AVISOS AGRÍCOLAS Circular n.º 5/2006 1. Citrinos Sr. Agricultor, neste momento, algumas plantas já emitiram uma nova rebentação e outras estão prestes a fazê-lo, recomendandose por isso que proteja as plantas contra os ataques da lagarta mineira e que faça uma adubação azotada. Além disso, nesta época do ano é normal verificar-se um aumento dos níveis populacionais de cochonilhas e de moscas brancas, os quais poderão provocar danos nas plantas e favorecer o desenvolvimento de fumagina. 1.1. Medidas Culturais Fertilização: para proporcionar um bom desenvolvimento dos novos rebentos, deverá ser feita uma adubação azotada, correspondente a metade da quantidade de azoto a aplicar num ano (tal como indicado na circular n.º 1/2006). Ponta Delgada, 11 de Setembro ou início da Primavera do próximo ano se irão formar os novos rebentos florais e os novos frutos. Deste modo, quanto mais vigorosos e saudáveis forem os rebentos, melhores serão as condições para a rebentação floral se dar e maior será a quantidade de fruta produzida. Lembramos que a eficácia dos tratamentos depende muito do momento em que são realizados. Assim, as plantas deverão ser tratadas logo que as novas folhas tenham entre 2-3 cm de comprimento (momento em que as lagartas são muito jovens e os insecticidas têm efeito letal sobre elas). Os produtos indicados para o combate a este insecto encontram-se listados no quadro 1 (verso). Cochonilhas e Moscas brancas Nesta altura do ano, as condições são muito favoráveis à proliferação das cochonilhas e das moscas brancas. Além dos estragos directos que provocam, por se alimentarem da seiva das plantas, enfraquecendo-as, também favorecem o aparecimento de fumagina. Fumagina são fungos negros que se desenvolvem nas meladas expelidas por aqueles insectos. Cobrem as folhas e os frutos, dificultando assim a realização da fotossíntese e os frutos sujos perdem o seu valor comercial. Os produtos indicados para o combate a estes insectos encontram-se listados nos quadros 2 e 3 (verso). 1.2. Controlo de Pragas e Doenças Lagarta mineira dos citrinos É muito importante que esta última rebentação do ano seja o menos afectada possível pela lagarta mineira dos citrinos, pois é sobre esta rebentação que no fim do Inverno Folhas atacadas por moscas brancas e por cochonilhas. Direcção de Serviços de Agricultura e Pecuária Laboratório Regional de Sanidade Vegetal Quinta de S. Gonçalo – 9504-541 PONTA DELGADA Tel. 296650270 – Fax 296650271 Quadro 1 – Insecticidas homologados para o combate à lagarta mineira dos citrinos. Substância activa acetamiprida abamectina (1) azadiractina (2) clorpirifos + hexaflumurão diflubenzurão (3) flufenoxurão (4) imidaclopride (5) lufenurão (6) metoxifenozida (7) tebufenozida (8) tiametoxame (9) Produto Comercial GAZELLE, EPIK VERTIMEC, BOREAL ALIGN DELFOS 3 DIMILIN WP 25 CASCADE CONFIDOR, PLURAL, SLING STUNT, CORSÁRIO MATCH 050 EC RUNNER MIMIC ACTARA 25 WG Concentração Produto Comercial/hl 40-50 g 40 ml 50-100 ml 150 ml 60 g 35-50 ml Intervalo de segurança (dias) 14 7 3 28 21 14 Aconselhado em Protecção Integrada X X X X 50 ml 14 X 150 ml 40-50 ml 60-75 ml 30 g 14 14 7 28 X X X X (1) Adicionar 250ml/hl de óleo de verão. (2) Para utilização exclusiva em agricultura biológica. Tratar ao aparecimento das pragas quando estas estão nos primeiros estados de desenvolvimento. (3) A 1ª aplicação deve ser efectuada no início do ataque (após a eclosão dos ovos) e em caso de necessidade repetir 21 dias após a 1ª. (4) Não efectuar mais de duas aplicações. (5) Excluindo utilização em limoeiro. Deve adicionar-se Foli-Óleo na concentração de 500ml pc/hl. No caso de a praga estar associada à mosca branca, a concentração do óleo deve ser de 1000ml pc/hl. A 1ª aplicação deve ser efectuada no início do aparecimento da praga com intervalos de 14 a 21 dias. (6) Dado o tipo de produto, os tratamentos devem em geral, ser efectuados na altura das posturas ou na altura da eclosão dos ovos ou na fase de larvas jovens (primeiros instares). (7) Adicionar 500ml/hl de óleo de verão Garbol. Tratar aos primeiros sinais de ataque da praga. (8) A aplicação deve ser feita logo que se observem os primeiros sintomas de ataque. Não efectuar mais de duas aplicações. (9) A aplicação deve ser feita logo que se observem os primeiros sintomas de ataque. Não efectuar mais de 1 tratamento. Quadro 2 – Insecticidas homologados para o combate a cochonilhas. Substância activa buprofezina clorpirifos (1) clorpirifos + hexaflumurão diazinão (1) (2) malatião + óleo mineral (3) metidatião (4) óleo de verão (5) Produto Comercial APPLAUD PIRIFOS 48, PYRINEX 48 EC CLORPIRIFOS SAPEC 48 EC DELFOS 3 BASUDINE 600 EW MALATIOL ULTRACIDE 40 E ULTRACIDE 40 M METACIDNE 40 M GARBOL SOLEOL, FITANOL Concentração Produto Comercial/hl 100 g 7 Aconselhado em Protecção Integrada X 150 -200 ml 28 X 150 ml 50 ml 1000 -1500 ml 93 - 140 ml 28 7 7 X 100 g 1700 -1850 ml 2000 ml Intervalo de segurança (dias) X 21 -- X (1) Adicionar óleo de verão na concentração de 800-1200g s.a./hl. (2) Aplicar apenas em laranjas, toranjas e pomelos. (3) Este produto não deve ser misturado com caldas à base de enxofre, nem aplicado em plantas que tenham recebido recentemente esse tratamento. (4) 21 dias, não efectuando mais de duas aplicações. (5) Regar antes da aplicação. Não aplicar desde a floração até os frutos terem o tamanho de uma noz. Quadro 3 – Insecticidas homologados para o combate a moscas brancas. Substância activa aldicarbe (1) azadiractina (2) bupropfezina Imidaclopride (3) Lufenurão (6) Produto Comercial TEMIIK ALIGN APPLAUD CONFIDOR O-TEQ (4) CONFIDOR, PLURAL, SLING STUNT, CORSÁRIO MATCH 050 EC Concentração Produto Comercial/hl 100 - 150 g/árvore 50 - 100 ml 100 g Intervalo de segurança (dias) Aconselhado em Protecção Integrada -3 7 X 50 (5) -75 ml 14 X 150 ml 14 X (1) Não efectuar mais de uma aplicação anual. Não semear ou plantar outras culturas nos solos de pomares de citrinos. (2) Para utilização exclusiva em agricultura biológica. Tratar ao aparecimento das pragas quando estas estão nos primeiros estados de desenvolvimento. (3) Excluindo utilização em limoeiro. A 1ª aplicação deve ser efectuada no início do ataque (após a eclosão dos ovos) e em caso de necessidade repetir 21 dias após a 1ª. (4) Se for utilizada a concentração mais baixa, adicionar 1.000l/ha de óleo de verão GARBOL. (5) Se for utilizada a concentração mais baixa (10g sa/hl) deve ser adicionado um óleo de verão na concentração de 1 litro de pc/hl. (6) Dado o tipo de produto, os tratamentos devem em geral, ser efectuados na altura das posturas ou na altura da eclosão dos ovos ou na fase de larvas jovens (primeiros instares), conforme a praga a proteger. Para sua segurança e da cultura a tratar, bem como para a protecção do meio ambiente, antes de utilizar um produto fitofarmacêutico, leia atentamente o respectivo rótulo. Para mais informações deve contactar: Circular n.º 5/2006 11 de Setembro Direcção de Serviços de Agricultura e Pecuária Laboratório Regional de Sanidade Vegetal Quinta de S. Gonçalo – 9504-541 PONTA DELGADA Tel. 296650270 – Fax 296650271