1 UNIVERSIDADE POTIGUAR - UnP PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO - PPGA MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO Eduardo Benevides de Oliveira PARTICIPAÇÃO FEMININA NO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA DO VESTUÁRIO MASCULINO: UMA INVESTIGAÇÃO NO UNIVERSO DAS MULHERES NATAL 2011 2 Eduardo Benevides de Oliveira PARTICIPAÇÃO FEMININA NO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA DO VESTUÁRIO MASCULINO: UMA INVESTIGAÇÃO NO UNIVERSO DAS MULHERES Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Administração da Universidade Potiguar como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Administração na Área de Gestão Estratégica de Negócios. Orientador: Prof. Dr. Alípio Ramos Veiga Neto. NATAL 2011 3 O43p Oliveira, Eduardo Benevides de. Participação feminina no processo de decisão de compra do vestuário masculino: uma investigação no universo das mulheres / Eduardo Benevides de Oliveira. – Natal, 2011. 187f. Dissertação (Mestrado em Administração). – Universidade Potiguar. Pró-Reitoria de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação. Bibliografia: f. 125-132. 1. Administração – Dissertação. 2. Participação Feminina. 3. Decisão do Homem. 4. Análise Fatorial. I. Título. RN/UnP/BSFP CDU: 658(043.3) 5 AGRADECIMENTOS Não é tarefa fácil realizar um curso de mestrado, mas finalizá-lo com uma dissertação de qualidade é uma oportunidade ímpar de aprender. Agradeço a todos que fazem o Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Potiguar, em especial à Professora Drª. Tereza de Souza por sua atenção e ensinamentos prestados durante o mestrado e orientação. Ao Professor Dr. Alípio Ramos Veiga Neto por ter me aceitado como seu orientando, por ter me ajudado a concluir esse trabalho, com dedicação e paciência, e por ter me motivado a estudar um assunto que, no início, não foi muito prazeroso, mas que ao final da pesquisa me trouxe grande alegria e satisfação. Ao Professor Dr. Mauro Lemuel de Oliveira Alexandre por participar da Banca Examinadora e trazer valiosas contribuições para esse trabalho. Agradeço aos meus colegas de mestrado que sempre me incentivaram com solidariedade e palavras de apoio para a concretização desse trabalho e a Nadja Dantas, assistente administrativo do Mestrado, que sempre se mostrou atenciosa e solícita. Por fim, agradeço a Deus e a toda minha família que, além de alimentarem minha coragem e perseverança, só me ensinaram coisas boas no decorrer da minha vida. 6 “A maioria dos homens encontra o fracasso por sua falta de persistência em criar novos planos para substituir aqueles que falharam”. Napoleon Hill 7 RESUMO A mulher tem ampliado seu espaço na sociedade moderna dividindo com o homem responsabilidades anteriormente restritas ao gênero masculino, passando, nas últimas décadas, a assumir papel de relevância como consumidora participando ativamente de todas as decisões de compra presentes no seu dia a dia, independente de estar solteira ou casada. Os papéis masculinos e femininos em mudança, o declínio da identificação de produtos com gêneros e a pujança do mercado do vestuário masculino trouxeram novos desafios ao estudo do comportamento do consumidor o que levou esse estudo empírico a analisar a participação feminina no processo de decisão de compra do vestuário masculino por meio de um modelo teórico que relaciona como seus antecedentes a dependência masculina, o envolvimento e a influência feminina, e como seus conseqüentes, a decisão do homem na compra de seu vestuário, e a percepção feminina da importância dos atributos e das categorias do vestuário masculino. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de questionários diretos em uma amostra não-probabilística composta por 535 mulheres casadas ou com união estável, maiores de 17 anos, alfabetizadas, independente de classe social, moradoras da cidade de Natal, Rio Grande do Norte. Foi utilizada a análise fatorial confirmatória como técnica estatística para testar empiricamente a convergência do comportamento dos dados coletados com a expectativa teórica. Os resultados demonstraram que a participação feminina mantém correlação significativa com a decisão do homem no processo de compra de seu vestuário, podendo-se concluir que a participação da mulher constitui-se em importante fator direcionador das escolhas presentes nesse tipo de compra. Palavras-chave: Vestuário masculino. Participação feminina. Decisão do homem. Análise fatorial. 8 ABSTRACT The women have extended their space in modern society sharing with men some responsibilities that were previously restricted to male gender, assuming, in recent decades, relevant roles as a consumer having an active participation in all decisions about shopping, regardless of being married or single. The male and female roles changing, the decline of product identification with gender and strength of the menswear market brought new challenges to the study of consumer behavior which led to the empirical study to analyze the female participation in decision process of purchase men‟s clothing by a theoretical model that relates how the antecedents, men‟s dependence, involvement and female influence, and how the consequences, the man's decision to buy your clothes, and the female perception of the importance of attributes and categories of clothing male. Data collection was performed by direct application of questionnaires in a non-probability sample consisting of 535 married or common-law women, over 17 years old, literate, regardless of social class, living in Natal, Rio Grande do Norte. For the statistical treatment of data was used confirmatory factor analysis, and empirically demonstrate the convergence behavior of the collected data with the theoretical expectation. Was used confirmatory factor analysis as a statistical technique to test empirically the convergence behavior of the collected data with the theoretical expectation. The results showed that female participation has significant correlation with the man's decision in the process of buying your clothes, can be concluded that the participation of women is an important factor in guiding the choices present in this type of purchase. Keywords: Male clothing. Female participation. Purchase decision of man. The factor analysis. 9 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Diferentes Formas de Exercer INFLUÊNCIA................................................23 Quadro 2 Influências nas Situações de Compra......................................................... 24 Quadro 3 Diferentes Papéis Assumidos pelas Pessoas no Consumo Familiar......... 36 Quadro 4 Síntese dos Papéis-Chave no Consumo Familiar....................................... 37 Quadro 5 Constructo Participação Feminina e Variáveis de Manifestas................... 48 Quadro 6 Constructo Dependência Masculina e Variáveis de Manifestas................ 48 Quadro 7 Constructo Envolvimento da Mulher e Variáveis de Manifestas................ 49 Quadro 8 Constructo Influência Feminina e Variáveis Manifestas............................... 49 Quadro 9 Constructo Importância dos Atributos e Variáveis Manifestas.................... 50 Quadro 10 Constructo Decisão de Compra do Homem e Variáveis Manifestas......... 51 Quadro 11 Constructo Importância das Categorias e Variáveis de Manifestas........... 52 Quadro 12 Perfil Sócio-Demográfico da Amostra Pesquisada..................................... 56 Quadro 13 Variáveis: Terminologia e Definições........................................................ 60 Quadro 14 Escalas de Mensuração e Tipos de Testes.............................................. 61 Quadro 15 Padrões Definidos para Aplicação da Análise Fatorial............................... 85 10 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Modelo de Estímulo e Resposta................................................................. 19 Figura 2 Fatores de Influência no Processo de Decisão de Compra........................ 20 Figura 3 Como os Consumidores Tomam Decisões de Compra.............................. 21 Figura 4 Processo de Decisão de Compra................................................................ 22 Figura 5 Influências Pessoais e de Grupos em um Indivíduo................................... 25 Figura 6 Modelo das Influências sobre a Decisão de Compra do Consumidor........ 26 Figura 7 Visão Geral do Processo Perceptivo........................................................... 30 Figura 8 Influência Relativa dos Grupos de Referência na Intenção de Compra..... 33 Figura 9 Influência Marido-Esposa no Processo de Decisão.................................... 35 Figura 10 Modelo Teórico Proposto............................................................................ 41 Figura 11 Modelo Estrutural e Hipóteses Propostas................................................... 43 Figura 12 Esquema da Pesquisa.................................................................................. 45 Figura 13 Modelo de Mensuração dos Constructos Pesquisados.............................. 47 Figura 14 Modelo Unifatorial Constructo Participação Feminina................................. 88 Figura 15 Modelo Unifatorial Constructo Dependência Masculina.............................. 90 Figura 16 Modelo Unifatorial Constructo Envolvimento da Mulher.............................. 93 Figura 17 Modelo Unifatorial Constructo Influência Feminina..................................... 96 Figura 18 Modelo Unifatorial Constructo Influência Feminina (sem IF3)................... 99 Figura 19 Modelo Unifatorial Constructo Importância dos Atributos......................... 102 Figura 20 Modelo Unifatorial Constructo Decisão de Compra do Homem............... 105 Figura 21 Modelo Unifatorial Constructo Importância das Categorias...................... 109 Figura 22 Modelo Unifatorial Constructo Importância Categorias (sem IC3/IC7)..... 113 Figura 23 Modelo Part. Feminina na Decisão de Compra do Vest. Masculino...........115 11 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Níveis de Poder para Comparação de Duas Médias: Variações............... 54 Tabela 2 Influência do Tamanho da Amostra nos Níveis de Significância............... 54 Tabela 3 Orientações para identificação de Cargas Fatoriais Significantes............. 54 Tabela 4 Medidas de Assimetria e Curtose das Variáveis Manifestas..................... 64 Tabela 5 Teste KMO e de Bartlett dos Constructos Pesquisado e Modelo.............. 67 Tabela 6 Comunalidades Variáveis Manifestas........................................................ 69 Tabela 7 Tabela 8 Valores MSA para Constructos e Variáveis Manifestas............................. 70 . Consistência Interna dos Indicadores, Constructos e Modelo................... 72 Tabela 9 Respondentes por Local de Aplicação Questionários Válidos................... 75 Tabela 10 Respondentes por Faixa Etária................................................................ 75 Tabela 11 Respondentes por Nível de Escolaridade................................................... 76 Tabela 12 Respondentes por Renda Familiar Mensal................................................ 76 Tabela 13 Respondentes por Ocupação...................................................................... 77 . Tabela 14 Estatística Descritiva do Constructo Participação Feminina..................... 77 Tabela 15 Estatística Descritiva do Constructo Dependência Masculina.................. 78 Tabela 16 Estatística Descritiva do Constructo Envolvimento da Mulher.................. 78 Tabela 17 Estatística Descritiva do Constructo Influência Feminina......................... 79 Tabela 18 Estatística Descritiva do Constructo Importância Atributos...................... 80 Tabela 19 Estatística Descritiva do Constructo Decisão de Compra do Homem..... 80 Tabela 20 Estatística Descritiva do Constructo Importância das Categorias............ 81 Tabela 21 Resumo Estatística Descritiva Variáveis Manifestas............................... 83 Tabela 22 Estatística Descritiva dos Constructos......................................................... 84 Tabela 23 Matriz de Correlação Participação Feminina............................................... 86 12 Tabela 24 Variância Total Explicada Participação Feminina....................................... 87 Tabela 25 Comunalidades Participação Feminina....................................................... 87 Tabela 26 Matriz de Componentes (a) Participação Feminina..................................... 87 Tabela 27 Correlações Reproduzidas Participação Feminina...................................... 88 Tabela 28 Matriz de Correlação Dependência Masculina.......................................... 89 . Tabela 29 Variância Total Explicada Dependência Masculina..................................... 89 Tabela 30 Comunalidades Dependência Masculina..................................................... 90 Tabela 31 Matriz de Componentes (a) Dependência Masculina.................................. 90 Tabela 32 Correlações Reproduzidas Dependência Masculina................................... 91 Tabela 33 Matriz de Correlação Envolvimento da Mulher......................................... 92 Tabela 34 Variância Total Explicada Envolvimento da Mulher................................. 92 Tabela 35 Comunalidades Envolvimento da Mulher................................................ 92 Tabela 36 Matriz de Componentes (a) Envolvimento da Mulher.............................. 93 Tabela 37 Correlações Reproduzidas Envolvimento da Mulher................................... 94 Tabela 38 Matriz de Correlação Influência Feminina................................................... 94 Tabela 39 Total da Variância Explicada Influência Feminina..................................... 95 Tabela 40 Comunalidades Influência Feminina.......................................................... 95 Tabela 41 Matriz de Componentes (a) Influência Feminina....................................... 96 Tabela 42 Correlações Reproduzidas Influência Feminina........................................ 97 Tabela 43 Variância Total Explicada Influência Feminina - após exclusão IF3........... 97 Tabela 44 Comunalidades Influência Feminina – após exclusão IF3....................... 98 Tabela 45 Matriz de Componentes (a) Influência Feminina – após exclusão IF3.... 98 Tabela 46 Matriz de Correlação Importância Atributos............................................. 99 Tabela 47 Variância Total Explicada Importância Atributos.................................... 100 Tabela 48 Comunalidades Importância Atributos.................................................... 101 13 Tabela 49 Matriz de Componentes (a) Importância Atributos................................. 101 Tabela 50 Correlações Reproduzidas Importância Atributos.................................. 102 Tabela 51 Matriz de Correlação Decisão do Homem............................................. 104 Tabela 52 Variância Total Explicada Decisão do Homem........................................ 104 Tabela 53 Comunalidades Decisão do Homem.......................................................... 105 Tabela 54 Matriz de Componentes (a) Decisão do Homem ...................................... 105 Tabela 55 Correlações Reproduzidas Decisão do Homem........................................ 106 Tabela 56 Matriz de Correlação Importância Categorias......................................... 107 Tabela 57 Variância Total Explicada Importância Categorias................................. 108 Tabela 58 Comunalidades Importância Categorias................................................... 108 Tabela 59 Matriz de Componentes (a) Importância Categorias............................. 109 Tabela 60 Correlações Reproduzidas Importância Categorias............................... 110 Tabela 61 Variância Total Explicada Importância Categorias - sem IC3 e IC7...... 111 Tabela 62 Comunalidades Importância Categorias - sem IC3 e IC7......................... 112 Tabela 63 Matriz de Componentes (a) Importância Categorias - sem IC3 e IC7... 112 Tabela 64 Variância Total Explicada Modelo Proposto.............................................. 114 Tabela 65 Novas Médias e Desvios Padrão dos Constructos - sem IF3/IC3/IC7..... 115 Tabela 66 Matriz de Correlação de Pearson (bicaudal) do Modelo Proposto........ 116 14 LISTA DE SIGLAS AFC – Análise Fatorial Confirmatória AFE – Análise Fatorial Exploratória KMO - Kaiser-Meyer-Olkin Teste de Medida de Adequação da Amostra MSA – Medida de Adequação da Amostra (Measure of Sampling Adequacy) PDC – Processo de Decisão do Consumidor RM – Roupa(s) Masculina(s) SEM – Modelagem de Equações Estruturais (Structural Equation Modeling) SOR – Stimulus, Organism and Response 15 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 15 1.1 QUESTÃO DE PESQUISA ......................................................................... 16 1.2 OBJETIVOS ............................................................................................... 17 1.2.1 Objetivo Geral........................................................................................... 17 1.2.2 Objetivos Específicos .............................................................................. 17 1.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 17 2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................... 19 2.1 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR.................................................... 19 2.2 TOMADA DE DECISÃO DE COMPRA PELO CONSUMIDOR .................... 20 2.3 INFLUÊNCIA................................................................................................ 22 2.4 ENVOLVIMENTO ........................................................................................ 26 2.5 PERCEPÇÃO .............................................................................................. 29 2.6 GRUPOS DE REFERÊNCIA ........................................................................ 31 2.7 PAPÉIS INDIVIDUAIS NA DECISÃO DE COMPRA .................................... 36 2.8 MODELO TEÓRICO .................................................................................... 38 2.8.1 Desenvolvimento do Modelo Teórico de Estudo .................................... 39 2.8.2 Hipóteses ................................................................................................... 41 3 METODOLOGIA ............................................................................................. 45 3.1 TIPO DE PESQUISA ..................................................................................... 46 3.2 OPERACIONALIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS .................................................... 47 3.2.1 Modelo de Mensuração ............................................................................. 47 3.2.2 Constructos e Variáveis Manifestas ......................................................... 48 3.3 UNIVERSO E AMOSTRA .............................................................................. 52 3.3.1 Tamanho da Amostra ................................................................................ 53 3.4 COLETA DE DADOS E INSTRUMENTO ....................................................... 55 3.5 PROCESSAMENTO DOS DADOS ................................................................ 57 3.5.1 Análise Fatorial .......................................................................................... 57 3.5.2 Preparação da Base de Dados .................................................................. 62 3.5.3 Significância Estatística e Significância Prática .................................... 72 4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ................................. 74 4.1 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DA PESQUISA ................................. 74 4.2 ANÁLISE DESCRITIVA: VARIÁVEIS MANIFESTAS E CONSTRUCTOS .... 77 16 4.3 ANÁLISE DOS CONSTRUCTOS - VALIDADE CONVERGENTE................. 84 4.4 ANÁLISE DO MODELO PROPOSTO E CONFIRMAÇÃO DE HIPÓTESES 113 5 CONCLUSÃO ............................................................................................ 120 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 125 APÊNDICES ................................................................................................ 133 15 1 INTRODUÇÃO Décadas atrás, quando se via um homem bem vestido imediatamente vinham duas idéias à mente das pessoas: ou é a mãe que escolhe suas roupas ou é sua esposa que “orienta” e “revisa” sua forma de vestir antes dele sair de casa, ou seja, desde muito tempo que as mulheres têm voz ativa na escolha e uso do vestuário masculino muito mais até que os próprios homens, quer por comodidade quer por falta de tempo e/ou habilidade no cuidado com a aparência, que também era considerado pouco masculino e desinteressante. Reforçando essas razões a respeito da relação do homem com seu vestuário e os modelos tradicionais de masculinidade, Dutra (2002, p.369) colocou: “Há tantos anos associada à futilidade e aos caprichos „próprios das mulheres‟, [...] é natural que a moda permaneça, nas representações coletivas, sendo uma técnica dispensável e não recomendável ao modelo de masculinidade que vigora”. A partir de 1980 esta situação vem mudando, culminando nos dias atuais, com o surgimento do conceito de um novo homem que, reforçado pelo trabalho dos profissionais do marketing, colocou o corpo como o centro da identidade e da sexualidade tornando, desta forma, central o cuidado com a aparência para a construção da masculinidade sob um novo código. Segundo afirma Queiroz (2010, p.2), “cada vez mais os homens estão opinando sobre suas próprias roupas, pois o interesse masculino na moda aumentou”. O estilista Mário Queiroz, que convive de perto com essa “guerra de sexos” nos guarda-roupas, afirma ainda que: “Há dois tipos de influência feminina, a que incentiva o homem a comprar as novidades e as que discordam das escolhas do parceiro. Não sabemos se é por ciúmes ou porque são pessoas conservadoras”. Enfim, torna-se visível que o homem moderno está mais inserido na moda e que as mulheres participam efetivamente das decisões de compra e uso de suas roupas, afirmando também o estilista ser esse um comportamento normal, pois todas gostam de ver seus parceiros com boa aparência. Para Underhill (1999), o ato de comprar ainda é considerado uma atividade mais feminina, pois os compradores do sexo masculino não gostam de fazer compras, fazem poucas, fato esse que torna um desafio simplesmente fazê-los acompanhar uma mulher durante suas compras. Como conseqüência, toda a 16 experiência de compra converge para “o comprador” do sexo feminino. No setor específico de vestuário apesar de atualmente os homens estarem mais envolvidos com a compra de suas roupas, segundo Popcorn e Marigold (2000), as mulheres compram ou influenciam na aquisição de 80% de todas as mercadorias de consumo. Reforçando, afirma Underhill (1999) que as mulheres são as mais motivadoras do lar na compra de roupas ou acessórios que combinem ou mesmo que sejam necessários para completar o vestuário do parceiro, filhos, irmãos ou pais. No Brasil, estudo realizado no primeiro trimestre de 2010 pela Sophia Mind (2010), empresa de pesquisa e inteligência de mercado do grupo Bolsa de Mulher, com 1.917 mulheres das cinco regiões do país revelou que as mulheres são responsáveis pela decisão de compra de 66% de tudo o que é consumido pelas famílias brasileiras, dos R$ 1,972 trilhão gastos anualmente com bens e serviços no país, R$ 1,3 trilhão são decididos pelas mulheres, valor que transforma o Brasil em um dos maiores mercados femininos no mundo. A participação feminina na decisão de compra do vestuário masculino trata-se de um tema atual, relevante e, sobretudo no Brasil, ainda pouco abordado, fato evidenciado na análise realizada em vários periódicos nacionais (RAE, RAUSP e RAC, dentre outros) e pela consulta aos anais do EnANPAD (2005 a 2009), razão pela qual nesse estudo foi adotada pesquisa de natureza exploratória, com aplicação direta de questionário com perguntas estruturadas, em consonância com o que preconiza Mattar (1999). 1.1 QUESTÃO DE PESQUISA Diante do contexto apresentado essa pesquisa buscou responder à questãochave: Qual a participação feminina no processo de decisão de compra do vestuário masculino? Como forma de responder a esse questionamento, foram definidos os objetivos para essa pesquisa. 17 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral Analisar a participação feminina no processo de decisão de compra do vestuário masculino. 1.2.2 Objetivos Específicos a) Identificar os constructos (variáveis latentes) antecedentes e conseqüentes da participação feminina na decisão de compra do vestuário masculino; b) Identificar indicadores (variáveis manifestas) para todos os constructos envolvidos no fenômeno estudado; e c) Verificar as relações de dependência entre todos os constructos pesquisados. 1.3 JUSTIFICATIVA O mercado de moda e vestuário mundial sinaliza um movimento crescente e consistente nos volumes comercializados, em parte pelo crescimento demográfico e aumento de renda, como também influenciado pela evolução dos papéis assumidos, nas últimas décadas, pelo público feminino e masculino relativos ao consumo desses produtos. Pesquisa realizada nos Estados Unidos em 1998, (SEO; HATHCOTE; SWEANEY, 2001), revelou que o consumo de roupas e acessórios para homens, nos Estados Unidos, totalizou US$ 84 bilhões em 1997, um aumento de 29% em relação aos US$ 65 bilhões de 1992. No Brasil, segundo dados da pesquisa “O Mercado de Moda no Brasil Vestuário, Meias e Acessórios Têxteis”, produzida em 2004 pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) e pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), o mercado de moda gerou recursos de US$ 15,9 bilhões e 1,1 milhão de empregos. Os investimentos das 17.500 empresas que atuavam neste segmento foram da ordem de US$ 103,6 milhões, neste mesmo ano. Através de uma análise por segmentação de mercado pode-se constatar a importância do vestuário masculino, pois segundo essa pesquisa a moda feminina responde por 41% da produção e a moda masculina representa 35% do mercado (segundo lugar) ao passo que a moda infantil tem participação de 18% e a moda bebê, apenas, 5%. 18 Pesquisa realizada pelo Ibope Solution (2005) sobre a influência das mulheres nas decisões de compra de produtos mostrou que o item “roupas masculinas” alcançou o maior percentual entre as diversas categorias de produtos pesquisados, atingindo o expressivo índice de 80%, demonstrando que apesar de produtos segmentados, o movimento feminino em direção ao universo masculino é maior do que o contrário. Fato esse comprovado na prática pela Renner, uma das maiores redes de lojas de departamento do Brasil, que desde 1992 definiu um reposicionamento de sua marca com foco no público feminino e curiosamente teve esta estratégia bem sucedida, também, nos setores masculinos de suas lojas, onde 70% das gravatas vendidas são compradas por mulheres (KOTLER; KELLER, 2006). Dessa forma, evidencia-se a importância do estudo da “Participação Feminina na Decisão de Compra do Vestuário Masculino”, pois além de trata-se de um tema ainda pouco abordado pela literatura de marketing disponível, sobretudo no Brasil, apresenta relevância econômica significativa, justificando assim essa pesquisa que, através de seus resultados, possibilitou um maior conhecimento e melhor análise desse nicho de mercado que se apresenta como gerador de milhões de empregos e faturamento bilionário, além de demonstrar real tendência de crescimento. 19 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR De acordo com Blackwell, Miniard e Engel (2009) o comportamento do consumidor é definido como atividades com as quais as pessoas se ocupam quando obtêm, consomem e dispõem de produtos e serviços, ou simplesmente o estudo de “por que as pessoas compram”. Para Richers (1984), o comportamento do consumidor caracteriza-se pelas atividades mentais e emocionais realizadas na seleção, compra e uso de produtos/serviços para a satisfação de necessidades e desejos. Schiffman e Kanuk (2000), consideram que o comportamento do consumidor engloba o estudo de o que compram, por que compram, quando compram, onde compram, com que frequência compram e com que frequência usam o que compram. Figura 1 – Modelo de Estímulo e Resposta Fonte: Kotler e Keller (2006, p.183) Salienta Kotler (2000) que, sendo o propósito do marketing satisfazer as necessidades e desejos dos clientes-alvo, torna-se fundamental conhecê-los e ao seu comportamento de compra, o que segundo o autor é uma tarefa complexa. Para facilitar a compreensão do comportamento do consumidor Kotler e Keller (2006), nos apresenta o modelo de estímulo e resposta (Figura 1) no qual estímulos ambientais e de marketing somados a um conjunto de fatores psicológicos, combinados às características do consumidor e aos seus processos de decisão, conduzem à 20 decisão de compra. Para Goldstein e Almeida (2000), a tarefa do profissional de marketing é entender como o consumidor realiza o processo de compra em seu consciente para poder desenvolver estratégias que influenciem o processo de tomada de decisão favoravelmente para compra de seus produtos/serviços. 2.2 TOMADA DE DECISÃO DE COMPRA PELO CONSUMIDOR O processo de tomada de decisão de compra dos consumidores é influenciado por vários fatores internos e externos, sendo objeto de estudo de vários autores: Churchill e Peter (2000) consideram no processo de compra do consumidor influências sociais e influências situacionais; para Engel, Blackwell e Miniard (2000) as variáveis que influenciam no processo de decisão de compra encontram-se divididas entre as influências ambientais, as diferenças individuais e os fatores pessoais; Solomon (2008) e Schiffman e Kanuk (2000) entendem que o indivíduo, como consumidor, sofre influências psicológicas, pessoais, sociais e culturais. Figura 2 – Fatores de Influência no Processo de Decisão de Compra Fonte: Kotler (1998, p.163) Kotler (1998) apresentou um modelo de influência no processo de compra (Figura 2) que corrobora os princípios conceituais dos autores anteriormente referenciados, o qual demonstra os fatores psicodinâmicos internos e externos que atuam sobre o consumidor. Blackwell, Miniard e Engel (2009) afirmam que ninguém compra um produto a não ser que haja um problema, uma necessidade ou um desejo. Para representar como as pessoas resolvem seus problemas rotineiros que levam à compra e ao uso 21 de produtos de todos os tipos, os autores desenvolveram o Modelo PDC (Processo de Decisão do Consumidor – Figura 3) que demonstra os sete maiores estágios pelos quais os consumidores passam na tomada de decisão de consumo. Apesar de terminologias diferentes, o PDC apresenta similaridades com outros modelos explicativos do comportamento do consumidor pesquisados (ASSAEL, 1992; KOTLER; KELLER, 2006; MOWEN, 1995; SOLOMON, 2008), nos seus sete estágios e nos vários fatores que os influenciam (forças internas e externas). Figura 3 – Como Consumidores Tomam Decisões de Compra para Bens e Serviços Fonte: Adaptado de Blackwell, Miniard e Engel (2009, p.73) e Kotler e Keller (2006, p.189) Na Figura 4 está representado o modelo de Etzel et al. (2001), que resume todos os modelos explicativos do processo de decisão de compra do consumidor analisados no decurso da revisão bibliográfica. Os autores, de forma simples e objetiva, demonstram que para lidar com o ambiente de marketing e fazer suas compras, o consumidor necessariamente envolve-se em um processo de decisão, que tem por objetivo “resolver um problema” o qual pode ser solucionado por meio de uma compra e, para tanto, deve percorrer uma série de estágios lógicos para chegar à decisão de compra, estando sujeito durante todo esse processo aos mais diversos tipos de influência. 22 Figura 4 – Processo de Decisão de Compra Fonte Etzel et al. (2001, p.113) 2.3 INFLUÊNCIA Houaiss (2009) define “influência” como o poder de dirigir ou afetar, baseado no prestígio, riqueza, capacidade ou status. Destaca-se entre os diversos sinônimos de influenciar os seguintes: estimular, impelir, incitar, induzir, instigar, conduzir, moldar, levar a, tornar propenso a, inspirar, controlar e insistir em. Insistir em e impelir significam produzir uma forte motivação no sentido da prática de alguma ação, ao passo que levar a e compelir implicam em uma influência irresistível na consecução de dado objetivo. Pode-se ser levado a algo pelas próprias paixões ou por uma força externa que insiste em que se faça isso, esse poder exterior é definido como Influência. No contexto do marketing, o termo influência está orientado para resultados e ligado tanto ao ato de influenciar ou modificar o comportamento do consumidor dirigindo sua compra, como também para o fato de os consumidores influenciarem as organizações em relação a seus produtos, preços, promoções e operações. Para Blackwell, Miniard e Engel (2009, p.10), “as empresas de século XXI orientadas para 23 o marketing vão focar mais em permitir que os consumidores as influenciem do que como elas podem influenciar os consumidores”. As Empresas estão cada vez mais sendo influenciadas pelas necessidades e desejos do mercado, em detrimento de sua influência sobre o consumidor. Para Gary (1981), existem onze formas de se exercer influência (Quadro 1) de acordo com as necessidades dos Agentes (Influenciadores) e dos Pacientes (Influenciados). Apesar da abordagem desse autor está voltada para a liderança nas organizações (a influência como essência da liderança), a sua aplicabilidade a essa pesquisa torna-se explícita através da descrição das formas de influenciar de números 1; 4 a 7; e 9 a 11. Quadro 1 - Diferentes Formas de Exercer INFLUÊNCIA Forma de Influenciar 1 - Solicitação Legítima 2 - Concordância Instrumental 3 – Coerção 4 - Persuasão Racional 5 - Fé Racional 6 - Apelo Inspirativo 7 – Doutrinação 8 - Distorção da Informação 9 - Engenharia Situacional 10 - Identificação Pessoal 11 - Identificação com a decisão Necessidade dos Agentes "Influenciadores" Justificação Legítima Controle de recompensas; credibilidade da promessa Controle de punições; credibilidade da ameaça Descortino; especialização técnica; credibilidade Especialidade técnica; credibilidade Descortino de valores e crenças; capacidade de persuadir Controle da situação social; habilidades relevantes Credibilidade como fonte de informação Necessidade dos Pacientes "Influenciados" Valores relevantes Necessidades relevantes; abertura à manipulação Medo; abertura à intimidação Valores e necessidades relevantes Especialização insatisfatória;necessidade relevante; confiança do Agente Valores e crenças relevantes Alienação; necessidades relevantes Uso da informação para formação de impressões e tomada de decisão Controle dos aspectos relevantes da situação Disposição de aceitar a situação Atratividade; carisma Admiração do Agente Disposição de permitir a participação; habilidades relevantes Desejo de participar; metas consistentes com as metas do Agente Fonte: Gary (1981, p.11) Na área de estudo do comportamento do consumidor, autores como Mowen e Minor, (1998) e Wells e Prensky (1996) enfatizam ainda a importância dos efeitos 24 situacionais presentes no local e momento em que a compra ocorre e como estes podem influenciar no comportamento de compra do indivíduo (Quadro 2). Quadro 2 – Influências nas Situações de Compra EXEMPLOS TIPOS DE INFLUÊNCIAS Características Físicas Condições Facilitadoras Interações Sociais Humor do Consumidor Layout Iluminação Música e Nível de Ruído Propaganda e display dentro da Loja Cartões de Crédito Entrega expressa Características dos vendedores (conhecimento, cortesia, atitude) Grupos de referência Características dos outros clientes Fome e sede Prazer, raiva, desapontamento Fonte: Wells e Prensky (1996, p.19) Alguns desses fatores são mais fáceis de perceber, tais como as características físicas do ambiente de loja, aspectos estruturais que influenciam na atividade de busca de produtos (como merchandising e layout), ao passo que outros são quase imperceptíveis (sons, cores, odores e iluminação). Também são de grande importância as interações sociais que ocorrem no ambiente de compra, quer com outros consumidores quer com os vendedores. No que diz respeito aos vendedores é importante o grau de conhecimento do que está sendo vendido, o padrão de atendimento prestado, bem como suas características pessoais, pois tais fatores podem afetar decisivamente na ocorrência de uma compra ou não por parte do consumidor. Segundo Solomon (2008), um importante tipo de influência situacional no processo de compra é a pressão do tempo, ou seja, a maior ou menor disponibilidade de tempo para “comprar” tende a moldar o tipo de decisão de compra e a influenciar, da mesma forma, outras fases anteriores do processo decisório, como a intensidade da busca de informações (procura extensa ou limitada) e a urgência para a avaliação de alternativas de escolha. 25 Figura 5 – Influências Pessoais e de Grupos em um Indivíduo Fonte: Adaptado de Blackwell, Miniard e Engel (2009, p.414) No que diz respeito às interações sociais, Blackwell, Miniard e Engel (2009, p.414) afirmam que os seres humanos estão sujeitos a influências pessoais e de grupos que alteram as suas ações e comportamentos (Figura 5). Afirmam ainda os autores que “os esforços para fazer parte de um grupo, para tentar „encaixar-se‟ e para agradar os outros afetam as escolhas de vida e as decisões de compra que cada indivíduo faz”. Para Engel, Blackwell e Miniard (1995) e Shiffman e Kanuk (2000), são muitas as variáveis responsáveis por influenciar a decisão de compra dos consumidores, no entanto, podem ser classificadas em três grandes grupos: diferenças individuais, influências do ambiente e processos psicológicos. O processo de tomada de decisão de compra do consumidor encontra-se no centro desse modelo (Figura 6) ladeado pelas influências do ambiente, pelos processos psicológicos e pelas diferenças individuais, onde aparece o constructo envolvimento como um dos mais significativos determinantes da complexidade e conseqüente extensão desse processo (ZAICHOWSKY, 1985). 26 Figura 6 – Modelo das Influências sobre a Decisão de Compra do Consumidor Fonte: Adaptado de Engel, Blackwell e Miniard (1995, p.323) 2.4 ENVOLVIMENTO Envolvimento é um constructo que tem despertado grande interesse por parte dos estudiosos (COULTER; PRICE; FEICK, 2003; O‟CASS, 2004) que buscam compreender melhor a relação do consumidor com as posses materiais, mas apesar da concordância quanto a importância do tema envolvimento para os estudos do comportamento do consumidor, parece ainda haver pouca concordância sobre a sua melhor definição e, conseqüentemente, sobre a melhor forma de medi-lo (ARORA, 1982; LAURENT; KAPFERER, 1985; ZAICHKOWSKY, 1985). Para Andrews, Durvasula e Akhter (1990), envolvimento é um estado interno de estimulação composto por três propriedades: intensidade, direção e persistência. A intensidade se refere ao grau do envolvimento e geralmente vai do baixo ao alto. A direção se refere ao estímulo (um produto ou uma propaganda) para o qual o envolvimento é canalizado. Ao passo que a persistência se refere à duração da intensidade. Envolvimento, segundo Engel, Blackwell e Miniard (2000, p.106), é o grau de relevância pessoal percebida de um produto ou serviço num contexto especial. Esses autores defendem ainda que “o grau de envolvimento pessoal é o 27 fator mais importante que molda o tipo de comportamento do processo decisório que será seguido”. Para Bloch, Sherrell e Ridgway (1986), Celsi e Olson (1988), Coulter, Price e Feick (2003), Richins e Bloch (1986), Warrington e Shim (2000) e Zaichowsky (1985), uma conceituação comumente aceita de envolvimento é a que o define como a importância ou a relevância percebida do objeto, baseada nas necessidades, valores e interesses inerentes ao sujeito. As razões, segundo Zaichkowsky (1985), para as diversas definições e medidas de envolvimento têm relação com as diferentes aplicações do termo, que são o envolvimento com a propaganda, o envolvimento com o produto e o envolvimento com o processo decisório, o que levaria também a formas distintas de avaliar o constructo envolvimento, respectivamente: maior processamento de informação e resposta; maior percepção de diferentes atributos do produto e maior comprometimento com a escolha da marca; e maior busca de informação com maior tempo gasto na escolha certa. No que diz respeito ao envolvimento com o processo decisório, a relevância estaria especificamente na decisão (ZAICHOWSKY, 1985), o consumidor engendraria em um processo decisório cuidadoso durante a compra o qual não continuaria após a decisão ter sido realizada (o seu nível de envolvimento com o processo decisório cairia). Nesse sentido, o envolvimento sofre uma diferenciação ligada à sua propriedade de persistência, sendo classificado como “envolvimento situacional” (Situational Involvement) e “envolvimento duradouro” (Enduring Involvement). Esses dois tipos de envolvimento estariam relacionados às percepções de importância do produto, sendo o primeiro um tipo de envolvimento que ocorreria apenas em situações específicas como a de uma compra, já o segundo seria um tipo de envolvimento que representaria uma preocupação contínua com uma categoria de produto, independente das influências situacionais (RICHINS; BLOCH, 1986; WARRINGTON; SHIM, 2000). Em artigo publicado no Journal of Marketing Research, Arora (1982) testou e confirmou a validade do “S-O-R Model” (Stimulus, Organism and Response), modelo apresentado por Houston e Rothschild (1977) que relaciona três tipos de envolvimento: envolvimento situacional (Situational Involvement), envolvimento duradouro (Enduring Involvement) e envolvimento com a resposta (Response 28 Involvement). O envolvimento situacional (S) diz respeito ao envolvimento externo ao indivíduo e seria influenciado pelos atributos do produto (como custo, complexidade, similaridade entre as alternativas) e pelos estímulos do ambiente psicossocial envolvendo a compra ou o consumo do produto (se o produto seria usado na presença de outros, por exemplo), recebendo influências da percepção do risco em jogo na compra ou uso do produto. O envolvimento interno (O) é denominado duradouro e refletiria a preocupação contínua com o produto, sendo função das experiências passadas com o produto e da relação do produto com o sistema de valores centrais do sujeito. Para Arora (1982), no envolvimento duradouro a relevância pessoal ocorre porque o indivíduo relaciona o produto a sua autoimagem, atribui-lhe algumas qualidades hedônicas e percebe-o como sendo identificado às normas de um grupo (valor distintivo, simbólico). O envolvimento com a resposta (R) surgiria do complexo processo cognitivo e comportamental caracterizado pelo processo decisório do consumidor. Esse modelo propõe que o envolvimento situacional e o envolvimento duradouro interagem, resultando no envolvimento com a resposta. Além da classificação entre situacional e duradouro, vários autores pesquisados (ASSAEL,1992; ENGEL; BLACKWELL; MINIARD, 2000; HOUSTON; ROTHSCHILD, 1997; RICHINS; BLOCH, 1986; ZAICHKOWSKY, 1985) relacionam o nível de envolvimento do consumidor também a três fatores: pessoal, físico e situacional. O fator pessoal corresponde aos interesses inerentes, valores ou necessidades que motivam um indivíduo com relação a determinado objeto, o fator físico diz respeito às características físicas de um objeto que causam diferenciação e aumentam o interesse, ao passo que o fator situacional representa o caráter temporário do qual depende o aumento da percepção de relevância ou interesse com relação a um objeto. Confirmando a importância desses três fatores, Zaichkowsky (1985) enfatiza que um indivíduo percebe um objeto (produto, serviço ou mensagem promocional) como sendo importante para a satisfação de seus objetivos, valores e necessidades, porém esse envolvimento irá variar de uma situação para outra, assim como de um consumidor para outro. 29 2.5 PERCEPÇÃO “O Marketing não é mais uma batalha de produtos, é uma batalha de percepções”, afirmam Ries e Trout (1993, p.14), ressaltando ainda que tudo que existe no mundo do marketing são percepções na mente do cliente ou cliente em perspectiva. Schiffman e Kanuk (2000), bem como Sheth, Mittal e Newman (2001) afirmam, nesse mesmo sentido, que pouco importa a realidade objetiva de um produto, o que realmente importa é a percepção que o cliente tem desse produto. Cada indivíduo vê a realidade como um fenômeno totalmente pessoal, baseado nas suas necessidades, valores, desejos e experiências, assim sendo, é muito mais importante para as empresas conhecerem as percepções dos consumidores sobre os seus produtos do que o conhecimento da realidade objetiva que elas têm desses mesmos produtos. Para Schiffman e Kanuk (2000, p.103), “a percepção é definida como o processo pelo qual um indivíduo seleciona, organiza e interpreta estímulos visando a um quadro significativo e coerente do mundo”. Percebe-se, dessa forma, a grande importância do processo perceptual para o comportamento do cliente e a necessidade que os profissionais de marketing têm de entender e influenciar as fontes de percepção do cliente (DIAS, 2003). Sheth, Mittal e Newman (2001) dividiram esse processo em três passos ou estágios. O primeiro é a sensação, definida como sendo a resposta imediata e direta dos órgãos sensoriais aos estímulos (qualquer unidade de dados para qualquer um dos cinco sentidos). No segundo estágio, a organização, ocorre a categorização, no qual o indivíduo classifica o estímulo percebido de acordo com categorias semelhantes de objetos armazenadas na sua memória. No terceiro estágio, a interpretação, o indivíduo acrescenta significado a um estímulo, formando uma regra sobre o objeto ser ou não apreciado, bem como o valor que lhe é atribuído. De acordo com Solomon (2008, p.68), “a sensação está relacionada com a reação imediata de nossos receptores sensoriais” (olhos, ouvidos, nariz, boca e dedos) a estímulos básicos (luz, cor, som, odores e texturas), conceituando percepção como sendo “o processo pelo qual as pessoas selecionam, organizam e interpretam essas sensações”. Sobre o estudo da percepção o autor diz que: 30 “concentra-se no que acrescentamos a essas sensações em estado bruto a fim de lhes dar significado”. Da mesma forma, Sheth, Mittal e Newman (2001) e Solomon (2008) dividem o processo de percepção em três estágios (Figura 7), a exposição (entrada do estímulo na gama de receptores sensoriais de uma pessoa), a atenção (grau em que a atividade de processamento é dedicada a determinado estímulo) e a interpretação (significado atribuído aos estímulos sensoriais), ressaltando que diferentemente dos computadores, não processamos passivamente todas as informações que nos são apresentadas, em razão disso, notamos apenas um pequeno número de estímulos presentes em nosso ambiente, dispensamos atenção a um número ainda menor e, mesmo assim, os estímulos que conseguem penetrar em nossa consciência podem não ser “interpretados” (processados) objetivamente. Figura 7 – Visão Geral do Processo Perceptivo Fonte: Adaptado de Solomon (2008, p.69) Sheth, Mittal e Newman (2001) consideram que três fatores moldam as percepções dos clientes, levando a variações de percepção de um mesmo estímulo por clientes distintos. O primeiro fator são as características do estímulo, ou seja, a natureza da informação oferecida pelo ambiente. O contexto, o ambiente em que a informação é recebida, constitui-se no segundo fator e as características do cliente, definida como o conhecimento e as experiências pessoais, é o terceiro fator. 31 2.6 GRUPOS DE REFERÊNCIA Sendo o homem um animal gregário, faz parte de sua natureza relacionar-se independentemente de nacionalidade, etnia, raça ou gênero, sendo esse um comportamento esperado (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2009). Fica claro então que a grande maioria dos indivíduos interage com outras pessoas no dia-a-dia, exceto os poucos classificados como eremitas, como afirmam Schiffman e Kanuk (2000, p.227). Os autores definem ainda grupo como sendo: “duas ou mais pessoas que interagem para atingir objetivos particulares ou comuns”. Schiffman e Kanuk (2000) classificam os grupos de acordo com a regularidade de contato (primários e secundários), a estrutura e hierarquia (formais e informais), o tamanho ou complexidade (grandes e pequenos) e o tipo de associação ou aspiração (grupos de associação e grupos simbólicos). Blackwell, Miniard e Engel (2009) propõem uma classificação semelhante que divide os grupos em: primários e secundários; formais e informais; aspiracionais e dissociativos; e virtuais. Independente do critério de classificação assumido, uma pessoa pode pertencer a vários grupos simultaneamente, sofrendo influência maior ou mais legítima de alguns grupos ou indivíduos. Para Schiffman e Kanuk (2000), os pequenos grupos de membros primários e informais são os de maior interesse para os profissionais de marketing, pois exercem grande influência potencial nas decisões de consumo. Essa influência está, muitas vezes, diretamente relacionada às características pessoais de cada indivíduo que se permite ou não ser influenciado por determinado grupo ou pessoa em dada situação de consumo. Pesquisas sobre comportamento do consumidor produziram evidências de que as decisões e os julgamentos individuais em um grupo dependem de decisões e julgamentos de outros membros do grupo, como escolhas e opiniões (ARIELY; LEVAV, 2000). Esta influência de indivíduos ou grupos recebe o nome de grupo de referência, sendo conceituado por Park e Lessig (1977, p.103) como “um indivíduo ou grupo, reais ou imaginários, concebidos como tendo relevância significativa sobre as avaliações, aspirações ou comportamentos de um indivíduo”. Para Sheth, Mittal e Newman (2001, p.165), os grupos de referência são “pessoas, grupos e instituições a quem os indivíduos recorrem para uma orientação de seu próprio comportamento 32 e valores, e dos quais esses indivíduos buscam aprovação”. Para Churchill e Peter (2000, p.160), “os grupos de referência são aqueles grupos de pessoas que influenciam os pensamentos, os sentimentos e os comportamentos do consumidor”. Kotler (2000, p.185) define: “Os grupos de referência de uma pessoa são aqueles que exercem alguma influência direta (face-a-face) ou indireta sobre as atitudes ou comportamento dessa pessoa. Os grupos que exercem influência direta sobre uma pessoa são chamados grupos de afinidade”. Para Schiffman e Kanuk (2000, p.229), um conceito básico para grupo de referência é “qualquer pessoa ou grupo que sirva como ponto de comparação (ou referência) para um indivíduo na formação de valores, atitudes ou comportamento tanto gerais como específicos”. Este conceito fornece uma perspectiva fundamental para a compreensão da influência de outras pessoas sobre as crenças, as atitudes e o comportamento de consumo dos indivíduos. Analisando sob o ponto de vista mercadológico, os autores definem grupo de referência como sendo: “grupos que servem como pontos de referência para os indivíduos nas suas compras ou decisões de compra”. Schiffman e Kanuk (2000) afirmam que o significado de grupo de referência vem mudando ao longo dos anos, tendo o seu conceito ampliado gradativamente. Inicialmente definido de forma rígida em que eram aceitos apenas aqueles grupos com os quais uma pessoa interagia diretamente, passou através desse processo de ampliação de abrangência conceitual, a incluir influências diretas e indiretas de grupos ou indivíduos. Surgiram então os “grupos de referência Indireta” que são formados por indivíduos ou grupos com os quais uma pessoa não tem contato direto, como astros de cinema, ídolos do esporte, políticos e outras personalidades de destaque na mídia. Nesta mesma perspectiva, Solomon (2008, p.405), afirma que: “Alguns grupos de referência são formados por pessoas que o consumidor realmente conhece; outros são compostos de pessoas que o consumidor não conhece mas admira”, mesmo sem o contato direto. Blackwell, Miniard e Engel (2009), bem como Kotler e Keller (2006) utilizam o conceito de “grupos aspiracionais” para reforçar esse comportamento do consumidor de exibir o desejo de adotar normas, valores e comportamentos de outros indivíduos com quem ambicionam ser parecidos ou se 33 associarem. Contrapondo-se a esse tipo de influência, os mesmos autores utilizam o conceito de “grupos dissociativos” para caracterizar aqueles indivíduos com os quais o consumidor tenta evitar associações, cujos valores e comportamentos são rejeitados. Figura 8 – Influência Relativa dos Grupos de Referência sobre a Intenção de Compra Fonte: Adaptado de Solomon (2008, p.402) Para Solomon (2008, p.400), as influências dos grupos de referência não têm o mesmo poder para todos os tipos de produtos e atividades de consumo, sendo seu grau de importância influenciado por duas dimensões: “se a compra deve ser consumida em público ou em particular e se é um luxo ou uma necessidade”. Os efeitos relativos das influências dos grupos de referência sobre produto/marca estão demonstrados na Figura 8, e alcançam níveis máximos no quadrante luxos públicos, pois produtos de luxo, não necessidades, e de uso socialmente evidentes estão mais sujeitos aos gostos e preferências individuais e tendem a ser, desta forma, mais influenciados pela opinião de outras pessoas. O poder social, definido por Solomon (2008, p.401) como “a capacidade de alterar as ações dos outros”, constitui-se na razão pela qual os grupos de 34 referências conseguem fazer com que alguém, com ou sem vontade, faça alguma coisa. Para o autor, as bases de poder podem ser classificadas em poder referente – identificação com um referente, imitação de comportamento (roupas, atividades de lazer, automóveis); poder de informação – acesso privilegiado a informações; poder legítimo – concessão de poder em razão de acordos sociais (policiais, soldados, pessoas uniformizadas); poder de conhecimento – domínio de conhecimentos específicos de uma área de conteúdo (avaliação por críticos especializados de restaurantes, livros, filmes, automóveis); poder de recompensa – valorização do esforço, oferta de reforço positivo (tangível e/ou intangível); e poder coercitivo – influência por intimidação social ou física (apelo ao medo, intimidação em vendas pessoais, conseqüências negativas pelo não uso de um produto). Para Schiffman e Kanuk (2000), os principais grupamentos sociais que influenciam o comportamento de consumo do indivíduo, por ordem de importância, são: a família, os amigos, a classe social, subculturas específicas, a cultura pessoal do indivíduo e outras culturas. Neste sentido, Kotler e Keller (2006, p.177) afirmam que: “A família é a mais importante organização de compra de produtos de consumo na sociedade, e seus membros constituem o grupo de referência primário mais influente”. Diante da importância da família para o estudo do comportamento de compra do consumidor, esses mesmos autores distinguem duas famílias na vida do comprador: a família de orientação e a família de procriação. A primeira, a família de orientação, é constituída pelos pais e irmãos, transmitindo ao indivíduo orientação sobre religião, política, economia, futebol, ambição, auto-estima e amor, e mesmo que este não interaja mais com tanta frequência com seus pais, a influência deles sobre seu comportamento pode permanecer significativa. A segunda, a família de procriação, é constituída pelo cônjuge e os filhos na qual a influência apresenta-se de forma mais direta no comportamento diário de compra. Blackwell, Miniard e Engel (2009) dedicam atenção especial à importância das famílias e dos lares no comportamento do consumidor, tratando desse tema com foco no marketing familiar e com destaque para os papéis dos cônjuges nas decisões de compra, para tanto define as seguintes categorias estruturais de papéis assumidos por esses: autônomo, marido dominante, mulher dominante, e decisões em conjunto ou consensuais. Esses papéis variam, notadamente, com o tipo de produto, estágio no processo de decisão e por domicílio. As influências marido- 35 esposa no processo de decisão de compra foram investigadas por Davis e Rigaux (1974), sendo suas descobertas apresentadas na configuração triangular familiar (Figura 9), e “influenciaram grandemente o pensamento sobre a relativa influência de maridos e esposas na tomada de decisão e de toda extensão da especialização de papéis” (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2009, p.384). Por causa do declínio das diferenças entre gêneros e da diminuição da identificação de produtos com os gêneros, Blackwell, Miniard e Engel (2009) afirmam que muitos profissionais de marketing estão atualmente preocupados em pesquisar como fazer a transição de produtos dirigidos a um único gênero para produtos dirigidos a ambos os sexos. Outra constatação desses autores é que apesar da existência de comportamentos de consumo relacionados ao gênero, esses papéis não são mais determinados biologicamente pelo sexo do indivíduo, mas sim pelas experiências vividas que ensinam a homens e mulheres atividades/comportamentos diferentes no desempenho do seu papel de consumidores. Figura 9 – Influências Marido-Esposa no Processo de Decisão de Compra de Roupas Fonte: Adaptado de Blackwell, Miniard e Engel (2009, p.384) 36 2.7 PAPÉIS INDIVIDUAIS NA DECISÃO DE COMPRA Para Kotler (1998), o estudo do processo de decisão de compra tem que ir além das várias influências sobre os compradores e identificar, realmente, quem toma a decisão de comprar. Segundo Sheth, Mittal e Newman (2001), esta identificação torna-se mais complexa quando há no grupo em estudo distinção entre os papéis de usuário e pagante, pois gera a necessidade dos usuários persuadirem os pagantes, confundindo assim a real autoria da decisão de compra. Quadro 3 - Diferentes Papéis Assumidos pelas Pessoas no Consumo Familiar Papéis Individuais na Decisão de Compra Autores Papéis na Decisão Usuário Sheth, Mittal e Newman (2001) Pagante Comprador Iniciador (Gatekeeper) Influenciador Blackwell, Miniard e Engel (2009) Decisor Comprador Usuário Iniciador Influenciador Kotler (1998) Decisor Comprador Usuário Iniciador Vigia (Gatekeeper) Solomon (2008) Influenciador Comprador Usuário Influenciadores Fiscais Internos (Gatekeeper) Decisores Compradores Schiffman e Kanuk (2000) Preparadores Usuários Mantenedores Eliminadores Especificador (D) Decisor (D) Comprador (D) Dias (2003) Usuário (D) Iniciador (IND) Influenciadores (IND) Fonte: Elaborado pelo Autor. 37 Blackwell, Miniard e Engel (2009) consideram que a definição de quais produtos comprar, em qual loja comprar, como e quando os produtos são usados e quem deve comprá-los é um processo complicado que envolve uma variedade de papéis e atores. Solomon (2008) ressalta que os membros de uma família ou indivíduos em um centro de compras organizacional desempenham uma série de papéis específicos quando tomam uma decisão coletiva, que de acordo com Parsons (1974), é um comportamento normal, pois os indivíduos apresentam relacionamentos personalizados baseados em seus papéis nos grupos aos quais pertencem, exibindo comportamento característico associado a cada papel instrumental ou expressivo que desempenhem. Os autores pesquisados (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2009; DIAS, 2003; KOTLER, 1998; SCHIFFMAN; KANUK, 2000; SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001; SOLOMON, 2008) são unânimes em afirmar que as decisões de consumo familiar envolvem vários papéis (Quadro 3) que podem ser assumidos pelos cônjuges, pelas crianças ou outros membros do lar, sendo normal a existência de múltiplos papéis e múltiplos atores. Para Dias (2003), considerando-se o papel que uma pessoa assume na decisão de compra, pode-se definir dois tipos de participação: direta e indireta. A participação direta é a que se relaciona diretamente com o processo de escolha, compra e consumo ou uso (papéis: o especificador, o decisor, o comprador e o usuário), enquanto que a participação indireta é aquela em que os pontos de vista ou especificações podem influenciar na seleção dos produtos, serviços, fornecedores ou lojas (papéis: o iniciador e o influenciador). Quadro 4 – Síntese dos Papéis-Chave no Consumo Familiar Papéis-Chave no Consumo Familiar Iniciador Pessoa que primeiro sugere a idéia da compra ou identifica uma necessidade. Influenciador Pessoa cujos pontos de vista ou sugestões influenciam a decisão. Decisor Comprador Usuário Pessoa que decide se deve comprar, o que, como e onde comprar, possui o poder de decidir de que forma o dinheiro da família será gasto. Pessoa que atua como o agente comprador, indo à loja, preenchendo cheques e trazendo os produtos para casa. Pessoa que usa ou consome um produto ou serviço específico. Fonte: Elaborado pelo Autor. 38 O Quadro 4 apresenta uma síntese dos papéis–chave de maior frequência que os membros da família podem assumir com suas definições básicas compiladas dos autores pesquisados. O número e a identidade dos que irão preenchê-los variam de família para família e de produto para produto, sendo possível um número infinito de arranjos envolvendo membros da família e papéis-chave, inclusive podendo, em dado processo de compra, um ou mais desses papéis não serem requisitados (SCHIFFMAN; KANUK, 2000). 2.8 MODELO TEÓRICO Segundo Malhotra (2006, p.73), modelo teórico (analítico) “é um conjunto de variáveis e seus inter-relacionamentos concebidos para representar, no todo ou em parte, um sistema ou processo real”, isto é, representa hipóteses ou suposições sobre o funcionamento de uma dada situação. Para Sampieri, Collado e Lucio (1991), os modelos teóricos podem auxiliar no entendimento de certa realidade, na medida em que relacionam os constructos envolvidos e proporcionam uma síntese dos antecedentes e/ou conseqüentes do constructo que está sendo estudado. Schiffman e Kanuk (2000) definem modelo como sendo uma representação da realidade designada para mostrar relacionamentos entre vários elementos de um sistema ou processo sob investigação e para Hair Jr. et al. (2005, p.469), modelo é um “conjunto especificado de relações de dependência que podem ser testadas empiricamente – uma operacionalização de uma teoria”. O propósito de um modelo, segundo Hair Jr. et al. (2005), é fornecer concisamente uma apresentação abrangente das relações pesquisadas, podendo ser formalizado em um diagrama de caminhos ou em um conjunto de equações estruturais. Os modelos podem ter muitas formas diferentes, mas segundo Malhotra (2006) as estruturas mais comuns são: verbais (representam por escrito as relações entre variáveis), gráficas (fornecem um retrato visual das relações entre variáveis) e matemáticas (descrevem explicitamente as relações entre variáveis em forma de equações matemáticas). Essas estruturas de modelos se complementam e ajudam ao pesquisador a identificar questões e hipóteses de pesquisa relevantes, sendo os modelos gráficos particularmente úteis para contextualizar uma abordagem do problema (HAIR JR. et al., 2005). 39 Especificamente na área do marketing, o uso de modelos que buscam investigar fenômenos e representá-los tem demonstrado grande relevância, haja vista o elevado número de modelos desenvolvidos por acadêmicos e profissionais da área publicados nos últimos 50 anos nas principais revistas acadêmicas (BRUGGEN; WIERENGA, 2000). Confirmando na prática a importância do tema, o International Journal of Research in Marketing elaborou, no final de 2000, uma edição especial exclusivamente sobre modelagem em marketing. Dada a importância do uso dos modelos teóricos como parte integrante de trabalhos de pesquisa, o seu desenvolvimento requer cuidados especiais a fim de que não sejam construídos sem o devido embasamento científico, sendo imprescindível que todo o processo de modelagem esteja alicerçado em pressupostos e hipóteses com comprovado lastro teórico, atribuindo credibilidade ao trabalho (SUTTON; STAW, 1995). Nesse contexto, estão expostas a seguir as linhas definidas para a construção do modelo teórico da participação feminina na decisão de compra do vestuário masculino, o qual norteou essa pesquisa, bem como a base conceitual utilizada para definição dos constructos participantes e forma de mensurá-los, como também para a formulação das hipóteses de estudo. 2.8.1 Desenvolvimento do Modelo Teórico de Estudo A base conceitual para definição do modelo teórico proposto com suas variáveis de estudo (variáveis latentes ou constructos e suas variáveis manifestas ou indicadores) e para a proposição dos relacionamentos entre essas (hipóteses), foi fornecida pela revisão de literatura, através de consultas a obras clássicas, periódicos, trabalhos científicos, sites e livros atuais dos mais relevantes autores da área, tendo como objetivo auxiliar a responder a questão de pesquisa: Qual a participação feminina no processo de decisão de compra do vestuário masculino? O embasamento teórico é de fundamental importância quando se usa a técnica da análise fatorial confirmatória, pois como afirmam Aranha e Zambaldi (2008, p.108): “O requisito mínimo para a execução da análise fatorial confirmatória (AFC) é o pesquisador possuir de antemão uma hipótese acerca da quantidade de fatores comuns e apresentar uma expectativa teórica sobre qual fator deve carregar em qual variável”. Segundo os autores, “toda aplicação da AFC procura verificar se os dados 40 observados se comportam de acordo com uma expectativa teórica”. Em razão da escassez de trabalhos anteriores específicos sobre o tema em estudo, não foi possível utilizar-se totalmente de constructos e variáveis manifestas previamente organizados para a definição de um modelo representativo do fenômeno estudado, mas sim, definir-se com base em todo o percurso da revisão de literatura, especificamente em Bastos (2005) e Davidovitsch (2007), os antecedentes e conseqüentes da participação feminina na decisão de compra do vestuário masculino. O modelo teórico proposto (Figura 10) apresenta os antecedentes e conseqüentes do constructo participação feminina na decisão de compra do vestuário masculino, os quais foram definidos com base no modelo teórico proposto e aplicado por Davidovitsch (2007), bem como, na revisão da literatura sobre comportamento do consumidor, que para Richers (1984) caracteriza-se pelas atividades mentais e emocionais realizadas na seleção, compra e uso de produtos/serviços para a satisfação de necessidades e desejos, durante o processo de decisão de compra. Figura 10 – Modelo Teórico Proposto - Antecedentes e Conseqüentes da Participação Feminina na Decisão de Compra do Vestuário Masculino Fonte: Elaborado pelo Autor 41 Os constructos definidos para compor o modelo proposto e os indicadores especificados para medi-los, tiveram a sua relevância e adequação testadas através de estudo prévio (survey), aplicado em um grupo formado por conveniência, composto por 142 mulheres casadas matriculadas em universidades da cidade de Natal-RN, independente de idade e classe social. O instrumento de coleta utilizado, questionário, foi adaptado de Bastos (2005) e Davidovitsch (2007), contando com 27 questões distribuídas em três módulos, de forma aleatória. Baseado nos resultados encontrados foram mantidos todos os constructos (central, antecedentes e conseqüentes), reformuladas e reespecificadas quatro questões que apresentaram dificuldades no entendimento e/ou não mediam o constructo especificado, e acrescentado para mensuração dos constructos mais oito indicadores com a finalidade de atender ao que sugere Hair Jr. et al. (2005), quando afirma que deve-se especificar um mínimo de três variáveis de mensuração (indicadores) por constructo estudado. 2.8.2 Hipóteses O percurso da revisão de literatura e a proposição de um modelo geral de relações entre os constructos estudados (antecedentes e conseqüentes do constructo central), constituíram-se na base teórica necessária, que aliada ao estudo prévio realizado, forneceram os subsídios para a formulação das hipóteses a fim de responder à questão chave dessa pesquisa: Qual a participação feminina no processo de decisão de compra do vestuário masculino? Para efeito desse estudo, as hipóteses (Figura 11) foram divididas em básicas (relações diretas entre o constructo central e seus antecedentes e conseqüentes, envolvem o ponto central da pesquisa: H1, H2, H3, H4, H5 e H6) e secundárias: relação entre os diversos constructos antecedentes e conseqüentes e o constructo conseqüente “Decisão do Homem no Processo de Compra de seu Vestuário” (não envolvendo, portanto, o constructo central: H7, H8, H9, H10 e H11), de acordo com sua relevância para os objetivos definidos para a pesquisa (LAKATOS, 2010), constituindo-se, dessa forma, em resposta temporária, provisória, que o investigador propõe perante uma interrogação formulada a partir de uma questão de pesquisa (HUOT, 2002, p.53). No decurso da revisão bibliográfica realizada ficou demonstrado a complexidade do processo de decisão de compra, que tendo a participação de vários fatores 42 internos e externos, sociais e situacionais, desencadeia atividades mentais e emocionais levando o consumidor a percorrer uma série de estágios (ASSAEL, 1992; KOTLER; KELLER, 2006; MOWEN, 1995; SOLOMON, 2008). Nesse contexto, a participação feminina na decisão de compra do vestuário masculino, em consonância com Bastos (2005), Blackwell, Miniard e Engel (2009), Davidovitsch (2007), Dias (2003) e Schiffman e Kanuk (2000), tem como principais antecedentes a dependência masculina, o envolvimento e a influência feminina, esperando-se, dessa forma, um efeito positivo (mesmo sentido) no constructo central (participação feminina): H1: Quanto maior a dependência masculina na compra de seu vestuário, maior será a participação feminina na decisão de compra do vestuário masculino. H2: Quanto maior o envolvimento da mulher, maior será a participação feminina na decisão de compra do vestuário masculino. H3: Quanto maior a influência feminina na compra do vestuário masculino, maior será a participação feminina na decisão de compra do vestuário masculino. Fundamentado em Assael (1992), Churchill e Peter (2000), Cooper e Schindler (2003), Engel, Blackwell e Miniard (2000, 2009), Etzel et al. (2001), Kotler (1998), Kotler e Keller (2006), Mowen (1995), Schiffman e Kanuk (2000), Sheth, Mittal e Newman (2001) e Solomon (2008), espera-se que o constructo participação feminina na decisão de compra do vestuário masculino e seus antecedentes, também individualmente, apresentem relação negativa (sentido inverso) com a decisão do homem no processo de compra de seu vestuário: H5: Quanto maior a participação feminina na compra do vestuário masculino, menor será a decisão do homem no processo de compra do seu vestuário H7: Quanto maior a dependência masculina na compra de seu vestuário, menor será a decisão do homem no processo de compra do seu vestuário. H8: Quanto maior a influência feminina, menor será a decisão do homem no processo de compra do seu vestuário. H9: Quanto maior o envolvimento da mulher, menor será a decisão do homem no processo de compra do seu vestuário. 43 Figura 11 – Modelo Estrutural e Hipóteses Propostas Fonte: Elaborado pelo Autor Por fim, em relação à percepção feminina da importância dos atributos e categorias do vestuário masculino, espera-se, em consonância com o que preconizam Blackwell, Miniard e Engel (2009), Davidovitsch (2007), Dias (2003), Ries e Trout (1993), Schiffman e Kanuk (2000), Sheth, Mittal e Newman (2001) e Solomon (2008), que haja um efeito positivo (mesmo sentido) da participação feminina na decisão de compra do vestuário masculino sobre esses constructos e que a relação direta (sem participação do constructo central) desses dois constructos com a decisão do homem no processo de decisão de compra do seu vestuário, seja nula (inexistente): H4: Quanto maior a participação feminina na compra do vestuário masculino, maior será a percepção feminina da importância dos diferentes atributos do vestuário masculino. . H6: Quanto maior a participação feminina na compra do vestuário masculino, maior será a percepção feminina da importância das diferentes categorias do vestuário masculino. 44 H10: A percepção feminina da importância dos atributos do vestuário masculino não interfere diretamente na decisão do homem no processo de compra do seu vestuário. H11: A percepção feminina da importância das categorias do vestuário masculino não interfere diretamente na compra do seu vestuário. decisão do homem no processo de 45 3 METODOLOGIA A metodologia utilizada para o alcance dos objetivos definidos foi escolhida levando-se em consideração a complexidade do processo de decisão de compra, as várias relações consideradas no modelo proposto, bem como a importância da influência dos fatores sociais (externos) e psicológicos (internos) presentes e as particularidades do fenômeno abordado. Para melhor orientação desse estudo, consecução dos objetivos estipulados e cumprimento do cronograma definido, foram seguidas doze etapas (Figura 12) na sua realização: fundamentação teórica, proposição do modelo teórico, definição do modelo de mensuração (indicadores), elaboração do instrumento de coleta de dados, definição da população e da amostra, formulação das hipóteses de estudo, coleta e preparação da base de dados, processamento dos dados, avaliação individual dos constructos, avaliação do modelo teórico e confirmação das hipóteses, análise e interpretação dos resultados e conclusão do estudo. Figura 12 – Esquema da Pesquisa Fonte: Elaborado pelo Autor 46 3.1 TIPO DE PESQUISA O modelo de pesquisa proposto pode ser classificado quanto a três aspectos fundamentais: Quanto à natureza das variáveis pesquisadas: quantitativa, pois o estudo implica em medir relações entre variáveis (ROESCH, 2005) e em que grau essa relações estão presentes (MATTAR, 1999); Quanto aos fins: integração de dois fins, cada um destinado à determinada fase da pesquisa. Um exploratório utilizado para clarificar conceitos e dotar o pesquisador de um maior conhecimento sobre o tema e questão de pesquisa e um descritivo que “visa prover o pesquisador de dados sobre as características de grupos, estimar proporções de determinadas características e verificar a existência de relações entre variáveis” (MATTAR, 1999, p.94); e Quanto aos Meios: serão utilizados dois procedimentos técnicos a pesquisa bibliográfica na fase exploratória e o levantamento de campo (survey), com interrogação direta à amostra definida, na fase descritiva (GIL, 2009). Na pesquisa bibliográfica utilizou-se o método de levantamentos em fontes secundárias, que para Mattar (1999, p.82), compreendem: “levantamentos bibliográficos, levantamentos documentais, levantamento de estatísticas e levantamentos de pesquisas realizadas”. Os levantamentos foram realizados de forma sistemática, sendo as primeiras consultas feitas em artigos, dissertações e teses nacionais, em seguida publicações internacionais e, finalmente, consulta aos livros e autores mais citados nos estudos pesquisados e pertinentes ao tema, bem como a órgãos governamentais e associações de classe. A pesquisa de campo (survey), fase descritiva, foi realizada no mês de Março/Abril de 2011 com a aplicação, por equipe treinada pelo pesquisador, de questionário constituído por uma série de 35 perguntas de estimação ou avaliação agrupadas em quatro blocos nos quais os respondentes emitiram julgamento através de uma escala com vários graus de intensidade para cada item pesquisado (LAKATOS, 2010). Um quinto bloco, com quatro questões, foi incluído para coletar dados sobre o perfil sócio-demográfico dos respondentes e, dessa forma, possibilitar uma melhor caracterização dos sujeitos da pesquisa. 47 3.2 OPERACIONALIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS 3.2.1 Modelo de Mensuração O Modelo de Mensuração para os constructos pesquisados, representação gráfica da ligação dos constructos com seus indicadores (Figura 13), seguiu um padrão de símbolos pré-definidos que são reconhecidos pelo vários softwares utilizados no processamento de dados através da Análise Fatorial Confirmatória (AFC) e da Modelagem de Equações Estruturais (SEM) e dizem respeito às variáveis, e às relações entre elas: os retângulos representam os indicadores (variáveis manifestas ou de mensuração); as elipses representam os constructos (variáveis latentes ou fatores); uma seta reta com uma única ponta indica o caminho ou a relação de causa entre duas variáveis e uma seta curva com duas pontas entre duas variáveis representa uma correlação ou covariância (Figura 14). Figura 13 – Modelo de Mensuração dos Constructos Pesquisados Fonte: Elaborado pelo Autor Obedecendo ao que preconiza Arbuckle (2006), o diagrama foi desenhado de modo que o fluxo causal entre os constructos apresenta-se da esquerda para a direita. 48 3.2.2 Constructos e Variáveis Manifestas Para mensuração do constructo central, Participação Feminina na Decisão de Compra do Vestuário Masculino, entendida como a intensidade ou importância da participação da mulher na decisão de compra das roupas de seu marido/companheiro, foram definidas três variáveis manifestas (Quadro 5) medidas em termos de frequência, variando de “não, nunca” até “sim, sempre” (escala likert de 5 pontos). Quadro 5 – Constructo Participação Feminina e Variáveis Manifestas Constructo Participação Feminina na Decisão de Compra do Vestuário Masculino - PF Revisão Bibliográfica: Bastos (2005), Blackwell, Miniard e Engel (2009), Davidovitsch (2007), Dias (2003) e Schiffman e Kanuk (2000). Questionário Variáveis Manifestas Fontes PF1 - Mulher acompanhar o Homem Bloco I / Questão 1 Adaptado de Bastos (2005) na compra de suas roupas PF2 - Mulher ter prazer em comprar Adaptado de Davidovitsch (2007) e Bloco I / Questão 2 com o homem suas roupas Schiffman e Kanuk (2000) PF3 - Mulher avaliar com o homem Adaptado de Solomon (2008) e Bloco I / Questão 3 esse tipo de compra Blackwell, Miniard e Engel (2009) Fonte: Elaborado pelo Autor A Dependência Masculina na Compra de seu Vestuário, primeiro constructo antecedente, entendida como sendo a dependência ou necessidade do homem da ajuda de sua esposa/companheira durante o processo de decisão de compra de suas roupas, teve seu valor mensurado por três variáveis manifestas (Quadro 6) medidas em termos de frequência, variando de “não, nunca” até “sim, sempre” (escala likert de 5 pontos). Quadro 6 – Constructo Dependência Masculina e Variáveis Manifestas Constructo Dependência Masculina na Compra de seu Vestuário - DM Revisão Bibliográfica: Ariely e Levav (2000), Bastos (2005), Blackwell, Miniard e Engel (2009), Churchill e Peter (2000), Davis e Rigaux (1974), Kotler (2000), Kotler e Keller (2006), Park e Lessig (1977), Schiffman e Kanuk (2000), Sheth, Mittal e Newman (2001) e Solomon (2008). Questionário Variáveis Manifestas Fontes DM1 - Homem gostar de ser Adaptado de Bastos (2005) e Bloco I / Questão 8 incentivado a vestir-se bem Solomon (2008) DM2 - Homem pedir recomendações Adaptado de Bastos (2005) e Bloco I / Questão 9 sobre vestir Solomon (2008) DM3 - Homem aprovar o gosto da Adaptado de Solomon (2008) e Bloco I / Questão 10 Mulher para suas roupas Blackwell, Miniard e Engel (2009) Fonte: Elaborado pelo Autor 49 O Envolvimento da Mulher na Compra do Vestuário Masculino, segundo constructo antecedente, entendido nesse estudo como um estado interno de interesse e estimulação gerado pelo grau de relevância pessoal percebida do produto vestuário masculino para uso do seu marido/companheiro, teve seu valor mensurado por quatro variáveis manifestas (Quadro 7) medidas em termos de frequência, variando de “não, nunca” até “sim, sempre” (escala likert de 5 pontos). Quadro 7 – Constructo Envolvimento da Mulher e Variáveis Manifestas Constructo Envolvimento da Mulher na Compra do Vestuário Masculino – EM Revisão Bibliográfica: Andrews, Durvasula e Akhter (1990), Arora (1982), Assael (1992), Blackwell, Miniard e Engel (2009), Bloch, Sherrell e Ridgway (1986), Celsi e Olson (1988), Coulter, Price e Feick (2003), Davidovitsch (2007), Engel, Blackwell e Miniard (2000), Houston e Rothschild (1977), Laurent e Kapferer (1985), O'Cass (2004), Richins e Bloch (1986), Schiffman e Kanuk (2000), Sheth, Mittal e Newman (2001), Warrington e Shim (2000) e Zaichkowsky (1985). Questionário Variáveis Manifestas Fontes EM1 - Mulher gostar de comprar Adaptado de Davidovitsch (2007) e Bloco II / Questão 1 roupa para o Homem Schiffman e Kanuk (2000) EM2 - Mulher analisar detalhes na Adaptado de Solomon (2008) e Bloco II / Questão 2 compra das roupas para o Homem Blackwell, Miniard e Engel (2009) EM3 - Mulher acertar na compra de Adaptado de Sheth, Mittal e Newman Bloco II / Questão 3 roupa para o Homem (2001) e Schiffman e Kanuk (2000) EM4 – Mulher considerar importante Adaptado de Sheth, Mittal e Newman Bloco II / Questão 4 esse tipo de compra (2001) e Schiffman e Kanuk (2000) Fonte: Elaborado pelo Autor Quadro 8 – Constructo Influência Feminina e Variáveis Manifestas Constructo Influência Feminina na Compra do Vestuário Masculino – IF Revisão Bibliográfica: Bastos (2005), Blackwell, Miniard e Engel (2009), Davidovitsch (2007), Engel, Blackwell e Miniard (1995), Gary (1981), Mowen e Minor (1998), Shiffman e Kanuk (2000), Solomon (2008), Wells e Prensky (1996) e Zaichowsky (1995). Questionário Variáveis Manifestas Fontes IF1 - Mulher ser responsável pelas Bloco I / Questão 4 Adaptado de Davidovitsch (2007) compras das roupas do Homem IF2 - Mulher orientar o vestir do Adaptado de Bastos (2005) e Bloco I / Questão 5 Homem Blackwell, Miniard e Engel (2009) IF3 - Mulher gostar de surpreender Bloco I / Questão 6 Adaptado de Bastos (2005) no estilo da roupa do Homem IF4 – Mulher Preferir presentear o Adaptado de Schiffman e Kanuk Bloco I / Questão 7 Homem com roupas (2000) Fonte: Elaborado pelo Autor Para mensurar o terceiro constructo antecedente, Influência Feminina na Compra do Vestuário Masculino, entendida como o poder da mulher de influenciar ou direcionar 50 o processo de decisão de compra das roupas de seu marido/companheiro, foram definidas quatro variáveis manifestas (Quadro 8) medidas em termos de frequência, variando de “não, nunca” até „sim, sempre” (escala likert de 5 pontos). Quadro 9 – Constructo Importância dos Atributos e Variáveis Manifestas Constructo Percepção Feminina da Importância dos Diferentes Atributos do Vestuário Masculino – IA Revisão Bibliográfica: Blackwell, Miniard e Engel (2009), Davidovitsch (2007), Dias (2003), Ries e Trout (1993), Schiffman e Kanuk (2000), Sheth, Mittal e Newman (2001) e Solomon (2008). Questionário Variáveis Manifestas Fontes Adaptado de Davidovitsch (2007), Bloco III / Questão 1 IA1 - Importância do Conforto Blackwell, Miniard e Engel (2009) e Schiffman e Kanuk (2009) Adaptado de Davidovitsch (2007), IA2 - Importância do Bom corte Bloco III / Questão 2 Blackwell, Miniard e Engel (2009) e (modelagem) Schiffman e Kanuk (2009) Adaptado de Davidovitsch (2007), Bloco III / Questão 3 IA3 - Importância do Estilo Blackwell, Miniard e Engel (2009) e Schiffman e Kanuk (2009) Adaptado de Davidovitsch (2007), Bloco III / Questão 4 IA4 - Importância da Marca (griffe) Blackwell, Miniard e Engel (2009) e Schiffman e Kanuk (2009) Adaptado de Davidovitsch (2007), IA5 - Importância da Relação entre Bloco III / Questão 5 Blackwell, Miniard e Engel (2009) e qualidade e preço Schiffman e Kanuk (2009) Adaptado de Davidovitsch (2007), IA6 - Importância da Atualidade do Bloco III / Questão 6 Blackwell, Miniard e Engel (2009) e modelo (moda) Schiffman e Kanuk (2009) Adaptado de Davidovitsch (2007), Bloco III / Questão 7 IA7 - Importância da Funcionalidade Blackwell, Miniard e Engel (2009) e Schiffman e Kanuk (2009) Adaptado de Davidovitsch (2007), Bloco III / Questão 8 IA8 - Importância do Preço Blackwell, Miniard e Engel (2009) e Schiffman e Kanuk (2009) Adaptado de Davidovitsch (2007), Bloco III / Questão 9 IA9 - Importância da Qualidade Blackwell, Miniard e Engel (2009) e Schiffman e Kanuk (2009) Adaptado de Davidovitsch (2007), Bloco III / Questão 10 IA10- Importância da Durabilidade Blackwell, Miniard e Engel (2009) e Schiffman e Kanuk (2009) Fonte: Elaborado pelo Autor A Percepção Feminina da Importância dos Diferentes Atributos do Vestuário Masculino, primeiro constructo conseqüente, entendida como o grau de importância que a mulher dispensa aos atributos tangíveis ou intangíveis das roupas masculinas durante o processo de decisão de compra de vestuário para seu marido/companheiro, teve seu valor mensurado através de dez variáveis manifestas (Quadro 9) medidas em 51 termos de importância atribuída, variando de “sem importância” até “muito importante” (escala likert de 5 pontos). A Decisão do Homem no Processo de Compra de seu Vestuário, segundo constructo conseqüente, que nesse estudo diz respeito à atuação do homem no papel de Decisor (segundo Engel et al., 2000, aquele que decide se deve comprar, o que, como e onde comprar) no processo de compra de suas roupas, teve seu valor mensurado por quatro variáveis manifestas (Quadro 10) medidas em termos de frequência, variando de “não, nunca” até “sim, sempre” (escala likert de 5 pontos). Quadro 10 – Constructo Decisão de Compra do Homem e Variáveis Manifestas Constructo Decisão do Homem no Processo de Compra de seu Vestuário DH Revisão Bibliográfica: Assael (1992), Blackwell, Miniard e Engel (2009), Churchill e Peter (2000), Cooper e Schindler (2003), Engel, Blackwell e Miniard (2000), Etzel et al. (2001), Kotler (1998), Kotler e Keller (2006), Mowen (1995), Schiffman e Kanuk (2000), Sheth, Mittal e Newman (2001) e Solomon (2008). Questionário Variáveis Manifestas Fontes Adaptado de Solomon (2008), DH1 - Homem ter a iniciativa de Bloco II / Questão 5 Kotler (2008) e “ir às compras” de suas roupas Blackwell, Miniard e Engel (2009) Adaptado de Solomon (2008), DH2 - Homem definir a forma de Bloco II / Questão 6 Kotler (2008) e pagamento Blackwell, Miniard e Engel (2009) Adaptado de Cooper e Schindler (2003), DH3 - Homem não partilhar com Bloco II / Questão 7 Solomon (2008) e Mulher a decisão de compra Blackwell, Miniard e Engel (2009) Adaptado de Cooper e Schindler (2003), DH4 - Homem decidir que roupa Bloco II / Questão 8 Solomon (2008) e comprar Blackwell, Miniard e Engel (2009) Fonte: Elaborado pelo Autor Para mensuração do terceiro constructo conseqüente, Percepção Feminina da Importância das Diferentes Categorias do Vestuário Masculino, considerado como a importância dispensada pela mulher aos diversos tipos, categorias ou classes de roupas masculinas durante o processo de compra de vestuário para seu marido/companheiro, foram definidas sete variáveis manifestas (Quadro 11) medidas em termos de importância atribuída, variando de “sem importância” até “muito importante” (escala likert de 5 pontos). 52 Quadro 11 – Constructo Importância das Categorias e Variáveis Manifestas Percepção Feminina da Importância das Diferentes Categorias do Vestuário Masculino – IC Revisão Bibliográfica: Blackwell, Miniard e Engel (2009), Davidovitsch (2007), Dias (2003), Ries e Trout (1993), Schiffman e Kanuk (2000), Sheth, Mittal e Newman (2001) e Solomon (2008). Questionário Variáveis Manifestas Fontes Adaptado de Davidovitsch (2007), IC1 - Importância Roupas Íntima Bloco IV / Questão 1 Blackwell, Miniard e Engel (2009) e (Underwear) Schiffman e Kanuk (2009) Adaptado de Davidovitsch (2007), IC2 - Importância Roupas de Praia Bloco IV / Questão 2 Blackwell, Miniard e Engel (2009) e (banho) Schiffman e Kanuk (2009) Adaptado de Davidovitsch (2007), Bloco IV / Questão 3 IC3 - Importância Roupas para Lazer Blackwell, Miniard e Engel (2009) e Schiffman e Kanuk (2009) Adaptado de Davidovitsch (2007), IC4 - Importância Roupas para Bloco IV / Questão 4 Blackwell, Miniard e Engel (2009) e Trabalho (dia a dia) Schiffman e Kanuk (2009) Adaptado de Davidovitsch (2007), IC5 - Importância Roupas Social Bloco IV / Questão 5 Blackwell, Miniard e Engel (2009) e Informal (Casual) Schiffman e Kanuk (2009) Adaptado de Davidovitsch (2007), IC6 - Importância Roupas Social Bloco IV / Questão 6 Blackwell, Miniard e Engel (2009) e Formal Schiffman e Kanuk (2009) Adaptado de Davidovitsch (2007), Bloco IV / Questão 7 IC7 - Importância Roupas de Dormir Blackwell, Miniard e Engel (2009) e Schiffman e Kanuk (2009) Fonte: Elaborado pelo Autor 3.3 UNIVERSO E AMOSTRA O Universo definido para este trabalho foi mulheres casadas ou mantendo união estável maiores de 17 anos, alfabetizadas e residentes no município de Natal-RN, independente de classe social. A amostra, subconjunto do universo ou da população por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características dos mesmos (GIL, 2009), foi definida de forma não probabilística, mas sim formada pelo critério de acessibilidade. Foram aplicados 550 questionários, sem nenhum critério planejado de estratificação, alcançando-se um total de 535 questionários válidos (2,73% de perda), atendendo ao que determinam Hair Jr. et al. (2005, p.484) quando consideram “mais adequada uma proporção de 10 respondentes por parâmetro” para uma distribuição normal, devendo-se aumentar esta razão para 15 respondentes por parâmetro no caso dos dados violarem as suposições de normalidade multivariada, fornecendo dessa forma tamanho amostral suficiente para minimizar o impacto do erro de amostragem. Cabe frisar que apesar da amostra utilizada ter sido classificada como não probabilística devido à forma como foi 53 formada, um delineamento amostral probabilístico, através de processo de amostragem causal simples com nível de confiança de 95% e erro máximo amostral de 4,4% para busca de estimação do parâmetro populacional desconhecido proporção de sucessos (p) de uma população finitamente grande, implicaria em uma amostra de aproximadamente 520 respondentes, critério atendido plenamente pelo total de sujeitos dessa pesquisa, se considerado apenas o tamanho da amostra. 3.3.1 Tamanho da Amostra De acordo com Gefen, Straub e Boudreau (2000), Hair Jr. et al. (2005) e Tabachnick e Fidel (2007), o tamanho da amostra tem um impacto profundo para atingir-se a significância estatística, tanto para tamanhos pequenos quanto para grandes. Devido à sofisticação e complexidade das técnicas multivariadas, quando são aplicadas em amostras pequenas podem resultar facilmente em baixíssimo poder estatístico para o teste identificar resultados significantes ou em um ajuste muito fácil dos dados, levando a resultados artificialmente bons. Amostras demasiadamente grandes também podem trazer impacto semelhante, pois podem tornar os testes estatístico muito sensíveis. As pesquisas censitárias são exceção, pois qualquer diferença ou relação é verdadeira e existe, independente do tamanho da amostra. Segundo Hair Jr. et al. (2005), o pesquisador de hoje pode consultar estudos publicados que detalham o tamanho ideal da amostra para cada tipo específico de pesquisa e comportamento dos dados coletados. No caso dessa pesquisa, foi seguida orientação de Hair Jr. et al. (2005) para ausência de normalidade da amostra, sendo considerado um número mínimo de 15 respondentes por questão aplicada (indicador), resultando assim em um total de 525 respondentes (N real = 535). Salientam ainda os autores que para tamanhos de amostras que excedam 200 ou 400 respondentes, o pesquisador deverá examinar, obrigatoriamente, todos os resultados significantes estatisticamente para verificar e garantir que tenham significância prática devido ao poder estatístico elevado pelo tamanho da amostra. “Logo, um pesquisador ou usuário de técnicas multivariadas sempre deve avaliar os resultados à luz da amostra usada na análise” (HAIR JR. et al., 2005, p.39). 54 Tabela 1 – Níveis de Poder para a Comparação de Duas Médias: Variações por Tamanho da Amostra, Nível de Significância e Tamanho do Efeito alfa (α) = 0,05 Tamanho da Tamanho do Efeito (ES - Efectt Size) Amostra Pequeno (0,2) Moderado (0,5) 20 0,095 0,338 40 0,143 0,598 60 0,192 0,775 80 0,242 0,882 100 0,290 0,940 150 0,411 0,990 200 0,516 0,998 Fonte: Hair Jr. et al. (2005, p.31) alfa (α) = 0,01 Tamanho do Efeito (ES - Efectt Size) Pequeno (0,2) Moderado (0,5) 0,025 0,144 0,045 0,349 0,067 0,549 0,092 0,709 0,120 0,823 0,201 0,959 0,298 0,992 Tabela 2 – Influência do Tamanho da Amostra nos Níveis de Significância para a Correlação Pearson Nível de Significância - teste Pearson Unicaudal Tamanho da 0,05 0,025 0,01 Amostra Nível de Significância - teste Pearson Bicaudal 0,10 0,05 0,02 1 0,9880 0,9970 0,9995 2 0,9000 0,9500 0,9800 3 0,8050 0,8780 0,9340 4 0,7290 0,8110 0,8820 5 0,6690 0,7540 0,8330 10 0,4970 0,5760 0,6580 20 0,3600 0,4230 0,4920 40 0,2570 0,3040 0,3580 60 0,2110 0,2500 0,2950 80 0,1830 0,2170 0,2560 100 0,1640 0,1950 0,2300 Fonte: Adaptado de University of New England (2011) 0,005 0,01 0,9999 0,9900 0,9590 0,9170 0,8740 0,7080 0,5370 0,3930 0,3250 0,2840 0,2540 Tabela 3 – Orientações para Identificação de Cargas Fatoriais Significantes com Base no Tamanho da Amostra Carga Fatorial Tamanho necessário da amostra para significância * 0,300 350 0,350 250 0,400 200 0,450 150 0,500 120 0,550 100 0,600 85 0,650 70 0,700 60 0,750 50 * A significância é baseada em um nível de significância de 0,05 (α), um nível de poder de 80% e erros padrão, os quais se pressupõe que sejam o dobro dos de coeficiente de correlação Fonte: Hair Jr. et al. (2005, p.107) 55 As Tabelas 1, 2 e 3 demonstram, na prática, o efeito que a variação no tamanho da amostra produz na significância dos resultados encontrados através da aplicação das técnicas multivariadas. Essa constatação, teórica e prática, será de vital importância para essa pesquisa, servindo de orientação para uma correta análise dos resultados encontrados, devendo-se usar com parcimônia a significância estatística e a significância prática como preconiza Hair Jr. et al. (2005). 3.4 COLETA DE DADOS E INSTRUMENTO Segundo Lakatos e Marconi (2010, p.149), a coleta de dados é a “etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos”, os autores complementam informando que as técnicas de coleta de materiais tradicionalmente utilizadas na pesquisa de campo de caráter quantitativo envolvem a utilização da observação direta extensiva, realizada por meio da aplicação de questionários e/ou formulários de medidas de opinião e atitudes. Essa pesquisa teve como instrumento de coleta de dados um questionário com perguntas de estimação ou avaliação, aplicado através de abordagem direta à amostra definida por uma equipe (dois casais) treinada e supervisionada pelo pesquisador. O Questionário foi adaptado tomando como referência Bastos (2005) e Davidovitsch (2007), a fim de possibilitar maior agilidade na sua elaboração, bem como evitar problemas de compreensão durante a realização do processo de coleta de dados. Apesar de ter sido adaptado de instrumentos já testados/aplicados, foi realizado um pré-teste em uma amostra definida pelo critério de acessibilidade, composta por 142 universitárias casadas, para verificação da sua real aderência aos objetivos propostos, o qual resultou em algumas modificações a fim de tornar as questões mais claras e o questionário mais objetivo. O questionário aplicado (Apêndice) foi estruturado em cinco blocos, sendo os quatro primeiros blocos formados por questões destinadas a mensurar os constructos pesquisados (35 questões), enquanto que o quinto bloco (4 questões), destinou-se à coleta de dados acerca do perfil sócio-demográfico dos respondentes com a finalidade de melhor caracterizar os sujeitos da pesquisa (Quadro 12). 56 Nos quatro primeiros blocos, foram utilizadas escalas somatórias ou simplesmente escalas de Likert - modelo proposto por Rensis Likert em 1932 - no qual os respondentes indicam não somente a sua concordância/discordância com as questões, mas também o grau da sua escolha, atribuindo notas de um a cinco de forma seqüencial e independente para cada questão apresentada. A opção feita pela escala Likert de cinco pontos para uso no questionário aplicado, deveu-se ao fato do poder de discriminação conseguido com cinco pontos ser suficiente para atingir os objetivos dessa pesquisa, pois de acordo com Devlin, Dong e Brown (1993), deve-se utilizar no mínimo menos três pontos, sendo que pouco é acrescentado além de cinco pontos e que com um número de pontos excessivo o respondente acaba por definir um subconjunto da escala, introduzido um problema de calibração na escala, prejudicando a avaliação dos escores registrados. A escala Likert apesar de não possuir propriedades intervalares perfeitas, vem sendo tratada e aceita por pesquisadores em ciências sociais como se assim fosse (BURNHAM; FRELS; MAHAJAN, 2003; CARUANA, 2004; LAM et al., 2004; LEE; LEE; FEICK, 2001; MATTAR, 1999). No quinto bloco, perfil sócio-demográfico, foram utilizadas escalas de mensuração do tipo nominal (SD4 - ocupação) e ordinal (SD1 - idade, SD2 escolaridade e SD3 - renda). Como estratégia de induzir o respondente a assinalar espontaneamente as respostas sem preocupar-se com o que se pretende medir, nos dois primeiros blocos as questões foram apresentadas de forma intercalada para evitar que os respondentes reconhecessem algum padrão de relação entre elas. Além dessa precaução, foram incluídas no bloco dois, quatro questões com escala reversa com o objetivo de impedir que o respondente assumisse que a nota mais alta fosse sempre a de maior “peso” e adotasse um padrão automático de respostas (ARANHA; ZAMBALDI, 2008). Quadro 12 – Perfil Sócio-Demográfico da Amostra Pesquisada Perfil Sócio-Demográfico Questionário Variável Manifesta SD1 – Idade Bloco V / Questão 1 SD2 – Escolaridade Bloco V / Questão 2 SD3 - Renda Familiar Mensal Bloco V / Questão 3 SD4 – Ocupação Bloco V / Questão 4 Fonte: Elaborado pelo Autor Fontes IBGE/Censo, 2010 MEC/LDB, 1996 IPC Target, 2010 IBGE/Censo, 2010 57 3.5 PROCESSAMENTO DOS DADOS No processamento dos dados coletados foram empregadas técnicas estatísticas de natureza univariada e multivariada, destacando-se as estatísticas descritivas associadas à tendência central e à dispersão da amostra (média e desvio padrão), bem como o teste de Kaiser-Meyer-Olkin de Medida de Adequação da Amostra (KMO), a análise de confiabilidade (Alpha de Cronbach) e outros métodos estatísticos multivariados associados à análise fatorial, que de acordo com Hair Jr. et al. (2005, p.91), “é um nome genérico dado a uma classe de métodos estatísticos multivariados cujo propósito principal é definir a estrutura subjacente em uma matriz de dados”. As técnicas de análise fatorial atendem bem aos propósitos de testar e explorar modelos capazes de explicar as relações de causa entre variáveis latentes e variáveis manifestas, bem como demonstrar as relações existentes entre as diversas variáveis latentes, dependentes e independentes, de um modelo teórico. Por essas características, foi a técnica utilizada na análise estatística dos dados coletados para realização dessa pesquisa. 3.5.1 Análise Fatorial Para Blalock (1984), um dos mais sérios e importantes problemas que o pesquisador em ciências sociais enfrenta é operacionalizar fenômenos que não podem ser diretamente observados em variáveis empiricamente observáveis, isto é, transformar conceitos em indicadores empíricos, pois como afirmam Zeller e Carmines (1980), um mesmo conceito (constructo/fator) pode ser operacionalizado de formas diferentes. Nesse mesmo sentido, Reisinger e Turner (1999) afirmam que os constructos latentes de percepção, avaliação, satisfação ou medidas de comportamento, têm baixa confiabilidade e que quanto menor a confiança nas medidas, maior a dificuldade em observar-se as relações entre os constructos latentes e as demais variáveis. Segundo Tabachnick e Fidel (2007) uma forma de mensurar esses conceitos é identificar variáveis que “caminham juntas”, isto é, apresentam a mesma estrutura subjacente e isso pode ser implementado através da análise fatorial. De acordo com Zeller e Carmines (1980), a análise fatorial não se refere a uma única técnica estatística, mas a uma variedade de técnicas relacionadas que são indicadas para reduzir uma grande quantidade de variáveis manifestas (indicadores) a um número menor de fatores (variáveis latentes), 58 tornando os dados observados mais facilmente interpretados. Para Filho (2001), Gefen, Straub e Boudreau (2000), Gosling (2004), Latif (2000), Lopes (2001), Hair Jr. et al. (2005), Tabachnick e Fidel (2007), Urdan e Rodrigues (1999), Urdan e Zuñiga (2001) e Veiga (2000), podem-se diferenciar duas principais modalidades da análise fatorial: exploratória e confirmatória. Concentrando-se na exploração dos padrões de relação entre algumas variáveis, as quais são representadas por fatores ou componentes principais, e na carga fatorial entre os fatores e as variáveis, a análise fatorial auxilia o pesquisador a identificar quais variáveis são descritoras de determinado fator, possuem maior carga fatorial (HAIR JR. et al., 2005). Nesta perspectiva a análise fatorial apresentase primariamente como uma técnica exploratória (Análise Fatorial Exploratória AFE) sendo sua utilização mais comum nos estágios iniciais de uma pesquisa, “explorando” os dados e procurando estabelecer relações entre um conjunto de variáveis através da identificação de padrões de correlação, sendo também utilizada para criar variáveis independentes ou dependentes a serem utilizadas em modelos de regressão, mas de acordo Aranha e Zambaldi (2008), Hair Jr. et al. (2005), Loehlin (2004), Malhotra (2006) e Ullman (2001), atualmente sua aplicação principal na pesquisa científica é como técnica confirmatória (Análise Fatorial Confirmatória AFC), isto é, o pesquisador guiado pela teoria utiliza-se dessa técnica para testar em que medida determinadas variáveis manifestas são representativas de uma variável latente (fator/constructo) e também para testar hipóteses acerca das relações entre os diversos constructos de um modelo. Para Hair Jr. et al. (2005, p.492), a analise fatorial confirmatória e a modelagem de equações estruturais tem “similaridades”, diferenciando-se, basicamente, pelo fato de que na SEM “o pesquisador tem controle completo sobre a especificação de indicadores para cada constructo” e, além disso, permitir “um teste estatístico da qualidade de ajuste para a solução fatorial confirmatória proposta, o que não é viável com componentes principais ou análise fatorial”. Devido à sua grande similaridade, o autor caracteriza ambas as técnicas através de dois componentes básicos: (1) o modelo estrutural e (2) o modelo de mensuração. O modelo estrutural é o modelo de caminhos, define as relações entre as variáveis latentes (constructos), especificando como uma variável latente, em particular, causa direta ou indiretamente mudanças em outras variáveis latentes integrantes do modelo, isto é, relaciona as variáveis 59 dependentes e independentes descrevendo as hipóteses propostas (teoria), enquanto o modelo de mensuração trata da ligação dos constructos teóricos em estudo (variáveis latentes ou não observadas) com os escores dos instrumentos de medida (indicadores, variáveis manifestas ou observadas) que foram designados para medi-los (HAIR JR. et al., 2005; LEMKE, 2005). O uso de técnicas dessa complexidade exige que sejam seguidos passos ou estágios sistemáticos com o propósito de garantir a correta especificação dos modelos e a validade dos resultados obtidos. Nesse sentido, Tabachnick e Fidel (2007), afirmam que devem ser cumpridos, no mínimo, três estágios fundamentais: (1) verificação da adequabilidade da base de dados, (2) determinação da técnica de extração e do número de fatores a serem extraídos e (3) decisão do tipo de rotação dos fatores. Com o propósito de garantir a padronização do entendimento da terminologia utilizada nesse trabalho para designação dos diversos tipos de variáveis encontradas nos modelos estrutural e de mensuração característicos da AFC, evitando assim confusão no uso desses termos, o que pode destruir o valor de estudo de uma pesquisa (COOPER; SCHINDLER, 2003), buscou-se compilar no Quadro 13 as definições operacionais dos principais tipos de variáveis presentes em trabalhos científicos dessa natureza, segundo os autores referenciados. Na aplicação da técnica de análise fatorial, outro aspecto de fundamental importância é a correta especificação do tipo de escala a ser utilizada para mensuração dos indicadores da pesquisa, pois na prática, incorporar escalas inadequadas (nominais e/ou ordinais) implica em dificuldades adicionais a serem superadas pelo pesquisador que podem chegar a inviabilizar a utilização dessa técnica multivariada. As escalas nominais são meramente classificativas, descrevem os sujeitos, mas sem recursos à quantificação, estando no nível mais elementar de representação. Suas escalas podem ser comparadas apenas utilizando-se relações de igualdade e é recomendada a sua utilização apenas para descrição dos dados. Nas escalas ordinais os indivíduos distribuem-se segundo certa ordem permitindo que se estabeleçam diferenciações, mas suas propriedades matemáticas apresentam limitações consideráveis e somente podem ser analisadas por estatísticas não-paramétricas. Nessa pesquisa, foram utilizadas as escalas nominais e ordinais apenas para a coleta e registro dos dados sócio-demográficos. 60 Quadro 13 – Variáveis: Terminologia e Definições Terminologia Variável Independente, Exógena ou Preditora (VI) Variável Dependente, Endógena ou de Resultado (VD) Constructos, Dimensões, Fatores, Conceitos, Variáveis Latentes, Explicativas, Não Observadas ou Não Mensuráveis Indicadores, Medidas, Variáveis de Mensuração, Observadas, Manifestas ou de Referência Variáveis: Terminologia e Definições Definição Atua simplesmente como Preditora ou Causadora de um efeito em outra Variável/Constructo do Modelo Teórico, suas causas são externas ao modelo em estudo (Exógenas). Pode ser manipulada, modificada ou alterada pelo pesquisador independente de qualquer outra variável (podem ser observadas e não observadas). É Resultado em pelo menos uma relação causal, sua(s) causa(s) estão relacionadas às variáveis exógenas do Modelo Teórico em estudo. Representa o critério ou o padrão pelo qual os resultados do experimento são julgados (podem ser observadas e não observadas). Autores Maruyama, 1998 Hair Jr. et al., 2005 Hershberger, Marcoulides e Parramore, 2003 Lemke, 2005 Aaker, Kumar e Day, 2009 Schiffman e Kanuk, 2000 Malhotra, 2006 Maruyama, 1998 Hair Jr. et al., 2005 Hershberger, Marcoulides e Parramore, 2003 Klem, 2006 Lemke, 2005 Farias e Santos, 2000 Aaker, Kumar e Day, 2009 Cooper e Schindler, 2003 Schiffman e Kanuk, 2000 Malhotra, 2006 Variáveis que não podem ser diretamente medidas (observadas) devido às suas características abstratas, mas podem ser representadas ou medidas por uma ou mais Variáveis Manifestas. São a base para a formação de relações causais. Hair Jr. et al., 2005 Hershberger, Marcoulides e Parramore, 2003 Santos, 2002 Cooper e Schindler, 2003 Variáveis que tem seus valores diretamente observados, manifestam o valor de um item ou questão específica, são usadas para medir as Variáveis Latentes, são indicadores de um Conceito complexo e/ou abstrato que se deseja medir. Hair Jr. et al., 2005 Hershberger, Marcoulides e Parramore, 2003 Santos, 2002 Variáveis que não pertencem ao modelo estudado, mas que afetam os resultados da Variáveis pesquisa, pois interferem nas mudanças Extrínsecas, das variáveis dependentes e confundem os Estranhas ou resultados da pesquisa, podendo de Confusão (VE) enfraquecer ou invalidar o resultado do experimento. Fonte: Elaborado pelo Autor Aaker, Kumar e Day, 2009 Malhotra, 2006 Para os constructos pesquisados, utilizou-se a escala intervalar (medidos por suas variáveis manifestas através de escala likert) que é uma forma quantitativa de registrar um fenômeno, posicionando-o em relação a um ponto zero (neutralidade), o que possibilita a diferenciação matemática das observações, pois as variações entre as medidas intervalares correspondem, necessariamente, à variações iguais em termos dos valores que a variável assume. Apesar de apresentar limites em suas 61 propriedades matemáticas, a escala intervalar é definida como contínua e pode ser utilizada na AFC de forma satisfatória ao contrário das escalas discretas (nominais e ordinais). A escala proporcional ou de razão é a mais poderosa de todas as escalas, pois permite um número considerável de operações matemáticas e o uso de medidas paramétricas devido, diferentemente das outras escala, possuir um ponto zero racional e não arbitrário (ausência total de uma característica ou propriedade medida) o que a torna bastante útil em pesquisas quantitativas, mas segundo Almeida e Freire (2000), nem sempre é possível ou viável adotá-la nas ciências sociais devido às dificuldades e até mesmo impossibilidade de fixar-se “pontos de zero absoluto” para variáveis de estudo nessa área da ciência, fato que impossibilitou o uso desse tipo de escala nessa pesquisa (Quadro 14). Quadro 14 – Escalas de Mensuração e Tipos de Testes Escalas de Medidas Características Escala Nominal Classifica os sujeitos conforme pertençam ou não a uma categoria ou característica. São variáveis categóricas, não podem avaliar se uma é maior do que outra. Utilização na Pesquisa: SD4 - Ocupação - Bloco V. Tipos de Testes Procedimentos - Frequências Escala Intervalar Escala de Razão (Proporcional) Atribui valores numéricos a indivíduos, sabendo-se que um valor é maior do que o outro e que os valores diferem em intervalos iguais. Utilização na Pesquisa: Escalas do tipo Likert utilizadas nos blocos I, II, III e IV do questionário aplicado. É uma escala de intervalo, porém possui um zero absoluto (total ausência do atributo medido), isto é, inclui valores que não podem ser rebaixados na parte inferior e guardam uma razão entre as quantidades medidas. Não utilizada na Pesquisa. Fonte: Adaptado de Almeida e Freire (2006, p.66) Não-Paramétricos - Qui-quadrado - r-bisserial - Rhô de Sperman - t-Wilcoxon - Teste de sinais Mann-Whitney - Média - Desvio padrão Paramétricos Escala Ordinal Ordena os sujeitos segundo a ordem que ocupam. Sabe-se que um valor é maior que o outro, mas não ha avaliação do intervalo entre dois valores. Utilização na Pesquisa: SD1 - Idade, SD2 - Escolaridade e SD3 Renda Familiar Mensal - Bloco V. - % Acumuladas - Frequência - Regressão - Análise de Variância - r de Pearson 62 3.5.2 Preparação da Base de Dados De acordo com Hair Jr. et al. (2005), na utilização de quaisquer das técnicas multivariadas (exceto análise de agrupamento e escalonamento multidimensional) em pesquisas, principalmente nas ciências sociais e mais especificamente em administração, deve-se observar atentamente em seu desenvolvimento, interpretação e validação, seis aspectos: significância estatística x prática (3.5.3); tamanho da amostra (3.3.1); conhecimento preliminar dos dados (3.5.2.1); modelo conceitual (2.8.1); aprimoramento do modelo (fora do escopo desse trabalho); e definição de mecanismos de validação (fora do escopo desse trabalho). O tamanho da amostra e a definição do modelo conceitual dessa pesquisa já foram analisados em etapas anteriores, processando-se a seguir a análise preliminar dos dados coletados e a verificação das implicações da significância estatística e prática na análise e interpretação dos resultados encontrados através da AFC. Com a fase de coleta finalizada, os dados foram então tabulados em planilha eletrônica, formando assim um banco consolidado contendo as respostas dos 535 respondentes (questionários válidos), distribuídas por linhas, para todas as questões contidas no questionário, distribuídas por colunas. Em seguida, o banco foi transferido para um software estatístico, sendo efetuada a codificação de todas as variáveis (constructos e indicadores) e realizada uma análise preliminar dos dados coletados, condição essencial para a validade dos resultados encontrados na aplicação da AFC e, conseqüentemente, à sua correta interpretação. 3.5.2.1 Análise Preliminar dos Dados De acordo com o que recomenda Hair Jr. et al. (2005) e Tabachnick e Fidell (2001) para a verificação preliminar dos dados a serem tratados através de técnicas estatísticas multivariadas, foram realizadas análises de eventuais falhas de tabulação e montagem do banco de dados, bem como do comportamento de características essenciais da amostra para a aplicação da AFC: dados ausentes ou omissos (missing data), valores discrepantes (outliers) e normalidade dos dados da amostra. Os valores ausentes caracterizam-se pela falta de registro de resposta, considerada a totalidade de respondentes do instrumento de coleta de dados, para qualquer uma das questões apresentadas, indicadores (HAIR JR. et al., 2005). No 63 caso particular dessa pesquisa, os dados perdidos foram tratados já na fase de aplicação dos questionários (entrevistas), através da substituição dos questionários daqueles respondentes que por motivos diversos (término intervalo de aulas, ligação de celular importante, chegada de condução, mudanças climáticas, etc.) não responderam à totalidade das questões. Dessa forma, foram considerados como não válidos 15 questionários (incompletos), correspondente a 2,73% do total aplicado, diluído pelos vários locais de entrevista, o que segundo Kline (1998) e Tabachnick e Fidell (2001), já dispensa qualquer análise acerca de dados ausentes (<5%), encontrando esse procedimento respaldo teórico, também, no conceito de dados perdidos ignoráveis de Hair Jr. et al. (2005). Desse modo, obteve-se um banco de dados sem valores ausentes (100% de valores iniciais válidos), mesmo sem utilização de nenhuma das técnicas disponíveis para correção deste tipo de evento, que se mal aplicadas podem distorcer a representatividade da amostra em graus diversos (KLINE, 1998). A análise de valores discrepantes ou outliers, observações substancialmente diferentes das demais observações, que de acordo com Hair Jr. et al. (2005), não devem ser considerados como um problema à primeira vista, foi realizada através da análise visual dos gráficos Box-Plot de cada indicador (Apêndice), nos quais os valores discrepantes estão apresentados a 1,5 ou mais desvios quartílicos do quartil superior ou inferior da distribuição. Através dessa análise e consulta à tabela de valores extremos geradas pelo software estatístico utilizado (Apêndice), foram encontrados valores discrepantes para respostas de 15 das 35 questões utilizadas como variáveis manifestas dos constructos pesquisados, distribuídos nos seguintes constructos e indicadores: envolvimento da mulher (EM2, EM3 e EM4), decisão do homem (DH3), importância dos atributos (IA1, IA2, IA3, IA5, IA7, IA8, IA9, IA10) e importância das categorias (IC1, IC3 e IC5). Do total dos 43 casos extremos detectados entre os 535 registros no banco de dados, 32 ocorrências estão concentradas no constructo IA (71% dos registros), mais especificamente nos indicadores: IA1- conforto; IA2 – Bom Corte; IA3 – Estilo e IA8 – Preço. Seguindo o que orienta Kline (1998), foi feito um teste do modelo com outliers (535 observações) e outro sem outliers (492 observações), obtendo-se índices do modelo confirmatório semelhantes, com pouca alteração nos valores após a exclusão dos outliers. A partir 64 desta constatação empírica, optou-se por manter os casos detectados como outliers na base de dados e garantir, dessa forma, um tamanho amostral adequado. Tabela 4 – Medidas de Assimetria e Curtose das Variáveis Manifestas N Assimetria R.C. Curtose R.C. Variável Válido Estatística Erro Padrão (valor de z) Estatística Erro Padrão (valor de z) PF1 535 -0,682 0,106 -6,434 -1,174 0,211 -5,564 535 PF2 -1,079 0,106 -10,179 -0,191 0,211 -0,905 535 PF3 -1,098 0,106 -10,358 -0,524 0,211 -2,483 535 IF1 0,137 0,106 1,292 -1,656 0,211 -7,848 535 IF2 -1,220 0,106 -11,509 0,262 0,211 1,242 535 IF3 -0,468 0,106 -4,415 -1,620 0,211 -7,678 535 IF4 -0,583 0,106 -5,500 -0,552 0,211 -2,616 535 DM1 -0,944 0,106 -8,906 -0,427 0,211 -2,024 535 DM2 -0,092 0,106 -0,868 -1,673 0,211 -7,929 535 DM3 -0,882 0,106 -8,321 -0,469 0,211 -2,223 535 EM1 -1,007 0,106 -9,500 -0,163 0,211 -0,773 535 EM2 -1,406 0,106 -13,264 1,133 0,211 5,370 535 EM3 -0,752 0,106 -7,094 -0,280 0,211 -1,327 535 EM4 -1,753 0,106 -16,538 2,931 0,211 13,891 535 DH1 0,490 0,106 4,623 -1,245 0,211 -5,900 535 DH2 -0,489 0,106 -4,613 -1,420 0,211 -6,730 535 DH3 1,465 0,106 13,821 1,000 0,211 4,739 535 DH4 -0,094 0,106 -0,887 -1,602 0,211 -7,592 535 IA1 -0,475 0,106 -4,481 0,370 0,211 1,754 535 IA2 -0,951 0,106 -8,972 1,820 0,211 8,626 535 IA3 -0,706 0,106 -6,660 1,052 0,211 4,986 535 IA4 0,364 0,106 3,434 -0,872 0,211 -4,133 535 IA5 -0,492 0,106 -4,642 0,674 0,211 3,194 535 IA6 0,148 0,106 1,396 -0,884 0,211 -4,190 535 IA7 -0,868 0,106 -8,189 0,078 0,211 0,370 535 IA8 -0,764 0,106 -7,208 1,094 0,211 5,185 535 IA9 -0,932 0,106 -8,792 -0,271 0,211 -1,284 535 3,488 IA10 -1,066 0,106 -10,057 0,736 0,211 535 IC1 -1,069 0,106 -10,085 0,375 0,211 1,777 535 IC2 0,369 0,106 3,481 -0,952 0,211 -4,512 535 IC3 -0,943 0,106 -8,896 0,601 0,211 2,848 535 IC4 -0,167 0,106 -1,575 -1,460 0,211 -6,919 535 IC5 -0,611 0,106 -5,764 -0,540 0,211 -2,559 535 IC6 0,471 0,106 4,443 -1,258 0,211 -5,962 535 IC7 0,671 0,106 6,330 -0,907 0,211 -4,299 Índice de Mardia (coeficiente multivariado de curtose) 377,582 70,080 R.C. = Razão Crítica (valor de z normal) Fonte: Dados da Pesquisa 65 Reforçando a decisão de manter os outliers encontrados, afirma Mazzon (2004) que a metodologia de outliers pode não ser indicada para uma escala do tipo Likert, estatisticamente ordinal mas tratada como intervalar, devendo-se tomar um cuidado extra nesse tipo de análise, pois os extremos podem conter informações relevantes. No caso específico dessa pesquisa, os outliers encontrados, foram atribuídos não a erros de medição ou execução e sim devido à variabilidade dos elementos da amostra pesquisada, o que segundo Hawkins (1980) corrobora o acerto da decisão de manter esses valores extremos. A análise da normalidade univariada dos dados pode ser realizada por meio dos seus dois componentes: assimetria e curtose. Enquanto a assimetria está relacionada com o equilíbrio dos lados da distribuição em torno da média, a curtose está relacionada com o formato da distribuição (achatado, pontiagudo ou suave). Quando uma distribuição é normal, os valores de simetria e curtose são iguais a zero. Testes estatísticos (Kolmogorov-Smirnov ou Shapiro-Wilk) podem ser utilizados para avaliar se os valores de simetria e curtose da amostra são significativamente diferentes de zero, entretanto são bastante sensíveis ao tamanho da amostra. Em grandes amostras, o nível de significância dos testes estatísticos não é tão importante quanto o seu valor real e a aparência visual da distribuição (Apêndice). A normalidade multivariada dos dados pode ser verificada por meio dos testes estatísticos Kolmogorov-Smirnov e do coeficiente de Mardia (coeficiente de curtose multivariado), porém ambos são também sensíveis ao tamanho da amostra (KLINE, 1998). A Tabela 4 apresenta os resultados das distribuições dos coeficientes de assimetria e de curtose (distribuições univariadas), os quais negam a normalidade univariada dos dados da amostra. Além disso, o coeficiente de curtose multivariado de Mardia (amostral) obtido, igual a 377,582, é muito acima do valor crítico esperado, menor que 1 (um), não indicando também a presença de normalidade multivariada. Segundo Selltizu, Wrightsman e Cook (1987), dificilmente todos esses pressupostos são atendidos nos estudos em administração, podendo-se assumir essa condição (ausência de normalidade) como limitação da pesquisa ou no máximo, como ressalta Micceri (1989), como um indicativo de possível perda de qualidade das análises estatísticas em amostras com N < 400 (para essa pesquisa: N = 535). Nesse sentido, afirma Hays (1963, p.242) que “pode-se assumir a 66 distribuição normal em pesquisa quando a população não for normal, mas o número de casos for grande (teorema de Bernoulli ou teorema do limite central)”. Para o autor, um N = 30 já é considerado um número grande se a distribuição da população for próxima da normal, sendo necessário um N bem maior se a distribuição da população não for normal. Para definição do N ( tamanho da amostra) para essa pesquisa, foi seguido o que preconiza Hair Jr. et al. (2005, p.498) quando afirma: “Quando os dados violam as suposições de normalidade multivariada, a proporção de respondentes por parâmetro precisa aumentar para uma razão geralmente aceita de 15”. Quanto à orientação para o uso de técnicas não-paramétricas para análise de dados que se distanciam da normalidade, Feir e Toothaker (1974), afirmam que as técnicas de análise paramétricas podem ser utilizadas mesmo na ausência da normalidade com resultados até mais satisfatórios que os testes não-paramétricos, melhorando sensivelmente os resultados com o aumento do tamanho da amostra. De acordo com Cohen (1988), se um pesquisador planejar seu estudo baseando-se na premissa de uma distribuição normal dos resultados e definir uma amostra de tamanho proporcional às variáveis analisadas, os resultados de seus testes não serão diminuídos em mais de 0,05 se seus dados resultarem de uma distribuição não-normal, mesmo com elevado grau de assimetria e/ou curtose. Isso permite afirmar que as técnicas estatísticas paramétricas, mesmo diante da não normalidade dos dados coletados, podem ser utilizadas sem restrições. 3.5.2.2 Avaliação da Adequabilidade dos dados Coletados à Análise Fatorial Com a análise preliminar dos dados concluída, procedeu-se à verificação da adequabilidade mínima das variáveis (indicadores e constructos) necessária ao uso da análise fatorial confirmatória, sem a qual os resultados poderiam conter vieses significativos enfraquecendo os resultados da pesquisa. Para Hair Jr. et al. (2005), Jöreskog e Sorböm (2000), Malhotra (2006) e Tabachnick e Fidell (2007) é possível conduzir satisfatoriamente a AFC após a análise dos valores resultantes da aplicação dos testes de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) de medida de adequação da amostra e de esfericidade de Bartett para a matriz de correlação, bem como dos valores assumidos pelos indicadores e constructos para: Medida de Adequação da Amostra – MSA, comunalidade (total de variância compartilhada com todas outras variáveis) e Alfa de Cronbach (consistência interna). O coeficiente Alpha de Cronbach, segundo Churchill (1999), é a técnica mais recomendável para verificação 67 da consistência interna de um conjunto de itens, devendo ser aplicada em um momento inicial para a avaliação da qualidade das medidas utilizadas na pesquisa, pois será através da análise de confiabilidade que se avaliará a pertinência dos itens especificados para mensuração dos constructos apresentados. Alerta os autores que ao se utilizar a AFC ou qualquer outra técnica de análise multivariada, deve-se ter a consciência de que a pesquisa talvez não seja conduzida com a rapidez desejada, pois apesar dos sofisticados recursos computacionais disponíveis atualmente, o não atendimento aos requisitos essenciais anteriormente listados poderá forçar uma revisão parcial ou total de etapas iniciais. Os Testes Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) e de Esfericidade de Bartlett, indicam qual é o grau de suscetibilidade ou de ajuste dos dados à análise fatorial, isto é, qual o nível de confiança que se pode esperar dos dados quando do seu processamento pelo método multivariado de análise fatorial (HAIR JR. et al., 2005). O teste KMO apresenta valores normalizados (entre 0 e 1,0) e mostra qual é a proporção da variância que as variáveis (indicadores especificados) apresentam em comum ou a proporção desta que são devidas a fatores comuns. Para a análise dos resultados considera-se que valores próximos de 1,0 (maiores que 0,5) indicam que o método de análise fatorial é perfeitamente adequado para o processamento dos dados (PEREIRA, 2001). Nessa pesquisa todos constructos (fatores) apresentaram valores de KMO > 0,5 (Tabela 5), o que demonstrou a aplicabilidade da AFC. Tabela 5 – Teste KMO e de Bartlett dos Constructos Pesquisados e Modelo CONSTRUCTOS Medida de Adequação da Amostra Kaiser-Meyer-Olkin Qui-Qadrado Teste de aproximado Esfericidade Graus de de Bartlett Liberdade (gl) Significância Fonte: Dados da Pesquisa PF IF DM 0,664 0,558 0,551 EM DH IA IC MODELO 0,632 0,642 0,805 0,530 0,820 347,436 77,680 232,844 274,190 224,082 1207,099 199,874 5043,642 3 6 3 0,000 0,000 0,000 6 6 45 21 595 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 O teste de Esfericidade de Bartlett é baseado na distribuição estatística de quiquadrado e testa a hipótese (nula H0) de que a matriz de correlação é uma matriz identidade (cuja diagonal é 1,0 e todas as outras as outras iguais a zero), isto é, que 68 não há correlação entre as variáveis (Pereira, 2001). Valores de significância maiores que 0,100 indicam que os dados não são adequados para o processamento através da AFC, a hipótese nula não pode ser rejeitada, enquanto que, valores menores que o indicado permite rejeitar a hipótese nula (HAIR JR. et al., 2005). Os valores de significância do teste de Bartlett para todos constructos analisados nessa pesquisa assumiram o valor de 0,000 (Tabela 5), valor que atendeu plenamente ao padrão definido e permitiu confirmar a possibilidade e adequação da utilização da técnica estatística de análise fatorial confirmatória no processamento dos dados coletados. A MSA é uma medida para quantificar o grau de intercorrelações entre as variáveis e sua adequação à análise fatorial, indice que varia de 0 a 1, alcançando 1 quando cada variável é perfeitamente prevista sem erro pelas outras variáveis. Para Hair Jr. et al. (2005), valores abaixo de 0,5 são inaceitáveis, afirmando ainda que a MSA aumenta quando o tamanho da amostra aumenta, as correlações médias aumentam, o número de variáveis aumentam ou o número de fatores diminui. Para a coleta dos valores da Medida de Adequação da Amostra (MSA) assumidos pelos constructos e indicadores participantes desse estudo, foram geradas as respectivas matrizes anti-imagem (Apêndice), sendo esses valores apresentados na Tabela 7. Todos os constructos analisados obtiveram valores de MSA superiores a 0,5, com destaque para o constructo participação feminina que com o valor de 0,8130 alcançou o conceito “admirável” (HAIR JR. et al., 2005, p.98). As variáveis manifestas (indicadores) alcançaram valores satisfatórios atingindo o maior valor do estudo com o indicador IA7 (importância da funcionalidade): 0,8820. Como exceções tivemos os indicadores IF3 (mulher gostar de surpreender no estilo da RM: 0,360) e IC2 (importância das roupas para praia: 0,480), os quais , segundo Hair Jr. et al. (2005), devem ser excluídos pelo pesquisador por encontrarem-se no domínio inaceitavel. A exclusão ou não desses indicadores foi discutida na fase da análise e interpretação dos resultados. Prosseguindo com a análise da adequabilidade dos dados verificou-se os valores de comunalidade assumidos pelas diversas variáveis manifestas (indicadores) utilizadas na mensuração dos constructos pesquisados (Tabela 6). As comunalidades, segundo Hair Jr. et al. (2005), são estimativas da variância compartilhada ou comum entre todas as variáveis estudadas, isto é, representa a 69 quantia total de variância que uma variável original compartilha com todas as outras variáveis incluídas na análise. Na revisão de literatura realizada, não foi encontrada definição de um padrão, limite mínimo de aceitabilidade para tal característica, mas apenas indicações em trabalhos científicos do valor de 0,50 como limite inferior adequado (MENDES DA SILVA; BIDO; FORTE, 2008), pois indica que os componentes extraídos já explicam 50% da variância do indicador. Para os dados coletados, foram encontratos alguns indicadores com valores de comunalidade abaixo de 0,50, os quais não foram excluídos nem foram submetidos a nenhuma técnica de ajustamento, sendo mantidos com seus valores originais, em razão da sua significância prática para o estudo e do tamanho da amostra analisada. Tabela 6 – Comunalidades Variáveis Manifestas Variáveis Manifestas PF1 - mulher acompanhar homem nas compras de RM PF2 - mulher ter prazer em comprar com o homem RM PF3 - mulher avaliar com o homem esse tipo de compra IF1 - mulher ser responsável pelas compras das RM IF2 - mulher orientar o vestir do homem IF3 - mulher gostar de surpreender no estilo da RM IF4 - mulher preferir presentear o homem com roupas DM1 - homem gostar de ser incentivado a vestir-se bem DM2 - homem pedir recomendações sobre vestir DM3 - homem aprovar o gosto da mulher para suas roupas EM1 - mulher gostar de comprar roupas para o Homem EM2 - mulher analisar detalhes na compra das RM EM3 - mulher acertar na compra de RM EM4 - mulher considerar importante esse tipo de compra DH1 - homem ter iniciativa de ir às compra de RM DH2 - homem definir a forma de pagamento DH3 - homem não partilhar com a mulher a decisão de compra DH4 - homem decidir que roupa comprar IA1 - importância do conforto IA2 - importância do bom corte (modelagem) IA3 - importância do estilo IA4 - importância da marca (griffe) IA5 - importância da relação entre qualidade e preço IA6 - importância da atualidade do modelo (moda) IA7 - importância da funcionalidade IA8 - importância do preço IA9 - importância da qualidade IA10 - importância da durabilidade IC1 - importância das roupas íntimas (underwear) IC2 - importância das roupas para praia (banho) IC3 - importância das roupas para lazer IC4 - importância das roupas para trabalho (dia a dia) IC5 - importância das roupas social informal (casual) IC6 - importância das roupas social formal IC7 - importância das roupas para dormir Dados da Pesquisa Comunalidades 0,818 0,640 0,792 0,824 0,443 0,986 0,410 0,620 0,972 0,649 0,596 0,435 0,395 0,445 0,719 0,891 0,446 0,943 0,406 0,315 0,339 0,663 0,339 0,542 0,305 0,072 0,429 0,285 0,334 0,576 0,142 0,946 0,548 0,883 0,489 70 Tabela 7 - Valores MSA para Constructos e Variáveis Manifestas Constructos e Variáveis Manifestas Valores MSA Constructo Participação Feminina PF1 - mulher acompanhar homem nas compras de RM PF2 - mulher ter prazer em comprar com o homem RM PF3 - mulher avaliar com o homem esse tipo de compra Constructo Influência Feminina IF1 - mulher ser responsável pelas compras das RM IF2 - mulher orientar o vestir do homem IF3 - mulher gostar de surpreender no estilo da RM IF4 - mulher preferir presentear o homem com roupas Constructo Dependência Masculina DM1 - homem gostar de ser incentivado a vestir-se bem DM2 - homem pedir recomendações sobre vestir DM3 - homem aprovar o gosto da mulher para suas roupas Constructo Envolvimento da Mulher EM1 - mulher gostar de comprar roupas para o Homem EM2 - mulher analisar detalhes na compra das RM EM3 - mulher acertar na compra de RM EM4 - mulher considerar importante esse tipo de compra Constructo Decisão do Homem DH1 - homem ter iniciativa de ir às compra de RM DH2 - homem definir a forma de pagamento DH3 - homem não partilhar com a mulher a decisão de compra DH4 - homem decidir que roupa comprar Constructo Importância dos Atributos IA1 - importância do conforto IA2 - importância do bom corte (modelagem) IA3 - importância do estilo IA4 - importância da marca (griffe) IA5 - importância da relação entre qualidade e preço IA6 - importância da atualidade do modelo (moda) IA7 - importância da funcionalidade IA8 - importância do preço IA9 - importância da qualidade IA10 - importância da durabilidade Constructo Importância das Categorias IC1 - importância das roupas íntimas (underwear) IC2 - importância das roupas para praia (banho) IC3 - importância das roupas para lazer IC4 - importância das roupas para trabalho (dia a dia) IC5 - importância das roupas social informal (casual) IC6 - importância das roupas social formal IC7 - importância das roupas para dormir 0,8130 0,6280 0,7260 0,6600 0,6490 0,5460 0,5480 0,3600 0,6420 0,8100 0,5350 0,7760 0,5340 0,7500 0,7100 0,6110 0,6260 0,6120 0,5300 0,6300 0,6160 0,6540 0,6830 0,6840 0,8390 0,8370 0,8170 0,6770 0,8680 0,6950 0,8820 0,8280 0,7880 0,7580 0,7970 0,5410 0,4800 0,5190 0,6250 0,5420 0,5190 0,5030 Dados da Pesquisa Finalizando a análise da adequabilidade dos dados, foi verificado quais valores foram assumidos pelos indicadores, constructos e modelo proposto para o alfa de 71 cronbach (Tabela 8), que de acordo com Hair Jr. et al. (2005) é a medida mais utilizada para medir a confiabilidade (consistência interna dos dados), e testa o modo como a variável é medida e não o seu relacionamento com o que deveria ser medido (validade). Essa medida varia de 0,0 a 1,0 (quanto mais próximo de 1, maior confiabilidade), sendo “os valores de 0,60 a 070 considerados o limite inferior de aceitabilidade” (HAIR JR. et al., 2005, p.90). Obedecendo-se a esses parâmetros, os valores encontrados foram classificados com os seguintes conceitos: Excelente (valores de 0,800 a 1,000), Bom (de 0,700 a 0,799), Aceitável (de 0,600 a 0,699) e Insatisfatório (valores abaixo de 0,600). Na análise dos valores encontrados, três dos sete constructos pesquisados foram classificados como insatisfatórios, mas mesmo assim o valor do alfa de cronbach relativo ao modelo teórico proposto apresentou o valor de 0,786, classificado como conceito bom segundo a escala utilizada. Vários indicadores também apresentaram valores insatisfatórios e igualmente aos constructos que apresentaram valores insatisfatórios foram mantidos na pesquisa, pois de acordo com Hair Jr. et al. (2005, p.489), “Um valor de referência comumente usado para confiabilidade aceitável é de 0,60, apesar de este não ser um padrão absoluto e valores abaixo de 0,60 serem considerados aceitáveis se a pesquisa é de natureza exploratória”. Contribuiu também para manutenção desses constructos e indicadores, sua significância prática e os efeitos potencializadores que o tamanho da amostra utilizada proporcionou na significância estatística dos resultados encontrados. Convém ressaltar que o alfa de cronbach é uma medida de confiabilidade não garantindo a validade dos dados que é “o grau em que os indicadores medem com precisão aquilo que eles devem efetivamente medir” (HAIR JR. et al., 2005, p.489), isto é, o indicador pode ter elevada confiabilidade mas ser uma medida inválida do constructo para o qual o pesquisador o especificou. Validade e confiabilidade são duas condições separadas mas inter-relacionadas, sendo aprimeira determinada em grande parte pelo conhecimento do pesquisador sobre o fenômeno estudado e validada através da análise fatorial confirmatória (validade convergente). 72 Tabela 8 - Consistência Interna dos Indicadores, Constructos e Modelo CONSTRUCTO CONSTRUCTO PARTICIPAÇÃO FEMININA ALFA DE CRONBACH INDICADOR PF1 0,730 BOM PF2 PF3 IF1 CONSTRUCTO IF2 INFLUÊNCIA 0,315 INSATISFATÓRIO IF3 FEMININA IF4 DM1 CONSTRUCTO DEPENDÊNCIA 0,585 INSATISFATÓRIO DM2 MASCULINA DM3 EM1 CONSTRUCTO EM2 ENVOLVIMENTO 0,629 ACEITÁVEL EM3 DA MULHER EM4 DH1 CONSTRUCTO DH2 DECISÃO DO 0,600 ACEITÁVEL DH3 HOMEM DH4 IA1 IA2 IA3 IA4 CONSTRUCTO IA5 IMPORTÂNCIA 0,760 BOM IA6 DOS ATRIBUTOS IA7 IA8 IA9 IA10 IC1 IC2 CONSTRUCTO IC3 IMPORTÂNCIA DAS 0,280 INSATISFATÓRIO IC4 CATEGORIAS IC5 IC6 IC7 GERAL MODELO PESQUISADO Consistência interna dos constructos (se item for deletado) Fonte: Dados da Pesquisa ALFA DE CRONBACH 0,565 INSATISFATÓRIO 0,713 BOM 0,638 ACEITÁVEL 0,140 INSATISFATÓRIO 0,072 INSATISFATÓRIO 0,448 INSATISFATÓRIO 0,209 INSATISFATÓRIO 0,320 INSATISFATÓRIO 0,723 BOM 0,315 INSATISFATÓRIO 0,542 INSATISFATÓRIO 0,544 INSATISFATÓRIO 0,501 INSATISFATÓRIO 0,476 INSATISFATÓRIO 0,481 INSATISFATÓRIO 0,515 INSATISFATÓRIO 0,577 INSATISFATÓRIO 0,534 INSATISFATÓRIO 0,696 ACEITÁVEL 0,704 BOM 0,702 BOM 0,735 BOM 0,705 BOM 0,735 BOM 0,709 BOM 0,746 BOM 0,690 ACEITÁVEL 0,713 BOM 0,319 INSATISFATÓRIO 0,241 INSATISFATÓRIO 0,340 INSATISFATÓRIO 0,298 INSATISFATÓRIO 0,196 INSATISFATÓRIO 0,152 INSATISFATÓRIO 0,301 INSATISFATÓRIO 0,786 BOM 3.5.3 Significância Estatística e Significância Prática Hair Jr. et al. (2005, p.98), destacam que: “As suposições críticas na análise fatorial são mais conceituais do que estatísticas. Do ponto de vista da estatística os desvios da normalidade, [...] aplicam-se apenas no nível em que elas diminuem as correlações observadas”. Partindo-se dessa afirmação e das observações referenciadas nessa etapa do trabalho, ficou evidenciado que cabe ao pesquisador, respeitadas as reais limitações técnicas à utilização da AFC, a definição acerca da 73 significância dos valores encontrados e de sua relevância para os objetivos da pesquisa e conseqüentemente, a decisão acerca da utilização ou não dos resultados apurados. Nesse contexto, Hair Jr. et al. (2005, p.39) alertam que a aplicação das técnicas multivariadas na análise dos dados coletados “com sua forma aparentemente mágica de ordenar um grande número de possíveis alternativas e encontrar as que têm significância estatística”, tem levado a muitos pesquisadores ficarem míopes ao se concentrarem apenas na significância estatística dos resultados encontrados. A significância prática, segundo o autor, é o método de avaliar resultados da análise multivariada baseado em suas descobertas substanciais, em vez de sua significância estatística, isto é, a significância prática avalia se o resultado é útil, substancial o bastante para garantir ação, enquanto que a significância estatística (poder estatístico) determina se os resultados são estatisticamente significantes ou podem ser atribuídos ao acaso. O foco exagerado na significância alcançada pelos resultados (significância estatística) em detrimento da significância prática dos mesmos, tem levado alguns pesquisadores a preocupar-se excessivamente com os valores estatísticos apurados, sem compreender suas interpretações, o que pode, em casos extremos, levar a conclusões distintas acerca do comportamento de um mesmo fenômeno. Na área acadêmica, Hair Jr. et al. (2005) afirmam que as pesquisas não devem concentrar-se apenas em resultados estatisticamente significantes, mas também nas implicações teóricas e substantivas que tais resultados oferecem na prática (significância prática), obedecendo-se aos critérios de parcimônia e bom senso. No desenvolvimento dessa pesquisa, as análises dos resultados apurados foram realizadas em consonância com essa orientação, isto é, buscou-se o equilíbrio entre a significância estatística e a significância prática, observadas as características presentes nas pesquisas em ciências sociais e as especificidades desse estudo. 74 4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Após o processamento dos dados, passou-se à análise efetiva dos resultados encontrados e sua interpretação. Inicialmente, foi realizada a análise descritiva dos dados sócio-demográficos para a devida caracterização dos sujeitos da pesquisa (ANDERSON; SWEENEY; WILLIAMS, 2002), sendo em seguida apresentadas, de forma agrupada por constructos, as análises descritivas das variáveis manifestas como forma de observar-se, em um primeiro momento, qual o comportamento dessas variáveis em relação à frequência, média e desvio padrão. Finalizou-se essa etapa descritiva com a apresentação e comentários de quadro resumo com as médias individuais apuradas ordenadas de forma decrescente, independente do constructo ao qual a variável foi associada. Na sequência, verificou-se a validade convergente de cada um dos constructos em estudo através da aplicação da análise fatorial confirmatória, sendo os resultados apresentados e comentados constructo a constructo. Concluindo essa etapa, verificou-se a variância total explicada do modelo proposto, bem como a existência de correlações entre todos os constructos participantes, analisando-se a coerência entre os resultados encontrados e a expectativa teórica, demonstrada através da confirmação das hipóteses formuladas. 4.1 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DA PESQUISA A amostra utilizada nessa pesquisa foi obtida pelo critério de acessibilidade entre as mulheres casadas ou com união estável maiores de 17 anos, residentes no município de Natal-RN, alfabetizadas e independente de classe social, através da aplicação de 550 questionários, sem nenhum critério planejado de estratificação, atingindo um índice de sucesso de 97,27%, que resultou em 535 questionários válidos. Com relação aos locais onde foram aplicados os questionários válidos (Tabela 9), 239 foram aplicados em Instituições de Ensino Superior (44,67%), 153 em shopping centers estruturados (28,60%), 69 em áreas de comércio popular (12,90%), 55 em um parque ecológico (10,28%) e 19 em locais públicos diversos (3,55%). 75 Tabela 9 – Respondentes por Local de Aplicação dos Questionários Válidos PERFIL Local da Entrevista CATEGORIA Instituição de Ensino Superior Shopping Centers Comércio Popular Parque Ecológico Locais Públicos Diversos Total RESPONDENTES N˚ de mulheres (N) Percentual (%) 239 44,67 153 28,60 69 12,90 55 10,28 19 3,55 535 100,00 Fonte: Dados da Pesquisa Quanto à faixa etária a amostra pesquisada (Tabela 10) apresentou 45 respondentes com idade menor que 21 anos (8,41%), 181 com idade entre 21 e 30 anos (33,83%), 149 com idade entre 31 e 40 anos (27,85%), 100 com idade entre 41 e 50 anos (18,69%) e 60 com mais de 50 anos (11,21%). Tabela 10 – Respondentes por Faixa Etária PERFIL Faixa Etária CATEGORIA Até 21 anos 21 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos Mais de 50 anos Total RESPONDENTES N˚ de mulheres (N) Percentual (%) 45 8,41 181 33,83 149 27,85 100 18,69 60 11,21 535 100,00 Fonte: Dados da Pesquisa No que diz respeito ao nível de escolaridade (Tabela 11), 8 respondentes foram classificados como alfabetizados (1,50%), 31 com ensino fundamental (5,79%), 177 com ensino médio (33,08%), 293 com ensino superior (54,77%) e 26 com pósgraduação (4,86%). A renda familiar mensal (Tabela 12), definida para essa pesquisa como a renda auferida pelo casal no período de um mês, apresentou o seguinte resultado: 10 respondentes com renda até R$ 750,00 (1,87%), 177 com renda entre R$ 751,00 e R$ 1.650,00 (33,08%), 195 com renda entre R$ 1.651 e R$ 2.950,00 (36,45%), 108 com renda entre R$ 2.951,00 e 5.350,00 (20,19%) e 45 respondentes com renda superior a R$ 5.350,00 (8,41%). 76 Tabela 11 – Respondentes por Nível de Escolaridade PERFIL Escolaridade CATEGORIA Alfabetizada Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior Pós-Graduada Total RESPONDENTES N˚ de mulheres (N) 8 31 177 293 26 535 Percentual (%) 1,50 5,79 33,08 54,77 4,86 100,00 Fonte: Dados da Pesquisa Quanto à sua ocupação principal (Tabela 13), 116 respondentes declararam serem autônomos (21,68%), 64 serem funcionários públicos (11,96%), 202 serem empregados na iniciativa privada (37,76%), 106 serem estudantes (19,81%) e 47 respondentes declararam terem outras ocupações (8,79%). Tabela 12 – Respondentes por Renda Familiar Mensal PERFIL CATEGORIA Renda Familiar Mensal Até R$ 750,00 De R$ 751,00 a 1.650,00 De R$ 1.651,00 a 2.950,00 De R$ 2.951,00 a 5.350,00 Mais de R$ 5.350,00 Total Fonte: Dados da Pesquisa do Autor RESPONDENTES N˚ de mulheres (N) Percentual (%) 10 1,87 177 33,08 195 36,45 108 20,19 45 8,41 535 100,00 Tabela 13 – Respondentes por Ocupação PERFIL Ocupação CATEGORIA Autônoma Funcionária Pública Funcionária da Iniciativa Privada Estudante Outras Total RESPONDENTES N˚ de mulheres (N) Percentual (%) 116 21,68 64 11,96 202 37,76 106 19,81 47 8,79 535 100,00 Fonte: Dados da Pesquisa Convém ressaltar que não houve a preocupação nesse estudo de utilizar uma amostra estatísticamente representativa da população (probabilística), mas apenas o cuidado para que não ocorresse predominância de um determinado grupo de 77 pessoas para não comprometer a qualidade dos resultados. As análises relativas aos dados pesquisados para a caracterização dos sujeitos da pesquisa (Perfil SócioDemográfico) foram meramente exploratórias sem intenção de generalização, não sendo utilizadas nesse estudo para nenhuma estratificação ou análise complementar. 4.2 ANÁLISE DESCRITIVA: VARIÁVEIS MANIFESTAS E CONSTRUCTOS Em relação aos constructos participantes desse estudo e suas variáveis manifestas (indicadores), inicia-se efetivamente nessa etapa a análise e interpretação dos resultados. Os valores encontrados para as medidas de tendência central e dispersão, isto é, os valores das médias, dos desvios padrão e distribuição de freqüência dos indicadores foram inicialmente apresentados e analisados agrupados por constructos. Tabela 14 – Estatística Descritiva do Constructo Participação Feminina Participação Feminina na Compra do Vestuário Masculino Não Quase Sim, Raramente Às vezes nunca sempre sempre Variável Desvio N Média 1 2 3 4 5 Manifesta Padrão F % F % F % F % F % PF1 535 96 17,94 51 9,53 59 11,03 55 10,28 274 51,21 3,67 1,586 PF2 535 64 11,96 27 5,05 68 12,71 95 17,76 281 52,52 3,94 1,389 PF3 535 95 17,76 21 3,93 38 7,10 37 6,92 344 64,30 3,96 1,572 Fonte: Dados da Pesquisa Pode-se notar na Tabela 14, que apesar das médias e desvios padrão de todas as variáveis manifestas do constructo participação feminina alcançaram valores próximos, a variável PF3 (mulher avaliar com o homem esse tipo de compra) alcançou posição de destaque, obtendo o maior escore de notas 5 (344 ou 64,30%). Na Tabela 15, que apresenta as estatísticas descritivas do constructo dependência masculina, nota-se equilíbrio de comportamento nas variáveis DM1 e DM3, com médias e desvios padrão semelhantes. A variável DM2 (homem pedir recomendações sobre vestir) alcançou média mais baixa que as demais e maior desvio padrão, apresentando ainda uma elevada concentração de notas 1 (187 ou 78 34,95%), ao contrário das variáveis DM1 e DM2 que obtiveram mais da metade de suas respostas com nota 5, alcançando 52,52% e 53,64%, respectivamente. Tabela 15 – Estatística Descritiva do Constructo Dependência Masculina Dependência Masculina na Compra de seu Vestuário Quase Sim, Não nunca Raramente Às vezes sempre sempre Variável Desvio N Média Manifesta 1 2 3 4 5 Padrão F % F % F % F % F % DM1 535 42 7,85 52 9,72 82 15,33 78 14,58 281 52,52 3,94 1,332 DM2 535 187 34,95 24 4,49 79 14,77 70 13,08 175 32,71 3,04 1,699 DM3 535 28 5,23 50 9,35 111 20,75 59 11,03 287 53,64 3,99 1,262 Fonte: Dados da Pesquisa Dentre as variáveis manifestas do constructo envolvimento da mulher, Tabela 16, a variável EM4 (mulher considerar importante esse tipo de compra) obteve o menor desvio padrão, a maior frequência de escores 5 (380 ou 71,03%) e a maior média de todas as variáveis pesquisadas, independente de constructo, demonstrando a elevada importância que as mulheres pesquisadas dispensam ao escolher que roupa comprar para seus marido/companheiros. Cabe frisar que a variável EM3 (mulher acertar na compra de RM) foi apurada com escala invertida (5=1, 4=2, 3=3, 2=4 e 1=5). Tabela 16 – Estatística Descritiva do Constructo Envolvimento da Mulher Envolvimento da Mulher na Compra do Vestuário Masculino Não Quase Sim, Raramente Às vezes nunca sempre sempre Variável Desvio N Média Manifesta 1 2 3 4 5 Padrão F % F % F % F % F % EM1 535 53 9,91 24 4,49 100 18,69 91 17,01 267 49,91 3,93 1,325 EM2 535 17 3,18 23 4,30 82 15,33 85 15,89 328 61,31 4,28 1,072 EM3* 535 2 0,37 16 2,99 110 20,56 162 30,28 245 45,79 4,18 0,866 EM4 535 1 0,19 2 0,37 38 7,10 114 21,31 380 71,03 4,63 0,649 * Variável com Escala Invertida Fonte: Dados da Pesquisa 79 A estatistica descritiva do constructo Influência Feminina (Tabela 17) demonstra um certo equilíbrio entre as médias das variáveis IF2, IF3 e IF4 e um afastamento da variável IF1 (mulher ser responsável pelas compras das RM) que obteve uma considerável frequência de escores 1 (216 ou 40,37%) sinalizando que apesar de participar da decisão de compra do vestuário masculino, a maioria das mulheres (não nunca + raramente + às vezes = 61,49%) não se considera responsável pelas compras das roupas de seu marido/companheiro. No que diz respeito ao desvio padrão a variável IF3 (mulher gostar de surpreender no estilo de RM) alcançou o maior maior desvio padrão de todas as variáveis pesquisadas, demonstrando uma elevada dispersão dos resultados. Tabela 17 – Estatística Descritiva do Constructo Influência Feminina Influência Feminina na Compra do Vestuário Masculino Quase Sim, Não nunca Raramente Às vezes sempre sempre Variável Desvio N Média Manifesta 1 2 3 4 5 Padrão F % F % F % F % F % IF1 535 216 40,37 23 4,30 90 16,82 53 9,91 153 28,60 2,82 1,695 IF2 535 64 11,96 12 2,24 65 12,15 123 22,99 271 50,65 3,98 1,341 IF3 535 166 31,03 13 2,43 54 10,09 14 2,62 288 53,83 3,46 1,800 IF4 535 35 6,54 45 8,41 151 28,22 118 22,06 186 34,77 3,70 1,212 Fonte: Dados da Pesquisa Pode-se concluir, através da análise dos valores alcançados pelas médias das variáveis manifestas do constructo importância dos atributos (Tabela 18), que as mulheres dispensam pouca importância à marca (griffe) e à atualidade do modelo (moda), respectivamente IA4 e IA6, na escolha das roupas para o marido/companheiro, mas valorizam bastante a funcionalidade, a durabilidade e principalmente a qualidade (maior média do constructo e segunda maior média dentre todas as variáveis pesquisadas: 4,44), respectivamente IA7, IA10 e IA9, nesse tipo de compra. As demais variáveis demonstraram equilíbrio de comportamento no que se refere aos valores das médias e devios padrão. Convém ressaltar que esse constructo concentrou oito dos dez menores desvios padrão, demonstrando assim uma elevada concentração dos resultados relacionados à percepção feminina da importância dos diferentes atributos do vestuário masculino. 80 Tabela 18 – Estatística Descritiva do Constructo Importância dos Atributos Percepção Feminina da Importância dos Diferentes Atributos do Vestuário Masculino Variável Manifesta N Sem Pouca Importância Importância 1 F % IA1 535 2 0,37 IA2 535 3 0,56 IA3 535 2 0,37 IA4 535 33 6,17 IA5 535 4 0,75 IA6 535 29 5,42 IA7 535 3 0,56 IA8 535 5 0,93 IA9 535 0 0,00 IA10 535 2 0,37 Fonte: Dados da Pesquisa 2 Razoável Importância Importante Muito Importante 3 4 5 F % F % F % F % 10 1,87 109 20,37 282 52,71 132 24,67 26 4,86 74 13,83 347 64,86 85 15,89 21 3,93 89 16,64 319 59,63 104 19,44 175 32,71 166 31,03 66 12,34 95 17,76 11 2,06 132 24,67 282 52,71 106 19,81 138 25,79 177 33,08 97 18,13 94 17,57 14 2,62 101 18,88 163 30,47 254 47,48 17 3,18 98 18,32 287 53,64 128 23,93 2 0,37 67 12,52 162 30,28 304 56,82 8 1,50 71 13,27 175 32,71 279 52,15 Média Desvio Padrão 3,99 3,91 3,94 3,03 3,89 3,17 4,22 3,96 4,44 4,35 0,748 0,731 0,741 1,187 0,763 1,155 0,879 0,796 0,721 0,792 Dentre as variáveis manifestas do constructo decisão de compra do homem, verifica-se que a DH3 (homem não partilhar com mulher a decisão de compra) obteve a menor média de todas as variáveis pesquisadas (Tabela 19), o que indica a existência de uma forte participação feminina na decisão de compra do vestuario masculino, na opinião das mulheres. Cabe frisar que as variáveis DH1, DH2 e DH3 foram apuradas com escala invertida (5=1, 4=2, 3=3, 2=4 e 1=5), e que as médias alcançadas por DH1 e DH4 ficaram entre as dez menores. Tabela 19 – Estatística Descritiva do Constructo Decisão de Compra do Homem Decisão do Homem no Processo de Compra de seu Vestuário Não Quase Sim, Raramente Às vezes nunca sempre sempre Variável Desvio N Média Manifesta 1 2 3 4 5 Padrão F % F % F % F % F % DH1* 535 226 42,24 47 8,79 132 24,67 12 2,24 118 22,06 2,53 1,571 DH2* 535 124 23,18 30 5,61 97 18,13 18 3,36 266 49,72 3,51 1,659 DH3* 535 337 62,99 72 13,46 67 12,52 21 3,93 38 7,10 1,79 1,228 DH4 535 167 31,21 28 5,23 118 22,06 30 5,61 192 35,89 3,10 1,670 * Variável com Escala Invertida Fonte: Dados da Pesquisa A análise estatística descritiva do constructo importância das categorias (Tabela 20) mostra que as variáveis IC2 (roupa para banho), IC6 (roupa social formal) e IC7 (roupa para dormir) foram as que obtiveram menores médias, presumindo-se que 81 são as categorias que recebem menos atenção pelas mulheres na hora da compra de roupas masculinas. Em sentido inverso, a importância das roupas para lazer (IC3) obteve a maior média do constructo, indicando ser a categoria de roupas masculinas que recebe maior atenção por parte das mulheres. Tabela 20 – Estatística Descritiva do Constructo Importância das Categorias Percepção Feminina da Importância das Diferentes Categorias do Vestuário Masculino Variável Manifesta N Sem Pouca Razoável Importância Importância Importância 1 2 F % F % F IC1 535 45 8,41 47 8,79 52 IC2 535 161 30,09 138 25,79 125 IC3 535 6 1,12 46 8,60 62 IC4 535 153 28,60 48 8,97 82 IC5 535 34 6,36 88 16,45 83 IC6 535 193 36,07 118 22,06 57 IC7 535 258 48,22 85 15,89 102 Fonte: Dados da Pesquisa Importante Muito Importante 4 5 3 % 9,72 23,36 11,59 15,33 15,51 10,65 19,07 F 288 92 265 150 233 87 79 % F % 53,83 103 19,25 17,20 19 3,55 49,53 156 29,16 28,04 102 19,07 43,55 97 18,13 16,26 80 14,95 14,77 11 2,06 Média Desvio Padrão 3,67 2,38 3,97 3,00 3,51 2,52 2,07 1,136 1,182 0,924 1,510 1,151 1,482 1,203 Concluída a análise descritiva das variáveis manifestas agrupadas por constructo estudado, apresenta-se na Tabela 21 resumo com valores ordenados de forma decrescente de acordo com os escores obtidos para as médias individuais apuradas, independente do constructo ao qual a variável foi associada. Esta forma de apresentação dos resultados demonstra mais claramente quais questões das apresentadas na fase de coleta dos dados (questionário) receberam por parte das mulheres pesquisadas maior concordância e/ou maior importância (maior média), isto é, aquelas cujas respostas concentraram-se nas opções “sim, sempre” e “muito importante” (valor atribuído: 5). Pode-se notar que três das quatro (75%) variáveis especificadas para medir o constructo envolvimento da mulher posicionaram-se entre as dez maiores médias, tendo EM4 – mulher considerar importante este tipo de compra, alcançado a maior média desse estudo, demonstrando coerência com Bloch, Sherrell e Ridgway (1986), Celsi e Olson (1988), Coulter, Price e Feick (2003), Richins e Bloch (1986), Warrington e Shim (2000) e Zaichowsky (1985), quando afirmam que o envolvimento consiste na importância ou relevância percebida do objeto (nesse caso, o vestuário masculino), necessidades, valores e interesses inerentes ao sujeito (a mulher). baseada nas 82 No que se refere às questões que obtiveram menor concordância e/ou menor importância por parte das mulheres pesquisadas (menor média), isto é, aquelas cujas respostas concentraram-se nas opções “não, nunca” e “sem importante” (valor atribuído: 1), convém ressaltar que três das quatro (75%) variáveis especificadas para medir o constructo decisão do homem posicionaram-se entre as dez menores médias, tendo DH3 – homem não partilhar com a mulher a decisão de compra, alcançado a menor média desse estudo, sinalizando a importância da participação feminina na decisão de compra do vestuário masculino, comportamento já demonstrado nos estudos de Davis e Rigaux (1974) sobre as influências maridoesposa no processo de decisão de compra (configuração triangular familiar - Figura 9), e que de acordo com Blackwell et al. (2009, p.384) “influenciaram grandemente o pensamento sobre a relativa influência de maridos e esposas na tomada de decisão e de toda extensão da especialização de papéis”. É interessante notar o fato de que apesar de afirmar que o homem não tem iniciativa de ir ás compras (Média DH1homem ter iniciativa de ir às compras de RM: 2,53) e que o homem não decide que roupa comprar (Média DH4 – homem decidir que roupa comprar: 3,10), a mulher nega ser a responsável pelas compras das roupas masculinas (Média IF1 – mulher ser responsável pelas compras de RM: 2,82), o que demonstra o interesse da mulher em negar sua participação direta na compra, mas ao mesmo tempo denota, indiretamente, sua participação ativa no processo de decisão de compra das roupas de seu marido/companheiro. Finalizada a apresentação dos resultados e análise das estatísticas descritivas das variáveis manifestas, passou-se a analisar o comportamento dos diversos constructos participantes do modelo proposto no que se refere à sua estatística descritiva (Tabela 22). Destacou-se nessa análise a elevada média alcançada pelo constructo envolvimento da mulher (maior média do modelo: 4,2528) e o baixo valor da média do constructo decisão do homem (menor média do modelo: 2,7308), o que evidencia, em uma análise preliminar, a força do constructo envolvimento da mulher como antecedente da participação feminina na compra do vestuário masculino, bem como o forte efeito que a participação feminina (média: 3,8575) exerce na decisão do homem no processo de compra do seu vestuário, sinalizando a existência de uma relação negativa entre esses dois constructos, isto é, quando a participação feminina aumenta a decisão do homem diminui, conforme sugerido pela Hipótese 83 H5. Com a análise descritiva das variáveis manifestas e constructos realizada, passou-se à verificação da validade convergente dos constructos através da aplicação da técnica estatística da análise fatorial confirmatória, à análise do modelo proposto e ao teste das hipóteses formuladas para essa pesquisa. Tabela 21 – Resumo Estatística Descritiva das Variáveis Manifestas Variáveis Manifestas EM4 - mulher considerar importante esse tipo de compra IA9 - importância da qualidade IA10 - importância da durabilidade EM2 - mulher analisar detalhes na compra das RM IA7 - importância da funcionalidade EM3 - mulher acertar na compra de RM DM3 - homem aprovar o gosto da mulher para suas roupas IA1 - importância do conforto IF2 - mulher orientar o vestir do homem IC3 - importância das roupas para lazer PF3 - mulher avaliar com o homem esse tipo de compra IA8 - importância do preço PF2 - mulher ter prazer em comprar com o homem RM DM1 - homem gostar de ser incentivado a vestir-se bem IA3 - importância do estilo EM1 - mulher gostar de comprar roupas para o Homem IA2 - importância do bom corte (modelagem) IA5 - importância da relação entre qualidade e preço IF4 - mulher preferir presentear o homem com roupas PF1 - mulher acompanhar homem nas compras de RM IC1 - importância das roupas íntimas (underwear) DH2 - homem definir a forma de pagamento IC5 - importância das roupas social informal (casual) IF3 - mulher gostar de surpreender no estilo da RM IA6 - importância da atualidade do modelo (moda) DH4 - homem decidir que roupa comprar DM2 - homem pedir recomendações sobre vestir IA4 - importância da marca (griffe) IC4 - importância das roupas para trabalho (dia a dia) IF1 - mulher ser responsável pelas compras das RM DH1 - homem ter iniciativa de ir às compra de RM IC6 - importância das roupas social formal IC2 - importância das roupas para praia (banho) IC7 - importância das roupas para dormir DH3 - homem não partilhar com a mulher a decisão de compra Fonte: Dados da Pesquisa Média Desvio Padrão 4,63 4,44 4,35 4,28 4,22 4,18 3,99 3,99 3,98 3,97 3,96 3,96 3,94 3,94 3,94 3,93 3,91 3,89 3,70 3,67 3,67 3,51 3,51 3,46 3,17 3,10 3,04 3,03 3,00 2,82 2,53 2,52 2,38 2,07 1,79 0,649 0,721 0,792 1,072 0,879 0,886 1,262 0,748 1,341 0,924 1,572 0,796 1,389 1,332 0,741 1,325 0,731 0,763 1,212 1,586 1,136 1,659 1,151 1,800 1,155 1,670 1,699 1,187 1,510 1,695 1,571 1,482 1,182 1,203 1,228 84 Tabela 22 - Estatística Descritiva dos Constructos CONSTRUCTOS PF - Participação Feminina DM - Dependência Masculina EM - Envolvimento da Mulher IF - Influência Feminina IA - Importância Atributos DH - Decisão do Homem IA - Importância Categorias Fonte: Dados da Pesquisa N 535 535 535 535 535 535 535 AMPLITUDE MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA 4,00 4,00 3,00 3,50 3,20 4,00 2,86 1,00 1,00 2,00 1,50 1,70 1,00 1,71 5,00 5,00 5,00 5,00 4,90 5,00 4,57 3,8575 3,6566 4,2528 3,4902 3,8886 2,7308 3,0158 DESVIO PADRÃO 1,22482 1,04747 0,67596 0,86075 0,47127 1,04026 0,54504 4.3 ANALISE DOS CONSTRUCTOS - VALIDADE CONVERGENTE A revisão de literatura realizada tornou evidente que as técnicas de análise fatorial atendem aos propósitos de testar e explorar modelos capazes de explicar as relações de causa entre variáveis latentes e variáveis manifestas, bem como de demonstrar as relações existentes entre as diversas variáveis latentes (constructos), dependentes e independentes, de um modelo teórico. Dessa forma, foi escolhida para esse trabalho a técnica estatística de análise fatorial confirmatória para testar individualmente cada constructo componente do modelo proposto, com o objetivo de verificar se o conjunto de variáveis manifestas (indicadores) especificadas para cada um deles estavam medindo, de fato, o que teoricamente deveriam medir: validação convergente (ARANHA; ZAMBALDI, 2008). Em seguida, para verificar as relações existentes entre os constructos participantes do modelo proposto, foi aplicada a técnica mais utilizada em pesquisas nas áreas das ciências humanas, sociais e da saúde para a obtenção da correlação entre variáveis: a matriz de correlação de Pearson (HAIR JR. et al., 2005). Os resultados encontrados forneceram a base empírica necessária para o confronto com as expectativas teóricas e verificação da validade das hipóteses apresentadas. Convém ressaltar que em todas as fases dessa pesquisa foram seguidos os padrões definidos no Quadro 15, procedimento que, aliado às análises preliminares de todas os constructos e suas variáveis manifestas e à verificação prévia da adequabilidade dos dados ao processamento através da análise fatorial, conforme recomenda Hair Jr. et al. (2005) e Tabachnick e Fidell (2001), possibilitou a normalização dos resultados, tornando possível a análise comparativa desses sem os vieses causados por inconsistências na base de dados 85 ou por má especificação de parâmetros na entrada de informações (input) no software estatístico utilizado. Quadro 15 – Padrões Definidos para Aplicação da Análise Fatorial Padrões Definidos para Aplicação da Análise Fatorial Confirmatória Estágios Itens Definição N mínimo da amostra = 525 e razão entre número Amostra de observações/quantidade de variáveis = 15 (pesquisa: N=535 e razão = 15,29) 1. Verificar a Maior parte dos coeficientes de correlação deve adequabilidade da base Correlação apresentar valores acima de 0,300 de dados Maior que 0,50 - patamar mínimo de KMO adequabilidade (HAIR JR. et al., 2005) BTS (Sig.) p<0,05 (HAIR JR. et al., 2005) Técnica de extração dos fatores: Análise de Tipo de Extração Componentes Principais Devem ser extraídos apenas os fatores com Regra de Kaiser autovalor acima de 1 Analisar graficamente a dispersão do número de Scree Test fatores (Scree Plot) 2. Determinar a técnica de extração e o número Significante a partir de 0,300 (HAIR JR. et al., Carga Fatorial de fatores a serem 2005; PEDHAZUR; SCHMELKIN, 1991) extraídos Variância Acumulada Desejável >45% O pesquisador deve apresentar fundamentação teórica para escolha do modelo proposto e da Razão Teórica técnica de análise de dados, bem como acerca de resultados utilizados que fujam dos padrões técnicos definidos para o estudo 3. Decidir o tipo de Tipo de Rotação Ortogonal - Varimax (quando necessária) rotação dos fatores Fonte: Adaptado de Tabachnick e Fidell (2007) O resultado da aplicação individual da análise fatorial confirmatória realizada nos sete constructos componentes do modelo teórico proposto foi analisado através de um conjunto de cinco relatórios gerados pelo software estatístico utilizado, contando com o apoio de figuras e gráficos (Apêndice). Vale salientar que as análises realizadas visaram tão somente validar os indicadores especificados de acordo com a base teórica pesquisada (validação convergente), não havendo pretensão de definir-se critérios para ajustes do modelo, pois foge ao escopo deste trabalho. A validação convergente desses constructos, verificada através da aplicação da técnica da análise fatorial confirmatória, tornou possível a representação desses, nas análises realizadas no modelo teórico proposto, pelas médias extraídas dos seus indicadores validados, isto é, habilitou a utilização da média como estimativa dos 86 constructos, sendo dessa forma o valor da média utilizado como substituto dos diversos indicadores, visando uma redução de itens de estudo na fase final da pesquisa, o que para Aranha e Zambaldi (2008, p.34), “é uma aplicação importante e frequente na análise fatorial, pois permite a simplificação de estudos demasiadamente complexos”. Nesse sentido, afirmam Hair Jr. et al. (2005, p.110) que: “Em termos gerais, todas as variáveis com cargas elevadas em um fator são combinadas e o total – ou mais comumente, o escore médio das variáveis – é usado como uma variável de substituição”. 4.3.1 Análise Fatorial Confirmatória do Constructo Participação Feminina No Constructo Participação Feminina observou-se que todos os indicadores (variáveis manifestas) apresentaram comportamento consistente com o sugerido por Bastos (2005), Blackwell, Miniard e Engel (2009), Davidovitsch (2007), Dias (2003) e Schiffman e Kanuk (2000), assumindo correlações significativas (Tabela 23) e indicando adequação ao modelo unifatorial (com apenas um fator comum). Tabela 23 - Matriz de Correlação Participação Feminina Indicadores Correlação PF1 PF1 PF2 PF3 1,000 ,473 ,553 PF2 ,473 1,000 ,397 PF3 ,553 ,397 1,000 Fonte: Dados da Pesquisa A variância total explicada por um componente (fator único) atingiu 65,043% (Tabela 24), isto é, 65,043% da variância total foi explicada pelo fator único, valor que reflete a força das correlações observadas e apresenta um nível de explicação considerado bom para pesquisas em ciências sociais, segundo Mendes da Silva, Bido e Forte (2008). 87 Tabela 24 - Variância Total Explicada Participação Feminina Autovalores Iniciais Soma da Extração de Cargas Quadráticas Componentes % de % Acumulado Variância 1 1,951 65,043 65,043 2 ,615 20,492 85,535 3 ,434 14,465 100,000 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Total Total 1,951 % de % Acumulado Variância 65,043 65,043 Os valores expressivos de comunalidade alcançados por todos seus indicadores (Tabela 25) reforçam a validade do modelo unifatorial de mensuração do constructo Participação Feminina, confirmando as análises anteriores. Tabela 25 – Comunalidades Participação Feminina Indicadores Inicial PF1 - acompanhar o homem nas compras de RM 1,000 PF2 - prazer em comprar com o homem RM 1,000 PF3 - avaliar com o homem as compras de RM 1,000 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Extração ,719 ,576 ,656 As cargas fatoriais dos indicadores PF1, PF2 e PF3, de maneira coerente com o sugerido pela revisão da literatura e com os resultados encontrados na matriz de correlação e nas comunalidades, apresentaram valores altos, indicando que todos estão fortemente correlacionados e que foram corretamente especificados, confirmando, dessa forma, a existência de apenas um fator ou componente relacionado (Tabela 26 e Figura 14). Tabela 26 - Matriz de Componentes (a) Participação Feminina Indicadores PF1 - acompanhar o homem nas compras de RM PF3 – avaliar com o homem as compras de RM PF2 – prazer em comprar com o homem RM Método de Extração: Análise de Componentes Principais a - 1 componente extraído Fonte: Dados da Pesquisa Componente 1 ,848 ,810 ,759 88 Figura 14 – Modelo Unifatorial Constructo Participação Feminina Fonte: Elaborado pelo Autor A matriz de correlações reproduzidas (Tabela 27) confirmou as constatações anteriores, gerando três resíduos com valores negativos baixos, isto é, gerando correlações ainda mais fortes que a matriz de correlações original. Esses resultados demonstram certo grau de liberdade, possibilitando ajustes e reespecificações de indicadores, mas não havendo nenhuma evidência estatística que são devidos a variabilidade amostral. Tabela 27 - Correlações Reproduzidas Participação Feminina Indicadores Correlação Reproduzida PF1 PF2 PF3 PF1 ,719(b) ,644 ,687 PF2 ,644 ,576(b) ,615 PF3 ,687 ,615 ,656(b) -,171 -,133 Residual (a) PF1 PF2 -,171 -,218 -,133 -,218 PF3 Método de Extração: Análise de Componentes Principais a Resíduos calculados entre as correlações observadas e reproduzidas. Existem 3 (100,0%) resíduos não redundante com valores absolutos superiores a 0,05 b Comunalidades Reproduzidas Fonte: Dados da Pesquisa Os valores encontrados através da análise fatorial confirmatória do constructo Participação Feminina atestam a validade convergente de todos indicadores especificados e conseqüentemente a sua aderência ao modelo unifatorial, atingindo um total de variância explicada de 65,043%, se considerado apenas um fator. Confirmando-se dessa forma que o conjunto de indicadores especificado mediu, de fato, o que teoricamente deveria medir (ARANHA; ZAMBALDI, 2008). 89 4.3.2 Análise Fatorial Confirmatória do Constructo Dependência Masculina O Constructo Dependência Masculina apresentou correlações baixas entre os indicadores DM1:DM2 e DM3:DM2, mas ainda significativas (Tabela 28) e uma correlação mediana entre DM1:DM3, sinalizando adequação ao modelo unifatorial (com apenas um fator comum) e convergência com a revisão da literatura (BASTOS, 2005; BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2009; SOLOMON, 2008). Tabela 28 - Matriz de Correlação Dependência Masculina Indicadores Correlação DM1 DM2 DM3 Fonte: Dados da Pesquisa DM1 1,000 ,192 ,567 DM2 ,192 1,000 ,199 DM3 ,567 ,199 1,000 A variância total explicada por um componente (fator único) atingiu 55,975% (Tabela 29), valor considerado satisfatório para pesquisas em ciências sociais, segundo Mendes da Silva, Bido e Forte (2008), pois mais da metade da variância total foi explicada por um único fator, mesmo com as baixas correlações verificadas. Tabela 29 - Variância Total Explicada Dependência Masculina Autovalores Iniciais Componentes % de Total Variância % Acumulado 1,679 55,975 55,975 1 2 ,888 29,586 85,561 3 ,433 14,439 100,000 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Soma da Extração de Cargas Quadráticas % de Total Variância % Acumulado 1,679 55,975 55,975 Os indicadores DM1 e DM3 apresentaram valores expressivos de comunalidade e DM2 valor baixo (Tabela 30), mas significativo para os objetivos dessa pesquisa, resultados estes coerentes com os observados na matriz de correlação do constructo, mantendo a indicação do uso de modelo unifatorial. 90 Tabela 30 - Comunalidades Dependência Masculina Indicadores Inicial DM1 - gostar de ser incentivado a vestir-se bem 1,000 DM2 - pedir recomendações sobre vestir 1,000 DM3 - aprovar o gosto da mulher para RM 1,000 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Extração ,718 ,239 ,722 Os indicadores DM1 e DM3 alcançaram altas cargas fatoriais, enquanto que DM2, de maneira coerente com os resultados encontrados na matriz de correlação e nas comunalidades, apresentou valor mais baixo sem contudo deixar de ser significativo (HAIR JR. et al., 2005; PEDHAZUR; SCHMELKIN, 1991), indicando que todos indicadores estão correlacionadas (Tabela 31 e Figura 15), que foram corretamente especificados e a existência de apenas um fator ou componente relacionado. Tabela 31 - Matriz Componentes (a) Dependência Masculina Indicadores DM3 – aprovar o gosto da mulher para RM DM1 – gostar de ser incentivado a vestir-se bem DM2 – pedir recomendações sobre vestir Método de Extração: Análise de Componentes Principais a 1 componente extraído Fonte: Dados da Pesquisa Componente 1 ,850 ,847 ,488 Figura 15 – Modelo Unifatorial Constructo Dependência Masculina Fonte: Elaborado pelo Autor 91 A matriz de correlações reproduzidas (Tabela 32) confirmou as constatações anteriores, gerando três resíduos com valores negativos baixos, isto é, gerando correlações ainda mais fortes que a matriz de correlações original. Esses resultados demonstram certo grau de liberdade, possibilitando ajustes e reespecificações de indicadores, mas não havendo nenhuma evidência estatística que são devidos a variabilidade amostral. Tabela 32 - Correlações Reproduzidas Dependência Masculina Indicadores Correlação Reproduzida DM1 ,718(b) ,414 ,720 DM2 DM3 DM1 ,414 ,720 DM2 ,239(b) ,415 DM3 ,415 ,722(b) -,222 -,154 Residual (a) DM1 -,222 -,217 DM2 -,154 -,217 DM3 Método de Extração: Análise de Componentes Principais a Resíduos calculados entre as correlações observadas e reproduzidas. Existem 3 (100,0%) resíduos não redundante com valores absolutos superiores a 0,05 b Comunalidades Reproduzidas Fonte: Dados da Pesquisa Os valores encontrados através da análise fatorial confirmatória do constructo Dependência Masculina atestam a validade convergente de todos indicadores especificados e a sua aderência ao modelo unifatorial, atingindo um total de variância explicada de 55,975%, se considerado apenas um fator. Confirmando-se dessa forma que o conjunto de indicadores especificado mediu, de fato, o que teoricamente deveria medir (ARANHA e ZAMBALDI, 2008). 4.3.3 Análise Fatorial Confirmatória do Constructo Envolvimento da Mulher As correlações entre seus indicadores alcançaram três valores inferiores a 0,300 (0,160, 0,222 e 0,266 - Tabela 33), mas significativos para os objetivos dessa pesquisa, sinalizando a adequação ao modelo unifatorial (com apenas um fator comum) e a convergência com a revisão da literatura (DAVIDOVITSCH, 2007; BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2009; SCHIFFMAN; KANUK, 2000; SHETH; MITAL; NEWMAN, 2001; SOLOMON, 2008). 92 Tabela 33 - Matriz de Correlação Envolvimento da Mulher Indicadores Correlação EM1 EM2 EM3 EM4 Fonte: Pesquisa do Autor EM1 1,000 ,222 ,332 ,266 EM2 EM3 ,222 1,000 ,160 ,419 ,332 ,160 1,000 ,388 EM4 ,266 ,419 ,388 1,000 A variância total explicada por um componente (fator único) atingiu 47,551% (Tabela 34), alcançando um nível de explicação que atendeu ao padrão definido (>45%), sendo considerado esse um valor aceitável para pesquisas em ciências sociais segundo Mendes da Silva, Bido e Forte (2008). Tabela 34 - Variância Total Explicada Envolvimento da Mulher Autovalores Iniciais Componentes % de % Total Variância Acumulado 1 1,902 47,551 47,551 2 ,888 22,208 69,759 3 ,716 17,902 87,661 4 ,494 12,339 100,000 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Soma da Extração de Cargas Quadráticas % de % Total Variância Acumulado 1,902 47,551 47,551 Todos os indicadores do constructo envolvimento da mulher apresentaram valores expressivos de comunalidade com destaque para EM4 que alcançou 0,611 (Tabela 35), resultado coerente com os observados na matriz de correlação do constructo, reforçando a sua adequação ao modelo unifatorial. Tabela 35 – Comunalidades Envolvimento da Mulher Indicadores EM1 - gostar de comprar roupas para o homem EM2 – analisar os detalhes de RM EM3 – acertar na compra da roupa do homem EM4 – ser importante fazer a escolha certa de RM Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Inicial 1,000 1,000 1,000 1,000 Extração ,410 ,412 ,470 ,611 93 No que diz respeito às cargas fatoriais, todos os indicadores alcançaram valores altos, ficando EM4 novamente em destaque, atingindo o valor de 0,781, coerente com o seu comportamento na avaliação das comunalidades. Esse resultado indica que todos indicadores estão fortemente correlacionados (Tabela 36 e Figura 16) e que foram corretamente especificados, demonstrando, dessa forma, a existência de apenas um fator ou componente relacionado. Tabela 36 - Matriz de Componentes (a) Envolvimento da Mulher Indicadores EM4 – ser importante fazer a escolha certa de RM EM3 – acertar na compra da roupa do homem EM2 – analisar os detalhes de RM EM1 – gostar de comprar roupas para o homem Método de Extração: Análise de Componentes Principais. a 1 componente extraído Fonte: Dados da Pesquisa Componente 1 ,781 ,685 ,642 ,640 Figura 16 – Modelo Unifatorial Constructo Envolvimento da Mulher Fonte: Elaborado pelo Autor A matriz de correlações reproduzidas (Tabela 37) confirmou as constatações anteriores, gerando seis resíduos com valores negativos baixos, isto é, gerando correlações ainda mais fortes que a matriz de correlações original. Esses resultados demonstram certo grau de liberdade, possibilitando ajustes e reespecificações de indicadores, mas não havendo nenhuma evidência estatística que são devidos a variabilidade amostral. 94 Tabela 37 - Correlações Reproduzidas Envolvimento da Mulher EM1 Indicadores Correlação Reproduzida EM2 EM3 EM4 EM1 ,410(b) ,411 ,439 ,500 EM2 ,411 ,412(b) ,440 ,501 EM3 ,439 ,440 ,470(b) ,536 EM4 ,500 ,501 ,536 ,611(b) -,189 -,107 -,235 Residual (a) EM1 -,189 -,280 -,082 EM2 -,107 -,280 -,148 EM3 -,235 -,082 -,148 EM4 Método de Extração: Análise de Componentes Principais a Resíduos calculados entre as correlações observadas e reproduzidas. Existem 6 (100,0%) resíduos não redundante com valores absolutos superiores a 0,05 b Comunalidades Reproduzidas Fonte: Dados da Pesquisa Análise fatorial confirmatória do constructo Dependência Masculina atestou a validade convergente de todos indicadores especificados e a sua aderência ao modelo unifatorial, atingindo um total de variância explicada de 47,551%, se considerado apenas um fator. Confirmando-se dessa forma que o conjunto de indicadores especificado mediu, de fato, o que teoricamente deveria medir (ARANHA; ZAMBALDI, 2008). 4.3.4 Análise Fatorial Confirmatória do Constructo Influência Feminina A matriz de correlações observadas do Constructo Influência Feminina (Tabela 38) mostra que os indicadores IF1, IF2 e IF4 estão correlacionados entre si mas não com IF3, sinalizando que ocorreu um possível erro na especificação de IF3, pois esse resultado indica que ele mede um fator diferente do constructo Influência Feminina, pois se fosse influenciado por IF de forma relevante, necessariamente teria correlação com os demais indicadores especificados para IF (IF1, IF2 e IF4). Esse comportamento aponta para a inadequação do modelo unifatorial (com apenas um fator comum), pois IF3 apresenta comportamento divergente dos demais. Tabela 38 - Matriz de Correlação Influência Feminina Indicadores Correlação IF1 IF1 IF2 IF3 IF4 Fonte: Dados da Pesquisa 1,000 ,300 -,050 ,181 IF2 ,300 1,000 ,046 ,156 IF3 -,050 ,046 1,000 -,014 IF4 ,181 ,156 -,014 1,000 95 A variância total explicada por dois componentes (Tabela 39) atingiu 61,180% e por um componente (Influência Feminina) atingiu 35,789%, demonstrando nível reduzido de explicação devido ao indicador IF3 não representar o constructo influência feminina. Cabe salientar que o indicador IF3 foi referenciado apenas em Bastos (2005), enquanto os demais foram apoiados, na fase de especificação, pela revisão bibliográfica realizada em Bastos (2005), Blackwell, Miniard e Engel (2009), Davidovitsch (2007) e Schiffman e Kanuk (2000). Tabela 39 - Variância Total Explicada Influência Feminina Autovalores Iniciais Componentes % de % Acumulado Variância 1 1,432 35,789 35,789 2 1,016 25,391 61,180 3 ,868 21,711 82,892 4 ,684 17,108 100,000 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Total Soma da Extração de Cargas Quadráticas % de % Total Variância Acumulado 1,432 35,789 35,789 1,016 25,391 61,180 Todos os indicadores apresentaram valores significativos de comunalidade (Tabela 40), com destaque para IF3 que atingiu o excelente escore de 0,961, mas em relação ao componente 2 (fora do escopo da pesquisa). Resultados coerentes com os observados na matriz de correlação desse constructo. Tabela 40 – Comunalidades Influência Feminina Indicadores Inicial IF1 – ser responsável pelas compras de RM 1,000 IF2 – orientar o vestir do homem 1,000 IF3 – gostar de surpreender no estilo de RM 1,000 IF4 – preferir presentear o homem com roupas 1,000 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Extração ,576 ,570 ,961 ,340 As elevadas cargas fatoriais alcançadas pelos indicadores IF1, IF2 e IF4 demonstram a forte relação com o constructo influência feminina (componente 1). De maneira inversa, IF3 apresentou carga fatorial 0,000 (nula) em relação ao 96 componente 1 e 0,980 em relação ao componente 2, indicando que esse explica 96% de sua variância, enquanto que o constructo Influência Feminina não explica, em nenhuma proporção, sua variância (Tabela 41 e Figura 17). Tabela 41 - Matriz de Componentes (a) Influência Feminina Indicadores IF1 – ser responsável pelas compras de RM IF2 – orientar o vestir do homem IF4 – preferir presentear o homem com roupas IF3 – gostar de surpreender no estilo de RM Método de Extração: Análise de Componentes Principais a 2 componentes extraídos. Fonte: Dados da Pesquisa Componentes 1 ,752 ,729 ,578 2 -,104 ,199 ,980 Figura 17 – Modelo Unifatorial Constructo Influência Feminina Fonte: Elaborado pelo Autor A matriz de correlações reproduzidas (Tabela 42) confirmou as constatações anteriores, gerando seis resíduos com valores baixos (positivos e negativos), isto é, gerando correlações pouco mais fortes ou pouco mais fracas que a matriz de correlações original, mas que não interfere nas análise anteriores a respeito da não relação de IF3 com o constructo Influência Feminina, pois o mesmo mantém baixa correlação com os demais indicadores, sinalizando manter sua relação com o componente 2. Esses resultados demonstram certo grau de liberdade, possibilitando ajustes e reespecificações de indicadores, mas não havendo nenhuma evidência estatística que são devidos a variabilidade amostral. 97 Tabela 42 - Correlações Reproduzidas Influência Feminina Indicadores IF1 IF2 IF3 IF4 Correlação Reproduzida IF1 ,576(b) ,527 -,122 ,442 IF2 ,527 ,570(b) ,176 ,408 IF3 -,122 ,176 ,961(b) -,084 IF4 ,442 ,408 -,084 ,340(b) -,227 ,073 -,262 Residual (a) IF1 -,227 -,129 -,252 IF2 ,073 -,129 ,071 IF3 -,262 -,252 ,071 IF4 Método de Extração: Análise de Componentes Principais a Resíduos calculados entre as correlações observadas e reproduzidas. Existem 6 (100,0%) resíduos não redundante com valores absolutos superiores a 0,05 b Comunalidades Reproduzidas Fonte: Dados da Pesquisa A análise fatorial confirmatória do constructo Influência Feminina atestou a validade convergente apenas dos indicadores IF1, IF2 e IF4 e negou categoricamente a validade de IF3 com o componente 1 (IF), o que invalida a utilização de um modelo unifatorial, indicando desta forma um modelo composto de dois fatores, o qual atingiria um total de variância explicada de 61,180%, considerando-se esses dois fatores. Para efeito desse estudo foi considerada a variância explicada por apenas um fator, que atingiu 35,789%, pois a carga fatorial de IF3 em relação à influência feminina foi nula. Dessa forma, devido ao baixo valor da variância explicada, à carga fatorial nula (em relação ao componente 1) e ao valor de MSA inaceitável assumido por esse indicador (Tabela 7), decidiu-se excluílo do estudo, isto é, não considerar IF3 como indicador do constructo influência feminina e recalcular os novos valores assumidos para o total de variância explicada, comunalidades e carga fatorial, após sua exclusão. Tabela 43 – Variância Total Explicada Influência Feminina - após exclusão IF3 Autovalores Iniciais Componentes % de % Variância Acumulado 1 1,431 47,712 47,712 2 ,870 29,008 76,720 3 ,698 23,280 100,000 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Total Soma da Extração de Cargas Quadráticas % de % Total Variância Acumulado 1,431 47,712 47,712 98 Após a exclusão de IF3, a variância total explicada por um componente (fator único) atingiu 47,712% (Tabela 43), valor que atendeu ao padrão definido para esse estudo (>45%) e atingiu um nível de explicação aceitável para pesquisas em ciências sociais, segundo Mendes da Silva, Bido e Forte (2008). Tabela 44 – Comunalidades Influência Feminina - após exclusão IF3 Indicadores Inicial IF1 - ser responsável pelas compras de RM 1,000 IF2 – orientar o vestir do homem 1,000 IF4 – preferir presentear o homem com roupas 1,000 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Extração ,563 ,534 ,334 No tocante às comunalidades, todos os indicadores apresentaram valores significativos (Tabela 44), mantendo praticamente os mesmos resultados de antes da exclusão de IF3. As cargas fatoriais dos indicadores IF1, IF2 e IF4 permaneceram praticamente inalteradas após a exclusão de IF3, demonstrando forte relação com o constructo influência feminina, indicando que foram corretamente especificados e confirmando, nessa nova configuração, a existência de apenas um fator ou componente relacionado (Tabela 45 e Figura 18), atendendo aos requisitos desse trabalho. Cabe frisar que para o cálculo da média do constructo influência Feminina que compôs o modelo proposto como variável substituta (HAIR JR. et al., 2005), IF3 não foi considerado por não apresentar validade convergente em nenhum grau com o referido constructo (carga fatorial nula). Tabela 45 – Matriz de Componentes (a) Influência Feminina - após exclusão IF3 Indicadores IF1 - ser responsável pelas compras de RM IF2 – orientar o vestir do homem IF4 - preferir presentear o homem com roupas Método de Extração: Análise de Componentes Principais a 1 componente extraído Fonte: Dados da Pesquisa Componente 1 ,751 ,731 ,578 99 Figura 18– Modelo Unifatorial Constructo Influência Feminina (após exclusão IF3) Fonte: Elaborado pelo Autor 4.3.5 Análise Fatorial Confirmatória do Constructo Importância dos Atributos O constructo importância dos atributos apresentou correlações baixas (Tabela 46) entre todos os indicadores (<0,500), das quais, 20 abaixo de 0,100. As correlações mais baixas concentraram-se nas relações entre IA8 (preço) e os demais indicadores. Apesar de baixas, essas correlações tem grande significância prática para o entendimento da importância dispensada pelas mulheres aos diversos atributos do vestuário no momento da decisão de compra de roupas para seus maridos, pois de acordo com os autores pesquisados é essencial conhecer a percepção feminina desses atributos no momento em que participam da decisão de compra do vestuário masculino para melhor compreender o fenômeno estudado (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2009; DAVIDOVITSCH, 2007; DIAS, 2003; RIES; TROUT, 1993; SCHIFFMAN; KANUK, 2000; SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001; SOLOMON, 2008). Tabela 46 - Matriz de Correlação Importância Atributos Indicadores Correlação IA1 IA2 IA3 IA4 IA5 IA6 IA7 IA8 IA9 IA10 IA1 1,000 ,393 ,408 ,080 ,445 ,120 ,392 ,173 ,497 ,348 Fonte: Dados da Pesquisa IA2 ,393 1,000 ,474 ,243 ,253 ,249 ,221 ,046 ,323 ,211 IA3 IA4 ,408 ,474 1,000 ,287 ,266 ,255 ,222 ,050 ,320 ,180 ,080 ,243 ,287 1,000 ,123 ,424 ,093 ,027 ,178 ,079 IA5 ,445 ,253 ,266 ,123 1,000 ,072 ,393 ,175 ,426 ,321 IA6 IA7 ,120 ,249 ,255 ,424 ,072 1,000 ,130 ,041 ,144 ,053 ,392 ,221 ,222 ,093 ,393 ,130 1,000 ,110 ,388 ,332 IA8 IA9 IA10 ,173 ,046 ,050 ,027 ,175 ,041 ,110 1,000 ,148 ,094 ,497 ,323 ,320 ,178 ,426 ,144 ,388 ,148 1,000 ,600 ,348 ,211 ,180 ,079 ,321 ,053 ,332 ,094 ,600 1,000 100 A variância total explicada por dois componentes (Tabela 47) atingiu 48,199% e por um componente (Importância dos Atributos) atingiu 33,489%, demonstrando nível reduzido de explicação, isto é, menos da metade da variância total foi explicada pelo componente 1 (importância dos atributos), devido principalmente às baixas cargas fatoriais apresentadas pelos indicadores IA6 (moda) e IA4 (marca) em relação a esse constructo (altas cargas fatoriais em relação ao componente 2, fora do escopo da pesquisa). Devido à significância prática para os objetivos dessa pesquisa, optou-se por considerar-se todos os indicadores relacionados apenas ao componente 1 (IA) e por conseguinte, considera-se a variância total explicada por apenas um componente (ignorar as relações com o componente 2). Tabela 47 - Variância Total Explicada Importância Atributos Autovalores Iniciais Componentes % de % Total Variância Acumulado 1 3,349 33,489 33,489 2 1,471 14,709 48,199 3 ,977 9,769 57,968 4 ,906 9,057 67,024 5 ,755 7,546 74,570 6 ,634 6,343 80,913 7 ,553 5,531 86,444 8 ,528 5,282 91,727 9 ,469 4,685 96,412 10 ,359 3,588 100,000 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Soma da Extração de Cargas Quadráticas % de % Total Variância Acumulado 3,349 33,489 33,489 1,471 14,709 48,199 Todos os indicadores do constructo importância dos atributos apresentaram valores satisfatórios de comunalidade (Tabela 48) com exceção de IA8 (preço), que alcançou apenas 0,096. Comportamento coerente com os observados na matriz de correlação do constructo, sem, contudo, invalidar sua significância prática para esse estudo, pois sua baixa significância estatística (baixos valores de comunalidade e correlações) denota apenas sua fraca correlação com os demais indicadores, mas não invalida as implicações teóricas e substantivas que o preço mantém, na prática, com o comportamento do consumidor no momento da decisão de compra. 101 Tabela 48 – Comunalidades Importância Atributos Indicadores IA1 - importância do conforto IA2 - importância do bom corte IA3 - importância do estilo IA4 - importância da marca/griffe IA5 - importância da qualidade/preço IA6 - importância da moda IA7 - importância da funcionalidade IA8 - importância do preço IA9 - importância da qualidade IA10 - importância da durabilidade Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Inicial 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 Extração ,570 ,469 ,504 ,576 ,483 ,570 ,420 ,096 ,634 ,497 As elevadas cargas fatoriais alcançadas pelos indicadores IA9, IA1, IA5, IA3, IA2, IA10, e A7 (listados em ordem decrescente) indicam forte relação com o constructo Importância dos Atributos (componente 1), o indicador IA8, apesar de assumir uma baixa carga fatorial, ainda relaciona-se mais com o componente 1 (0,238) do que com o componente 2 (-0,198), enquanto que IA6 e IA4 apresentam cargas fatoriais satisfatórias (>0,300) em relação ao componente 1 e altas em relação ao componente 2 (Tabela 49 e Figura 19). Cabe ressaltar que apesar de baixas, nenhuma carga fatorial foi nula, demonstrando alguma relação desses indicadores com o constructo importância dos atributos, o que, aliado à significância prática para o fenômeno estudado, levou à manutenção desses indicadores como relacionados a um único componente - IA. Tabela 49 - Matriz de Componentes (a) Importância Atributos Indicadores IA9 - importância da qualidade IA1 - importância do conforto IA5 - importância da qualidade/preço IA3 - importância do estilo IA2 - importância do bom corte IA10 - importância da durabilidade IA7 - importância da funcionalidade IA8 - importância do preço IA6 - importância da moda IA4 - importância da marca/griffe Método de Extração: Análise de Componentes Principais a 2 componentes extraídos Fonte: Dados da Pesquisa Componentes 1 2 ,761 ,733 ,646 ,620 ,614 ,609 ,604 ,238 ,354 ,367 -,232 -,181 -,258 ,345 ,305 -,355 -,234 -,198 ,667 ,664 102 Figura 19 – Modelo Unifatorial Constructo Importância Atributos Fonte: Elaborado pelo Autor Tabela 50 - Correlações Reproduzidas Importância Atributos Indicadores Correlação Residual (a) IA1 IA2 IA3 IA4 IA5 IA6 IA7 IA8 IA9 IA10 IA1 IA2 IA3 IA4 IA5 IA6 IA7 IA8 IA9 IA10 IA1 IA2 IA3 ,570(b ,395 ,392 ,149 ,520 ,139 ,485 ,211 ,600 ,511 ,395 ,469(b ,486 ,428 ,318 ,421 ,300 ,086 ,396 ,266 -,002 ,392 ,486 ,504(b ,457 ,312 ,450 ,294 ,079 ,392 ,256 ,016 -,012 -,002 ,016 -,068 -,075 -,019 -,094 -,038 -,103 -,164 -,012 -,185 -,065 -,171 -,079 -,040 -,074 -,055 -,169 -,046 -,195 -,072 -,029 -,072 -,076 IA4 ,149 ,428 ,457 ,576(b ,066 ,573 ,067 -,044 ,125 -,012 -,068 -,185 -,169 ,058 -,149 ,026 ,071 ,053 ,091 IA5 IA6 IA7 IA8 IA9 IA10 ,520 ,318 ,312 ,066 ,483(b ,057 ,450 ,205 ,552 ,485 -,075 -,065 -,046 ,058 ,139 ,421 ,450 ,573 ,057 ,570(b ,058 -,048 ,115 -,020 -,019 -,171 -,195 -,149 ,015 ,485 ,300 ,294 ,067 ,450 ,058 ,420(b ,190 ,514 ,451 -,094 -,079 -,072 ,026 -,057 ,072 ,211 ,086 ,079 -,044 ,205 -,048 ,190 ,096(b ,227 ,215 -,038 -,040 -,029 ,071 -,030 ,089 -,080 ,600 ,396 ,392 ,125 ,552 ,115 ,514 ,227 ,634(b ,546 -,103 -,074 -,072 ,053 -,126 ,030 -,126 -,080 ,511 ,266 ,256 -,012 ,485 -,020 ,451 ,215 ,546 ,497(b -,164 -,055 -,076 ,091 -,164 ,074 -,119 -,122 ,053 ,015 -,057 -,030 -,126 -,164 ,072 ,089 ,030 ,074 -,080 -,126 -,119 -,080 -,122 ,053 Método de Extração: Análise de Componentes Principais a Resíduos calculados entre as correlações observadas e reproduzidas. Existem 33 (100,0%) resíduos não redundante com valores absolutos superiores a 0,05 b Comunalidades Reproduzidas Fonte: Dados da Pesquisa A matriz de correlações reproduzidas confirmou as constatações anteriores, gerando trinta e três resíduos com valores baixos (positivos e negativos), isto é, 103 gerando correlações pouco mais fortes ou pouco mais fracas que a matriz de correlações original, mas que não interfere nas análises anteriores a respeito da validade dos indicadores em relação ao constructo Importância dos Atributos. Esses resultados (Tabela 50) demonstram certo grau de liberdade, possibilitando ajustes e reespecificações de indicadores, mas não havendo nenhuma evidência estatística que são devidos a variabilidade amostral. A análise fatorial confirmatória do constructo Importância dos Atributos atestou a validade convergente de oito dos dez indicadores especificados para medi-lo, mostrando uma fraca relação de IA com dois indicadores que tiveram sua validade atribuída ao componente 2 (fora do escopo da pesquisa). O fato da análise não ter negado categoricamente a existência de relação entre esses dois indicadores e o componente 1 (carga fatorial atribuída a IA6 e IA4 em relação ao componente 1 igual a 0,354 e 0,367, respectivamente) e a sua significância prática para esse estudo, justificaram sua manutenção e utilização de todos os dez indicadores no cálculo da média do constructo IA que compôs o modelo proposto, como variável substituta (HAIR JR. et al., 2005). Independente da decisão de utilizar os dez indicadores na composição da média do constructo IA, mantendo-se IA6 e IA4 como indicadores do constructo percepção da importância dos atributos, se observada puramente a significância estatística a utilização de um modelo unifatorial seria desaconselhável, pois o modelo composto por dois fatores atingiu um total de variância explicada de 48,199%, enquanto que considerando-se apenas a variância explicada por um fator, atingiu-se apenas 35,789%. Por esse motivo e em busca de comprovação empírica do acerto da decisão tomada, simulou-se a exclusão dos indicadores IA6 e IA4 (associados ao componente 2) para verifica-se seus efeitos em relação aos objetivos desse estudo e à utilização do modelo unifatorial. Retirados os indicadores, processou-se o recálculo do total de variância explicada, das comunalidades e das cargas fatoriais (Apêndice), procedimento que não resultou em redução dos fatores especificados (foram mantidos dois componentes), nem em melhoria para o valor assumido pela variância total explicada para um componente (30,516%), comunalidades e cargas fatoriais. Esse resultado demonstrou empiricamente o acerto em manter-se os indicadores IA6 e IA4 no estudo, isto é, as especificações e valores inicialmente apurados. 104 4.3.6 Análise Fatorial Confirmatória do Constructo Decisão do Homem Os indicadores do constructo decisão do homem apresentaram comportamento consistente com o sugerido por Schiffman e Kanuk (2000), Blackwell, Miniard e Engel (2009), Kotler (2008), Solomon (2008) e Cooper e Schindler (2008), assumindo correlações baixas, mas significativas (Tabela 51), que indicam a adequação ao modelo unifatorial (com apenas um fator comum). Tabela 51 – Matriz de Correlação Decisão do Homem Indicadores Correlação DH1 DH2 DH3 DH4 Fonte: Dados da Pesquisa DH1 DH2 1,000 ,412 ,255 ,256 DH3 ,412 1,000 ,145 ,274 ,255 ,145 1,000 ,296 DH4 ,256 ,274 ,296 1,000 A variância total explicada por um componente (fator único) atingiu 45,636% (Tabela 52), demonstrando um nível de explicação que atendeu ao padrão definido (>45%), sendo considerado um valor aceitável para pesquisas em ciências sociais segundo Mendes da Silva, Bido e Forte (2008). Tabela 52 - Variância Total Explicada Decisão do Homem Autovalores Iniciais Componentes % de % Variância Acumulado 1 1,825 45,636 45,636 2 ,903 22,564 68,200 3 ,715 17,872 86,073 4 ,557 13,927 100,000 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Total Soma da Extração de Cargas Quadráticas % de % Total Variância Acumulado 1,825 45,636 45,636 Todos os indicadores apresentaram valores satisfatórios de comunalidade (Tabela 53), sendo o menor valor registrado 0,349 (DH3), resultados coerentes com os observados na matriz de correlação do constructo, reforçando a adequação ao modelo unifatorial. 105 Tabela 53 – Comunalidades Decisão do Homem Indicadores Inicial DH1 – ter iniciativa de ir às compras de RM 1,000 DH2 – definir a forma de pagamento 1,000 DH3 – não partilhar a decisão de compra 1,000 DH4 – decidir que roupa comprar 1,000 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Extração ,544 ,483 ,349 ,450 Em relação às cargas fatoriais, todos indicadores registraram valores acima de 0,500, com destaque para DH1 que alcançou 0,737. Esses resultados indicam que todos indicadores estão fortemente correlacionados (Tabela 54 e Figura 20), e que foram corretamente especificados, demonstrando, dessa forma, a existência de apenas um fator ou componente relacionado (constructo decisão do homem). Tabela 54 - Matriz de Componentes (a) Decisão do Homem Indicadores DH1 – ter iniciativa de ir às compras de RM DH2 – definir a forma de pagamento DH4 – decidir que roupa comprar DH3 – não partilhar a decisão de compra Método de Extração: Análise de Componentes Principais a - 1 componente extraído. Fonte: Dados da Pesquisa Componente 1 ,737 ,695 ,671 ,590 Figura 20 – Modelo Unifatorial Constructo Decisão de Compra do Homem Fonte: Elaborado pelo Autor 106 A matriz de correlações reproduzidas (Tabela 55) confirmou as constatações anteriores, gerando seis resíduos com valores negativos baixos, isto é, gerando correlações ainda mais fortes que a matriz de correlações original. Esses resultados demonstram certo grau de liberdade, possibilitando ajustes e reespecificações de indicadores, mas não havendo nenhuma evidência estatística que são devidos a variabilidade amostral. Tabela 55 - Correlações Reproduzidas Decisão do Homem Indicadores DH1 DH2 DH3 DH4 Correlação Reproduzida DH1 ,544(b) ,512 ,435 ,495 DH2 ,512 ,483(b) ,410 ,466 DH3 ,435 ,410 ,349(b) ,396 DH4 ,495 ,466 ,396 ,450(b) -,100 -,180 -,239 Residual (a) DH1 -,100 -,265 -,192 DH2 -,180 -,265 -,100 DH3 -,239 -,192 -,100 DH4 Método de Extração: Análise de Componentes Principais a Resíduos calculados entre as correlações observadas e reproduzidas. Existem 6 (100,0%) resíduos não redundante com valores absolutos superiores a 0,05 b Comunalidades Reproduzidas Fonte: Dados da Pesquisa Os valores encontrados através da análise fatorial confirmatória do constructo Decisão do Homem atestam a validade convergente de todos indicadores especificadas para sua mensuração e a aderência ao modelo unifatorial, com um total de variância explicada aceitável, alcançando 45,636% se considerado apenas um fator. Confirmando-se dessa forma que o conjunto de variáveis manifestas especificado mediu, de fato, o que teoricamente deveria medir (ARANHA; ZAMBALDI, 2008). 4.3.7 Análise Fatorial Confirmatória do Constructo Importância das Categorias O constructo importância das categorias apresentou, a exemplo do constructo importância dos atributos, correlações baixas (Tabela 56) entre todos os indicadores (<0,500), das quais 30 abaixo de 0,100. A exceção foi a relação IC5:IC6 que atingiu satisfatórios 0,444. Verificou-se também várias correlações com sinal negativo (sentido inverso do efeito). Apesar de baixas, as correlações tem grande 107 significância prática para o entendimento da importância dispensada pelas mulheres às diversas categorias do vestuário no momento da decisão de compra de roupas para seus maridos, pois de acordo com os autores pesquisados é essencial conhecer a percepção feminina dessas categorias no momento em que participam da decisão de compra do vestuário masculino, para melhor compreender o fenômeno estudado (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2009; DAVIDOVITSCH, 2007; DIAS, 2003; RIES; TROUT, 1993; SCHIFFMAN; KANUK, 2000; SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001; SOLOMON, 2008). A falta de correlação entre IC3 e os demais indicadores sinaliza a inadequação do modelo unifatorial (com apenas um fator comum), pois esse indicador apresenta comportamento divergente dos demais. Tabela 56 - Matriz de Correlação Importância Categorias Indicadores IC1 1,000 IC1 IC2 ,203 ,037 IC3 -,068 IC4 -,038 IC5 -,051 IC6 ,074 IC7 Fonte: Dados da Pesquisa Correlação IC2 IC3 ,037 ,203 1,000 -,015 -,015 1,000 -,046 -,050 ,035 -,014 ,135 -,015 ,169 -,008 IC4 -,068 -,046 -,050 1,000 ,140 ,191 ,036 IC5 -,038 ,035 -,014 ,140 1,000 ,444 -,020 IC6 -,051 ,135 -,015 ,191 ,444 1,000 -,034 IC7 ,074 ,169 -,008 ,036 -,020 -,034 1,000 A variância total explicada por três componentes (Tabela 57) atingiu 55,905%, por dois componentes, 41,158% e por um componente (importância das categorias) alcançou apenas 22,406%, demonstrando nível reduzido de explicação, isto é, menos de um quarto da variância total foi explicada pelo fator único considerado, devido principalmente às baixas cargas fatoriais apresentadas pelas variáveis IC2 (praia) e IC1 (íntima), e às cargas fatoriais nulas apresentadas por IC7 (dormir) e IC3 (lazer) em relação a esse constructo (componente 1). Vale salientar que todas variáveis foram especificadas com base no mesmo referencial teórico (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2009; DAVIDOVITSCH, 2007; SCHIFFMAN; KANUK, 2009). 108 Tabela 57 - Variância Total Explicada Importância Categorias Autovalores Iniciais % de % Total Variância Acumulado 1 1,568 22,406 22,406 2 1,313 18,752 41,158 3 1,032 14,747 55,905 4 ,953 13,619 69,524 5 ,860 12,282 81,806 6 ,744 10,631 92,437 7 ,529 7,563 100,000 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Componentes Soma da Extração de Cargas Quadrática % de % Total Variância Acumulado 1,568 22,406 22,406 1,313 18,752 41,158 1,032 14,747 55,905 Todos os indicadores apresentaram valores satisfatórios de comunalidade (Tabela 58), sendo o menor valor atribuído ao indicador IC4 (roupa trabalho: 0,395) e o maior, ao indicador IC6 (roupa social formal: 0,705), ambos com validade convergente confirmada ao componente 1. Tabela 58 – Comunalidades Importância Categorias Indicadores Inicial IC1 – Importância roupa íntima 1,000 IC2 – Importância roupa praia 1,000 IC3 – Importância roupa lazer 1,000 IC4 – Importância roupa trabalho 1,000 IC5 – Importância roupa social casual 1,000 IC6 – Importância roupa social formal 1,000 IC7 – Importância roupa dormir 1,000 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Extração ,477 ,601 ,609 ,395 ,646 ,705 ,480 As cargas fatoriais (Tabela 59 e Figura 21) alcançadas pelos Indicadores IC6, IC5 e IC4 (listados em ordem decrescente) mostram forte relação com o constructo Importância das Categorias (componente 1), os indicadores IC2 e IC1, assumiram uma baixa carga fatorial relacionada ao componente 1 e alta carga fatorial relacionada ao componente 2, IC7 assumiu carga fatorial nula em relação ao componente 1 e alta em relação aos componente 2, enquanto que IC3 apresentou carga fatorial nula em relação aos componentes 1 e 2 e alta em relação ao componente 3. Cabe ressaltar que apesar das baixas cargas fatoriais apresentadas, 109 IC2 e IC1 mantém alguma relação com o constructo importância das categorias (componente 1), o que não ocorre com os indicadores IC3 e IC7. Tabela 59 - Matriz de Componentes (a) Importância Categorias Indicadores IC6 – Importância roupa social formal IC5 – Importância roupa social casual IC4 – Importância roupa trabalho IC2 – Importância roupa praia IC1 – Importância roupa íntima IC7 – Importância roupa dormir IC3 – Importância roupa lazer 1 ,823 ,781 ,480 ,153 -,137 Componentes 2 -,154 ,760 ,645 ,537 3 ,155 ,188 -,376 ,203 -,438 ,774 Método de Extração: Análise de Componentes Principais a 3 componentes extraídos Fonte: Dados da Pesquisa Figura 21 – Modelo Unifatorial Constructo Importância das Categorias Fonte: Elaborado pelo Autor A matriz de correlações reproduzidas confirmou as constatações anteriores, gerando quatorze resíduos com valores baixos (positivos e negativos), isto é, gerando correlações pouco mais fortes ou pouco mais fracas que a matriz de correlações original, mas que não interfere nas análises anteriores a respeito da validade dos indicadores em relação ao constructo importância das categorias, bem como a respeito da não relação de IC3 e IC7 com esse constructo, pois os mesmos 110 mantém baixa correlação com os demais indicadores, sinalizando manter suas relações com os componentes 2 e 3. Os resultados (Tabela 60) demonstram certo grau de liberdade, possibilitando ajustes e reespecificações de indicadores, mas não havendo nenhuma evidência estatística que são devidos a variabilidade amostral. Tabela 60 - Correlações Reproduzidas Importância Categorias Indicadores Correlação Reproduzida Residual (a) IC1 IC1 IC2 IC3 IC4 IC5 IC6 IC7 IC1 IC2 IC3 IC4 IC5 IC6 IC7 ,477(b) ,469 ,200 -,241 -,068 -,035 ,259 -,267 -,163 ,174 ,030 -,015 -,186 IC2 IC3 ,469 ,601(b) ,020 -,043 ,120 ,180 ,405 -,267 ,200 ,020 ,609(b) -,343 ,072 ,045 -,313 -,163 -,035 -,035 -,003 -,085 -,045 -,236 ,294 -,085 -,059 ,304 IC4 -,241 -,043 -,343 ,395(b) ,304 ,325 ,074 ,174 -,003 ,294 -,164 -,135 -,038 IC5 -,068 ,120 ,072 ,304 ,646(b) ,672 -,095 ,030 -,085 -,085 -,164 -,228 ,075 IC6 -,035 ,180 ,045 ,325 ,672 ,705(b) -,043 -,015 -,045 -,059 -,135 -,228 IC7 ,259 ,405 -,313 ,074 -,095 -,043 ,480(b) -,186 -,236 ,304 -,038 ,075 ,009 ,009 Método de Extração: Análise de Componentes Principais a Resíduos calculados entre as correlações observadas e reproduzidas. Existem 14 (100,0%) resíduos não redundante com valores absolutos superiores a 0,05 b Comunalidades Reproduzidas Fonte: Dados da Pesquisa A análise fatorial confirmatória do constructo Importância das Categorias atestou a validade convergente de três dos sete indicadores especificados, mostrando ainda uma fraca relação de IC com dois outros indicadores (IC2 e IC1) que tiveram sua validade atribuída ao componente 2 (maior carga fatorial) e negou categoricamente a validade convergente de IC7 e IC3 com o componente 1 (carga fatorial nula com IC), atribuindo sua validade aos componentes 2 e 3, respectivamente (fora do escopo desse estudo). O fato da análise não tem negado a existência de relação entre IC2/IC1 com o componente 1 (carga fatorial atribuída igual a 0,153 e -0,137, respectivamente), justificou a manutenção desses indicadores no cálculo da média do constructo. Os indicadores IC7 e IC3 por não apresentarem validade convergente em nenhum grau (carga fatorial nula) com o constructo importância das categorias, foram excluídos do cálculo da média que compôs o modelo proposto, como variável 111 substituta (HAIR JR. et al., 2005). As análises realizadas demonstraram que a utilização do modelo unifatorial é inviável para a configuração inicial, pois o modelo composto por três fatores atingiu um total de variância explicada de 55,905%, por dois fatores, 41,158% enquanto que considerando-se apenas um fator, o total da variância explicada atingiu apenas 22,406%, nível inaceitável de explicação. Dessa forma, devido ao baixo valor da variância explicada e de suas cargas fatoriais nulas em relação a IC, decidiu-se, além de não utilizá-los no cálculo da média, excluí-los do estudo, isto é, não considerar IC3 e IC7 como indicadores do constructo importância das categorias e recalcular os novos valores assumidos para o total de variância explicada, comunalidades e carga fatorial, após essa exclusão. Tabela 61 – Variância Total Explicada Importância Categorias - após exclusão IC3/IC7 Autovalores Iniciais Componentes % de % Variância Acumulado 1 1,565 31,302 31,302 2 1,229 24,580 55,881 3 ,888 17,769 73,650 4 ,783 15,652 89,302 5 ,535 10,698 100,000 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Total Soma da Extração de Cargas Quadráticas % de % Total Variância Acumulado 1,565 31,302 31,302 1,229 24,580 55,881 Após a exclusão de IC3 e IC7, o número de componentes especificados foi reduzido de três para dois e a variância total explicada por um componente (fator único) subiu para 31,302%. Mesmo tendo apresentado sensível melhora, o novo valor da variância total explicada pelo componente 1 (importância das categorias) demonstra nível reduzido de explicação, isto é, menos da metade da variância total foi explicada por um componente, devido principalmente às baixas cargas fatoriais apresentadas pelos indicadores IC1 (roupa íntima) e IC2 (roupa praia) em relação a esse constructo, mas devido à significância prática desses resultados para os objetivos da pesquisa, optou-se pela manutenção de todos os indicadores (exceto os 112 já excluídos: IC3 e IC7), considerando-se para esse estudo o fator único (modelo unifatorial). Tabela 62 – Comunalidades Importância Categorias - após exclusão IC3/IC7 Indicadores IC1 – importância roupa íntima IC2 – Importância roupa praia IC4 – importância roupa trabalho IC5 – importância roupa social casual IC6 – importância roupa social formal Inicial Extração 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 ,562 ,622 ,302 ,616 ,692 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa No que se refere às comunalidades, todos os indicadores apresentaram valores significativos (Tabela 62), mantendo praticamente os mesmos resultados de antes da exclusão de IC3 e IC7. As cargas fatoriais dos indicadores IC1, IC2, IC4, IC5 e IC6 permaneceram praticamente inalteradas após a exclusão de IC3 e IC7, demonstrando forte relação com o constructo importância das categorias e indicando que foram corretamente especificados. Foi reduzido, nessa nova configuração, o número de fatores especificados de três para dois, mas para efeito desse estudo utilizou-se apenas um fator ou componente relacionado (Tabela 63 e Figura 22). Tabela 63 – Matriz Componentes (a) Importância Categorias - após exclusão IC3/IC7 Indicadores IC6 – importância roupa social formal IC5 – importância roupa social casual IC4 – importância roupa trabalho IC2 – importância roupa praia IC1 – importância roupa íntima Método de Extração: Análise de Componentes Principais a 2 componentes extraídos Fonte: Dados da Pesquisa Componentes 1 ,826 ,784 ,475 ,161 -,126 2 ,102 -,277 ,772 ,739 113 Convém ressaltar que para o cálculo da média do constructo importância das categorias que compôs o modelo proposto, como variável substituta (HAIR JR. et al., 2005), IC3 (roupa lazer) e IC7 (roupa dormir) não foram considerados por apresentarem carga fatorial nula em relação ao referido constructo, mas foi mantido o indicador IC2 (roupa praia) apesar de ter apresentado valor de MSA igual a 0,480, pouco abaixo do mínimo exigido (0,500), e baixa carga fatorial em relação ao componente 1, devido à sua significância prática para os objetivos dessa pesquisa e ao fato de não apresentar carga fatorial nula em relação ao componente 1, razões essas que justificaram também a manutenção do indicador IC1 (roupa íntima). Figura 22 – Modelo Unifatorial Constructo Importância das Categorias (após exclusão IC3/IC7) Fonte: Elaborado pelo Autor 4.4 ANÁLISE DO MODELO PROPOSTO E CONFIRMAÇÃO DE HIPÓTESES Após a validação convergente de todos os constructos e definição de quais indicadores iriam representá-los (média) na análise do modelo da Participação Feminina na Decisão de Compra do Vestuário Masculino proposto para essa pesquisa, verificou-se a variância total explicada por esse modelo, bem como as relações existentes entre seus componentes (constructos). A variância total explicada pelo modelo proposto foi calculada através da aplicação da AFE em toda base de dados (excluídos os indicadores IF3, IC3 e IC7) e atingiu para oito componentes (agrupando-se todos 32 indicadores validados) 55,736% e para sete componentes (agrupando-se 31 indicadores validados) 52,370%, demonstrando em ambas situações, nível satisfatório de explicação, isto é, mais da metade da 114 variância total foi explicada (Tabela 64), o que segundo Mendes da Silva, Bido e Forte (2008), é considerado um nível de explicação bom para pesquisas em ciências sociais. Cabe ressaltar que a Matriz de Componentes Rotacionados gerada pelo software estatístico (Apêndice), reagrupou os indicadores validados para esse estudo em oito componentes (constructos), sendo que para o oitavo componente (fora do escopo da pesquisa) foi especificado apenas o indicador preço (IA8), fato que guarda coerência com os baixos valores de comunalidade alcançados por esse indicador tanto em relação aos indicadores do constructo Importância dos Atributos (0,096), quanto em relação à todos os outros indicadores desse estudo (0,072). Com os resultados encontrados para variância total explicada, torna-se evidente que o fenômeno estudado por essa pesquisa foi representado de forma satisfatória pelo modelo proposto (sete constructos), o qual demonstrou aderência aos objetivos definidos, apresentando-se como um “conjunto especificado de relações de dependência que podem ser testadas empiricamente – uma operacionalização de uma teoria” (HAIR JR. et al., 2005, p.469), nesse caso da participação feminina. Tabela 64 - Variância Total Explicada Modelo Proposto Autovalores Iniciais Componentes % de % Variância Acumulado 1 6,113 19,103 19,103 2 2,955 9,234 28,338 3 1,998 6,243 34,581 4 1,766 5,517 40,098 5 1,408 4,400 44,498 6 1,362 4,256 48,755 7 1,157 3,615 52,370 8 1,077 3,366 55,736 9 ,979 3,060 58,796 10 ,920 2,877 61,673 11 ,899 2,809 64,482 12 ,857 2,677 67,159 13 ,832 2,601 69,760 Método de Extração: Análise de Componentes Principais Fonte: Dados da Pesquisa Total Soma da Extração de Cargas Quadráticas % de % Total Variância Acumulado 6,113 19,103 19,103 2,955 9,234 28,338 1,998 6,243 34,581 1,766 5,517 40,098 1,408 4,400 44,498 1,362 4,256 48,755 1,157 3,615 52,370 1,077 3,366 55,736 Após a realização dessa primeira análise do modelo proposto de forma integral, isto é, como representante do fenômeno pesquisado e da constatação de sua 115 adequação para explicá-lo, passou-se à verificação das relações existentes entre os seus componentes (constructos formadores), analisando-se tanto a magnitude/intensidade como o sentido do efeito (positivo ou negativo), sendo os resultados encontrados confrontados com as hipóteses formuladas. Como visto anteriormente, os constructos foram representados nessa análise pelas médias de seus indicadores validados (Tabela 65), conforme orientação dos autores acerca da necessidade de redução de itens de estudo através do uso de variáveis de substituição, no tratamento de modelos complexos (ARANHA; ZAMBALDI, 2008; HAIR JR. et al., 2005). Tabela 65 – Novas Médias e Desvios Padrão dos Constructos (sem IF3/IC3/IC7) CONSTRUCTOS PF - Participação Feminina DM - Dependência Masculina EM - Envolvimento da Mulher IF - Influência Feminina IA - Importância Atributos DH - Decisão do Homem IC - Importância Categorias Fonte: Dados da Pesquisa N 535 535 535 535 535 535 535 AMPLITUDE MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA 4,00 4,00 3,00 4,00 3,20 4,00 3,20 1,00 1,00 2,00 1,00 1,70 1,00 1,60 5,00 5,00 5,00 5,00 4,90 5,00 4,80 3,8575 3,6566 4,2528 3,5010 3,8886 2,7308 3,0153 DESVIO PADRÃO 1,22482 1,04747 0,67596 0,98628 0,47127 1,04026 0,68673 Figura 23 – Modelo da Participação Feminina na Decisão de Compra do Vestuário Masculino Fonte: Elaborado pelo Autor 0,001 535 Sig. (2-tailed) N 0,150(**) 535 N Pearson Correlation 0,002 -0,123(**) 535 0 0,187(**) 535 0 0,244(**) 535 0 0,366(**) 535 0 0,419(**) 535 . 1 Sig. (2-tailed) Pearson Correlation N Sig. (2-tailed) Pearson Correlation N Sig. (2-tailed) Pearson Correlation N Sig. (2-tailed) Pearson Correlation N Sig. (2-tailed) Pearson Correlation N Sig. (2-tailed) Pearson Correlation PF ** A correlação é significativa ao nível 0,01 (2-tailed - bicaudal). Importância das Categorias Decisão do Homem Importância dos Atributos Influência Feminina Envolvimento da Mulher Dependência Masculina Participação Feminina Constructos Pesquisados 535 0 0,234(**) 535 0 -0,221(**) 535 0 0,391(**) 535 0 0,357(**) 535 0 0,570(**) 535 . 1 535 0 0,419(**) DM 535 0 0,243(**) 535 0 -0,181(**) 535 0 0,535(**) 535 0 0,323(**) 535 . 1 535 0 0,570(**) 535 0 0,366(**) EM 535 0,001 0,187(**) 535 0 -0,618(**) 535 0 0,208(**) 535 . 1 535 0 0,323(**) 535 0 0,357(**) 535 0 0,244(**) IF 535 0 0,369(**) 535 0,098 0,056 535 . 1 535 0 0,208(**) 535 0 0,535(**) 535 0 0,391(**) 535 0 0,187(**) IA 535 0,025 -0,049 535 . 1 535 0,098 0,056 535 0 -0,618(**) 535 0 -0,181(**) 535 0 -0,221(**) 535 0,002 -0,123(**) DH 535 . 1 535 0,025 -0,049 535 0 0,369(**) 535 0,001 0,187(**) 535 0 0,243(**) 535 0 0,234(**) 535 0,001 0,150(**) IC 116 Tabela 66 – Matriz de Correlação de Pearson ( Bicaudal) do Modelo Proposto 117 Para a verificação do grau de associação linear (correlação) entre os constructos formadores do modelo proposto, utilizou-se a análise estatística (teste paramétrico) mais recomendada pelos autores pesquisados (HAIR JR. et al., 2005; MENDES DA SILVA; BIDO; FORTE, 2008; TABACHNICK; FIDELL, 2001), o coeficiente de Pearson(r). Calculou-se também, de forma complementar, os coeficientes de Spearman e Kendall, testes não paramétricos (Apêndice), os quais indicaram os mesmos comportamentos identificados pelo coeficiente de Pearson (sentido do efeito), apenas com intensidade/magnitude diferentes, quase sempre mais baixas (TABACHNICK; FIDELL, 2001). Antes da análise dos valores das correlações encontradas (Figura 23), é precisso resaltar que, como foi visto na Tabela 2 (p.54), o tamanho da amostra utilizada (N=535) credencia todos os valores sinalizados por „**‟ (Tabela 66) como correlações reais e significantes, apesar dos baixos valores absolutos apresentados por algumas dessas relações. Da mesma forma, valores não sinalizados por „**‟ devem ser considerados sem correlação, mesmo quando apresentarem valores diferentes de zero, pois os resultados encontrados deve-se estatisticamente ao acaso (UNIVERSITY OF NEW ENGLAND, 2011). As correlações encontradas demonstraram a conformidade do comportamento da amostra pesquisada com a expectativa teórica, que baseou-se na revisão de literatura utilizada para o desenvolvimrnto do Modelo da Participação Feminina na Decisão de Compra do Vestuário Masculino. Analisando-se as correlações apresentadas na Figura 23 e Tabela 66, torna-se evidente que os constructos antecedentes (DM, EM e IF) relacionaram-se com o constructo central (PF) de forma significativa, apresentando todos o mesmo sentido do efeito: DM:PF = 0,419, EM:PF = 0,366 e IF:PF = 0,244, isto é, quando ocorre variação em qualquer um desses constructos o reflexo no constructo central segue o mesmo sentido (sinal positivo), fato esse que confirma as hipóteses básicas H1, H2 e H3. No que se refere às relações entre o constructo central e seus conseqüentes (IA, DH e IC) os valores encontrados demonstraram a existência de correlação significativa entre esses constructos e sentidos do efeito distintos. O constructo central (PF) correlacionou-se com o constructo DH apresentando sentido oposto do efeito: PF:DH = -0,123, isto é, quando há variação no constructo central o reflexo em DH segue o sentido inverso da variação (sinal negativo), enquanto que em relação 118 aos constructos IA e IC, o constructo central apresentou o mesmo sentido do efeito: PF:IA = 0,187 e PF:IC = 0,150, isto é, quando há variação no constructo central o reflexo em qualquer um desses constructos segue o mesmo sentido (sinal positivo), esses fatos confirmam as hipóteses básicas H4, H5 e H6. As relações entre os diversos constructos antecedentes e conseqüentes e o constructo conseqüente DH, não envolvendo o constructo central PF (hipóteses secundárias), apresentaram comportamentos distintos. Os constructos antecedentes (DM, EM e IF) relacionaram-se com o constructo dependente DM de forma significativa, apresentando todos sentido oposto do efeito: DM:DH = -0,221, EM:DH = -0,181 e IF:DH = -0,618, isto é, as variações ocorridas em qualquer um desses constructos provocam em DH uma variação de sentido inverso (sinal negativo), resultados que confirmam as hipóteses secundárias H7, H8 e H9. Convém ressaltar que a maior correlação registrada por esse estudo foi entre os constructos Influência Feminina (IF) e Decisão do Homem (DH): 0,618. Os constructos conseqüentes IA e IC não apresentaram correlação com o constructo DH (IA:DH = 0,000 e IC:DH = 0,000), o que confirma o comportamento sugerido pelas hipóteses secundárias H10 e H11, ou seja, as variações de IA e IC não afetam de forma direta a decisão do homem no processo de compra do seu vestuário. Além das correlações utilizadas para confirmação das hipóteses propostas nesse estudo, outras associações significativas merecem destaque. As correlações apresentadas entre os constructos antecedentes (DM, EM e IF) demonstraram que as relações entre os três são significantes e apresentam o mesmo sentido do efeito: DM:EM = 0,570, DM:IF = 0,357 e EM:IF = 0,323, isto é, as variações nesses três constructos seguem sempre um mesmo sentido (sinal positivo), os constructos caminham juntos, o que reforça as evidências do acerto na definição desses constructos como antecedentes da participação feminina na decisão de compra do vestuário masculino. Esse mesmo comportamento repetiu-se em relação aos constructos conseqüentes IA e IC que apresentaram relações significantes e mesmo sentido do efeito (IA:IC = 0,360). Na análise e interpretação dos resultados encontrados buscou-se o equilíbrio entre a significância estatística e a significância prática, obedecendo-se aos critérios de parcimônia e bom senso. A significância estatística dos resultados encontrados 119 foi garantida pela correta aplicação da técnica estatística escolhida, seguindo-se os requisitos teóricos básicos exigidos e pela utilização de amostra com o tamanho recomendado para as especificidades desse trabalho, enquanto que a significância prática dos resultados, apoiou-se na análise das questões substantivas que esses oferecem na prática, na sua relevância para os objetivos da pesquisa, bem como no referencial teórico utilizado. Nesse contexto, permite-se afirmar que os objetivos propostos foram satisfatoriamente atingidos, as hipóteses formuladas confirmadas e a questão de pesquisa respondida. 120 5 CONCLUSÃO A sociedade global vivenciou nas últimas décadas uma revolução, não muito silenciosa, que levou à ampliação do espaço da mulher, passando esta a dividir com o homem atividades e responsabilidades anteriormente restritas ao gênero masculino. Dessa forma, a mulher assume cada vez mais papel de relevância como consumidora participando ativamente de todas as decisões de compra presentes no seu dia a dia profissional e/ou doméstico, independente de estar solteira ou casada. Nesse contexto, um estudo empírico para analisar a participação feminina no processo de decisão de compra do vestuário masculino mostrou-se atrativo pelo seu ineditismo e atualidade. Optou-se nesse estudo investigar tal fenômeno sob a ótica feminina e com foco nas mulheres casadas ou com união estável, maiores de 17 anos, alfabetizadas, independente de classe social, moradoras da cidade de Natal, Rio Grande do Norte. A escolha desse tema levou o pesquisador a enfrentar uma realidade comum às pesquisas em ciências sociais: como mensurar fenômenos que não podem ser diretamente observados? Para responder a esse desafio inicial, foi desenvolvido um trabalho de revisão de literatura focado em formar uma base teórica consistente que possibilitasse desenhar um modelo capaz de explicar o fenômeno em estudo e apontar qual técnica estatística seria a mais adequada para o tipo de estudo pretendido. Com a base teórica formada e partindo-se do pressuposto de que a operacionalização de conceitos (constructos) em variáveis empiricamente observáveis (indicadores) constitui-se em procedimento central para viabilizar a produção do conhecimento, foi proposto um modelo teórico (estrutural e de mensuração) com a definição de antecedentes e conseqüentes da participação feminina no processo de compra do vestuário masculino, o qual orientou também a formulação das hipóteses acerca desse fenômeno. Dentre as técnicas estatísticas pesquisadas a que apresentou maior aderência às características desse estudo e viabilidade técnica de aplicação foi a análise fatorial. Seu uso possibilitou mensurar de forma adequada os constructos envolvidos, evitando-se que variáveis mal medidas (indicadores mal especificados) comprometessem a validade dos resultados, o que poderia levar o pesquisador a conclusões errôneas sobre o fenômeno em estudo, prejudicando assim a eficácia e credibilidade da pesquisa. 121 Em todas as fases dessa pesquisa foram observadas rigorosamente as orientações teóricas sobre a utilização da técnica estatística escolhida, análise fatorial, pois a adequação dos métodos empregados constitui-se em critério central para avaliar os resultados de uma pesquisa (CATTEL, 1978), sendo o que distingue o conhecimento sistemático das outras formas de conhecimento. Apesar dos resultados da análise fatorial estarem sujeitos a dúvidas, o referencial teórico utilizado para realização dessa pesquisa, aliado à definições prévias acerca da quantidade de fatores comuns e à apresentação de uma expectativa teórica sobre qual fator deve carregar em qual variável, tornou possível minimizá-las, mantendo-se as condições necessárias para a utilização da análise fatorial confirmatória (KIM; MUELLER, 1978). Por tudo isso, pode-se concluir que os resultados desse estudo representam de forma fiel o comportamento da amostra acerca do fenômeno pesquisado. Os resultados encontrados demonstraram que, sob a ótica feminina, a mulher participa do processo de decisão de compra do vestuário masculino, influenciando a decisão do homem no processo de compra do seu vestuário (correlações identificadas), podendo-se concluir que a questão de pesquisa foi respondida de forma satisfatória. O objetivo geral, analisar a participação feminina no processo de decisão de compra do vestuário masculino, foi alcançado, pois as análises realizadas no decorrer do trabalho indicaram, de forma coerente com a base teórica, a existência de relações entre a participação feminina e seus antecedentes e conseqüentes. Da mesma forma, os três objetivos específicos definidos: identificar os constructos (variáveis latentes) antecedentes e conseqüentes da participação feminina na decisão de compra do vestuário masculino, identificar indicadores (variáveis manifestas) para todos os constructos envolvidos no fenômeno estudado e verificar as relações de dependência entre todos os constructos estudados, foram alcançados no decorrer do desenvolvimento dessa pesquisa. Para possibilitar essas constatações, inicialmente foi investigada a validade convergente de todos os indicadores especificados para cada um os sete constructos definidos, através da aplicação da AFC, pois a utilização de variáveis inválidas colocaria sob suspeita quaisquer análises subseqüentes e “não é apenas porque um pesquisador formula uma questão para medir alguma coisa que a questão de fato a mede, é preciso que várias propriedades da variável indicadora sejam confirmadas, antes que ela possa 122 ser utilizada como medida válida” (ARANHA; ZAMBALDI, 2008, p.108). A convergência das medidas, isto é, a existência de forte correlação entre medidas destinadas a mensurar um mesmo constructo (GERBING; ANDERSON, 1988; CHURCHILL, 1999), foi suportada basicamente pelo fato de 32 das 35 variáveis manifestas (indicadores) especificadas apresentarem coeficientes fatoriais significativos em relação aos seus respectivos constructos, sendo as três que não apresentaram significância teórica nem prática significativas excluídas do estudo (IF3, IC3 e IC7), pois essa condição não justificaria sua permanência. Após a avaliação da convergência do conjunto de medidas proposto (modelo de mensuração), foi examinada a força das relações de causalidade, que segundo Cattel (1978) está ligada ao motivo pela qual as variáveis se associam linearmente, verificando-se as correlações entre os sete constructos do modelo estrutural através do teste paramétrico de Pearson, que confirmou os resultados esperados com base na fundamentação teórica. Todas as hipóteses formuladas a respeito das relações existentes foram, dessa forma, apoiadas denotando assim coerência entre o resultado apresentado pela amostra pesquisada (empírico) e a base teórica consultada (teórico). Em termos práticos, essa pesquisa contribuiu para o aprofundamento do estudo das mudanças ocorridas nos papéis assumidos pelo gênero masculino e feminino, enquanto consumidores, tanto para a área acadêmica como para os profissionais de marketing, que estão agora pesquisando como fazer a transição de produtos dependentes de um gênero para produtos dependentes a ambos os sexos, trabalho esse que torna-se cada vez mais complexo pois segundo Blackwell, Miniard e Engel (2009), os papéis não são mais determinados biologicamente pelo sexo e sim pelas experiências sociais que ensinam aos homens e às mulheres atividades diferentes enquanto consumidores. Não existem trabalhos perfeitos, nem cientistas/pesquisadores que por serem intelectualmente, pessoalmente e moralmente comprometidos com métodos de pesquisa no seu estado-da-arte possam fazer um trabalho perfeito (HUNTER, 2001), o que está sempre presente nos trabalho científicos são escolhas, conscientes ou não, as quais implicam em limitações que passam a ser inerentes aos esforços de pesquisa, cabendo ao pesquisador expô-las ao máximo para que os novos trabalhos possam definir, ainda no seu planejamento, formas de suplantá-las. As limitações 123 deste estudo, resultado das decisões tomadas ou dos próprios dados coletados, devem ser compreendidas e encaradas como oportunidades de melhoria sem, contudo, desqualificar nem diminuir a importância e validade dos resultados encontrados: A primeira limitação diz respeito ao critério utilizado para a formação da amostra que foi o da acessibilidade (conveniência), técnica não-probabilística que por essa razão não permite que as estimativas obtidas nesse trabalho sejam estatisticamente projetáveis para a população, ou seja, não é recomendável fazer inferências ou projeções sobre a população-alvo da qual se extraiu a amostra (MALHOTRA, 2006). A segunda limitação está relacionada ao comportamento dos dados coletados, limitação esta comum às pesquisas em ciências sociais, pois no mundo real, na maioria das vezes, os dados coletados ferem as premissas estabelecidas para a possibilidade de aplicação da análise multivariada, as quais foram minimizadas através do uso de um tamanho adequado de amostra. Com esta pesquisa despertaram-se novas dúvidas acerca do comportamento de compra de homens e mulheres, oferecendo-se dessa forma um caminho fértil para outras pesquisas na área de marketing, o que possibilitaria responder a muitas outras questões a respeito desse complexo comportamento que não fizeram parte do escopo deste trabalho, mas que juntamente com as limitações apresentadas por esse estudo, orientaram a proposição das seguintes recomendações: Realização de novos estudos sobre o fenômeno abordado mas com a utilização de amostragem aleatória simples ou até mesmo, dependendo do foco do pesquisador, uma amostragem por cluster, sempre utilizando-se para cada indicador (questão) a razão de 1 para no mínimo 15 respondentes, visando a formação de amostra capaz de responder positivamente aos requisitos mínimos de utilização das técnicas multivariadas. Utilização em estudos futuros da modelagem de equações estruturais (SEM), técnica multivariada que combina aspectos de regressão múltipla e análise fatorial para estimar uma série de relações de dependência interrelacionadas 124 simultaneamente (HAIR JR. et al., 2005), e cujos algoritmos utilizados possibilitam incorporar ao mesmo tempo os efeitos de erros de mensuração sobre os coeficientes estruturais, superando, dessa forma, as limitações intrínsecas da técnica de análise fatorial no estudo de um modelo complexo de forma simultânea. Abordagem do mesmo fenômeno estudado nessa pesquisa, mas sob a ótica masculina, pois um estudo com esse foco seria interessante pelo fato de poder-se confrontar os resultados da análise de um mesmo fenômeno sob óticas diferentes, percepção do gênero feminino versus percepção do gênero masculino. 125 REFERÊNCIAS AAKER, D. A.; Kumar, V.; DAY, G.S. Pesquisa de marketing. São Paulo: Atlas, 2009. ALMEIDA, L.; FREIRE, T. Metodologia da investigação em psicologia e educação. Braga: Psiquilíbrios, 2000. ANDERSON, D. R.; SWEENEY, D. J.; WILLIAMS, T. A. Estatística aplicada à administração e economia. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. ANDREWS, J.C.; DURVASULA, S.; AKHTER, S.H. A framework for conceptualizing and measuring involvement construct In advertising research. In: Journal of Advertising. v. 19, n. 4, p. 27-40, 1990. ARANHA, F.; ZAMBALDI, F. Análise fatorial em administração. São Paulo: Cengage Learning, 2008. ARBUCKLE, J. L. Amos 7.0 user’s guide. Chicago: SPSS, 2006. ARIELY, D.; LEVAV, J. Sequential choice in group settings: taking the road less traveled and less enjoyed. Journal of Consumer Research, v.27, p. 279-290, 2000. ARORA, R. Validation of an S-O-R model for situational, enduring, and response components of involvement. In: Journal of Marketing Research. V. 19, p. 505-516, 1982. ASSAEL, H. Consumer behavior and marketing action. Boston: PWS-Kent, 1992. BASTOS, E. R. A influência feminina no consumo masculino de cosméticos. Dissertação (Mestrado Profissional em Administração), Faculdades IBMEC, Rio de Janeiro, 2005. BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W.; ENGEL, J. F. Comportamento do consumidor. São Paulo: Cengage Learning, 2009. BLALOCK, H. M. Measurement in the social sciences: theories and strategies. Chicago, Illinois: Aldine Publishing Company, 1974. BLALOCK, H. M. Basic dilemmas in the social sciences. Beverly Hills, California: Sage, 1984. BLOCH, P. H.; SHERRELL, D.L.; RIDGWAY, N.M. Consumer search: an extended framework. In: Journal of Consumer Research. v. 13, n. 1, p. 119126, 1986. BRUGGEN, G.H.; WIERENGA, B. Broading the perspective on marketing decision models. International Journal of Research in Marketing, v. 17, p. 159-168, 2000. 126 BURNHAM, T. A.; FRELS, J. K.; MAHAJAM, V. Consumer switching costs: a typology, antecedents and consequences. Journal of Academy of Marketing Science, v.31, n.2, p. 109-126, 2003. CARUANA, A. The impact of switching costs on customer loyalty: a study among corporate customers of mobile telephony. Journal of Targeting, Measurement and Analysis for Marketing, v. 12, n. 3, p. 256-268, March, 2004. CATTEL, R. B. The scientific use of factor analysis in behavioral and life sciences. New York: Plenum, 1978. CELSI, R.L.; OLSON, J.C. The role of involvement in attention and comprehension processes. In: Journal of Consumer Research. V. 15, n. 2, p. 210224, 1988. CHURCHILL, G. A. Marketing research: methodological foundations. Orlando: The Dryden Press, 1999. CHURCHILL, G. A.; PETER, J. P. Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo: Saraiva, 2000. COHEN, J. Statistical Power analysis for the behavioral sciences. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum, 1988. COOPER, D. R.; SCHINDLER, P. S. Métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman, 2003. COULTER, R.A.; PRICE, L.L.; FEICK, L. Rethinking the origins of involvement and brand commitment: insights from postsocialist Central Europe. In: Journal of Consumer Research. V. 30, n. 2, p. 151-170, 2003. DAVIDOVITSCH, L. Antecedentes e conseqüências dos níveis de envolvimento masculino com vestuário: uma pesquisa empírica com homens do Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado em Administração), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. DAVIS, H. L.; RIGAUX, B. R. Perception of marital roles in decision process. Journal of Consumer Research, v. 1, p. 5-14, jun. 1974. DEVLIN, S. J.; DONG, H. K.; BROWN, M. Selecting a scale for measuring quality. Marketing Research, v. 5, n. 3, p. 12-17, Summer, 1993. DIAS, S. R. (Coord.). Gestão de marketing. São Paulo: Saraiva, 2003. DUTRA, J. L. Onde você comprou esta roupa tem para homem? : a construção de masculinidades nos mercados alternativos de moda. In: Nu & Vestido: Dez Antropólogos Revelam a Cultura do Corpo Carioca. Organizadora: Goldenberg, M. Rio de Janeiro, Record, 2002. ENGEL, J. F.; BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W. Consumer behavior. Hindsale: The Dryden Press, 1995. 127 ENGEL, J. F.; BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W. Comportamento do consumidor. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2000. ETZEL, M. J. et al. Marketing. São Paulo: Makron Books, 2001. FARIAS, S. A.; SANTOS, R. C. Modelagem de equações estruturais e satisfação do consumidor: uma investigação teórica e prática. RAC, v. 4, n. 3, p. 107-132, set/dez. 2000. FEIR, B. J.; TOOTHAKER, L. E. The anova f-test versus the kruskal-wallis test: a robustness study. Artigo publicado em: Annual Meeting of the American Educational Research Association, Chicago, 1974. FILHO, C. G. O impacto da gestão do conhecimento de marketing na inovação e vantagem competitiva de novos produtos. Tese (Doutorado em Administração), Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Ciências Econômicas, Belo Horizonte, 2001. FREIRE, J. S. S. Modelagem de equações estruturais: apresentação de uma metodologia. Dissertação (Mestrado em Engenharia da Produção), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006. GARY A. Y. Leadership in organizations. Englewood Cliffs, N.J.: Prentice Hall, 1981. GEFEN, D.; STRAUB, D.W.; BOUDREAU, M.C. Structural equation modeling and regression: guidelines for research practice. Commun AIS, 4, 1-77, 2000. GERBING, D. W.; ANDERSON, J. C. An updated paradigm for scale development incorporating unidimensionality and its assessement. Journal of Marketing Research, v. 15, p. 186-92, May, 1988. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2009. GOSLING, M. Modelo estrutural de marketing de relacionamento: aplicação e validação em uma instituição de ensino. Tese (Doutorado em Administração), Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Ciências Econômicas, Belo Horizonte, 2004. GOLDSTEIN, M.; ALMEIDA, H. S. Crítica dos modelos integrativos de comportamento do consumidor. Revista de Administração - RAUSP, v. 35, n.1, 14-22, Jan./Mar. 2000. HAIR JR., J. F.; ANDERSON, R. E.; TATHAM, R. L.; BLACK, W. C. Análise multivariada de dados. Porto Alegre: Bookman, 2005. HAWKINS, D. Identification of outliers. London, Chapman and Hall, 1980. HAYS, W. L., Statistics for psychologists. New York: Holt, Rinehart & Winston, 1963. 128 HERSHBERGER, S. L.; MARCOULIDES, G. A.; PARRAMORE, M. M. Structural equation modeling: an introduction. In B.H. Pugesek, A. Tomer & A.V. Eye (Eds.), Structural equation modeling: Applications in ecological and evolutionary biology, Cambridge: Cambridge University Press, p. 3-41, 2003. HOUAISS, A. Dicionário eletrônico Houaiss da lingua portuguesa, Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. HOUSTON, M. J.; ROTHSCHILD, M. L. A paradigm for research on consumer involvement. University of Wisconsin-Madison, 1977. Working paper. HUNTER, John E. The desperate need for replications. Journal of Consumer Research, v. 28, p. 149-158, June, 2001. HUOT, R. Métodos quantitativos para as ciências humanas. Lisboa: Instituto Piaget, 2002. IBGE, Sinopse censo demográfico 2010. <www.censo2010.ibge.gov.br>. Acesso em: 29 nov. 2010. Disponível em: IPC TARGET, IPC Maps 2011: consumo Brasil. Disponível em: <www.ipcbr,com>. Acesso em: 21 nov. 2010. JÖRESKOG, K.; SÖRBOM, D. Lisrel 8: user’s reference guide. Lincolnwood: Scientific Software International, 2000. KIM, J.; MUELLER, C. Introduction to factor analysis: what it is and how to do it. Newbury Park: Sage, 1978. KLEM, L. Structural equation modeling. In L.G. Grimm & P. R. Yarnold (Eds.), Reading and understanding more multivariate statistics. Washington: American Psychological Association. p. 227-260, 2006. KLINE, R. B. Principles and practice of structural equation modeling. New York: The Guilford Press, 1998. KOTLER, P. Administração de marketing: implementação e controle. São Paulo: Atlas, 1998. análise, planejamento, KOTLER, P. Administração de marketing: a edição do milênio. Prentice Hall: São Paulo, 2000. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2010. LAM, S. Y.; SHANKAR, V.; ERRAMILLI, M. K.; MURTHY, B. Customer, value, satisfaction, loyalty and switching costs: a illustration from a business-tobusiness service context. Journal of The Academy of Marketing Science, v. 32, n.3, p. 293-311, 2004. 129 LATIF, S. Modelagem de equações estruturais. Dissertação (Mestrado em Estatística), Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000. LAURENT, G.; KAPFERER, J.N. Measuring consumer involvement profiles. In: Journal of Marketing Research. V. 22, p. 41-53, 1985. LEE, J.; LEE, J.; FEICK, L. The impact of switching costs on the customers satisfaction-loyalty link: mobile phone service in France. The Journal of Services Marketing, v. 15, n. 1, p. 35-48, 2001. LEMKE, C., Modelos de equações estruturais com ênfase em análise fatorial confirmatória no software AMOS. Dissertação (Instituto de Matemática), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005. LOEHLIN, J. Latent variable model: an introduction to factor, path, and structural equation analysis. Londres: Lawrence Erlbaum Associates, 2004. LOPES, H. E. G. A força dos contatos: um estudo das redes interpessoais de profissionais da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Tese (Doutorado em Administração), Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Ciências Econômicas, Belo Horizonte, 2001. MALHOTRA, N. K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. Porto Alegre: Bookman, 2006. MARUYAMA, G. M. Basics of structural equation modeling. Thousand Oaks, Ca: Sage Publications Inc., 1998. MATTAR, F. N. Pesquisa de marketing: metodologia, planejamento. São Paulo: Atlas, 1999. MAZZON, J. A. Análise de outliers. Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 05 mar. 2004. Argüição da defesa de dissertação de mestrado da aluna Francine Silveira Espinoza da Escola de Administração/UFRGS. MEDEIROS, C. A. F. Comprometimento organizacional: um estudo de suas relações com características organizacionais e desempenho nas empresas hoteleiras, Tese (Departamento de Administração, Programa de Pós-Graduação em Administração), Universidade de São Paulo, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, São Paulo, 2003. MENDES DA SILVA, W.; BIDO, D. S.; FORTE, D. Identificando atributos que influenciam o desempenho do professor de finanças: evidências empíricas por meio de equações estruturais. Rio de Janeiro: Anais do XXXII Encontro da Associação dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração ANPAD, 2008. MICCERI, T. The unicorn, the normal curve, and other improbable creatures. Florida: University of South Florida, 1989. MINISTÉTRIO DA EDUCAÇÃO, Lei de diretrizes e bases da educação. Disponível em: <www.portal.mec.gov.br/arquivos>. Acesso em: 12 set. 2010. 130 MOWEN, J. C. Consumer behavior. Englewood Cliffs: Prentice Hall, 1995. MOWEN, J.C.; MINOR, M. Consumer behavior. Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall, 1998. O‟CASS, A. Fashion clothing consumption: antecedents and consequences of fashion clothing involvement. In: European Journal of Marketing. V. 38, n. 7, p. 869, 2004. PARK, C. W.; LESSIG, V. P. Students and housewife’s: differences in susceptibility in reference group influence. Journal of Consumer Research, v.4, p. 102-110, 1977. PEDHAZUR, E.; SCHMELKIN, L. Measurement, design and analysis, na integrated approach. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum Associates, 1991. PEREIRA, J. C. R. Análise de dados qualitativos: estratégias metodológicas para as ciências da saúde, humanas e sociais. São Paulo: EDUSP, 2001. PARSONS, T. O sistema das sociedades modernas. São Paulo: Pioneira, 1974. POPCORN, F.; MARIGOLD, L. Público-Alvo: mulher - oito verdades do marketing para conquistar a consumidora do futuro. Rio de Janeiro: Campus: 2000. QUEIROZ, M. Influência feminina e moda <www.vilamulher.com.br>. Acesso em: 2 abr. 2010. masculina. Disponível REISENGER, I.; TURNER, L. Structrual equation modeling with application in tourism. Tourism Management v. 20, p. 71–80, 1999. em: Lisrel: RICHERS, R. O enigmático mais indispensável consumidor: teoria e prática. Revista da Administração, jul./set. de 1984. RICHINS, M.L.; BLOCH, P. H. After the new wears off: the temporal context of product involvement. In: Journal of Consumer Research. V. 13, n. 2, p. 280-285, 1986. RIES, A.; TROUT, J. As 22 consagradas leis do marketing. São Paulo: Makron Books, 1993. SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; LUCIO, P. B. Metodología de la investigación. Madrid: McGraw-Hill, 1991. SANTOS, R. B., Modelos de equações estruturais. Dissertação (Instituto de Matemática, Departamento de Estatística), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2002. SCHIFFMAN, L.G.; KANUK, L. L. Comportamento do consumidor. São Paulo: LTC Editora, 2000. 131 SCHUMACKER, R.E.; LOMAX, R.G. A begginer’s guide to structural equation modeling. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 2001. SELLTIZ, C.; WRIGHTSMAN, L. S.; COOK, S. W. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: EPU, 1987. SEO, J. I.; HATHCOTE, J. M.; SWEANEY, A. L. Casualwear shopping behavior of college men in Georgia, USA. Journal of Marketing and Management. V.5, n.3, 2001. p. 208-222. SHETH, J. N.; MITTAL, B.; NEWMAN, B. I. Comportamento do cliente: indo além do comportamento do consumidor. São Paulo: Atlas, 2001. SOLOMON, M. R. O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo. Porto Alegre: Editora Bookman, 2008. SOPHIA MIND, Brasileiras controlam 66% do consumo das famílias brasileiras, Disponível em: <www.sophiamind.com/pesquisas>. Acesso em: 10 jun. 2010. SUTTON, R. I.; STAW, B. M. What theory is not. Administrative Science Quarterly, v. 3, 30, p. 84-371, September, 1995. TABACHNICK, B.; FIDELL, L. Using multivariate analysis. Needham Heights: Allyn & Bacon, 2007. ULLMAN, J. Structural equation modeling. In: TABACHNICK, B.; FIDELL, L. Using multivariate statistics. Boston: Allyn and Bacon, 2001. UNIVERSITY OF NEW ENGLAND - UNE. Common statistical tests. Disponível em: <www.une.edu.au/psychology>. Acesso em: 14 ago. 2011. UNDERHILL, P. Vamos às compras: a ciência do consumo. Rio de Janeiro: Campus, 1999. URDAN, A.; RODRIGUES, A. O modelo do índice de satisfação do cliente norteamericano: um exame inicial no Brasil com equações estruturais. Revista de Administração Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 3, n. 3, p. 109-130, set./dez. 1999. URDAN, A.; ZUÑIGA, M. Satisfação com assistência técnica e lealdade ao fabricante no ramo automobilístico. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 41, n. 3, p. 31-41, jul./set. 2001. VEIGA, R. Um exame empírico do modelo de conseqüências comportamentais da qualidade de serviços. Tese (Doutorado em Administração), Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Ciências Econômicas, Belo Horizonte, 2000. WARRINGTON, P.; SHIM, S. An empirical investigation of the relationship between product involvement and brand commitment. In: Psychology and Marketing. V. 17, n. 9, p. 761-782, 2000. WELLS, W.; PRENSKY, D. Consumer behavior. New York: John Wiley & Sons, 1996. 132 ZAICHKOWSKY, J.L. Measuring the involvement construct. In: Journal of Consumer Research. V. 12, n. 3, p. 341-352, 1985. ZELLER, R. A.; CARMINES, E.G. Measurement in the social sciences: the link between theory and data. Cambridge: Cambridge University Press, 1980. 133 APÊNDICES 134 APÊNDICE 1 – Questionário Aplicado Pesquisa Acadêmica -Este questionário destina-se a uma Pesquisa Científica do Mestrado Profissional em Administração da Universidade Potiguar - UnP. -Sua resposta representa importante contribuição para um estudo que visa entender melhor a relação da mulher no consumo do vestuário masculino. -O que você responder será tratado de maneira confidencial. Sua identificação não será necessária. -Por favor, responda a todas as questões. -Agradecemos desde já a sua colaboração. Por favor, para cada item abaixo marque um "X" na coluna ao lado de acordo com a frequência que mais se adéque às situações apresentadas Não, nunca 1 Raramente 2 Às vezes 3 Quase sempre Sim, sempre 4 5 Não, nunca Raramente Às vezes Quase sempre Sim, sempre 1 2 3 4 5 Sem importância Pouca importância Razoável importância Importante Muito importante 1 2 3 4 5 1- Você acompanha o seu marido ao setor ou loja de roupas masculinas PF 2- Você considera um prazer fazer compras de roupas masculinas com seu marido 3- Você e seu marido avaliam conjuntamente todos os aspectos desse tipo de compra 4- Você é a responsável pelas compras das roupas de seu marido 5- Você, voluntariamente, orienta o modo de vestir do seu marido IF 6- Você o supreenderia com um novo estilo de roupa,uma nova tendência ou moda 7- Nas datas comemorativas você prefere presenteá-lo com roupas 8- Na sua opinião, ele gosta quando você o incentiva a vestir-se bem 9- Ele lhe pede para recomendar que roupa comprar/usar DM 10- Ele aprova seu gosto para roupas masculinas Por favor, para cada item abaixo marque um "X" na coluna ao lado de acordo com a frequência que mais se adéque às situações apresentadas 1- Comprar roupa para seu marido é uma atividade que lhe entusiasma, agrada 2- Ao escolher que roupas comprar para seu marido você se preocupa com detalhes (cor, modelo, estampas, tecido) EM 3- Você já comprou alguma roupa que seu marido recusou-se a usar 4- É importante para você fazer a escolha certa nesse tipo de compra 5- A decisão de "ir às compras" de roupas para seu marido é sua 6- Você é quem define a forma de pagamento desse tipo de compra 7- Seu marido leva em conta sua opinião na decisão de compra de suas roupas DH 8 - A palavra final sobre que roupa comprar é de seu marido Por favor, para cada item abaixo marque um "X" na coluna ao lado de acordo com o grau de importância de cada atributo para a escolha das roupas de seu marido 1- Conforto 2- Bom corte (modelagem) 3- Estilo 4- Marca (griffe) 5- Relação entre qualidade e preço 6- Atualidade do modelo (moda) 7-Funcionalidade 8-Preço 9-Qualidade 10-Durabilidade IA 135 Por favor, para cada item de vestuário masculino abaixo marque um "X" na coluna ao lado de acordo com o grau de importância que você dispensa na hora da compra Sem importância Pouca importância Razoável importância Importante Muito importante 1 2 3 4 5 1-Underwear (roupa íntima) 2-Praia (banho) 3-Lazer 4-Trabalho (dia a dia) IC 5-Social Informal (Casual) 6-Social Formal 7-Dormir Para concluirmos esta Pesquisa Acadêmica, solicitamos informar alguns dados pessoais (marcar apenas uma opção): ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Menos de 21 Mais de 50 De 21 a 30 anos De 31 a 40 anos De 41 a 50 anos anos anos Idade ( Escolaridade ) Alfabetizada ( ) Ensino Fundamental ( ) ( ) ( ) Ensino Médio Ensino Superior Pós-Graduada SD Renda Familiar Mensal ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) De R$ 751,00 a De R$ 1.651,00 De R$ 2.951,00 Acima de R$ Até R$ 750,00 R$ 1.650,00 a R$ 2.950,00 a R$ 5.350,00 5.350,00 ( ) Ocupação Autônoma O Questionário chegou ao fim. Muito Obrigado pela sua participação! ( ) ( ) Funcionária Funcionária da Pública Iniciativa Privada ( ) Estudante ( ) Outras 136 APÊNDICE 2 - Gráficos Scree Plot dos Constructos e Modelo PARTICIPAÇÃO FEMININA INFLUÊNCIA FEMININA Scree Plot 1,6 1,4 1,2 Eigenvalue 1,0 ,8 ,6 1 2 3 4 Component Number DEPENDÊNCIA MASCULINA ENVOLVIMENTO DA MULHER Scree Plot 2,0 1,6 1,8 1,4 1,6 1,2 1,4 1,0 1,2 ,8 1,0 ,6 ,8 Eigenvalue Eigenvalue Scree Plot 1,8 ,4 ,2 1 2 ,6 ,4 3 1 Component Number 4 IMPORTÂNCIA ATRIBUTOS Scree Plot Scree Plot 2,0 4,0 1,8 3,5 1,6 3,0 1,4 2,5 1,2 2,0 1,0 1,5 ,8 1,0 Eigenvalue Eigenvalue 3 Component Number DECISÃO DO HOMEM ,6 ,4 1 2 2 Component Number 3 4 ,5 0,0 1 2 3 4 5 Component Number 6 7 8 9 10 137 IMPORTÂNCIA CATEGORIAS MODELO ANALISADO Scree Plot Scree Plot 1,8 10 1,6 8 1,4 6 1,2 4 Eigenvalue 1,0 Eigenvalue ,8 ,6 2 0 1 ,4 1 2 3 Component Number 4 5 6 7 5 3 9 7 13 11 17 15 Component Number 21 19 25 23 29 27 33 31 35 138 APÊNDICE 3 - Histogramas dos Indicadores e Constructos Histogram 300 200 200 100 100 Frequency Frequency Histogram 300 Std. Dev = 1,59 Mean = 3,7 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 Std. Dev = 1,39 Mean = 3,9 N = 535,00 0 5,0 1,0 PF1 - acompanhar o homem nas compras 2,0 3,0 4,0 5,0 PF2 - prazer em comprar com o homem Histogram Histogram 400 300 300 200 200 Frequency Frequency 100 100 Std. Dev = 1,57 Mean = 4,0 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 PF3 - avaliar com o homem as compras Std. Dev = 1,70 Mean = 2,8 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 IF1 - mulher responsável pelas compras 139 Histogram Histogram 300 400 300 200 200 Frequency Frequency 100 100 Std. Dev = 1,34 Mean = 4,0 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 Std. Dev = 1,80 Mean = 3,5 N = 535,00 0 5,0 1,0 IF2 - a mulher orienta o homem 2,0 3,0 4,0 5,0 IF3 - mulher influencia estilo Histogram Histogram 200 300 200 100 Frequency Frequency 100 Std. Dev = 1,21 Mean = 3,7 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 Std. Dev = 1,33 Mean = 3,9 N = 535,00 0 5,0 1,0 IF4 - mulher presenteia com roupas 2,0 3,0 4,0 5,0 DM1 - homem gosta do incentivo Histogram Histogram 200 400 300 200 Frequency Frequency 100 100 Std. Dev = 1,70 Mean = 3,0 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 DM2 - homem pede recomendação Std. Dev = 1,26 Mean = 4,0 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 DM3 - homem aprova o gosto da mulher 140 Histogram Histogram 300 400 300 200 200 Frequency Frequency 100 100 Std. Dev = 1,32 Mean = 3,9 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 Std. Dev = 1,07 Mean = 4,3 N = 535,00 0 5,0 1,0 EM1 - gosta de comrpar r masculinas 2,0 3,0 4,0 5,0 EM2 - mulher decide os detalhes Histogram Histogram 300 400 300 200 200 Frequency Frequency 100 100 Std. Dev = ,89 Mean = 4,2 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 Std. Dev = ,65 Mean = 4,6 5,0 1,0 EM3 - mulher comprou roupa q hm recusou 2,0 3,0 4,0 5,0 EM4 - importancia em fazer escolha certa Histogram Histogram 300 300 200 200 100 100 Frequency Frequency N = 535,00 0 Std. Dev = 1,57 Mean = 2,5 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 DH1 - decisao de compra da mulher Std. Dev = 1,66 Mean = 3,5 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 DH2 - definição do pagamento pela mulher 141 Histogram Histogram 400 300 300 200 200 Frequency Frequency 100 100 Std. Dev = 1,23 Mean = 1,8 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 Std. Dev = 1,67 Mean = 3,1 N = 535,00 0 5,0 1,0 DH3 - o hm considera opiniao mlhr 2,0 3,0 4,0 5,0 DH4 - palavra final é do hm Histogram Histogram 300 400 300 200 200 Frequency Frequency 100 100 Std. Dev = ,75 Mean = 4,0 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 Std. Dev = ,73 Mean = 3,9 N = 535,00 0 5,0 1,0 IA1 - importancia do conforto 2,0 3,0 4,0 5,0 IA2 - importancia do bom corte Histogram Histogram 400 200 300 100 100 Std. Dev = ,74 Mean = 3,9 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 IA3 - importancia do estilo 5,0 Frequency Frequency 200 Std. Dev = 1,19 Mean = 3,0 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 IA4 - importancia da marca/griffe 142 Histogram Histogram 300 200 200 100 Std. Dev = ,76 Mean = 3,9 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 Frequency Frequency 100 Std. Dev = 1,15 Mean = 3,2 N = 535,00 0 5,0 1,0 IA5 - importancia do custo/benefico 2,0 3,0 4,0 5,0 IA6 - importancia da moda Histogram Histogram 300 400 300 200 200 Frequency Frequency 100 100 Std. Dev = ,88 Mean = 4,2 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 Std. Dev = ,80 Mean = 4,0 N = 535,00 0 5,0 1,0 IA7 - importancia da funcionalidade 2,0 3,0 4,0 5,0 IA8 - importancia do preço Histogram Histogram 400 300 300 200 200 Frequency Frequency 100 100 Std. Dev = ,72 Mean = 4,4 N = 535,00 0 2,0 3,0 4,0 5,0 IA9 - importancia da qualidade Std. Dev = ,79 Mean = 4,3 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 IA10 - importancia da durabilidade 143 Histogram Histogram 400 200 300 100 100 Frequency Frequency 200 Std. Dev = 1,14 Mean = 3,7 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 Std. Dev = 1,18 Mean = 2,4 N = 535,00 0 5,0 1,0 IC1 - roupa íntima 2,0 3,0 4,0 5,0 IC2 - praia Histogram Histogram 300 200 200 100 Std. Dev = ,92 Mean = 4,0 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 Frequency Frequency 100 Std. Dev = 1,51 Mean = 3,0 5,0 1,0 IC3 - lazer 3,0 4,0 5,0 Histogram 300 200 200 100 100 Std. Dev = 1,15 Std. Dev = 1,48 Mean = 3,5 Mean = 2,5 N = 535,00 0 3,0 IC5 - social casual 4,0 5,0 Frequency Frequency Histogram 2,0 2,0 IC4 - trabalho 300 1,0 N = 535,00 0 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 IC6 - social formal 4,0 5,0 144 Histogram Histogram 300 200 200 100 Frequency Frequency 100 Std. Dev = 1,20 Mean = 2,1 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 Std. Dev = 1,14 Mean = 2,9 N = 535,00 0 5,0 1,0 IC7 - dormir 2,0 3,0 4,0 5,0 SD1 - Idade Histogram Histogram 400 300 300 200 200 Std. Dev = ,74 Mean = 3,6 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 4,0 Frequency Frequency 100 100 Std. Dev = ,97 Mean = 3,0 N = 535,00 0 5,0 1,0 SD2 - escolaridade 2,0 3,0 4,0 5,0 SD3 - renda familiar Histogram Histogram 300 200 200 Frequency 100 Frequency 100 Std. Dev = 1,22 Std. Dev = 1,23 Mean = 2,8 N = 535,00 0 1,0 2,0 3,0 SD4 - ocupação 4,0 5,0 Mean = 3,86 N = 535,00 0 1,00 2,00 1,50 2,50 3,00 4,00 3,50 Constructo Central 4,50 5,00 145 Histogram Histogram 160 300 140 120 200 100 80 100 40 Frequency Frequency 60 Std. Dev = 1,05 20 Mean = 3,66 N = 535,00 0 1,00 2,00 1,50 3,00 2,50 4,00 3,50 Std. Dev = ,68 Mean = 4,25 N = 535,00 0 5,00 2,00 4,50 3,00 2,50 Constructo Antecedente 1 4,00 3,50 5,00 4,50 Constructo Antecedente 2 Histogram Histogram 120 80 100 60 80 60 40 Std. Dev = ,86 20 Mean = 3,49 N = 535,00 0 2,50 2,00 3,50 3,00 4,50 4,00 20 Std. Dev = ,47 Mean = 3,89 N = 535,00 0 75 4, 0 5 4, 5 2 4, 0 0 4, 5 7 3, 0 5 3, 5 2 3, 0 0 3, 5 7 2, 0 5 2, 5 2 2, 0 0 2, 5 7 1, 1,50 Frequency Frequency 40 5,00 Constructo Antecedente 3 Constructo Consequente 1 Histogram Histogram 120 70 100 60 50 80 40 60 30 20 Frequency Frequency 40 Std. Dev = 1,04 20 Mean = 2,73 N = 535,00 0 2,00 1,50 2,50 3,00 4,00 3,50 5,00 4,50 Constructo Consequente 2 Mean = 3,02 N = 535,00 0 50 4, 5 2 4, 00 4, 5 7 3, 50 3, 5 2 3, 00 3, 5 7 2, 50 2, 5 2 2, 00 2, 5 7 1, 1,00 Std. Dev = ,55 10 Constructo Consequente 3 146 APÊNDICE 4 – Gráficos Box Plot dos Indicadores e Constructos 6 6 5 5 4 4 3 3 2 2 1 1 0 N= 0 535 N= PF1 - ac ompanhar o h 6 6 5 5 4 4 3 3 2 2 1 1 0 N= 0 535 N= PF3 - av aliar com o 6 5 5 4 4 3 3 2 2 1 1 0 535 IF1 - mulher respons 6 N= 535 PF2 - pr azer em comp 0 535 IF2 - a mulher orien N= 535 IF3 - mulher influen 147 6 6 5 5 4 4 3 3 2 2 1 1 0 0 N= 535 N= IF4 - mulher present 6 6 5 5 4 4 3 3 2 2 1 1 0 N= 535 DM1 - homem gosta do 0 535 N= DM2 - homem pede rec 535 DM3 - homem aprova o 6 6 5 5 4 4 3 3 2 2 504 495 494 487 461 448 447 414 365 332 326 304 299 288 260 222 216 168 136 125 85 77 55 1 1 513 502 444 440 430 390 375 319 305 220 181 144 142 127 99 90 45 0 N= 0 535 EM1 - gosta de comrp N= 535 EM2 - mulher decide 148 6 6 5 5 4 4 3 3 2 519 513 507 475 443 400 366 346 199 130 111 99 89 73 69 42 2 61 55 1 503 104 1 266 0 N= 0 535 N= EM3 - mulher comprou 6 6 5 5 4 4 3 3 2 2 1 1 0 N= 0 535 N= DH1 - decisao de com 6 535 DH2 - definição do p 6 5 9 20 46 76 85 91 95 101 103 104 111 137 138 144 145 167 172 181 199 211 218 234 250 301 342 376 473 487 488 489 492 494 496 499 503 507 514 519 5 4 10 31 42 121 136 142 180 201 215 219 226 237 280 319 321 365 366 369 430 435 529 4 3 3 2 2 1 1 0 N= 535 EM4 - importancia em 0 535 DH3 - o hm considera N= 535 DH4 - palavra final 149 6 5 6 3 5 7 9 10 11 12 13 17 18 21 22 25 29 30 31 34 37 38 40 42 45 63 71 77 81 83 84 91 92 93 98 101 102 103 106 107 109 110 112 113 114 150 152 158 196 207 212 230 232 243 246 250 251 253 254 255 256 290 308 312 317 320 331 334 335 339 340 351 354 355 356 361 364 366 368 373 376 380 384 385 390 392 393 394 395 398 402 415 417 419 423 427 429 431 433 441 442 443 446 451 453 455 456 458 459 461 462 464 467 468 469 470 472 474 478 479 480 482 483 484 485 486 519 521 522 523 526 527 528 530 531 4 5 1 5 7 12 18 19 22 25 28 29 32 34 36 38 40 49 63 66 70 77 81 82 91 92 93 96 97 98 105 106 109 110 158 199 207 210 214 224 229 243 246 255 308 312 317 320 331 339 361 368 380 386 392 394 402 404 413 415 417 419 423 429 433 446 451 453 455 458 461 464 468 469 470 472 474 478 479 483 484 485 517 519 522 526 531 4 3 515 514 513 512 511 509 507 504 502 501 500 496 495 493 492 491 488 457 454 438 350 338 310 299 294 293 292 291 289 287 286 285 284 283 282 281 280 228 225 223 222 221 220 219 218 217 216 215 213 208 206 205 204 203 202 201 200 155 153 149 147 146 145 144 143 142 141 140 139 135 131 130 129 128 127 126 124 122 121 120 119 117 108 104 74 73 72 68 67 65 64 61 60 59 58 56 54 53 52 51 50 47 46 44 43 39 36 35 14 3 523 518 514 513 512 511 510 509 507 505 504 503 502 501 500 498 495 493 492 491 489 488 462 456 438 427 403 393 390 370 365 345 338 334 332 311 299 284 251 249 230 156 153 149 147 146 145 144 143 142 141 140 138 137 136 135 134 131 130 129 128 127 126 123 122 121 120 119 117 100 56 55 48 45 2 505 503 498 497 370 231 210 134 125 32 2 499 497 496 490 487 447 441 421 376 288 286 254 253 250 231 227 155 139 125 118 116 85 84 71 37 17 1 487 85 1 367 232 43 0 N= 0 535 N= IA1 - importancia do 6 5 6 2 10 11 12 22 23 25 30 32 33 37 40 42 43 52 63 64 69 70 71 72 77 81 84 86 88 92 93 96 97 105 106 110 111 112 165 169 185 186 187 193 196 199 207 210 214 219 226 242 243 244 251 255 286 290 308 312 317 320 331 339 359 361 366 367 369 373 385 392 394 402 404 411 413 417 419 421 423 429 443 446 453 455 456 460 461 464 468 469 470 472 474 478 479 480 483 484 485 518 519 526 527 530 534 4 5 4 3 13 5 531 520 517 514 509 505 504 503 502 501 500 499 496 495 494 493 492 491 489 465 462 449 447 441 438 433 424 422 415 387 386 380 340 334 288 280 250 246 241 230 227 180 170 157 155 154 153 150 148 147 146 145 144 143 142 141 139 138 137 135 134 131 130 129 128 127 126 125 123 122 121 120 119 117 116 99 80 76 68 66 61 60 46 29 21 20 17 3 2 513 512 510 498 497 490 488 487 403 338 321 300 294 254 253 215 149 118 108 85 56 2 1 511 79 1 0 N= 0 535 N= IA3 - importancia do 6 5 5 4 4 3 3 2 2 487 179 126 85 0 N= 535 IA4 - importancia da 6 1 535 IA2 - importancia do 1 0 535 IA5 - importancia do N= 535 IA6 - importancia da 150 6 6 5 5 4 4 3 3 11 5 535 525 522 515 514 509 507 501 498 493 491 477 471 463 461 459 458 456 454 448 446 445 433 425 422 420 417 416 410 405 404 396 393 389 387 362 360 350 347 343 330 324 290 289 285 283 279 276 271 269 267 266 264 263 255 242 237 236 224 223 214 204 202 194 183 175 173 172 171 163 161 159 156 154 146 143 139 128 122 119 116 114 111 109 108 105 94 92 78 77 75 74 65 57 35 34 4 8 13 15 19 22 25 26 27 31 36 40 41 44 52 53 55 58 60 62 69 81 83 91 93 96 98 106 110 112 118 124 129 130 133 136 147 150 153 157 160 177 186 187 190 192 206 215 219 229 234 235 244 251 253 254 258 261 272 278 284 288 298 315 318 321 329 332 335 336 339 340 345 346 349 351 355 359 361 363 365 368 369 374 376 377 379 380 381 382 386 388 391 395 398 402 408 411 412 415 423 428 432 437 443 447 449 452 455 462 464 465 466 468 473 476 482 490 494 499 500 506 516 523 527 528 531 534 2 50 9 522 513 494 450 320 243 242 224 137 99 91 59 2 10 9 489 486 481 413 406 310 291 230 226 174 137 134 101 89 73 1 487 394 85 1 487 352 228 115 85 0 0 N= 535 N= IA7 - importancia da 5,5 535 IA8 - importancia do 6 5,0 5 4,5 4 4,0 3,5 3 3,0 2 507 498 490 350 254 111 100 48 1 482 110 2,5 2,0 498 488 1,5 N= 0 535 N= IA9 - importancia da 6 6 5 5 4 4 3 3 2 2 1 516 500 498 495 492 488 487 453 443 440 428 420 388 369 359 358 353 348 301 269 259 244 243 241 239 219 213 205 167 162 151 145 114 108 106 92 85 76 69 63 58 52 38 22 12 0 N= 535 IA10 - importancia d 1 0 535 IC1 - roupa íntima N= 535 IC2 - praia 151 6 6 5 5 4 4 3 3 2 10 6 525 515 511 504 491 487 473 451 435 417 410 369 365 362 350 326 304 263 244 236 228 226 225 219 216 212 171 170 149 136 121 115 105 102 100 85 79 75 57 52 48 35 31 23 2 1 502 446 371 308 110 90 1 0 N= 0 535 N= IC3 - laz er 6 6 5 5 4 4 3 3 2 2 1 515 510 501 496 494 489 460 437 425 407 406 378 340 339 332 321 250 236 215 175 171 150 131 124 117 110 105 101 91 83 75 55 25 21 0 N= 1 0 535 N= IC5 - soc ial casual 6 5 5 4 4 3 3 2 2 1 1 0 535 IC6 - soc ial formal 6 N= 535 IC4 - trabalho 0 535 IC7 - dor mir N= 535 SD1 - Idade 152 6 6 5 5 4 4 3 3 2 2 1 1 468 434 408 403 83 49 23 18 0 N= 0 535 N= SD2 - es colaridade 6 5 4 3 2 1 0 N= 535 SD3 - renda familiar 535 SD4 - oc upação 153 6 5 4 3 2 1 0 N= 535 Constructo Central Constructo Antecedente 1 6 Constructo Antecedente 2 5,5 5,0 5 4,5 4 4,0 3 3,5 3,0 2 2,5 69 1 2,0 0 N= 513 1,5 535 Constructo Anteceden N= 535 Constructo Anteceden 154 Constructo Antecedente 3 Constructo Consequente 1 6 6 5 5 4 4 3 3 137 497 498 491 2 2 85 487 493 416 375 292 220 189 1 N= 1 535 N= Constructo Anteceden Constructo Consequente 2 6 535 Constructo Conseque Constructo Consequente 3 5,0 4,5 5 4,0 4 3,5 3 3,0 2 2,5 1 2,0 0 N= 1,5 535 Constructo Conseque N= 535 Constructo Conseque 155 APÊNDICE 5 – Histogramas (Regressão) dos Constructos 156 157 158 159 APÊNDICE 6 – Gráficos Partial Regression Plot dos Constructos Antecedentes 160 161 APÊNDICE 7 – Tabela Dados Válidos – Case Processing Summary Indicadores PF1 - acompanhar o homem nas compras PF2 - prazer em comprar com o homem PF3 - avaliar com o homem as compras IF1 - mulher responsável pelas compras IF2 - a mulher orienta o homem IF3 - mulher influencia estilo IF4 - mulher presenteia com roupas DM1 - homem gosta do incentivo DM2 - homem pede recomendação DM3 - homem aprova o gosto da mulher EM1 - gosta de comprar r masculinas EM2 - mulher decide os detalhes EM3 - mulher comprou roupa q hm recusou EM4 - importancia em fazer escolha certa DH1 - decisão de compra da mulher DH2 - definição do pagamento pela mulher DH3 - o hm considera opinião mulher DH4 - palavra final é do hm IA1 - importancia do conforto IA2 - importancia do bom corte IA3 - importancia do estilo IA4 - importancia da marca/griffe IA5 - importancia do custo/beneficio IA6 - importancia da moda IA7 - importancia da funcionalidade IA8 - importancia do preço IA9 - importancia da qualidade IA10 - importancia da durabilidade IC1 - roupa íntima IC2 - praia IC3 - lazer IC4 - trabalho IC5 - social casual IC6 - social formal IC7 - dormir SD1 – Idade SD2 – escolaridade SD3 - renda familiar SD4 – ocupação Constructo Central Constructo Antecedente 1 Constructo Antecedente 2 Constructo Antecedente 3 Constructo Consequente 1 Constructo Consequente 2 Constructo Consequente 3 Valid N Percent 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% 535 100,0% Cases Missing N Percent 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% N 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 535 Total Percent 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 162 APÊNDICE 8 – Tabela Valores Extremos – Extreme Values Indicadores PF1 - acompanhar o homem nas compras Case Number Highest Lowest PF2 - prazer em comprar com o homem Highest Lowest PF3 - avaliar com o homem as compras Highest Lowest IF1 - mulher responsável pelas compras Highest Lowest IF2 - a mulher orienta o homem Highest Lowest IF3 - mulher influencia estilo Highest Lowest IF4 - mulher presenteia com roupas Highest Lowest 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 5 6 7 9 529 519 515 512 511 1 3 4 5 6 519 508 506 504 500 2 4 5 7 9 522 519 515 512 510 3 12 13 15 17 529 523 522 516 515 1 2 3 4 5 519 508 506 505 504 1 2 7 8 21 533 532 525 524 522 1 3 4 6 8 502 495 Value 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 163 DM1 - homem gosta do incentivo Highest Lowest DM2 - homem pede recomendação Highest Lowest DM3 - homem aprova o gosto da mulher Highest Lowest EM1 - gosta de comrpar r masculinas Highest Lowest EM2 - mulher decide os detalhes Highest Lowest EM3 - mulher comprou roupa q hm recusou Highest Lowest EM4 - importancia em fazer escolha certa Highest Lowest 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 494 492 489 1 2 3 6 7 516 514 510 507 503 1 2 3 4 5 532 522 519 515 514 1 3 6 7 8 507 506 496 492 443 1 3 4 5 12 519 516 510 506 504 1 4 5 6 7 513 502 444 440 430 1 8 9 13 15 503 104 519 513 507 1 2 3 4 5 266 61 55 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 2 2 2(c) 5 5 5 5 5(a) 1 2 2 164 DH1 - decisao de compra da mulher Highest Lowest DH2 - definição do pagamento pela mulher Highest Lowest DH3 - o hm considera opiniao mlhr Highest Lowest DH4 - palavra final é do hm Highest Lowest IA1 - importancia do conforto Highest Lowest IA2 - importancia do bom corte Highest Lowest IA3 - importancia do estilo Highest Lowest 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 517 513 9 16 26 31 44 534 533 532 525 523 1 2 4 5 6 534 532 527 516 515 9 20 46 76 85 535 532 531 530 527 5 7 8 9 10 532 512 509 501 500 3 5 7 9 10 487 85 505 503 498 1 5 7 12 18 367 232 43 499 497 2 10 11 12 22 511 79 513 512 3 3(d) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 2 2 2(c) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 2 2(c) 5 5 5 5 5(a) 1 1 2 2 165 IA4 - importancia da marca/griffe Highest Lowest IA5 - importancia do custo/benefico Highest Lowest IA6 - importancia da moda Highest Lowest IA7 - importancia da funcionalidade Highest Lowest IA8 - importancia do preço Highest Lowest IA9 - importancia da qualidade Highest Lowest IA10 - importancia da durabilidade Highest Lowest 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 510 6 13 19 32 36 502 499 498 491 490 1 5 7 8 10 487 179 126 85 471 22 39 44 52 81 509 503 499 491 487 2 4 5 7 8 487 394 85 522 513 4 8 13 15 19 487 352 228 115 85 1 4 5 6 7 498 488 512 511 505 1 2 4 5 6 482 110 507 498 490 2(c) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 2(c) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 2 2(c) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1 5 5 5 5 5(a) 2 2 3 3 3(d) 5 5 5 5 5(a) 1 1 2 2 2(c) 166 IC1 - roupa íntima Highest Lowest IC2 - praia Highest Lowest IC3 - lazer Highest Lowest IC4 - trabalho Highest Lowest IC5 - social casual Highest Lowest IC6 - social formal Highest Lowest IC7 - dormir Highest Lowest SD1 - Idade Highest 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 4 5 18 19 23 516 500 498 495 492 81 82 110 128 130 528 525 516 514 511 19 32 39 40 42 502 446 371 308 110 5 7 9 21 22 532 526 506 503 502 2 5 8 13 31 515 510 501 496 494 10 11 15 26 28 535 527 524 523 522 26 128 215 321 324 534 528 525 524 516 18 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 167 Lowest SD2 - escolaridade Highest Lowest SD3 - renda familiar Highest Lowest SD4 - ocupação Highest Lowest Constructo Central Highest Lowest Constructo Antecedente 1 Highest Lowest Constructo Antecedente 2 Highest Lowest Constructo Antecedente 3 Highest 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 28 41 43 49 531 503 495 493 491 5 71 124 161 162 468 434 408 403 83 5 20 71 80 110 535 533 458 445 328 2 18 23 35 41 535 531 528 524 520 5 7 15 19 20 519 508 504 500 499 1 3 12 15 24 301 234 145 510 494 1 15 18 19 35 513 69 199 136 99 83 86 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5 5 5 5 5(a) 1 1 1 1 1(b) 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00(e) 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00(f) 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00(e) 1,00 1,00 1,00 1,33 1,33(g) 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00(e) 2,00 2,25 2,50 2,50 2,50 5,00 5,00 168 3 252 4 258 5 264 Lowest 1 493 2 416 3 375 4 292 5 220 Constructo Consequente 1 Highest 1 93 2 331 3 464 4 474 5 485 Lowest 1 487 2 85 3 498 4 491 5 497 Constructo Consequente 2 Highest 1 91 2 95 3 145 4 199 5 211 Lowest 1 532 2 512 3 509 4 500 5 497 Constructo Consequente 3 Highest 1 237 2 403 3 412 4 107 5 262 Lowest 1 487 2 85 3 498 4 108 5 491 a Only a partial list of cases with the value 5 are shown in the table of upper extremes. b Only a partial list of cases with the value 1 are shown in the table of lower extremes. c Only a partial list of cases with the value 2 are shown in the table of lower extremes. d Only a partial list of cases with the value 3 are shown in the table of lower extremes. e Only a partial list of cases with the value 5,00 are shown in the table of upper extremes. f Only a partial list of cases with the value 1,00 are shown in the table of lower extremes. g Only a partial list of cases with the value 1,33 are shown in the table of lower extremes. h Only a partial list of cases with the value 1,50 are shown in the table of lower extremes. i Only a partial list of cases with the value 4,80 are shown in the table of upper extremes. j Only a partial list of cases with the value 2,70 are shown in the table of lower extremes. k Only a partial list of cases with the value 4,29 are shown in the table of upper extremes. l Only a partial list of cases with the value 2,00 are shown in the table of lower extremes. 5,00 5,00 5,00(e) 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50(h) 4,90 4,90 4,80 4,80 4,80(i) 1,70 1,90 2,60 2,60 2,70(j) 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00(e) 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00(f) 4,57 4,43 4,43 4,29 4,29(k) 1,71 1,71 1,86 1,86 2,00(l) 169 APÊNDICE 9 – Tabela Testes de Normalidade – Tests of Normality Indicadores PF1 - acompanhar o homem nas compras PF2 - prazer em comprar com o homem PF3 - avaliar com o homem as compras IF1 - mulher responsável pelas compras IF2 - a mulher orienta o homem IF3 - mulher influencia estilo IF4 - mulher presenteia com roupas DM1 - homem gosta do incentivo DM2 - homem pede recomendação DM3 - homem aprova o gosto da mulher EM1 - gosta de comprar r masculinas EM2 - mulher decide os detalhes EM3 - mulher comprou roupa q hm recusou EM4 - importancia em fazer escolha certa DH1 - decisão de compra da mulher DH2 - definição do pagamento pela mulher DH3 - o hm considera opinião mulher DH4 - palavra final é do hm IA1 - importancia do conforto IA2 - importancia do bom corte IA3 - importancia do estilo IA4 - importancia da marca/griffe IA5 - importancia do custo/benefico IA6 - importancia da moda IA7 - importancia da funcionalidade IA8 - importancia do preço IA9 - importancia da qualidade IA10 - importancia da durabilidade IC1 - roupa íntima IC2 - praia IC3 - lazer IC4 - trabalho IC5 - social casual IC6 - social formal IC7 - dormir SD1 - Idade SD2 - escolaridade SD3 - renda familiar SD4 - ocupação Constructo Central Constructo Antecedente 1 Constructo Antecedente 2 Constructo Antecedente 3 Constructo Consequente 1 Constructo Consequente 2 Constructo Consequente 3 a Lilliefors Significance Correction Kolmogorov-Smirnov(a) Statistic df Sig. ,311 535 ,000 ,303 535 ,000 ,389 535 ,000 ,262 535 ,000 ,283 535 ,000 ,342 535 ,000 ,206 535 ,000 ,312 535 ,000 ,235 535 ,000 ,326 535 ,000 ,290 535 ,000 ,363 535 ,000 ,280 535 ,000 ,428 535 ,000 ,258 535 ,000 ,313 535 ,000 ,369 535 ,000 ,232 535 ,000 ,277 535 ,000 ,358 535 ,000 ,324 535 ,000 ,208 535 ,000 ,284 535 ,000 ,200 535 ,000 ,288 535 ,000 ,293 535 ,000 ,351 535 ,000 ,316 535 ,000 ,346 535 ,000 ,186 535 ,000 ,300 535 ,000 ,217 535 ,000 ,283 535 ,000 ,218 535 ,000 ,294 535 ,000 ,208 535 ,000 ,321 535 ,000 ,215 535 ,000 ,222 535 ,000 ,177 535 ,000 ,139 535 ,000 ,165 535 ,000 ,084 535 ,000 ,081 535 ,000 ,075 535 ,000 ,070 535 ,000 Shapiro-Wilk Statistic df Sig. ,754 535 ,000 ,743 535 ,000 ,651 535 ,000 ,789 535 ,000 ,737 535 ,000 ,703 535 ,000 ,860 535 ,000 ,766 535 ,000 ,794 535 ,000 ,768 535 ,000 ,771 535 ,000 ,702 535 ,000 ,802 535 ,000 ,614 535 ,000 ,796 535 ,000 ,758 535 ,000 ,676 535 ,000 ,801 535 ,000 ,830 535 ,000 ,772 535 ,000 ,809 535 ,000 ,881 535 ,000 ,835 535 ,000 ,901 535 ,000 ,793 535 ,000 ,827 535 ,000 ,728 535 ,000 ,759 535 ,000 ,797 535 ,000 ,878 535 ,000 ,819 535 ,000 ,848 535 ,000 ,869 535 ,000 ,833 535 ,000 ,797 535 ,000 ,902 535 ,000 ,803 535 ,000 ,878 535 ,000 ,891 535 ,000 ,837 535 ,000 ,931 535 ,000 ,901 535 ,000 ,972 535 ,000 ,976 535 ,000 ,969 535 ,000 ,988 535 ,000 N Sig. (2-tailed) Correlation Coefficient N Sig. (2-tailed) Correlation Coefficient N Sig. (2-tailed) Correlation Coefficient N Sig. (2-tailed) Correlation Coefficient N Sig. (2-tailed) Correlation Coefficient N Sig. (2-tailed) Correlation Coefficient N Sig. (2-tailed) . 1 PF 0 535 535 ,176(**) 535 0 -,147(**) 535 0 ,297(**) 535 0 ,258(**) 535 0 ,432(**) 535 . 1 535 0 ,327(**) DM 0,001 ,110(**) 535 0,001 -,102(**) 535 0 ,131(**) 535 0 ,164(**) 535 0 ,298(**) 535 0 ,327(**) 535 ** Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed) Importância das Categorias Decisão do Homem Importância dos Atributos Influência Feminina Envolvimento da Mulher Dependência Masculina Participação da Mulher Correlation Coefficient Constructos Pesquisados 535 0 ,174(**) 535 0 -,116(**) 535 0 ,391(**) 535 0 ,233(**) 535 . 1 535 0 ,432(**) 535 0 ,298(**) EM Correlação Kendall's tau_b 535 0,003 ,124(**) 535 0 -,467(**) 535 0 ,137(**) 535 . 1 535 0 ,233(**) 535 0 ,258(**) 535 0 ,164(**) IF 535 0 ,260(**) 535 0,113 ,049 535 . 1 535 0 ,137(**) 535 0 ,391(**) 535 0 ,297(**) 535 0 ,131(**) IA 535 0,085 -,031 535 . 1 535 0,113 ,049 535 0 -,467(**) 535 0 -,116(**) 535 0 -,147(**) 535 0,001 -,102(**) DH 535 . 1 535 0,085 -,031 535 0 ,260(**) 535 0,003 ,124(**) 535 0 ,174(**) 535 0 ,176(**) 535 0,001 ,110(**) IC 170 APÊNDICE 10 – Tabela e Modelo Estrutural Correlação Kendall’s taub_b 171 N Sig. (2-tailed) Correlation Coefficient N Sig. (2-tailed) Correlation Coefficient N Sig. (2-tailed) Correlation Coefficient N Sig. (2-tailed) Correlation Coefficient N Sig. (2-tailed) Correlation Coefficient N Sig. (2-tailed) Correlation Coefficient N Sig. (2-tailed) Correlation Coefficient ** Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed) Importância das Categorias Decisão do Homem Importância dos Atributos Influência Feminina Envolvimento da Mulher Dependência Masculina Participação da Mulher Constructos Pesquisados 535 0,001 ,149(**) 535 0,003 -,129(**) 535 0 ,182(**) 535 0 ,217(**) 535 0 ,394(**) 535 0 ,431(**) 535 . 1 PF 535 0 ,236(**) 535 0 -,195(**) 535 0 ,403(**) 535 0 ,345(**) 535 0 ,564(**) 535 . 1 535 0 ,431(**) DM 535 0 ,236(**) 535 0 -,156(**) 535 0 ,525(**) 535 0 ,310(**) 535 . 1 535 0 ,564(**) 535 0 ,394(**) EM Correlação Spearman's rho 535 0,003 ,173(**) 535 0 -,609(**) 535 0 ,191(**) 535 . 1 535 0 ,310(**) 535 0 ,345(**) 535 0 ,217(**) IF 535 0 ,360(**) 535 0,122 ,067 535 . 1 535 0 ,191(**) 535 0 ,525(**) 535 0 ,403(**) 535 0 ,182(**) IA 535 0,094 -,044 535 . 1 535 0,122 ,067 535 0 -,609(**) 535 0 -,156(**) 535 0 -,195(**) 535 0,003 -,129(**) DH 535 . 1 535 0,094 -,044 535 0 ,360(**) 535 0,003 ,173(**) 535 0 ,236(**) 535 0 ,236(**) 535 0,001 ,149(**) IC 172 APÊNDICE 11 – Tabela e Modelo Estrutural Correlação Spearman’s rho 173 0,257 0,193 0,023 1 0,25 -0,04 -0,01 0,254 0,343 0,175 0,178 0,292 0,092 0,159 1 0,227 0,229 0,309 0,154 0,206 0,076 -0 0,217 0,335 0,153 0,207 0,35 0,227 0,539 0,18 0,111 0,211 0,133 0,17 0,101 0,304 0,097 0,018 0,142 0,117 -0,08 0,079 0,242 0,107 0,077 0,231 0,055 -0,01 -0,17 0,092 0,006 0,166 -0,37 -0,27 -0,12 0,145 0,142 0,06 0,033 0,096 0,116 0,163 0,145 -0,1 0,099 0,091 0,178 0,064 0,18 0,014 0,078 0,042 -0,02 0,115 0,267 0,146 0,067 0,124 0,059 -0,05 -0,03 0,119 0,224 0,152 0,034 0,137 0,055 -0,04 -0,08 IF1 IF2 IF3 IF4 DM1 DM2 DM3 EM1 EM2 EM3 EM4 DH1 DH2 DH3 DH4 IA1 IA2 IA3 IA4 IA5 IA6 IA7 IA8 EM2 EM3 EM4 DH1 -0,34 -0,23 -0,34 -0,04 -0,1 -0,01 0,062 -0,07 -0,04 0,147 0,209 -0,01 0,016 -0,3 -0,19 -0,16 1 -0,01 0,192 1 1 0,16 -0,12 -0,25 -0,19 -0,38 0,101 -0,01 -0,17 -0,16 -0,41 -0,05 -0,18 -0,02 -0,02 1 -0,01 -0,13 -0,05 -0,23 0,255 0,145 1 0,085 0,101 -0 -0 0,142 0,059 0,062 0,122 0,085 -0,13 0,144 0,019 0,131 0,017 0,113 -0,07 -0,04 IC4 IC5 IC6 IC7 -0,07 -0,02 0,15 0,099 0,044 0,109 0,02 -0,01 -0,15 -0,19 -0,14 -0,01 0,173 -0,05 0,064 -0,07 -0,01 -0,08 -0 -0,05 0,049 -0,12 0,032 0,047 0,051 0,043 -0,01 0,02 0,049 0,181 0,166 0,069 0,057 0,098 -0,08 0,135 0,057 0,055 -0,07 0,023 0,066 0,107 0,092 0,075 0,133 0,051 0,08 -0,05 0,124 0,091 0,106 -0 0,061 0,037 0,111 0,174 0,141 0,039 0,128 -0,18 0,149 0,092 0,132 0,15 0,037 0,061 0,073 0,063 -0,02 0,084 0,035 -0,03 0,067 0,038 0,01 0,037 0,178 0,048 0,039 -0,02 0,052 -0,04 -0,06 0,038 0,02 IC3 0,025 -0,09 0,085 -0,13 0,097 0,152 0,094 0,1 0,083 0,109 0,066 0,021 0,156 0,105 -0,01 0,076 0,11 IC2 -0,1 0,084 -0,08 -0,01 0,003 0,126 -0,17 0,058 -0,07 0,266 0,516 -0,08 0,07 IC1 0,086 0,121 0,268 0,022 0,044 0,295 0,215 0,347 0,287 0,4 0,04 0,062 0,191 0,038 0,115 0,221 0,009 0,073 0,246 0,103 0,266 0,255 0,265 0,193 0,428 -0,1 0,01 0,117 0,24 0,061 0,04 IA9 0,12 0,141 -0,1 0,027 0,111 0,028 0,069 -0,03 0,331 0,211 0,47 0,046 0,111 0,083 0,15 0,219 0,215 0,238 0,2 0,058 0,01 IA4 IA5 IA6 IA8 -0,04 0,038 -0,02 0,219 0,04 0,01 0,331 0,04 1 0,09 -0,11 -0 IC7 0,062 0,131 -0,04 0,059 0,019 0,052 0,142 0,144 -0,04 IC6 -0,02 -0,13 0,037 -0,05 0,025 0,039 0,01 0,035 0,066 0,099 0,023 -0,03 -0,07 0,048 0,038 0,085 0,113 0,084 0,178 0,067 0,122 0,017 -0,02 -0,11 -0,03 -0,17 0,445 0,12 -0,1 -0,1 -0,13 -0,08 -0,12 -0,1 -0,14 0,084 0,049 -0,05 -0,08 -0,03 -0,19 -0 -0 -0,05 -0,15 -0,08 -0,18 -0 -0,01 -0,01 -0,07 0,32 0,18 0,043 -0,05 -0,01 0,034 0,079 -0,03 -0,07 0,101 0,178 0,077 0,078 0,138 0,047 0,037 0,164 0,297 0,057 1 0,11 0,119 0,121 0,135 0,14 0,129 -0,04 0,096 0,077 0,057 0,087 0,124 0,02 0,135 -0,02 0,035 -0,01 -0,05 1 0,041 0,032 0,103 0,212 0,074 0,169 -0,01 0,079 0,222 0,178 0,297 0,203 0,189 0,174 0,186 0,089 0,198 0,126 -0,05 0,034 0,132 0,101 0,164 0,042 0,152 0,114 0,102 0,052 0,12 -0,05 0,037 -0,02 0,037 0,057 0,148 0,083 0,103 0,058 0,107 0,067 -0,07 0,097 0,057 0,047 0,127 0,091 0,01 -0,02 0,198 0,103 -0,05 0,074 1 0,14 -0,01 0,036 -0,02 -0,01 -0,03 1 -0,03 0,444 -0,02 0,191 0,036 -0,02 0,035 0,135 0,169 0,191 0,444 1 0,14 1 -0,05 -0,05 -0,04 0,067 0,129 0,126 0,212 0,203 0,037 -0,07 0,154 0,063 0,14 0,148 0,089 0,135 0,107 0,12 0,006 0,148 0,154 1 1 0,6 0,025 0,073 0,032 0,089 0,063 0,203 1 0,08 0,079 0,321 0,053 0,332 0,094 0,6 0,165 0,111 0,138 0,074 0,12 0,073 0,119 0,103 0,102 0,186 0,041 0,083 0,114 0,174 0,02 0,091 0,148 0,152 0,189 0,124 0,025 0,01 0,148 0,094 0,006 0,032 0,121 0,058 0,052 0,089 0,032 0,388 0,332 0,08 0,041 0,144 0,053 -0,02 0,178 0,426 0,144 0,388 0,148 1 0,027 0,175 0,041 0,11 1 0,13 0,072 0,393 0,175 0,426 0,321 0,052 0,12 0,121 0,078 0,078 0,011 0,052 -0,02 0,348 0,211 0,18 0,02 0,064 0,173 -0,01 -0,08 0,051 0,091 0,039 0,057 0,057 0,051 0,047 0,123 0,424 0,093 0,027 0,178 0,079 0,011 0,074 0,127 0,057 0,042 0,203 0,087 0,249 0,255 0,424 0,072 1 0,047 0,497 0,323 0,32 0,166 0,075 0,02 0,392 0,173 0,497 0,348 0,121 0,165 0,097 0,154 0,132 0,222 0,096 0,287 0,266 0,255 0,222 0,05 0,243 0,287 1 0,154 0,07 0,174 -0,02 0,265 0,105 0,124 0,141 0,135 0,069 0,133 0,032 0,266 0,193 -0,01 0,4 0,287 0,255 0,156 0,15 0,347 0,266 0,021 0,132 0,111 0,063 0,181 0,092 0,109 0,474 0,243 0,253 0,249 0,221 0,046 0,323 0,211 0,078 0,111 0,057 0,07 0,393 0,408 0,08 0,036 0,173 0,046 0,05 -0,03 -0,06 IC5 0,295 0,246 0,109 0,149 0,061 0,061 0,15 0,032 0,065 0,033 0,083 0,064 0,094 0,036 0,047 -0,02 -0,11 0,094 0,392 0,221 0,222 0,093 0,393 0,13 0,064 0,12 -0 IC4 0,058 0,516 0,428 0,085 0,106 0,128 0,055 0,098 0,08 0,016 0,023 0,085 0,065 0,028 0,003 -0,07 0,395 0,111 0,47 0,239 0,168 0,097 0,033 0,249 0,027 0,211 0,07 0,083 0,445 0,253 0,266 0,123 1 -0,05 IC3 0,152 0,02 0,024 0,044 0,073 0,083 -0,09 0,276 0,111 0,238 0,04 0,343 0,311 0,269 0,272 0,288 0,15 0,033 0,08 -0,03 0,191 0,11 0,055 0,038 0,022 0,009 -0,12 0,058 -0,04 0,059 0 0,079 -0,05 -0,07 0,213 0,146 0,158 0,072 0,221 0,083 0,2 0,065 0,408 0,474 1 -0,1 0,24 0,062 0,124 0,071 0,137 0,085 0,268 0,221 0,129 0,12 0,292 0,193 0,175 0,13 0,032 0,393 1 -0,02 IC2 0,149 0,189 0,234 0,089 0,139 0,046 0,215 0,061 0,215 0,103 0,066 0,092 0,037 0,073 0,049 0,107 0,044 0,296 -0,1 0,09 IC1 0,067 0,039 0,034 0,088 0,121 0,115 0,213 0,1 0,255 0,098 0,133 0,058 0,257 0,01 -0,04 -0,1 0,209 0,145 0,18 0,147 0,163 0,064 -0,02 -0,01 IA10 0,117 0,062 0,076 0,097 0,038 -0 IA9 0,116 0,178 0,042 0,146 0,024 0,152 0,008 0,086 0,038 0,061 0,094 0,037 -0,07 0,142 0,096 0,091 0,078 0,267 0,008 0,224 -0,04 0,119 -0,08 IA7 0,145 0,274 0,141 0,123 0,073 0,101 0,166 0,069 0,126 -0,01 0,257 0,139 0,276 0,221 0,288 0,249 0,395 0,065 0,166 -0,11 0,072 0,272 0,033 0,12 IA3 0,073 0,466 0,289 0,224 0,12 -0,05 -0,01 -0,16 -0,19 -0,12 -0,06 -0,21 -0,04 -0,23 -0,3 IA2 0,145 0,033 0,099 0,014 0,115 -0,03 0,016 0,06 -0,12 IA1 0,412 0,255 0,256 -0,05 0,085 -0,11 0,084 -0,23 0,133 0,234 0,175 0,158 0,269 0,097 0,224 0,023 0,073 -0,11 0,079 0,058 0,089 0,13 -0,02 0,008 0,088 0,085 0,038 0,024 0,04 0,061 0,213 0,129 -0,12 -0,41 -0,38 0,038 -0,13 -0,05 -0,01 DH4 -0,12 0,073 0,256 0,274 0,296 1 -0,11 -0,26 -0,06 -0,1 -0,34 -0,34 0,101 -0,25 -0 -0,24 0,038 0,084 0,085 0,412 1 -0,15 -0,02 0,388 -0,02 0,419 -0,15 0,222 0,332 0,266 -0,18 0,255 0,149 0,292 0,213 0,343 0,239 0,466 -0,05 -0,06 -0,26 -0 -0,24 0,449 0,226 0,461 0,459 -0,17 0,397 0,124 0,459 0,266 0,419 0,388 1 -0,07 -0,16 -0,37 0,038 0,098 0,189 0,193 0,146 0,311 0,168 0,289 0,016 0,123 -0,11 -0,04 -0,21 -0,06 -0,01 0,199 0,157 0,216 0,109 0,124 -0,07 0,415 0,109 0,461 0,332 0,16 -0,1 0,006 -0,37 0,117 0,055 0,003 -0,01 0,127 0,116 0,044 -0,08 -0,03 0,044 0,225 0,216 0,226 0,222 1 -0,24 0,018 0,077 -0,53 0,192 0,567 0,389 0,225 0,415 0,397 -0,1 0,159 -0 DH3 0,092 -0,27 DH2 0,133 0,097 0,107 0,006 0,166 -0,19 0,309 0,358 0,142 0,231 -0,34 0,092 0,076 0,109 -0,01 0,116 0,389 0,157 0,449 1 0,003 -0,24 0,358 -0,03 0,261 0,309 -0,01 -0,34 0,175 0,309 0,153 0,18 IA10 -0,04 EM1 0,181 0,178 0,154 0,207 0,261 0,17 -0,09 0,109 0,127 0,567 0,199 1 0,008 0,024 0,039 0,071 0 -0,12 -0,37 DM3 0,046 0,156 0,292 0,206 0,35 0,046 1 1 -0,05 0,181 0,156 -0,01 -0,05 0,006 -0,53 0,056 -0,09 0,034 -0,01 0,3 0,023 0,215 -0,01 0,293 0,215 0,3 -0,04 DM2 0,254 0,227 0,217 0,227 0,111 0,101 0,079 -0,17 DM1 0,553 0,397 1 -0,01 IF4 0,397 0,193 0,293 0,034 0,056 0,343 0,229 0,335 0,539 0,211 0,304 0,242 -0,04 -0,04 IF3 PF3 IF2 0,473 0,553 0,257 0,25 IF1 0,473 1 PF3 1 PF2 PF2 PF1 PF1 Matrix de Correlação 174 APÊNDICE 12 – Tabela Matriz Correlação Variáveis Manifestas 175 APÊNDICE 13 -Tabela Variância Total Explicada Modelo Analisado (35 Indicadores) Component Raw 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 Initial Eigenvalues(a) % of Cumulativ Total Variance e% 9,109 16,715 16,715 5,819 10,678 27,394 3,695 6,780 34,174 3,550 6,515 40,689 2,791 5,122 45,811 2,413 4,428 50,239 2,209 4,054 54,292 2,008 3,685 57,977 1,808 3,317 61,294 1,711 3,139 64,434 1,621 2,975 67,408 1,555 2,853 70,261 1,386 2,543 72,804 1,318 2,419 75,224 1,185 2,175 77,399 1,180 2,165 79,564 1,089 1,999 81,563 1,027 1,885 83,448 ,947 1,737 85,185 ,880 1,615 86,800 ,853 1,566 88,366 ,730 1,340 89,705 ,709 1,301 91,006 ,657 1,205 92,211 ,635 1,166 93,377 ,559 1,025 94,402 ,498 ,914 95,316 ,488 ,896 96,212 ,444 ,815 97,027 ,427 ,783 97,810 ,334 ,612 98,422 ,255 ,468 98,890 ,246 ,452 99,342 ,183 ,337 99,678 ,175 ,322 100,000 Extraction Method: Principal Component Analysis Extraction Sums of Squared Loadings % of Cumulativ Total Variance e% 9,109 16,715 16,715 5,819 10,678 27,394 3,695 6,780 34,174 3,550 6,515 40,689 2,791 5,122 45,811 2,413 4,428 50,239 2,209 4,054 54,292 2,008 3,685 57,977 1,808 3,317 61,294 1,711 3,139 64,434 1,621 2,975 67,408 Rotation Sums of Squared Loadings % of Cumulativ Total Variance e% 5,275 9,679 9,679 2,676 4,911 14,590 4,714 8,651 23,241 4,494 8,248 31,488 2,751 5,048 36,536 3,258 5,980 42,516 1,903 3,491 46,007 3,137 5,756 51,764 2,373 4,355 56,118 2,865 5,257 61,376 3,287 6,033 67,408 176 APÊNDICE 14 -Tabela Variância Total Explicada Modelo Analisado sem IF3, IC3 e IC7 (32 Indicadores) Component Initial Eigenvalues Total % of Variance Cumulative % Extraction Sums of Squared Loadings % of Varianc Cumula Total e tive % Rotation Sums of Squared Loadings Total % of Variance Cumulative % 1 6,113 19,103 19,103 6,113 19,103 19,103 3,792 11,849 11,849 2 2,955 9,234 28,338 2,955 9,234 28,338 2,766 8,645 20,494 3 1,998 6,243 34,581 1,998 6,243 34,581 2,766 8,644 29,138 4 1,766 5,517 40,098 1,766 5,517 40,098 2,298 7,181 36,319 5 1,408 4,400 44,498 1,408 4,400 44,498 2,052 6,412 42,731 6 1,362 4,256 48,755 1,362 4,256 48,755 1,597 4,991 47,722 7 1,157 3,615 52,370 1,157 3,615 52,370 1,344 4,199 51,921 8 1,077 3,366 55,736 1,077 3,366 55,736 1,221 3,815 55,736 9 ,979 3,060 58,796 10 ,920 2,877 61,673 11 ,899 2,809 64,482 12 ,857 2,677 67,159 13 ,832 2,601 69,760 14 ,771 2,408 72,168 15 ,738 2,307 74,475 16 ,694 2,168 76,643 17 ,674 2,106 78,749 18 ,657 2,054 80,803 19 ,620 1,938 82,742 20 ,598 1,870 84,611 21 ,558 1,745 86,356 22 ,541 1,689 88,046 23 ,508 1,586 89,632 24 ,462 1,443 91,075 25 ,432 1,350 92,425 26 ,415 1,297 93,722 27 ,411 1,284 95,006 28 ,359 1,123 96,129 29 ,352 1,098 97,228 30 ,313 ,978 98,205 31 ,300 ,937 99,142 32 ,274 ,858 100,000 Extraction Method: Principal Component Analysis. 177 APÊNDICE 15 -Tabela Variância Total Explicada, Matriz de Componentes e Comunalidades do Constructo Importância dos Atributos sem IA6 e IA7 Total Variance Explained 3,190 39,872 39,872 3,190 39,872 39,872 Rotation Sums of Squared Loadings % of Cumulativ Total Variance e% 30,516 2,441 30,516 2 1,104 13,799 53,671 1,104 13,799 53,671 1,852 3 ,952 11,901 65,573 4 ,757 9,457 75,030 5 ,602 7,523 82,553 6 ,528 6,606 89,158 7 ,503 6,287 95,445 8 ,364 4,555 100,000 Compon ent 1 Initial Eigenvalues % of Cumulativ Total Variance e% Extraction Sums of Squared Loadings % of Cumulativ Total Variance e% Extraction Method: Principal Component Analysis. Component Matrix(a) Component 1 2 IA9 - importancia da qualidade ,779 IA1 - importancia do conforto ,761 IA5 - importancia do custo/benefico ,671 ,183 IA10 - importancia da durabilidade ,643 ,335 IA7 - importancia da funcionalidade IA3 - importancia do estilo IA2 - importancia do bom corte ,624 ,586 ,586 ,214 -,584 -,571 IA8 - importancia do preço ,251 ,451 ,191 Extraction Method: Principal Component Analysis. a 2 components extracted. Communalities Initial Extraction IA1 - importancia do conforto 1,000 ,585 IA2 - importancia do bom corte IA3 - importancia do estilo IA5 - importancia do custo/benefico 1,000 1,000 1,000 ,669 ,684 ,484 IA7 - importancia da funcionalidade 1,000 ,435 IA8 - importancia do preço 1,000 ,266 IA9 - importancia da qualidade 1,000 ,644 IA10 - importancia da durabilidade 1,000 ,526 Extraction Method: Principal Component Analysis. 23,155 53,671 178 APÊNDICE 16 - Matriz de Componentes Rotacionados (35 Indicadores) Rotated Component Matrix Rescaled Component Indicadores 1 2 3 4 5 6 7 DM1 0,751 0,138 -0,154 DM3 0,745 -0,130 EM1 0,661 0,185 0,158 -0,111 EM4 0,613 0,196 EM3 0,611 IA9 0,521 0,300 0,135 0,100 IA5 0,461 0,177 0,161 0,152 IA10 0,452 0,167 0,127 0,159 IA1 0,448 0,221 0,182 0,140 0,171 0,170 IA7 0,422 0,206 0,113 DH3 -0,363 -0,219 -0,278 0,108 -0,129 IA4 0,802 IA6 0,722 EM2 0,363 0,447 0,208 IA3 0,194 0,423 0,221 0,146 IA2 0,237 0,422 0,128 0,110 0,113 PF1 0,127 0,848 0,205 0,112 0,105 PF3 0,844 PF2 0,512 0,569 0,100 IF1 0,106 0,853 -0,131 DH1 -0,736 0,374 0,124 IC3 0,126 0,133 0,300 IA8 -0,108 0,122 IC6 0,267 0,887 IC5 0,182 0,701 DH2 0,137 0,168 -0,276 0,852 -0,148 IF4 0,187 -0,481 -0,285 IF2 0,334 0,191 0,253 0,251 -0,343 0,117 IC2 0,124 0,176 0,708 IC7 0,126 -0,148 -0,125 0,631 IC1 0,297 -0,137 0,393 DH4 -0,154 0,172 IC4 0,111 0,122 DM2 0,171 0,184 IF3 Extraction Method: Principal Component Analysis. Rotation Method: Varimax with Kaiser Normalization. a Rotation converged in 9 iterations. 8 9 10 11 -0,216 -0,188 -0,191 0,137 0,115 0,109 0,145 0,151 0,332 0,119 0,134 0,138 0,156 -0,144 0,128 0,142 0,191 0,142 -0,107 0,213 -0,129 -0,109 -0,184 -0,102 -0,109 -0,203 -0,126 0,117 -0,120 0,145 -0,202 0,936 0,954 0,940 0,980 179 APÊNDICE 17 - Matriz de Componentes Rotacionados sem IF3, IC3 e IC7 (32 Indicadores) Rotated Component Matrix(a) Indicadores 1 IA9 0,777 IA10 0,696 EM4 0,696 IA1 0,669 IA7 0,603 IA5 0,574 -0,142 EM2 0,542 0,170 DH1 2 Rescaled Component 3 4 5 0,152 0,113 7 8 0,138 0,131 -0,145 0,376 0,128 0,133 0,170 0,207 0,104 0,185 -0,765 0,153 0,140 0,257 0,148 0,140 0,207 0,327 0,116 IF1 0,102 0,721 0,134 DH2 0,137 -0,666 0,221 DH4 0,197 -0,538 IF4 6 0,119 -0,215 0,499 0,174 0,130 -0,193 -0,339 0,127 -0,115 0,172 0,296 0,122 IF2 0,251 0,476 0,214 DM3 0,254 0,175 0,742 EM3 0,212 -0,119 0,717 DM1 0,287 0,109 0,653 0,119 EM1 0,183 0,223 0,604 0,189 0,211 -0,127 DH3 -0,374 -0,468 -0,295 -0,202 -0,305 PF3 -0,105 PF1 0,124 DM2 0,147 PF2 0,164 0,129 0,177 0,814 0,138 0,100 0,769 0,539 0,491 0,193 0,203 -0,146 -0,102 0,339 0,538 0,141 IA4 0,766 IA6 0,719 0,117 0,545 0,174 IA3 0,314 IA2 0,368 0,162 IC6 -0,132 0,531 IC5 0,131 0,131 0,180 IC1 0,233 0,234 IC4 0,164 0,125 IA8 0,149 0,202 0,181 0,148 0,196 0,695 0,196 0,624 -0,147 -0,431 0,272 0,825 0,114 IC2 -0,175 Extraction Method: Principal Component Analysis. Rotation Method: Varimax with Kaiser Normalization. a Rotation converged in 7 iterations. 0,250 0,751 0,127 0,303 0,619 180 APÊNDICE 18 -Tabela Comparativo Comunalidade x Média x Desvio Padrão Estatística Descritiva Comunalidades Média / Desvio Padrão Tipo de Agrupamento Tipo de Agrupamento Por Constructos Ind. PF1 Inicial 1 Extração 0,818 PF2 1 0,640 PF3 1 0,792 IF1 1 0,824 IF2 1 0,443 IF3 1 0,986 IF4 1 0,410 DM1 1 0,620 DM2 1 0,972 DM3 1 0,649 EM1 1 0,596 EM2 1 0,435 EM3 – EM4 1 0,395 1 0,445 1 0,719 1 0,891 1 0,446 1 0,943 1 0,406 1 0,315 imp IA3 imp IA4 - 1 0,339 1 0,663 imp IA5 imp IA6 - 1 0,339 1 0,542 impIA7 imp IA8 - 1 0,305 1 0,072 imp IA9 imp IA10 1 0,429 1 0,285 -IC1 – IC2 - 1 0,334 1 0,576 imp IC3 imp IC4 - 1 0,142 1 0,946 imp IC5 imp IC6 - 1 0,548 1 0,883 – DH1 – ter DH2 – DH3 – DH4 – IA1 imp IA2 - Por Constructos Por valor da Extração Ind. IF3 – gost DM2 - Inicial 1 pedir IC4 impo DH4 1 0,946 1 0,943 1 0,891 1 0,883 impo IF1 – ser PF1 - 1 0,824 1 0,818 aco PF3 avali DH1 1 0,792 1 0,719 1 0,663 1 0,649 aproPF2 praz DM1 - 1 0,640 1 0,620 gost EM1 gost IC2 - 1 0,596 1 0,576 impo IC5 impo IA6 - 1 0,548 1 0,542 impoIC7 impo DH3 1 0,489 1 0,446 1 0,445 1 0,443 orien EM2anali IA9 - 1 0,435 1 0,429 impo IF4 – prefe IA1 - 1 0,410 1 0,406 impo EM3 – IA3 - 1 0,395 1 0,339 impo IA5 impo IC1 1 0,339 1 0,334 1 0,315 1 0,305 1 0,285 1 0,142 – DH2 – IC6 - – terIA4 impo DM3 - – EM4 – ser IF2 - – IA2 impo IA7 impo IA10 impo IC3 - 1 Extração Ind. 0,986 PF1 aco 0,972 PF2 - imp impo IC7 1 0,489 IA8 1 0,072 imp impo Método de Extração: Análise de Componentes Principais. Média 3,67 Desvio Padrão 1,586 3,94 1,389 praz PF3 avali IF1 – 3,96 1,572 2,82 1,695 ser IF2 orien IF3 – 3,98 1,341 3,46 1,8 gost– IF4 prefe DM1 - 3,70 1,212 3,94 1,332 gost DM2 pedir DM3 - 3,04 1,699 3,99 1,262 apro EM1 gost EM2- 3,93 1,325 4,28 1,072 anali EM3 – EM4 4,18 0,886 4,63 0,649 2,53 1,571 3,51 1,659 1,79 1,228 3,10 1,67 3,99 0,748 3,91 0,731 impo IA3 impo IA4 - 3,94 0,741 3,03 1,187 impo IA5 impo IA6 - 3,89 0,763 3,17 1,155 impo IA7 impo IA8 - 4,22 0,879 3,96 0,796 impo IA9 impo IA10 - 4,44 0,721 4,35 0,792 impo IC1 – impo IC2 - 3,67 1,136 2,38 1,182 impoIC3 impo IC4 - 3,97 0,924 3,00 1,51 impo IC5 impo IC6 - 3,51 1,151 2,52 1,482 impo IC7 impo 2,07 1,203 – ser DH1 – ter DH2 – DH3 – DH4 – IA1 impo IA2 - Por Valores Médias Ind. EM4 – ser IA9 - Média 4,63 Desvio Padrão 0,649 4,44 0,721 impo IA10 impo EM2- 4,35 0,792 4,28 1,072 anali IA7 impo EM3 4,22 0,879 4,18 0,886 3,99 1,262 3,99 0,748 impo IF2 orien IC3 - 3,98 1,341 3,97 0,924 impo PF3 avali IA8 - 3,96 1,572 3,96 0,796 impoPF2 praz DM1 - 3,94 1,389 3,94 1,332 gost IA3 impo EM1 - 3,94 0,741 3,93 1,325 gost IA2 impo IA5 - 3,91 0,731 3,89 0,763 impo IF4 – prefe PF1 - 3,70 1,212 3,67 1,586 aco IC1 – DH2 3,67 1,136 3,51 1,659 3,51 1,151 3,46 1,800 3,17 1,155 3,10 1,670 3,04 1,699 3,03 1,187 impo IC4 impo IF1 – 3,00 1,510 2,82 1,695 ser DH1 – terIC6 2,53 1,571 2,52 1,482 impo IC2 impo IC7 - 2,38 1,182 2,07 1,203 impo DH3 – 1,79 1,228 – DM3 apro IA1 - – IC5 impo IF3 – gostIA6 impo DH4 – DM2 pedir IA4 - Por Desvios Padrão Ind. IF3 – DM2 Média 3,46 Desvio Padrão 1,800 3,04 1,699 -IF1 – DH4 2,82 1,695 3,10 1,670 3,51 1,659 3,67 1,586 3,96 1,572 2,53 1,571 3,00 1,510 2,52 1,482 imp PF2 praz IF2 - 3,94 1,389 3,98 1,341 orie DM1 -EM1 3,94 1,332 3,93 1,325 -DM3 -DH3 3,99 1,262 1,79 1,228 3,70 1,212 2,07 1,203 impIA4 imp IC2 - 3,03 1,187 2,38 1,182 imp IA6 imp IC5 - 3,17 1,155 3,51 1,151 imp IC1 – EM2- 3,67 1,136 4,28 1,072 analIC3 imp EM3 3,97 0,924 4,18 0,886 4,22 0,879 3,96 0,796 imp IA10 -IA5 - 4,35 0,792 3,89 0,763 impIA1 imp IA3 - 3,99 0,748 3,94 0,741 imp IA2 imp IA9 - 3,91 0,731 4,44 0,721 imp EM4 – 4,63 0,649 – DH2 – PF1 aco PF3 avali DH1 – terIC4 imp IC6 - – IF4 – IC7 - – IA7 imp IA8 - 181 APÊNDICE 19 - Quadro Termos-chave para a Análise Fatorial Confirmatória Alfa (α) Análise Componentes Principais Análise Multivariada Autovalor Carga Fatorial Comunalidade Confiabilidade Correlação Co-variância Desvio Padrão Matriz Fatorial Termos-chave para Análise Fatorial Confirmatória Probabilidade de rejeitar incorretamente a hipótese nula, isto é, afirmar que existe uma diferença ou correlação quando na verdade não é o caso. Também chamado de Erro Tipo I, sendo os níveis mais usados 5% (0,05) e 1% (0,01). Modelo fatorial no qual os fatores são baseados na variância total. Na análise de componentes principais, unidades (1s) são usadas na diagonal da matriz de correlação e implica computacionalmente que toda variância é comum ou compartilhada. Análise de múltiplas variáveis em um único relacionamento ou conjunto de relações, tendo como principal vantagem a habilidade em acomodar múltiplas variáveis em uma tentativa de compreender as relações complexas não possíveis com métodos univariados e bivariados. Soma em coluna de cargas fatoriais ao quadrado para um valor, representa a quantia de variância explicada por um fator. Correlação entre as Variáveis Originais e os Fatores. As Cargas Fatoriais ao quadrado indicam qual o percentual da variância em uma variável original é explicado por um fator. Quantidade total de variância que uma variável original compartilha com todos os fatores extraídos incluídos na análise. Proporção da variância de um item explicada pelos fatores extraídos, é igual à soma dos quadrados da sua carga fatorial para cada componente extraído. Grau em que uma variável ou um conjunto de variáveis é estável e consistente com o que se pretende medir. Medida através do Alfa de Cronbach. Consiste em uma medida de co-variância padronizada, variando de -1 a +1. Mais usados: Pearson, Spearman's rho e Kendall's tau_b. Demonstra quanto uma variável tende aumentar ou diminuir de acordo com o aumento ou diminuição da outra. A co-variância entre variáveis padronizadas com média 0 e variância igual a 1 é chamada de Coeficiente de Correlação, e varia de -1 a +1. Medida única para cada variável que representa a dispersão do conjunto de seus valores em torno da média, aponta a capacidade da média em sintetizar os valores observados da variável. Quanto menor maior será a concentração de valores em torno da média. Corresponde à raiz quadrada da variância. Tabela das cargas fatoriais de todas as variáveis sobre cada fator. Valor único que sintetiza o conjunto de valores observados de uma variável. Média Obtida por meio da ponderação de todos os valores observados, podendo ser interpretada como a sua tendência central. Medida de Medida que compara as magnitudes dos coeficientes de correlação Adequação da observados com as dos coeficientes de correlação parciais. Aplicada apenas Amostra - Teste à matriz de correlação (constructos). Valores acima de 0,50 indicam tal KMO adequação. Medida calculada tanto para a matriz de correlação quanto para cada variável individualmente avaliando a adequação da aplicação da análise fatorial. MSA - Medida de Valores maiores que 0,50 tanto para a matriz como um todo quanto para as Adequação da variáveis individualmente, já indicam tal adequação. O aumento do Tamanho Amostra da Amostra, do número de variáveis e das correlações médias aumenta a sensibilidade do teste. Grau em que uma variável pode ser explicada pelas outras variáveis na Multicolinearidade análise. Quanto maior, mais difícil explicar a interpretação da variável estatística isolada devido a suas inter-relações. O quanto o resultado encontrado tem significado, isto é, deve ser considerado Nível de como efeito do fenômeno observado e não como obra do acaso. Medido pelo Significância Nível de Poder conseguido. 182 Probabilidade de rejeitar corretamente a hipótese nula quando a mesma é falsa, ou seja, de encontrar corretamente um suposto relacionamento quando Poder Estatístico ele existe. Determinado como função do nível de significância estatística (α) (1 - β) para um erro Tipo I, do Tamanho da Amostra e do Tamanho do Efeito examinado. Nível de Poder mais utilizado: 80%. Processo de manipulação ou de ajuste dos eixos fatoriais para conseguir uma Rotação Fatorial solução fatorial mais simples e mais significativa. Pode ser ortogonal (plano) ou oblíqua (espaço). Estimativa do grau em que o fenômeno estudado existe na população. Os Tamanho do valores do Tamanho do Efeito mais utilizados são: Pequeno - 0,2 (20%); Efeito (Effect Size) Moderado - 0,5 (50%) e elevado - 0,8 (80%). Teste de Bartlett de Esfericidade Validade Variância Teste estatístico da significância geral de todas as correlações em uma matriz de correlação, isto é, verifica se todas as correlações dentro da matriz de correlações são significativas. Valores de significância abaixo de 0,100 (para alguns autores < 0,05) indicam a adequabilidade dos dados à análise fatorial. O aumento do Tamanho da Amostra aumenta sua sensibilidade. Extensão em que uma medida ou conjunto de medidas representa corretamente o conceito do estudo, o grau em que se está livre de qualquer erro sistemático ou não aleatório. A validade se refere a quão bem o conceito é definido pelas medidas, enquanto a confiabilidade se refere à consistência das medidas. Determinada em grande parte pelo conhecimento do pesquisador sobre o fenômeno estudado e validada através da análise fatorial confirmatória (validade convergente). É um indicador da dispersão da variável em relação à média, pouco usado em virtude de sua unidade de medida ser o quadrado da unidade de medida original dos dados. A raiz quadrada da variância corresponde à medida de dispersão mais usada: Desvio Padrão, que é sempre positiva e tem a mesma medida dos dados analisados. 183 APÊNDICE 20 – Matrizes Anti-imagem – Valores MSA Anti-image Matrices (Constructos Modelo Proposto) Anti-image Covariance Constr ucto Central Constru cto Anteced ente 1 Constru cto Anteced ente 2 Constru cto Anteced ente 3 Construct o Consequ ente 1 Construct o Consequ ente 2 Construct o Consequ ente 3 ,791 -,173 -,101 -,060 ,035 -,029 -,031 -,173 ,585 -,184 -,061 -,081 ,035 -,035 -,101 -,184 ,521 -,024 -,234 ,046 ,006 -,060 -,061 -,024 ,533 -,072 ,336 -,057 ,035 -,081 -,234 -,072 ,585 -,131 -,182 Constructo Consequente 2 -,029 ,035 ,046 ,336 -,131 ,581 -,015 Constructo Consequente 3 -,031 -,035 ,006 -,057 -,182 -,015 ,851 ,813(a) -,254 -,158 -,092 ,051 -,043 -,037 -,254 ,810(a) -,334 -,109 -,138 ,060 -,050 -,158 -,334 ,750(a) -,045 -,423 ,084 ,009 -,092 -,109 -,045 ,649(a) -,129 ,603 -,085 ,051 -,138 -,423 -,129 ,684(a) -,226 -,257 Constructo Consequente 2 -,043 ,060 ,084 ,603 -,226 ,530(a) -,021 Constructo Consequente 3 -,037 -,050 ,009 -,085 -,257 -,021 ,797(a) Constructo Central Constructo Antecedente 1 Constructo Antecedente 2 Constructo Antecedente 3 Constructo Consequente 1 Anti-image Correlation Constructo Central Constructo Antecedente 1 Constructo Antecedente 2 Constructo Antecedente 3 Constructo Consequente 1 a Measures of Sampling Adequacy(MSA) Anti-image Matrices (Constructo Participação Feminina) PF1 acompanhar o homem nas compras Anti-image Covariance Anti-image Correlation PF1 - acompanhar o homem nas compras PF2 - prazer em comprar com o homem PF3 - avaliar com o homem as compras ,618 -,225 -,291 PF2 - prazer em comprar com o homem -,225 ,750 -,131 PF3 - avaliar com o homem as compras -,291 -,131 ,670 ,628(a) -,331 -,452 PF2 - prazer em comprar com o homem -,331 ,726(a) -,184 PF3 - avaliar com o homem as compras -,452 -,184 ,660(a) PF1 - acompanhar o homem nas compras a Measures of Sampling Adequacy(MSA) 184 Anti-image Matrices (Constructo Influência Feminina) IF1 - mulher responsável pelas compras Anti-image Covariance Anti-image Correlation IF2 - a mulher orienta o homem IF3 mulher influencia estilo IF4 - mulher presenteia com roupas IF1 - mulher responsável pelas compras IF2 - a mulher orienta o homem ,888 -,252 ,060 -,130 -,252 ,896 -,061 -,100 IF3 - mulher influencia estilo ,060 -,061 ,993 ,011 IF4 - mulher presenteia com roupas -,130 -,100 ,011 ,956 ,546(a) -,283 ,064 -,141 -,283 ,548(a) -,065 -,109 ,064 -,065 ,360(a) ,012 -,141 -,109 ,012 ,642(a) IF1 - mulher responsável pelas compras IF2 - a mulher orienta o homem IF3 - mulher influencia estilo IF4 - mulher presenteia com roupas a Measures of Sampling Adequacy(MSA) Anti-image Matrices (Constructo Dependência Masculina) DM1 - homem gosta do incentivo Anti-image Covariance Anti-image Correlation DM2 - homem pede recomendação DM3 - homem aprova o gosto da mulher ,672 -,079 -,369 DM2 - homem pede recomendação -,079 ,951 -,089 DM3 - homem aprova o gosto da mulher -,369 -,089 ,670 ,535(a) -,099 -,550 DM2 - homem pede recomendação -,099 ,776(a) -,111 DM3 - homem aprova o gosto da mulher -,550 -,111 ,534(a) DM1 - homem gosta do incentivo DM1 - homem gosta do incentivo a Measures of Sampling Adequacy(MSA) 185 Anti-image Matrices (Constructo Envolvimento da Mulher) Anti-image Covariance EM1 - gosta de comrpar r masculinas EM2 - mulher decide os detalhes EM3 - mulher comprou roupa q hm recusou EM4 importancia em fazer escolha certa EM1 - gosta de comrpar r masculinas ,853 -,109 -,214 -,074 EM2 - mulher decide os detalhes -,109 ,810 ,030 -,285 -,214 ,030 ,792 -,240 -,074 -,285 -,240 ,712 ,710(a) -,132 -,260 -,095 -,132 ,611(a) ,038 -,375 -,260 ,038 ,626(a) -,320 -,095 -,375 -,320 ,612(a) EM3 - mulher comprou roupa q hm recusou EM4 - importancia em fazer escolha certa Anti-image Correlation EM1 - gosta de comrpar r masculinas EM2 - mulher decide os detalhes EM3 - mulher comprou roupa q hm recusou EM4 - importancia em fazer escolha certa a Measures of Sampling Adequacy(MSA) Anti-image Matrices (Constructo Decisão do Homem) Anti-image Covariance DH1 - decisao de compra da mulher DH2 - definição do pagamento pela mulher DH3 - o hm considera opiniao mlhr DH4 - palavra final é do hm Anti-image Correlation DH1 - decisao de compra da mulher DH2 - definição do pagamento pela mulher DH3 - o hm considera opiniao mlhr DH4 - palavra final é do hm a Measures of Sampling Adequacy(MSA) DH1 decisao de compra da mulher DH2 definição do pagamento pela mulher DH3 - o hm considera opiniao mlhr DH4 - palavra final é do hm ,781 -,286 -,150 -,091 -,286 ,800 ,002 -,153 -,150 ,002 ,878 -,209 -,091 -,153 -,209 ,847 ,630(a) -,362 -,181 -,112 -,362 ,616(a) ,002 -,186 -,181 ,002 ,654(a) -,243 -,112 -,186 -,243 ,683(a) a Measures of Sampling Adequacy(MSA) Anti-image Correlation Anti-image Covariance -,130 -,001 -,103 -,069 -,120 -,019 IA5 - importancia do custo/benefico IA6 - importancia da moda IA7 - importancia da funcionalidade IA8 - importancia do preço IA9 - importancia da qualidade IA10 - importancia da durabilidade -,080 ,112 -,203 -,002 -,156 -,092 -,221 -,031 IA5 - importancia do custo/benefico IA6 - importancia da moda IA7 - importancia da funcionalidade IA8 - importancia do preço IA9 - importancia da qualidade IA10 - importancia da durabilidade -,022 -,062 ,033 -,013 -,106 -,031 -,306 -,208 ,837(a) -,174 -,014 -,037 ,027 -,009 -,078 -,022 -,059 -,210 ,697 -,111 IA2 importancia do bom corte IA3 - importancia do estilo IA4 - importancia da marca/griffe -,174 ,075 IA4 - importancia da marca/griffe ,839(a) -,131 IA3 - importancia do estilo IA2 - importancia do bom corte -,111 IA2 - importancia do bom corte IA1 - importancia do conforto ,587 IA1 - importancia do conforto IA1 importancia do conforto ,039 -,068 ,031 -,012 -,084 -,047 -,156 ,817(a) -,306 -,208 ,025 -,040 ,025 -,009 -,061 -,032 -,112 ,673 -,210 -,131 IA3 importancia do estilo ,016 -,082 ,000 ,016 -,364 -,051 -,141 -,096 -,206 ,056 ,868(a) -,054 -,054 -,047 -,156 -,031 -,203 -,034 -,084 -,078 -,149 ,041 ,697 -,040 -,032 -,022 -,130 IA5 importanci a do custo/bene fico ,677(a) -,080 ,112 ,011 -,051 ,000 ,012 -,282 -,040 ,767 -,112 -,059 ,075 IA4 importancia da marca/griffe ,038 -,025 -,025 -,071 ,695(a) ,056 -,364 -,084 -,106 -,002 ,027 -,016 -,022 -,055 ,784 ,041 -,282 -,061 -,078 -,001 IA6 importancia da moda -,112 -,098 -,011 ,882(a) -,071 -,206 ,016 -,012 -,013 -,156 -,076 -,060 -,009 ,746 -,055 -,149 ,012 -,009 -,009 -,103 IA7 importanci a da funcionalid ade ,010 -,047 ,828(a) -,011 -,025 -,096 ,000 ,031 ,033 -,092 ,008 -,033 ,953 -,009 -,022 -,078 ,000 ,025 ,027 -,069 IA8 importancia do preço -,482 ,788(a) -,047 -,098 -,025 -,141 -,082 -,068 -,062 -,221 -,269 ,501 -,033 -,060 -,016 -,084 -,051 -,040 -,037 -,120 IA9 importancia da qualidade ,758(a) -,482 ,010 -,112 ,038 -,051 ,016 ,039 -,022 -,031 ,623 -,269 ,008 -,076 ,027 -,034 ,011 ,025 -,014 -,019 IA10 importancia da durabilidade 186 Anti-image Matrices (Constructo Importância Atributos) 187 Anti-image Matrices (Constructo Importância Categorias) IC1 roupa íntima Anti-image Covariance IC3 lazer IC4 trabalho IC5 social casual IC6 social formal IC7 dormir IC1 - roupa íntima IC2 - praia ,948 -,184 -,037 ,042 ,008 ,049 -,037 -,184 ,907 ,022 ,066 ,018 -,133 -,157 IC3 - lazer -,037 ,022 ,996 ,045 ,005 -,002 ,005 ,042 ,066 ,045 ,948 -,053 -,130 -,056 ,008 ,018 ,005 -,053 ,800 -,333 ,003 ,049 -,133 -,002 -,130 -,333 ,765 ,050 -,037 -,157 ,005 -,056 ,003 ,050 ,963 ,541(a) -,199 -,038 ,044 ,009 ,057 -,039 -,199 ,480(a) ,023 ,071 ,021 -,159 -,168 -,038 ,023 ,519(a) ,046 ,005 -,002 ,005 ,044 ,071 ,046 ,625(a) -,060 -,153 -,059 ,009 ,021 ,005 -,060 ,542(a) -,425 ,004 ,057 -,159 -,002 -,153 -,425 ,519(a) ,058 -,039 -,168 ,005 -,059 ,004 ,058 ,503(a) IC4 - trabalho IC5 - social casual IC6 - social formal IC7 - dormir Anti-image Correlation IC2 praia IC1 - roupa íntima IC2 - praia IC3 - lazer IC4 - trabalho IC5 - social casual IC6 - social formal IC7 - dormir a Measures of Sampling Adequacy(MSA)