Processadores – Aula 3
Professor: André Luis Meneses Silva
E-mail/msn: [email protected]
Página: www.dcomp.ufs.br/index.php/docentes:Andre
Agenda
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Introdução
Implementação Multiciclo
Etapas de uma instrução MIPS
Definindo o Controle
Implementação de uma máquina de estados
finitos.
Máquina de Moore
Exceções
Como as Exceções são Tratadas
Implementação Multiciclo
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Podemos elaborar uma implementação cujo
tempo de execução das instruções apresente
variações a depender do tipo de instrução a
ser executado.
Este tipo de implementação é denominado de
Implementação Multiciclo.
Implementação Multiciclo
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Algumas características:
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Cada etapa (passo) na execução de uma instrução
levará 1 ciclo de clock.
Uma unidade funcional pode ser compartilhada, ou
seja, uma instrução pode utilizá-la mais de uma vez.
 Devido a isso, alguns elementos de hardware podem
ser eliminados.
Implementação anterior
Implementação Multiciclo
O que mudou?
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Existe uma única unidade de memória que é
usada para instruções e para dados.
Existe uma única ALU, em vez de uma ALU e
dois somadores.
Um ou mais registradores são adicionados após
cada unidade funcional para conter a saída
dessa unidade. Este valor é armazenado até o
seu uso em um ciclo de clock subseqüente.
O que mudou?
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Lógica para inserção dos registradores
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Dados usados pelas instruções subseqüentes, em um
ciclo de clock posterior, são armazenados em
elementos de estado visíveis ao programador.
Dados utilizados pela mesma instrução em um ciclo
posterior, são armazenados nos registradores
adicionais (não visíveis ao programador).
O que mudou?

Logo,
são
introduzidos
registradores temporários:
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os
seguintes
O registrador de instrução IR e o registrador de
memória MDR.
Os registradores A e B
O registrador ALUOut
Todos os registradores citados, com exceção
do IR, contém dados apenas entre um par de
ciclos de clock adjacentes.

IR precisa conter a instrução até o fim da execução
dessa instrução, logo, ele precisa ter um sinal de
controle de escrita.
O que mudou?
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Novos multiplexadores também precisam ser
adicionados.
O que mudou?
Decide entre
deslocamento e
acesso a memória
Decide entre PC+4 e
o Reg A.
Decide entre:
Reg. B
O valor 4
Instrução
Instrução deslocada de 2
O que mudou?
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Unidade de Controle

Novos sinais de controle para:
 PC, memória, registradores e IR precisarão de sinais
de controle de escrita.
 Memória precisará de um sinal de leitura.
 Controle da ALU sofre mudanças pois ALU atual,
também desempenha a função dos outros dois
somadores.
Etapas de uma Instrução Mips
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
Cada etapa leva 1 ciclo de clock para ser
realizada.
O tempo deste ciclo de clock é calculado a
partir da etapa que possui maior tempo para
execução.
Com relação a leitura/escrita em registradores,
observar:
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
Se registrador simples (PC, IR, MDR, etc) a
leitura/escrita é parte de um ciclo de clock.
Se registrador pertencer ao banco de registradores, é
necessário um ciclo de clock adicional para efetuar
a transação.
Etapas de uma Instrução Mips
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
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Etapa de busca da instrução
Etapa de decodificação da instrução e busca
dos registradores.
Execução, cálculo do endereço de memória
ou conclusão do desvio.
Etapa de acesso a memória ou conclusão de
instrução tipo R.
Etapa de conclusão da Leitura da Memória
Etapas de uma Instrução Mips

Etapa de busca da instrução

Busca a instrução da memória e calcula o endereço
da próxima instrução seqüencial.
Etapas de uma Instrução Mips

Etapa de decodificação da instrução e busca
dos registradores.


Nesta etapa, ainda não sabemos qual a instrução a
ser executada, mas enquanto a instrução é
decodificada, podemos fazer algumas funções em
paralelo:
 Já podemos ler os dois registradores indicados pelo
campo rs e rt e armazená-los nos regs. A e B.
 Podemos calcular o endereço de desvio com a ALU e
salvá-lo em ALUOut.
Realizar
estas
operações
antecipadamente,
diminuem o número de ciclos de clock necessário
para execução da instrução.
Etapas de uma Instrução Mips

Execução, cálculo de endereço de memória
ou conclusão de desvio.

Se operação de desvio
 Se a operação for de desvio incondicional o valor de
PC é substituído pelo valor do desvio.
 Se a operação for de desvio condicional, utilizamos a
ALU para verificar a igualdade dos dois operandos
(Regs A e B) em seguida, a depender da igualdade
passamos o valor do desvio ao PC.
 Fim da execução da instrução de desvio
Etapas de uma Instrução Mips

Execução, cálculo de endereço de memória
ou conclusão de desvio.


Se operação de referência a memória
 Utilizamos a ALU para calcular o endereço de
memória e o salvamos em ALUout.
Se operação de instrução lógica ou aritmética
 Utilizamos a ALU para efetuar a operação aritmética.
Salvamos o resultado em ALUout.
Etapas de uma Instrução Mips

Etapa de acesso à memória ou conclusão de
instrução R.


Se a instrução é do tipo R.
 O valor de AluOut será colocado no banco
registradores.
 Fim da execução da instrução do tipo R.
Se instrução de referência à memória.
 Fazemos acesso à memória com o valor presente
AluOut.
 Se leitura, o endereço acessado é escrito
registrador de dados da memória (MDR).
 Se escrita, o valor é escrito na memória e fim
execução.
de
em
no
da
Etapas de uma Instrução Mips

Etapa de conclusão de leitura da memória

Os loads são completados, escrevendo novamente o
valor da memória para o banco de registradores.
Definindo o Controle
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
Para definirmos o controle, utilizaremos uma máquina
de estados finitos.
Uma máquina de estados finito consiste em um
conjunto de estados e diretrizes sobre como mudar o
estado.
As diretrizes são definidas por uma função de próximo
estado, que mapeia o estado atual e as entradas para
um novo estado.
Cada estado também especifica um conjunto de
saídas ativadas quando a máquina está neste estado.

Quando a saída não está explicitamente ativada, dizemos
que a mesma está inativa (0).


Não confundir com don’t care
O controle dos estados finitos corresponde às cinco
etapas de execução mostradas anteriormente.
Visão de Alto Nível da máquina de
estados finitos.
Máquina de estados finitos para
Busca e decodificação de instrução
Máquina de estados finitos para
controlar as instruções de referência à
memória.
Máquina de estados finitos para as
instruções tipo R.
Máquina de estados finitos para
desvios condicionais
Máquina de estados finitos para
desvios incondicionais
Máquina de estados finitos
da unidade de controle:
versão completa
Implementação de uma máquina
de estados finitos



Para implementar a unidade controladora
baseada em uma máquina de estados finitos,
podemos utilizar uma máquina de Moore.
Sua característica fundamental é que a saída
depende apenas do estado atual.
Em uma máquina de Moore a lógica de
controle é dividida em duas partes:


Uma parte possui a saída do controle e saída para o
próximo estado
Uma parte possui a entrada do opcode e a entrada
para o próximo estado (que agora, representa o
estado atual).
Máquina de Moore
Exceções
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Exceções x Interrupções

Exceção
 Um evento inesperado de dentro do processador


Exemplo: Overflow aritmético
Interrupção
 Um evento inesperado cuja origem é externa.

Ex: Interrupção gerada pelos dispositivos de E/S
Exceções X Interrupções
Exceções X Interrupções
Como as Exceções são Tratadas
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Etapas:
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

Salvar o endereço da instrução no registrador (EPC)
Transferir o controle para o sistema operacional em algum
endereço especificado.
O sistema operacional então, a depender da exceção,
toma a ação apropriada, que pode ser:




Fornecer algum serviço ao programa usuário.
Tomar alguma ação predefinida em resposta a um
overflow.
Interromper a execução do programa e retornar um erro.
Após executar qualquer ação necessária devido à
exceção, o sistema operacional pode terminar o
programa ou continuar sua execução usando o EPC.
Como as Exceções são Tratadas

Para comunicar o motivo da interrupção,
podem ser utilizados dois métodos:

Utilizar um esquema de interrupções vetorizadas.
 O endereço para qual o controle é desviado sinaliza
a causa da interrupção.
 Os endereços que indicam os tipos de interrupção
são separados por um espaço constante, por
exemplo, 32 bytes.

Este espaço é preenchido pelo S.O com as instruções
necessárias para o tratamento da interrupção.
Como as Exceções são Tratadas

Incluir um registrador de status
 Só possui um único ponto de entrada para todas as
exceções, logo o processador necessita de uma
estrutura auxiliar para descobrir o tipo da exceção
Em geral, emprega-se um registrador auxiliar.
 Método utilizado no MIPS. (Registrador Cause)
Rotina de tratamento pode possuir um maior
tamanho.



No nosso exemplo/implementação ilustraremos
apenas duas exceções:
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
Instrução indefinida.
Overflow Aritmético.
Processador com EPC e Cause
O que muda no controle?
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Introduz mais dois estados na máquina de
estados finitos:


O estado 10, cuja origem é o estado 1 que é o
estado onde é realizado a avaliação do opcode.
O estado 11, cuja origem é o estado 7 que é o
estado onde avaliamos o resultado da operação
aritmética.
Unidade de
Controle com os
novos estados
Referências

Hennessy & Patterson

Seções 5.5 e 5.6
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Processadores – Aula - Arquitetura de Computadores UFS 2008/1