GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL REPÚBLICA CURSO DE TÉCNICO DE INFORMÁTICA APOSTILA DE REDES Uma entidade pode ser uma entidade de software (um processo) ou hardware (uma placa de interface de rede). Entidades da mesma camada em máquinas diferentes são denominadas entidades pares ou parceiras. O NÍVEL FÍSICO O nível físico fornece as características mecânicas, elétricas, funcionais e de procedimento para ativar, manter e desativar conexões físicas para a transmissão de bits entre entidades de nível de enlace (ou ligação). O protocolo desse nível dedica-se à transmissão de uma cadeia de bits. Ao projetista desse protocolo cabe decidir como representar O e 1, quantos microssegundos durará um bit (intervalo de sinalização), se a transmissão será half-duplex ou fulf-duplex, como a conexão será estabelecida e desfeita quantos pinos terá o conector da rede e quais seus significados bem como outros detalhes elétricos e mecânicos. O NÍVEL DE ENLACE DE DADOS Neste nível é possível detectar e opcionalmente corrigir erros que por ventura ocorram no nível físico. O nível de enlace vai assim converter um canal de transmissão não confiável em um canal confiável para o uso do nível de rede. A técnica utilizada é a partição da cadeia de bits a serem enviados ao nível físico, em quadros, cada um contendo alguma forma de redundância (reversão) para detecção de erros. Outra questão pelo nível de enlace é a de como evitar que o transmissor envie ao receptor mais dados do que este tem condições de processar. Esse problema é evitado com a utilização de algum mecanismo de controle de fluxo que possibilita ao transmissor saber qual é o espaço disponível no buffer do receptor em um dado momento. O NÍVEL DE REDE O objetivo desse nível é fornecer ao nível de transporte uma independência quanto a considerações de chaveamento e roteamento associadas ao estabelecimento e operação de uma conexão de rede. Existem duas filosofias quanto ao serviço oferecido pelo nível de redes: datagrama e circuito virtual. 56 PROF. ALFREDO NAZARENO PEREIRA BOENTE PROF. MARCIO FERREIRA DE JESUS GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL REPÚBLICA CURSO DE TÉCNICO DE INFORMÁTICA APOSTILA DE REDES No serviço de datagrama (serviço não-orientado à conexão), cada pacote não tem relação alguma de passado ou futuro com qualquer outro pacote, devendo assim carregar, de uma forma completa, seu endereço de destino. Nesse tipo de serviço, o roteamento é calculado toda vez que um pacote tem que ser encaminhado por um nó da rede. No serviço de circuito virtual (serviço orientado à conexão), é necessário que o transmissor primeiramente envie um pacote de estabelecimento de conexão. A cada estabelecimento é dado um número, correspondente ao circuito, para uso pelos pacotes, subsequentes com o mesmo destino. Nesse método, os pacotes pertencentes a uma única conversação não são independentes. Neste nível não há garantia necessariamente que um pacote chegue a seu destino, os pacotes podem ser perdidos ou mesmo chegar fora da seqüência original da transmissão. O NÍVEL DE TRANSPORTE Esse nível vai isolar dos níveis superiores a parte de transmissão da rede. Neste nível a entidade do nível de transporte da máquina de origem se comunica com a entidade do nível de transporte da máquina de destino. Duas funções importantes desse nível são a multiplexação (várias conexões de transporte partilhando a mesma conexão de rede) e o splitting (uma conexão de transporte ligada a várias conexões de rede) de conexões. O NÍVEL DE SESSÃO Fornece mecanismo que permitem estruturar os circuitos oferecidos pelo nível de transporte. Os principais serviços fornecidos pelo nível de sessão são: gerenciamento de Token, controle de diálogo e gerenciamento de atividades. O NÍVEL DE APRESENTAÇÃO A função desse nível é a de realizar transformações adequadas nos dados, antes de seu envio ao nível de sessão. Transformações típicas dizem respeito a compressão de textos, criptografia, conversão de padrões de terminais e arquivos para padrões de rede e vice-versa. 57 PROF. ALFREDO NAZARENO PEREIRA BOENTE PROF. MARCIO FERREIRA DE JESUS GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL REPÚBLICA CURSO DE TÉCNICO DE INFORMÁTICA APOSTILA DE REDES O NÍVEL DE APLICAÇÃO O nível de aplicação oferece aos processos de aplicação os meios para que estes utilizem o ambiente do comunicação OSI. Nesse nível são definidas funções de gerenciamento e mecanismos genéricos que servem de suporte à construção de aplicações distribuídas. Por exemplo, em grande parte das aplicações, para que seja possível o intercâmbio de informações é necessário estabelecer uma associação entre um ou mais usuários. Para essa tarefa, o usuário do nível de aplicação pode utilizar um elemento de serviço da comada de aplicação denominado ACSE (Association Control Service Element). Outros exemplos de elementos de serviço genérico são o ROSE (Remote Operations Service Element) que oferece o suporte a chamadas de procedimentos remotos, e o RTSE (Reliable Trasnfer Service Element) que fornce um serviço de transferência de dados confiável, tornando todos os mecanismos de recuperação de erros transparentes aos usuários do serviço. TRANSMISSÃO DE DADOS NO MODELO OSI O processo começa com a entrega dos dados a serem transmitidos pelo usuário para uma entidade do nível de aplicação no sistema A. Os dados do usuário recebem a denominação Unidade de Dados do Serviço (Service Data Unit – SDU), sendo eles, nesse caso, a SDU do nível de aplicação. A entidade da camada de aplicação junta aos dados do usuário um cabeçalho denominado informação de Controle do Protocolo (Prococol Control Information – PCI). O objeto resultante dessa junção é chamado Unidade de Dados do Protocolo (Protocol Data Unit – PDU). A PDU é a unidade de informação trocada pelas entidades pares, ao executar o protocolo de uma camada, para fornecer o serviço que cabe à camada em questão. A PDU do nível de aplicação (cabeçalho + dados do usuário) é então passada para o nível de apresentação. A entidade do nível de apresentação trata a unidade que recebe da mesma forma que p nível de aplicação trata os dados do usuário (a PDU do nível de aplicação é uma SDU no nível de apresentação), e acrescenta seu cabeçalho compondo assim a PDU do nível de apresentação. Esse processo continua até o nível de enlace, que geralmente acrescenta um cabeçalho e um fecho, que contém uma frame Check Sequence (FCS) para detecção de erros. A PDU do nível d enlace, que é denominada quadro (frame), é transmitida pelo nível físico através do meio de transmissão, depois de agregar ao quadro seu cabeçalho e seu fecho. Quando o quadro é recebido pelo destinatário, o processo inverso ocorre. À medida que a unidade de dados vai sendo passada para as camadas superiores, cada camada retira o cabeçalho e o fecho que foi acrescentado por sua entidade para na origem, executa as operações do protocolo de acordo com a informação contida no cabeçalho, e passa a unidade de dados com a informação contida no cabeçalho, e passa a PROF. ALFREDO NAZARENO PEREIRA BOENTE PROF. MARCIO FERREIRA DE JESUS GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL REPÚBLICA CURSO DE TÉCNICO DE INFORMÁTICA APOSTILA DE REDES 58 PROF. ALFREDO NAZARENO PEREIRA BOENTE PROF. MARCIO FERREIRA DE JESUS