Avaliação emergética da produção de biomassa de aguapé e da produção industrial de bio-óleo e carvão Luz Selene Buller Orientação: Prof. Dr. Enrique Ortega Co-orientação: Dr. Ivan Bergier 1 Objetivos Avaliar e discutir qual é o nível de colheita sustentável do aguapé considerando suas funções ecossistêmicas. Realizar a avaliação emergética do sistema natural de produção de aguapé e do processo produtivo de bio-óleo e carvão por pirólise rápida em ausência de oxigênio. 2 Lençol freático e rio Pulso de inundação Biodiversi -dade Ar CH4 Chuva CO2 N, P, C Vento Vegetação aquática O2 Répteis Aves Peixes Ilhas flutuantes Moluscos Insetos Ilhas flutuantes Aves Sedimento Répteis MO dec (*) Sol Bentos Caranguejos Mãode-obra Peixes Sedimento Crescimento de vegetação aquática nas baías, vazantes e margens dos rios do Pantanal Pesca Transporte no rio Paraguai Fluxo do rio Cadeia trófica das ilhas flutuantes, senescência e decomposição no rio Paraguai Recarga de aquífero G1 On-off Infra Estrutura Vento, O2, declividade (*) Mão-deobra Ilhas flut. e fauna Detritos Colheita Transporte no rio Rio Paraguai Materiais Serviços $ Biomassa $ Processo de Pirólise Rápida de Biomassa $ Bio-óleo $ Finos de Carvão Pirólise rápida de biomassa 3 Área de estudo Delimitada por Souza et al., 2010 Total: 17948,5 km² 4 Modelo sistêmico da produção de biomassa Pulso de Inundação Biomassa aguapé da região à montante Biodiversidade regional Metano Nutrientes N1 K4*D K5*C Fluxo de água no rio Paraguai Aves Escoamento de camalotes no rio Paraguai Nutrientes N2 Nutrientes Coluna d’água N Aguapé Q1 K3*Q1 Insetos Jacarés K1*R*N Peixes K0*R*N Sol J K2*Q1 C Detritos D R Crescimento do aguapé na área de estudo do Pantanal Área delimitada: 17948,5 km2 5 Equações diferenciais do modelo Variável de estado Fluxos de entrada Fluxos de saída Coeficientes Equação diferencial Q1 (Biomassa de aguapé) D (Detritos compostos por biomassa senescente) k1*R*N k2*Q1 k3*Q1 k4*D k1, k2 e k3 dQ1/dt= k1*R*N - k2*Q1 - k3*Q1 k2 e k4 dD/dt = k2*Q1 - k4*D N (Nutrientes na coluna de água) N1, k4*D e k5*C k1*R*N k1, k4 e k5 dN/dt = N1 + k4*D + k5*C k1*R*N k2*Q1 Para construir um programa para a simulação do sistema em estudo, devem-se obter os valores dos estoques (variáveis de estado) e dos fluxos. 6 Dados para a modelagem da produção de biomassa Análise da cobertura vegetal por imagens de satélite para um período de 17 anos realizada por Souza et al. (2010) que indica a ocupação territorial coberta por macrófitas em relação à altura do rio Paraguai em Ladário. Carga de fósforo nos rios da área de estudo (resumos Congresso de Ecologia Brasileira: Mármora et al., 2005; Moreira et al., 2007 e Silva et al., 2007). Estimativa da exportação de camalotes em Corumbá realizada por Ramires (1993). 7 Quantidade de biomassa de aguapé A quantidade de biomassa produzida sazonalmente na área de estudo foi determinada utilizando-se a equação 1. Nutrientes Coluna d’água N Aguapé Q1 K1*R*N Qag Aoctotal* %ag * d (Equação 1) K0*R*N Sol J R 8 Quantidade de biomassa de aguapé Os valores considerados para o cálculo da quantidade de biomassa de aguapé na área delimitada foram: Aoctotal, área ocupada por macrófitas em unidade de área = valores em km² (Souza et al., 2010) %ag, percentual de aguapé contido no total de vegetação aquática = 70% (Castro et al., 2010) d, a densidade mássica do aguapé em unidade de massa seca por unidade de área = 2,1 kg MS.m-2 (Vianna et al., 2010) 9 Variação sazonal de biomassa de aguapé A curva de produção sazonal foi aproximada por uma senoidal utilizando a equação 2 (Odum &Odum, 2000). t Y V R * seno 6,28* f (Equação 2) Y é uma função senoidal ou f(x) = seno(x) V é a média dos valores da grandeza utilizada R é a valor máximo da variação da grandeza utilizada, ou seja, é o quanto a grandeza varia em relação à sua média (amplitude) 6,28 é o valor em radianos do ciclo senoidal completo t é a unidade de tempo utilizada (meses, dias, etc.) f é o período de tempo para o modelo em função da unidade de tempo utilizada, por exemplo 1 (um) ano que significa 12 meses 10 Variação sazonal de biomassa de aguapé Foram calculados os valores médios em massa seca para a época da cheia, 1,27x107 ton MS, os valores para a época de seca, 9,08x104 ton MS e a produção anual de biomassa, 7,68 x107 ton MS. Crescimento de Biomassa 2,01E+07 1,81E+07 1,41E+07 1,21E+07 1,01E+07 8,06E+06 6,06E+06 4,06E+06 2,06E+06 Média Máximo Mínimo Ou t No v De z Se t Ju l Ag o Ju n ai M ar Ab r M Fe v Ja n De z No v Ou t Se t Ju l Ag o Ju n ai M Ab r ar M Fe v 6,15E+04 Ja n Ton MS biomassa 1,61E+07 11 Consumo de biomassa por herbivoria e senescência / produção de detritos Considerou-se que: Aguapé Q1 Aves K3*Q1 Insetos Jacarés Peixes K2*Q1 C Detritos D a quantidade de biomassa consumida por herbivoria é de 10% da produção (Esteves, 1988; Lodge, 1998); a quantidade de biomassa (lixiviada) que se torna detrito é de 35% (Mitsch, 1975). 12 Estoque de fósforo na coluna de água Este estoque depende: da entrada de nutrientes carreados pelo pulso de inundação, Pulso de Inundação Nutrientes N1 K4*D da entrada de nutrientes provenientes do metabolismo dos consumidores e K5*C C Nutrientes N2 Nutrientes Coluna d’água N D da devolução de nutrientes decorrentes da lixiviação dos tecidos vegetais senescentes. 13 Entrada de fósforo com o pulso de inundação Estes valores de fósforo foram calculados como a soma das cargas de P nos afluentes do rio Paraguai a jusante da área delimitada. 14 Entrada de fósforo com o pulso de inundação A curva sazonal foi aproximada por uma senoidal utilizando a equação 2 (Odum &Odum, 2000). Carga de Fósforo Total - entrada pulso de inundação (ton/mês) 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Fósforo total entrada do pulso 15 Entrada de fósforo com a ciclagem pelos consumidores O volume de fósforo reciclado pelos consumidores foi estimado sobre a contribuição dos jacarés que são abundantes no Pantanal. Esta estimativa pode ser melhorada considerando-se as contribuições dos peixes e das aves. A partir de estimativas da população de jacarés na área de estudo (Mourão et al., 2000) e de estudos sobre a ciclagem de fósforo por jacarés (Silva et al., 2006), obteve-se o valor de 0,0128 ton de fósforo por mês para esta entrada. 16 Entrada de fósforo pela lixiviação da biomassa senescente Neste estudo considerou-se que 70% do P contido na biomassa lixiviada na fase inicial da decomposição retorna para a coluna de água re-abastecendo o estoque de nutrientes. Este valor foi estimado considerando-se as observações experimentais de Reddy e DeBusk (1987) que indicam que 30% da carga de fósforo de um leito construído cultivado com aguapé é imobilizada no sedimento. 17 Início Com os dados e considerações anteriormente descritos foram calculados os valores dos fluxos e dos coeficientes das equações. Dados e considerações Condições Iniciais A partir de t=0 até t<tmáx Passo ∆t Cálculo dos incrementos de estoque R = J/(1+k0*N) Q1 = Amplitude + faixa de variação * seno (6,28 / escala temporal * t) dQ1/dt = Qt – Qt-1 = k1*R*N – k2*Q1 – k3*Q1 Assim: N = (dQ1/dt + k2*Q1 + k3*Q1) / (k1*R) Por meio de cálculos iterativos são obtidos valores para os incrementos do estoque de fósforo ao longo do tempo. dN/dt = N1 +N2 + k4*D - k1*R*N dD/dt = k2*Q1 - k4*D N = N + dN/dt Cálculo dos estoques e do tempo transcorrido D = D + dD/dt t = t + ∆t Tabela Gráficos 18 Fim Remoção de fósforo Níveis P no sistema (ton/mês) 500 400 300 200 100 0 Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun P acumulado nos detritos Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun P consumido por herbívoria P removido pelo aguapé Jul Ago Set P na coluna de água Out Nov Dez Total de P no sistema P removido e incorporado pelo aguapé (ton/mês) 60 50 40 30 20 10 0 Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set P removido pelo aguapé Out Nov Dez Jan Fev Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez P incorporado na biomassa de aguapé P removido e incorporado pelo aguapé (ton/mês) 60 Mar 19 Exportação de biomassa no rio Paraguai e colheita Cálculos de exportação de biomassa da região das lagoas para o rio Paraguai Produção de biomassa (ton MS biomassa/ano) Biomassa exportada (ton MS biomassa/ano) % da produção total exportado Referência 7,68E+07 1,70E+06 2,21% Ramires, 1993 7,68E+07 8,50E+05 1,11% Estimativas iniciais (*) (*) A partir das primeiras análises dos dados videográficos do escoamento de ilhas flutuantes na região de Corumbá. Colheita efetiva de biomassa x capacidades produtivas disponíveis Capacidade de produção planta de pirólise (kg MS (kg/h) biomassa/ano) Colheita efetiva (% da exportação) N meses ocupados Colheita efetiva o (kg MS biomassa/mês) (kg MS biomassa/dia) 100 264000 0,03 11 24000 800 200 528000 0,06 11 48000 1600 1000 1680000 0,20 7 240000 8000 2000 2400000 0,28 5 480000 16000 Hipoteticamente, nenhum dos níveis de colheita de ilhas flutuantes acima afetaria o equilíbrio do ecossistema por representarem apenas uma parte muito pequena do que escoa pelo rio em Corumbá (menos de 1% do volume produzido). 20 Avaliação emergética A Avaliação Emergética (AE) permite avaliar a renovabilidade, a emergia líquida de um sistema, a carga ambiental e a relação de troca entre o sistema natural e o sistema humano. Os índices obtidos permitem avaliar a eficiência ambiental e econômica do processo. 21 Modelo sistêmico da produção de biomassa Pulso de Inundação (rio) Lençol Freático Metano Nutrientes Biomassa produzida à montante Chuva Aves Nutrientes Coluna d’água Vento Mão-deobra Biodiversidade regional Insetos Jacarés Peixes Vegetação Aquática Exportação de ilhas flutuantes Peixes capturados Pesca Sol Fluxo de água do rio Detritos Crescimento da vegetaçao aquática na área de estudo Área delimitada: 17948,5 km2 Recarga do Aquífero 22 Tabela emergética da produção de biomassa de aguapé Número Item Fluxo Unidade Intensidade emergética (seJ/unidade) Referência (*) Emergia (seJ/ano) % Emergia (Em$/ano) R1 R2 R3 R4 Entradas Recursos Naturais Renováveis - R Entradas da atmosfera Energia solar Vento, energia cinética Chuva, potencial químico Chuva, energia potencial 1,40E+20 1,22E+18 1,19E+17 6,59E+15 J/ano J/ano J/ano J/ano 1,00E+00 2,51E+03 3,06E+04 1,76E+04 Odum, 1996 Odum, 1996 Odum, 1996 Odum, 1996 6,95E+21 1,40E+20 3,07E+21 3,63E+21 1,16E+20 5 0,1 2,2 2,6 0,1 5,89E+08 1,19E+07 2,60E+08 3,08E+08 9,84E+06 R5 R6 R7 Entradas da bacia Fósforo (pulso + rio) Fluxo de água, potencial químico Fluxo de água, energia potencial 2,63E+06 1,96E+16 4,08E+16 kg/ano J/ano J/ano 4,87E+16 8,14E+04 4,68E+04 Brandt-Williams, 2000 Odum, 1996 Odum, 1996 1,32E+23 1,28E+23 1,60E+21 1,91E+21 95,0 92,5 1,2 1,4 1,12E+10 1,09E+10 1,35E+08 1,62E+08 1,39E+23 100 1,17E+10 Emergia Total Soma maior contribuição da atmosfera e entrada de fósforo P1 P2 1,32E+23 Saídas Fluxo Unidade Biomassa de aguapé Água com menos nutrientes 7,68E+10 4,08E+13 kg MS/ano kg/ano Intensidade emergética Energia (J/kg) Energia (J/ano) 1,41E+07 1,69E+05 1,08E+18 6,91E+18 1,12E+10 Fator de uso emergético (%) 13,53 86,47 Emergia alocada Base Energia (seJ/ano) 1,78E+22 1,14E+23 Emergia alocada (Em$/ano) 1,51E+09 9,65E+09 Calculadas com a maior contribuição - pot. quím. chuva, input de fósforo e considerando o % de emergia alocada baseado em energia dos componenetes T1 T1 T1 Biomassa de aguapé = Biomassa de aguapé = Biomassa de aguapé = 2,32E+11 1,65E+04 0,01966 seJ/kg seJ/J Em$/kg 19,66 Em$/ton T2 T2 Água = Água = 5,65E+05 0,00024 seJ/J Em$/kg 0,24 Em$/ton (*) Os valores das transformidades foram atualizados de acordo com o baseline revisado por Odum et.al., 2000. Emdólar para Brasil = 1,18E+13 seJ/US$ Referência: Sweeney et al., 2007 - 23 Comparação da ordem de grandeza das transformidades obtidas Biomassa de aguapé Pantanal - área delimitada - este estudo Boreal silviculture Subtropical silviculture (slash pine) Subtropical mixed harwood forest (oak/gum/magnolia/pine) Tropical dry savanna Tropical mangroves Subtropical herbaceous wetland Subtropical shrub-scrub wetland (titi and willow dominated) Subtropical depressional forested wetland Marsh wetland Biomassa produzida de aguapé Boreal forest above ground production Slashpine above ground production Biomass Savanna biomass Biomass growth Algae Live biomass Live biomass Live biomass Live biomass seJ/J seJ/J seJ/J seJ/J seJ/J seJ/J seJ/J seJ/J seJ/J seJ/J sej/j/ha 1,65E+04 8,28E+03 9,79E+03 9,24E+03 1,76E+04 2,47E+04 7,56E+03 1,23E+05 1,16E+05 1,23E+05 1,23E+05 Este estudo Doherty, 1995 Doherty, 1995 Orrell, 1998 Prado-Jatar & Brown, 1997 Odum & Arding, 1991 Ortega, web Bardi & Brown, 2000 Bardi & Brown, 2000 Bardi & Brown, 2000 Bardi & Brown, 2000 5,65E+05 1,04E+06 Este estudo Brandt-Williams, 2000 Água Pantanal - área delimitada - este estudo Água seJ/J Subtropical freshwater lake Water seJ/J Obs.: Os valores das transformidades foram atualizados de acordo com o baseline revisado por Odum et.al., 2000. 24 Gráficos das intensidades emergéticas sazonais Transformidade Biomassa Produzida 500000 Tr biomassa (seJ/J) 400000 300000 200000 100000 ez D ut ov N O Se t go A Ju l Ju n M ai br A M ar Fe v Ja n ez ov D N ut O Se t go A Ju l Ju n M ai br A M ar Ja n Fe v 0 Mês 600 4,00E+05 500 400 3,00E+05 300 2,00E+05 200 0 Mês Ju l A go Se t O ut N ov D ez 0,00E+00 Se t O ut N ov D ez Ja n Fe v M ar A br M ai Ju n 100 Ju l A go 1,00E+05 Em$/ton biomassa 5,00E+05 Ja n Fe v M ar A br M ai Ju n TR (seJ/J) Transformidade e Em$/ton da Biomassa Produzida Tr (seJ/J) Em$/ton 25 Diagrama sistêmico do processo produtivo de biocombustíveis (pirólise rápida de biomassa) Biomassa Infra Estrutura Materiais Serviços Mão-deobra Gases quentes Sistema de colheita, transporte e trituração $ $ Bio-óleo $ Processo de Pirólise Rápida de Biomassa $ Finos de Carvão $ 26 Biomassa 1000 kg/h 100% Sistema de colheita, transporte e trituração Secagem e Moagem Processos de termoconversão Cadeia produtiva Potencialidade de uso da biomassa Modelo de negocio Produtos da Pirólise Alimentação Gases quentes 0 BTL e %d O2 Areia 30% Reator Câmara de combustão Resfriamento e condensação Bio-óleo Água Carvão Ciclone 1 Ciclone 2 (separação de partículas maiores) (separação de partículas menores) Recuperação de bio-óleo 30% 300 kg/h Extrato ácido Biomassa 40% Recuperação de carvão 400 kg/h Carvão em pó 27 Diagrama detalhado da pirólise rápida de biomassa Refratários Biomassa 1000 kg/h Aço Sistema de colheita, transporte e trituração Câmara combustão Areia Água Secador e moedor Energia elétrica Carvão Alimentador Reator de pirólise Gases (CO, CH4 e N2) 300 kg/h Serviços Carvão em pó 400 kg/h Ciclone 1 Ciclone 2 (separação de partículas maiores) (separação de Resfriador/ condensador Mão-deobra Pó de carvão (para briquetagem) Biochar (fertilizante) partículas menores) Bio-óleo 300 kg/h Bio-óleo (para gaseificação) Pirólise rápida de biomassa (1000 kg/h) 28 Tabela emergética para o sistema: sem fluxos financeiros e sem externalidades Número Item Fluxo UnidadeIntensidade emergética (seJ/unidade) Referência Emergia (seJ/ano) % Emergia Emergia Índice de Renovável (Em$/ano) Renovabilidade (seJ/ano) Emergia Não Renovável (seJ/ano) Recursos Naturais R1 R2 R3 R4 Renováveis - R Biomassa de aguapé Água (proveniente do rio para o sistema resfriamento) Carvão (pré-aquecimento) Areia 2,93E+13 1,17E+11 5,65E+09 3859,2 J/ano J/ano J/ano kg/ano 1,65E+04 AE biomassa 6,22E+05 AE biomassa 1,41E+06 Alonso-Pippo, 2004 1,68E+12 Odum, 1996 5,70E+17 4,83E+17 7,24E+16 7,95E+15 6,48E+15 71,4 60,5 9,1 1,0 0,8 4,83E+04 4,10E+04 6,14E+03 6,74E+02 5,49E+02 1,18E+17 14,8 1,00E+04 1 1 1 1 5,70E+17 4,83E+17 7,24E+16 7,95E+15 6,48E+15 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 MR 5,40E+16 MN 6,42E+16 Recursos da Economia M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M9 M10 Materiais - M Infra-estrutura Aço para construção civil Cimento para construção civil Equipamentos e Maquinário Aço do sistema de colheita e trituração Aço do sistema de alimentação e reator Aço dos ciclones Aço do sistema de recuperação de bio-óleo Aço do sistema de coleta de bio-óleo e carvão Aço da câmara de combustão Materiais Refratário Insumos Energia Elétrica 336 kg/ano 436,2 kg/ano 4,65E+12 2,02E+12 Haukoos, 1995 Haukoos, 1995 1,56E+15 8,81E+14 0,2 0,1 1,32E+02 7,47E+01 0 0 0,00E+00 0,00E+00 1,56E+15 8,81E+14 kg/ano kg/ano kg/ano kg/ano kg/ano kg/ano 4,65E+12 4,65E+12 4,65E+12 4,65E+12 4,65E+12 4,65E+12 Haukoos, 1995 Haukoos, 1995 Haukoos, 1995 Haukoos, 1995 Haukoos, 1995 Haukoos, 1995 0,00E+00 1,87E+15 7,48E+13 3,12E+14 1,81E+14 1,50E+14 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,00E+00 1,58E+02 6,34E+00 2,64E+01 1,53E+01 1,27E+01 0 0 0 0 0 0 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 1,87E+15 7,48E+13 3,12E+14 1,81E+14 1,50E+14 1005 kg/ano 5,14E+12 Buranakarn, 1998 5,17E+15 0,6 4,38E+02 0 0,00E+00 5,17E+15 5,40E+16 SR 7,70E+16 1,83E+16 4,40E+16 1,47E+16 3,08E+13 5,40E+16 SN 3,30E+16 1,83E+16 1,10E+16 3,66E+15 3,08E+13 7,01E+17 9,72E+16 402 16,08 67 38,86 32,16 9,65E+11 J/ano 1,12E+05 Brown & Ulgiati, 2004 1,08E+17 13,5 9,16E+03 0,5 9,07E+08 2,18E+09 1,16E+09 1,00E+08 4,04E+07 2,53E+07 1,58E+07 6,12E+05 1,10E+17 3,66E+16 5,50E+16 1,83E+16 6,15E+13 13,8 4,6 6,9 2,3 0,0 9,32E+03 3,11E+03 4,66E+03 1,55E+03 5,21E+00 0,5 0,8 0,8 0,5 7,98E+17 100,0 6,77E+04 Serviços - S S1 S2 S3 S4 Mão-de-obra especializada: 1 técnico Mão-de-obra operacional: 2 operadores mantenedores Mão-de-obra operacional: 1 assistente Manutenção mecânica J/ano J/ano J/ano J/ano Calculado neste caso Calculado neste caso Calculado neste caso Calculado neste caso EMERGIA TOTAL PRODUÇÃO P1 P2 P3 Bio-óleo Finos de carvão Gases Preço de venda (US$/kg) 9,93E+12 J/ano 7,00E+12 J/ano 1,83E+13 J/ano 0,55 0,27 Uso interno na secagem (*) Os valores das transformidades foram atualizados de acordo com o baseline revisado por Odum et.al., 2000. As transformidades de materiais estão com "labour and services". Emdólar Brasil = 1,18E+13 seJ/US$ Referência: Volume Produzido Ganho com vendas Ganho com vendas (kg/ano) (US$/ano) (seJ/ano) 624000 340363,64 4,02E+18 832000 226909,09 2,68E+18 Sweeney et.al., 2007 29 Tabela emergética para o sistema: com fluxos financeiros e com externalidades Número Item Fluxo Unidade Intensidade emergética (seJ/unidade) Referência Emergia (seJ/ano) % Emergia (Em$/ano) Recursos Naturais R1 R2 R3 R4 Renováveis - R Biomassa de aguapé Água (proveniente do rio para o sistema resfriamento) Carvão (pré-aquecimento) Areia 2,93E+13 1,17E+11 5,65E+09 3859,2 J/ano J/ano J/ano kg/ano 1,65E+04 AE biomassa 6,22E+05 AE biomassa 1,41E+06 Alonso-Pippo, 2004 1,68E+12 Odum, 1996 Custo % de diferença entre (US$/ano) valor emergético e valor econômico 5,70E+17 4,83E+17 7,24E+16 7,95E+15 6,48E+15 16,7 14,2 2,1 0,2 0,2 4,83E+04 4,10E+04 6,14E+03 6,74E+02 5,49E+02 1,09E+02 503,39% 1,18E+17 3,5 1,00E+04 1,19E+05 8,39% Preço Mercado (US$/kg) 0,03 Índice de Renovabilidade 1 1 1 1 Emergia Renovável (seJ/ano) Emergia Não Renovável (seJ/ano) 5,70E+17 4,83E+17 7,24E+16 7,95E+15 6,48E+15 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 MR 5,40E+16 MN 6,42E+16 Recursos da Economia M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M9 M10 Materiais - M Infra-estrutura Aço para construção civil Cimento para construção civil Equipamentos e Maquinário Aço do sistema de colheita e trituração Aço do sistema de alimentação e reator 336 kg/ano 436,2 kg/ano 4,65E+12 2,02E+12 Haukoos, 1995 Haukoos, 1995 1,56E+15 8,81E+14 0,0 0,0 1,32E+02 7,47E+01 1,06E+03 1,32E+02 12,50% 56,49% 3,15 0,30 0 0 0,00E+00 0,00E+00 1,56E+15 8,81E+14 kg/ano kg/ano kg/ano kg/ano kg/ano kg/ano 4,65E+12 4,65E+12 4,65E+12 4,65E+12 4,65E+12 4,65E+12 Haukoos, 1995 Haukoos, 1995 Haukoos, 1995 Haukoos, 1995 Haukoos, 1995 Haukoos, 1995 0,00E+00 1,87E+15 7,48E+13 3,12E+14 1,81E+14 1,50E+14 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,00E+00 1,58E+02 6,34E+00 2,64E+01 1,53E+01 1,27E+01 0,00E+00 1,65E+03 6,59E+01 2,74E+02 1,59E+02 1,32E+02 9,62% 9,62% 9,62% 9,62% 9,62% 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10 0 0 0 0 0 0 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 1,87E+15 7,48E+13 3,12E+14 1,81E+14 1,50E+14 1005 kg/ano 5,14E+12 Buranakarn, 1998 5,17E+15 0,2 4,38E+02 6,09E+02 71,87% 0,61 0 0,00E+00 5,17E+15 1,15E+05 7,93% 0,43 0,5 5,40E+16 5,40E+16 7,70E+16 1,83E+16 4,40E+16 1,47E+16 3,08E+13 SR 7,70E+16 2,14E+18 1,83E+16 1,10E+16 3,66E+15 3,08E+13 SN 3,30E+16 402 16,08 67 38,86 32,16 Aço dos ciclones Aço do sistema de recuperação de bio-óleo Aço do sistema de coleta de bio-óleo e carvão Aço da câmara de combustão Materiais Refratário Insumos 9,65E+11 J/ano Energia Elétrica 1,12E+05 Brown & Ulgiati, 2004 1,08E+17 3,2 9,16E+03 4,04E+07 2,53E+07 1,58E+07 6,12E+05 Calculado neste caso Calculado neste caso Calculado neste caso Calculado neste caso 2,22E+18 3,66E+16 5,50E+16 1,83E+16 6,15E+13 65,0 1,1 1,6 0,5 0,0 1,88E+05 3,11E+03 4,66E+03 1,55E+03 5,21E+00 0,5 0,8 0,8 0,5 1,18E+13 Sweeney et.al., 2007 1,18E+13 Sweeney et.al., 2007 1,18E+13 Sweeney et.al., 2007 1,01E+18 1,30E+17 9,69E+17 29,5 3,8 28,4 8,53E+04 1,10E+04 8,21E+04 0 0 0 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 1,01E+18 1,30E+17 9,69E+17 5,03E+17 14,8 4,26E+04 0 0,00E+00 5,03E+17 3,41E+18 3,29E+18 100,0 2,89E+05 2,79E+05 7,01E+17 6,47E+17 2,71E+18 2,64E+18 Serviços - S S1 S2 S3 S4 Mão-de-obra especializada: 1 técnico Mão-de-obra operacional: 2 operadores mantenedores Mão-de-obra operacional: 1 assistente Manutenção mecânica 9,07E+08 2,18E+09 1,16E+09 1,00E+08 J/ano J/ano J/ano J/ano Serviços Adicionais - S S5 S6 S7 Pagamento do principal sobre empréstimos Pagamento de juros sobre empréstimos Impostos e taxas sobre serviços públicos 85289,52 US$/ano 11002,35 US$/ano 82100,68 US$/ano Mudanças de estoque interno Pagamento de lucros a acionistas Depreciação Amortização Recursos Financeiros Custo de aquisição do sistema de colheita e trituração Custo de aquisição da planta de pirólise Custo da construção civil Custo de Aquisição de Equipamentos e Infra-estrutrura Entrada de Recursos Financeiros - Faturamento Anual Saída de Recursos Financeiros Fluxo Líquido de Dinheiro Externalidades (5% de reserva sobre capital investido) Emissões gasosas da produção Resíduos sólidos da produção Efluentes Ruídos Odores e Fumaça EMERGIA TOTAL EMERGIA INCORPORADA - Y 35817,71 US$/ano 2441,66 US$/ano 2558,69 US$/ano 0,00 787878,79 65016,36 852895,15 567272,73 219210,60 348062,13 US$ US$ US$ US$ US$/ano Soma das vendas US$/ano Soma dos pagamentos US$/ano 42644,76 US$/ano Soma das contribuições da natureza, serviços e externalidades, para evitar dupla contagem exclui-se materiais PRODUÇÃO P1 P2 P3 Bio-óleo Finos de carvão Gases 1,18E+13 Sweeney et.al., 2007 Preço de venda (US$/kg) 9,93E+12 J/ano 7,00E+12 J/ano 1,83E+13 J/ano 0,55 0,27 Uso interno na secagem (*) Os valores das transformidades foram atualizados de acordo com o baseline revisado por Odum et.al., 2000. As transformidades de materiais estão com "labour and services". Emdólar Brasil = 1,18E+13 seJ/US$ Referência: Volume Produzido Ganho com vendas Ganho com vendas (kg/ano) (US$/ano) (seJ/ano) 624000 340363,64 4,02E+18 832000 226909,09 2,68E+18 Sweeney et.al., 2007 30 Item Item Recursos Naturais Recursos Naturais Renováveis - R Biomassa de aguapé Água (proveniente do rio para o sistema resfriamento) Carvão (pré-aquecimento) Areia Renováveis - R Biomassa de aguapé Água (proveniente do rio para o sistema resfriamento) Carvão (pré-aquecimento) Areia Recursos da Economia Recursos da Economia Materiais - M Infra-estrutura Aço para construção civil Cimento para construção civil Equipamentos e Maquinário Aço do sistema de colheita e trituração Aço do sistema de alimentação e reator Materiais - M Infra-estrutura Aço para construção civil Cimento para construção civil Equipamentos e Maquinário Aço do sistema de colheita e trituração Aço do sistema de alimentação e reator Aço dos ciclones Aço do sistema de recuperação de bio-óleo Aço do sistema de coleta de bio-óleo e carvão Aço da câmara de combustão Materiais Refratário Insumos Aço dos ciclones Aço do sistema de recuperação de bio-óleo Aço do sistema de coleta de bio-óleo e carvão Aço da câmara de combustão Materiais Refratário Insumos Energia Elétrica Energia Elétrica Serviços - S Serviços - S Mão-de-obra especializada: 1 técnico Mão-de-obra operacional: 2 operadores mantenedores Mão-de-obra operacional: 1 assistente Manutenção mecânica Mão-de-obra especializada: 1 técnico Mão-de-obra operacional: 2 operadores mantenedores Mão-de-obra operacional: 1 assistente Manutenção mecânica Comparação entre os itens das tabelas Serviços Adicionais - S Pagamento do principal sobre empréstimos Pagamento de juros sobre empréstimos Impostos e taxas sobre serviços públicos Externalidades Emissões gasosas da produção Resíduos sólidos da produção Efluentes Ruídos Odores e Fumaça 31 Comparação entre fluxos agregados Fluxos de emergia Recursos Naturais Renováveis - R Recursos Naturais Não-renováveis - N Total de Recursos Naturais - I Materiais da economia - M MR MN Serviços da economia - S SR SN Serviços Adicionais - SA Feedback da Economia - F Externalidades Emergia incorporada - Y Valor emergético - Em$ Sem fluxos fin. e ext. Com fluxos fin. e ext. Sem fluxos Com fluxos fin. e ext. fin. e ext. seJ/ano 5,70E+17 5,70E+17 (I = R + N) (F = M + S) (Y = I + F) 5,70E+17 1,18E+17 5,40E+16 6,42E+16 1,10E+17 7,70E+16 3,30E+16 0 2,28E+17 0 7,98E+17 Em$/ano 6,77E+04 2,79E+05 5,70E+17 1,18E+17 5,40E+16 6,42E+16 2,22E+18 7,70E+16 3,30E+16 2,11E+18 2,33E+18 5,03E+17 3,29E+18 32 Indicadores emergéticos para o sistema de produção de biocombustíveis AE AE Sem fluxos Com fluxos fin. e ext. fin. e ext. Índices Emergéticos Transformidade bio-óleo Transformidade carvão Transformidade gases quentes % Renovabilidade EYR - Taxa de emergia líquida EIR - Taxa de investimento ELR - Taxa de carga ambiental EER - Taxa de intercâmbio emergético do bio-óleo EER - Taxa de intercâmbio emergético do carvao Unidade Emergia alocada/Fluxo seJ/J Emergia alocada/Fluxo seJ/J Emergia alocada/Fluxo seJ/J (R+MR+SR)/Y % Y/F adimensional F/I adimensional (N+MN+SN)/(R+MR+SR) adimensional Y/(Em$ das vendas) seJ/Em$ Y/(Em$ das vendas) seJ/Em$ EYR é uma medida da contribuição potencial do processo estudado à economia em decorrência da exploração do recurso local. Processos para obter combustíveis fósseis apresentam alto EYR. ELR é uma medida da pressão de um processo sobre o ambiente, uma medida do stress ecossistêmico. Quanto mais o desenvolvimento se afasta do processo natural, maior o ELR. 8,04E+04 1,14E+05 4,37E+04 87,82% 3,50 0,40 0,14 0,20 0,30 3,43E+05 4,87E+05 1,86E+05 21,32% 1,41 4,09 0,14 0,85 1,27 EIR é uma medida da dependência da economia para o processo. Quanto maior este índice, mais intenso é o uso dos recursos da economia e mais dinheiro circula. EER é uma medida do quanto é justa uma troca. O processo entrega valor aos compradores que devolvem dinheiro. 33 Obrigada a todos! Agradecimentos especiais: 34