Universidade Federal de Juiz de Fora Faculdade de Fisioterapia Marcus Vinícius Ribeiro de Almeida RISCO ERGONÔMICO PARA DISFUNÇÕES OSTEOMUSCULARES RELACIONADO À FUNÇÃO DE PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PÚBLICA DE JUIZ DE FORA-MG. Juiz de Fora 2011 Marcus Vinícius Ribeiro de Almeida RISCO ERGONÔMICO PARA DISFUNÇÕES OSTEOMUSCULARES RELACIONADO À FUNÇÃO DE PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PÚBLICA DE JUIZ DE FORA-MG. Trabalho de conclusão de curso apresentada ao corpo docente da Faculdade de Fisioterapia da Universidade Federal de Juiz de Fora para obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia Orientador: Prof. Eduardo de Castro Assis Juiz de Fora 2011 Almeida, Marcus Vinícius Ribeiro de. Risco ergonômico para disfunções osteomusculares relacionado à função de professor de ensino fundamental da rede pública de Juiz de Fora-MG / Marcus Vinícius Ribeiro de Almeida. – 2011. 47 f. : il. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia)— Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2011. 1. Ergonomia. 2. Postura humana . 3. Docentes I. Título. CDU 331.101.1 Marcus Vinícius Ribeiro de Almeida RISCO ERGONÔMICO PARA DISFUNÇÕES OSTEOMUSCULARES RELACIONADO À FUNÇÃO DE PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PÚBLICA DE JUIZ DE FORA-MG. Trabalho de conclusão de curso apresentada ao corpo docente da Faculdade de Fisioterapia da Universidade Federal de Juiz de Fora para obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia Aprovado em:__/__/__ BANCA EXAMINADORA ________________________________________ Prof. Msc. Eduardo de Castro Assis - Orientador Universidade Federal de Juiz de Fora ________________________________________ Prof. Msc Marcelo Resende Machado Universidade Salgado de Oliveira ________________________________________ Fisioterapeuta Esp. Gibson do Carmo Guimarães Aos meu Pais, Sebastião e Zélia por se dedicarem tanto à minha educação e me ajudarem a chegar ao que sou agora. Muito obrigado por tudo! AGRADECIMENTOS A Deus, por iluminar os meus caminhos e abençoar a minha vida. Aos meus pais e irmãos, por todo amor e companheirismo. À minha namorada Marcela por todos os momentos felizes e por seu grande incentivo. Te Amo! Ao professor Eduardo de Castro Assis por seu auxílio e compressão no alcance do meu objetivo. À professora Wanessa Márcia de Souza e Silva por sua paciência e participação no presente estudo. Cada um de vocês ponha à disposição do outro o dom que recebeu. I Pedro 4, 10. RESUMO O ato de lecionar causa sérios prejuízos a saúde do professor. Estes riscos ergonômicos acarretam sérias disfunções osteomusculares como, LER/DORT, que afetam o bom desempenho de suas funções, assim como possíveis afastamentos do trabalho. E, para confirmar isto, o presente estudo quantificou os riscos através do Método RULA (McAtamney & Corlett, 1993). Após a aplicação de um questionário em 15 professoras que lecionam em uma Escola Municipal do Município de Juiz de Fora, escolhida aleatoriamente através de um sorteio, uma professora para que fossem avaliados os riscos das posturas mais adotadas durante as suas funções. Após a análise das posturas e do questionário constatamos que todas as posturas adotadas necessitam de alguma intervenção e que nenhuma é aceitável. Levando a indicar mudanças de posturas, para que os riscos de aparecimento ou agravamento de disfunções osteomusculares possam diminuir. Além disso, se faz necessário a prática de atividade física, visto os benefícios que ela pode trazer. Palavras-chaves: distúrbios osteomusculares. Riscos posturais. Ergonomia SUBSTRACT The act of teaching causes serious damage to health of teachers. These ergonomic risks causes serious musculoskeletal disorders like LER / DORT, that affect the performance of their functions as well as possible absences from work. And to confirm this, this study quantified these risks through the RULA method (McAtamney & Corlett, 1993). After application of a questionnaire in 15 teachers who teach in a school of Juiz de Fora city, Minas Gerais, one teacher was chosen randomly with a lottery to assess the risks of postures adopted during its function. After reviewing the positions and the questionnaire, it was found that all the posturing need some intervention, and that none is acceptable. Therefore changes in posture should be advised to reduce the risk of new or worsening dysfunction ostemusculares. Moreover, it is necessary to practice any physical activity as a complement. Key words : musculoskeletal disorders , risks of postures, human factors SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA 11 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 14 3 OBJETIVOS 16 3.1 Objetivos Gerais 16 3.2 Objetivos Específicos 16 4 METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE AÇÃO 17 4.1 Classificação do estudo 17 4.2 Cenário do estudo 17 4.3 Características do posto de trabalho e do sujeito da pesquisa 18 4.4 Instrumentos e meios utilizados 18 5 ORGANOGRAMA EDUCACIONAL DO MUNCÍPIO DE JUIZ DE FORA 20 6 ESTRUTURA EDUCACIONAL DO MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA 21 6.1 Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) 21 6.2 Secretária Municipal de Educação (SME) 21 6.3 Conselho Municipal de Educação (CME) 22 6.4 Escola Municipal Dante Jaime Brochado (EMDJB) 23 6.5 Diretoria Administrativa 24 6.6 Serviço de Supervisão e Orientação 24 6.7 Professor 25 6.8 Aluno 25 7 PROFESSORA DO ESTUDO 26 7.1 Relação: Professora do Estudo x EMDJB 26 7.2 Posturas adotadas pela professora 27 8 RISCOS DAS POSTURAS ADOTADAS 29 8.1 Posição 1 29 8.2 Posição 2 30 8.3 Posição 3 31 8.4 Posição 4 32 8.5 Posição 5 33 8.6 Posição 6 34 9 RESULTADO 35 10 ANÁLISE DE DOR 37 10.1 Método 37 10.2 Resultado 37 11 DISCUSSÃO 39 12 CONCLUSÃO 41 13 IMPACTO ESPERADO 42 REFERÊNCIAS 43 ANEXOS 45 UFJF Marcus Vinícius Ribeiro de Almeida RISCO ERGONÔMICO PARA DISFUNÇÕES OSTEOMUSCULARES RELACIONADO À FUNÇÃO DE PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PÚBLICA DE JUIZ DE FORA-MG. 2011 11 1. INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA O aumento das lesões por esforços repetitivos e dos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/DORT) tem grande sua relevância no cenário brasileiro. Visto a sua incidência e prevalência na população trabalhadora. O professor de 5º a 9º ano que trabalha em escola pública representa uma categoria profissional que reflete este quadro, pois na sua atividade laboral predominam as posturas com sobrecargas musculoesqueléticas. Professor é uma profissão merecedora de destaque devido a sua importância no contexto pedagógico da escola, do município e do estado no processo de ensinoaprendizagem de todo cidadão brasileiro. Avaliar a tarefa ministrar aulas em disciplina específica no âmbito do 5º ao 9º ano de uma escola pública nos remete a olhar e focar nossa atenção a partir deste posto de trabalho que tem características singulares. Este é o ponto de partida para compreendermos o que fazem estes trabalhadores, como o fazem e porque o fazem. Desta forma acreditamos compreender como as posturas e acionamentos humanos podem impactar na saúde funcional dos professores. O posto de trabalho é caracterizado como a menor unidade produtiva dentro de uma organização e envolve a relação do trabalhador com o seu local de trabalho. Portanto para que o trabalhador possa realizar sua tarefa de forma saudável é importante que o posto de trabalho funcione bem (Lida, 1995). Análise preliminar do risco ergonômico a partir do posto de trabalho permite identificar de forma abrangente potenciais riscos que poderão afetar determinadas atividades produtivas na saúde do trabalhador. Para isso as técnicas aplicadas para análise ergonômica possuem formatação apropriada para identificar e avaliar os potenciais riscos na execução da tarefa a partir do posto de trabalho. Compõe da análise da demanda, da avaliação dos acionamentos e da interpretação dos resultados à luz das normas de trabalho (Santos, 2006). Neste contexto a análise de risco ergonômico para disfunções osteomusculares constitui a primeira fase de todas as metodologias empregadas 12 para a análise ergonômica do trabalho (Wisner, 1997). Para que se identifiquem os riscos ergonômicos, diversas ferramentas podem ser empregadas e aplicadas, variando de acordo com o tipo de atividade, tipo de risco e realidade observada na organização da tarefa. Por meio da aplicação de ferramentas de auxilio à identificação de riscos ergonômicos alguns autores propõem classificar as situações de risco em níveis ou mesmo classificá-las em condições ergonômicas a partir dos níveis que variam de excelentes a péssimos (Couto, 1996). Para entendermos o perfil do adoecimento musculoesquelético associado ao trabalho é fundamental explorar as condições laborais e abordar a dor no seus componentes sensoriais e emocionais. Essa abordagem é articulada à perspectiva de uma análise de risco ergonômico que parte do posto de trabalho (Assunção, 2009). No nível de cada setor, em particular, esperam-se esforços entre os atores para diagnosticar os determinantes internos dos fatores de risco com ênfase nas inadequações do posto de trabalho; a incorporação de novas tecnologias; degradação das instalações e equipamentos; fluxo de produção; divisão do trabalho e sincronia das metas de produção. Os casos incluem a análise do conteúdo das tarefas, dos modos operatórios, do ritmo e da intensidade do trabalho. Ainda, dos fatores mecânicos e condições físicas dos postos de trabalho para identificação precoce de disfunções osteomusculares ou das primeiras evidências destas no trabalhador (Assunção, 2009). A ergonomia é a disciplina que torna possível entender a atividade dos trabalhadores. Assim como é também uma disciplina científica que trata da compreensão das interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema de produção; é a profissão que aplica teorias, princípios, dados e métodos a projetos que visam otimizar o bem estar humano e a performance global dos sistemas (Vidal, 2002). Devido à experiência na docência em escola pública e no trabalho em academias, percebo o quanto aumentou a procura dos professores para a prática de atividade física. Alguns chegam com antigo diagnóstico e inúmeras sessões de tratamento fisioterapêutico, às vezes sem resolutividade. O objetivo, segundo eles, é amenizar as dores e evitar lesões futuras. 13 Em virtude disto, aumentou o meu interesse em estudar tais situações decorrentes de trabalho e assim promover saúde osteomuscular e prevenir agravos musculoesqueléticos no desempenho da função de professor de escola pública em nível fundamental de 5º ao 9º ano. Contudo, faz-se necessário um estudo sistematizado das posturas, dos acionamentos e da tarefa, cientificamente, para responder quais os reais riscos a que os professores estão sujeitos durante sua atividade laboral. 14 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA As lesões por esforços repetitivas (LER) também conhecidas no Brasil como distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) designam um conjunto de sintomas e síndromes que afetam, predominantemente, os membros superiores (Neves, 2006). As atividades no trabalho com o predomínio de determinadas posturas levam a um aumento da contração muscular estática, contribuindo para uma sobrecarga muscular global (Assunção, 2004). Posturas estáticas com sobrecarga nos membros superiores podem gerar dores e desconfortos musculoesqueléticos na região do ombro, pescoço e coluna lombar, levando a limitações físicas e a sensações incômodas de desconforto (Takahashi & Canesqui, 2003; Mendonça, 2005; Westgaard e Winkel, 1997). Essas disfunções musculoesqueléticas são associadas a fatores de risco individuais e biomecânicos presentes no ambiente ocupacional (Bernard, 1997). LER/DORT é considerada como a segunda patologia relacionada ao trabalho com maior incidência no Brasil, e tem como consequências frequentes lesões e incapacidades para o trabalho (Pessoa, Cardia e Santos, 2010). Professores de ensino fundamental expostos a situações de risco são frequentemente acometidos de LER/DORTs. O retorno precoce, sem o total tratamento da lesão, contribui para a cronicidade do quadro. As disfunções desenvolvem-se gradualmente, apresentam um curso crônico e permanecem quando sem tratamento (Polanyi et al, 1997; Barbosa, Santos e Trezza, 2007). Situações outras a que professores estão expostos contribuem para o aparecimento de outros sintomas inter-relacionados como, depressão, ansiedade, medo e ―receio de um futuro incerto‖ (Pessoa, Cardia e Santos, 2010). A caracterização de profissionais do ensino, mesmo com cobertura do sistema previdenciário, gera realidades em que os professores temporários acometidos pelas patologias osteomusculares não se afastam do trabalho com visíveis prejuízos pessoais e ao processo de ensino-aprendizagem, isto, devido ao receio de serem preteridos em futuras contratações (Salim, 2003). 15 Pré-disposição genética e aumento no peso corporal podem determinar também LER/DORT. Em virtude disto, a prática de atividade física pode ser fator protetor e corresponder a um número menor na prevalência dos sintomas devido aos seu benefícios (Barbosa, Santos e Trezza, 2007; Metzner e Fischer, 2001; Pinheiro, Tróccoli e Carvalho, 2002). Professores que ministram a mesma disciplina, isto é, matérias iguais, podem apresentar diferentes problemas e transtornos osteomusculares (Leal et al, 2001). É possível identificar movimentos que freqüentemente estão associados a situações de risco para o surgimento de lesões osteomusculares e, consequentemente, identificarem como prevenir e auxiliar o trabalhador em possíveis procedimentos cinesiológicos que minimizem os agravos, bem como exercícios laborais para a redução de dores e desconfortos (Coury, Moreira e Dias, 2009). 16 3. OBJETIVOS 3.1 Objetivos Gerais Identificar e categorizar os riscos para disfunções osteomusculares em professores do ensino fundamental de 5º ao 9º ano. 3.2 Objetivos Específicos Registrar as posturas adotadas e analisar suas implicações mecânicas para o risco de disfunções osteomusculares. Realizar análise biomecânica das posturas mais adotadas no desempenho da função de professor de ensino fundamental de 5º ao 9º ano. Quantificar os riscos e acionamentos mais comumente adotados pelos professores de ensino fundamental de 5º ao 9º ano. 17 4. METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE AÇÃO 4.1 Classificação do estudo Trata-se de um estudo de caso com intuito de identificar os riscos ergonômicos para disfunções osteomusculares em uma professora do ensino médio realizado a partir da avaliação e análise das posturas adotadas no posto de trabalho de docente de escola pública na função de ensino de disciplina/matéria específica de 5º ao 9º ano. Para isso aplicamos um questionário (Anexo I) contendo o Diagrama de Corllet e perguntas relacionadas à docência e seus intercursos, além de itens pessoais. Dos quinze questionários aplicados um foi escolhido aleatoriamente para ser o indivíduo alvo do estudo. Após a escolha do indivíduo, assinou-se um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo II), autorizando a sua participação no estudo. O presente estudo foi autorizado após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora por meio do parecer número 058/2011. Tendo como número do protocolo 2308.048.2011, número de FR 405473 e número de CAAE 0040.0.180.000-11. 4.2 Cenário do estudo O estudo foi realizado em uma Escola de Ensino Fundamental da Rede Pública do Município de Juiz de Fora, que tem como público crianças moradoras de um bairro de classe média-baixa. A sala de aula tem 35 alunos, aproximadamente 45 m 2, e as aulas tem duração de 50 minutos. A jornada diária contempla preparação prévia de aulas, três aulas seguidas, um intervalo de 20 minutos e termina com mais duas aulas, totalizando cinco aulas diárias. 18 4.3 Características do posto de trabalho e do sujeito da pesquisa O sujeito da pesquisa é uma professora/docente da rede pública do município de Juiz de Fora - MG, efetivo na função de Professor Regente, com curso de nível superior, 23 anos de efetivo exercício na função, casada e mãe de duas filhas. A jornada de trabalho é de 40 horas semanais, sendo 10 horas para elaboração das aulas. Na Escola são seis horas diárias durante cinco dias e toda a tarefa está diretamente envolvida com discente dentro da sala de aula e na biblioteca. O histórico de saúde do sujeito incluído na pesquisa contém registro de afastamento das funções por dois meses em virtude de disfunções osteomusculares como tendinite bilateral de ombros, segundo seu próprio relato. O posto de trabalho avaliado contempla o espaço físico da sala de aula e utilização de quadro negro e giz. 4.4 Instrumentos e meios utilizados Para a análise do posto de trabalho foram utilizados métodos observacionais diretos e indiretos que se dão com registros de atividades do trabalhador no posto de trabalho ao longo de um período determinado de tempo usando meios digitais de registro como uma câmera fotográfica. Esta visão global do posto de trabalho, denominada macro-ergonomia, permite facilmente observar e registrar posturas inadequadas, acionamentos e mobiliários inadequados e impróprios, se houver atividades desproporcionais a tarefa realizada no posto de trabalho (Couto, 1995; Wisner, 1997). Para armazenamento dos dados será utilizado microcomputador, desktop e a planilha do BrOffice.org 2.4 Calc. A identificação e categorização das queixas e desconfortos mais frequentes e relatados pelo sujeito da pesquisa serão confrontados com as posturas registradas 19 por meio da técnica descrita como registro biofotogramétrico das posturas e acionamentos por meio de máquina fotográfica digital. Os registros foram analisados após identificação dos pontos anatômicos que a critério do pesquisador melhor caracterizam as desvantagens biomecânicas relacionadas aos acionamentos durante a execução da tarefa de ensinar. Estes pontos anatômicos, após demarcados com uso de material visualmente claro, e o sujeito posicionado nas posturas identificadas pelo pesquisador como de desvantagem biomecânica, tiveram sua imagem registrada por meio digital. Posteriormente o ângulo ou ângulos dos movimentos serão medidos por meio de softwate FBS Sistemas para análise biomecânica com a planilha Rappid Upper Limb Assessment (McAtamney & Corlett , 1993). 20 5. ORGANOGRAMA EDUCACIONAL DO MUNCÍPIO DE JUIZ DE FORA Prefeitura Municipal de Juiz de Fora Secretária Municipal Conselho Municipal de Educação de Educação Escola Municipal Dante Jaime Brochado Diretoria Administrativa Serviço de Supervisão e Orientação Professor Aluno Lecionar Elaborar trabalho Avaliação Elaborar aula Direitos Deveres 21 6. ESTRUTURA EDUCACIONAL DO MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA 6.1 Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) É a responsável por toda estrutura organizacional do Município de Juiz de Fora. É ela quem ordena e agrupa as atividades e recursos da organização visando alcançar os objetivos e resultados pré-estabelecidos pela administração atual (PREFEITURA..., Administração, 2011). 6.2 Secretária Municipal de Educação (SME) Órgão de Administração Direta, subordinada diretamente ao Chefe o Poder Executivo, organizada nos termos deste Decreto 8591 e do art. 7.º da Lei n.º 10.937, de 03 de junho de 2005. É chefiada por um Secretário e estruturada com a finalidade de assessorar o Prefeito em cada campo da Educação na Administração Pública Municipal, na forma do artigo 91 da Lei Orgânica do Município de Juiz de Fora (PJF..., SME, 2011). A SME é dotada de autonomia administrativa, orçamentária e financeira, nos termos do art. 7.º da Lei n.º 10.937, de 03 de junho de 2005. Suas atribuições foram alteradas pelo Decreto 9789 de 27/02/2009. Sendo responsável, ao seu nível, por suas diretrizes políticas e programas relativos à sua área de atuação. Além disso, estabelece as diretrizes técnicas para a execução das atividades elaboradas. E, para atingir suas finalidades, se articula com as outras Secretarias e com Órgãos e Entidades federais, estaduais e de outros Municípios. Dentre muitas de suas competências, algumas delas (PJF..., SME, 2011): 22 -formular e articular as políticas públicas de Educação de forma integrada com as políticas estaduais e federais e com os demais órgãos ou entidades que atuam nestas áreas; -implantar as diretrizes para a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos do Município; -planejar, oferecer e coordenar os serviços de Educação Básica para crianças e adolescentes, articulando-os com as ações de assistência social, esporte, lazer, cultura e promoção da cidadania, desenvolvidas pela Secretaria Assistência Social de Juiz de Fora – SAS/JF; -prestar suporte técnico e administrativo aos Conselhos vinculados à sua área de atuação; -coordenar a atividade de organização escolar nos aspectos pedagógicos e administrativos; -coordenar o Cadastro Escolar e Censo Escolar. 6.3 Conselho Municipal de Educação (CME) Órgão deliberativo, consultivo e normativo da Administração no setor da Educação, que tem como finalidade orientar, estabelecer normas e assessorar o governo do município na definição da política educacional, na área de sua atuação, adequando as diretrizes e bases da Educação Nacional e Estadual às necessidades e condições do Município. Algumas de suas competências (PJF..., SME/Conselhos, 2011): -zelar pela universalização da educação básica e pela progressiva extensão da jornada escolar de tempo integral; -zelar pelo cumprimento da legislação escolar; -estabelecer normas e acompanhar as medidas tomadas para aperfeiçoar a 23 educação no Município; -estabelecer diretrizes de gestão democrática da rede pública, e de participação da comunidade escolar e da sociedade, na elaboração de propostas pedagógicas das escolas; -estabelecer indicadores de qualidade de ensino para as escolas da rede municipal de ensino e para as escolas privadas de educação infantil; -elaborar as normas para a organização do Sistema Municipal de Educação; -colaborar com o Secretário Municipal de Educação na solução de problemas relativos à educação no âmbito do Município; -elaborar normas para atendimento de alunos com necessidades educativas especiais; -elaborar normas para a organização e funcionamento dos cursos destinados à Educação de Jovens e Adultos. 6.4 Escola Municipal Dante Jaime Brochado (EMDJB) A Escola Municipal se propõe a oferecer o ensino gratuito e de boa qualidade. Possibilita ao aluno oportunidades favoráveis, observando a individualidade e o desenvolvimento de suas potencialidades. Além de promover adequação de novos métodos de ensino-aprendizagem e oportunizar a integração do aluno no seu meio físico e social através da manutenção do intercâmbio comunidade-escola. Tem como estrutura administrativa: Direção, Órgãos Colegiados (órgão auxiliar da administração Escolar que participa ativamente na organização do seu projeto educacional com atribuições de caráter deliberativo e consultivo nos assuntos da vida da Escola, assim como nos que se referem ao relacionamento entre ela e a comunidade) e serviços administrativos (constituído pela Secretaria, Serviços Gerais e Biblioteca) (PORTARIA..., 1992, p. 2). Ela se encontra situada a Rua Francisco Fontainha, número 163, Bairro Santo Antônio no Município de Juiz de Fora. Telefone, (32) 3690-7660. 24 6.5 Diretoria Administrativa Exerce administração da Escola Municipal com auxilio do colegiado. É constituída pelo Diretor e Vice-Diretor. -Diretor: representa e faz representar a unidade escolar sob sua direção, administrando-a de modo a participação comunitária no processo decisório e na sua gestão; cumpre e determina o cumprimento da legislação de ensino e das normas da SME; organiza os horários de aulas; preside todas as reuniões que convocar e as que acontecerem na escola entre outras atribuições. -Vice-Diretor: Na ausência ou afastamento, exerce as funções do Diretor Escolar; coordena e organiza o trabalho da secretária; assessora o Diretor em todas as suas atribuições; entre outras funções (PORTARIA..., 1992, p. 3 e 4). 6.6 Serviço de Supervisão e Orientação É constituído pelo Orientador Educacional e pelo Supervisor Pedagógico que, administrativamente estarão subordinados à Direção Escolar. Participam da elaboração do Plano Curricular Global da Escola, coordenando o seu planejamento e a sua execução, observando as orientações da SME (PORTARIA..., 1992, p.14 a 16). - Orientador Educacional: planeja, executa e avalia sistematicamente a ação educativa juntamente com a Direção e com os Professores; participa de reuniões; estabelece a dinâmica das turmas e a individualidade dos alunos dentro delas, entre outras funções. - Supervisor Pedagógico: Planeja, executa e avalia sistematicamente a ação pedagógica juntamente com a Direção e com os Professores; orienta professores; coordena e orienta reuniões entre outros. 25 6.7 Professor Tem como algumas de suas funções: responsável pela elaboração de programas e planos de trabalho; desenvolvimento efetivo de sua regência; controle e avaliação do rendimento do aluno; desenvolvimento de atividades pertinentes ao seu cargo, determinadas pela direção (PORTARIA..., 1992, p. 46). 6.8 Aluno Tem o direito à assistência educacional de acordo com suas necessidades e possibilidades da Escola, além de todos os previstos na legislação de Ensino. Tem o dever de se esforçar a cumprir todas as atividades escolares em que for exigido, assim como a todos os deveres previstos na legislação de Ensino (PORTARIA..., 1992, p. 48). 26 7. PROFESSORA DO ESTUDO 7.1 Relação: Professora do Estudo x EMDJB A professora tem laços profissionais estreitos com o Diretor da Escola. Pois é este quem tem que proporcionar o apoio necessário para que as atividades elaboradas por ele sejam realizadas da melhor forma possível no âmbito escolar. Isto se faz com a disponibilização de materiais pedagógicos e logísticos, espaços adequados, transporte para passeios culturais e de lazer entre outros. Além disso, ele deve atuar conjuntamente com o professor para manter a disciplina na Instituição, às vezes sendo utilizado como último recurso para tal. Outro ator importante que auxilia a professora é o supervisor (coordenador). Este ajuda no planejamento das atividades a serem desenvolvidas, na elaboração dos objetivos almejados e análise dos resultados alcançados. Durante o desenvolvimento das atividades planejadas detectam os seus problemas e as corrigem. E posteriormente refaz os planejamentos, para que assim os objetivos propostos sejam finalmente alcançados. O projeto político pedagógico traçado anteriormente pelos professores, supervisor e diretor da Escola é essencial para o desenvolvimento de todas as atividades. Pois é dele que a professora se pauta para organizar as aulas a serem ministradas durante todo o ano letivo. Ele é de suma importância para o funcionamento da Escola. A Biblioteca utilizada pela professora possui grande acervo de livros educacionais. São livros de pesquisas e de atividades práticas. Portanto, ela é consultada para o conhecimento e estudo das teorias, assim como fundamentação para atividades mais significativas. Os alunos a utilizam quando o professor responsável as conduz e também fora do horário para complementação dos estudos. Pra ministrar as aulas, a professora se utiliza de insumos como: livros, revistas, computador a fim de programar e realizar trabalhos e acessar a internet, projetor multimídia, lousa, giz, régua, caneta, lápis, jornais, e os materiais que assim 27 julgar necessário para um melhor desenvolvimento do intelecto do aluno. Além de aplicar e corrigir testes de verificação de conhecimento. A professora como um dos principais agentes do conhecimento do aluno se faz no papel do facilitador do processo ensino-aprendizagem. Atuando da melhor forma para que o aproveitamento seja satisfatório para as necessidades de cada faixa etária. Além disso, ele é o mantenedor da disciplina e da organização da sala de aula. Forma pessoas capazes de discernirem o que é melhor para vida de cada um, auxiliando no desenvolvimento de cidadãos que cumpram com seus deveres e que saibam lutar pelos direitos que lhe são condizentes. A base do ensino-aprendizagem das séries (anos) iniciais é a alfabetização. Sendo assim, o grande desafio e objetivo principal do professor é que o aluno seja capaz de ler, escrever, interpretar, fazer as quatro operações fundamentais da Matemática e ter noção básica dos conteúdos da História, Geografia e Ciências Sociais. 7.2 Posturas adotadas pela professora Ao ministrar as aulas, a professora adota algumas posturas que se repetem constantemente durante a sua jornada de trabalho. Essas posturas geralmente permanecem estáticas durante certo tempo, ocasionando contração isométrica da grande maioria da musculatura envolvida. Mas também existem os movimentos ativos, e esses acontecem envolvendo algumas articulações, principalmente a de punho, devido à escrita no quadro negro. Durante a jornada de trabalho é possível observar os movimentos da coluna vertebral. Estes geralmente são pequenos, mas ocorrem a todo instante. No caso do sujeito destro, ao escrever ocorre flexão lateral esquerda para poder alcançar a parte mais alta do quadro, além de hiperextensão por estar muito próxima do mesmo. E quando se faz necessário a utilização de um livro por parte do professor, esta hiperextensão pode ocorrer mesmo não estando escrevendo, mas quando se vira para turma para alguma explicação ou indagação por parte dos alunos. Pode ocorre também flexão de coluna cervical quando o olhar se volta para baixo, extensão 28 quando volta para posição inicial e hiperextensão. Quando se vira para o lado há rotação deste mesmo seguimento da coluna para direita e para esquerda. Estes movimentos ocorrem conjugadamente, como ao olhar para o livro quando ocorre flexão frontal, flexão lateral esquerda e rotação para direita. Quando segura algum livro, o membro não dominante fica em posição estática durante certo período de tempo. Ocorre neste caso pequenas flexões de ombro e punho, mas uma grande flexão de cotovelo. Essa supera 90 graus, causando uma sobrecarga dos músculos responsáveis por este movimento com o bíceps braquial. Além disso há o movimento de preensão dos dedos para poder segurar o livro. Com relação à movimentação da cintura escapular, os movimentos do ombro mais frequentes são flexão, abdução, adução e rotação interna. Os de flexão podem ser suaves quando se escreve no quadro, próximo do corpo, ou abaixo da linha do ombro, ou mais intensos quando a escrita se dá acima da linha do ombro, ocasionando uma sobrecarga muito maior na musculatura em torno do ombro. Isto pode ser agravado pelo movimento constante de rotação interna em virtude da movimentação necessária para preensão do giz e movimento de escrita. Já os movimentos de adução e abdução de ombro ocorrem quando se permanece parado, não acompanhando de perto a sua própria escrita. Ao escrever no quadro, ocorre desvio ulnar, pronação da mão e flexão de todos os dedos para segurar o giz. 29 8. RISCOS DAS POSTURAS ADOTADAS Os riscos das posturas adotadas foram analisados através do softwate FBS Sistems para análise biomecânica com a planilha Rappid Upper Limb Assessment (McAtamney & Corlett , 1993). Sendo: 8.1 Musculatura a: uso da musculatura de braço, antebraço e punho. Musculatura b: uso da musculatura de pescoço, tronco e perna. Carga a: carga que a musculatura ―a‖ segura durante a atividade. Carga b: carga que a musculatura ―b‖ segura durante a atividade. Posição 1: (figura 1a e 1b) - Braço: Maior que 90 graus/Flexão. - Antebraço: De 0 a 60 graus. - Punho: Maior que + 15 graus/Desvio da linha neutra. - Rotação de punho: Rotação extrema. - Pescoço: Extensão/Rotação/Inclinação Lateral. - Tronco: Ereto/Inclinação lateral. - Perna: Pernas e pés bem apoiados e equilibrados. - Musculatura a: Postura estática mantida por mais de 1min ou repetitiva, mais que 4 vezes/min. 30 - Musculatura b: Postura estática mantida por mais de 1min ou repetitiva, mais que 4 vezes/min. - Carga a: Carga menor que 2 Kg intermitente. - Carga b: Carga menor que 2 Kg intermitente. 8.2 Posição 2: (figura 2a e 2b) - Braço: De 45 a 90 graus/flexão -Ombro: 45º de abdução - Antebraço: De 60 a 100 graus. - Punho: Maior que + 15 graus/Desvio da linha neutra. - Rotação de punho: Rotação extrema. - Pescoço: De 0 a 10 graus/Rotação/Inclinação lateral. - Tronco: Ereto/Inclinação lateral. - Perna: Pernas e pés bem apoiados e equilibrados. - Musculatura a: Postura estática mantida por mais de 1min ou repetitiva, mais que 4 vezes/min. - Musculatura b: Postura estática mantida por mais de 1min ou repetitiva, mais que 4 vezes/min. - Carga a: Carga menor que 2 Kg intermitente. - Carga b: Carga menor que 2 Kg intermitente. 8.3 Posição 3: (figura 3) 31 - Braço: Maior que 90 graus/flexão de ombro. - Antebraço: De 0 a 60 graus. - Punho: Maior que + 15 graus/Desvio da linha neutra. - Rotação de punho: Extensão e Rotação extrema. - Pescoço: De 0 a 10 graus/Rotação/Inclinação lateral. - Tronco: Ereto/Inclinação lateral. - Perna: Pernas e pés bem apoiados e equilibrados. - Musculatura a: Postura estática mantida por mais de 1min ou repetitiva, mais que 4 vezes/min. - Musculatura b: Postura estática mantida por mais de 1min ou repetitiva, mais que 4 vezes/min. - Carga a: Carga menor que 2 Kg intermitente. - Carga b: Carga menor que 2 Kg intermitente. 8.4 Posição 4: (figura 4) 32 - Braço: Entre - 20 e + 20 graus/flexão. - Antebraço: De 0 a 60 graus/Cruza o plano sagital ou operações exteriores ao tronco. - Punho: Maior que + 15 graus/Desvio da linha neutra. - Rotação de punho: Rotação extrema. - Pescoço: Extensão/Rotação/Inclinação lateral. - Tronco: Ereto/Inclinação lateral. - Perna: Pernas e pés bem apoiados e equilibrados. - Musculatura a: Postura estática mantida por mais de 1min ou repetitiva, mais que 4 vezes/min. - Musculatura b: Postura estática mantida por mais de 1min ou repetitiva, mais que 4 vezes/min. - Carga a: Carga menor que 2 Kg intermitente. - Carga b: Carga menor que 2 Kg intermitente. 8.5 Posição 5: (figura 5) 33 - Braço: Entre - 20 e + 20 graus. - Antebraço: De 0 a 60 graus. - Punho: 0 grau. - Rotação de punho: Rotação média. - Pescoço: De 0 a 10 graus. - Tronco: Ereto. - Perna: Pernas e pés bem apoiados e equilibrados. - Musculatura a: Postura estática mantida por mais de 1min ou repetitiva, mais que 4 vezes/min. - Musculatura b: Postura estática mantida por mais de 1min ou repetitiva, mais que 4 vezes/min. - Carga a: Carga menor que 2 Kg intermitente. - Carga b: Carga menor que 2 Kg intermitente. 8.6 Posição 6: (figura 6a e 6b) 34 - Braço: Entre - 20 e + 20 graus. - Antebraço: De 0 a 60 graus/Cruza o plano sagital ou operações exteriores ao tronco. - Punho: Menor que - 15 graus Desvio da linha neutra. - Rotação de punho: Rotação média. - Pescoço: 0 a 10 graus. - Tronco: Ereto. - Perna: Pernas e pés bem apoiados e equilibrados. - Musculatura a: Postura estática mantida por mais de 1min ou repetitiva, mais que 4 vezes/min. - Musculatura b: Postura estática mantida por mais de 1min ou repetitiva, mais que 4 vezes/min. - Carga a: Carga menor que 2 Kg intermitente. - Carga b: Carga menor que 2 Kg intermitente. 35 9. RESULTADO O resultado atraves da tabela avaliação do softwate FBS Sistems para análise biomecânica com a planilha Rappid Upper Limb Assessment (McAtamney & Corlett , 1993). Sendo: PONTUAÇÃO NÍVEL DE AÇÃO INTERVENÇÃO 1 ou 2 1 Postura aceitável 3 ou 4 2 Deve-se realizar uma observação. Podem ser necessárias mudanças. 5 ou 6 3 Deve-se realizar uma investigação. Devem ser introduzidas mudanças. 7 4 Devem ser introduzidas mudanças imedatamente. As posturas adotadas pelo braço dominante na Posição 1 e na Posição 3 receberam a mesma avaliação, Pontuação 7 e Nível de Ação 4 (Devem ser introduzidas mudanças imediatamente), diferindo apenas no grau de flexão. Na posição 1 figuras 1a e 1b, o braço permanece em uma posição de flexão maior que 90 graus como consequência da professora estar escrevendo acima do nível do seu olhar, fazendo com que haja também uma extensão de pescoço combinada com flexão lateral esquerda e rotação. Havendo assim uma sobrecarga maior da musculatura envolvida. Na posição 3, figura 3, em relação à anterior, com a professora escrevendo ao nível dos olhos, ela não executa extensão do pescoço e o braço permanece muito próximo aos 90 graus de flexão. A mesma classificação se dá para estas posições por permanece estática por muito tempo, ocorrendo sobrecarga na musculatura envolvida no movimento/postura. Com relação à ação do braço contralateral nas Posição 1, figura 1a e 1b e Posição 3, figura 3, mesmo em postura relaxada, ambas receberam Pontuação 3 e Nível de Ação 2 (Deve-se realizar uma observação/podem ser necessárias mudanças), que é devido ao tempo 36 em que fica na posição estática, maior que um minuto de acordo com a planilha utilizada. Na posição 2, figura 2a e 2b, a postura do lado direito foi avaliada com Pontuação 6 e Nível de Ação 3 (Deve-se realizar uma investigação/Devem ser introduzidas mudanças). O nível de intervençao proposto foi menor que nas Posições anteriores, devido a menor flexão do braço e não haver extensão do pescoço, que fica em posição neutra. Isso acreditamos se deve à posição da professora mais próxima do quadro e escrever ao nível dos olhos, diminuindo a sobrecarga na musculatura do ombro e do pescoço. O lado contralateral recebeu Pontuação 3 e Nível de Ação 2 (Deve-se realizar uma observação/podem ser necessárias mudanças), devido ao tempo que fica na posição estática, mesmo estando numa posição confortável. Na Posição 4, figura 4, ambos os lados receberam Pontuação 7 e Nível de Ação 4 (Devem ser introduzidas mudanças imediatamente). O lado direito acreditamos ser devido à flexão do braço maior, e o esquerdo devido a flexão do antebraço e por suportar o peso do livro didático. Estas posições estáticas produzem sobrecarga da musculatura envovida. A posturas adotadas pelos dois lados na Posição 5 receberam Pontuação 3 e Nível de Ação 2 (Deve-se realizar uma observação/podem ser necessárias mudanças). Isto se deve à posição diferente das anteriores, quando a professora se encontra de frente para os alunos, permanecendo em uma posição mais confortável, mesmo segurando o livro. Finalmente, na Posição 6, figura 6, a classificação foi mesma da Posição 5. 37 10. ANÁLISE DE DOR 10.1 Método Para análise da dor de todas as professoras foi utilizado o Diagrama de Corlett, assim como um questionário com questões como: estado civil; se tinha filhos; tempo de serviço na docência; se trabalhava em outro lugar diferente da Escola; horas trabalhadas; se já ficou afastada do emprego, tempo e motivo. 10.2 Resultado Todos os valores correspondentes a nenhum desconforto/dor, equivalente a 1, não foram registrados na tabela a seguir. O valor 2 equivale a Algum Desconforto/Dor; 3 a Moderado Desconforto/Dor; 4 a Bastante Desconforto/Dor e 5 a Intolerável Desconforto/Dor. Pescoço 2,2/3,3,3/4,4,4/5 Cotovelo esquerdo Região Cervical 2/3,3,3,3,3/4,4,4,4,4 Antebraço direito Costas-superior 2,2/3,3,3,3/4,4,4 Antebraço esquerdo 2,2 Costas-médio 2,2/3,3,3/4,4,4,4 Punho direito 2/4,4 Costas-inferior 2/3/4,4,4,4,4,4 Punho esquerdo 2 Bacia 2/4 Mão direita 3,3 Ombro direito 2,2/3,3,3,3,3,3/4,4,4,4,4 Mão esquerda 2,2/4,4 Ombro esquerdo 2/3,3,3/4,4 Coxa direita 3,3/4 Braço direito 2,2/3/4,4,4 Coxa esquerda 3/4 Braço esquerdo 4 Perna Direita 2/3,3,3,3,3/4,4,4 Cotovelo direito 2 Perna esquerda 3,3,3,3/4,4 38 A maior incidência de desconforto foi encontrada no ombro direito, acometendo 86% das entrevistadas. A segunda maior queixa foi na região cervical, com 73%. Logo após com 60% o pescoço, costas-superior, costas-média e perna direita. Com 53% costas-inferior. Ombro esquerdo, braço direito e perna esquerda com 40%. O antebraço direito com 26,6%. Já a coxa direita e o punho direito com 20%. Bacia, cotovelo direito, mão direita e antebraço esquerdo são acometidos desconforto em 13,3% das entrevistadas. E, finalmente, braço esquerdo e punho esquerdo com 6,6%. O cotovelo esquerdo e a mão esquerda não sofreram nenhum tipo de desconforto. Todos os professores entrevistados são do gênero feminino. Sendo três solteiras, dez casadas e duas divorciadas. Dessas, uma professora possui quatro filhos, outra professora três filhos, cinco professoras dois filhos, cinco professoras somente um filho e três professoras não possuem nenhum filho. O tempo de serviço como professora está no intervalo compreendido entre nove e vinte e nove anos. Sendo estes os tempos de serviço: 9, 10, 13(duas), 17, 18, 19(duas), 20, 21, 22, 23, 24, 25 e 29 anos. Todas trabalham na área de Educação como professora. Doze professoras trabalham em turno dobrado, sendo que uma atua como coordenadora pedagógica e outra como Psicóloga em seu consultório. Dessas professoras, três tem jornada semanal de vinte horas, onze trabalham durante quarenta horas e uma por quarenta e quatro horas. Com relação às horas trabalhadas, todas têm horário extraclasse incluído na jornada semanal que é destinado a elaboração de planos de aulas entre outras atividades relacionadas em lecionar. Quem trabalha até vinte horas semanais tem cinco horas e quem trabalha mais que este número de horas possui dez. Com relação a afastamentos do trabalho, treze professoras já o fizeram e três não. Sendo os motivos: cirurgia (15 dias), duas por gravidez (120 dias), depressão (40 dias), pico hipertensivo (3 dias), fratura do dedo mínimo direito (30 dias), erisipela (15 dias), estresse associada a dor na região cervical (30 dias), tendinite com calcificação bilateral de ombro (60 dias), angioplastia (60 dias), estresse (30 dias), afonismo (15 dias), enxaqueca devido a artrose na região da coluna cervical (3 39 dias), linfoma (365 dias), fratura no pé e ombro (60 dias), fasciíte plantar (10 dias) e ombro congelado (15 dias). 11. DISCUSSÃO No nosso estudo encontramos que o ato de lecionar pode estar associado a sérios riscos osteomusculares. Acreditamos que isso se deve às posturas adotadas durante a jornada de trabalho. Este dado é agravado se estas posturas são executadas com os braços flexionados a mais de 90 graus, quando neste caso há a necessidade de mudanças na postura. Mas se a professora adota posturas mais naturais, essas também requerem certa atenção, pois devem ser observadas e sofrerem mudanças se necessário. Em outro estudo de análise de risco ergonômico, mas em trabalhadores da construção civil (Saad, Xavier e Michasloski, 2006) foi possível observar que havia grande solicitação de membros superiores como no ato de lecionar, o que fazia com que indivíduos adotassem posturas que lhe causassem certo desconforto. Essas posturas são passíveis de mudanças imediatas. Nestes dois estudo foi possível observar que a postura do membro superior, no trabalho de lecionar para as professora e assentar tijolos para os trabalhadores da construção civil, quando em posições que sobrecarreguem os braços, há classificação máxima na Pontuação-RULA, 7. Isso demonstra que mesmo profissões tão distintas, mas com algum gesto profissional parecido podem ser acometidas por grandes riscos ergonômicos e para saúde do trabalhador. Atualmente, sabe-se que dores na região cervical e nos ombros são geradas pela tensão muscular (Santos Filho e Barreto, 2001). Nessas regiões encontramos uma maior prevalência de queixas de desconforto/dor no ato de lecionar, provavelmente em virtude do tensionamento muscular ocasionado pelas posturas adotadas, justificado pelos índices do resultado do Diagrama de Corllet, onde encontramos nível autodeclarado de ―intolerável desconforto/dor‖. Programas de promoção da saúde e melhorias nas condições de trabalho podem geralmente evitar afastamentos temporários ou definitivos (Assunção, Sampaio, Nascimento, 2010). Se as professoras fossem contempladas com 40 programas e melhorias assim, acreditamos que elas poderiam ser menos acometidas por patologias o queixas de dor. Evitando assim afastamentos e prejuízos para sua saúde. Além de não interromper o ensino-aprendizagem do aluno. Outro fator muito importante que deveria ser aplicado e facilitado para as professoras é a prática de atividade física o que causaria adaptações circulatórias e metabólicas, promovendo alterações benéficas na musculatura esquelética e tecidos conectivos. Tais alterações contribuem para a diminuição do risco de surgimento de incapacidades e injúrias osteomusculares (Kjaer, Laeger, 1999). Assim, uma melhora na qualidade de vida do docente, e maior aproveitamento durante a jornada de trabalho. 41 12. CONCLUSÃO O estudo mostrou que, mesmo as posturas que parecem ser menos agressivas aos professores ao lecionar, causam desconforto, sendo nenhuma destas aceitáveis e todas passíveis de alguma intervenção. Com o resultado do diagrama de Dor de Corllet foi possível observar o quanto as regiões cervicais, pescoço, ombro direito e perna direita ficam sujeitos a serem acometidos por Dor/Desconforto. Acreditamos dever-se à posturas adotadas, na sua maioria estática, sobrecarregando a musculatura e causando tensão muscular. Este fato pode se agravado devido a aumento na jornada de trabalho, por vezes na postura ortostática, e estilo de vida pessoal. Pois 86% são mães e todas têm afazeres domésticos. Deste modo, reduzindo o tempo para descanso. Algumas patologias podem ser desenvolvidas devido a longos anos na docência, como patologias degenerativas em nível da coluna cervical, acentuado enxaquecas, fasciítes e quadros crônicos degenerativos também em ombros. A professora do estudo relata acometimento de ombro com inflamação e calcificação bilateral. Mas parece certo que o contínuo e prolongado tempo nestas posições pode agravar tais disfunções, ou ainda, produzir novas. É necessário, urgentemente, procurar novas possibilidades de posturas a serem adotadas por professores no ato de lecionar. Como evitar escrever no quadro negro acima do nível dos olhos, com o braço a uma angulação menor que 90 graus e evitar segurar objetos como livros didáticos, diminuindo a sobrecarga muscular. Isto, acreditamos que possa diminuir os riscos de distúrbios osteomusculares, promovendo menor incidência dessas patologias, garantindo aos professores um trabalho que não lhes tragam prejuízo para sua saúde física. Este estudo nos mostrou que além dos resultados obtidos, fazem-se necessários novos ensaios para buscar possíveis soluções a fim de minimizar os riscos ergonômicos para os distúrbios osteomusculares no trabalho dos docentes de 5ª ao 9º ano. 42 13. IMPACTO ESPERADO Espera-se que o estudo biomecânico de risco para distúrbios osteomusculares corrobore para que novas pesquisas sejam realizadas no sentido de alertar os sujeitos envolvidos para os cuidados a fim de evitar alterações osteomusculares e funcionais relacionadas à atividade da docência. 43 14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- Assunção AA. A Cadeirologia e o Mito da Postura Correta. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional São Paulo, 29 (110): 41-55, 2004. 2- Assunção AA, Sampaio RF, Nascimento LMB. Agir em empresas de pequena e média dimensão para promover a saúde dos trabalhadores: o caso do setor de alimentos e bebidas. Rev Bras Fisioter. Ada A. Assunção, Rosana F. Sampaio, Licia M. B. Nascimento. 2010;14(1):52-9. 3- Assunção AA, Vilela LVO. Lesões por esforços repetitivos: guia para profissionais de saúde. Piracicaba, SP. Centro de Referencia em Saúde do trabalhador. 2009; 168p. 4- Barbosa MSA, Santos RM, Trezza MCSF. A vida do trabalhador antes e após a Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho (DORT). Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília. 2007 Set-out; 60(5): 491-6. 5- Bernard BP. Introduction. In: Bernard BP, editor. Musculoskeletal disorders and workplace factors - a critical review of epidemiologic evidence for work-related musculoskeletal disorders of the neck, upper extremity, and low back. 2nd ed. Cincinnati: National Institute for Occupational Safety and Health, Centers for Disease Control, Department of Health and Human Services. 1997. p. 1-14. 6- Coury HJCG, Moreira RFC, Dias NB. Efetividade do exercício físico em ambiente ocupacional para controle da dor cervical, lombar e do ombro: uma revisão sistemática, ISSN 1413-3555 Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v. 13, n.6, p. 461-79, nov./dez. 2009 © Revista Brasileira de Fisioterapia. 7- Couto HA. Ergonomia aplicada ao trabalho, vol II. Ed Ergo Ltda. Belo Horizonte. MG.1996 8- Couto, H. A. Ergonomia Aplicada ao trabalho: manual técnico da máquina humana. 2º v. Belo Horizonte: Ergo, 1995 9- Kjaer M, Laeger U. From exercise physiology to sports medicine. 1999; 161: 632933. 10- Leal F, Goulart AT, Almeida DA, Pinho AF. 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Análise das limitações, estratégias e perspectivas dos trabalhadores com LER/DORT, participantes do grupo PROFIT– LER: um estudo de caso. Ciência & Saúde Coletiva. 2010; 15(3):821-830. 17- Pinheiro FA, Tróccoli BT, Carvalho CV. Validação do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares como medida de morbidade. Revista Saúde Pública. 2002;36(3):307-12. 44 18- Polanyi MFD, Cole DC, Beaton DE, Chung J, Wells R, Abdolell M, et al. Upper limb work-related musculoskeletal disorders among newspaper employees: crosssectional survey results. Am J Ind Med. 1997;32(6):620-8. 19- Portaria Normativa n° 0001/92, SME/SEC – Regimento Escolar para as Escolas Municipais de Juiz de Fora – PJF – MG, 1992. 20- Prefeitura de Juiz de Fora. Juiz de Fora; Prefeitura; Acessado em 16/06/2011. Disponível em: .http://www.pjf.mg.gov.br/administracao. 21- Prefeitura de Juiz de Fora. Juiz de Fora; Prefeitura; Acessado em 16/06/2011. Disponível em: http://jflegis.pjf.mg.gov.br. 22- Prefeitura de Juiz de Fora. Juiz de Fora; Prefeitura; Acessado em 16/06/2011. Disponível em: http://www.pjf.mg.gov.br/se/conheca.php. 23- Prefeitura de Juiz de Fora. Juiz de Fora; Prefeitura; Acessado em 16/06/2011. Disponível em: http://www.pjf.mg.gov.br/se/conselhos/educacao/index.php. 24- Saad VL, Xavier AAP, Michasloski AO. Avaliação do risco ergonômico do trabalhador da construção civil durante a tarefa do levantamento de paredes. XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 2006 25- Salim CA, Doenças do Trabalho - exclusão, segregação e relações de gênero. São Paulo em Perspectiva. 2003; 17(1): 11-24. 26- Santos EF, Santos GF. Análise de Risco Ergonômico. ErgoBrasil. Jacareí, SP. 2006 27- Santos Filho SB, Barreto SM. Atividade ocupacional e prevalência de dor osteomuscular em cirurgiões–dentistas de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: Contribuição ao debate sobre os distúrbios osteomusculares relacionadas ao trabalho. Cad Saúde Pública 2001; 17: 181–93. 28- Takahashi MABC, Canesqui AM. Pesquisa avaliativa em reabilitação profissional: a efetividade de um serviço em desconstrução. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro. 2003 Set-out; 19(5):1473-1483. 29- Vidal MC. Ergonomia na empresa: útil, prática e aplicada. 2ª edição. Ed Virtual Científica. Rio de Janeiro, RJ. 2002. 30- Westgaard RH, Winkel J. Ergonomic intervention research for improved musculoskeletal health: a critical review. Int J Ind Ergon. 1997; 20(6):463-500. 31- Wisner A. Por dentro do trabalho. Ergonomia: método e técnica. Ed FTD/Oboré. São Paulo, SP. 1997. 45 ANEXO I – DIAGRAMA DE DOR CORLLET E QUESTIONÁRIO Nome Gênero Idade Estado civil Filhos Tempo de serviço Outro emprego Horas por semana Afastamento Tempo Motivo 46 ANEXO II - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Nome do Serviço do Pesquisador: UFJF Pesquisador Responsável: Eduardo de Castro Assis Endereço: Rua Joaquim de Almeida 236 - Jardim Laranjeiras CEP: 36033-160 – Juiz de Fora – MG Fone: (32) 3217 8332 - 9987 6156 E-mail: [email protected] / [email protected] TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO O(a) Senhor(a) está sendo convidado(a) como voluntário(a) a participar da pesquisa ―RISCO ERGONÔMICO PARA DISFUNÇÕES OSTEOMUSCULARES RELACIONADO À FUNÇÃO DE PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PUBLICA DE JUIZ DE FORA-MG‖. Neste estudo observaremos como a atividade laboral afeta a saúde do professor de escola pública. O que nos interessa é o grande número de estudos realizados a fim de identificar riscos ergonômicos desta atividade profissional. Para este estudo aplicaremos um questionário com questões relacionadas à condição social e aspectos gerais de saúde do professor. Será também aplicado outro questionário no qual pretendemos saber mais especificamente a presença de queixas de dor e desconforto. Outra ferramenta será utilizada para dirimir sobre riscos biomecânicos. Este estudo não trará risco para os sujeitos envolvidos, (risco mínimo) em especial para a saúde dos participantes e contribuirá para a compreensão da realidade destes trabalhadores. Para participar deste estudo o Senhor(a) não terá nenhum custo, nem receberá qualquer vantagem financeira. Você será esclarecido (a) sobre o estudo em qualquer aspecto que desejar e estará livre para participar ou recusar-se a participar. Poderá retirar seu consentimento ou interromper a participação a qualquer momento. A sua participação é voluntária e a recusa em participar não acarretará qualquer penalidade ou modificação na forma em que é atendido pelo pesquisador Eduardo de Castro Assis. O pesquisador irá tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo, não o identificando, não revelando detalhes de sua saúde, em particular da sua saúde funcional. Os resultados da pesquisa estarão à sua disposição quando finalizada. Seu nome ou o material que indique sua participação não será liberado sem a sua permissão. O senhor não será identificado em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo. Este termo de consentimento encontra-se impresso em duas vias, sendo que uma cópia será arquivada pelo pesquisador responsável, na Universidade Federal de Juiz de Fora e a outra será fornecida a você. Eu, ____________________________________________, portador do documento de Identidade ____________________ fui informado (a) dos objetivos do estudo ―RISCO ERGONÔMICO PARA DISFUNÇÕES OSTEOMUSCULARES RELACIONADO À FUNÇÃO DE PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PUBLICA DE JUIZ DE FORA-MG‖, de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que a qualquer momento poderei solicitar novas informações e modificar minha decisão de participar se assim o desejar. Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma cópia deste termo de consentimento livre e esclarecido e me foi dada a oportunidade de ler e esclarecer as minhas dúvidas. Juiz de Fora, _________ de __________________________ de 2010. Nome Assinatura participante Nome Assinatura pesquisador Nome Assinatura testemunha Data Data Data Em caso de dúvidas com respeito aos aspectos éticos deste estudo, você poderá consultar o CEP COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA/UFJF - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA UFJF/PRÓ-REITORIA DE PESQUISA CEP 36036.900 - FONE: 32 3229 3788.