UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Luis Fernando Schievenin FLEXIBILIDADE E FACILlTA<;Ao NA EXECU<;Ao DE A<;OES COTIDIANAS RELACIONADAS A PESSOAS IDOSAS Curitiba 2007 CONSUUAI INTERNf\ - I 1 ;;;;;;;;:~-_;;:;;_._;,:;.--1 na:TORI.'>.L i SCHAFfER· Luis Fernando Schievenin FLEXIBILIDADE E FACILITA<;Ao NA EXECU<;Ao DE A<;OES COTIDIANAS RELACIONADAS A PESSOAS IDOSAS Trabalho de conclus<10 de curso apresentado ao Curso de Ed\lc,1~~0 Fisica da Faculdade de Ciencias Biol6gicas e da Saildc da Uniycrsidade Tuillti do Pm;Ill'l. COIIIO requisito parcial para a obten~~o do gmu de licenciado em Edllca~"o Fisica. Oricntador: Prof. Dr. Gerson Luiz C. Dal-C61. Curitiba 2007 UNlVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE CIENCIAS BIOLOGICAS E DA SAUDE CURSO DE EDUCA<;:AO FisICA Luis Fernando Schievenin FLEXIBILIDADE E FACILITA<;:AO NA EXECU<;:AO DE A<;:GES COTIDIANAS RELACIONADAS A PESSOAS IDOSAS Este Trabalho de Conclusiio foi julgado e aprovado para a obten~iio do titulo de Licenciado em Edllca~iio Fisica no curso de Educa~iio Fisica da Universidade Tlriuti do Parana. Curitiba, 23 de Novembro de 2007. Professor Dr. Gerson Luiz C. Dal-C61. Orientador Professor Mr. Eduardo M. Scheren. Cadeu'a de TCC Professora Ms. Eliane R. Wos. Cadeira de TCC DEDICATORIA Dedico este trabalho aos meus pais que me deram forya e me incentivaram nesta Illillha jornada ate 0 presente momento. AGRADECIMENTOS Agradeyo a todos que tornaram 'Pbssivel a execuyao deste trabalho, e me auxiliaram na execuyao do mesmo em especial a Prof'. Dr. Luciane Paiva Alves de Oliveira. SUMARIO 1 INTRODU(:Ao 2 FUNDAMENTA(:Ao 8 TEORICA 10 2.1 ATIVIDADE FisICA E SAUDE RELACIONADA AO IDOSO 10 2.2 FLEXIBILIDADE 10 2.3 ALONGAMENTO 11 2.4 ARTICULACOES 12 2.4.1 Capsula Articular 12 2.4.2 Flexibilidade Articlllar........................................................................ . 13 2.S MUSCULOS 14 2.S.1 Proprioceptores IS 2.S.2 FlIso lVluscular.. IS 2.S.3 Orgaos Tendinosos de Golgi IS 2.6 FLEXIBILIDADE E LESOES 16 2.7 A IMPORTANCIA DE TREINAR A FLEXIBILIDADE 17 3. PROCEDIMENTOS 20 METODOLOGICOS 4. RESULTADOS E DISCUssAo 23 5. CONSIDERA(:OES 27 REFERENCIAS FINAlS 28 ANEXOS 29 APENDICES 30 7 RESUMO o objetivo deste trabalho foi de verificar se os individuos avaliados possuiam valores da flexibilidade indicados para saude, facilitando assim a~oes cotidianas. Para ser feita essa pesqllisa foi utilizada a pesquisa do tipo descritiva, por meio de um questionario, ollde a coleta de dados foi a avalia~iio fisica feita com idosos que participaram de testes adimensionais e lineares. Os resultados foram que a maioria dos illdividuos avaliados possui os val ores de flexibilidade indicados para saude, de acordo com a slla faixa etaria. PaJavras-chave: Flexibiljdade; A~oes Cotidianas; !doses; 8 1 INTRODU<;:AO 1.1 mSTIFICATIVA Segundo Faria Junior (1997) 0 crescimento da poplilavao commais de 60 alios vem sendo observado no Brasil de alguns anos pra ca, este fenomeno esta acontecendo devido it redllvao da taxa de natalidade, it queda das taxas de mortalidade, it evoluvao da medicina no tratamento e no controle de doenvas, tem a ver com a melhora das condivoes socio-economicas e tamb6m no estilo de vida adotado pelas pessoas. Dados estatisticos apontam que no ano 2025 a populavao de idosos no Brasil chegara a mais de 32 milhOes (15% da populavao). Este quadro 6 bastante preocllpallte, pois esta comprovado que a maioria das pessoas idosas nao pratica uenluun tipo de atividade fisica coordenada devido it falta de politicas sociais voltadas para a terce ira idade (FARIA mNIOR, pri.ncipalmente com as classes sociais menos favorecidas 1997). A flexibilidade e uma qualidade fisica basica muito importante para as pessoas interferindo diretamente no desempenho, ela pode ser melhorada gradativamente por meio de treinamentos, podelldo tamb6m ser avaliada illdividualmellte. A flexibilidade 6 defmida como a qualidade fisica responsavel pela amplitude de movimento disponivel em uma mticulavao ou COlljulltO de articulavoes". Podendo ser tamb6m chamada como: "Qualidade fisica responsavel pela execuvao voluntilria de um movimento de amplitude angular maxima, por uma articulavao ou conjunto de articulavoes, dentro dos limites morfologicos, sem 0 risco de provo car lesao' . (DANTAS, 1998). Flexibilidade 6 mn elemento essencial da aptidao fisica, 0 sell allmellto enriqllece a eficacia do ll10vimento, propicia a reduvao de distellsao muscular, melhora a quaJidade da postma e habilidades distilltas (HAMILL' KNUTZEN, 1999). 9 1.2 PROBLEMA Qual a relayao entre a tlexibilidade e a facilitayao na execuyao de ayoes cotidirulas relacionadas a pessoas idosas? 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral Verificar se 0 idoso ao treinar sua tlexibilidade tem maior facilidade em ayoes cotidianas especificas; 1.3.2 Objetivos Especificos • Avaliar a freqiic~nciacom que as idosas praticrun atividade fisica; • Verificar a intensidade das atividades praticadas; • Verificar qual • 0 nivel de f1exibilidade das idosas; Disti.nguir os tipos de dores mais freqi.iente entre as idosas; 10 2 FUNDAMENTA(:AO TEORICA 2.1 ATIVIDADE FisICA E SAUDE RELACIONADA AO IDOSO o sistema neuromuscular no homem aIcan~a sua matura~ao plena entre 20 a 30 anos de idade. Entre a 3" e 4" decadas a forva maxima permanece estavel ou com redu~Oes pouco significativas. Em tome dos 60 anos, e observada tUna redu~ao da forva maxima muscular entre 30 e 40%, 0 que corresponde a lima perda de forva de cerca de 6% por decada dos 35 aos 50 anos de idade e a partir dai, 10% por decada.. No idoso ocorre tambbn ull1a redllyao da ll1assa 6ssea, mais freqlientemente em mulheres, quando ocorre em niveis mais acentuados, caracteriza a osteoporose que po de predispor a ocorrencia de fraturas. Ap6s os 35 anos hit alterayao natural de a cartilagem articular que associada as alterayoes bioll1ecanicas adquiridas ou nao, provo cam ao longo da vida degenerayoes diversas que podem levar a diminuiyao da fUllyao locomotora e da flexibilidade, acarretando maior risco de lesoes (D' AVILA, 1999). 2.2 FLEXIBILIDADE A fiex.ibilidade e a capacidade fisica que deterrnina movimentos de lllna articulayao sem Ihe ocasionar algull1a lesao. a amplitude E dos considerada como importante componente de aptidao fisica relacionada com a saude e no desempenho atletico (Achour Jlmior, 1999). De acordo com Nahas (2001), pessoas com boa flexibiiidade movem-se com mais facilidade e tendem a sofrer menos problemas de dores e lesoes musc1l1ares e articlllares, particulannente na regiao 10mbar, inversamente do que ocorre aos individuos com pouca flexibilidade, que apresentam mobilidade redllzida com implicayoes atividades esportivo-recreativas. para a sailde e limitada participayao em A falta de exercicios que promovam a flexibilidade pode facilitar a instalayao lenta e progressiva de encurtamentos mllsculares, limitando a amplitude de movimenta~30 da articulay30, podendo ocasionar rna postura, hernia de disco e lombociatalgia, entre outros problemas que podell1 afetar 0 andall1ento normal II d.a vida, reduzindo a capacidade de trabalho, e!evando 0 nive! de absenteismo, como tambem gastos pllblicos com tratamento de saMe (Kmchelski & Rauchbacb, 2004). Segundo Achour JUnior (1999), a flexibilidade pode ser classificada em: ativa, passiva e anatomica. A flexibilidade ativa se refere a possibilidade de movimento de urna articulalYao a qual se encontra limitada pelos mllsculos antagonistas que limitam 0 movimento. A flexibilidade passiva consiste em a "nao participalYao da pessoa que se movimenta" a qual fica bem relaxada para evitar a participalYao no maior grau possivel dos musculos antes mencionados. A f1exibilidade anatomica refere-se as possibilidades de movimentalYao real da articulalYao, onde nao existe nenhU1Il ligamento, capsula ou musculos que limite 0 movimento. A f1exibilidade, ao contrano de todas as outras qualidades fisicas, nao e melhor quanta maior for. £xiste um nivel atimo de flexibilidade para cada pessoa, em fUlllYaO das exigencias que a pratica exercera sobre 0 apare!ho locomotor e a estrutura dos seus componentes (Jigamentos, articulalYoes, mllsculos e outras estruturas envolvidas). A tlexibilidade varia conforme a idade e 0 nivel de atividade fisica, e as pessoas pouco ativas e com mais idade sao, em geral, menos flexiveis, com menor mobilidade articular e elasticidade muscular (Nahas, 2001). 2.3 ALONGAMENTO o alongamento e urn tipo de exercicio que visa a manutenlYao ou 0 aurnento da flexibilidade atraves da realizalYao dos movimentos de amplitude normal dentro dos limites naturais da mobilidade articular (refere-se a amplitude de movimento permitida pela articulalYao em fUllyaOde sellS diversos componentes). 0 trabalho deste exercicio e ooilsiderado indispensavel e pode ser feito pela maioria dos individuos. Segundo Dantas (1998), alongamellto manutenyao dos niveis de flexibilidade movimentos de amplihlde normal com 0 e a fonna de trabalho que VIsa it obtidos e ainda propicia a realizalYao dos minimo de restriyao fisica. 12 2.4 ARTICULACOES ft.s articula~oes sao formadas pelo encontro de ossos do esqueleto que se conectam. Possuem estruturas e natureza especificas conforme sua ful1~ao. As articula~oes sao denominadas fibrosas, suturas, sindesmoses, gonfoses, cartilaginosas sirlcondroses sillfises e sinoviais. Tendo em vista os objetivos deste trabalho, levaremos em maior considera~ao as articulayoes silloviais, pois fazem parte da maioria das articulayoes do corpo humano. Devido ao seu maior gran de mobilidade e sao responsaveis pela manifesta~ao da tlexibilidade. A articulayao sino vial possibilita a realiza~ao de movimentos angulares de deslizamento (flexao, extensao, abduyao, aduyao), de rotllyao e circunduyao, sendo este Ultimo mna combinayao de todos os outros. Baseadas nos niuneros de eixos de possibilidade de movimento recebem uma classificayao flmcional: • Anaxiais: pennitem somellte 0 deslizamento de uma superficie sobre a outra. • Uniaxiais: possibilitam movimentos sobre um eixo de lllovilllento. • Biaxiais: possibilitam movilllentos sobre dois eixos, dando it articula~ao dois tipos diferentes de movimentos. c Tria,-aais: possibilitam todos os tipos de movimentos possiveis. 2.4.1 Capsula Articular De llCordo com Dantas, (1999) a capsula articular e urn involucro membranoso que delilllita as superficies articulares, possui dUlls camadas: a membrana fibrosa localizada na parte externa e a menbrana sinovial parte interna. A membrana externa e mais resisteute e pode estar reforyada em alguns pontos por feixes tambem fibrosos que constituem os ligamentos capsulares para aumentar sua resistencia. A membrana intema da capsula e bastante vascularizada e enervada, este tec.ido produz 0 Jiquido 13 sIDovial, 0 hialurOllico qual e viscoso 0 nutritivo, que proporciona lubrificante a viscosidade e deslizante. necessaria Contem acido para a lubrificayao da articulayao. A superficie dos ossos e coberta por cartilagem articular e separadas por lima fenda, chamada de fenda articular. Os tecidos moles da articulayao incluem a capsula fibrosa que envolve a articulayao, a membrana sinovial que secreta 0 liquido sinovial, os ligamentos de sustentayiio e a cartilagem hialina importantes para absoryiio de impactos. A capsula articular e resistente a forya e ao alongamento sofrendo adaptayoes por via de treinamento. Localizada nas extremidades das articulayoes a cartilagem hialina age como absoryao de impactos, podendo alterar momentaneamente 0 seu formato para dissipar a carga e assim retomar seu tamanho normal. Essa caracteristica permite que a cartilagem se comprima durante esforyos fisicos e volte ao normal quando 0 estresse for removido. 2.4.2 Flexibilidade AIticular Flexibilidade movimellto articular e (ADM) pelmitida articulayiio. A ADM articular 0 termo utilizado para descrever a amplitude em cad a um dos pianos de movimellto e medida de de lima em graus, considerando a posiyao anatomica onde toda a articulayao encontra-se em zero grall. Componentes da Flexibilidade: Existem dois componentes basicos de flexibilidade que sao: • Flexibilidade Estatica: amplitude maxima do movimento. Flexibilidade Dinamica: resistellcia ou rigidez oferecida ao movimento dentro de lima determinada amplitude. Segundo 0 livro "Flexibilidade, alongamento e Flexionamento", para que exista urn grau de flexibilidade articlliar observamos alguns fatores: Mobilidade: grau de movimento da articulayl'io. 14 • Elasticidade: estiramento dnistico dos componentes musculares. Plasticidade: deformidades que sofrem as articulayoes e a musculatura durante o movimento. Maleabilidade: modificayoes das tensoes parciais da pele. As pessoas que apresentam uma flexibilidade reduzida tern maior dificuldade de fazer certos tipos de movimentos. Uma pessoa que tern Iimitayao da flexao na articulayao do cotovelo, por exemplo, pode ser por varios fatores: Falta de elasticidade do triceps; Encurtamento cin'rrgico dos tendoes do triceps; Limite da mobilidade da articulayao do cotovelo. Esses sao alguns motivos que fazem com que as pessoas tenham a flexibilidade reduzida na terceira idade, porem podem ser treinados para que baja a mellJOra da flexibilidade gradativamente. 2.5 MUSCULOS Os mUsculos sao componentes necessitrio 0 fundamentais da flexibilidade, por isso e seu estudo. 0 sistema muscular e constituido basicamente por fibras Iisas (visceras e vasos sanguineos) e fibras estriadas, sendo divididas em cardiacas e esqueleticas. Neste estudo utilizaremos as fibras estriadas esqueleticas. Formados por milhares de fibras cilindricas, contrateis individuais, chamadas de fibras musculares. Sao fibras longas e finBs, multinuc1eadas que possuem umB membrana chamada de sarcolema. Recobrindo 0 sarcolema existe unla bainha de tecido conjuntivo denominado de indonesio que da consistencia e proteyao it fibra muscular. Dentro do sarcolema existe 0 sarcoplasma, que e aquoso e contem enzimas, proteinas contrateis, substratos alimentares, nuc1eos e organelas especializadas. Existe ainda uma rede de tUbulos entrelavados que recebem 0 nome de reticulo sarcoplasmatico. Feixes de fibras musculares agrupadas form ados por ate 150 fibras musculares envoltorio de tecido conjuntivo denominado de perimisio. sao mantidas por Cada feixe reillle-se IS formando cada um dos 430 museu los esqueh:ticos voluntarios do corpo humano, recobertos por uma camada de tecido conjuntivo denominado epimisio. Nas extremidades dos musculos, as fibras musculares tornam-se escassas e compactas, dando origem aos tendoes ou aponeuroses que se inserem ao periosteo (involucro externo dos ossos). As fibras musculares constituem-se encontradas no sarcoplasma. De acordo com inerva muitas Oll 0 de miofibrilas ou fibrilas, tipo de movirnento, urn neuronio motor poucas fibras musculares. 2.5.1 Proprioceptores Localizados profundamente ciJ.psulas articulares. Dao nos musculos esqueh!ticos, tendoes, ligamentos e origem a impulsos proprioceptivos conscientes e inconscientes. Os sensores proprioceptivos estao localizados em tres estruturas: articulayoes, milsculos e tend6es. Proprioceptores articulares: quase nao tem influencia na flexibilidade, servem principal mente para conscientizar a posiyao dos segmentos corporais. Proprioceptores musculatura. musculares: E urn dos sao os sensores influenciaveis pela ayao da mais importantes na influencia da flexibilidade. Proprioceptores tendinosos: Orgaos tendinosos de Goigi. mteragem por vias de realimentayao, produzindo reflexos para a prarica de exercicios. A influencia reciproca existente entre os motoneuronios alfa e gama, evita que ocorram choques continuos entre os milsculos agonistas e antagonistas. 2.5.2 Fuso Muscular e constituido por fibras intrafusais que sao visiveis a olho nn, nestas existe uma area que e illcapaz de se contrair, chamada de fibras nucleares ripo Quando 0 musculo e esrirado, as fibras nucleares ripo bolsa sao repuxadas e Cada fuso fibras bolsa. excitam os terminais nervosos chamados de "terrninayoes annlo espiralada" - encontra-se emaranhadas nas fibras nucleares ripo bolsa. Dai parte nen'os aferentes 16 que levam a informarrao do estiramento do musculo para a porrrao sensorial da medula espinhal. De cada lado da terminayao anulo espiralada existem receptores denominados "raminhos de tlor", estes realizam a mesma fllnyao das anulo espiraladas, porem, requerem estiramento muscular maior para serem estirnuladas. Funcionalmente existem dois tipos de fusos musculares: Primarios: respondem ao grau de alongamento muscular e ao ritmo deste alongamento (resposta dinamica). Secundarios: respondem somente ao grau de alongamento (resposta estatica). 2.5.3 Orgaos TendiIlosoS de Golgi LOClilizados nas jlmrroes musculotendmosos enos tendoes em ambas as extremidades dos mtlsculos, respondem atraves de suas conexoes neurais inibindo a elaborarrao de tensilo nos mllsculos antagonistas provocando 0 relaxamento da musculatura evitando, assim, lesoes. 2.6 FLEXIBILIDADE E LESOES Quando a flexibilidade articular e extremamente baixa, extremamente alta ou muito diferente entre os lados dominante e nao-dominante do corpo, 0 risco de lesao e maior. 0 grau desejavel de flexibilidade articular depende muito do tipo de atividade que 0 individuo quer realizar, lUna articularrao estave1 e resistente favorece grandes amplitudes de movimento. As articularroes sao sobrecarregadas por forrras musculares e, simultaneamente, proporcionam amplitude de movimento para os nossos segmentos, por isso, estao sujeitas as lesoes sejam elas agudas Oll por lISOexcessivo, assiIn como infecrroes e outras condiyoes degenerativas. As lesoes mais comlUlS que podem ocorrer sao: 17 Entorses: deslocamento ou tor~ao anormal dos ossos articulados resultando em estiramento ou lacera~ao dos ligamentos, tendoes e tecidos conjuntivos que atravessam uma articula~ao. Sintomas: dor e tumefa~ao. Luxa~oes: deslocamento dos ossos articlliados em uma articllla~ao. Sintomas: defonnidade articular visivel, dor, tumefa~ao e perda de movimentos aiticlliares. Bursite: causada pelo uso excessivo de uma articllla~ao, produz irrita~ao por atrito e inflama~ao de bolsas (bursas). Sintomas: dor podendo ocorrer tam bern tumefa~ao. Artrite: inflama~ao articular. Sintomas: dor e tumefa~ao. Artrite Reumat6ide: distUrbio auto-imune que consiste em ataque dos tecidos saudilVeis por parte do sistema imune do organismo. Ocorre inflama~ao e espessamento das membranas sinoviais e destrui~ao da cartilagem articular que resllita na limita~ao de movimentos e, fmaimente, ossifica~ao ou fusao dos ossos articulados. Sintomas: incluem anemia, fadiga, atrofia muscular, osteoporose e outras altera~oes. Osteoartrite: artrite degenerativa nao-inflamat6ria. A cartilagem articular tornase ilspera e irregular ate ser destruida completamente deixando descoberta as superficies 6sseas articuladas. Sintomas: dor, tumefa~ao, restri~ao na amplitude de movimentos e rigidez. 2.7 A IMPORTANCIA DE TREINAR A FLEXlBILIDADE A importancia da incillsao de exercicios para com idosos, atuando pnncipalmente proporcionaril 0 0 aprimoramento da flexibilidade no aspecto profililtico em rela~ao its lesoes desenvolvimento da flexibilidade; est:a, por sua vez, reduz as lesoes musculares gerando a sensa~ao de um corpo mais relaxado, melhorando a coordena~ao motora, pois os movimentos tornam-se mais soltos, alem de aprimorar a consciencia corporal. 18 Outro aspecto de fundamental importancia para 0 aprimoramento da tlexibilidade (atraves de exercicios de flexionl'lInento), e a possibilidade de reduzir 0 retrocesso desta qualidade fisica que ocorre com a idade. Conservando uma tlexibilidade 6tima nas principais articu\ayoes do aparato motor, se estara irnpedindo a aceierayao da curva negativa do comportamento da flexibilidade junto a idade, alem de propiciar uma maior saude a todas as estmhlras Iigadas as articulayoes. Alem disso, a tlexibilidade e importante para aumentar a qualidade e a quantidade dos movimentos. MelhoTa a postura corporal e diminui os riscos de lesoes, favorecendo maior mobilidade nas atividades dilirias. A tlexibilidade como valencia fisica ou componente da aptidao fisica e considerada como urn importante fator da AFRS - aptidao fisica relacionada it saude e e de suma importancia na realizayao de determinados movimentos que de outra forma, seriam impossiveis de serem realizados sem essa capacidade fisica. Ela aumenta a eficiencia mecaruca dos movimentos, fazendo com que 0 individuo tenha urn desperdicio menor de energia na execuyao de suas atividades, alem de auxiliar na profilaxia de lesoes e dos vicios posturais, reduzir as tensoes musculares e auxiliar na melhoria da contratilidade muscular. A flexibilidade e bastante especifica para cada articulayao podendo variar de individuo para individuo e ate no mesmo individuo com passar do tempo, ela mantemse estavel ate por volta dos dez anos, porem ao entrar na puberdade comeya a perder a flexibilidade paulatinamente 0 individuo desde que nao seja treinada. As mulheres em linhas gerais tern demonstrado maiores niveis de flexibilidade do que os homens e essas diferentes se mantem ao longo de toda vida, mulheres gravidas apresentam urn maior indice de flexibilidade em relayao ao estado normal pela influencia de fatores hormonais. Autores apontam que a flexibilidade decresce com a idade, apontando para perdas mais acentuadas a partir de 30 anos, perdas associadas treinamento do que ao processo de envelhecimento. mais a falta de 19 Ap6s os 40 anos de idade flexibilidade que e ha novamente uma acelera~iio na perda da bastante influenciada por outros fatores, tais como padriio de atividade fisica e nivel de saude. Ou seja, 0 treinamento da flexibilidade traz muitos outros belleficios ao corpo, it mente e a qllalidade de vida. 20 3. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS 3.1 TIPO DE PESQUISA o tipo de pesquisa desse trabalho foi Descritiva, segundo Andrade (1999), pesquisa do Tipo Descritiva se caracteriza pela tecnica padronizada da coleta de dados, realizada principalmente por meio de questionarios. 3.2 DESCRrCAO DO UNIVERSO A populayao utilizada foi de idosas que moram em lares de Curitiba atendidos pela linha do lazer, projeto da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer. A amostra foi de vinte idosas (20 mulheres) ativas, entre 65 e 85 anos de idade sendo que todas sao praticantes de exercicios. 3.3 MATERIAL E lNSTRUMENTOS o instrumento PARA COLETA DE DADOS utilizado neste trabalho foi 0 questionitrio, com questoes abertas e fechadas sendo feito tamMm testes adimensionais e lineares com as idosas. Os dados foram cbletados em lares de repouso para idosos, em bairros de Curitiba. A vafidayao do instrumento utiJizado esta relacionada em apendice 2. Os testes adimensionais utilizados foram adaptados por (Kruchelski, sendo que este nao utiliza uma unidade convencional centimetros) para expressar 0 2005), testes (iingulos ou resultado. Nao dependem de equipamentos, valem-se apenas de criterios ou mapas de analises preestabelecidos. 0 outro teste utilizado foi teste linear que exprcssa os resultados em escala de distiincias, geralmente 0 em centimetros ou polegadas, utilizam primariamente fitas metalicas, reguas, ou trenas para a mensurayao. Estes testes nao sao capazes de dar uma visao global da 21 tlexibilidade do individuo e ha provavel interferencia das dimensoes antropometricas sobre os resultados dos testes. o instrumento utilizado na avalialYaoda tlexibilidade de quadril foi feito atraves da adaptalYao do Programa Curitibativa (denominado por este estudo como banco W) resultou no banco modificado (denominado por este estudo como banco KR). 0 banco W e mn caixote de madeira de 30 x 30 cm, dotado de uma regua de medilYao fixa, recuada a 15 cm do local de apoio dos pes, e a pessoa descallYa, senta-se na frente do banco com as pemas estendidas e empurra com as maos uma pelYade madeira movel ao nivel do banco que esta sobre a regua de medilYao. A adaptalYao para 0 banco KR consiste em deixar mais alta a peya de madeira movel, de maneira a pennitir que avaliado, sentado, encoste a cabelYa,a coluna vertebral e 0 0 quadril em uma parede ou apoio, fonnando urn angulo de 90 graus com a articulalYao do quadril, estendam os bralYosit frente, paralelos ao chao e encoste a ponta dos dedos das maos na pelYade madeira movel, sem perder 0 contato com a parede ou apoio. Esta posilYao e fixada como ponto zero em uma regua de medilYao movel, e apos este procedimento, avaliado prossegue como no protocolo do banco W, isto e, em tres tentativas tenta alcanlYar0 ponto mais longe possivel no caixote de madeira, e e anotado resultado em centimetros, observando 0 0 0 seu melhor alcance do ponto zero ao indice obtido. Ja a avalialYaoda tlexibilidade dos ombros esta diretamente relacionada ao grau de independencia para as atividades de vida diaria como: vestir-se, lavar as costas, pentear os cabelos e outras tarefas do dia a dia, diretamente relacionadas ao grau de mobilidade da articulalYao do ombro. Utilizou-se como protocolo 0 teste de AJcanlYar atras das costas. Material utilizado: Regua ou fita metrica de aproximadamente 50 cm. Na posilYao em pe 0 idoso coloca a mao dominante por cima do mesmo ombro e alcanlYa0 mais baixo possivel em direlYaoao meio das costas, palma da mao para baixo e dedos estendidos (cotovelo apontado para cima). A mao do outro lade e colocada por baixo e atras com a palma virada para cima, tentando aJcanlYar0 mais longe possivel nmna tentativa de tocar (ou sobrepor) os dedos medios de ambas as maos. Sem mover as maos do idoso, 0 avaliador deve verificar se os dedos medios de cada mao estao em diw;ao urn ao outro. Nao e permitido que 0 avaliado enlace os dedos e puxe as maos. Deve ser feita uma demonstralYao pelo avaliador e logo apos 0 ~~Hia8r;- idoso escolhe ~ '.J(.-.\ ~ => < BlBlIOTL..' - SydIwi btMlb I'::v . ,I ;30;:~' , 22 sua preferencia (aquela de melhor resultado). 0 avaliado realiza duas tentativas para praticar e duas tentativas fmais, sendo considerado para ca1culo duas. A sobreposi~ao Oll 0 melhor valor das it distancia entre as pontas dos dedos medios e medida com precisao de 0.5 cm. Os resultados negativos (-) representam a distancia mais curta entre os dedos medios, os resultados positivos (+) representam a medida da sobreposi~ao dos dedos. A classifica~ao quanta os diferentes niveis de composi~ao corporal foi feito atraves do Indice de Massa Corporal (1MC), obtido atraves do resultado da divisiio do peso em quilogramas pela altura, em metros, ao quadrado. 0 1MC e uma estimativa que nao leva em conta a constitui~ao do avaliado pOI·eme perfeitamente aplicavel em estudos de gran des popula~6es. 3.4 ANALISE DE DADOS A anit1ise dos dados foi baseada em uma am\lise estatistica simples, feita atraves da constru~ao de um questio11l1rio e a partir disto analisado e transformado graficos. Os mesmos estao sendo explicados um a um a seguir. em 4. RESULTADOS E DISCUSSAO TABELA 1. MEDIA E DESVIO PADRAO DA APTIDAO FisICA - POPULACAO IDOSA FEMININA. - 2007 Nome Individuo 1 Individuo Individuo Individuo Individuo Individuo 2 3 4 5 6 Individuo Individuo Individuo Individuo Individuo 7 8 9 10 11 Individuo Individuo Individuo Individuo Individuo Individuo Individuo Individuo Individuo MEDIA 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Idade 65 Peso 58 Altura 1,44 IMe 28 Flexao de Quadril 80 85 81 83 84 79 79 69 66 72 75 79 80 67 78 85 65 74 74 76 49 66 67 59 47 55 53 63 61 72 54 46 39 67 61 50 92 58 64 59,1 1,39 1,50 1,56 1,50 1,45 1,60 1,54 1,59 1,50 1,47 1,43 1,46 1,49 1,44 1,53 1,41 1,50 1,56 1,51 1,50 25 29 28 26 22 12 8 16 21 22 21 22 25 27 33 16 21 20 26 32 28 20 8 3 23 22 25 19 16 18,8 18 26 22 18 32 26 25 41 24 28 26 de Ombro ·30 -46 -26 -50 -39 -10 -27 5 -35 -13 -30 -28 -9 -40 -40 -6 -22 -25 -5 -26 -25,1 Insuficienle 3 Reaular Born 6timo Flexibilidade 7 8 2 Insuficienle 16 Regular 3 Born 1 Olimo 0 Atraves dos resultados obtidos por meio de avaliar;;ao da flexibilidade pode ser observado que, a maioria dos individuos avaliados possui os valores de flexibilidade indicados para saude, de acordo com a sua faixa eta.ria como mostra tabelas 2 e 3 localizadas em anexo. Os gnificos abaixo, mostram os resultados do levantamento feito atraves do questionario. (Grafico 1) refere-se it freqiicncia de atividade fisica pm semana. observa-se que 38% dos individuos praticam atividades uma vez por semana e 62% se 24 dividern em tn'!s vezes ou mais de tres vezes por semana. Sendo que 100% das praticas efetuadas tern durayao de mais de uma hora de atividade (Gnifico 2). e A intensidade das atividades trabalhadas considerada ieve para 63% dos individllos e moderado para 38%, sendo de ib'Uai numero 0 percentual de individuos que fazem exercicios de aiongamento durante 0 dia, seja ao acordar ou depois de aiguma atividade que tenha praticado (Gnifico 3). (Gnifico 4) Com reiayao adores e suas 10caJizayoes a maioria dos individuos, 56% nao sente dor alguma, tendo a ver com ayoes medicamentosas e 44% diz sentu· dores apenas em algwnas ocasioes especificas como sentar e levantar da cadeira, erguer os brayos acirna da cabeya, pegar objetos no chilo. Sendo 6% que sentem dores rnusculares, 19% nas articulayoes e 19% nos ossos (Gnifico 5). GRAFICO 1. FREQUENCIA DE ATIVIDADE FISICA POR SEMANA 31% 38% o 1x par semana iii 2x par semana o 3x par semana o mais de 3x 0% 31% ar semana 25 GWICO 2. INTENSIDADE DE PMTICA 0% o Leve III Moderado o Vi oroso 62% GWICO 3. ALONGAMENTOS DIAruos ~ ~ 62% 26 GRAFrco 4. DORES AO ALONGAR 44% ~ ~ 56% GRAFrco 5. LOCALIZA<;:Ao DAS DORES 6% o Musculos !ill ArticulalYoes DOssos 56% o Nao sentem dores 27 5. CONSIDERA(:OES Embora FINAlS a maioria das idosas avaliadas telUla apresentado valores da flexibilidade dentro do indicado para sailde, acreditamos haver a necessidade que elas continuem freqiientalldo assiduamente 0 programa de treinamento fisico, oferecido pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer. E illevitavel que haja perdas de amplitude de movimentos se nao hOllver paralelamente urn traballlO de manutenyaO da flexibilidade de forma geral. Urn programa de atividade fisica que tenha que pennita aliviar as sobrecargas e 0 0 objetivo de compensar esforyos, estresse das atividades do dia-a-dia, extrema importancia a quem procura a obtenyao de lllna boa qualidade de vida. e de 28 REFERENCIAS ACHOUR JUNIOR, Abdallah. Bases Desernpenho Atletico. Londrina, 1996. para Exercicios de Alongarnento e AGUIAR, Alexandre de Paula; MORAES, Luei Sheffer; BIAZUS, JaqueJine de Fatima. Atividade Fisica na Terceira Idade. Urna proposta para idosos. 111:3° Congresso Brasileiro de Atividade Fisica e Sailde, Florianopolis: 2001.p.104. ARAUJO, e.G. S Flexiteste. Urna Verslio dos Mapas de Avalia-,:lio. Killessis, v.2, n.2, p.321-257, 1986. BARROS, A.T., AMORIN, P.R.S. Efeitos Cronicos do Treinarnento Contra Resistencia sobre tlexibilidade de Individuos nlio atletas. Revista Mineira de Eduea~ao Fisiea. V.l1, n.l., p.37-45, 1993. DANTAS, Estelio H. M. Flexibilidade: Alongarnento 1999. e Flexibilidade. Rio de Janeiro, D' A VILA, Felix. 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SOARES, Terezinha Maria, LOPES, Adair da Silva. Postura Corporal em Idosos. In:4° Congresso Brasileiro de Atividade Fisica e Sande. Florianopolis: 2003.p.60. UTIY AMA, Lueilia KWlloshi. Contriblli-,:oes da Edllca-,:lio Fisica em Prograrnas MlIltiprofissionais e Interdisciplinares de Atendirnento aos Idosos. In:3° Congresso BrasiJeiro de Atividade Fisiea e Sailde, Florianopolis: 2002.p.79. 29 ANEXOS As tabelas abaixo mostram a classificayao para os testes realizados. Fonte: Secretaria municipal de Esporte e Lazer PROGRAMA CURlTIBATIVA. (Prof. Silvano Krucheski). ANEXOI TABELA 2. FLEXlBILIDADE DE QUADRIL - TESTE COM 0 BANCO KR. IDADE 60-69 I I FEMININO 70-79 >80 INSUFICIENTE Ate 12.9 Ate 11.9 Ate 12.9 REGULAR 13 a 20.9 12 a 19.9 13 a 20.9 BOM 21 a 28.9 20 a 27.9 21 a 28.9 OTIMO 29 au + 28 au + 29 au + ANEXOII TABELA 3. FLEXIBILIDADE DE OMBRO - TESTE DE ALCAN<;AR ATRAs DAS COSTAS. 30 APENDICE 1 Questionario: I. Quantas vezes ginastica por ou ate semana voce varrendo 0 0 () Ix por semana o 2x por semana 2. Quanto tempo voce gasta 3x por estas 10 minutos 0 () uma 0 4. Voce o faz destas meia 0 antes semana atividades? hora hora atividades moderada alongamento fisica, a fazendo 20 minutos a intensidade seman de 3x por o 3. Qual atividade mais o () leve pratica esfregando? que voce pratica? vigorosa e depois das atividades? sim () nao 5. Voce sente dores durante a pnitica sente dores durante os afazeres de alongamento? OsimOnao 6. Voce () sim diarios? () nao 7. Se a resposta 8. Onde esUio for localizadas 0 () mllsculos sim II questao estas articulayoes anterior, dores caso Oossos 9. Voce se sente bem apos as prilticas de alongamento? () sim 0 nao em que as tenha? ocasiao? seja fazendo 31 APENDICE 2 PARECER SOBRE INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS DE TRABALHO DE CONCLUSA DE CURSO. Caro (a) professor (a) _ Considerando suas areas de atuayao academica e profissional, eu, __________________ solicitar sua avaliayao sobre --' venho pOl'meio de esta 0 instrumento por mim e1aborado (em anexo), para a realizayao de coleta de dados do meu trabalho de Conclusao de Curso intitulado: _____________________________ ~c~o objetivo gem\ sera Agradeyo dede ja sua prestimosa contribuiyao, Assinahlra do (a) academico (a)