HONORATO FILHO E O JORNAL FOLHA DO NORTE: INCURSÕES MAIS QUE LITERÁRIAS NO PERIÓDICO FEIRENSE Marcela Rodrigues Soares* 1 HONORATO FILHO E O JORNAL FOLHA DO NORTE Entre 1926 e 1949, Honorato Filho realizou inúmeras publicações no jornal Folha do Norte. Advindo da capital baiana para se estabelecer como médico na cidade de Feira de Santana, em 1924, é só a partir de 1926 que seu nome começa a veicular no jornal feirense como poeta e não só nos anúncios da clínica médica. A princípio, suas publicações eram poemas estruturalmente nos moldes clássicos, com preferência pelo soneto, e eram publicados na seção O soneto da Folha, que habitava geralmente a primeira ou quarta página do periódico, e, em raras vezes, a segunda ou a terceira, mais destinadas a notícias de ordem geral, propagandas e informes da administração pública. Nesse caminhar, entre 1926 e 1927, por exemplo, seus sonetos apresentam uma ostentação vocabular e uma plasticidade temática típicas dos parnasianos, “entrançando termos complicados”, para utilizar a definição de Ramos (2002). São poucos os poemas que trazem resquícios de uma subjetividade mais intensa. Entre eles, podemos destacar a singularidade metafórica de A virgem e o colibri, nos versos que desencadeiam uma leitura romântica da mulher amada, cuja beleza é a representatividade da natureza, o lócus ao qual os vicilinos buscam o amor, “onde toda a alegria se constella” 1. A ausência das publicações do autor entre os meses de setembro de 1927 e janeiro de 1928 é justificada em um texto denominado De novo em acção2, no qual Honorato Filho diz ter se afastado pelo acúmulo de atividades 3, e não pela influência ou mudança de postura, já que suas opiniões continuavam ilibadas e que, segundo o próprio escritor “o meu brio se não vendeu ainda as imposições de quem quer que seja, nem a minha penna se amoldou aos caprichos de ninguem”, por isso mesmo, o retorno é * Mestre em Literatura e Diversidade Cultural (UEFS). Professora de Literatura do Ensino Médio.b ISBN: 978-85-7395-211-7 também um irônico aviso: “De novo em acção, continuarei a preocupar os espiritos dos meus amaveis leitores”. E preocupa. Em 1929, Honorato Filho sai em defesa do escritor feirense Pizarro Lima – pseudônimo utilizado por Leonídio Rocha –, que havia recebido menção honrosa em um concurso da Academia Brasileira de Letras por seu livro Terra da Promissão, mas cujo crítico Tristão de Athayde acusa ser um “dramalhão” e não literatura. Para tal empreendimento, publica um texto esboçando sua ideia acerca de crítica literária que, naquele tempo, segundo o autor, era feita por zoilos que “joieravam vários senões e coisinhas de nonada” e eram “eivados de preconceitos e acommettidos de apoplexias literarias...4”. Com esse texto, o escritor admite-se também enquanto crítico literário, atividade comum nos periódicos da época, a qual, segundo Carvalho Filho, “os padrões de julgamento eram personalistas” 5. Os poemas publicados durante anos 30 trazem uma leitura mais pessimista da vida. Há um tom inquiridor diante da existência, que apresenta desilusões, abandono, angústias, solidão, enfim, toda a figuração da melancolia romântica, representada no exaustivo emprego de palavras como tristonho, solitário, silêncio, amargo, choro, passado e sonho. Distinguem-se nesse período os poemas publicados em latim e em alemão, um amplo exibicionismo verbal para entendimento de alguns – como o próprio autor ironiza acerca do entendimento/utilidade da arte no prefácio de seu livro Pedaços d’alma (1926), intitulado “Multa paucis” 6, expressão latina que significa “muitas/importantes coisas para poucos” –, e também a constatação da influência de Goethe, sempre referenciado em suas epígrafes. Mais uma vez o autor impôs-se um longo período de silêncio no jornal, durante os anos 30, especificamente no ano de 1935, quando só volta a veicular um texto seu a partir do mês de junho. O texto que marca o reinício de suas incursões intitula-se Quebrando o silêncio7, e, entre uma e outra assertiva que mascarava o tom irônico, certamente destinado a algumas pessoas específicas, o autor afirma: [...] cumpro, por uma disposição natural de minhas faculdades intellectivas que, felizmente, ainda se não desvitalizaram com o silencio a que me impuz propositadamente, [...], cumpro, repito-o sem titubeios nem rebuços, o dever de dar importancia ao pedido insistente 4º Encontro Nacional de Pesquisadores de Periódicos Literários, 4., 2010, Feira de Santana. Anais. Feira de Santana: Uefs, 2013. 235 dos que sempre procuraram ler meus artigos nas columnas deste conceituado Jornal, e desejam, de novo, minha volta à arena do periodismo. Evidencia-se nesse texto um clamor do público pela volta da publicação dos textos de Honorato Filho no jornal Folha do Norte, não veiculados, como o próprio autor afirmou, por vontade própria. Cumpre salientar que o periódico feirense era um meio muito utilizado pelos pacientes do Dr. Honorato Bomfim para exaltá-lo e agradecê-lo pelos feitos médicos. Nos anos de 1940, aparecem os poemas mais voltados para a temática cristã. Além disso, o autor, que até então apresentava neutralidade política durante as publicações das décadas de 20 e 30, passa a vinculá-las ao jogo político que se delineia na cidade. O jornal também foi, para Honorato Filho, esse palco de disputa política quando, ao ser destituído do cargo de médico municipal, assume deliberadamente sua posição partidária e acirra a campanha contra o partido da situação, o PSD, ao qual os editores do jornal Folha do Norte eram opositores, mas cuja antipatia ainda não tinha sido demonstrada por Honorato Filho, ao menos publicamente, em seus textos. É dessa forma que, em novembro de 1947 o autor se pronuncia: O pessedismo local, no entanto, em vez de fazer, com destemôr, dignidade e altruísmo, a campanha política, em torno do nome do candidato de sua preferência, lança mão das pasquinadas, sob o anonimato achincalhante, repelente e ofensivo à moralidade pública. [...] Sim, o pessedismo local, cada vez mais sanhudo, em vez de seguir o caminho da verdade, para pompear as convicções políticas nas colunas da imprensa, que é o baluarte dos vanguardeiros da civilização, pela qual a pena do jornalista destemido tem que ser o gládio de luz na defêsa da soberania popular, preferiu, sem nenhuma habilidade política, lançar mão dos pasquins, que infamam, atassalham, enodôam a dignidade humana, e mal recomendam os nojosos confeccionadores dessas misérias morais8. Honorato Filho coloca em xeque a reputação do jornal que serve ao PSD feirense, denominando-o pejorativamente de pasquim, salientando que a utilidade de um verdadeiro periódico deve ser a defesa dos interesses da população, qualidade que ele 4º Encontro Nacional de Pesquisadores de Periódicos Literários, 4., 2010, Feira de Santana. Anais. Feira de Santana: Uefs, 2013. 236 atribui à Folha do Norte e à Coligação Democrática Feirense (formada pelos partidos UDN e PR), apoiada, entre outros, pelos dirigentes do periódico. Para Carvalho Filho 9, “a política partidária era [...] uma das forças, senão a principal, da aparição, florescimento e desaparecimento na conformidade de eventuais interesses ou necessidades dos órgãos de publicidade”. E a política era (e é) também uma das forças que faziam emergir opiniões, por vezes ocultas. Como reflexo dessa disputa política de 1947, os poemas de Honorato Filho publicados nesse ano voltam-se para temas como sordidez humana, calúnia, traição e hipocrisia, entre outros. Além dos poemas, em todo esse período no qual Honorato Filho marcou presença no Folha do Norte, há também uma outra modalidade empregada ostensivamente pelo autor: a crônica, gênero textual híbrido, que caracteriza “a literatura do jornal. O jornalismo da literatura. É a pausa de subjetividade, ao lado da objetividade da informação do restante do jornal. Um instante de reflexão, diante da opinião peremptória do editorial”10. A publicação das crônicas de Honorato Filho era assídua e, embora a princípio fossem publicadas na segunda ou terceira colunas da primeira página, passaram a ser veiculadas na primeira coluna, após publicação de uma crônica no qual tece crítica elogiosa ao jornal feirense. A crônica nomeada Será possível?...11 apresenta uma série de indagações aos motivos pelos quais uma cidade como Feira de Santana possui um jornal com circulação apenas aos sábados, em vez de diariamente. Segundo o autor, o jornal serve ao progresso da urbe e aos interesses das classes proletárias, mas a cultura intelectual e o cultivo das letras em Feira de Santana estavam sendo substituídos por interesses egoístas, atravancando “[o] progredimento material, [...] [a] evolução política e econômica, [...] [o] grau de intellectividade, [...] [a] harmonia social, [...] [a] prophylaxia geral, [...] [os] gestos de philantropia”12. A imprensa evidencia, por esse lado, um papel social do escritor, de autoridade que fala em nome de outros, de porta voz de anseios ou repulsas de uma sociedade. Ele é o homem legitimado a cumprir esse papel. Dessa forma, adquire uma essência doutrinária em seus textos, ressaltada por uma forte tendência oratória e uma eloquência emblematizada na linguagem rebuscada. As crônicas e os artigos são de opinião pragmática, na defesa da moral e dos bons costumes do e para o povo. Esse caráter ressalta a preocupação com a recepção do jornal perante a sociedade, posto que não se 4º Encontro Nacional de Pesquisadores de Periódicos Literários, 4., 2010, Feira de Santana. Anais. Feira de Santana: Uefs, 2013. 237 faz um consumo meramente passível das leituras, já que as ideias são pendentes de recusa e aprovação. Em texto sobre a defesa da educação, por exemplo, Honorato Filho, ao refletir sobre o descaso do país com a questão do analfabetismo considera: O analphabetismo é e continuará a ser um grande mal para o progredimento do nosso amado Brasil, se os governos não attentaram de logo as vistas para essa peste que se vae, sem treguas e devastadoramente, apossando do organismo rachitico da sociedade, em certas regiões ainda engolfadas na lethargia do esquecimento, ainda embebidas nos pantanaes do feudalismo, ainda cheias de prepotencias doentias, sob as leis draconianas da faca e do cacête13. Percebe-se a consciência da situação social e da política do país, a qual ainda se valia, em várias regiões, da força. Esses textos de denúncia e/ou os reflexivos aproximam o escritor de seus interlocutores, pois é através do periódico que se estreita a relação entre o público leitor e o autor de literatura, afinal, a imprensa e a literatura completam-se, com a circunstância de que não houve escritor destro sem a passagem acidental ou prolongada pelo jornalismo; como se disséssemos, no ninho escasso das folhas despontaram as asas logo emplumadas para o rasgado vôo das inteligências mais férteis e dos espíritos mais altos do mundo literário14. Desde fins do século XIX circulam jornais em Feira de Santana e, com eles, propagam-se “os rasgados vôos” dos escritores literários. Foi a literatura de jornal que possibilitou uma maior difusão da literatura em tempos nos quais os livros eram escassos e de valor monetário inacessível a grande parte da população. Com isso, a literatura publicada em periódicos serviu para difundir não só a estética literária em si, mas propagar juízos de valor. Os textos de Honorato Filho no jornal propagavam informações, mas principalmente uma assunção de valores. Havia sempre uma marca ideológica subjacente aos textos. Para o autor, a sociedade é um organismo que se deixa infectar pelo “germe da impotente e desmedida hypocrisia” 15, a qual se deve combater, ao menos, em suas produções textuais. 4º Encontro Nacional de Pesquisadores de Periódicos Literários, 4., 2010, Feira de Santana. Anais. Feira de Santana: Uefs, 2013. 238 Por esse motivo, diversas vezes, em suas produções para o jornal, afirma ter consciência, porém não arrependimento, dos descontentamentos que porventura causou, mesmo que involuntariamente, em alguns leitores, já que respeita seu semelhante, mas está, acima de tudo, a serviço da verdade. Estruturalmente, mesmo em textos não literários, o autor transparece indícios de seu fazer poético, seduzido pelo ritmo das palavras. Em Hypocrisia, destaca-se um parágrafo cujo acervo lexical interfere na apresentação estética do texto. [...] na voz que murmureja, no beijo que estala, na brisa que perpassa, no canto que estribilha, na asa que esvoeja, na côr que se transmuda, na dôr que se soluça, no pesar que se apregôa, no riso que se finge, na cordura que se partilha, nos olhares que se permutam, na sympathia que se propala, na admiração que se endeosa [...]16. Percebe-se que a escolha dos verbos proporciona uma profusão do som /a/, por pertencerem gramaticalmente à primeira conjugação, com exceção do verbo “fingir”, que proporciona a quebra sonora, logo retificada pelo ritmo. Embora seja constante a luta do prosador contra a cadência musical das palavras, como evidenciou Octavio Paz17, é traço distintivo de Honorato Filho essa confluência da crônica, que se diz social, com os artifícios poéticos, pois é com a literatura que, segundo o autor “feirense”18, se chega mais fácil ao coração. No Folha do Norte, Honorato se contém em textos mais clássicos; porém, ainda que tímidos, os experimentalismos poéticos do autor não foram colocados à prova de uma sociedade que respirava o estilo de época parnasiano, ficaram guardados em manuscritos inéditos, nos quais manifesta uma linhagem lírico-amorosa mais erotizada. Esse fato sugere uma consciência do escritor diante da recepção de seu público, ainda não aberto a tantas novidades, já que Feira de Santana era uma cidade de ares interioranos. Os poemas de outros autores, publicados no jornal, também eram, em sua maioria, sonetos parnasianos, fator ratificado pela seção que engendrava as produções desse caráter, já que não era qualquer estrutura de poema, mas os sonetos da folha, cujos temas estavam ligados à tradição do estilo de época parnasiano, a exemplo da presença de poemas de Olavo Bilac e Arthur de Salles. 4º Encontro Nacional de Pesquisadores de Periódicos Literários, 4., 2010, Feira de Santana. Anais. Feira de Santana: Uefs, 2013. 239 2 INCURSÕES MAIS QUE LITERÁRIAS Feita essa explanação acerca da produção de Honorato Filho no jornal Folha do Norte, cabe refletir que em fins do século XIX e no início do século XX, o jornal era o meio mais viável de produção e consumo de literatura, o que contribuiu para que boa parte dos escritores brasileiros fosse consolidada por meio da imprensa. É imprescindível o papel do jornal na formação do painel literário e, principalmente, no registro dessa literatura, por vezes esquecida dentro do arcabouço cultural das sociedades modernas. Em 1950 “a Folha do Norte era o jornal mais lido em todo o interior da Bahia”19. Hoje não existe mais tal prestígio para o periódico, que fica restrito às estantes de acervos e à pequena circulação local. É relevante pensar nos acervos jornalísticos também como acervos literários, para que não se interrompa o fluxo cultural e as inserções mais que literárias – que um dia constituíram o corpus simbólico de uma sociedade – estejam sempre presentes no devir. Como afirmou o próprio Honorato Filho: “Não deixeis que o ‘Jornal’” – e, acrescento, a literatura do jornal – “da vossa terra estremecida viva a dormir o somno do esquecimento [...]20”. NOTAS _______________________ 1 HONORATO FILHO, 1927a, p. 4. HONORATO FILHO, 1928, p. 1. 3 Honorato desenvolvia, além das atividades médicas, em seu consultório particular, o exercício do cargo de médico da prefeitura, no Matadouro Municipal, ministrava cursos particulares – conforme pode ser verificado nos anúncios do jornal – de Ciências, Inglês, Português, Francês, Grego, Psicologia, História Natural, História da Filosofia, Sociologia, Química, Física, entre outros. Era professor do Ginásio Santanópolis e a partir de 1935 também integra o corpo docente da Escola Normal Rural, além de, nos anos 30, ser o diretor-médico da Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana. 4 HONORATO FILHO, 1929, p. 1. 5 CARVALHO FILHO, 1986, p. 23. 6 HONORATO FILHO, 1926, p. 7. 7 HONORATO FILHO, 1935, p. 1. 2 4º Encontro Nacional de Pesquisadores de Periódicos Literários, 4., 2010, Feira de Santana. Anais. Feira de Santana: Uefs, 2013. 240 8 HONORATO FILHO, 1947, p. 1. CARVALHO FILHO, 2008, p. 80. 10 TÁVOLA, 2001. 11 HONORATO FILHO, 1927d, p. 1; 4. 12 Idem. 13 HONORATO FILHO, 1927b, p. 1. 14 CALMON, 2008, p. 185. 15 HONORATO FILHO, 1927c, p. 1. 16 Idem. 17 PAZ, 1982, p. 274. 18 Adotamos o termo “feirense” entre aspas pelo fato de Honorato Filho ser, na verdade, cidadão soteropolitano, mas ele viveu seu período de intensa produção poética, de 1924 até 1949 – ano de sua morte –, na cidade de Feira de Santana. 19 POPPINO, 1968, p. 2202. 20 HONORATO FILHO, 1927d, p. 1; 4. 9 RESUMO Entre 1926 e 1949, Honorato Filho realiza uma série de publicações literárias no jornal Folha do Norte, nas quais demonstra a sua versatilidade temática, a ostentação lexical, os exercícios formais e a força lírica dos versos, dentre outros aspectos que evidenciam sua relação com o periódico e a influência do suporte textual na recepção do leitor. Esses elementos contribuem para vislumbrar um papel de doutrinador social, demonstrado (in)diretamente na escritura de seus textos. Nesse trabalho, apresentaremos os traços distintivos dos textos poéticos e em prosa de Honorato Filho, que realçam a ressonância romântica e o estilo de época parnasiano, além da identificação com o jornal, que pode ser constatada pela assumida articulação com a postura religiosa e a ideologia política manifestada por ambos. Objetiva-se, também, através dos textos, delinear a opinião do autor, especificamente acerca do jornal Folha do Norte, demonstrando a importância dos acervos jornalísticos para a perenização e a impressão de nomes como o de Honorato Filho no sistema cultural. PALAVRAS-CHAVE: Honorato Filho. Jornal Folha do Norte. Literatura. ABSTRACT Between 1926 and 1949, Honorato Filho performs a series of literary publications in the Folha do Norte newspaper, in which demonstrates his thematic versatility, the lexical ostentation, the formal exercises and the lyrical strength of verses, among other aspects that evidence his relation with the periodic and the influence of textual support in the reception of the reader. These elements contribute to glimpse a role of social counselor, (in)directly demonstrated in the writing of his texts. In this paper, we will present the distinctive features of the poems and prose of Honorato Filho, that highlight the romantic resonance and the Parnassian period style, beyond the identification with the newspaper, which can be ascertained by the assumed linkage with the religious posture 4º Encontro Nacional de Pesquisadores de Periódicos Literários, 4., 2010, Feira de Santana. Anais. Feira de Santana: Uefs, 2013. 241 and the political ideology manifested by both. It is also intended, through the texts, outlining the author's opinion, specifically about the Folha do Norte newspaper, demonstrating the importance of journalistic acquis to the perpetuation and printing of names as Honorato Filho in the cultural system. KEYWORDS: Honorato Filho. Folha do Norte newspaper. Literature. REFERÊNCIAS CALMON, Pedro. A Imprensa e a Literatura. In: TAVARES, Luis Guilherme Pontes (org.). Apontamentos para a história da imprensa na Bahia. Salvador: Academia de Letras da Bahia, 2008. CARVALHO FILHO, Aloísio de. Jornalismo na Bahia, 1875-1960. In: TAVARES, Luis Guilherme Pontes (org.). Apontamentos para a história da imprensa na Bahia. Salvador: Academia de Letras da Bahia, 2008. CARVALHO FILHO. Arco & Flexa. In: SANTANA, Valdomiro; Instituto Nacional do livro (Brasil). Literatura baiana (1920-1980). Rio de Janeiro: Philobiblion, Brasília: INL, 1986. HONORATO FILHO, A virgem e o colibri. 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POPPINO, Rollie E. Feira de Santana. Salvador, Bahia: Editora Itapuã, 1968. TÁVOLA, Artur da. Literatura de Jornal (o que é crônica). Texto extraído do jornal O Dia, 27 jun. 2001. In: Nossa Língua _ Nossa Pátria. Disponível em: http://www.nlnp.net/lit-jor.htm. Acesso em 19 ago. 2010. 4º Encontro Nacional de Pesquisadores de Periódicos Literários, 4., 2010, Feira de Santana. Anais. Feira de Santana: Uefs, 2013. 243 NOTA 4º Encontro Nacional de Pesquisadores de Periódicos Literários, 4., 2010, Feira de Santana. Anais. Feira de Santana: Uefs, 2013. 244