Biocombustíveis Os biocombustíveis são fontes de energias renováveis, derivados de produtos agrícolas como a cana-de-açúcar, plantas oleaginosas, biomassa florestal e outras fontes de matéria orgânica. Em alguns casos, os biocombustíveis podem ser usados tanto isoladamente, como adicionados aos combustíveis convencionais. Como exemplos, podemos citar o biodiesel, o etanol, o metanol, o metano e o carvão vegetal. No contexto mundial, os biocombustíveis deverão suprir uma importante parte da demanda mundial num futuro próximo, motivada principalmente por considerações de ordem ambiental, pela elevação dos preços do petróleo no mercado internacional e pela incerteza na oferta de combustíveis fósseis no médio e longo prazo. Biodiesel Biodiesel é um combustível biodegradável alternativo ao diesel de petróleo, criado a partir de fontes renováveis de energia, livre de enxofre em sua composição. O uso do biodiesel traz uma série de benefícios associados à redução dos gases de efeito estufa, e de outros poluentes atmosféricos, tais como o enxofre, além da redução do consumo de combustíveis fósseis. Apenas recentemente esse biocombustível entrou n agenda do governo brasileiro. Apesar da primeira patente do biodiesel no mundo ter sido registrada e 1980, por um professor da Universidade Federal do Ceará, somente em Dezembro de 2004 é que foi lançado, oficialmente, pelo governo brasileiro o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel. Etanol O etanol é, numa definição simples, um álcool incolor, volátil, inflamável e totalmente solúvel em água, derivado da cana-deaçúcar, do milho, da uva, da beterraba ou de outros cereais, produzido através da fermentação da sacarose. Comercialmente, é conhecido como álcool etílico, e sua fórmula molecular C2H5OH ou C5H6O. Em 1975, com o lançamento do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), o percentual de álcool anidro misturado à gasolina aumentou significativamente e o álcool etílico hidratado passou a ser utilizado em veículos cujos motores foram especialmente desenvolvidos para esse combustível. O etanol é hoje um produto de diversas aplicações no mercado, largamente utilizado como combustível automotivo na forma hidratada ou misturado à gasolina. Também tem aplicações em produtos como perfumes, desodorantes, medicamentos, produtos de limpeza doméstica e bebidas alcoólicas. Merece destaque como uma das principais fontes energéticas do Brasil, além de ser renovável e pouco poluente. A biomassa pode ser usada para combustíveis, produção de energias e produtos que de outra maneira seriam produzidos a partir de combustíveis fósseis. Este tipo de energia não é livre de emissões, porém o uso deste recurso tem o potencial de decrescer as emissões dos gases que contribuem para o efeito de estufa, já que o dióxido de carbono libertado é contrabalançado pelo dióxido de carbono capturado no processo de produção da Biomassa Biomassa Já há muito tempo que a biomassa ou a bioenergia (energia proveniente de plantas e seus derivados) é utilizada pela Humanidade, desde que se queima madeira para se aquecer ou para cozinhar. Processo de transformação da energia Através da fotossíntese, as plantas transformam a energia proveniente da luz do sol em energia química, que mais tarde pode ser convertida em calor, combustível ou eletricidade. Quimicamente, a fotossíntese é representada de acordo com o esquema abaixo: 6H2O + 6CO2 + energia solar = C6H12O6 + 6O2 Se o processo de transformação da biomassa em energia for executado de maneira eficiente e controlada, a queima resultará em água (H2O) e dióxido de carbono (CO2), além da própria energia. Devido a este motivo, a biomassa é considerada uma fonte totalmente renovável e, se empregada da forma correta, não-poluente. Produzida eficientemente, a biomassa também pode representar uma parcela significativa da energia total gerada em um país. Atualmente, utilizam-se principalmente quatro formas de conversão da biomassa em energia: Pirólise: através desta técnica, a biomassa é exposta a altíssimas temperaturas sem a presença de oxigênio, visando acelerar a decomposição da mesma. O que sobra da decomposição é uma mistura de gases (CH4, CO e CO2 – respectivamente, metano, monóxido de carbono e dióxido de carbono), líquidos (óleos vegetais) e sólidos (basicamente carvão vegetal). Gaseificação: assim como na pirólise, aqui a biomassa também é aquecida na ausência do oxigênio, gerando como produto final um gás inflamável. Este gás ainda pode ser filtrado, visando a remoção de alguns componentes químicos residuais. A diferença básica em relação à pirólise é o fato da gaseificação exigir menor temperatura e resultar apenas em gás. Combustão: aqui a queima da biomassa é realizada a altas temperaturas na presença abundante de oxigênio, produzindo vapor a alta pressão. Este vapor geralmente é utilizado em caldeiras ou para movimentar turbinas. É uma das formas mais comuns hoje em dia, e sua potência situa-se na faixa de 20 a 25%. Co-combustão: esta prática propõe a substituição de parte do carvão mineral utilizado em uma termoelétrica por biomassa. Desta forma, reduz-se significativamente a emissão de poluentes (principalmente dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio, responsáveis pela chuva ácida). A faixa de desempenho da biomassa encontra-se entre 30 e 37%, sendo por isso uma opção bem atrativa e econômica atualmente”.