Você já se perguntou o que estará fazendo daqui a 20, 30 ou até 50 anos? Será que até lá
ainda vai existir água potável, ar puro? Como será que o planeta vai estar? Essas são algumas
questões que levaram a Comissão Mundial sobre o Meio-Ambiente ao conceito de
Desenvolvimento Sustentável. O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.
Muitas ações podem ser feitas para colaborar com essa concepção. Uma delas é a produção
do biodiesel, tema do PUC Ciência dessa semana. Vamos discutir a importância de se produzir
um combustível alternativo e não agressivo ao meio-ambiente a partir de recursos renováveis.
É por meio de iniciativas como esta que podemos construir a base para que nossos sonhos e
ambições futuras possam se tornar realidade.
“Se nós queremos aliviar o impacto negativo da queima de combustíveis fósseis já, temos que
olhar para matrizes que supram essa lacuna”, afirma Luiz Pereira Ramos, professor do
Departamento de Engenharia Química da UFPR.
“Os combustíveis fósseis vão terminar mais cedo ou mais tarde, além de criarem problemas de
emissão de gases e efeito estufa”, diz Luis Brandão, professor de Administração da PUC-Rio.
“Uma dessas lacunas é preenchida pelo biodiesel no que se refere ao óleo diesel. O etanol
também pode substituir o óleo diesel, mas daí exige outro motor”, explica Luiz Pereira Ramos.
“É fundamental que se crie uma alternativa sustentável para que o mundo continue operando
normalmente com menos danos ao meio-ambiente”, declara Luis Brandão.
“O biodiesel oriundo de óleos vegetais e gorduras animais pode ser usado imediatamente”, diz
Luiz Pereira Ramos.
“Nesse sentido o Brasil está em uma posição ímpar. O Brasil está no lugar certo, na hora certa,
no momento certo. Já é, e certamente continuará sendo, o maior produtor mundial de
biomassa. Cabe ressaltar aqui que o Brasil está na liderança desse processo mundialmente.
Não há país nenhum no mundo que tem uma quantidade de energia renovável e sustentável
como o Brasil tem”, declara Luis Brandão.
“O objetivo da cidade de Curitiba é buscar soluções para diminuir os índices de emissões
produzidos pelo transporte coletivo. Começamos em 2009 com seis ônibus articulados
operando com B100. A partir de 2011 ampliamos para mais de 26 ônibus articulados dentro do
projeto da Linha Verde, operando todos eles com 100% de biocombustível e que serviram de
exemplo para outras capitais”, explica Élcio Karas, gestor de inspeção e cadastro do transporte
coletivo da URBS.
“Sustentabilidade, em termos econômicos, é um processo contínuo. Nosso processo contínuo,
que é baseado em princípios, não necessariamente princípios esporádicos, princípios estáticos,
mas princípios dinâmicos, que mantém a produção que precisa ser sustentada. Portanto, você
como empreendedor, CEO, gerente, deve ter instrumentos e técnicas, para medir dados e ver
onde existem falhas no processo econômico e na produtividade para que possa conduzir sem
nenhum impacto, negativo ou prejudicial, àqueles que estão dedicados à sustentabilidade.
Então, a sustentabilidade é um ideal tanto psicológico quanto econômico que mantém a
produção. Podemos imaginar um crescimento econômico de um modo sustentável, por
exemplo, no Brasil, que está crescendo, ou em qualquer outra nação industrializada que esteja
crescendo a uma taxa astronômica.
O problema é a sustentabilidade em nossos tempos. Nós precisamos pensar em outros fatores
que são variáveis, como a globalização. A economia do Brasil, a economia dos EUA, a economia
do Canadá, quaisquer que sejam as economias, em larga escala, estão ligadas por conta da
globalização”, explica o professor Tony Shaw, da Florida Christian University.
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