida e, com isso, se manter ativo depois de chegar à maturidade. “Diferentemente de uns 15 anos atrás, hoje a terceira idade já não tem mais impedimento para praticar o quer que seja”, afirma. Se caem os preconceitos, ficam ainda mais evidentes os benefícios. “ A música como linguagem para se expressar propicia saúde, aumento da autoestima, bem-estar, sociabilidade, percepção e autonomia na vida social”, enumera Andréa Cirino. Segundo Albinati, o aprendizado na maturidade pode ser fator de mudança em diversas áreas. Por meio da música, é possível manter a memória mais ativa e evitar o isolamento, por exemplo. Tocar um instrumento musical torna ainda possíveis os momentos de socialização, reuniões que acontecem em torno da música. “Por propiciar trabalho em grupo prazeroso, o instrumento musical estimula a sociabilização na maturidade e propicia se expressar e se comunicar”, ressalta a especialista em ciência da saúde. VIOLA JÚNIOR/ESP. CB/D.A PRESS Facilidades e adaptações da idade Jorge recorreu a aulas teóricas para aprender de fato a tocar viola caipira: “Queria deixar de ser só um curioso” Dificuldades com a memória, mudanças de timbre e intensidade na voz (no caso do canto) e menos destreza nos movimentos são alguns dos desafios que o passar dos anos impõe para quem decide se dedicar ao aprendizado musical depois da maturidade. Músico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), Luciano Garcez, no entanto, acredita que, ao mesmo tempo em que enfrenta esses problemas, alguém com mais experiência de vida pode ter facilidade maior para entender uma peça musical e seu contexto, por exemplo. “Todas as idades têm seus senões. O que dizer de um jovem hoje com 8 anos e hiperativo. Ele não tem a concentra- ção e o foco necessários para tocar certas peças para iniciantes”, explica Garcez, também professor de música. Aos 53 anos, o cabeleireiro e maquiador Jorge Ribeiro resolveu aprender a tocar viola caipira e se dedicou a entender a teoria envolvida no aprendizado musical para facilitar o processo. “Uma criança que estude há um ano, sabe muito mais do que eu. Eu tenho facilidade para aprender a tocar. Entendendo as partituras, vou poder descobrir novos instrumentos”, justifica. Na juventude, acompanhando o pai que compunha música sertaneja, Jorge aprendeu a tocar outros instrumentos, como o violão, sem nunca ter estudado formalmente. “Eu queria deixar de ser só um curioso e aprender de verdade”, conta. Quando resolveu entrar nas aulas, o cabeleireiro ouviu de conhecidos que era bobagem, pois, depois de “velho”, não se aprende mais a tocar instrumentos. “Eu não acredito nisso. Se a pessoa tem vontade, vai aprender. O mais difícil é tomar a decisão de estudar”, afirma. Também ficam diante de um desafio os professores de música. O trabalho de quem ensina deve ir além da simples transferência de técnica e de conhecimento musical. Adaptações, de acordo com especialistas, devem ser pensadas para cada caso, conforme as especificidades dos alunos. “Os educadores musicais de- vem adequar as propostas metodológicas ao interesse e à capacidade dos aprendizes na maturidade”, pondera Andréa Cirino, mestre em música pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Adequar o repertório ensinado ao contexto de vida do aluno é importante para evitar que a atividade se torne maçante. Não é adequado, por exemplo, focar o ensino no mesmo modo utilizado para crianças para não menosprezar o aluno mais vivido. “É preciso escolher um repertório que seja significativos. Não se pode utilizar somente melodias infantis ou cantigas de roda”, alerta Eliane Martinoff, professora da Universidade Municipal de São Caetano do Sul. Terça-feira, 27 de agosto de 2013 • Jornal do Commercio •B-9 Além do IMC Pesquisadores americanos sugerem, em artigo na Science, que os riscos da obesidade não sejam considerados apenas pelo resultado do índice de massa corporal. Indicadores como a quantidade de massa muscular e a circunferência da cintura devem fazer parte da análise » PALOMA OLIVETO T rês letras apavoram quem vive brigando com as medidas: IMC. Calculado com base no peso e na altura, o índice de massa corporal determina se um indivíduo está abaixo do esperado, dentro da faixa considerada normal, um tanto acima do que deveria ou se já pode ser encaixado em um dos níveis de obesidade. Aparentemente, é uma conta simples, bastando dividir o peso pela altura ao quadrado. O resultado da equação, contudo, não é conclusivo. Alguns especialistas argumentam que, sozinha, a fórmula é incapaz de determinar se uma pessoa é saudável. Em um artigo publicado na edição da semana passada da revista Science, pesquisadores da Universidade da Pensilvânia destacam a importância de se levar em conta indicadores mais sofisticados para predizer o risco de mortalidade por obesidade. Eles argumentam que alguns estudos, inclusive, demonstram que um IMC um pouco acima do normal poderia trazer benefícios à saúde, pois o tecido adiposo formaria uma espécie de escudo contra substâncias tóxicas. Isso, porém, não está comprovado. Diante dos diferentes e polêmicos resultados de pesquisas, além do crescente interesse em se resolver o problema mundial dos óbitos associados ao peso, Mitchell A. Lazar e Rexford S. Ahima alertam que o índice, inclusive, pode mascarar problemas metabólicos em pessoas com IMC normal. Uma das consequências, segundo os professores da Faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia, é que esses indivíduos acabam não dando a atenção devida à saúde, acreditando que estão livres de riscos associados a problemas metabólicos. O endocrinologista Walmir Coutinho, membro da Sociedade Brasi- leira de Endocrinologia e Metabologia e presidente da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade, destaca que indivíduos não obesos podem, inclusive, ser portadores de esteatose hepática, nome científico da gordura no fígado. Essa condição, embora reversível, é grave e, se não tratada, leva até mesmo à cirrose. Nos casos dos magros que sofrem esse tipo de problema, o cálculo do IMC não evidencia o excesso de adiposidade hepática. Outra ferramenta, a relação entre a cintura e o quadril, é que fornece a informação. Mitchell A. Lazar, endocrinologista que ficou famoso por descobrir a resistina, uma proteína sintetizada pelas células do tecido adiposo, cita uma pesquisa divulgada em 2008 pela Associação Médica dos Estados Unidos, segundo a qual 24% dos americanos têm IMC normal, mas perfis metabólicos problemáticos. Essas pessoas, apesar de exibirem o peso ideal segundo a tabela, sofrem de excesso de insulina no sangue, resistência ao hormônio, níveis anormais de lipídio e risco aumentado de doenças cardiovasculares e diabetes. O endocrinologista explica que os músculos estriados são os principais captadores de glicose do organismo, por isso, a perda de massa muscular devido à idade ou ao sedentarismo, independentemente do IMC, pode influenciar na sensibilidade à insulina e afetar negativamente a saúde cardiovascular. “A deficiência de insulina ou um controle pobre do açúcar no sangue em pacientes diabéticos também pode levar a sarcopenia (perda de massa muscular), gordura visceral, estresse oxidativo e processos inflamatórios. Esses, como outros fatores, podem predispor um indivíduo à morbidade ou à mortalidade, mesmo que ele tenha um IMC aparentemente normal”, diz Lazar. De acordo com Rachel P. Wild- O grande problema é que se aplica essa conta para qualquer pessoa, seja ela um atleta ou um homem de 75 anos. O IMC deveria ser usado com mais cautela na classificação dos indivíduos, pois nós sabemos que ele não leva em consideração a massa muscular.” Joshua Ode Pesquisador de medicina esportiva da Universidade Estadual do Vale Saginaw Milhões de vítimas Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade, com a hipertensão e o diabetes, é responsável por dois terços das mortes causadas por doenças não contagiosas. Em números, são 2,6 milhões de óbitos anuais associados ao peso acima do normal. No Brasil, mais de 65 milhões de pessoas – 40% da população – está com excesso de peso, enquanto 10 milhões já são consideradas obesas. man, professora de epidemiologia e saúde populacional, a prevalência de pessoas com peso normal, mas portadoras de distúrbios metabólicos é pouco investigada e, consequentemente, ainda mal compreendida. Professora da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York, Wildman é coautora do estudo citado por Mitchell A. Lazar e analisou dados de 6 mil americanos participantes do The National Health and Nutrition Examination Survey, uma pesquisa dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos. O IMC foi comparado à presença de seis anomalias do metabolismo: hipertensão, taxas altas de triglicerídeos e de glicose, resistência à insulina, inflamação sistêmica e níveis baixos de HDL, o chamado “colesterol bom”. Doenças metabólicas Os resultados mostraram que, entre a população americana com mais de 20 anos, quase 10% era obesa e metabolicamente saudável. Por outro lado, 8% tinha IMC normal, mas portava um dos seis distúrbios listados pelos pesquisadores. “Nós constatamos que, estatisticamente, há muitos fatores associados às doenças metabólicas, que independem apenas do peso. Hábitos como fumar e fazer exercícios físicos são um exemplo. Outra questão que precisa ser mais explorada em estudos futuros é a circunferência da cintura. Na nossa pesquisa nós encontramos uma relação entre essa medida e problemas como hipertensão e triglicerídeos mesmo em pessoas que, pelo IMC, são consideradas magras”, diz Wildman. Ela ressalta, porém, a necessidade de todas essas relações serem mais exploradas a fim de que os médicos possam orientar corretamente seus pacientes. Para Joshua Ode, pesquisador de medicina do esporte da Universi- dade Estadual do Vale Saginaw, nos EUA, o IMC não pode mais ser considerado o padrão para medir a quantidade de gordura corporal. “Ele não é tão acurado como se imaginava”, diz Ode, que realizou um estudo a respeito da eficácia do índice. “O grande problema é que se aplica essa conta para qualquer pessoa, seja ela um atleta ou um homem de 75 anos. O IMC deveria ser usado com mais cautela na classificação dos indivíduos, pois nós sabemos que ele não leva em consideração a massa muscular”, afirma. Segundo ele, uma pesquisa feita com jogadores da liga profissional de futebol americano constatou que a maior parte dos atletas – 60% – seria considerada obesa. “Mas, quando você vê um jogador desse esporte, entende que o grande IMC dele é por causa dos músculos, e não devido à gordura.” O mesmo vale para fisioculturistas, lembra o endocrinologista Walmir Coutinho. Como são muito pesados devido à massa muscular, o cálculo pode, facilmente, acusar obesidade em atletas que, na verdade, têm pouquíssima gordura no organismo. O médico não defende que o índice deixe de ser utilizado, pois, segundo ele, cada fórmula de avaliação tem pontos altos e baixos – a razão entre cintura e quadril, por exemplo, não é validada para todas as populações. Já o IMC é padrão mundial em estudos e pesquisas epidemiológicas e, sem ele, as definições de obesidade e sobrepeso iriam variar de acordo com cada país. Além disso, Coutinho lembra que, nos consultórios, os médicos não vão se basear apenas no índice para diagnosticar os pacientes, o que descarta a possibilidade de a divisão do peso pela altura ao quadrado induzir uma avaliação errada. “Quando se combinam as ferramentas já existentes é que chegamos a uma avaliação muito boa”, afirma o endocrinologista. JC&Cia Gerência Editor // Vinicius Medeiros B-10 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 27 de agosto de 2013 APERTO DE CINTOS Economia ‘de lado’ estimula reestruturação nas empresas Inflação perto do teto da meta e dólar em alta estão afetando o planejamento das organizações. Melhoria de processos deve ser foco para quem quer arrumar a casa DIVULGAÇÃO » MAX MILLIANO MELO U ma economia “de lado”. É assim que muitos especialistas definem o momento econômico brasileiro. Embora o País não enfrente recessão e ainda ostente bons índices de consumo e desemprego, o otimismo dos mercados está longe de sua melhor fase. A inflação em crescimento, a persistente alta do dólar – que na semana passada chegou a sua máxima desde 2008, cotado a R$2,45, na quarta-feira –, criaram um desafio a mais para os executivos. Como crescer e manter a produção em um cenário cada vez mais incerto é uma das perguntas que rondam as mentes das lideranças de grandes empresas. Aos desajustes do câmbio e da inflação, que corre o risco de fechar 2013 acima da meta estabelecida pelo governo, somam-se outros problemas como a diminuição na oferta de crédito. Com planejamento, contudo, esse pode ser um bom momento para muitas empresas se reestruturarem, eliminarem excessos e fecharem o ano mais enxutas e rentáveis. Para o diretor da Corporate Consulting, Luis Paiva, não existe fórmula para atravessar o momento de instabilidade. “As empresas precisarão olhar para a própria casa e arrumála. Encontrar espaços para cortes e melhoria de processos.” Os setores que mais devem sofrer são aqueles dependentes de importações, bem como os mais vulneráveis à diminuição da oferta de crédito e às flutuações do câmbio. “Bens de consumo e o setor têxtil estão entre os mais afetados”, avalia o economista. “A indústria de alumínio também. O País não é autossuficiente e as poucas empresas nacionais diminuíram a produção pela metade, de modo que o setor vem sendo abastecido pelo exterior”, conta Paiva. O panorama instável se reflete no nível de confiança do empresariado, que está entre os Rimes: com mercado mais lento, empresa quer se desburocratizar mais baixos dos últimos anos, conforme pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) atingiu 53,2 pontos no levantamento divulgado dia 16, leve recuperação em relação a julho, quando o indicador foi 2,6 pontos inferior, atingindo a mínima desde 2009, quando a economia brasileira sofria com os efeitos da crise dos subprimes nos Estados Unidos (EUA). O ICEI varia de 0 a 100 e números acima de 50 indicam empresários com expectativa otimista. Ou seja, os números brasileiros estão bem próximos do limite. Oportunidade Já para a construção civil, as turbulências vividas pela economia marcam o fim de um ciclo de crescimento vigoroso. “O momento exuberante já passou. A taxa de liquidez vivida nos últimos sete anos chegou ao fim e, a partir de agora, viveremos em um mercado mais cuidadoso”, afirma o diretor Nacional de Negócios da João Fortes, Luiz Henrique Rimes. No setor, a terceirização de praticamente todas as áreas que não fazem parte do core business das empresas é uma realidade, o que torna as reestruturações mais complexas. “No nosso caso, sempre fomos uma empresa enxuta, já pensando que esse período de liquidez chegaria ao fim. Mesmo assim, estamos há cerca de seis meses revendo processos. A excessiva burocratização é o nosso principal problema”, reconhece Rimes. O executivo explica que muitas empresas do setor abriram capital nos últimos anos e, por isso, passaram a ter estruturas excessivamente grandes. Agora, terão que “queimar gordura extra” para manterem as contas equilibradas. “Nossa meta é simplificar processos, desburocratizar. Estamos revendo a estrutura administrativa. O objetivo é melhorar a produtividade”, afirma. No setor imobiliário, graças a abundância na oferta de crédito, a turbulência não deve ser sentida de forma tão intensa. “Embora haja uma diminuição na oferta de financiamentos, o crédito imobiliário deve continuar farto”, afirma o diretor financeiro e de relações com investidores da Brasil Brokers, Sílvio Almeida. “Os bancos estão investindo no crédito imobiliário, já que ele cria uma relação de médio e longo prazo com o cliente, além de dar espaço para uma série de outros produtos e serviços.” Mesmo assim, a empresa, que não pretende demitir, vem adotando mais cautela em suas ações. “Hoje, o cliente tem um senso de urgência menor. Estamos investindo na melhoria e na eficiência dos processos. Essa é uma preocupação constante, que se acentua no cenário atual”, diz Almeida. A ideia de produzir mais com a mesma estrutura também é aplicada nas incorporações feitas pela empresa. “Estamos mais cautelosos. Isso é bom, porque em um cenário de otimismo você acaba sendo mais indisciplinado. A melhoria na eficiência de processos aplicadas agora deixam a empresa mais azeitada”, ressalta. Lições do exterior Lições valiosas podem ser aprendidas com os Estados Unidos e Europa, que tentam se recuperar após anos de dificuldades – no segundo caso, elas ainda persistem. “Em momentos como esse, economias baseadas em commodities e empresas de regiões politicamente instáveis tendem a ser as mais afetadas”, explica o professor da Harvard Business School, dos EUA, Joseph Lassiter. “Há apenas três grupos que se mantém sem riscos: empresas isoladas da concorrência internacional, setores com preços politicamente protegidos ou quem investem em inovação”, completa, Na opinião de Lassiter, não existe fórmula única para fugir da crise. O segredo é avaliar onde estão as oportunidades e mirá-las. “Tanto outsourcing, como insourcing, podem ser valiosos. Tudo depende de como os preços variam”, exemplifica. “A tendência nos EUA é de que os postos de trabalho deixarem a China e voltarem para a América.” A capacitação será outra forma de fortalecimento em meio a um cenário de incertezas. “O Brasil tem um custo de contratação altíssimo. Ao mesmo tempo, há carência de mão de obra. As empresas brasileiras pararam de investir em qualificação, mas isso vai mudar”, diz Luis Paiva. “A produtividade nacional é baixa, principalmente porque a mão de obra disponível não é qualificada.” Segundo ele, a pressão de custos fará com que muitas empresas diminuam as contratações e melhorem processos, principalmente no que tange a capacitação de funcionários. “A terceirização já é uma realidade. Agora, as mudanças afetarão o core business das empresas”, afirma Paiva. Head Hunter [email protected] Mariana Adensohn vai para o Grupo CAOA DIVULGAÇÃO Importador exclusivo da Hyundai no Brasil, o Grupo CAOA anunciou Mariana Adensohn como nova diretora de Recursos Humanos (RH). Com experiência de 14 anos na área de RH, a executiva acumula passagens por empresas como Accenture, TAM linhas Aéreas e Ecommerce do Grupo de Varejo Walmart. Ela assume o posto com a missão de criar uma proposta de valor à companhia, transformando o departamento em uma área estratégica para o desenvolvimento de talentos. Formada em administração, com pós-graduada em gestão de projetos, Mariana tem ainda especialização pela Universidade da Califórnia de Irvine (UCI), no Estados Unidos. “Os colaboradores precisam estar treinados e engajados, porque são eles que entregam o resultado de uma companhia, seja criando, desenvolvendo, vendendo, atendendo e executando”, diz. VMWARE APRESENTA NOVO VP PARA A AL DIVULGAÇÃO Na VMware desde outubro de 2012, Fernando Mollon acaba de assumir a vicepresidência da companhia, especializada em virtualização e computação em nuvem, para a América Latina. Antes de chegar a empresa, o executivo desempenhou cargos estratégicos na área de vendas em multinacionais como AT&T e Hewlett-Packard (HP), além de ter atuado como gerente geral da EMC para os países do Cone Sul. Ele também trabalhou na Oracle, onde foi gerente-geral para a Argentina e, eventualmente, ocupava o cargo de vice-presidente de sistemas para a América Latina. Na nova função, Mollon ficará baseado no escritório central da empresa na região, na Argentina, reportando-se diretamente ao vice-presidente sênior das Américas, Jeff Casale. “Nossa presença na região é grande e estamos muito satisfeitos em continuar a trabalhar para fortalecer o relacionamento com os nossos clientes”, afirma. KANTAR WORLDPANEL CONTRATA MARCOS CALLIARI Especializada em estudos de mercado sobre conhecimento do consumidor, a Kantar Worldpanel confirmou a contratação de Marcos Calliari como diretor geral para suas operações no Brasil. Com a contratação de Calliari, Sonia Bueno, que acumulava essas atribuições, vai se dedicar às suas responsabilidades como presidente para a América Latina. Ao longo da carreira, ele atuou nas áreas de indústrias e de publicidade, além de empresas de pesquisa de mercado e serviços, com vivência internacional em Boston, nos Estados Unidos, Milão, na Itália, e Xangai, na China. Graduado em economia pela Universidade de São Paulo (USP), com MBAs em marketing pela Fundação Instituto de Administração (FIA-USP) e pelo Insead, na França, o executivo acumula passagens por Souza Cruz, AmBev, EF Education, Englishtown e Ipsos Marketing, além de ter sido sócio da Agência Namosca. MICHAEL PAGE PROMOVE ANDRÉ NOLASCO A Michael Page, especializada em recrutamento e seleção de profissionais de média e alta gerência, anunciou André Nolasco como novo diretor. O executivo, que anteriormente ocupava o cargo de gerente do escritório de Belo Horizonte, atua na empresa de headhunting desde 2008. Formado em engenharia civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nolasco iniciou sua carreia na área de construção civil e trabalhou em construtoras de diferentes portes. Na Michael Page, ele começou sua trajetória como consultor da divisão de Propriedade e Construção e, em dezembro de 2008, mudou-se para Belo Horizonte para participar da startup da filial mineira. “Temos como principal objetivo ampliar a operação em Minas Gerais e desenvolver todo o mercado do Centro-Oeste”, diz. CARLOS HORN É REELEITO PRESIDENTE DA ABDE Carlos Horn foi reeleito por unanimidade para a presidência da Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE), entidade que reúne as órgãos de fomento e desenvolvimento do País. Essa é a segunda gestão do executivo à frente da entidade e o novo mandato vai até 2015. Formado em ciências econômicas, com mestrado em economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e doutorado em industrial relations pela London School of Economics and Political Science, da Universidade de Londres, no Reino Unido, Horn é professor associado da UFRGS. Além da ABDE, ele também preside o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Também foram indicados os novos membros da diretoria ABDE, bem como o participantes do conselho fiscal. GROUPON TEM NOVO DIRETOR DE MARKETING O site de compras coletivas Groupon acaba de contratar Tomás Penido para o cargo de diretor de marketing e comunicação. Com mais de 20 anos de trajetória profissional, o executivo conhece bem o setor de internet e acumula passagens pelo portal iG, onde autuou, como gerente de operações, nos anos 90, além de ter sido diretor de operações e produtos da agência de marketing online Predicta. Penido também passou pela startup Dabee, AgênciaClick e Grupo TV1.