Graciana Dagmar de Lima Bióloga Distribuição Mundial Fatores ambientais: •Latitude: entre 35°N e 35°S •Altitude: inferior a 2.200 •Variação de Temperatura 15° a 40°C Fatores socioeconômicos: •Alta densidade populacional •Urbanização desordenada •Habitações inadequadas •Saneamento básico deficiente Fonte: WHO – 2013 – em 09/04/2013 Epidemiologia 1400 1200 1000 ANHANGUERA 800 JARAGUA PERUS 600 PIRITUBA 378 400 200 150 87 8 25 2012 2013 0 2010 2011 2014 SÃO DOMINGOS A Doença • Doença Febril Aguda (países tropicais) • Curso Benigno ou Grave • Tipos: 1- Infecção Inaparente (20 a 50%); 2- Dengue Clássico (DC); 3- Febre Hemorrágica(FHD)/Síndrome do Choque da Dengue (SCD). A Doença • Vírus; • Sorotipos: DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4; • Brasil: – Epidemias desde séc. XIX: – 1981-82 (RO) - 1ª epidemia – *Déc. 90 - várias epidemias; – 2007 - Epidemia SP; – 2011 - DEN4*. Você Sabia? • Todos os quatro sorotipos de dengue podem produzir formas assintomáticas, brandas e graves, incluindo fatais. As formas mais graves são observadas mais freqüentemente na segunda ou a terceira infecção ou em infecções pelos sorotipos 2 e 3. Sinais e Sintomas • Clássica - Febre alta (39-40°C) aguda até 7 dias + 2 sintomas: – Cefaléia; – Prostração; – Anorexia; – Dor retroorbitária; – Mialgias; – Artralgias; – Prostração ou exantema, associado ou não a hemorragias; – Náuseas, vômitos e dor abdominal (5-7 dias). Fonte: http://www9.prefeitura.sp.gov.br/dengue/ - em 15/03/2010 Fonte: http://www.dengue.org.br/sintomas.jpg - em 09/04/2013 Tratamento • DC: Sintomático (analgésicos, antipiréticos, antieméticos, antipruriginosos), hidratação. • FHD: tratamento hospitalar (internação). Ainda não há vacina disponível, mas... Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology avançam em pesquisa para encontrar vacina contra a dengue. O trabalho realizou a mutação de um anticorpo já estudado por outros especialistas para torná-lo mais forte e capaz de combater os quatro tipos de vírus que causam a doença. Publicado: 09/04/2013 08:37 O Instituto Butantan recebeu a aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa e iniciou os ensaios clínicos em humanos da vacina contra dengue. A vacina é tetravalente, dose única e a estimativa é que esteja disponível para a população em 2016. Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/pesquisa/butantan-aguarda-para-testar-vacina-contra-dengueem-humanos,0c595b6db16da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html - em 02/05/2013 Diagnóstico •Clínico: SC + Prova do Laço – •Epidemiológico: últimos 15 dias em área com transmissão ou presença de mosquito transmissor ; •Laboratorial: Inespecífico: hemograma + contagem de plaquetas; Específico: Isolamento do agente NS 1(1° ao 3º dia dos sintomas) ou Sorologia (após o 6º dia). O vetor Aedes aegypti Fonte: TBVE Dengue 2 – EAD. Secretaria de Estado da Saúde. Aedes albopictus Fonte: http://cisr.ucr.edu/asian_tiger_mosquito.html em 17/04/2013 Ciclo biológico Fonte: TBVE Dengue 2 – EAD. Secretaria de Estado da Saúde. Ovo Os ovos são elípticos, menores que 1,0mm de comprimento. Sua coloração é inicialmente branca, tornando-se escuros quase negros, após duas horas da postura, o que não permite a sua visualização quando aderidos aos recipientes. Após 2-3 dias, o embrião já está formado e o ovo se torna resistentes à dessecação. Fonte: TBVE Dengue 2 – EAD. Secretaria de Estado da Saúde. A fase do ovo não é atingida por inseticidas, pois a casca confere proteção ao embrião. Larva As larvas são aquáticas e apresentam 4 estadios larvais. São providas de grande mobilidade, sensíveis a movimentos bruscos na água e a luz (fotofobia). Alimentam-se, vorazmente, de detritos orgânicos animais ou vegetais, bactérias, fungos e protozoários existentes na água, mas não toleram elevadas concentrações de matéria orgânica. Fonte: TBVE Dengue 2 – EAD. Secretaria de Estado da Saúde. Pupa Fonte: TBVE Dengue 2 – EAD. Secretaria de Estado da Saúde. As pupas permanecem praticamente imóveis na superfície d’água, onde parecem estar dependuradas por uma estrutura denominada trompetas respiratórias. Se perturbadas, deslocam-se rapidamente para o fundo do recipiente retornando para superfície novamente. As pupas não são atingidas pelo inseticida, nem por contato nem por ingestão. Adulto Na natureza vivem em média de 30 a 35 dias. Em geral as fêmeas vivem mais do que os machos. O adulto ao emergir permanece em repouso por algumas horas. Fonte: TBVE Dengue 2 – EAD. Secretaria de Estado da Saúde. - Néctar e sucos vegetais (açúcar) -Néctar e sucos vegetais - Sangue (proteína) Acasalamento Realiza-se durante o vôo e uma única inseminação é suficiente para fecundar todos os ovos que a fêmea venha a produzir durante sua vida. Após cada repasto sanguíneo a fêmea deposita seus ovos em recipientes, próximos a linha d’água. Estudo realizado pela SUCEN, em São Sebastião mostrou que larvas do mosquito foram encontradas em recipientes com água com resíduos de sal e até em outros com produtos como graxa, tinta, cal e óleo combustível. Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/870722-mosquito-da-dengue-ja-se-desenvolve-em-agua-suja-dizpesquisa.shtml , em 30/04/2013. Modo de Transmissão PI: 8-12d Transmissibilidade: 6-8 sem. (vida toda) PI: 3-15d (média: 5-6d) Dia 0 Dia 1 1º SC Viremia Dia 6 Modo de Transmissão Pode ocorrer também a transmissão transovariana, em baixíssima intensidade na população de Aedes aegypti e, até esse momento, não se conhece a importância epidemiológica desse mecanismo biológico na transmissão da dengue no Brasil. Medidas de controle • Usar roupas compridas: calças e mangas longas; • Repelentes podem ser aplicados na pele exposta ou nas roupas. Os repelentes devem conter DEET, IR3535 ou Icaridin. Devem ser reaplicados periodicamente. • Bebês e acamados: ambientes protegidos com mosquiteiros; • Em ambientes fechados, recomenda-se o uso de inseticidas doméstico (aerossol, espiral ou vaporizador) e instalação de estruturas de proteção no domicílio como tela em janelas e portas. Ações de Controle • Controle vetorial: único elo vulnerável da cadeia epidemiológica; • Manejo Ambiental; • Melhorias no Saneamento Básico; • Participação Comunitária; • Controle Químico. “A única garantia para que não exista dengue, é a ausência do vetor” Ações de Rotina • • • • • • • ADL; Imóveis Especiais; Pontos Estratégicos; Casa a casa; Atendimentos Denúncias (156); Vedação caixa d’água; Mutirões Conscientização. Índices de Infestação (ADL) IP = número de imóveis positivos para larvas de A. aegypti x 100 número de imóveis pesquisados IB = número de recipientes positivos para larvas de A. aegypti x 100 número de imóveis pesquisados Levantamento realizado 3 vezes ao ano (Fevereiro, Julho e Outubro) Índices de Infestação Classificação <1 Satisfatório 1 - 3,0 Alerta > 3,0 Risco Fonte: Ministério da Saúde Imóveis Especiais Pontos Estratégicos Casa a Casa Ações Emergenciais Em caso de suspeita: • Notificação (Vigilância Epidemiológica / Ambiental); • Bloqueio de Criadouros; • Busca Ativa; • Nebulização. Cuidado com criadouros!!! Fonte: http://www9.prefeitura.sp.gov.br/dengue/ - em 16/03/2010 Referências • • • • • • • • http://www.stanford.edu/group/virus/flavi/2000/dengue.htm (15/03/2010) 1 http://www.cm-funchal.pt/Cmf/en/Default.aspx?ID=110 (15/03/2010) 2 http://gis.fem-environment.eu/research/ (15/03/2010) 3 http://www.prefeitura.unicamp.br/prefeitura/ca/DENGUE/3dengue_unicamp.html (15/03/2010) 4 http://www9.prefeitura.sp.gov.br/dengue/ (16/03/2010) 5 http://www.cve.saude.sp.gov.br/ (16/03/2010) Guia de Vigilância Epidemiológica. Fundação Nacional da Saúde, vol. II, 5ª Edição, Brasília : FUNASA, 2002, p. 203-230. Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Ministério da Saúde. Brasília (DF); 2009. SUVIS Pirituba / Perus Av. Cristo Rei, 290 - Pirituba Tel: 3978-7745 / 3917-6177 [email protected] ou [email protected]