Plasmas e Altas Energias VÍNCULOS SOBRE A NATUREZA DO OBJETO COMPACTO E A GEOMETRIA DO SISTEMA BINÁRIO DE BAIXA MASSA 4U 1608-52 Marcio G B de Avellar1, Mariano Mendez2, Andrea Sanna2, Jorge E Horvath1, Laura Paulucci3 1 - IAG/USP 2 - Kapteyn Astronomical Institute - Univ. Groningen 3 - UFABC Sistemas binários em raios-x de baixa massa (LMXB) são constituídos por uma estrela de nêutrons ou um buraco negro acretando matéria, via disco, de uma estrela ordinária com M≤1M. 4U 1608-52 é uma LMXB constituída por uma estrela de nêutrons, e nesse tipo de sistema o disco se estende até muito perto da superfície da estrela de nêutrons. A emissão em raios-X do disco e da superfície da estrela podem fornecer informações sobre a geometria do espaço-tempo em torno do objeto compacto e sobre o comportamento da matéria sob densidades extremas. Utilizando as oscilações quasi-periódicas em kHz da emissão em raios-X como ferramenta para estudar a região interior do sistema, ou seja, a região de interação disco/objeto compacto, restringimos o tamanho da região emissora e da refletora (ou reemissora) e o local onde essas oscilações são produzidas. Nossos resultados indicam uma região reemissora da ordem de 100 metros, localizada na borda mais interna do disco, bem próxima da estrela de nêutrons. Depois, utilizando as mais novas e precisas medidas de massa e raio para estrelas de nêutrons, analisamos a viabilidade de uma classe de modelos estelares (quarks no estado CFL) restringindo importantes parâmetros dos modelos, tais como o gap de energia dos pares de 3 Cooper (∆≃50MeV), a massa do strange quark (ms≃120MeV) e a energia do vácuo (B≃69MeV/fm ). MAGNETOHYDRODYNAMIC SIMULATIONS OF RECONNECTION AND PARTICLE ACCELERATION: THREE-DIMENSIONAL EFFECTS Grzegorz Kowal1,2, Elisabete Maria de Gouveia Dal Pino1, Alex Lazarian3 1 - IAG/USP 2 - Astronomical Observatory, Jagiellonian University 3 - Department of Astronomy, University of Wisconsin-Madison The magnetic fields can change their topology through a process known as magnetic reconnection. This process in not only important for understanding the origin and evolution of the large-scale magnetic field, but is seen as a possibly efficient particle accelerator producing cosmic rays mainly through the first order Fermi process. In this work we study the properties of particle acceleration inserted in reconnection zones and show that the velocity component parallel to the magnetic field of test particles inserted in magnetohydrodynamic (MHD) domains of reconnection without including kinetic effects, such as pressure anisotropy, the Hall term, or anomalous effects, increases exponentially. Also, the acceleration of the perpendicular component is always possible in such models. We find that within contracting magnetic islands or current sheets the particles accelerate predominantly through the first order Fermi process, as previously described, while outside the current sheets and islands the particles experience mostly drift acceleration due to magnetic fields gradients. Considering two dimensional MHD models without a guide field, we find that the parallel acceleration stops at some level. This saturation effect is however removed in the presence of an outof-plane guide field or in three dimensional models. Therefore, we stress the importance of the guide field and fully three dimensional studies for a complete understanding of the process of particle acceleration in astrophysical reconnection environments. SUPERTRANSIENT MAGNETOHYDRODYNAMIC TURBULENCE IN ACCRETION DISKS Erico Luiz Rempel1,2, Geoffroy Lesur3, Michael R. E. Proctor4 1 - CTA/ITA 2 - CEA/INPE 3 - Laboratoire d’astrophysique Observatoire de Grenoble 4 - University of Cambridge - UK Discos de acreção são estruturas formadas ao redor de objetos massivos devido à atração gravitacional, estando ligados ao processo de formação de estrelas e planetas a partir de nuvens moleculares. Como a matéria do disco se desloca seguindo órbitas Keplerianas, o momento angular decai com a diminuição do raio r. Quando a matéria se desloca em direção ao centro do disco, a conservação do momento angular requer que o excesso de momento seja transportado para fora. Assim, o transporte de momento angular é um fenômeno crucial para o entendimento do sistema. Em modelos matemáticos sem campos magnéticos e quando o cisalhamento é a única estratificação, os discos de acreção Keplerianos são linearmente estáveis, o que significa que perturbações iniciais decaem para um regime laminar. A taxa de acreção de massa no disco depende do transporte de momento angular para fora do disco e a turbulência é uma das formas de se obter este transporte. Contudo, experimentos numéricos e em laboratório têm revelado que o transporte turbulento de momento angular em fluidos Keplerianos é muito baixo. Quando um campo magnético vertical é aplicado, a instabilidade magnetorrotacional (MRI) fornece uma instabilidade linear que pode resultar em uma forte turbulência magnetohidrodinâmica (MHD), capaz de gerar taxas adequadas de transporte de momento angular. Se não houver um campo magnético de fundo imposto ao problema, o campo original decai com o tempo devido à resistividade finita. Neste caso, algum tipo de dínamo nãolinear é necessário para amplificar e sustentar o campo original e manter a instabilidade. Neste trabalho, investigamos a transição para turbulência em discos Keplerianos usando simulações locais baseadas nas equações MHD incompressíveis com cisalhamento e verificamos que a turbulência gerada decai com o tempo, sendo que o tempo de atuação da instabilidade MRI cresce como uma função exponecial do número de Reynolds do escoamento. SIMULATING THE EVOLUTION OF MAGNETIC FIELDS IN THE INTRA-CLUSTER AND INTERGALACTIC MEDIUM USING A KINETIC MHD MODEL Reinaldo Santos-Lima1, Elisabete Maria de Gouveia Dal Pino1, Maria Soledad Nakwacki1, Alex Lazarian2, 1 Grzegorz Kowal , Diego Falceta-Golçalves3 1 - IAG/USP 2 - University of Wisconsin 3 - EACH/USP Estimates based on observational data reveal that the gas of the intergalactic (IGM) and intra-cluster medium (ICM) is weakly collisional. Therefore, using the standard magnetohydrodynamic (MHD) model for describing these kind of environments is poorly justified. In collisionless plasmas, the microscopic velocity distribution of the particles is not isotropic, and it gives rise to kinetic effects on the dynamical scales. These kinetic effects can have important effects on the turbulence and structure formation both in the IGM and ICM, as well as on the amplification and maintenance of the cosmic magnetic fields. It is possible to formulate fluid models for collisonless or weakly collisional gas by introducing modifications in the MHD equations. These models are often referred as kinetic MHD (KMHD). Using a KMHD model based on the so called CGL-closure, which allows the adiabatic evolution of the two components of the pressure tensor (i.e., the parallel and the perpendicular components with respect to the local magnetic field), we performed 3D numerical simulations of forced turbulence in the ICM in order to study the amplification of an initially weak seed magnetic field. We have found that a necessary condition for the magnetic field amplification to work is to impose limits to the anisotropy of the pressure. We have also found that the growth rate of the magnetic energy by the turbulence is comparable to that of the ordinary MHD turbulent dynamo, but the magnetic energy saturates at a level which is much smaller than that of the MHD case. In the case of an isothermal KMHD approach the success of the turbulent dynamo amplification depends critically on the regime of anisotropy. These results indicate that the amplification of magnetic fields in the ICM and IGM by turbulence is very limited when kinetic effects are important. It remains to study, however, the influence of the numerical resolution on these results.