28/08/2014 E V A N G E L H O S A Mãe de Jesus: Maria em Marcos e Mateus As pessoas têm curiosidade a respeito de Maria; A bíblia não fornece detalhes sobre a vida dela; Apócrifos - tentaram responder a tais questões e acabaram afirmando coisas duvidosas ou falsas, sem fundamentos - foram rejeitados pela Igreja; não precisamos correr tais riscos; Os Evangelhos falam o suficiente sobre Maria. Eles não pretendem dar todas as informações e satisfazer a curiosidade sobre Maria, mas sim revelam a chave para entender e acolher o segredo de sua pessoa. I. Maria de Nazaré e os Evangelhos I. Maria de Nazaré e os Evangelhos “Jesus, o Cristo”, é a mensagem central do Novo Testamento. Os Evangelhos recordam os principais fatos e palavras de Jesus, à luz da ressurreição do Senhor e da atuação do Espírito na comunidade. Os evangelistas desejam manter vivos os fatos para animar os cristãos e lhes dar força. Ajudar as pessoas e os grupos a refazerem a experiencia que os discípulos tiveram com Jesus na Palestina. “Porém, todo conhecimento ou informação é também interpretação”. Os Evangelhos são muito mais do que uma história sobre Jesus. Escritos mais de quarenta anos depois que ele havia passado na Palestina. Os gestos e as palavras de Jesus, acolhidos e transmitidos no correr desses anos todos, foram reinterpretados a partir do contexto e da experiência de fé das comunidades. Por isso existem quatro Evangelhos, embora Jesus seja um só. Cada evangelista, inspirado pelo Espírito Santo e refletido a vivência de sua comunidade, enfatiza traços originais da pessoa e da mensagem de Jesus. I. Maria de Nazaré e os Evangelhos O Evangelho se assemelha a uma linda colcha de retalhos coloridos, que foi tecida, juntada e bordada por Mateus, Marcos, Lucas ou João. Juntos revelam a beleza da pessoa de Jesus. 1 28/08/2014 1. Quem faz parte da nova família de Jesus II. Maria no Evangelho de Marcos Texto: Mc 3,31-35 Cenário: 1. Há dois grupos em contraposição Não o compreendem Familiares Fariseus, escribas, herodianos Procuram/acolhem/seguem Multidão e os discípulos 2. O ambiente é familiar Lugar do encontro para ouvi-lo. 3. Há um clara oposição Fora: Os que o procuram, mas não entram; Dentro: Os que estão sentados à sua volta. O parentesco é a instituição social central “as pessoas sentem a obrigação de conservar e fortalecer o grupo de parentesco, e manter a sua honra. A grande família (avós, tios, primos, filhos, e parentes próximos), é uma unidade por si mesma, autossuficiente e absoluta. A grande dependência em relação à família dá pouca margem à autonomia. A pessoa não é considerada, em primeiro lugar, como um indivíduo com história própria e personalidade, mas sim o membro da família”. Por que o buscam? “Está colocando em crise o nome da família. Suas posturas e atitudes não condizem com a tradição cultural e religiosa do seu núcleo familiar”. Jesus supera os laços de dependência em relação à família e à sua tradição. E o vai propor? “a pertença a uma nova família, a dos seguidores, aqueles que fazem a vontade do Pai”. Com isto, o Mestre “relativiza” a família sanguínea e põe a base para novas formas de relacionamento fraterno. Outras considerações 1. “Que sabedoria é esta?” – um homem comum não pode ser um ungido de Deus; 2. Sua parentela mostra-se incrédula; 3. Numa sociedade patriarcal: filho de José; 4. Irmãos e irmãs do Senhor – quando Marcos se refere a Virgem Maria usa a mãe de Jesus. 2