Dark Energy in the Universe Rogério Rosenfeld Instituto de Física Teórica/UNESP Beyond SM UFRJ 08/12/2006 Matéria e energia no universo Todas a formas de matéria e energia no universo são representadas pelo tensor de energia-momento. Para um observador em um universo homogêneo e isotrópico: i i p pi i T 0 0 0 0 0 0 p 0 0 0 p 0 0 0 p i= matéria, radiação, neutrinos, constante cosmológica, quintessência, ... Modelo cosmológico padrão Geometria Matéria/Energia/Pressão Matéria e energia no universo Equação de estado (constante): pi i i 1a lei da termodinâmica: dE pdV d V dV a M 0 31 4 a a R 1 / 3 a 0 1 3 Portanto: Constante cosmológica O vácuo é invariante de Lorentz (observadores localmente inerciais devem medir a mesma energia de vácuo): T p 1 Energia do vácuo constante E. L. Wright. Energia do vácuo = energia de ponto zero Oscilador harmônico de frequência : 1 En n 2 energia do vácuo (flutuação quântica) TQC- conjunto de osciladores harmônicos de todas as frequências possíveis: EV k EV 1 1 3 d 3k 4 k L k V 3 k 3 2 max 2 2 L 16 2 Anti-gravidade Gravitação newtoniana: R GM 4G R 2 R 3 Gravitação einsteiniana (eq. de Friedmann): 4G 3 p a a 3 Pressão é fonte gravitacional! p 3 1 3 aceleração do universo! Quintessência (campo escalar) Tensor energia-momento: T L p p Campo espacialmente homogêneo: 1 2 1 2 V ; p V 2 2 p Equação de estado: 1 2 V 2 p w ; w 1 2 V 2 1 w 1 Quintessência Urbano França e R. Rosenfeld JHEP 2002 Quintessência Urbano França e R. Rosenfeld JHEP 2002 Parametrização da Energia Escura Podemos em geral parametrizar a equação de estado da energia escura: pDE DE a DE Universo com 2 fluidos sem interação: matéria escura e energia escura Conservação do tensor de energia-momento: d M DE V pM pDE dV Para matéria escura não-relativística em geral: M m nM M a e portanto d MV 0 3 Universo com 2 fluidos sem interação: matéria escura e energia escura Logo, para a energia escura temos: Vd DE DE 1 DE dV cuja solução é: 1 DE e 3 d ln a a 1 DE a Universo com 2 fluidos com interação: matéria escura e energia escura Massa da partícula de energia escura pode depender da matéria escura: L g m0 m a g am0 Para matéria escura não-relativística em geral: M ma nM M a parametriza a interação. 3 Universo com 2 fluidos com interação: matéria escura e energia escura Portanto: d MV M a da 0 2 e conservação do tensor energia-momento resulta: Vd DE DE 1 DE dV M a da a a DE 3 DE 1 DE M a a 2 Interação entre matéria escura e energia escura e SNIa L. Amendola, G. C. Campos e R. Rosenfeld astro-ph/0610806 Adotar a parametrização para a equação de estado: DE z 0 1 z Evolução da energia escura onde a evolução sem interação é dada por Distância luminosidade dL L 4 f onde L é a luminosidade absoluta do objeto e f é o fluxo detectado. Por outro lado, c dt c dz d L 1 z dr 1 z 1 z a(t ) H ( z) 0 0 0 r0 r0 z Distância luminosidade O modelo a ser testado determina a função de Hubble: 2 a H z, 0 , 1 , a 8G M z, DE z, 0 , 1 , 3 2 c dz d L z, 0 , 1 , 1 z H ( z, 0 , 1 , ) 0 z A grande surpresa: A expansão do Universo é acelerada! Supernovas: faróis no Universo Um objeto com brilho absoluto fixo parece mais brilhante se a expansão está desacelerando e menos brilhante se o universo estiver acelerando. Precisamos de objetos no universo com brilho absoluto conhecido: Supernovas do tipo Ia (SNIa) Supernova do tipo Ia (SNIa) Essas supernovas são tão brilhantes quanto uma galáxia inteira! Supernovas: faróis no universo Curvas de luz de supernovas do tipo Ia (SNIa) Como medir a variação da expansão passado explosão da SNIa velocidade constante explosão desacelerado explosão acelerado Medindo a expansão acelerada Linder Perlmutter at al (1998) Estimativa dos parâmetros Medidas observacionais do “módulo de distância” m M 5 ln d L 25 Distância de luminosidade zi Teoricamente: d L ( zi , w0 , w1 , DE , h0 ...) (1 zi ) 0 Observacionalmente: ajuste de curvas de luz luminosidade intrínseca do objeto cdz H ( w0 , w1 , DE , h0 , z ) Ajuste dos parâmetros Estimativa dos parâmetros Método da Máxima Verossimilhança Probabilidade de, dado um conjunto de medidas realizadas, ter-se determinados valores para os parâmetros que desejamos estimar. Intervalos de f.d.p. dos parâmetros confiança por integração direta N L( w0 , w1 , DM | obsi s) i 1 ( obsi teori ( w0 ,w1 , DM )) 2 1 e 2 i 2 2 i N=157 (Gold sample, Riess et al 2004) N=71 (SNLS, Astier et al 2006) Sensibilidade a DM Para CDM: DM =0.26±0.04 (Gold) DM =0.19±0.02 (SNLS) a ser comparado com resultado de CMB: DM =0.18±0.04 (WMAP3y) Tensão entre SNIa Gold e CMB. Amendola, Campos e Rosenfeld - astro-ph/0610806 Sensibilidade a DM com 0 variável Usar escala angular do primeiro pico acústico para comparar com SNIa: horizonte sonoro no desacoplamento distância da superfície de último espalhamento QA =0.595±0.002 (WMAP3y) Comparação entre escala angular do primeiro pico acústico com SNIa: Amendola, Campos e Rosenfeld - astro-ph/0610806 CONCLUSÕES • Existe uma certa tensão entre dados de SNIa e CMB com relação a DM • Interação entre matéria escura e energia pode ajudar a melhorar o acordo entre medidas da escala angular do horizonte no desacoplamento e medidas de SNIa. • Valores maiores de haja interação. DM podem ser permitidos caso • Futuro: outras parametrizações da equação de estado da energia escura e da interação.