MARCO ANTONIO COLOSIO UMA ABORDAGEM DA VIDA EM FADIGA EM BARRA ESTABILIZADORA AUTOMOTIVA CONSIDERANDO DEFEITO SUPERFICIAL FISICAMENTE PEQUENO Orientador: Dr. Arnaldo Homobono Paes de Andrade RESUMO Para a nucleação e crescimento de uma trinca de fadiga em um sólido são necessários um carregamento externo e condições favoráveis em sua superfície ou núcleo; todavia, o aumento da resistência à fadiga de um componente feito com um determinado material pode ser obtido por tratamentos térmicos que aumentam a dureza superficial e/ou tratamentos superficiais que introduzem tensões residuais compressivas. O presente estudo avalia a resistência à fadiga de matrizes martensítica e perlítica de um aço SAE 5160 e a influência do processo de jateamento por granalha de aço no desempenho na sua vida em fadiga. Também, um micro-defeito da ordem de 0,3 mm de profundidade, criado por eletro-erosão, foi utilizado para separar os mecanismos de nucleaçâo e crescimento da trinca de fadiga e sua importância relativa na vida em fadiga de componentes e corpos-de-prova. Barras estabilizadoras automotivas, confeccionadas nas condições normal de produção e adaptada para os propósitos deste trabalho, foram avaliadas de acordo com os parâmetros acima, por meio da obtenção de curvas S-N e da/dN-AK do material e também pela utilização de recursos de modelagem numérica, cálculos analíticos, ensaios de durabilidade em bancada e no veículo e monitoramento de tensões/deformações por extensômetros elétricos. Os ensaios de carregamento cíclico em função do seu tipo e nível de tensão mostram a redução de vida em fadiga de barras estabilizadoras e corpos-de-prova quando presente um pequeno defeito físico, melhoria quando acrescentado um jateamento sobre a superfície com um micro-defeito e diferenças comportamentais entre as microestruturas perlítica e martensítica com e sem os efeitos do jateamento e do micro-defeito. A proposta deste estudo é fornecer uma visão integrada e profunda da vida em fadiga de um componente de segurança (barra estabilizadora) e/ou corpos-de-prova e mostrar que os recursos experimentais adotados podem ser confiáveis e eficientes para utilização direta na fase de projeto desse componente.