3/18/2010
Mato Grosso no Contexto das
Mudanças Climáticas
Maurício Moleiro Philipp
Coordenador de Mudanças Climáticas – SEMA/MT
Constituição da Atmosfera

A atmosfera é a camada de ar que
envolve o planeta Terra, e é constituída
por vários gases.
• Nitrogênio (N2)------------------- 78%
• Oxigênio (O2) --------------------21%
99%
• Dióxido de carbono (CO2)
• Metano (CH4)
• Óxido nitroso (N2O)
• Outros...
2
1
3/18/2010
Entendendo o Aquecimento Global
O Efeito Estufa
Refletida
para o
espaço
Tmax: 50 ºC
Radiação
infravermelha
emitida pela
Terra
Radiação
solar
Incidente
(Principalmente
ondas curtas)
GEE
RI volta em
direção a
Terra
Tmin: -90 ºC
Tm = 15 oC
O Efeito Estufa
Toda a RI
voltaria
para o
espaço
Se não existisse os
GEE...
Sem
GEE
Sem GEE a Terra seria
um planeta congelado.
Tm = 15
mT
-18ooCC
2
3/18/2010
Aumento das Emissões de Gases
de Efeito Estufa
Había una vez un
Homoplaneta…
sapiens sapiens
lindo
Século XIX
Revolução IndustrialMenos
RI podem
sair
Mais
GEE
Tm = 15 oC
Mais RI
voltam
Tm = 15 oC + T
Dióxido de Carbono - CO2
Decorrente:
 Queima de combustíveis fósseis
 Mudança do uso do solo
Concentração na atmosfera:
1750 => 280 ppm
2005 => 379 ppm
Faixa natural dos últimos 650.000 anos
(180 a 300 ppm)
Figura: Conc. Atmosf. de
CO2 ao longo dos últimos
10.000 anos (painéis
grandes) e desde 1750
(painéis inseridos).
Taxa de aumento da concentração:
1960 a 2005 => 1,4 ppm/ano
1995 a 2005 => 1,9 ppm/ano
6
3
3/18/2010
Óxido Nitroso – N2O
Decorrente:
 principalmente a agricultura
Concentração na atmosfera:
1750 => 270 ppb
2005 => 319 ppb
Taxa de aumento da concentração
cte entre desde 1980.
Figura: Concentrações atmosféricas de N2O ao longo dos últimos 10.000
anos (painéis grandes) e desde 1750 (painéis inseridos).
7
Metano – CH4
Decorrente:
 principalmente a Agricultura
Concentração na atmosfera:
1750 => 715 ppb
1994 => 1732 ppb
2005 => 1774 ppb
Faixa natural dos últimos 650.000 anos
(320 a 790- ppb)
Figura: Conc. Atm. de CH4 ao longo dos últimos 10.000 anos
(painéis grandes) e desde 1750 (painéis inseridos).
8
4
3/18/2010
9
Emissões de CO2 por setor
no Brasil – 1994
Fonte: Plano Nacional Sobre Mudança do Clima – 2008
5
3/18/2010
Contribuição Brasileira
60 - 70% emissões causada pelo mudança no uso do solo
(~30% de queima de combustível fóssil)
Limites Climáticos
“Perigosos”









0,6 °C Branqueamento de corais
0,6 °C Perda de gelo da Antártica Ocidental
0,7 °C Desaparecimento da geleira do Kilimanjaro
1,0 °C Desaparecimento das geleiras dos Andes Tropicais
1,0 °C Desaparecimento do gelo sobre o Oceano Ártico
no final do verão
> 1,0 °C Extinção de espécies da fauna e da flora
1,6 °C Início do derretimento da geleira da Groelândia
2,0 °C é o limite para termos alterações climáticas ainda
suportáveis ou adaptáveis, o que corresponde a
concentração de CO2 de 450 ppm (atualmente é aprox.
390ppm)
3-4 °C Colapso da floresta Amazônica
Fonte: Exeter Conference, 2005 e IPCC, 2007
6
3/18/2010
Floresta & Clima







Florestas possuem enorme estoque de carbono
Conservação dos Recursos Hídricos
Formação de Chuvas
Produtos madeireiros e não madeireiros
Conservação da Biodiversidade
Proteção do Solo
Manutenção de patrimônio Cultural
Distribuição de Florestas no Globo
~ 4 bilhões de hectares de florestas 25% florestas tropicais úmidas (>50% da
~ 4 bilhões de hectares de florestas 25%biomassa)
florestas tropicais umidas (>50% da biomassa)
7
3/18/2010
Vapor d’água produzido pelas
Florestas Tropicais
Formação de Chuvas
Uma quantidade imensa de vapor
d’água nasce sobre o Atlântico próximo
à linha do Equador, ganha corpo sobre a
Floresta Amazônica por meio da
evapotranspiração e segue para oeste
até os Andes, onde o encontro com a
imponente muralha rochosa o faz
desviar para o sul.
Reciclagem: na Amazônia evaporação
devolve à atmosfera parte da água das
chuvas
Fonte: FAPESP
Dali esse imenso volume de água flutua
sobre a Bolívia, o Paraguai e os estados
brasileiros de Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais e São
Paulo.
8
3/18/2010
Expressão de Gene Tolerante à Seca
na Soja
9
3/18/2010
Impacto das Mudanças Climáticas nas
Florestas
10
3/18/2010
Protocolo Kyoto / MDL - Setor
Florestal

Restringe-se às
reflorestamento
atividades
de
florestamento
e

Não contempla o manejo florestal nem a conservação
de florestas para o primeiro período de compromisso.

O MDL tem se mostrado inadequado e ineficaz para a
conservação florestal;
11
3/18/2010
A participação dos projetos florestais
no MDL
0,49
0,49%
Projetos Florestais
0,49%
Projetos
Florestais
Outros
Outros
99,51
99,51%
99,51%
Convenção do Clima e a
Conservação de Florestas
Mecanismo de REDD
“Políticas e incentivos....relacionados a
redução de emissões da desflorestamento e
degradação florestal em países em
desenvolvimento”
UNFCCC Plano de Ação COP13, 2007, Bali
Definição para Copenhagen na COP 15
12
3/18/2010
Princípios do REDD
•
Cobrir custo de oportunidade da terra
relacionado à redução do desmatamento
•
Uma compensação financeira para
produtores
rurais,
populações
tradicionais para o desmatamento
evitado
•
Compensação Financeira pelo serviço
de armazenamento de carbono nas
florestas
O REDD pode trazer as
seguintes
oportunidades/vantagens:

Frear o desmatamento e diminuir as emissões
de GEE a ele associadas

Combater o aquecimento global

Promover incentivos
biodiversidade

Garantir a proteção aos direitos dos povos
indígenas
e
comunidades
tradicionais
envolvidas

Melhorar condições socioeconômicas dos
povos indígenas e comunidades tradicionais.
a
conservação
da
13
3/18/2010
Potencial de REDD em MT
Remanescentes Florestais

Mato Grosso possui expressivos remanescentes
naturais de florestas e cerrados, estas áreas somam
583.729 km2 (64% da área total de MT), área superior
por exemplo a área dos estados da Califórnia e Ohio
juntos;

Deste remanescente original , 407.842 km2 (70%),
concentram-se principalmente nas propriedades e
posses;

154.543 km2 (26%) são áreas protegidas, ou melhor,
áreas indígenas e unidades de conservação.
14
3/18/2010
Uso do solo em Mato Grosso
USO DA TERRA DE MATO GROSSO
UTILIZAÇÃO
KM²
%
68.625
7,6%
Pecuária
262.359
28,9%
Terras Indígenas
124.968
13,8%
Unidades de Conservação
42.600
4,7%
Agricultura
Pantanal
63.839
7,0%
Cerrado e Florestas
344.415
38,0%
Sub Total
906.807
100,0%
Fonte: SEMA
Ações de Fomento ao REDD

Implantação de projeto piloto de REDD na região
noroeste.

Participação efetiva do governo de Mato Grosso no
âmbito do Fórum de Governadores (Carta de Palmas),
junto a presidência da República, para a inclusão do
mecanismo de REDD, na Convenção do Clima.

Criação da Força Tarefa para o REDD.
15
3/18/2010
Projeto Piloto:
“REDD Noroeste”
Contextualização do Região Noroeste de
Mato Grosso

Extrema importância para a
conservação da biodiversidade x
zona de fronteira arco do
desmatamento;

12 terras indígenas e 7 Unidades
de Conservação - 44.052 km2 que
representa 41,87 % desta região;
16
3/18/2010
Região Noroeste – Mato Grosso
.
•
Colniza
•
Aripuanã
Cotriguaçu
•
Rondolândia
Juruena
Área total de floresta original:
10,5 milhões de hectares
Área Desflorestada:
1,8 milhões de hectares (18%)
Área de Remanescente
Florestais :
8,6 milhões de hectares
Castanheira
•
Juína
Investimento significativo no
desenvolvimento sustentável
• PGAI/PPG7
• PNUD/GEF/SEMA
• Peugeot/ONF Sequestro de
carbono
• Projeto de Prevenção do
Fogo/ ICV
Vetores do desmatamento
.
Milhões de hectares
Área desmatada, área sob manejo florestal sustentável
e número de gado no noroeste de Mato Grosso, 20002008
Fontes: PRODES, SEMA, IBGE, 2008
17
3/18/2010
Dinâmica do Desmatamento
Deforestation in Northwest Mato Grosso, 1998-2008
Desmatamento
na Região Noroeste de MT, 1998 - 2008
(Km²/year)
Deforestation
(Km²/ano)
Desmatamento
1.800
1.600
1.400
Média: 1.007 km²/ ano
1.200
1.000
800
600
400
200
0
58,000 km²
desflorestamento
525 milhões tC
18
3/18/2010
Taxas de Desmatamento
Município
Área de
Floresta
Original, km²
Desmatamento
acumulado,
km² (2008)
Remanescente
Florestal, km²
(2008)
Desmatamento
entre 1999 a
2008, km²
Taxa Anual de
desmatamento
entre 20002008
Aripuanã
24.802
3.700
21.102
2.287
0.9%
Castanheira
3.947
2.457
1.490
756
1.9%
Colniza
27.675
3.371
24.304
2.838
1.0%
Cotriguaçu
9.386
1.800
7.586
1.390
1.5%
Juína
23.617
4.236
19.381
1.340
0.6%
Juruena
2.752
1.150
1.602
660
2.4%
Rondolândia
12.525
1.822
10.703
796
0.6%
Total
104.705
18.536
86.170
10.068
1.0%
COTRIGUAÇU
•
•
•
•
Área total : ~ 940.000 ha
18% Terras indígenas
14% Áreas Protegidas
13% Assentamentos
Rurais
• 55% Terras Privadas
(54% Cadastrados)
19
3/18/2010
Vegetação e Biodiversidade
• Biodiversidade: Extremamente alta
(PROBIO)
• Vegetação: Floresta ombrófila aberta a
densa.
• Principais espécies de árvores:
Bertholletia excelsa (castanheira), Protium
heptaphylla (breu branco), Copaifera sp.
(copaíba), Aspidosperma sp. (guatambu),
Theobroma
speciosum
(cacauí),
T.
grandiflorum (cupuaçu), Inga sp. (ingá),
Himatanthus sp. (suor-de-cristo), Caryocar
vilossum (pequi), Tetragastris sp. (breu
vermelho), Guarea sp. (jitó), Capirona
huberiana, Sapotaceae (cálcio), Eriotheca sp.
(embirata), Brosimum sp., Apuleia leiocarpa
(Garapeira), Parkia pendula (Angelim saia).
Estoque de Biomassa e Carbono
(Cotriguaçu, Fazenda São Nicolau)
Estoque total de Carbono na vegetação: 195.6 tC/ha
Biomassa viva acima do
solo
310.6 t/ha
Medição em Alta Floresta
Madeira Morta
31.6 t/ha
Biomassa de raiz
grossa
65.2 t/ha
ICV, 2009
20
3/18/2010
Terra indígena do
Escondido
Criação: 01 de Novembro de 1996
Área Total: 170.265 ha
Grupos étinicos : Rikbaktsa
População: 70 pessoas (população
total Rikbaktsa : 1386 pessoas).
Áreas Protegidas
Parque Estadual Igarapés do Juruena
Área Total: 227.817 ha (100.913 ha Sobreposição do Parque Nacional
do Juruena)
Municípios: Colniza and Cotriguaçu
Bioma: Amazônia
Criação: 12 de November de 2002.
 Parque Nacional do Juruena
Área Total : 1.957,000 ha
Municípios : Cotriguaçu, Apiacás e Nova Bandeirantes (MT) e Apuí e
Maués (AM)
Bioma: Amazonia
Criação: 05 de Junho de 2006.
21
3/18/2010
Assentamentos Rurais
Assentamento Nova Cotriguaçu (Ouro Verde
dos Pioneiros, Nova União e Nova Esperança)
Área Total: 99.988 ha
Nº de famílias: 1479
Criação: 22 de Setembro de 1995
 Assentamento Juruena
Área Total : 30.072 ha
Nº de famílias: 400
Criação: 26 de Novembro de 1997
 Assentamento Cotriguaçu
Área Total: 11.359 ha
Nº de famílias: 226
Criação: 30 de Dezembro de 1990
Cadastramento de
Terras Privadas
Número de Propriedades Rurais: 90
Área Total: 253.567 ha
Área de Reserva Legal (ARL): 198.299 ha
Área sob Manejo Florestal (AFM):
42.398ha
Área de Exploração Florestal(AEF): 12.241ha
22
3/18/2010
% Desflorestamento por Categoria de Terra (2008 )
0.2%
51.7%
0.2%
9.9%
32.8%
Principais
Estratégias
1)
Melhorar a Governança das Florestas
2)
Promover a Conservação Florestal em
Terras Privadas
3)
Compensar os índigenas e outras
populações
tradicionais
locais
e
comunidades rurais (Assentamentos de
Pequenos Produtores).
23
3/18/2010
Possibilidades de Fontes de
Financiamento Externo
Mercado Voluntário
 Convenção do Clima ???
 Acordos Bilaterais

Possibilidades de Fontes de
Financiamento Interno
Fundo Nacional sobre Mudanças
Climáticas
 Política Estadual de Mudanças Climáticas
de São Paulo
 Política Estadual de Mudanças Climáticas
de Mato Grosso
 Fundo Amazônia

24
3/18/2010
Fundo Nacional sobre Mudança do Clima
LEI nº 12.114, de 9 de dezembro de 2009
Art.
3o
Constituem recursos do FNMC:
I - até 60% (sessenta por cento) dos recursos de que trata o inciso II do §
2o do art. 50 da Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997; (Política Energética
Nacional)
II - dotações consignadas na lei orçamentária anual da União e em seus
créditos adicionais;
III - recursos decorrentes de acordos, ajustes, contratos e convênios
celebrados com órgãos e entidades da administração pública federal,
estadual, distrital ou municipal;
IV - doações realizadas por entidades nacionais e internacionais, públicas
ou privadas;
V - empréstimos de instituições financeiras nacionais e internacionais;
VI - reversão dos saldos anuais não aplicados;
VII - recursos oriundos de juros e amortizações de financiamento
Art. 5o Os recursos do FNMC serão aplicados:
II - em apoio financeiro, não reembolsável, a projetos relativos à mitigação
da mudança do clima ou à adaptação à mudança do clima e aos seus
efeitos, aprovados pelo Comitê Gestor do FNMC, conforme diretrizes
previamente estabelecidas pelo Comitê.
V - projetos de redução de emissões de carbono pelo desmatamento e
degradação florestal, com prioridade a áreas naturais ameaçadas de
destruição e relevantes para estratégias de conservação da biodiversidade;
VIII - pesquisa e criação de sistemas e metodologias de projeto e
inventários que contribuam para a redução das emissões líquidas de gases
de efeito estufa e para a redução das emissões de desmatamento e
alteração de uso do solo;
25
3/18/2010
XI - pagamentos por serviços ambientais às comunidades e aos indivíduos
cujas atividades comprovadamente contribuam para a estocagem de
carbono, atrelada a outros serviços ambientais;
XII - sistemas agroflorestais que contribuam para redução de
desmatamento e absorção de carbono por sumidouros e para geração de
renda;
XIII - recuperação de áreas degradadas e restauração florestal, priorizando
áreas de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente e as áreas
prioritárias para a geração e garantia da qualidade dos serviços
ambientais.
Política de Mudanças Climáticas de São Paulo
Das Metas e Prazos
Art. 31. O Estado definirá medidas reais, mensuráveis e verificáveis
para reduzir suas emissões antrópicas de gases de efeito estufa,
devendo para tanto adotar, dentre outros instrumentos:
I - metas de estabilização ou redução de emissões, individual ou
conjuntamente com outras regiões do Brasil e do mundo;
II - metas de eficiência setoriais, tendo por base as emissões de
gases de efeito estufa inventariadas para cada setor e parâmetros de
eficiência que identifiquem, dentro de cada setor, padrões positivos
de referência;
III - mecanismos adicionais de troca de direitos obtidos.
LEI Nº 13.798, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2009
Institui a Política Estadual de Mudanças Climáticas - PEMC
26
3/18/2010
PL DA POLÍTICA DE MUDANÇAS
CLIMÁTICAS DE MT
Seção IV
Instrumentos Econômicos
Art...O Poder Público Estadual estabelecerá mecanismo
de pagamento por serviços ambientais para
proprietários de imóveis que promoverem a
recuperação, restauração, manutenção, preservação ou
conservação ambiental em suas propriedades, conforme
lei específica.
Criação do Programa de Governo na LDO/2010:
298 - Proteção do Clima
Conjunto de ações que tem por objetivo minimizar a emissão dos GEE’s.

Implantação da Política Estadual de Mudanças Climáticas


Elaboração do Plano Estadual de Mudanças Climáticas


Consolidação da Política Estadual de Mudanças Climáticas
Identificar, planejar e coordenar ações e medidas para mitigar as emissões de
gases de efeito estufa e da adaptação aos impactos decorrentes das
mudanças climáticas.
Fortalecimento do Fórum Mato-grossense de Mudanças Climáticas FMMC

Tem por objetivo disponibilizar logística e apoio técnico necessário para o
funcionamento do FMMC e construção das propostas.
27
3/18/2010
Criação do Programa de Governo na LDO/2010:
298 - Proteção do Clima

Elaboração do inventário das emissões antrópicas por fontes e
remoção por sumidouros de GEE


Elaborar inventário das emissões das atividades relacionadas a mudanças do
uso do solo, agricultura, pecuária, transporte, indústria, energia, resíduos e
outras
Capacitação técnica relacionada ao tema Mudanças Climáticas

Qualificar servidores da SEMA/MT, parceiros e sociedade civil para atuar na
área de mudanças climáticas nos diversos setores
Fórum Mato-grossense de
Mudanças Climáticas

Instituído pela Lei nº 9.111 de 15 abril de 2009

Objetivo Geral:
Conscientizar e mobilizar a sociedade sobre o fenômeno das
mudanças climáticas e assegurar a sua participação no planejamento
das ações de mitigação, adaptação e identificação de
vulnerabilidades.
Objetivos:
I - promover a articulação dos órgãos e entidades públicas e privadas
com o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e com a Comissão
Interministerial de Mudanças Climáticas, visando à formulação e
implementação eficiente de políticas públicas relativas às mudanças
climáticas globais;
28
3/18/2010
II - propor normas para a instituição de uma Política Estadual de
Mudanças Climáticas, em articulação com a Política Nacional de
Mudanças Climáticas e outras políticas públicas correlatas;
III - estimular a cooperação entre o governo, organismos nacionais e
internacionais, agências multilaterais, organizações não-governamentais
nacionais e internacionais, no campo das mudanças climáticas globais;
IV - apoiar a obtenção de financiamentos nacionais e internacionais para
aplicação em programas e ações relacionados às Mudanças Climáticas
V - propor mecanismos de incorporação da dimensão climática no
processo decisório relativo às políticas setoriais que se relacionem com
emissões e seqüestro de gases de efeito estufa, bem como estimular a
adoção de práticas e tecnologias mitigadoras das emissões dos referidos
gases;
VI - promover a realização de estudos, pesquisas e ações de educação e
capacitação nos temas relacionados às Mudanças Climáticas, que
atendam ao desenvolvimento sustentável do Estado;
VII - incentivar projetos que utilizem o Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL), a fim de que se beneficiem do “mercado de carbono”
decorrente do Protocolo de Kyoto;
VIII - promover a realização de estudos e pesquisas visando a
consolidação de metodologias de monitoramento da mudança global do
clima;
IX - promover a criação de infra-estrutura de monitoramento e vigilância
de mudança climática; e
X - incentivar estudos e pesquisas para a implementação de soluções
tecnológicas inovadoras visando a redução da emissão de gases de
efeito estufa – GEE, em Mato Grosso.
29
3/18/2010
Decreto de Composição do
Fórum
Estrutura do Fórum:
I – Plenário;
II – Presidência;
III – Secretaria Executiva;
IV – Câmaras Técnicas;
Política Estadual de
Mudanças Climáticas

Art... A Política Estadual de Mudança do Clima tem
por objetivo garantir que a população e o poder
público mato-grossense promovam todos os
esforços necessários para contribuir com a
estabilização das concentrações de gases de efeito
estufa na atmosfera em um nível que impeça uma
interferência antrópica perigosa no sistema climático,
em prazo suficiente a permitir aos ecossistemas uma
adaptação natural à mudança do clima e a assegurar
que a produção de alimentos não seja ameaçada e a
permitir que o desenvolvimento econômico prossiga
de maneira sustentável
30
3/18/2010
Objetivos Específicos
fomento e criação de instrumentos econômicos, financeiros,
fiscais e de mercado, para a promoção dos objetivos, diretrizes
e ações previstos nesta lei;
geração de informações atualizadas, completas e periódicas
sobre emissões de GEE e vulnerabilidades do estado às
mudanças climáticas;
incentivo às iniciativas e projetos, públicos e privados, que
favoreçam a mitigação de emissões de gases de efeito estufa e
adaptação às mudanças climáticas;
apoio à pesquisa, ao desenvolvimento, à divulgação e à
promoção do uso de tecnologias de combate à mudança do
clima e das medidas de adaptação e mitigação dos respectivos
impactos;
promoção iniciativas de educação e conscientização da
população sobre mudança do clima;
promoção de compras e contratações sustentáveis pelo poder
público com base em critérios de sustentabilidade, em
particular com vistas ao equilíbrio climático;






+ Objetivos Específicos





a elaboração de planos de ação que contribuam para
mitigação ou adaptação aos efeitos adversos das mudanças
climáticas nos diferentes níveis de planejamento estadual e
municipal;
incremento da conservação e eficiência energética em
setores relevantes da economia estadual; e eliminação
gradativa e racional de fontes energéticas fósseis;
proteção, recuperação e ampliação dos sumidouros e
reservatórios de gases de efeito estufa mediante emprego
de práticas de conservação e recuperação e/ou uso
sustentável de recursos naturais;
promoção de padrões sustentáveis para atividades
agropecuárias à luz das considerações sobre a mudança do
clima;
incentivo à adoção de políticas e fóruns sobre mudanças
climáticas em todos os níveis de governo.
31
3/18/2010
Instrumentos









Plano Estadual de MC: ex: Diagnóstico, metas, critérios
para REDD
Informacão e Gestão: ex. Inventários
Comando e Controle: ex. Licenciamento
Econômico: ex: incentivos fiscais
Projetos de Mitigação de Emissões
Licitações Sustentáveis
Educação, Pesquisa, Comunicação e Disseminação
Adaptação e Defesa Civil
Fundo Estadual de Meio Ambiente
Compromisso Redução de
Emissão
•Art....Para a consecução da Política fica estabelecida a
obrigatoriedade da assunção de compromissos de redução de
emissões antrópicas agregadas oriundas do Estado expressas
em dióxido de carbono equivalente dos gases efeito estufa
listados no Protocolo de Quioto (Anexo A) e na Política
Estadual de Mudanças Climática no percentual de ......até o
ano de ......
Item a ser amplamente discutido no Fórum,
consulta pública, estudos específicos,
envolvimento de todos os setores, outros…
32
3/18/2010
Força Tarefa sobre REDD e
Mudanças climáticas

Objetivo:

Construir um processo de diálogo e convergência entre a visão dos
Governadores dos Estados da Amazônia e o posicionamento do
Governo do Brasil no processo da UNFCCC.

A posição dos Governadores foi manifestada em uma carta dirigida ao
Presidente da República, por ocasião do Fórum de Governadores da
Amazônia, realizada em Palmas, Tocantins, em 26 de junho de 2009.

Um dos principais desafios desta Força Tarefa é, a partir das diretrizes
estabelecidas pela Carta dos Governadores sobre REDD, identificar um
tratamento adequado para ampliar as alternativas de financiamento do
REDD, mantendo um leque de opções, segundo as oportunidades
oferecidas pelas negociações no âmbito da UNFCCC.
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3/18/2010
Recomendações da Força Tarefa para o
Governo do Brasil as negociações
internacionais

Concentrar todos os esforços para a inclusão do REDD na UNFCCC,
utilizando todos os mecanismos de financiamento possíveis.

Liderar a construção de um novo mecanismo de mercado compensatório para
REDD, respeitando os princípios norteadores no relatório da Força Tarefa.

Aproveitar as oportunidades de cooperação entre os governos estaduais da
Amazônia e governos estaduais de outros países.

Incluir o REDD no crescente mercado de carbono, como forma de valorizar a
floresta em pé, na forma de compromissos adicionais para os países do
Anexo I. Isto poderia ser feito por meio de uma cota, a ser preenchida
exclusivamente por REDD.

Participação do Presidente da República na COP 15, liderando uma missão
de Governadores da Amazônia, com a devida articulação internacional,
fazendo posicionamento sobre florestas e clima.
OBRIGADO!!!
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Mato Grosso no Contexto das Mudanças Climáticas