História Isaquel Silva *Respostas corretas 1. (UFPB) ―A quebra de máquinas e a destruição de mercadorias estão entre as primeiras reações coletivas de trabalhadores [...]. Esses grupos de operários ingleses destruíam as máquinas (segundo eles, o principal motivo dos baixos salários) que permitiam a economia de mão de obra, atentando, ao mesmo tempo, contra o patrimônio dos proprietários‖. CATELLI JUNIOR, Roberto. História: texto e contexto. Ensino Médio, volume único. Colaboração de Maria Soledad Más Gondim e Renata Lima Aspis. São Paulo: Scipione, 2006, p. 307. Considerando o contexto histórico e os motivos políticos do movimento trabalhista referido no texto, é correto afirmar: a) Os participantes do movimento de quebra de máquinas ficaram conhecidos como Luditas. b) Os trabalhadores representavam as máquinas como menos trabalho e mais salários. c) A Revolução Industrial instalou ambientes de trabalho adequados à saúde. d) Os empresários recusavam a mão de obra composta por mulheres e crianças. e) A jornada de trabalho atendia as necessidades de descanso do trabalhador. 2. (UFPE) Explorar as colônias fazia parte das estratégias do mercantilismo. Mas o mercantilismo não conseguiu sobreviver aos ataques dos economistas clássicos ingleses, que formaram um pensamento importante para mudanças econômicas da modernidade. Esses economistas defendiam: a) a utilização da agricultura como base para transformar a economia europeia, dependendo, na época, da exploração das colônias. b) o fim do trabalho escravo nas colônias da América, incentivando o trabalho assalariado e a imediata industrialização das colônias. c) a valorização do trabalho humano na produção da riqueza social e a negação de práticas comerciais definidas pelo mercantilismo. d) o investimento nas indústrias e a descentralização das atividades econômicas, determinada por uma ampla reforma agrária. e) o fortalecimento do sistema colonial, com práticas econômicas mais livres e a reforma nas relações internacionais dedicadas ao comércio. 3. (UFC-CE) Leia abaixo o artigo da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, promulgada em 26 de agosto de 1789. “Qualquer homem pode emprestar os seus serviços, o seu tempo, mas não pode vender-se, nem ser vendido. Sua pessoa não é uma propriedade II MVA Limoeiro,16/05/2012 N°: ____ Série: 2º/EM Turma: 1 alienável. (...) Não pode existir senão compromisso de cuidados e de reconhecimento entre o homem que trabalha e aquele que emprega.” A análise do extrato acima, que trata das relações de trabalho na França, nos permite afirmar corretamente que o texto propõe a: a) Manutenção das obrigações entre servos e senhores feudais. b) Organização da sociedade com base no trabalho livre e assalariado. c) Consolidação dos contratos entre a burguesia e as corporações de ofício em expansão. d) Interferência do Estado na regulamentação do emprego da mão de obra assalariada. e) Supressão das ligas operárias como mediadoras das relações entre patrões e empregados. 4. (CAJUÍNA) A organização da colônia portuguesa na região que hoje é o Brasil foi parte de um projeto metropolitano que se integrava à estrutura política, social e econômica do desenvolvimento europeu da época onde se estabeleceu a seguinte ordem: Poder e riqueza para uma minoria; Suor e sofrimento para a maioria. Assinale a alternativa INCORRETA sobre o processo de colonização portuguesa no Brasil. a) A Coroa portuguesa não se interessou pela colonização imediata das terras sul-americanas porque o rei de Portugal havia sido informado pelos navegadores de que não havia indícios de metais preciosos. b) As capitanias hereditárias consistiam na divisão do território em grandes extensões de terras concedidas a particulares, os donatários. O donatário deveria colonizar a capitania e ainda fazer cumprir o monopólio real do pau-brasil. c) O governo de Mem de Sá foi bastante tumultuado pelos atritos ocorridos entre escravos e jesuítas, pois os religiosos eram favoráveis à escravização dos negros bem como ao confisco de suas terras que eram improdutivas. d) O governador-geral da colônia e os governadores das capitanias chegaram a contar com as tropas de linha. Essas tropas eram compostas por regimentos portugueses (milícias) e os seus integrantes não recebiam remuneração pelo serviço obrigatório. 5. (UFPR) A respeito do iluminismo, movimento filosófico que se difundiu pela Europa ao longo do século XVIII, considere as seguintes afirmativas: 1- Muitos filósofos franceses, entre eles Montesquieu, Voltaire e Diderot, foram leitores, __________________________________________________________________________________________________________ _ Colégio 3° Milênio – Uma história de grandes resultados! __________________________________________________________________________________________________________ _ admiradores e divulgadores da filosofia política produzida pelos ingleses, como John Locke com sua crítica ao absolutismo. 2- Quanto à organização do Estado, os filósofos iluministas não eram contra a monarquia, mas contra as ideias de que o poder monárquico fora constituído pelo direito divino e de que ele não poderia ser submetido a nenhum freio. 3- A descoberta da perspectiva e a valorização de temas religiosos marcaram as expressões artísticas durante o iluminismo. 4- Em Portugal, o pensamento iluminista recebeu grande impulso das descobertas marítimas. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras 6. (PUC-SP) "Se, num futuro de automatização vamos passar a desfrutar de mais lazeres, o problema que se põe não é: Como é que os homens vão ser capazes de consumir todas essas adicionais unidades de tempo? , mas sim qual será a capacidade de inovação dos homens que vão ter que viver uma parcela importante do seu tempo que não está vinculada a quaisquer obrigações de trabalho? (...) ...se a noção de tempo útil se tornar menos compulsiva, os homens terão de voltar a aprender algo da arte de viver que perderam com a Revolução Industrial: o modo de preencher os interstícios dos seus dias com relações pessoais e sociais mais ricas, mais repousantes; o modo de quebrar uma vez mais as barreiras entre o trabalho e a vida pessoal" (THOMPSON, E. P. "O tempo, a disciplina do trabalho e o capitalismo industrial", in SILVA, Tomaz T. da. TRABALHO, EDUCAÇÃO e PRÁTICA SOCIAL. Porto Alegre, Artes Médicas, 1991.) entre "vida" e "trabalho", formas essas que deverão ser recuperadas frente a novas possibilidades. 7. É mais correto chamarmos o ―iluminismo‖ de ―ideologia revolucionária‖, apesar da cautela e moderação política de muitos de seus expoentes continentais, a maioria dos quais – até a década de 1780 – depositava sua fé no despotismo esclarecido. Pois o iluminismo implicava a abolição da ordem política e social vigente na maior parte da Europa. HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções, 1789-1848. 15. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. p. 38. Considerando o texto acima e a historiografia sobre o tema, o Iluminismo a) foi um movimento de ideias que buscava reformar as instituições políticas e sociais do Antigo Regime, vigentes em grande parte da Europa. b) lutou pela igualdade e liberdade como garantias para alcançar o progresso humano por meio da razão e do desenvolvimento científico. c) assegurou a predominância dos ideais liberais em detrimento das ideias socialistas que criticavam as desigualdades sociais. d) aliou-se de forma indistinta a setores do clero, da nobreza e da burguesia nascente, tendo em vista garantir a proliferação de seus ideais. e) foi um conjunto de teorias que defendiam as estruturas da práticas autoritárias dos regimes liberais. 8. (VUNESP) A máquina, da qual parte a Revolução Industrial, substitui o trabalhador, que maneja uma única ferramenta, por um mecanismo, que opera com uma massa de ferramentas iguais ou semelhantes de uma só vez, e que é movimentada por uma única força motriz, qualquer que seja sua força. (Karl Marx. O Capital, 1867.) O texto possibilita afirmar que: a) a automatização, produto da Revolução Industrial, será condição suficiente e necessária para libertar o homem da carga excessiva de trabalho, deixando-lhe mais tempo livre para o lazer e favorecendo uma aproximação entre vida pessoal e profissional. b) a racionalização, através da divisão de tarefas e da impessoalidade do controle, tenderá a libertar o operário de tarefas mecânicas e repetitivas, possibilitando a ele racionalizar também seu tempo livre. c) o operário, frente a novas formas de organização do trabalho, deverá aprender a consumir adequadamente seu tempo livre, transformado pela Revolução Industrial numa mercadoria. d) as formas de trabalho impostas pela Revolução Industrial tenderão a ser "suavizadas" pela automatização, democratizando o acesso ao tempo livre e ao lazer, estabelecendo uma nítida separação entre as esferas da vida pessoal e do trabalho. e) o sistema de trabalho imposto pela Revolução Industrial destruiu formas tradicionais de sociabilidade, impondo uma nítida separação A partir do texto, é correto considerar que a Revolução Industrial a) aboliu a mão de obra no processo produtivo, provocando desemprego e sofrimentos sociais. b) aumentou a produção de mercadorias, instituindo uma forma de produção diferente da artesanal. c) impediu o surgimento de movimentos socialistas, subordinando os operários às máquinas. d) produziu um quadro de nivelamento econômico entre os países, devido à expansão da industrialização. e) atenuou as desigualdades sociais, favorecendo a ascensão política da grande massa de trabalhadores industriais. 9. (CESGRANRIO) ―Companheiros e cidadãos! Porque fui convidado para falar hoje a vocês? O que os negros dos Estados Unidos têm a ver com a independência dos Estados Unidos? Será que os grandes princípios da liberdade política e da justiça natural, presentes na Declaração da Independência, aplicam‐se também a nós? (...) Não me incluo entre aqueles que participam desse glorioso aniversário! A grande independência que vocês comemoram, revela somente a imensa distância que nos separa. A rica herança de justiça, liberdade, prosperidade e independência transmitida por seus pais pertence somente a vocês e não a mim. Da mesma forma, o dia que para vocês representa a luz e a esperança, significa para os negros os grilhões e a morte. Este 04 de julho é de vocês, não meu.‖ Tendo em vista o texto acima e seus conhecimentos, julgue a resposta correta sobre a Independência das Treze Colônias Inglesas: a) As colônias do Norte e do Centro, tiveram um desenvolvimento muito diferente das do sul. Nas duas primeiras regiões, predominava o trabalho escravo e as grandes propriedades e na segunda, o trabalho livre, pequenas propriedades e mercado interno. b) A Constituição Norte – Americana, concebida no espírito iluminista, definia o Estado como Republicano, Federativo e Presidencialista, estabelecendo a existência de três poderes independentes: Executivo, Legislativo e Judiciário. c) A Revolução Americana, instaurou uma nova ordem social, baseada na propriedade privada dos meios de produção e na supressão das diferenças entre as classes sociais. d) As Revoluções democrático‐burguesas, ao conterem a crítica mais radical do Antigo Regime, desenvolveram as idéias centrais do Positivismo e do Evolucionismo, contribuindo para o reforço do autoritarismo. e) A Revolução Americana, não fez parte do processo das Revoluções democrático‐burguesas, pois apresentou idéias de vida social incompatíveis com o capitalismo liberal. 10. (VUNESP) A imagem a seguir representa a situação da França às vésperas da Revolução Burguesa. Nela pode-se visualizar dois personagens sobre uma pedra que esmaga um terceiro caído no chão. Estabelecendo a relação entre a figura e a França pré-revolucionária, pode-se afirmar que a imagem representa a) a disputa de poder entre a Igreja e a nobreza – os personagens sobre a pedra – esmagando a burguesia. b) a punição imposta pela monarquia e pela Igreja aos camponeses pela destruição intencional das colheitas. c) a ascensão da burguesia, conseguida com o apoio da Igreja – sobre a pedra – e a submissão da nobreza à nova ordem. d) o poder pacificador da Igreja Católica, aliada da República, valorizando a ordem e esmagando as agitações populares. e) a opressão da nobreza e do clero sobre o Terceiro Estado, formado pela burguesia, camponeses e população urbana. 11. Artigo 5.º — O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à Inglaterra, ou proveniente de suas fábricas e de suas colônias é declarada boa presa. (...) Artigo 7.º — Nenhuma embarcação vinda diretamente da Inglaterra ou das colônias inglesas, ou lá tendo estado, desde a publicação do presente decreto, será recebida em porto algum. Artigo 8.º — Qualquer embarcação que, por meio de uma declaração, transgredir a disposição acima, será apresada e o navio e sua carga serão confiscados como se fossem propriedade inglesa. (Excerto do Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte.) Esses artigos do Bloqueio Continental, decretado pelo Imperador da França em 1806, permitem notar a disposição francesa de a) estimular a autonomia das colônias inglesas na América, que passariam a depender mais de seu comércio interno. b) impedir a Inglaterra de negociar com a França uma nova legislação para o comércio na Europa e nas áreas coloniais. c) provocar a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, por meio da ocupação militar da Península Ibérica. d) ampliar a ação de corsários ingleses no norte do Oceano Atlântico e ampliar a hegemonia francesa nos mares europeus. e) debilitar economicamente a Inglaterra, então em processo de industrialização, limitando seu comércio com o restante da Europa. 12. (VUNESP) O esquema refere-se à situação da receita e da despesa do Estado francês na década de 1780. A partir da observação dos dados, pode-se inferir a) o equilíbrio da economia do país, obtido pela administração centralizada, típica do absolutismo. b) a fragilidade das contas públicas, agravada pelo envolvimento do país em guerras externas, que aprofundaram a crise econômica. c) a importância das taxas pagas pela nobreza, que compunham grande parte das receitas do poder público. d) a necessidade de se aumentar o controle das fronteiras, para evitar a evasão de divisas para outros países europeus. e) os efeitos das revoltas camponesas, que desestruturaram a produção rural e diminuíram a arrecadação de impostos. 13. (FUVEST) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) As distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígenes e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor." (Stuart B. Schwartz, SEGREDOS INTERNOS) pode-se concluir que: A partir do texto a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento fundamental da sociedade brasileira colonial. b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade européia nos séculos XV e XVI. c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial. d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros, tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade colonial. e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros, não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos XVI e XVII.