37s"/,! 376-2652 RESTAURANTE Grelhados à portuguesa sobre carvão www.eco-depot.ca MONTRÉAL affilié 8710 Pascal Gagnon, St-Leonard, Qc H1P 1Y8 /i°\Êx£{ÎÓÎnÎÈÊÊUÊÊVVVJLiiÌ°V> 3204, rua Jarry Este 729-9494 www.ocantinho.ca Vol. XIX • N° 333 • Montreal, 16 de julho de 2015 Editorial Por Norberto AGUIAR D A epois do Campeonato Mundial de Futebol Feminino disputado em seis cidades canadianas, de costa a costa do país, mais uma grande e importante competição desportiva se está a disputar em sol canadiano. Trata-se dos Jogos Pan-americanos, um evento desportivo que engloba todos os países da América, do Chile, a sul, ao Canadá. As provas deste Pan-americano desenrolam-se na província mais populosa do Canadá e que dá pelo nome de Ontário. Com cerca de 10 mil atletas presentes, certamente que haverá alguns (muito poucos, o que é pena...) de origem portuguesa, do Canadá, dos Estados Unidos, certamente do Brasil, entre outros. Meaghan Benfeito, para já, é a nossa representante mais visível e com ela, devido à sua classe intrínseca, vem o destaque, não fosse ela uma atleta de classe mundial. Já com várias provas disputadas, o Canadá está no bom caminho, aparecendo no primeiro lugar da tabela classificativa. Para continuar? É o que vamos saber mais à frente... Também a Meaghan Benfeito já entrou em prova. A nível individual e em duo. Em Foto LusoPresse. Cont. na pág 14 Jogos Pan-americanos • Por Carlos DE JESUS gente vê-se grega para compreender o que se passa com a Grécia e com a Europa. Com os olhos colados nas páginas dos jornais ou nos ecrãs de televisão, é evidente que o nosso raio de visão se estreita e ficamos como que cegos pela árvore que nos tapa a vista e não nos deixa ver a floresta. Para já temos de nos afastar dos noticiários do dia-a-dia e darmos uma olhadela para a geografia e para a história daquela que foi a pátria da democracia se quisermos compreender um pouco do que se passa. Geograficamente o país está localizado no cruzamento da Europa, da Ásia, do Médio Oriente e da África. Daí que a sua história se encontre marcada por todas as grandes sagas que marcaram o mundo ocidental. Primeiro foi no seu seio que se deu uma das maiores cisões do mundo cristão, quanto Constantinopla decidiu separar-se Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM Benfeito vence + medalhas A gente vê-se grega • 8042 boul. St-Michel Cont. na pág 5 Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 16 de julho de 2015 Silva, Langelier & Pereira s e g u r o s g e r a i s www.os50anos.com A nossa gente de 1963-2013 75 Napoléon | Montréal [email protected] | 514 282-9976 FICHE TÉCHNIQUE LusoPresse Le journal de la Lusophonie SIÈGE SOCIAL 6475, rue Salois - Auteuil Laval, H7H 1G7 - Québec, Canada Téls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199 Courriel: [email protected] Page Web: www.lusopresse.com Editor: Norberto AGUIAR Administradora: Petra AGUIAR Primeiros Diretores: • Pedro Felizardo NEVES • José Vieira ARRUDA • Norberto AGUIAR Diretor: Carlos de Jesus Cf. de Redação: Norberto Aguiar Adjunto/Redação: Jules Nadeau Conceção e Infografia: N. Aguiar Escrevem nesta edição: • Carlos de Jesus • Norberto Aguiar • Osvaldo Cabral • Adelaide Vilela • Nuno A. Vieira • Anália Narciso • Jules Nadeau Revisora de textos: Vitória Faria Societé canadienne des postes-Envois de publica-tions canadiennes-Numéro de convention 1058924 Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec et Bibliothèque Nationale du Canada. Port de retour garanti. LusaQ TV Produtor Executivo: • Norberto Aguiar Contatos: 514.835-7199 450.628-0125 Programação: • Segunda-feira: 21h00 • Sábado: 11h00 Telenovela: segunda, quarta e sexta, 06h00, 12h00 e 17h00.. (Ver informações nas páginas 7 e 8) L u s oP r e s s e O mistério das contas • Por Osvaldo CABRAL N os últimos dias temos vindo a assistir a uma misteriosa ação de propaganda de várias empresas do setor público regional. É raro o dia em que não enviam para as redações dos jornais uma folhinha anunciando lucros, melhorias de resultados operacionais, redução de dívidas a fornecedores, aumentos de produtividade e por aí fora... Nenhuma se dignou ainda a mostrar as contas na íntegra. A torrente começou imediatamente a seguir à divulgação da auditoria do Tribunal de Contas à gestão da Verdegolf pela “Ilhas de Valor”. Alguém terá ficado incomodado com os resultados divulgados e antes que se espalhasse o vírus pelo restante setor empresarial público, toca a divulgar notas de cada uma delas, cantando loas à gestão deste primeiro semestre, mas sem divulgarem nenhum documento comprovativo para uma análise independente. Começou com o IROA, depois passou para a Fábrica de Santa Catarina, esta semana foi a vez da SPRIH, aguardando-se agora as restantes, se é que têm alguma coisa de positivo para mostrar... É engraçado como estas empresas não têm pejo em anunciar lucros, quando é sabido que vivem à custa dos subsídios, injeções de capital e avales do governo. Gerir uma empresa assim, até o padeiro da minha rua. Porque é que as contas não são divulgadas na íntegra? Quais são os proveitos? Quais são os subsídios e de que origem? Qual a dívida comercial e bancária? Qual a justificação? A estas perguntas, as referidas notas não respondem. A última nota, por exemplo, da SPRIH, diz que a empresa encerrou o exercício económico de 2014 com um resultado líquido positivo em cerca de 39 mil euros. Mas qual foi o volume de negócios? E a origem dos subsídios? Fala numa redução da dívida financeira em cerca de 1,3%, o que não é nada. E qual é a dívida global? A gestão da dívida de algumas obras públicas fora do orçamento da região merece ser conhecida. Ainda bem que as novas regras do perímetro da administração pública impõem a contabilização da dívida da SPRIH como dívida da região. Assim é mais transparente. A esta ação, provavelmente concertada, veio juntar-se também a SATA, numa conferência de imprensa inédita, para anunciar os resultados do primeiro semestre... mas sem direito a perguntas. Ficamos a saber que os resultados, ainda negativos, estão a melhorar. Pudera. Depois de tanta asneira e de bater no fundo, só podia melhorar com o clima que se vive graças ao novo modelo de transporte aéreo. O que a SATA devia explicar é como enviou várias tripulações para Madrid, Londres e Roma para formação sobre o Airbus 330 e agora que regressaram da formação... não há os aviões! Gastaram-se dezenas de milhares de euros para os pilotos voltarem para... os A310. Agora, quando conseguirem o leasing dos Página 2 A330 – que ninguém sabe quando acontecerá – lá voltarão as tripulações para mais uma formação e mais uns milhares, porque esta já não valeu de nada. E é assim que se vai gerindo. Mais: em pleno verão, a poucos dias de agosto, quando toda a gente já tinha notado que a oferta de lugares para Lisboa estava a ser menor do que a procura (até este jornal fez manchete com isso há poucos dias), é que finalmente decidiram reforçar a oferta de lugares, recorrendo a aluguer de aviões, já depois de muitos açorianos terem pago passagens de 600 e 700 euros... A todo este frenesim das empresas públicas regionais não deve ser alheio o aproximar de eleições. Os políticos adoram estas manobras. Agora que haja gestores que lhes façam a vontade... ••• REBOLIÇO – O período oficial da campanha eleitoral ainda não começou e já vai por aí uma grande peixeirada sobre quem leva a bandeira no anúncio de medidas do governo da república relativas aos Açores. PSD e CDS estão de marcação cerrada, mas o governo regional não fica atrás ao sentir-se ofendido por não ter sido o primeiro a dar a notícia das low cost para a Terceira. Vingou-se logo a seguir, com a conferência da SATA na Terceira e o forte ataque desferido ao líder social-democrata e ao governo da república. A linguagem que vai sendo utilizada por membros do governo e da oposição não augura nada de bom. Vai ser uma linda campanha eleitoral. ••• FÉLIX RODRIGUES – Estou penhoradamente agradecido e não menos surpreendido com a especial atenção que o Doutor Félix Rodrigues dedicou à minha última crónica sobre a oportunidade perdida do CDS/PP-Açores na corrida eleitoral à Assembleia da República. Percebo o seu incómodo, mas são ossos do ofício de quem se mete nestas coisas da política e se expõe à apreciação dos comentadores da nossa praça. O artigo do cabeça de lista da coligação CDS-PPM, em reação à minha análise, é uma corroboração do que escrevi, porque não nega nada do que é factual e apenas discorda daquilo a que me atribui como “cinismo”. A verdade é que não é cinismo nenhum da minha parte. É mesmo realismo, baseado na experiência e observação de quem conhece os meandros da política regional há muitas décadas. Quanto ao grau de conhecimento dos eleitores açorianos em relação ao Doutor Félix Rodrigues, aceito que seja uma questão de subjetividade, mas também permita-me que lhe diga se está à espera de ser eleito apenas com os votos dos “muitos amigos” que diz ter espalhado por estas ilhas, é uma questão de fé. E em matéria de espírito não me meto. É como acreditar que os fenícios descobriram a Terceira. Tudo uma questão de fé... Em resumo – e em abstrato – também tenho fé na bondade, na disponibilidade e no sacrifício do Doutor Félix Rodrigues. Como diz o nosso povo, só um “gajo porreiro” é que aceitaria ser quarta ou quinta escolha da lista que encabeça. LP Bilhete de Lisboa Curiosidades – boas notícias de Portugal • Por Filipa CARDOSO A exportação de touros cresceu 1– 49% em 2014, face ao ano anterior, segundo dados da Federação Portuguesa de Tauromaquia. Foram exportados 207 animais para serem lidados em Espanha e França. 2 – Portugal importou mais bacalhau da Noruega em 2014, mais 5 mil toneladas que no ano anterior. Portugal é o maior cliente de bacalhau da Noruega. 3 – O Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (Centitivc), que se dedica à investigação, desenvolvimento e inovação, criou, com a têxtil A. Sampaio & Filhos, uma nova malha, da espessura de uma folha de papel, completamente hidrófila do lado interior e capaz de repelir a água do lado exterior... 4 – Portugal volta a investir em resina com grande potencial de crescimento. No passado chegou a ser o maior exportador da Europa com uma produção de mais de 100 mil toneladas. A China e o Brasil continuam a ser os maiores produtores, embora conste que terão começado a acusar o esgotamento do produto. A resina é utilizada na alimentação, indústria, construção, vestuário, medicina, sintéticos e em várias aplicações. 4 – A empresa têxtil Carlos Sousa, em Santa Maria da Feira, é especializada na produção de slings (fitas de carga) e cintas de amarração e elevação, mais de 15 mil unidades por dia. A empresa duplicou a faturação nos últimos quatro anos e tem como clientes a Secil, a Cimpor e a Corticeira Amorim, para além de exportar para a Bélgica, Dinamarca e Holanda. 5 – O setor da soldadura assegura mais de 30 mil postos de trabalho em Portugal e continua a crescer. Apesar de permanecer um setor tipicamente masculino é liderado a nível europeu por uma mulher, a portuguesa Luísa Coutinho. Esta empresária dirige a European Federation of Welding, Joining and Cutting (EWF) entidade europeia responsável pela certificação de profissionais na área da soldadura, com sede em Portugal. 6 – Quinze mil comerciais da marca de automóveis Mercedes, oriundos de 54 países, receberam formação em novos veículos, no Algarve, perto de Albufeira. Foi feito um investimento de 10 milhões de euros e a formação foi focada em quatro novos modelos, o S-Coupé, o GLA, a carrinha furgão V-Class, e o novo classe C. 7 – O vocalista da banda escocesa Wild, Beau McClellan, vive em Loulé, no Algarve, há cerca de 20 anos, desde que abandonou a carreira de vocalista. Foi apresentador de televisão, produtor de moda e artesão de ferro forjado mas há cerca de 10 anos pôs em suspenso a sua vida e durante um ano correu mundo à procura do que melhor se fazia em iluminação. Em 2007 ganhou quatro prémios no concurso internacional de design de iluminação Red Dot. A partir de então Beau McClellan tornouse num dos maiores nomes do design de iluminação. Como não pensa sair do Algarve promove, em Loulé, o International Design Festival. Mais uma vez registo iniciativas que me levam a acreditar num futuro melhor para Portugal. L P 16 de julho de 2015 L u s oP r e s s e Convento. Ainda hoje ao lado esquerdo da Igreja podemos observar o túmulo da primeira Madre Superiora. Rosa Maria Joaquina de Sousa ou Irmã ou Maria Madalena de Cristo, de seu nome religioso, foi responsável pela Ordem. Como mulher abastada que era, corajosamente adquiriu o edifício mandando-o restaurar por sua conta e risco. Esta caminhense veio a ser a Orquestra de memórias de viagem • Por Adelaide VILELA (fotos e texto) É melhor acreditar que esta foi uma viagem de muito sucesso. Uma orquestra de memórias que animará o barco da minha vida por terras e mares além. Trago boas recordações e histórias para contar. De certeza que uma boa parte, dos nossos leitores, deseja saber tudo, ou não fosse esta a ordem natural do universo, a curiosidade. E para descontrair apostamos já que nada vai ficar por dizer, é daquelas coisas que dá prazer lembrar. No dia 4 de maio de 2015 cheguei a Lisboa. Logo, com o grande primo Sérgio fui em boa companhia até ao Porto. Naquela cidade, na capital da cultura nortenha esperava por mim uma Sra. muito bonita que dá por nome de Fátima Rodrigues. Uma faialense que conheço há quase duas décadas e que viveu uma parte da sua vida na ilha Terceira. Um dia ainda jovem viajou para Lisboa, foi estudar, fez dela a professora digna de nota e por lá ficou. Pouco tempo depois apaixonou-se pela caridade e pelo benfazer e casou com um Ser único, na Terra e no Céu. Felizmente ainda lhe sobra muitos momentos para se dedicar aos outros. Deus é o Fiel companheiro da Irmã Fátima Rodrigues. A minha grande amiga é freira há mais de 40 anos. Aqui começa a minha viagem, na cidade do vinho com mais história e mais vendido no mundo, o Porto. Quem disse que este não foi o melhor sítio para abençoar e regar, com uma boa pinga, nas caves do Douro, esta digressão poética?! Foi maravilhosa a forma como tudo começou mas apanhamos nesse dia um vendaval de se lhe ter respeito e medo. A tempestade ceifou a vida a um homem, numa das cidades do norte de Portugal, tendo ainda causado muitos prejuízos um pouco por todo o País. Mas o dia viria a transformar-se numa tarde e noite de calmarias no Convento de Santo António em Caminha com muitos anjos da guarda, à minha espera. Ali fiquei 9 dias a descansar. E dali parti com a Irmã Fátima Rodrigues em cumprimento de promessa. A minha doce amiga tinha para mim uma agenda bem carregadinha e cheia de LAÇOS E ABRAÇOS. Apresentamos então o livro no Convento para todas as Irmãs. Depois seguimos para a Lousada, Porto (Rutis), Lamego, Vila Real, Fundão, etc. Foi impecável a companhia desta amiga, a tal ponto que um dia lhe disse: quem tem uma amiga freira não vai a pé para o Céu. Não fui para o Céu mas andei por vários paraísos na terra. Depois de me despedir das Irmãs, fui para os Açores, para a Covilhã e terminei as “ditas férias” na Serra do Açor, na minha aldeia Natal, onde aconteceu também o lançamento do livro, promovido pela Junta de Freguesia de S. Jorge da Beira. Na próxima vez contar-lhes-ei detalhes da viagem ao pormenor. O Convento de Santo António em Caminha há séculos que serve de casa às Irmãs Franciscanas e Acolhedoras. Foi fundado no ano de 1618 e nele se abrigavam Frades. Quase 200 anos depois, a história conta que os Liberais mandaram extinguir as ordens religiosas e encerrar os conventos. Ora, a congregação das Irmãs Franciscanas e Hospitaleiras viria a ser consagrada pelo Papa, no ano de 1876 e desde então o Convento de Santo António passou a ter muita importância para o Alto Minho. A Mãe Clara, fundadora da congregação destas religiosas, teve um papel fundamental em Caminha a tal ponto que os restos mortais da Beata católica falecida no ano de 1899 chegaram a ser transladados para a Igreja do Compre directamente ao fabricante com ou sem instalação. Página 3 primeira Madre Superiora, logo após a morte da Irmã Clara do Menino Jesus. O convento de Santo António em Caminha tem uma história digna de ser contada ao pormenor mas hoje deixamos aos leitores este apontamento e que a Mãe Clara siga a voz dos nossos saberes e dizeres, para que possamos voltar com mais palavras, histórias e memórias. L P A nossa colaboradora, Adelaide Vilela, entre as Irmãs Franciscas. Ao lado, o Convento de Santo António, em Caminha. A 31 de julho Festa Julina L USOPRESSE – O Centro de Ajuda à Família organiza na sexta-feira, dia 31 de julho, aquilo a que chama de Festa Julina. Esta promoção, que promete divertimento para crianças, jovens e adultos, é levada a efeito no 4850, Ave de Lorimier, em Montreal. O encontro está determinado para começar às 17 horas e termina pelas 21 horas. Quanto aos bilhetes, que já podem ser adquiridos, o seu custo está assim determinado: Família de 4 pessoas, 20$; adulto, 7$; criança (2 aos 12 anos), 5$. Para informações complementares: (514) 982-0804. LP IGREJA BAPTISTA PORTUGUESA Domingos às 15H00 – Pregação do Evangelho 6297 Ave. Monkland, (NDG) Montreal http://www.madisonbaptistmontreal.com/portugues.html Tel. 514 577-5150 – [email protected] L.R.Q. # 2669-8027-16 Varina Alumínio, inc. 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VIEIRA N o ano de 1986, quando a explosão da nave espacial Challenger deixou o povo americano em pânico e luto, o presidente Ronald Reagan, na sua eulogia, confortou a nação com a esperança de que os sete astronautas deixaram a superfície da Terra para tocar a face de Deus – to touch the face of God. – O ano passado, com a publicação do livro O Rosto Humano De Deus, Cunha de Oliveira encontra a face de Deus, nas palavras do apóstolo João, quando Filipe diz “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso basta”, ao que Jesus responde: “Há quanto tempo que estou convosco, e não me ficastes a conhecer, Filipe? Quem me vê, vê o Pai. Como é que me dizes então, “mostanos o Pai? Não crês que Eu estou no Pai e o Pai está em mim? As coisas que eu vos digo não as manifesto por mim mesmo: é o Pai que, estando em mim, realiza as suas obras. Crede-me: Eu estou no Pai e o Pai está em mim; crede-o, ao menos por causa dessas mesmas obras (Jo, 14, 5-11)”. O “Rosto de Deus”! Com a leitura do Rosto Humano De Deus, o leitor seguindo as peugadas de Cunha de Oliveira, passará a referir-se à segunda pessoa da Trindade, como o Senhor Jesus. É precisamente na contracapa do livro que o autor chama a atenção para a impropriedade do uso comum do nome Jesus Cristo: “... é que Cristo não é nome de pessoa mas de categoria; não é substantivo mas adjetivo... que quer dizer ‘ungido’ e donde nos veio o termo Messsias. Na Bíblia ‘cristos’ e ‘messias’ foram aqueles quem Deus escolheu, predestinou e dotou de dons especiais para poderem levar a cabo ações de salvação”. No Rosto Humano De Deus, Cunha de Oliveira descreve a evolução do Cristianismo nos primeiros séculos da sua existência. Começa com noções preliminares sobre Jesus de Nazaré: o Messias, o Filho de Deus, Filho de Deus (sem artigo) e Filho do Homem. Inclui tópicos como Jesus “o homem” com pais biológicos. Jesus considerado, pelos seus contemporâneos, como profeta com poderes especiais. A subalternidade do Filho em relação ao Pai. Como título de Senhor não equivale a divindade. Ainda, no que se refere à divindade, lê-se na página 21: “Quanto aos Sinópticos, em parte alguma se pretende provar que Jesus de Nazaré é Deus. Muito menos por uma afirmação direta do mesmo”. O autor esclarece que “o dogma da divindade do Senhor Jesus... só foi definido pelo concílio de Niceia I, no ano de 325”. É desta maneira “que não se pode ser nem dizer católico sem crer, ou acreditar que o Senhor Jesus de Nazaré é Deus”, pg 19. Outro ponto de exegese é: “A Ressurreição do Senhor Jesus como obra de Deus e não d’Ele próprio”, pg. 41. Como o Cristianismo é uma religião nascida no e do Judaísmo, Cunha de Oliveira explica a passagem deste para aquele, o corte subsequente do Cristianismo com o Judaísmo, a cristianização dos primeiros pagãos, perseguições e o surgimento de heresias como desvios da ortodoxia. Expõe o leitor aos concílios de Niceia I (325) e Constantinopla I (381), onde a formulação do Credo não aparece isenta da interferência do Poder temporal, o que levou Valentiano I (364-375) a dizer que “ um leigo não se devia intrometer nas questões da Igreja”. As lutas, contendas, acusações e violências entre cristãos escalaram-se ao ponto do historiador romano Amiano Marcelino (330-395) escrever: “Não conheço feras mais perigosas e inimigas dos homens, que os cristãos uns dos outros”. Pg. 288. Quanto à magna questão do Espírito Santo, Cunha de Oliveira nota que “O pensamento cristão sobre o Espírito Santo, em pleno século IV da Era cristã, e tanto quanto no-lo permitem conhecer as fontes escritas de então, não era nada ou muito pouco do que pensamos, cremos e acreditamos hoje.” Acrescenta o seguinte quanto à pessoa do Espírito Santo, como uma das da Trindade divina: “Esta ideia da Trindade divina foi sendo elaborada lentamente na Cristandade à medida que se iam tomando como pessoas divinas o Pai... o Filho... e o Espírito Santo). Pg. 260. Foi só mais tarde, que a Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) se tornou objeto obrigatório da fé católica. O autor dedica o último capítulo do seu livro à análise “de textos bíblicos de que não resulta claramente a afirmação da divindade do Senhor Jesus”, pg. 301, acabando por concluir que “...de acordo com o pensamento de Paulo, há um só Deus – o Pai; e um só Senhor – Jesus Cristo. De modo que uma é a divindade e o ser divino; e outra, a Soberania e o ser senhor, o que não é, em rigor de termos, o mesmo que ser Deus”. Pg. 339. O teólogo Cunha de Oliveira baseia a sua exegese no “primeiro fruto da literatura cristã” – os Evangelhos, actos dos Apóstolos e Apocalipse”. Une a teologia de tipo narrativo e histórico à teologia especulativa e filosófica dos Padres Apostólicos, dos Apologistas Gregos e da Patrística. Refere-se ainda a autores “contemporâneos dos apóstolos e da primeira geração cristã: o judeu Flávio Josefo (37/38103, e os romanos Cornélio Tácito (55-115), Plínio o Moço (61/62-112/113 e Tranquilo Suetónio (69-141)”. A análise do autor é feita a partir dos textos originais – aramaico (língua natal de Jesus), hebraico e grego. A cronologia dos acontecimentos aparece inserida no seu contexto geográfico, cultural e semântico. (É de notar uma evolução semântica na literatura patrística e conciliar). O escritor detém-se na explicação de certos hebraísmos e na definição de termos que exigem contextualização ( ortodoxia, heresia, parúsia, servo, senhor, etc.; recorre à etimologia de palavras no texto original e define diversos conceitos. Para facilitar a leitura do Página 4 texto e a sua compreensão imediata, Cunha de Oliveira faz a transcrição direta das citações bíblicas. A profundidade de pensamento do autor e a mecânica da exegese bíblica materializam-se numa linguagem clara, erudita e elegante. Surpreendente é ainda a constante omnipresença que o autor revela de todo o conteúdo bíblico e diversas traduções, o que lhe permite comparar, objetar e concluir. Não deixa de ser fascinante e elucidativo a perceção que o leitor toma do que é fazer exegese e teologia. O Senhor Jesus, no Seu tempo, enchia as pessoas de espanto com os seus ensinamentos e revelações. O autor de O Rosto de Deus também não parece escapar a este espanto no seu estudo das Escrituras: “...e agora porventura para nosso espanto: O Senhor Jesus o que Se considerava era um profeta. Naturalmente, como todos os que o foram em Israel”, pg. 316. Penso que o eventual leitor desta obra – se encherá igualmente de um espanto esclarecido e reconhecido, apercebendo-se de que a linha de separação entre o divino e a vulnerabilidade humana é ténue e que só a Fé lhe pode avivar a cor. Aliás, o próprio autor, ao mencionar o recurso que o evangelista João faz do simbolismo, clarifica que o “discurso sobre Deus” (pg. 321) não é fácil. Ao explicar a origem etimológica da palavra Igreja (assembleia, reunião), o autor acentua como a Igreja, a princípio, foi uma Comunidade de Fé, e não uma instituição como veio a ser a Igreja católica. É assim que, remontando à Última Ceia, termino com uma citação de Cunha de Oliveira, de natureza inspirativa e quiçá significativa do seu tecido cristão pessoal: “Poderia acrescentar mais esta observação : por este texto: ‘dei-vos exemplo’..., podemos ficar sabendo que a religião cristã é, acima de tudo, uma religião de compromisso: pensar, como Ele pensou; sentir, como Ele sentia; fazer, com Ele fez; servir, como Ele serviu; amar, como Ele amou; perdoar, como Ele perdoou; enfim, ser como Ele foi, tanto em relação a Deus, à Natureza e aos outros.” Pg. 128. Poder-se-á dizer que Cunha de Oliveira, de diferentes maneiras, tem laborado uma vida inteira para responder às perguntas de Quadrato no seu Discurso a Diogneto (imperador romano), no ano 125: “Primeiro, que Deus é este que confiam e que espécies de culto lhe prestam, para que assim todos eles (os cristãos) desdenhem do mundo e desprezem a morte, sem que, por um lado, creiam nos deuses que os gregos têm como tais e, por outro, não observem as superstições dos Judeus. Depois, que amor é esse que nutrem uns pelos outros. Finalmente, porque só agora aparece no mundo, e não antes, esta nova raça e este novo estilo de vida”. Pg. 185. LP MARIA DA ENCARNAÇÃO BOTELHO TAVARES 1942 – 2015 F aleceu em Montreal, no dia 30 de junho de 2015, Maria da Encarnação Botelho, natural de São Miguel, Açores, viúva de Manuel Tavares. Deixa na dor o seu filho António Tavares (Fátima Cabral), a sua filha Maria José Tavares (Robert Brûlé), os/as netos/ as Goretti (Luís de Sousa), Céline (Benoît Deschamps), Paulo (Audrey Debut), Stéphanie, Joseanne e Alexandra, os/as bisnetos/as Anthony, Laureanne, Maryjade, Maika, Agatha e Léonnie, os/as seus/as sobrinhos/as, assim como restantes familiares e amigos. Os serviços fúnebres estiveram a cargo de: MAGNUS POIRIER Inc. 7388 Boul. Viau, St-Léonard Tel.:514-727-2847 www.magnuspoirier.com António Rodrigues Cel. 514-918-1848 O velório teve lugar no passado domingo, dia 5 julho 2015, das 18h às 22h, e na segunda-feira, dia 6 de julho de 2015 a partir das 8h30. Seguiu-se a missa de corpo presente, na segunda-feira dia 6 de julho de 2015, às 10h na Igreja Santa Cruz, situada no 60 rue Rachel Ouest, Montreal. Foi sepultada em cripta, no Mausoléu Marie-Auxiliatrice no Cemitério Le Repos St-François D’Assise. Renovaram com profunda saudade, a missa do sétimo dia, na terça-feira dia 7 de julho de 2015, às 18h30 na Igreja Santa Cruz. A missa de um mês de falecimento terá lugar na quinta-feira 30 de julho, às 18h30 na Igreja Santa Cruz. A família vem por este meio agradecer a todas as pessoas que, de qualquer forma, se lhes associaram neste momento de dor. A todos o nosso obrigado pelo vosso conforto. Bem Hajam. António Rodrigues Conseiller aux familles 7388, boul. Viau Montréal (Québec) H1S 2N9 Général : 514 727-2847 / 1 888 727-2847 Télécopieur: 514 727-2848 Ligne directe : 514 727-2828 poste 1313 [email protected] LP 16 de julho de 2015 L u s oP r e s s e Página 5 «Os Chineses de Macau» Um antropólogo francês ausculta a população de Macau • Por Jules NADEAU P ara aqueles que amam Macau, «The Chinese of Macau: A Decade after the Handover», leva-nos num sobrevoo mas ao nível do chão. À flor da terra. O autor dá-nos muitos nomes de sítios, de factos, e fornece-nos os dados concretos da sua própria pesquisa. Para além das generalidades que todos leram nos jornais, evitando contudo as digressões. Encontrei aí alguns personagens familiares. Por exemplo, o nome do excelente fotógrafo francês Franck Regourd – outro especialista de Macau e amigo do nosso colaborador Amílcar Martins – que prestou serviços preciosos ao jornalista do LusoPresse. O Dr. Jean Berlie possui toda a competência necessária para analisar o elemento humano de Macau. Nascido em África do Oeste nos anos 30 e de nacionalidade francesa pela sua família (funcionários no Togo), o investigador tem uma formação sócio antropológica graças a diplomas de duas universidades francesas. Grande viajante e poliglota, já escreveu várias monografias entre as quais sobre Timor Oriental, a Birmânia e a China – para não citar senão estas. O detentor da Legião de Honra também exerceu a profissão de piloto de avião para algumas companhias como Air France, o que explica o seu conhecimento do território asiático. (No momento de escrevermos estas linhas, infatigável mas muito amável, Jean Berlie diz-me estar em Sidney, na Austrália, a trabalhar no seu próximo manuscrito – de que esperamos ter as primícias na devida altura.) O seu segundo título sobre Macau O professor Jean Berlie já publicou uma compilação duma dezena de capítulos intitulada «Macau 2000» nas edições da Universidade de Oxford. Especialistas de diferentes formações traçaram aí um retrato da ex-colónia portuguesa no momento da retrocessão do 20 de dezembro de 1999. Além disso, o especialista tem a vantagem da observação a longo prazo pois tem visitado o «confetti português» desde 1972, na época da Revolução Cultural. Graças aos seus trabalhos sobre Timor Oriental pode também fazer comparações judiciosas. O Brasil é evocado quando fala da popularidade da capoeira na praça pública. As distinções que faz entre Chineses de origem cantonesa, hokkien, teochew e hakka são tão esclarecedoras – guardadas as devidas proporções – como as que distinguem os compatriotas de Braga, Lisboa, Funchal e Água de Pau. Sobre uma população próxima de 600 000 almas, mais de 100 000 Macaenses possuem um passaporte português, isto é, a nacionalidade portuguesa e o direito de residência em Portugal. Portanto, a importância do português diminui em proveito do mandarim e do inglês: é o impacto do rolo compressor de Pequim e da província vizinha de Cantão. Quem viu a Cidade do Nome de Deus em 1972 custa a acreditar na sua ficha atual. Segundo o «Guardian», o reino do Bacará classificava-se em 2013 em quarto lugar mundial em termos de PNB por habitante (a seguir ao Luxemburgo, à Noruega e Qatar, ultrapassando BENFEITO... a orgulhosa Suíça). No mesmo ano, os rendimentos provenientes do jogo dos 35 casinos eram sete vezes mais elevados que em Las Vegas, segundo o «Wall Street Journal». Cerca de trinta de milhões de turistas por ano. As estatísticas de 2014-15 constatam uma baixa de rendimentos, mas Macau continua a ser a Meca mundial do jogo. Um investigador poliglota Com a ajuda do seu questionário (ver em apêndice «Qui êtes-vous?»), durante dois anos, Jean Berlie «laboriosamente» trabalhou no terreno interrogando 225 pessoas sobre a sua ADN: origem, língua, religião, etc. Ele descreve assim um fenómeno de globalização muito interessante que pode quantificar. Não sendo nem chinês nem português, o observador francês partiu dum ponto de vista neutro. Era preciso alguém que conhecesse o mandarim e o cantonês, o português e o inglês para levar a bem um inquérito deste género. O seu CV menciona que ele fala uma quinzena de línguas. Pessoalmente, gosto da importância que o prolífico investigador dá às associações sociais, culturais, religiosas, assim como profissionais e regionais, enumerando o nome dos seus representantes. Homens e mulheres. A fibra íntima desta sociedade multicultural. Ele interessa-se pelo pitoresco evento do «Dragão bêbado», que me tinha mostrado o meu amigo Amílcar Martins. Depois, pela ópera cantonesa – maravilhosamente bem documentada noutro lugar por Franck Regourd. Sobre este assunto, Berlie fala de nova «sociologia visual» fundada sobre a pesquisa fotográfica. O livro de 248 páginas foi publicado em inglês na Proverse, um editor de Hong Kong. Este título está disponível na Amazon. Os leitores podem facilmente baixá-lo para o Kindle por uma soma módica. Trata-se duma obra de 2012, provavelmente a mais recente e a única do género. Projeto ambicioso (pela iniciativa da Fundação Macau e com a ajuda do Instituto Internacional Macau) pois era preciso ter em conta a «revolução dos casinos» do decénio 2000-2010, uma transformação económica profunda que o autor teve em linha de conta. LP Cont. da pág 1 ambas as provas, Meaghan Benfeito subiu ao pódio. A primeira competição em que tomou parte a nossa jovem campeã luso-descendente foi na prancha de 10 metros de saltos para a água. Aqui, depois de ter namorado o primeiro lugar durante alguns saltos, a verdade é que Meaghan Benfeito não resistiu ao mau desempenho derradeiro, que a levou a terminar o seu trabalho em terceiro lugar, uma posição nada consentânea com o seu valor. Na verdade, atendendo às suas competidoras – sem as fortíssimas chinesas – Meaghan Benfeito tinha a obrigação de vencer. Mas, como sabemos que em desporto nem sempre quem vence é melhor... Já em duo (com a sua companheira de sempre, Roseline Filion) e ainda na prancha de 10 metros, Meaghan Benfeito competiu e ganhou, não a medalha de bronze, mas sim a medalha de ouro! Seja como for, esta é mais uma participação desportiva internacional de grande alcance para a nossa jovem luso-descendente, isto quando se está a apenas um ano dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, onde ela marcará presença pelo seu país, o Canadá. L P A Equipa Olívia Paiva (514) 707-8877 www.oliviapaiva.com Chomedey - Bungalow com entrada em catedral, 2 quartos Laval, Fabreville - «Cottage» c/3 quartos, 2 salas + 1, garagem. Está impecável! 279 000$ de banho, piscina e garagem. Preço: 259 000$. Rosemère - Bungalow todo renovado, com garagem para 3 carros e grande quintal. Impecável!!! 379 000$ Brossard - «Cottage» c/3 quartos, 2 casas de banho, a 2 passos do terminal dos autocarros. Bom preço. Livre ao comprador. L u s oP r e s s e 16 de julho de 2015 Página 6 Saudades de Carlos Querido • Por Adelaide VILELA C Mayra Andrade, que bela cantora! Foto LusoPresse. Mayra Andrade no Centre Phi… Em espetáculo de grande classe! • Por Anália NARCISO que tem 31 anos. Acompanhada por quatro músicos, três franceses e um que nos pareceu ser igualmente oi na sexta-feira, dia 10 de julho, que de origem cabo-verdiana, Mayra Andrade tamfomos ao Centre Phi, casa cultural de multiu- bém mostrou o seu lado bonacheirão, falando sos, se assim se pode dizer, assistir ao espetá- ao público num ou noutro intervalo das suas culo de Mayra Andrade, uma jovem cantora de canções sobre a sua mãe, a mulher que mais a inspira, sobre Cabo Verde, com o assunto indeorigem cabo-verdiana que desconhecíamos. Fomos e, na verdade, não demos o tempo pendência em realce, etc... Foi no decorrer despor mal empregue, muito antes pelo contrário. sas suas tiradas que soubemos que Mayra AnApresentada como a pérola de Cabo Ver- drade já tinha, há sete anos, cantado em Monde, Mayra Andrade, que tem o seu poiso princi- treal, aproveitando ela a ocasião para agradecer pal em França, bem merece aquele adjetivo, aos organizadores por a terem convidado de pois trata-se de uma cantora de grande quali- novo. O que também soubemos, claro que com dade vocal, de deixar o público, como se viu, rendido à sua categoria, já para não falar na sua alguma surpresa, foi que Mayra Andrade, com apenas 16 anos, já tinha passado pelo Quebebeleza como mulher africana. Adotando um estilo muito parecido com que. Foi em 2001, aquando dos Jogos da Frano da malograda Cesária Évora, Mayra Andrade cofonia, realizados na cidade de Gatineau. Macanta os ritmos cabo-verdianos, que se dizem yra Andrade participou nesses Jogos, no setor ser as famosas «Mornas», de forma excecional, cultural, tendo mesmo sido galardoada com para mais pimentada de muita sensualidade, um prémio. De tal forma o público do Centre Phi esque até vem muito a propósito dado a sua bela tava rendido à atuação da bela cantora africana silhueta. A sala, com toda a gente de pé, estava que todas estas considerações sempre foram completamente cheia, para cima de 200 pes- acompanhadas de rasgados aplausos. De todas as canções, interpretadas em crisoas, sei lá... E toda essa gente, do princípio ao fim do espetáculo, que durou cerca de duas oulo, em português, em inglês e em francês, a horas, aplaudiu Mayra Andrade de forma in- de que mais gostamos foi «Ilha de Santiago», condicional, rendida à classe da jovem cantora, um hino ao bocado de terra que a viu nascer. Não sei se também por ser ilhoa, aquela canção ainda me está Entrepreneur en presente no espírito, maçonnerie générale quase uma semana RÉSIDENTIEL COMMERCIAL depois de a ter ouviINDUSTRIEL do. Termino com um desejo: se souber Norberto Martins que a Mayra está em Cell: 514 809-5333 lugar de a poder es19, av. Queen Tél: 514 630-3434 cutar, é certo que lá esPointe-Claire (Québec) Fax: 514 630-8424 H9R 4E8 tarei! email: [email protected] F aros leitores, depois de uma longa ausência estamos de volta às vossas mãos, para mais umas leituras. Trago coisas a dizer, histórias para contar e sobretudo muitas saudades da minha santa mãe. Não creio voltar a vêla… São três emes (m) na minha vida que se esvanecem: Maria, mãe, mulher. Está doente a mãe. O mundo gira à volta das suas 90 primaveras chegadas em maio e, dos seus 6 rebentos, só esta filha esteve com ela para apagar as velinhas. Já é muita idade, e quando um ser humano não se pode deslocar penetra numa solidão total, até que a morte venha. Sinto-me triste… Sinto imenso desejo de voltar a Ponta Delgada e a Portugal Continental, onde deixei a mãezinha e os queridos e belos amigos. Como Deus é criador, Jesus o salvador e o Espírito Santo consolador, voltarei a todos os lugares onde estive. Então abraçarei com carinho a todos quantos me receberam principescamente e, talvez com sorte a mulher que me deu o Ser ainda viva, a minha mãe. Abordaremos memórias de viagem – entre LAÇOS E ABRAÇOS – quando o nosso Jornal voltar de férias, e quando eu estiver recuperada da cirurgia que me vai incapacitar, por alguns meses. Hoje tenho saudades daquelas que fazem chorar a alma e tremer o coração… Não é fácil recordar, quando as memórias se transformam em sentimento de perda e de desconsolo. Morreu Carlos Querido há um quarto de século e nós não podemos nem devemos esquecê-lo. Se eu fosse dona de alguma coisa, em particular, e se tivesse poderes a esta hora já o nome QUERIDO estaria marcado, com cunho de dignidade e de respeito, num dos bancos da rua St. Laurent, ou noutro lugar, por onde passou este Grande Homem. Foi um dos melhores e mais dinâmicos representantes da língua e da cultura portuguesas, na comunidade portuguesa de Montreal, com a sua esposa Luísa e o filho de ambos, Pedro Querido; foi umas das pessoas mais carismáticas que pude conhecer até aos nossos dias. Carlos Querido deixou-se morrer por bem fazer a tudo e a todos, de uma forma tal que volta não tem. Apesar de ter perdido o canal que dirigia – Estamos no Québec – para as mãos do falecido Paulo Cabrita, durante 3 anos, nunca deixou de amar seu povo com modéstia e sinceridade. Era um cidadão tão especial que num piscar de olhos conquistava graúdos e miúdos, tal era a sua bondade e saber estar. Corria o ano de 1978 quando o próprio Sr. Cabrita, que tinha ficado com o Programa, quis regressar a Portugal e suplicou a Querido que voltasse a tomar as rédeas da Televisão Portuguesa, até então única em Montreal, como programa luso. Apesar dos poucos recursos tecnológicos disponíveis Carlos Querido dinamizou o programa e cada vez mais se familiarizava com as técnicas de comunicação para que o povo português de Montreal ficasse agradado com o serviço púbico que defendia de alma e coração. Há muitos anos que a língua de Camões se espalha à boa maneira nesta cidade cosmopolita de Montreal. Vejamos: Carlos Querido havia adquirido os direitos de publicação e de divulgação, com um grupo de portugueses, em outubro de 1973. Entre eles consta o nome de Manuel Teixeira que fazia uma crónica de 15 minutos. O referido grupo (de gente boa) nasceu em 1971 para dar assistência a pessoas com baixo rendimento e intitulava-se ASSISTÊNCIA SOCIAL. Importa dizer que Carlos Querido elaborou um projeto para que a sua comunidade pudesse vir a ganhar um canal de teCont. na Pág. 14... LP 5JKPMPTt1FESBt3FTUBVSBÎÍP %FTEF Carlos Querido ao tempo do programa Luso-Québécois. Em cima, Luísa Querido no elogio ao malogrado marido. L u s oP r e s s e 16 de julho de 2015 Página 7 Éditeur et rédacteur en chef : Norberto Aguiar Directeur : Carlos de Jesus sus À>J JÕ Õà ëÀiiià ëÀ iÃÃi Ãi°V V ÜÜÜ°ÕëÀiÃÃi°VÊUÊÀ>JÕëÀiÃÃi°V LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE O nnovo ovo pprograma rograma de de ttelevisão elevisão em em português! português! NOVO PROGRAMA SEMANAL Hora 6:00 6:30 7:00 7:30 8:00 8:30 9:00 9:30 10:00 10:30 11:00 11:30 12:00 12:30 13:00 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00 17:30 18:00 18:30 19:00 19:30 20:00 20:30 21:00 21:30 22:00 22:30 23:00 23:30 0:00 0:30 1:00 1:30 2:00 2:30 3:00 3:30 4:00 4:30 5:00 5:30 Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira SextaSexta-feira a fe feira Sába Sá Sábado bado D Doming Domingo o ngo go Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Bloque LLatino Bl ti LLe G Grand dM Magh hA Arabe b Metropoli Sportivi 360 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Il est ecrit Flavors Punjabi Mabuhay Russian ESCU TV German Hay Horizon Flavors Mandarin Cantonese German Il est ecrit Le Grand Magh Arabe Russian Flavors Punjabi Il est ecrit Bossbens Show Bloque Latino RBTL ESCU TV Hay Horizon Punjabi Flavors Russian Mabuhay ESCU TV Hay Horizon Russian ESCU TV Mandarin Cantonese Mandarin Cantonese Il est ecrit Hay Horizon German Flavors Veggie Âme D’Afrique Bloque Latino Lusaq TV Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Bossbens Show Bloque Latino Mabuhay Punjabi German Âme D’Afrique Mabuhay Veggie Mandarin Cantonese Hay Horizon German Punjabi Flavors Âme D’Afrique RBTL Bossbens Show Âme D’Afrique Veggie Le Grand Magh Arabe Âme D’Afrique Veggie Bloque Latino Punjabi Flavors Metropoli Sportivi 360 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Punjabi Mabuhay ESCU TV Russian German Flavors Hay Horizon Âme D’Afrique Mandarin Cantonese Mandarin Cantonese German ESCU TV Russian Flavors Le Grand Magh Arabe ESCU TV RBTL Bossbens Show Lusaq TV ESCU TV Hay Horizon Bossbens Show Mabuhay Veggie Bloque Latino Mabuhay ESCU TV German Hay Horizon Russian ESCU TV Le Grand Magh Arabe Bossbens Show Le Grand Magh Arabe Metropoli Sportivi 360 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Lusaq TV Mandarin Cantonese Russian Mabuhay Punjabi Mabuhay Bloque Latino Bossbens Show Hay Horizon Âme D’Afrique Mabuhay German Punjabi ESCU TV Russian Hay Horizon Metropoli Sportivi 360 Metropoli Sportivi 360 Bloque Latino Le Grand Magh Arabe RBTL Punjabi Veggie Veggie Pai à Força Lusaq TV ESCU TV RBTL Flavors Mabuhay Hay Horizon Âme D’Afrique German Veggie Bloque Latino Mandarin Cantonese Bossbens Show Lusaq TV Mabuhay Le Grand Magh Arabe Le Grand Magh Arabe Âme D’Afrique Punjabi Hay Horizon Russian RBTL Bossbens Show Bloque Latino Metropoli RBTL Russian German ESCU TV Mandarin Cantonese Bossbens Show Bossbens Show Punjabi Mabuhay ESCU TV Russian German Flavors Hay Horizon Âme D’Afrique Mandarin Cantonese Lusaq TV Lusaq TV Pai à Força Bossbens Show Mabuhay Veggie Bloque Latino Âme D’Afrique Veggie Bloque Latino Russian Mabuhay Hay Horizon German Punjabi Flavors Metropoli Sportivi 360 Metropoli Sportivi 360 Sportivi 360 Mandarin Cantonese ESCU TV Russian German Âme D’Afrique Bossbens Show LeGrand Magh Arabe German Hay Horizon Russian ESCU TV Bossbens Show Pai à Força Mabuhay Le Grand Magh Arabe Bossbens Show Punjabi Hay Horizon Russian 3204 ,Jarry Est 514-729-9494ÊUÊÜÜÜ°V>Ì °V> GRILLADES PORTUGAISES 8042, St-Michel 514-376-2652 5825, Henri-Bourassa 514-321-6262 16 de julho de 2015 LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE L u s oP r e s s e Página 8 Éditeur et rédacteur en chef : Norberto Aguiar Directeur : Carlos de Jesus ÜÜÜ°ÕëÀiÃÃi°VÊUÊÀ>JÕëÀiÃÃi°V O nnovo ovo pprograma rograma de de ttelevisão elevisão em em português! português! EQUIPA Inês Faro Carlos de Jesus Norberto Aguiarr Ludmila Aguiar Daniel Pereira ÌÀiÛÃÌ>ÃÊUÊ,i«ÀÌ>}iÃÊUÊiL>Ìià iëÀÌÊUÊ Õ`>`i Informação 450.628-0125 - 514.835-7199 - [email protected] >>Ê{ÇÊÃ>Ê>LiÀÌ® Patrocínio do Restaurante >>Ê£ÈÊÕÊ È£ÈÊiÊ>Ì>Ê`iwXK >>ÊÓ£ÈÊLiÊÕÊ £Ó£ÈÊiÊ>Ì>Ê`iwXK Onde prima a alta qualidade gastronómica! 1446, rue Peel – Montréal Telefone: 514.848-0988 Fax: 514.848-9375 [email protected] www.ferreiracafe.com 16 de julho de 2015 Morte de Maria Barroso Também nós estamos de luto! • Por Norberto AGUIAR P rimeiro foi o internamento, por uma maldita queda. Depois foi a notícia do estado grave em que se encontrava. Finalmente, numa terceira etapa, veio a notícia que tanto temíamos mas que se esperava dado o seu estado físico e respetiva idade: Maria de Jesus Barroso morreu! A Dra. Maria Barroso foi durante anos nossa conhecida apenas através dos órgãos de comunicação social escritos e falados. E pelo que líamos ou ouvíamos, ela conquistou-nos, passando a ser uma das Mulheres que mais admirávamos em Portugal. E admirávamo-la pelas posições e temáticas que defendia, quase sempre tombando do lado de obras de grande alcance, de apoio a causas nobres. A Dra. Maria Barroso presidiu, nomeadamente, à Cruz Vermelha Portuguesa e à Associação Pro Dignitate. Foi atriz e deputada à Assembleia Nacional. Também participou na fundação do Partido Socialista. Por ser casada com Mário Soares assumiu, como é óbvio, as responsabilidades que incumbe a uma primeira-dama do país. Atrás falámos na admiração que sempre nutrimos pela Dra. Maria Barroso. De modo que sempre tivemos por objetivo chegar à fala com ela. Na primeira vez que a vimos pessoalmente, em 1989, aquando da Presidência Aberta do Presidente da República, precisamente Mário Soares, nos Açores, não tínhamos nem assunto nem à vontade para isso. Mas a ideia persistiu até que, numa das nossas idas a Toronto, demos com ela num colóquio organizado, se não estamos em erro, pela professora Manuela Marujo. No fim da palestra, com algum nervosismo, é verdade, abordámola. O nosso «entretien» não demorou mais que uns cinco a 10 minutos. A razão da conversa? Que sonhávamos com a possibilidade de ela, um dia, vir falar às Mulheres da Comunidade Portuguesa do Quebeque num dos Dias da Mulher do LusoPresse... O resultado da inesperada mas inesquecível conversa foi de que «o Norberto convida e eu aceito», atalhou-me ela depois de precedentemente ter perguntado qual era o meu nome. A história tem o seu fim quando algum tempo (anos) mais tarde a Dra. Maria Barroso participou no Dia da Mulher do LusoPresse. Resta dizer que a festa foi muito bonita, tendo até contado com alguns deputados e a ministra da Imigração e das Comunidades Culturais do Quebeque, Lise Thériault, hoje vice-primeira-ministra do governo de Philippe Couillard. Por ser meramente de âmbito pessoal, algumas felizes considerações sobre o nosso contacto e a posterior visita da Dra. Maria Barroso a Montreal ficam para um livro de memórias, caso tenhamos capacidade, tempo e disposição para tal. LP L u s oP r e s s e Página 9 MARIA BARROSO... ATRIZ, ATIVISTA E «... MULHER DO POVO» L ISBOA - Maria Barroso, que morreu no passado dia 7 de julho aos 90 anos, destacou-se como atriz, declamadora e ativista política e ao longo de 66 anos acompanhou a vida do histórico líder socialista e antigo Presidente da República Mário Soares. Maria Barroso casou em 1949 com Mário Soares, de quem tem dois filhos, João e Isabel, e foi uma das fundadoras do Partido Socialista (PS), na Alemanha, em 1973. Maria de Jesus Barroso Soares, nascida a 02 de maio de 1925, na Fuzeta, Olhão, formouse em Arte Dramática no Conservatório Nacional, em 1943, e licenciou-se em História e Filosofia na Faculdade de Letras de Lisboa, onde conheceu aquele que seria o seu marido. Viriam a casar-se quando o fundador do PS se encontrava preso por motivos políticos. Maria Barroso estreou-se como atriz no Teatro Nacional, em 1944, na companhia Amélia Rei Colaço/Robles Monteiro e na peça “Aparências”, dirigida por Palmira Bastos, tendo o papel na peça de José Régio “Benilde” sido considerada uma das suas interpretações mais memoráveis. Destacam-se ainda participações no cinema, em vários filmes como “Mudar de vida”, de Paulo Rocha, ou “Le soulier de Satin”, de Manoel de Oliveira. Foi professora no Colégio Moderno, fundado pelo sogro, João Lopes Soares, mas chegou a ser proibida de ensinar durante o Estado Novo. Em 1969, candidatou-se a deputada pela Oposição Democrática, tendo sido a única mulher a intervir na sessão de abertura do III Congresso daquela organização, em 1973, em Aveiro. No mesmo ano, participou, na Alemanha, na reunião fundadora do Partido Socialista. Na altura, votou contra a ideia de fundação do PS, o que muito aborreceu Mário Soares. “Julgávamos que não era bem a altura de formar o PS, devíamos esperar um bocadinho antes de tomar a decisão. Estávamos errados e Mário Soares estava certo, a História provouo”, disse a própria numa recente entrevista ao jornal i a propósito do seu 90.º aniversário, a 02 de maio de 2015. Depois do 25 de Abril de 1974, foi por várias vezes eleita deputada à Assembleia da República, pelos círculos de Santarém, Porto e Faro. Em 1986, assumiu o papel de mulher do Presidente da República, quando Mário Soares foi eleito para um primeiro mandato. Durante uma década no Palácio de Belém dedicou-se à defesa de causas como o apoio aos países de língua portuguesa, a prevenção da violência, a luta contra o racismo e a exclusão social. Depois de Mário Soares ter deixado a Presidência da República, em 1997, Maria Barroso presidiu à Cruz Vermelha Portuguesa, cargo que ocupou até 2003. Foi fundadora e era presidente da Organização Não Governamental (ONG) Pro Dignitate - Fundação de Direitos Humanos, desde 1994, e da Fundação Aristides de Sousa Mendes. Numa entrevista ao jornal i, Maria Barroso confessou que apesar de todas as “contrariedades, de todos os revezes e de todas as encruzilhadas, valeu a pena ter vivido”. “Sinto que estou quase a partir, que se aproxima o momento”, acrescentou então. Sobre a sua relação com Mário Soares - depois de contar um episódio em que cedeu à vontade dele e não se inscreveu no curso de Direito - afirmou: “Tive sempre a ideia de não fazer nada que o enervasse e o contrariasse, por isso estamos casados há 66 anos. Temos uma relação excelente, que é fruto dessa compreensão”. Admitiu que não fazer o curso de Direito foi um dos sonhos que deixou para trás por causa do marido. “Fora isso, quis acompanhá-lo sempre, mesmo nos momentos mais difíceis”, acrescentou. Católica desde a infância, admitiu terse afastado da religião durante os tempos de faculdade, uma reaproximação que só voltou a acontecer quando o filho João Soares sofreu um acidente de aviação em Angola. “Todas as manhãs chegávamos ao Na vinda ao Dia da Mulher do LusoPresse, Maria Barroso também passou nos Paços do Concelho da cidade. LusoPresse. hospital e eu perguntava por ele ao médico que chefiava a equipa. Um dia, ele respondeu-me que “estava um bocadinho melhor, mas só um bocadinho, porque continuava muito mal. Peça a Deus. Pedi a Deus. Mas, antes disso, pedira a uma funcionária do colégio, muito minha amiga, para encomendar uma missa pelo João. Senti-me bem nesse novo encontro com a religião”, relatou. Questionada pelo jornalista sobre como gostaria de ser recordada respondeu: “Uma cidadã modesta, mas amante da liberdade, da solidariedade e do amor. A minha palavra preferida, sem qualquer dúvida (…) o amor!”. Maria de Jesus Barroso morreu terça-feira, dia 7 de Julho último, aos 90 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internada, em estado grave, desde 26 de junho. L P Votre Your Vinho Vinho * Merlot * * $3.00 $3.50 $4.00 Cabernet Sauvignon - Pinot Noir Merlot Chardonnay - Sauvignon Blanc - Icewine - Port Mais de 40 variedades, em brancos, tintos e rosés. Import La Place du Vin 1265 Boul. O’Brien Ville St-Laurent - H4L-3W1 -514-747-3533 38 anos Aberto de terça-feira a sábado. Encerrado ao domingo e segunda-feira. A maior loja de vinhos do Canadá - * ver pormenores na loja 16 de julho de 2015 L u s oP r e s s e Página 10 SATA apresenta resultados operacionais E sublinha importância das rotas EUA e Canadá O EUA e Canadá... Grupo SATA apresentou recentemente os resultados do primeiro semestre de 2015, onde se demonstra a redução significativa do resultado operacional negativo na ordem dos 53% e se apresenta a estratégia de sustentabilidade para 2015-2020. O desempenho da companhia aérea no primeiro semestre de 2015 aponta uma tendência positiva e de sustentabilidade, com uma redução efetiva de 10,2 milhões de euros, com o resultado negativo de 19,41 milhões de euros no primeiro semestre de 2014 a passar para 9,21 milhões de euros negativos no primeiro semestre do presente ano. Zara Dinis. Face aos resultados, Luís Parreirão, Presidente do Grupo SATA, considera que se está “apenas no início de um caminho que é longo para alcançar o equilíbrio das contas da empresa, a sua sustentabilidade, a eficiência operacional, e para o qual a significativa diminuição res em pesquisa, experimentação e mostra en- dos custos hoje é fundamental para aumentar tre as ilhas das Flores e do Pico incentivaram a a receita amanhã”. artista a já fazer planos para voltar aos Açores. Luís Parreirão sublinha ainda que “os merNa ilha do Pico, Teresa Ascenção apresen- cados com maior crescimento face a 2014 são tou a sua coleção “Maria” e um novo trabalho os EUA e a rede Inter-Ilhas Açores com um que incluiu criar tintas das flores e produtos dos Açores como a batata. Mas o trabalho mais efémero foi construir uma renda de farinha e água em plena calçada de rua ao meio do dia, como se fosse trabalho de construção elaborado pelos homens. Por sua vez, Zara Diniz veio aos Açores pela primeira vez para pintar um mural. Descendente de madeirenses, Zara ficou perplexa pela natureza das ilhas e da majestosa montanha do Pico que decidiu mudar seu plano e elaborou mais de 50 metros de pintura de temática fantasia, intitulando “Ária de Fogo”. Na entrada da doca do porto da Madalena encontrase esta cornucópia de ideias e cor inspiradas pela primeira viagem aos Açores desta artista luso-canadiana. Desde os cinco anos de idade que o seu trabalho como pintora foi reconhecido. Seus estudos profissionais foram na famosa OCAD em Toronto tal como a Teresa Ascenção. O trabalho da cineasta Sheree Evelina também foi apresentado na edição do SHORTS@FRINGE. L P Bem representados no festival de artes Azores Fringe. A s ilhas dos Açores têm grandes conexões com o outro lado do Oceano Atlântico devido à emigração. Assim se diz que cada segunda casa no arquipélago açoriano, ou já teve, ou tem, família no Canadá ou nos Estados Unidos da América. O Azores Fringe Festival apresentou trabalhos artísticos e artistas de 36 países e as Américas foram bem representadas. A escritora Deolinda Adão da Universidade da Califórnia em Berkeley veio apresentar o seu trabalho de pesquisa em livro e cineastas mandaram seus filmes. Artistas do Brasil participaram na exposição coletiva, na apresentação de filmes e o músico Julio Uça investiu uma semana na ilha montanha. Mas o Canadá foi um dos países mais bem representados, não só com trabalhos mas também presença. Teresa Ascenção nasceu no Brasil de pais açorianos mas vive na grande cidade de Toronto. O seu trabalho já foi exibido por todo o Canadá entre outros países. Universidade de OCAD (Ontário College of Art & Design) é onde passa muitas horas como professora de fotografia e multimédia. O seu trabalho tem muito a ver com feminismo e a comparação entre os trabalhos tradicionalmente de mulheres com o dos homens. O seu tempo nos Aço- aumento de 20% e 5% respetivamente. A rota para o Canadá é também determinante para a Companhia com um aumento de 0,12% e grande potencial de crescimento”. Os resultados do primeiro semestre de 2015 revelam ainda que o número de rotações cresceu 2%, os lugares oferecidos 1%, o número global de passageiros 12 % e a carga e correio transportado 6 %. A estratégia do Grupo SATA passa por continuar o ajustamento da procura com melhor rentabilidade na generalidade das rotas, aumentar passageiros e iniciar o processo de renovação da frota – com destaque para os novos aviões Airbus A330-200 que vão aumentar a qualidade do transporte e a capacidade da companhia. “Também a estratégia comercial vai ser reforçada com maior aproximação ao cliente, aposta na fiabilidade operacional, privilegiando também o crescente compromisso e empenho dos colaboradores da Companhia”, conclui Luís Parreirão. Mais informações: André Gerson [email protected] | 00351 218 923 252. L P Agora na Livraria Lello Escritor Daniel Bastos apresenta «Terra» N o próximo dia 16 de julho (quintafeira), o escritor Daniel Bastos apresenta às 18h00, na centenária Livraria Lello no Porto, considerada uma das casas livreiras mais belas do mundo, o seu último livro de poesia “Terra”. A apresentação da obra com chancela da Editora Converso, uma edição bilingue em português e francês, traduzida pelo docente Paulo Teixeira e ilustrada pelo artista plástico Orlando Pompeu, que terá em exposição na emblemática livraria desenhos que concebeu a partir dos poemas, será apresentada por Filipe Larsen, Diretor do Festival 6 Continentes, o mais vasto evento cultural realizado no universo da Lusofonia. Com um percurso literário que tem sido alicerçado junto das comunidades lusófonas, os poemas do escritor natural de Fafe são marcados por um sentimento telúrico que se reflete numa relação umbilical com a terra onde vive e com as comunidades portuguesas espa- lhadas pelos quatro cantos do mundo. Para Gérald Bloncourt, Cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra francesa que assina o prefácio da obra, o livro de estreia do autor minhoto no campo da poesia, perscruta as profundezas da humanidade, e os desenhos de Orlando Pompeu criam uma simbiose entre a linguagem artística da poesia e pintura. Refira-se que esta apresentação na Livraria Lello, ex-líbris da cidade do Porto e um autêntico santuário das artes editoriais e livreiras, marca o fim das apresentações oficiais da obra, que desde o seu lançamento no final do ano passado levaram o escritor a estar presente em várias sessões de apresentação do livro no território nacional e no espaço francófono europeu, como no espaço cultural Lusofolie’s em Paris, na Embaixada de Portugal em Bruxelas e na Livraria Camões em Genebra. Esta sessão literária simbólica incluirá uma prova de vinho verde, promovida pelos Vinhos Norte, um dos maiores produtores nacionais de vinho verde que procura aliar a tradição de fazer vinho com a inovação no setor. LP 16 de julho de 2015 A oportunidade perdida do PP-Açores • Por Osvaldo CABRAL C om o PSD dividido entre os “mota-amaralistas” e os que apoiam a direção de Duarte Freitas, o CDS/PP e o PPM tinham agora uma oportunidade de bandeja para apresentarem um cabeça de lista às eleições nacionais que seduzisse alguns eleitores sociais-democratas descontentes. Bastava um candidato com um perfil forte, independente das estruturas dos populares e que soubesse captar algumas franjas do eleitorado do PSD. Era uma estratégia óbvia que certamente terá estado no pensamento dos dirigentes centristas. A verdade é que não foi isso que aconteceu. Em vez de arriscar, o PP e o PPM optaram pela solução mais fácil e apresentaram um candidato comprometido com a linha de Artur Lima. Félix Rodrigues será um bom académico, muito conhecido na Terceira, onde mantém uma visibilidade como investigador na área do ambiente, mas com um raio de ação praticamente desconhecido nas outras ilhas, para além de se conhecer pouco, nas restantes ilhas, o seu pensamento político. Tudo exatamente ao contrário da estratégia mais óbvia, que seria “roubar” votos ao eleitorado mais descontente com o rumo do PSD-Açores. Ao recorrer a uma solução interna, ainda por cima comprometida com o diretório centrista, o PP e o PPM perderam uma oportunidade incrível para disputar com o PSD e PS um dos lugares à Assembleia da República. Não haverá muitas oportunidades como esta. ••• A LIÇÃO GREGA – O “Não” esmagador dos gregos pode ser uma enorme trapalhada, mas é também uma lição para a mediocridade política dos líderes europeus. Esta é das tais situações em que não se pode dizer que apenas uma das partes tem a razão toda do seu lado. O governo grego e os restantes estados-membros têm culpas em todo este processo, algumas inconcebíveis do ponto de vista político e outras que são desculpáveis porque explicadas à luz da tensão elevada entre duas posições extremadas. É verdade que os gregos exageraram ao longo destes anos, vivendo num mar de ilusões e enganos, pensando que os credores estariam sempre dispostos a abrir os cordões à bolsa para financiar um modo de vida fictício, mas também é verdade que os credores impuseram um modelo aos gregos completamente absurdo e insustentável. O Eurogrupo perdeu toda a credibili- dade política neste processo a partir do momento em que os seus líderes começaram a chantagear os gregos, como vimos com as declarações deploráveis nas vésperas do referendo. É por isso que o esmagador “Não” é uma lição de coragem, que pode resultar em mais desgraças para o povo grego, é certo, mas não deixa de ser um grito corajoso contra o aparelho monstruoso de Bruxelas, comandado por tecnocratas de gabinete, burocratas do negócio e fanáticos do lucro. É, ao mesmo tempo, uma lição para países como Portugal, onde a insensibilidade do governo de Passos Coelho pretende impor mais cortes nas pensões dos portugueses, quando já mais ninguém aguenta esta austeridade indecorosa. Quando o povo é soberano mas tem a barriga vazia, os políticos de compêndio acham que ele se deve vergar aos ditames da eurocracia. Pois aí têm a resposta. Começou pela Grécia e pode ser um rastilho para outros povos que não se queiram curvar mais perante o peso de políticas europeias sem sentido. Deste ponto de vista, a coragem do povo grego é encorajadora para muitos outros povos. ••• E O DESEMPREGO? – A Assembleia Regional vai estar a discutir, esta semana, as reformas autonómicas propostas por Vasco Cordeiro e Duarte Freitas. É muito cedo para um debate, ainda por cima de urgência, que não está na agenda da população açoriana. Era bom que os deputados estivessem mais sintonizados com os eleitores, porque, se estivessem, saberiam que o mais preocupante, neste momento, é o desemprego, os problemas no acesso à saúde e o definhamento das economias nas ilhas mais pequenas. A não ser que o parlamento não tenha mais nada com que se entreter antes das férias. Então a “silly season” chega cedo... LP L u s oP r e s s e Página 11 ARLINDO VELOSA 7170, boul. Saint-Laurent Agente imobiliário «agréé» HONESTIDADE • EFICIÊNCIA • SERVIÇO ASSEGURADO Para vender ou avaliar a sua propriedade, chame-me! 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Sob o lema “O festival mais português de Portugal”, o Tuga Fest é o primeiro evento criado de raiz tendo como base a portugalidade. Ao juntar portugueses de todo o mundo vai privilegiar, valorizar e evidenciar o que de melhor se faz no país. A componente musical é a sua principal atração – pelo palco principal vão passar nomes como Tony Carreira, Xutos & Pontapés, Ana Moura, José Cid, Rita Guerra, Herman José, Zé Amaro, Quim Barreiros, Banda Red, Mariana Oliveira e alguns dos melhores dj’s nacionais; no palco “Sagres”, à tarde, vão atuar grupos musicais tradicionais de vários pontos do país –, mas o Tuga Fest não se fica por aqui. O festival tem também áreas de exposição/ venda de produtos nacionais (gastronomia, artesanato e vinhos), com cerca de 100 expositores e uma área de diversões. Isto tudo aliado à ria, praia e sol que se faz sentir nessa altura, numa das regiões mais bonitas de Portugal. O festival vai ser ainda dotado de uma área própria para campismo, equipada com balneários, sanitários, piscina e áreas para refeições ligeiras. Também no recinto irá existir um restaurante tradicional português com capacidade para mais de 400 pessoas sentadas em simultâneo. O Tuga Fest vai funcionar das 11H00 às 04H00 e os bilhetes já estão disponíveis, em qualquer parte do mundo, através da Ticketline em: http://ticketline.sapo.pt/evento/ TUGA-FEST-2015-11170 Reserva natural conhecida em todo o mundo Atualmente com um crescente desenvolvimento turístico, S. Jacinto, uma pequena povoação piscatória situada numa península Dunas de S. Jacinto.. (com o mesmo nome) no concelho de Aveiro, é conhecida pelas suas dunas e por ter uma das principais reservas naturais da Península Ibérica, que pode ser visitada a pé ou de barco pela ria de Aveiro. Nas proximidades encontram-se ainda praias muito conhecidas, como Torreira, Praia da Barra, Costa Nova, Furadouro ou Espinho. LP Alto Comissariado para as Migrações lança o 1° Concurso de Ideias para o empreendedorismo emigrante P Paulo Duarte SEDE: Largo de S. João, 18 9500-106 Ponta Delgada Tel.: 296 282 899 Fax: 296 282 064 Telem.: 962 810 646 Email: [email protected] www.rentacar-eurocor.com AÇORES rojetos Locais de Capacitação ao empreendedorismo vão apoiar os emigrantes no desenvolvimento de competências de gestão. O Alto Comissariado para as Migrações (ACM) acaba de lançar a primeira edição do Concurso de Ideias VEM – Valorização do Empreendedorismo Migrante –, que tem como objetivo apoiar os emigrantes micro empreendedores, que têm projetos para a criação de negócios em Portugal. De acordo com o Alto-comissário para as Migrações, Pedro Calado “O Concurso de Ideias VEM faz parte de um conjunto de medidas, incluídas no Plano Estratégico para as Migrações, que o ACM vai desenvolver para capacitação do empreendedorismo e captação do investimento dos cidadãos nacionais emigrantes, que querem regressar a Portugal.” Pedro Calado acrescenta “Em paralelo com o VEM, o ACM vai promover Projetos Locais de Capacitação, dando novas valências aos portugueses que estão fora do país e, em especial, aos que querem regressar, para desenvolver o seu projeto profissional em Portugal. Acreditamos que esta capacitação em empreendedorismo é um passo importante na preparação dos emigrantes que pretendem participar nos programas de apoio e de especial interesse para todos os portugueses que, apesar da distância, continuam a sonhar um projeto profissional próprio no seu país.” O concurso, com candidaturas abertas entre 7 de julho e 7 de setembro de 2015, dirigese a portugueses e luso-descendentes que vivem no estrangeiro e tem como objetivo apoiar a estruturação e implementação de soluções empreendedoras, bem como o acompanhamento em todas as fases de operacionalização indispensáveis para transformar um projeto num negócio em Portugal. Após o período de candidaturas do VEM, serão selecionados até 240 projetos que beneficiarão de apoio técnico para desenvolvimento do plano de negócio. Deste total serão selecionados os finalistas, que apresentarão o seu projeto num elevator pitch, momento crucial para eleger os empreendedores que vão obter até 20 mil euros de financiamento, assim como acompanhamento e monitorização para a implementação e arranque do seu negócio. Podem concorrer a este Concurso os cidadãos de nacionalidade portuguesa ou os lusodescendentes, maiores de 18 anos, que residam fora de Portugal, que se comprometem a desenvolver uma ideia de negócio a implementar no território nacional, e que vão fixar residência regular em Portugal, criando no país o seu posto de trabalho. O regulamento do Concurso de Ideias VEM, bem como a ficha de pré-inscrição obrigatória encontram-se disponíveis em: http:// www.acm.gov.pt/-/concurso-vem. Para mais informações CONTACTAR: LIFT CONSULTING Helena Rocha [email protected] Tel.:917 176 862 LP L u s oP r e s s e 16 de julho de 2015 Contra o Columbus Crew Grande vitória do Impacto! • Por Norberto AGUIAR O Impacto de Montreal, sábado passado, defrontou e venceu o Columbus Crew em jogo referente à 16ª jornada do Campeonato da Major Soccer League. O desafio correu muito bem aos montrealenses, que na ocasião se bateram contra o terceiro classificado da Zona Este da MLS, a sua zona. Ainda não estavam decorridos 10 minutos e o Impacto já ganhava por 2-0 quase sem saber como e porquê. O que é certo é que os azuis e pretos, bafejados um pouco pela sorte e também pelo estado surpresa da sua entrada em campo, chegaram ao golo com uma bela jogada de Piatti, mas que beneficiou, na conclusão da sua jogada, de um erro tremendo do defesa adversário que seguia a jogada na sua parte final. Mas como os golos só se fazem, na maior parte das vezes por erros dos protagonistas em campo, nada a opor... Mal recuperados do golo inicial, os columboenses logo se viram massacrados com um segundo tento, este de se lhe tirar o chapéu, como é uso dizer-se. Foi no seguimento de um pontapé de canto, um ressalto e bola no pé de Donadell que, de fora da área lhe aplicou um portentoso pontapé que levou a bola ao ângulo direito da baliza do Crew sem a mínima possibilidade de defesa para o guardião Steve Clark. Com dois a zero, a confiança apoderou-se dos quebequenses, que assim puderam estabilizar o seu futebol de maneira a evitar a maior pressão do adversário, que tudo tentou para chegar ao golo; golo esse que pudesse catapultar a desejada recuperação... Apesar do Columbus pressionar no meio-campo montrealense e de ter tido três ou quatro oportunidades de golo quase feito, a verdade é que o Impacto foi resistindo, e até criando perigo, o que deixou os americanos sempre desconfiados da possibilidade de um contra-ataque azul e preto que visse pôr fim aos seus intentos. E foi o que aconteceu. As grandes oportunidades criadas pelos amarelos ou foram ingloriamente desperdiçadas diante da baliza, ou tiveram a ação de Evan Bush, o guarda-redes local que pelo menos em duas ou três ocasiões fez defesas fenomenais, daquelas de ficar na retina do espetador. E como o tal contra-ataque acabou por funcionar, resultando em golo, o jogo logo ali ficou decidido. Isso aconteceu aos 80 minutos, depois de um remate de Dilly Duka, que o guardião adversário não segurou. Ora, bem colocado, Dominic Oduro, como havia feito já no primeiro golo, encostou para o terceiro tento dos homens de Frank Klopas. Com 16 jogos feitos, 21 pontos averbados e quatro jogos de atraso dos seus mais diretos opositores, o Impacto, caso os vença todos, pode aspirar a um lugar de topo na liga. Como comentário a esses dados, o que podemos dizer é que o Impacto, hoje por hoje, tem equipa e plantel para subir na classificação e isto independentemente do que fazem os seus adversários. Mas é preciso continuar a jogar como contra o Columbus Crew. Se o fizerem como com o Nova Iorque City, de David Villa, na outra semana, onde averbaram uma derrota «genante», então tudo se pode questionar... Resultados: Impacto x Nova Iorque City, 1-2 Impacto x Columbus Crew, 3-0 Próximos jogos: Dia 18 de julho Sporting Kansas City x Impacto Dia 25 de julho Estádio Saputo: Impacto x Sounders de Seattle Dia 1 de agosto Nova Iorque City x Impacto. LP Telefone e fax: (514) 849-9966 Alain Côté O. D. Optométriste Exame da vista, óculos, lentes de contacto Clinique Optmétrique Luso 4242, boul. St-Laurent, bureau 204 Montréal (Qc) H2W 1Z3 Página 13 Espetáculo inédito «Atlas Montréal» L Dra. Carla Grilo, d.d.s. USOPRESSE – Soubemos, através do Escales improbables de Montréal, que a partir de 5 de setembro estarão em Montreal dois comediantes portugueses para montar um espetáculo de cariz inédito. Os artistas em questão são Ana Borralho e João Galante. Com efeito, o espetáculo tem por objetivo reunir 100 pessoas no mesmo palco, não sendo necessário experiência teatral, daí que estão já convidados padeiros, polícias, fotógrafos, políticos, bombeiros, agricultores, futebolistas, floristas, cozinheiros, cabeleireiros, mesmo padres e, claro, artistas... Pessoas de outras quaisquer profissões são igualmente bem-vindas. O espetáculo «Atlas Montréal» visa uma experiência teatral coletiva, onde os seus protagonistas tenham perfis completamente diferentes. A peça subirá ao palco da Maison de la Culture de Frontenac nos próximos dia 11 e 12 de setembro, depois, claro, do trabalho de base feito nos dias antecedentes. Se está interessado(a), convidamo-lo(a) a comunicar com o telefone (514) 313-6667. Dentista Clínica Dentária Christophe-Colomb Escritório 1095, rue Legendre est, Montréal (Québec) Tél.: (514) 385-Dent - Fax: (514) 385-4020 Publicidade: (514) 835-7199 LP TREINOS DE CAPTAÇÃO FUTEBOL PARA ATLETAS LUSO-DESCENDENTES SONHAS JOGAR NUM CLUBE GRANDE? AGARRA ESTA OPORTUNIDADE! ATLETAS NASCIDOS EM 1997 / 1998 / 1999 / 2000 2001 / 2002 / 2003 / 2004 2005 / 2006 MAIS INFORMAÇÕES SITE WWW.SCOUT.COM.PT E-MAIL [email protected] TELEMÓVEL 00351 964440150 INSCRIÇÕES LIMITADAS! 25 e 26 JULHO 2015 - LISBOA PRESENÇA DE OLHEIROS DOS CLUBES PROFISSIONAIS 16 de julho de 2015 EDITORIAL... Cont. da pág. 1 de Roma. Depois, com a queda de Constantinopla conquistada pelos exércitos otomanos, foi a ocupação turca durante 350 anos. Realcese aqui que, apesar dos otomanos terem conseguido impor a lei maometana a todos os povos vencidos, não foram capazes de extirpar a fé ortodoxa dos gregos durante todo aquele tempo. Em 1821 os gregos, apoiados pelas potências europeias, revoltaram-se contra o Império Otomano e conseguiram a sua independência. Até à primeira guerra mundial os gregos continuaram a sua luta para recuperar os territórios ocupados pelos turcos. Infelizmente nem todas as tentativas foram frutuosas e assim é que hoje Constantinopla se chama Istambul e pertence ainda à Turquia. Durante essas guerras milhares de gregos foram expulsos das terras ocupadas pelos otomanos, terminando assim com a presença de mais de milhão e meio de gregos que habitavam a leste do mar Egeu havia mais de 4 mil anos. Durante a década de 1930 a Grécia, como tanto outros países europeus (Portugal, Espanha, Itália, Alemanha), foi arrastada para o fascismo e, durante a segunda guerra mundial, o país foi ocupado pelos alemães, com o apoio dum governo colaboracionista. Um ano depois do fim da grande guerra, em 1946, rebentou um novo conflito, desta vez uma guerra civil que vai opor as forças monárquicas, apoiadas pela Inglaterra e pelos Estados Unidos, contra os militantes do Partido Comunista Grego que contavam com o apoio dos países comunistas vizinhos. Podese dizer que este foi um dos primeiros conflitos ocorridos dentro do contexto da Guerra Fria, o qual deixou o país num estado bem pior do que aquele em que se encontrava no final da ocupação nazi, em 1944. Em 1952 a Grécia entrou na esfera da NATO, confirmando-se assim a divisão territorial entre os países de leste e o ocidente. Em 1967, um golpe de estado liderado por um grupo de coronéis impõe uma ditadura militar. O rei foi obrigado a fugir para o exílio. Milhares de gregos foram obrigados a emigrar também. A sociedade ficou politicamente dividida até 1974, data em que terminou o reino dos coronéis. Em 1981, o país aderiu à União Europeia e aproximou-se do nível de vida dos países europeus, com uma constituição democrática e parlamentar de tipo ocidental. Convém no entanto não esquecer que o apoio ao partido comunista sempre se manteve, sobretudo no norte do país. Em 2008, a banca helénica (outro nome sinónimo de grego), como a maior parte das suas congéneres mundiais deixa-se apanhar na famosa bolha especulativa do “papel tóxico”. O governo veio em socorro dos bancos sob o famoso princípio que os bancos não podem ir à falência senão é a economia toda do país que vai à bancarrota. (Too big to fail). Aliada a esta crise – a divisão social e política do país, com feridas ainda não cicatrizadas pela guerra civil –, todos os governos que se sucederam, alternando entre direita e esquerda, todos mantiveram um sistema de nepotismo partidário que, sempre que estavam no poder, favoreceram a criação de empregos (“tachos”) para os amigos e as respetivas famílias políticas. Como se este partidarismo corruptor não chegasse, a própria constituição prevê que os armadores e a igreja ortodoxa não paguem im- L u s oP r e s s e postos. Esta falta de ética justifica, largamente também, a falta de responsabilidade cívica e fiscal dos contribuintes, particularmente da parte dos comerciantes e empreiteiros, que escondem ao fisco uma percentagem importante das suas receitas. Acrescente-se a este estado de desorganização do sistema fiscal, as vantagens alargadas que foram feitas em matéria de reformas e pensões, muitas das quais estão a ser pagas a pessoas que já morreram há muitos anos. Claro que para pagar todas as vantagens sociais previstas na lei é preciso dinheiro. Dinheiro que o estado não tem e que tem vindo a pagar com empréstimos da União Europeia. Só que os empréstimos um dia têm que ser pagos. E os europeus não querem continuar a emprestar dinheiro enquanto a Grécia não arrumar a casa. Esta imposição de arrumar a casa é aquilo a que os partidos de esquerda chamam de austeridade. E o partido que está agora no governo foi eleito porque prometeu que ia acabar com a austeridade. Vendo que a Europa não cedia à chantagem do líder do governo Alexis Tsipras, este resolveu chamar os eleitores para um referendo no qual deviam aceitar ou recusar as medidas impostas pela União Europeia. Os eleitores, a mais de 60 % disseram que não, que o governo de Atenas não devia aceitar as condições da Europa. Agora, no fim da última semana, forte do resultado do referendo, o senhor Tsipras apresentou-se com nova proposta aos europeus. Estes respondem-lhe que não lhe emprestam mais dinheiro enquanto não arrumar a casa. Isto é, ainda são mais intransigentes do que antes. Resultado, o governo grego agora vai tentar convencer o parlamento de que aceitem as condições europeias. Porque sem dinheiro os bancos não podem voltar a abrir. A economia está parada. Desde que foi eleito em janeiro este governo, em vez de se atacar às reformas necessárias para que o estado possa aumentar as suas receitas, tem andado a jogar ao gato e ao rato com os parceiros europeus. Mas visto que a Grécia é o berço da nossa civilização, que se encontra no cruzamento do mundo ocidental e do mundo muçulmano, os europeus, de bom ou mau grado têm que por um pouco de água na fervura, porque não pode haver o «grexit» (Greek Exit). A saída da Grécia não faria muita mossa à economia europeia, visto que não conta por mais de 2 % do total da Europa. Mas histórica e estrategicamente seria um desastre. Peçamos a todos os deuses do Olimpo para que tal cenário não se concretize. SAUDADE... Cont. da pág 6 levisão. Carlos Querido morre a 7 de julho do ano de 1990, com 49 anos de idade. Desaparece assim o animador, o desenhador, o projetista deixando centenas de cassetes e milhares de notas referentes a uma comunidade que ele admirava. Que bomba… que dano para este bairro… Se não fosse dono de tão grande coração e tão carismático, Deus não o teria levado tão cedo para o outro lado. Deixou na dor e no desespero os dois filhos jovens, Pedro e Daniel e no fundo do túnel da saudade Luísa Querido, sua esposa. Ora, atrás de tempo vem tempo, Querido levou caminho mas seu nome ficou gravado honrosamente nos anais da história desta sua terra de acolhimento. Sendo assim, o nome Página 14 Querido continuou a nortear os destinos da Televisão. Não houve desistência, Luísa e Pedro Querido, seu filho, assumiram com responsabilidade e entrega a direção e animação do programa ao qual deram o nome de Produções Luso-Québécois. Em 1997 a nossa Televisão chega ao fim, todos os grupos étnicos na Província do Quebeque viram seus direitos de transmissão proibidos pelo CRTC. Por mais que os diretores de antena se debatessem, contra a lei emitida nessa altura, com vias de reaver os serviços prestados pela Cable Vision dessa época, revelou-se infrutífero. A fim de reivindicar os seus direitos e os do seu povo luso, Pedro Querido decidiu organizar uma grande manifestação mas a comunidade portuguesa não participou. A verdade é que vieram uns 100, portanto o jovem merecia que o povo se levantasse em peso e o apoiasse nesta luta. Pedro Querido teve grande coragem e muita determinação bem como Luísa Querido que esteve sempre ao lado do filho amado. Carlos Querido desapareceu como pessoa mas o nome dele perdurará para sempre. Quem não sabe?! Este pai maravilhoso deixou no mundo um grande profissional. Por sua vez, o filho por onde passa defende com honra e grande orgulho o nome de seu pai. Pedro Querido é uma cópia perfeita do pai, bondoso, extraordinário, generoso, bom trabalhador e amante da sua língua e cultura portuguesas. Neste momento, ele participa na montagem dos programas, colaborando de perto com o Diretor da LusaQ TV, Norberto Aguiar. Fernando Pessoa disse: “Não me venham com conclusões, a única conclusão é morrer”. Não era este o fim que Carlos Querido desejava antes de atingir o meio século de vida. “Não me venham com conclusões” a língua portuguesa continua de boa saúde em Montreal e veio para ficar. Por isso queremos render homenagem, neste preciso momento a Carlos Querido, por ter sido um pilar fundamental para que Portugal se sentisse em Montreal através deste Monumento importante que é língua. Querido Carlos na virada do ano 1990 deixaste este mundo mas nós nunca te esqueceremos, até um dia… Lá onde estiveres recebe este nosso abraço de saudade. Na fronteira e no Aeroporto do Porto... Revista PORT.COM recebe os emigrantes C OIMBRA – Para receber da melhor forma os portugueses que vivem no estrangeiro, a Revista de Portugal e das Comunidades Portuguesas, PORT.COM, está a preparar uma calorosa receção, na qual equipas devidamente identificadas darão as boas-vindas aos que regressarem ao nosso/seu país para usufruir do merecido descanso. Se nos anos anteriores a ação teve um foco maior na via terrestre, com especial enfoque na fronteira de Vilar Formoso, este ano a novidade passa pela presença também no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. Por estar junto das zonas que têm maiores índices de emigração (norte e centro do país), este é o aeroporto português que conta com o maior movimento de emigrantes. A oferta de lembranças e da edição especial de agosto da revista fazem parte destas ações. Desta forma, o próximo número da Revista PORT.COM está a ser preparado com conteúdos que ajudem as famílias de emigrantes no re-encontro com Portugal. Sol, praias, destinos turísticos, petiscos e cerveja, entre outros, ajudarão a preencher as páginas da próxima edição. Além de Vilar Formoso e do aeroporto do Porto, esta mesma revista, que terá uma tiragem especial de 100 mil exemplares, será distribuída também em Fátima, nos dias 12 e 13 de agosto, durante a grande peregrinação anual que, como é sabido, atrai milhares de emigrantes ao santuário. Para chegar ao maior número de pessoas possível, a revista vai ser oferecida em hotéis, restaurantes, cafés, museus e lojas de artesanato. As ações de receção serão divulgadas no site e redes sociais da revista, que pode acompanhar através das seguintes páginas: www.revistaport.com e www.facebook.com/ revistaportcom. Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto) 30 de julho a 2 de agosto O Aeroporto do Porto irá proporcionar uma ação de boas vindas aos seus passageiros, emigrantes e turistas, nos dias 30 de julho a 2 de agosto. No interior (zona de chegadas), enquanto os passageiros esperam pelas suas bagagens, podem visitar uma pequena exposição de artesanato e degustar produtos tradicionais portugueses em ambiente com animação folclórica. A todos é oferecida a edição especial da Revista PORT.COM. Fronteira de Vilar Formoso 1 e 2 de agosto A ação tem lugar na linha de fronteira, onde equipas PORT.COM, devidamente identificadas, vão receber e dar as boas-vindas às famílias de emigrantes que vêm passar férias em Portugal. Diariamente serão oferecidos milhares de exemplares da revista e outras lembranças. Fátima Dias 12 e 13 de agosto A “Peregrinação dos Emigrantes”, realizada anualmente nos dias 12 e 13 de agosto, integrada na Semana Nacional das Migrações, atrai anualmente milhares de emigrantes de todo o mundo ao Santuário de Fátima. A Revista PORT.COM será distribuída aos emigrantes e peregrinos em locais de grande movimento, tais como: hotéis, museus, restaurantes e estabelecimentos de artigos religiosos e regionais. Para mais informações, contacte: Márcia Oliveira Tel.: 967583072 Email: [email protected] LP iÌÀiÛÃÌ>ÃÊUÊÀi«ÀÌ>}ià `iL>ÌiÃÊUÊ`iëÀÌÊUÊVÕ`>`ià O seu programa de televisão semanal Norberto Aguiar, Produtor Tél.: (450) 628-0125 ÊUÊÊ i°\Ê(514) 835-7199 Ê ÕÀÀi\ [email protected] [email protected] Horário: Segunda-feira, 21 horas - Sábado, 11 horas Canal 47 (sinal aberto) Videotron: Canais 16 ou 616 em alta definição Bell: Canais 216 fibe ou 1216 em alta definição 16 de julho de 2015 L u s oP r e s s e Página 15 espera do prolongamento, quando não dá para mais e, de surpresa, qual animal felino, zás, toma lá o golo que te manda para casa. Foi assim com a Austrália, e com a pobre Inglaterra, que ainda «ajudou à missa» com a marcação de um golo na sua própria baliza... O Japão ainda deu um ar da sua graça no jogo da final quando marcou um golo e forçou as suas adversárias a cometer alguns erros que, no fim, ainda deram para marcar um golo na própria baliza... Honra lhe seja feita pelo facto de ter sempre dado réplica às americanas mesmo em condições adversas, mercê do maior poderio norte-americano. Já do lado dos Estados Unidos, entre algumas boas vitórias (Austrália, 3-1) e outras excelentes, como perante a Alemanha (2-0), a equi- pa ainda teve de se aplicar para arrancar um ponto (0-0) à Suécia, um candidato sempre adiado – tem um segundo lugar em 2003 –, mas que é, de facto, uma boa equipa, e chegar à final e apresentar, talvez, o seu melhor jogo do torneio, que deu para bater sem apelo nem agravo o campeão Japão. Em suma, excelente vitória das americanas neste Mundial que, assim, voltam aos seus grandes dias, juntando mais um título aos dois já conquistados em 1991 – o primeiro da história do futebol feminino – e de 1999. Com estes três títulos, os Estados Unidos são o país com mais campeonatos ganhos! Os outros campeões são a Noruega, com um (1995), a Alemanha, com dois (2003 e 2007) e o Japão, também um (2011). L P Hope Solo, a melhor guardiã do campeonato. Foto FIFA/Associação Canadiana de Futebol. Carli Lloyd, a melhor jogadora do Mundial. Foto FIFA/Associação Canadiana de Futebol. Mundial de Futebol Feminino, Canadá 2015 O tricampeonato para os Estados Unidos! • Por Norberto AGUIAR E mbora não fosse a favorita principal – nessa qualidade estava a Alemanha por força da sua então primeira posição na tabela classificativa da FIFA –, a equipa de futebol feminino dos Estados Unidos acabou por ganhar o Campeonato Mundial, demonstrando ao planeta que ela, sim, é que é a melhor equipa do Mundo! E se dúvidas ainda houvesse, aí está o prestigioso troféu ganho nada mais, nada menos do que diante das até então campeãs mundiais, as asiáticas do Japão! De resto, o resultado de 5-2 não deixa espaço para nenhumas reticências! Terceiro e quarto lugares: Alemanha x Inglaterra, 0-1 (ap) Catalogada de grande favorita, a Alemanha, que já havia suado as estopinhas para eliminar, nos quartos-de-final, a França, viu-se relegada para fora do pódio, mercê da derrota, no prolongamento, diante da Inglaterra, que acabou por ser a grande surpresa da prova ao terminála na terceira posição. Com várias jogadoras de renome mundial, a começar na meio-campista Anja Mitag, mas sobretudo na atacante Célia Sasic – ganhou a Bota de ouro, com seis golos, os mesmos de Carli Lloyd, por via de ter jogado menos minutos do que a americana –, e a guarda-redes Nadine Angerer, anteriormente considerada a melhor jogadora do mundo, mesmo assim a Alemanha não conseguiu levar a melhor sobre a Inglaterra, que na primeira fase até tinha sido batida pela infeliz França, se considerarmos que as gaulesas mereciam ter passado diante das alemãs, ao terem jogado muito melhor, com oportunidades flagrantíssimas... e eliminadas na lotaria das grandes penalidades. As inglesas, porém, na prova, foram sempre muito certinhas. Ganharam dois jogos no seu grupo (2-1, ao México e à Colômbia) e perderam com a França (1-0). Depois bateram (outra vez por 2-1) as norueguesas, que tinham pretensões ao pódio e, para mal dos pecados da equipa da casa, venceram o Canadá ainda por 2-1, num embate impróprio para cardíacos, onde as súbditas de Sua Majestade foram bafejadas pela sorte. A sorte que não tiveram no desafio com as japonesas, que perderam por 2-1, e que as afastaram de ir à grande final... Seja como for. No futebol não ganha sempre quem é melhor ou quem é favorito. E ainda bem que é assim. Resultado, quem levou a medalha do terceiro lugar para casa foi a Inglaterra, quando toda a gente pensava que, afastada da final, seria a Alemanha a ficar no terceiro lugar do pódio. Não há dúvida que este é mais um revés da Alemanha. Não esquecer que, há quatro anos, quando era favorita ao cetro, até por jogar em casa, ela acabou fora das meias-finais, deixando a última decisão entre as mãos (pés, melhor dizendo) de japonesas e americanas. Primeiro e segundo lugares: Estados Unidos x Japão, 5-2 Os Estados Unidos já tinham vingado a derrota de há quatro anos, na Alemanha, quando perderam diante das japonesas através da marcação das tão famigeradas grandes penalidades. Foi nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Ali, na final, as americanas arrebataram a medalha de ouro e tudo se saldou... Agora, com a disputa de outra grande competição mundial e atendendo ao que se dizia, não muita gente via as asiáticas na final. Pensava-se que o Japão estaria em declínio, mesmo se era uma equipa a ter em linha de conta pelos seus pergaminhos ao longo da última década, quando ultrapassaram países como a Noruega – ganhou o Mundial em 1995 – , a Suécia, a China, o Brasil... Afinal, tranquilamente, sem quase se dar por isso, lá estava o Japão na final deste Mundial canadiano. Pelo caminho venceu, sucessivamente, Camarões (2-1), Equador (1-0) e Suíça (1-0), isto na primeira fase. Depois, mais três vitórias contra a Holanda (2-1, nos 16 avosde-final), a Austrália (1-0, nos quartos-de-final) e a Inglaterra (2-1, nas meias-finais). Só não deu mesmo para vencer os Estados Unidos... No jogo da final, valeu às americanas terem iniciado o desafio em grande. Em 16 minutos já o resultado estava em 3-0! Foi a maneira mais apropriada encontrada pelas ianques de forma a destabilizar as adversárias, que formam uma equipa de «paciência», que espera, se for caso disso, pelo jogo todo para lançarem o ko às suas antagonistas. E foi assim no decorrer da prova. Está-se nos minutos finais, à TENHA SOBRE A MESA UM BOM CAFÉ PAOLO! DISTRIBUÍDO CÁPSULAS POR PAOLO’S MACHINE EXPRESSO COMPATÍVEIS NESPRESSO - BICAFÉS HORÁRIO: • De segunda a quarta-feira, das 9h00 às 18h00 • Quinta e sexta-feira, das 9h00 às 21h00 • Sábado, das 9h00 às 18h00 Paolo’s Machines Expresso 4603, boul. St-Laurent Montréal (Québec) Canadá H2T 1R2 Tél.: (514) 849-7763 Fax: (514) 849-5383 16 de julho de 2015 L u s oP r e s s e Página 16