Farmácias e parafarmácias: descubra as diferenças À primeira vista farmácias e parafarmácias parecem espaços de saúde semelhantes, mas ao analisá-los com mais atenção, verifica-se que as diferenças são imensas. Se por um lado, a farmácia tem tradição, longos anos de profissionalismo e pessoal qualificado capaz de prestar esclarecimentos sobre as dúvidas e preocupações dos seus utentes relativamente aos seus medicamentos, sujeitos ou não a receita médica, pelo aconselhamento, e pelos serviços farmacêuticos. Por outro, as parafarmácias que se instalaram no nosso país a partir de 2005, oferecem, somente, medicamentos não sujeitos a receita e uma panóplia de produtos de saúde, mas muito pouca explicação sobre os mesmos. Um espaço de saúde que se quis assemelhar a uma farmácia, mas que rapidamente se tornou num local cuja preocupação é a venda e onde o aconselhamento farmacêutico, quase não existe, pois o pessoal nestes espaços não é, na maioria dos casos, qualificado. As farmácias oferecem além de prateleiras cheias de medicamentos, a proximidade, tão bem conhecida do público em geral, uma espécie de almofada amortecedora que vai aliviando as dores e as dificuldades dos seus utentes. Se não existisse essa proximidade entre o farmacêutico e o utente, e mesmo, humanidade e “familiaridade”, nos tempos em que correm, não seria possível, o utente ter acesso ao seu medicamento muitas vezes sem o pagar, tal como vai acontecendo, o que é impensável nas parafarmácias. Se nos suportes publicitários relacionados com medicamentos se vê ou ouve a celebre frase” aconselhe-se com o seu farmacêutico”, é porque existem casos em que tal é mesmo necessário. Como por exemplo, produtos de saúde, que possuem interferência e situações em que estão contra-indicados, mas que nunca são explicadas nas parafarmácias. Outro exemplo, é a pílula do dia seguinte, que é simplesmente vendida sem informação e não dispensada, tal como, acontece nas farmácias, em que há um protocolo de intervenção, e em que se explica as mulheres o que vão tomar e quais os riscos a que estão sujeitas. Quanto ao preço que tanto preocupa os portugueses, principalmente nos últimos tempos, está demonstrado em estudos recentes que é mais elevado nas parafarmácias. Por todos estes motivos, na hora de escolher prefira o profissionalismo, a competência e a proximidade, prefira a sua farmácia e aconselhe-se com o seu farmacêutico. Anita Silva Farmacêutica Comunitária