Presidentes da República 15/11/1889 >(Manuel) Deodoro da Fonseca 1892 > Assembléia Nacional Constituinte elegeu Deodoro Presidente e Floriano Peixoto VicePresidente. 1893 > Floriano assume a presidência 1894 > Prudente de Morais assume a presidência. 1898/1902 > Eleição de Campos Sales, 1º presidente civil . 1902-1906 (?) > Francisco de Paula Rodrigues Alves(fez a reforma urbana no Rio de Janeiro) NEEDELL, Jeffrey. Belle Époque tropical. Sociedade e cultura de elite no Rio de Janeiro na virada do século. São Paulo: Cia das Letras, 1993. Jeffrey Needell inicia o livro Belle Époque tropical afirmando que embora o Brasil tenha rompido laços formais com o Império português em 1822 > continuou a manter vínculos coloniais econômicos informais com a Grã-Bretânia. Este status econômico neocolonial > manteve-se e foi intensificado por todo o século XIX. Esclarece que sua análise > concentrar-se-á na função da cultura nesse contexto neocolonial. Foco da análise > elite carioca, entre 1898-1914(=belle époque) Sua proposta é analisar o papel da cultura de origem européia na estrutura social e econômica do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. A tese central do autor > é de que a cultura e sociedade de elite serviram para manter e promover os interesses e a visão da própria elite, e que paradigmas culturais derivados da aristocracia européia foram adaptados ao meio carioca com essa finalidade. O estudo embora concentre-se na belle époque > também faz a análise das tendências socioculturais da elite do século XIX, notadamente do Segundo Reinado (1840-1889). Proposta do autor> explorar dois temas: relações entre cultura e colonialismo e cultura urbana Needell expõe que seu interesse pelo tema decorre de seus estudos sobre o colonialismo > na América Latina e na África. Com esses estudos constatou um padrão comum nas relações entre a cultura dos colonizados e a dos colonizadores. Esse padrão se manifesta em três etapas: conflito, adaptação e rejeição. Esclarece,ainda, que a situação da A.L. é distinta > e, por isso, essas noções são apenas indicativas (p. 12) devido a duas situações complicadoras:o término mais cedo da experiência colonial e a existência do neocolonialismo, paralelo ao imperialismo europeu de 1880 a 1914. Este estudo, é uma tentativa de análise de uma cultura “neo”-colonial durante a segunda etapa do colonialismo cultural (p.12). Cultura urbana > e ideologia O autor insiste que seu interesse é saber > o impacto da aceitação e adaptação da cultura metropolitana (européia) > no período de sua maior influência no país. A intenção é > perceber como esses elementos se mesclam e se fundem de modo vital com os elementos nativos. A preocupação com a cultura urbana > surgiu de um conceito presente no estudo de José Luis Romero. O autor > indicava a função ideológica das transformações urbanísticas (no estilo xadrez) > que modificaram muitas cidades latino-americanas no período de 1870 a 1914, a exemplo de Rio de janeiro, Buenos Aires e México (porque todas estas cidades tem uma perspectiva de ser uma “cidade luz” projetada). Fundamentos da pesquisa O seu interesse era ver de que modo isso ocorria e analisar os motivos dessas transformações urbanísticas. Needell observa que tentou ir além dos aspectos materiais e institucionais mais óbvios do mundo das elites > avançando aos aspectos íntimos e, em seguida, aos mais intelectuais. Ênfase da pesquisa > nas vidas e experiências individuais > como melhor via para chegar ao passado e, no caso de certas pessoas, como meios para unificar a disparidade dos assuntos tratados (que são distintos). Explicita que seu objetivo > foi chegar a uma visão global do mundo da elite carioca (p.13). Fontes usadas: entrevistas; memórias; periódicos; fontes primárias(romances); “fontes secundárias” (biografias, prefácios e outras) e vasta produção Cap. 1 – Rio de Janeiro: capital do século XIX brasileiro O autor inicia sua análise afirmando que a belle époque > é expressão de tendências específicas de longa duração (tem permanências que perduram os posteriores – instituições pós-estabelecidas e a cultura) e também fenômeno inédito. Na leitura do autor a discussão e análise de qualquer aspecto da belle époque > remete a questões complexas. Iniciará sua abordagem sobre a história sócio-cultural da elite > a partir do esboço da realidade nacional e urbana, as quais se confrontavam os cariocas. Contexto: 1.O império: mudança e desafio (1868-1888) Inicia o capítulo observando que as instituições do Império se estruturaram logo após a ”independência” e tomaram novo formato no terceiro quartel do século. Era uma sociedade agrária > composta por fazendeiros localizados em suas fazendas e por núcleos urbanos, localizados na faixa litorânea (portos). Os habitantes apareciam divididos entre dois estratos sociais: senhores e escravos. Um poderoso composto por fazendeiros e comerciantes brancos; o outro, muito numeroso, formado por negros e mulatos, tanto escravos como libertos, e seus descendentes: trabalhadores rurais, empregados domésticos, artesãos, braçais da lavoura, trabalhadores urbanos, meeiros Contexto: 1.O império: mudança e desafio (1868-1888) • Esses estratos constituíam as principais forças sociais, que pressionavam uma estreita camada, sobretudo urbana, de setores médios: profissionais liberais, burocratas subalternos, empregados de escritórios e pequenos lojistas. • Ainda analisando o Império brasileiro, observa que nesse processo houve deslocamento do eixo econômico > do Nordeste açucareiro e das decadentes “Minas Gerais” > para o eixo Centrosul>centrado nos cafezais > regiões do RJ/MG/SP. Mudanças no Império Para o autor > esse deslocamento não altera a estrutura societária > predomínio > sociedade latifundiária voltada para o abastecimento do mercado internacional. Após o término da Guerra do Paraguai (1865-1870) > estava em curso três mudanças fundamentais: 1) crescimento dos entrepostos urbanos > transformados em centros culturais e políticos de um novo tipo; 2) 2)crise do sistema escravista (escravidão estava com os dias contados); 3) 3) insatisfação dos grupos novos excluídos do poder > Monarquia apoiada na elite aristocrática antiga do Nordeste e do interior do Rio de Janeiro, em detrimento de novas regiões produtoras como São Paulo . Esses grupos > propõem a República > como solução para os descontentamentos e as questões emergentes que apontavam para redistribuição do poder, decorrente da maior escolarização desses segmentos (p.20/21). Questões conjunturais • • Os filhos dos fazendeiros passaram a habitar os centros urbanos > e a exigirem reformas > porque o círculo de relações era fechado, isso não permitia que o sistema de acesso aos empregos públicos >restrito gerando descontentamentos. • O autor discorre sobre as várias articulações que passam a ocorrer e que resultam na abolição da escravidão e no golpe militar que implementa a República, seguindo as abordagens já consagradas sobre o assunto. Enfoca ainda as dificuldades dos governos iniciais no enfrentamento das lutas travadas no Rio Grande do Sul(1893-1895), Rio de Janeiro (1893-1895) e Bahia (1896-1897), apontando que essas disputas já haviam sido resolvidas em 1898, ano da posse de novo governo de Campos Sales. Este pode implementar as reformas necessárias para o funcionamento do país. 5. A elite carioca e o surgimento da belle époque Needell afirma que a belle époque carioca inicia-se com a subida de Campos Salles ao poder em 1898 e a recuperação da tranqüilidade sob a égide das elites regionais, já debeladas as rebeliões ocorridas nos primeiros anos da República. As mudanças ocorreram, mas não a ponto de modificar dois fenômenos associados: o controle exercido pela elite e sua expressão sociocultural. O autor observa que, na verdade, a sociedade e cultura de elite na capital > continuaram a promover e defender os interesses desta elite, ajudando a criar um sentimento de continuidade aristocrática, estabelecendo locais exclusivos para contatos e alianças, reforçando valores e pressupostos compartilhados > em busca de legitimação > em meio a mudanças econômicas, sociais e políticas (p.42). A belle époque > continuidade... Para Needell > a belle époque significou tanto a continuidade do passado colonial quanto o potencial de mudança no novo período. No afrancesamento desse porto tropical > empreendido por um filho de cafeicultor que havia estudado em Paris > manifestam-se muitos dos temas que serão discutidos ao longo dos capítulos (p.42). Antes disso, também houve reformas. Porém, elas seguem um padrão colonial de sucessivas alterações urbanas de pequena envergadura que foi iniciado com chegada de D. João VI e manteve-se ao longo do século XIX. O Rio de janeiro no século XIX • O autor discorre sobre o que era o Rio de Janeiro entre 1836 e 1868 > enfatizando as reformas ou instituições criadas desde a vinda de D. João VI, como a criação da Escola Militar ( em 1808), o transporte coletivo com os serviços de carruagem criados em 1817, a reforma no porto; a coleta regular de lixo iniciada em 1847; em 1852 instalou-se o telégrafo; iluminação de rua a gás (1854); também em 1854 instalou-se a 1ª ferrovia ligando o Rio de Janeiro a Petrópolis e em 1857 iniciou-se um sistema de esgoto subterrâneo. A reforma urbana (conservadora)de Paris inspira a do Rio de Janeiro Prosseguindo suas reflexões, no item 7 (A Paris do Segundo Reinado) o autor discute os parâmetros que inspiraram a grande reforma urbana do Rio de Janeiro, ocorrida no início do século XX, que remete a reforma de Paris implementada entre 1853 e 1870, por Haussmann, e pensada para o Brasil desde o século XIX, e não implementada devido as objeções do Imperador que a qualificava de uma reforma conservadora e das dificuldades políticas internas. Em Paris, tais reformas objetivavam atacar os velhos problemas de ruas estreitas e insalubres (locais de moradia da classe operária insurgente) a partir de um novo sistema de circulação preciso, e a insalubridade e saneamento e promover o embelezamento da cidade. Ao eliminar ou renovar potenciais centros de revolta, Haussmann adotava uma estratégia não apenas contra-revolucionária, mas também reformista. As vias aliviavam o congestionamento, levando ar e luz à cidade (em conjunto com o novo sistema de esgotos) e também investia contra as condições apontadas como as responsáveis pelas epidemias de cólera. O Rio de Janeiro civiliza-se O Rio de Janeiro vivenciara reformas pontuais, que estavam longe de resolver os seus problemas de insalubridade e doenças endêmicas, como os surtos de febre amarela, entre outras. Quando Rodrigues Alves toma posse, indica para Prefeito Pereira Passos, engenheiro formado em Paris, e conhecedor das reformas de Haussmann. O Presidente compõe uma equipe – Paulo de Frontin, Lauro Müller, Francisco Bicalho, Osvaldo Cruz - para implementar um conjunto de reformas que redefinirão o traçado da cidade, incluindo o próprio porto.Todos eles eram conhecedores das reformas implementadas em Paris na 2ª metade do século XIX por Haussmann. Portanto, a inspiração em Haussmann, era consciente e bem fundamentada e fora decidida por um grupo extremamente profissional. O Rio de Janeiro civiliza-se Segundo Needell, “o impacto das Grandes Obras de Paris nas reformas do Rio é obvio tanto nos planos de Pereira Passos 1875/76 quanto nas reformas de 19036. O impacto também se evidencia em aspectos cosméticos. A escolha do estilo arquitetônico, a ampla perspectiva da Avenida Central, a execução de jardins nas praças, a atenção dedicada ao campo de Santana e o projeto do filho de Pereira Passos para (o Teatro Municipal), versão carioca da Ópera de Paris – todos estes aspectos parisienses foram primordiais para o significado da belle époque carioca que emergiu com Rodrigues Alves”(p.58). Todas essa construções seguiam os ensinamentos do “ecletismo francês”, da École de Beaux-Arts. O Rio de Janeiro civiliza-se Esses teóricos ensinavam que o aspecto externo de um edifício deveria refletir sua função. Todas as construções da Avenida Central – Palácio Monroe (1906), Escola Nacional de Belas Artes (1908), Teatro Municipal (1909) e a Biblioteca Nacional (1910) conseguiram isso, ainda que de uma forma irônica, porque muitas vezes faltavam coerência arquitetônica em suas fachadas; mesmo assim, continuavam a cumprir sua função simbólica por integrarem –se a uma fantasia de Civilização traduzida nas pretensões de refinamento e ostentação. Mesmo que os edifícios fossem mais modestos, a “máscara acabava moldando os traços e afetando a visão do usuário”(p.66) (Afinal, ali próximo ficavam as lojas que vendiam os produtos vindos diretamente de Paris). Na avaliação de Needell, no “Rio ‘civilizado’ triunfou a antiga predisposição colonial para a assimilação de aspectos, tecnologias e valores europeus, e as contradições e pressupostos implícitos da belle époque carioca se concretizaram” (p.73). Capítulo 2 – Instituições formais da elite No capítulo seguinte (2) o autor vai abordar a sociedade e cultura de elite a partir da análise das instituições formais encarregadas da instrução intelectual e social dos jovens desse segmento social e de outras instituições que garantiam sua sociabilidade e suas redes de relações sociais. O foco é o ensino secundário dos jovens, notadamente no Colégio Pedro II (criado em 1837), para os rapazes e o Collège de Sion (fundado em 1888) destinado as meninas > considerados pelo autor paradigmáticos > pelo papel que desempenharam na formação das crianças que integravam a sociedade de elite. O outro bloco de instituições eram os clubes e teatros freqüentados pela elite > que servem para verificar as mudanças das origens, circunstâncias e expressões tanto da sociedade quanto da cultura de elite.Nesses meios > manifestava-se e era promovida grande parte da visão de mundo e da dominação social da elite. Capítulo 2 – Instituições formais da eliteEducação secundária • Afirma Needell que em geral, apenas as famílias de posses e posição tinham • acesso à educação secundária no Segundo Reinado (1840-1889) e na República dos primeiros tempos (1889-1930). Durante muito tempo, os filhos dos fazendeiros, grandes comerciantes e homens de negócios eram educados em casa pelos pais ou tutores. Quando chegava a idade considerada adequada seguiam para o colégio interno ou exterior. Instituições formais da elite- Educação secundária O ensino seguia o padrão europocêntrico definido. Os mestres geralmente vinham do Velho Mundo, de origem ou influência francesa. Estudava-se em textos franceses ou traduzidos deste idioma; > objetivo a alcançar : aquisição da cultura européia. Needell conclui que levando em conta a origem das escolas, dos professores e dos textos didáticos > a instrução dada a esses jovens das elites seguia a receita da França da Restauração: humanista, conservadora e católica. O Colégio D. Pedro II O Colégio fundado em 1837, sob a égide imperial formou gerações das famílias abastadas que moravam na Corte ou que a ela se dirigiu. Só perdeu esse status de colégio preferido pelas elites no início da República, embora tenha continuado o seu papel de determinar os padrões nacionais para os textos didáticos e as avaliações. Lá estudaram futuros ministros,literatos, senadores e presidentes da República. O Colégio buscou sua inspiração e seu currículo na educação clássica francesa (p. 76) e foi acompanhado de perto pelo Imperador D. Pedro II que participava de suas atividades acadêmicas, tais como as provas orais. “Reunidos em pequenas turmas, de 30 a 35 alunos, (que em 1865 totalizavam 327 alunos), durante seis ou sete anos, jovens cavalheiros e um punhado de bolsistas estudavam os clássicos sob a supervisão dos melhores professores do Segundo Reinado.”(p.77). O Colégio adquiriu status pelo seu rigor, disciplina, hierarquia e uma supervisão atenta de seus instrutores. Formava um mundo à parte, capaz de inspirar ao mesmo tempo admiração e ressentimentos. Educação secundária: as jovens das elites Para as moças das famílias tradicionais a educação foi desoladora durante a maior parte de todo o século XIX. Nas primeiras décadas a sua instrução não era valorizada. Depois , elas passaram a receber ensinamentos em casa , com os pais ou preceptores. Outras seguiram para Europa com os pais , onde eram educadas em escolas de conventos franceses. A preferência recaia para o Sacré Coeur de Paris, cidade predileta das elites. Esta prática manteve-se por muitos anos, mas o custo era alto e tinha os seus inconvenientes. Na última década do Império a Condessa Monteiro de Barros e um grupo de amigas decidiram que seria melhor conseguir uma alternativa para a educação de suas filhas, sem sair do país. O Collège de Sion Diz o autor que nessa perspectiva a instrução pensada era a mesma recebida : ou seja uma formação católica e francesa, a cargo de freiras francesas, de preferência sob o comando do Sacré Coeur. Porém, os contatos com a ordem não foram bem sucedidos porque as freiras não se mostraram receptivas ao projeto. A Condessa acabou aceitando a oferta da Congregation de Notre Dame de Sion que não tinha a mesma tradição, mas que estava disposta a se instalar nos trópicos para educar na cultura cristã as filhas das elites. O Sión deu início à sua missão em 1888 com um currículo que privilegiava como paradigma pedagógico a cultura francesa. Rapidamente o colégio ganhou projeção. “As ‘enfants de Sion’ eram reconhecidas pelo seu francês perfeito, maneiras refinadas, formação em literatura clássica e apropriada submissão à autoridade” (p. 83). Enfim, o ensino das moças das elites, na virada do século, compreendia uma lista de refinamentos a atingir, com o intuito de agradar a possíveis noivos e suas famílias. Ou seja, era uma educação alienada da realidade que se desenvolvia fora do Collège e distante dos problemas e da cultura do país, cuja população em sua maioria era analfabeta e pobre. Clubes Sociais O exame das instituições públicas cariocas que garantem a sociabilidade requerida para a vida em sociedade, como os clubes e os teatros > indica que mesmo na passagem do século XIX para o XX , há permanente queixa sobre o atraso em relação à vida urbana européia. Na Monarquia e na República das primeiras décadas do século XX, estas instituições são efêmeras e quando sobrevivem nunca desfrutavam de boas condições financeiras. Os jornalistas da belle époque queixavam-se da ausência de público e de bons teatros. Clubes Sociais Na análise de Needell, talvez “a apatia se devesse, em parte, a uma vigorosa tradição de entretenimentos domésticos. As famílias das camadas dominantes promoviam encontros regulares de amigos e parentes, nos quais a música,os recitais e mesmo a dança eram comuns, dentro dos limites e dos confortos de suas casas” (p.87). Este aspecto doméstico da alta sociedade seguramente contribuiu para tornar menos relevantes muitas instituições públicas. Clubes Sociais Mas, existiram instituições públicas que foram exceções e tiveram uma longa duração como alguns clubes e O Teatro da Ópera e o Teatro Lírico. Os clubes que se destacaram foram os seguintes: O Cassino Fluminense (1845); Jockey Club (1868); O Club dos Diários (1895); Clubes Sociais/Teatros Conclui o autor: “De um modo geral essas instituições contribuíram para facilitar o convívio social entre os poderosos e suas famílias. E, consequentemente as amizades, os namoros e as apresentações pessoais e contatos que tornavam a solidariedade de classe e a administração das relações pessoais as atividades calorosas e, certamente, eficientes, que caracterizavam a elite da belle epoque carioca. O Cassino, o Club dos Diários, o Jockey e o Lirico eram elementos tradicionais de apenas uma das estruturas importantes e influentes nas quais se definiam as circunstâncias do poder”(p. 105). Os teatros Os teatros