Esperança
Jornal informativo do Centro Espírita Maria Angélica
Ano 3
Nº 10
abril/junho 2004
Solidariedade
Dedicação
Instrução
Amor
1
EDITORIAL
FELIZ ANIVERSÁRIO
C
hegar aos quinze anos com jeito de
gente grande merece ser comemorado.
E nem poderia ser diferente. Afinal, não é todo dia que se faz 15 anos e
não é sempre que se consegue aliar o
entusiasmo da juventude com a serenidade de uma trajetória bem vivida.
Mas estas são apenas as primeiras
páginas de uma linda história, que, ano
após ano, sob o amparo de uma inumerável equipe de trabalhadores, tanto do plano terreno como do plano
espiritual, sob a coordenação de nossa
querida mentora Irmã Maria Angélica,
vem sendo escrita a muitas mãos.
Mãos generosas, que ajudaram a
construir o sonho de uma sede no Recreio, e as unidades de Vargem Pequena e do bairro César Maia. Mãos
talentosas, que nos ajudam a traçar os
planos de crescimento para o futuro.
Mãos abnegadas, que uniram esforços para formar grupos de trabalho
assistencial e doutrinário. Mãos anônimas, que colaboram com doações de
alimentos, remédios, roupas e recursos
financeiros para que o trabalho não seja
interrompido.
Mãos amigas, que estão sempre
prontas para participar de campanhas e
auxiliar nos eventos comemorativos.
Mãos trabalhadoras, que dedicam
o seu tempo livre para dividir o seu
talento, somar a sua disposição e multiplicar as suas ações em diversas tarefas
da Casa.
Como a história não pode parar,
muito menos o trabalho no bem, só
nos resta dizer: — Mãos à obra!
Receba os nossos parabéns por
você fazer parte da grande família do
Cema.
A direção
2
ACONTECE NO
BRECHÓ DO CEMA
Novidades de shopping com
preços de bazar
O que fazer com aquela roupa novinha que você ganhou mas não gostou, o sapato que você só usou uma
vez porque está apertado, as bijouterias que estão esquecidas no fundo da
gaveta e tantas outras coisas em perfeito estado que só ocupam espaço no
seu armário?
A equipe de trabalhadores do
Brechó do Cema aceita e agradece de
coração, pois reverte toda a renda para
as obras assistenciais da Casa. Apenas
solicita que os artigos doados venham
limpos, sem manchas e em bom estado.
Chegue um pouco antes das palestras públicas e dos cursos e venha
descobrir quantas coisas lindas e variadas o Brechó tem para oferecer, para
todos os tamanhos e gostos! Você vai
encontrar também muitas roupas de
QUINTAS
grife, algumas ainda com a etiqueta,
por um preço quase simbólico.
O que tem no brechó: roupas,
sapatos, cintos, bolsas, óculos, artigos de cama e mesa, perfumaria, quadros, artigos de decoração, relógios,
pequenos móveis (berços, cadeira,
mesinha), fitas de vídeo-cassete, cds,
brinquedos.
TERÇAS – das 15:30h às 20:00h
– das 9:30h às 12:00h, das 15:00 às 21:30h
SÁBADOS – das 16:30h às 20:30h
NESTA EDIÇÃO
■
PG 3 Acolhendo e sendo acolhido
Como devemos receber os novos voluntários
■
PG 4 E 5 – Balanço das atividades sociais do Cema
■
PG 2 – ACONTECE NO CEMA – Brechó Mall
■
PG 7 – Ta ligado?
Não entrem nessa – o álcool não combina com direção
Entre socos e chutes – a onda dos pitboys
■
PG 8 – O homem e o meio ambiente
EXPEDIENTE
O jornal O APRENDIZ é uma publicação trimestral do CEMA - Centro Espírita Maria
Angélica
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ACOLHENDO E SENDO ACOLHIDO
Sonia Dutra
C
omo devemos agir quando chega uma nova pessoa em
nosso ambiente de trabalho, em nossa Casa Espírita, em
nossa família, em nosso núcleo de convivência ou num grupo
de amigos?
Necessitamos aprender a acolher
uma pessoa, um amigo novo, não só
com a mente, mas com todo o corpo,
procurando sentir o campo da energia
do encontro entre nós e o outro. Isso
nos leva a criar um espaço de serenidade e alegria que nos fará ouvir e sentir o
próximo, sem que nossas mentes venham a intervir.
Acolher, nessa forma de pensar, é
muito mais do que oferecer sorrisos e
abraços: é dar à outra pessoa um espaço
para ela ser, pois este é o presente mais
precioso que se pode dar a alguém.
Muitas pessoas não sabem acolher
ou serem acolhidas porque estão dominadas pelo pensamento: prestam muito
mais atenção a palavras e conceitos do
que ao ser da outra pessoa, que acaba ficando “escondido”
atrás de palavras e de pensamentos excessivamente racionais.
Essa forma de estar com o outro é o início da realização
de uma união que chamamos de AMOR. Assim, estaremos
abertos ao cuidado em comunhão, e um verdadeiro encontro “Eu-Tu” acontecerá. Uma agradável relação haverá de
florescer por esse caminho e minimizará os conflitos das
relações. A boa relação “Eu-Tu” floresce no espaço vazio
do reconhecimento de nossa humanidade no outro. O ato
Estante
Espírita
de acolher poderá ainda ser uma porta de entrada para a
iluminação espiritual, se soubermos (Eu, que acolho, e Tu,
que és acolhido) nos tornar pessoas mais amorosas e conscientes. Qual o resultado? A verdadeira
comunhão entre nós e os outros, abrindo a porta da experiência renovadora
do encontro.
A tarefa de acolher exige autocuidado na relação Eu-Tu para o
aprendizado do que chamamos solidariedade, e para isso a generosidade
tem que estar presente. Aristóteles
nos diz que “a qualidade do homem
livre é a generosidade” – virtude escassa nas relações de hoje, pois valorizamos as pessoas pelo que elas têm
e não pelo que são.
Como antídoto para o egoísmo,
generosidade é o ato de doar. O generoso torna-se amável, capaz de
amar e se deixar amar. Quem acolhe
mostra-se uma pessoa compreensiva,
aberta, disponível, disposta a ajudar. Não poupa simpatia,
que etimologicamente significa sentir-com: sentir alegria e
dor com o outro, estar com ele no prazer e no desprazer.
Acolher seria, então, a saída de si mesmo para começar
a ser com os outros.
Poderíamos também finalizar dizendo que acolher é
uma das maneiras de se fazer caridade? Mais do que isso: é
um convite a todo trabalhador – antigo ou novo – para
perceber, com Santo Agostinho, que sem amor a vida é
desumana: “Ama e faze o que puderes”.
ADRIANA, uma Trajetória de Vida
E
ste livro, Adriana, uma Trajetória de Vida, vem nos mostrar a força dessa adolescente que, apesar do sofrimento advindo da doença do corpo físico que pôs fim
à sua encarnação. Adriana, recém-chegada ao plano espiritual, nos brinda com
páginas de luz e esperança. Por isso, o livro nos comove e ao mesmo tempo nos
fortalece com o seu relato.
Contém 308 páginas de pura emoção que, com toda certeza, vão tocar o seu
coração.
B I C E N T E N Á R I O
D E
Allan
KARDEC
N A S C I M E N T O
D E
3
PARÁBOLA DO JOGO DE FRESCOBOL
U
Marlio Lamha
m grande empresário, poderoso
“capitão de indústria”
percebeu que, entre as
suas inúmeras empresas, uma delas estava
com um problema
muito sério.
O clima era de
altíssima competitividade entre os seus empregados. Havia muita
disputa por cargos, muitas “panelinhas” se formavam, sabotagens e traições eram praticadas. Como conseqüência, o
trabalho apresentava baixíssima qualidade e eficiência, comprometendo seriamente a lucratividade e a saúde daquela
empresa.
Para que aquela empresa sobrevivesse, ele concluiu que
seria preciso fazer uma “limpa” no seu quadro de pessoal.
Mas, como era um homem bom e justo, resolveu dar mais
uma oportunidade a cada um deles. Então, convidou todos
os funcionários daquela empresa para passar um fim de semana num clube de campo.
Ao chegarem ao clube, os funcionários perceberam que
não tinham muita coisa para fazer. Havia apenas uma quadra de tênis e uma quadra de frescobol, ambas equipadas
com raquetes para os jogos.
Os funcionários logo se dividiram em dois grupos. Um
grupo foi para a quadra de tênis e o outro para a quadra de
frescobol.
O grupo da quadra de tênis formou equipes, organizou
as torcidas e iniciou um torneio.
Como em toda competição, era preciso criar regras claras
para o jogo. Foi nomeado um juiz para interpretar as regras
e resolver os conflitos entre as equipes. Os jogadores procuravam superar os adversários, explorando as suas deficiências. Uma “bola boa” devia ser devolvida como uma “bola
ruim”. Uma das jogadas mais eficazes era “quebrar o serviço”. Muitos lances duvidosos, muita discussão, muita briga
e xingamentos às decisões do juiz. As torcidas vaiavam, brigavam com as torcidas adversárias e às vezes entre os seus
próprios membros.
Já o grupo que foi para a quadra de frescobol logo percebeu que a graça do jogo estava em não deixar a bola cair.
Uma bola “ruim” devia ser devolvida como uma bola “boa”.
Ao invés de se aproveitarem das deficiências do adversário,
os jogadores deveriam se empenhar para corrigi-las, a benefício do jogo, pois a grande jogada do frescobol é “servir”.
Como a intenção era evitar que a bola caísse, todos se uniam no mesmo objetivo. Assim, não
foi preciso estipular regras para administrar conflitos, já que estes
não existiam.
Também não havia torcida para os
jogadores. Os expectadores apenas
torciam para a
bola não cair, o
que criava um clima de camaradagem e colaboração entre
todos os participantes.
Na segunda-feira após aquele fim-de-semana no clube
de campo, o empresário decidiu, então, quais seriam os funcionários que iriam continuar em sua empresa e quais seriam
demitidos. É fácil imaginar quem foram os escolhidos...
Também em nosso “jogo da vida”, só temos duas opções: ou escolhemos ser “jogadores de tênis” ou jogadores
de “frescobol”.
Em que grupo estaria pensando o Senhor Jesus quando
enunciou as Suas “Bem Aventuranças”, que iniciam o Sermão da Montanha?
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na defesa e difusão do Espiritismo no Brasil.
6
A página da
Juventude do
CEMA
NÃO ENTREM NESSA!
Ácool não combina com direção
O
s jovens começam
com um gole aqui,
outro ali, mas não conhecem os seus próprios
limites. A onda é zoar com os amigos
na night, beber e ficar com umas “mulezinhas”.
Até aí, tudo bem. A coisa fica feia quando exageram.
Ficam agressivos, pegam na direção, mesmo com poucos
reflexos, andam em alta velocidade e causam inúmeros acidentes e mortes. Pura inconseqüência! Afinal, o que não
falta na mídia e na boca do povo são relatos de acidentes e
confusões que ocorrem na madrugada, provocados por jovens embebedados.
O mais triste disso é que eles não pensam nem sequer
duas vezes, antes de fazer este tipo de coisa. Só pensam na
Taciana
auto-afirmação, deixando de lado o sentimento dos pais,
amigos, familiares e namoradas.
Sinceramente, a dor de um pai e de uma mãe que passam por isso é enlouquecedora! Perder um filho já é difícil,
ainda mais quando acontece neste contexto, pois só sobram
a culpa na cabeça dos pais e a dor da perda.
Nessas horas, sempre achamos que poderíamos ter feito algo para evitar a tragédia, quando na verdade deveríamos estar voltados para aquele espírito que acabou de partir
para o plano espiritual, mais atordoado do que qualquer
pessoa que chora por ele.
Jovens, olhem para si mesmos e não para seus amigos e
repensem suas atitudes.
Não queiram passar pela dor de perder a vida de um
amigo, uma namorada, o que for, por causa de uma coisa
tão ridícula: o álcool
ENTRE SOCOS E CHUTES
A onda dos pitboys
N
ão é de hoje que vêm acontecendo brigas nas noitadas, porém de
um tempo para cá parece que virou
moda trocar socos, chutes, garrafadas e
até facadas em portas de boates, shows
ou festas. Os personagens dessas pancadarias são os famosos “pitboys” que,
com seus corpos marombados, medem
forças por status e fama.
O pior de tudo são as desculpas
arranjadas pelos “fortões” para brigar.
Dizem que um chegou na namorada
do outro, ou olhou com cara feia para
o outro, mas a grande verdade é que
sentem prazer em lutar.
Outro fato intrigante pode ser observado através da prioridade dos
“pitboys” na night. Para eles, brigar é
mais interessante do que namorar, dançar e encontrar os amigos. Na cabeça
deles, um soco é mais prazeroso do que
um beijo.
Por trás desta pinta de brigão esconde-se uma grande covardia, pois os
“pitboys” não entram nas brigas sozinhos, chegam acompanhados da sua
galera, transformando, assim, o local da
pancadaria em um verdadeiro campo
de batalha.
Felipe Ross
Quando analisamos esta situação
pela ótica da Doutrina Espírita, sabemos que, além de machucarem outras
pessoas pela agressão física, os “pitboys”
agridem o seu próprio espírito, colocando-se em sintonia com influências
de baixo padrão vibratório, atraindo
péssimas companhias espirituais, fluidos negativos e comprometendo-se
nesta vida e em existências futuras.
Tudo isso nos permite concluir
que ser um “pitboy” não tem nenhuma vantagem: só traz prejuízos, machuca o corpo e desequilibra o espírito.
GRUPO DE TEATRO PARA JOVENS ESPÍRITAS
Se você tem entre 14 e 25 anos e gosta de teatro, venha fazer parte de nosso
grupo e revelar o seu talento artístico. Os encontros acontecem todos os
sábados, das 18:45h às 20:00, no anexo do Cema.
Procure o Billy ou André Luis
7
O HOMEM E O MEIO AMBIENTE
Claudio C. Conti
E
“... porquanto ao homem primitivo sucedeu o sapiens, a esse sobrepõe-se o tecnologicus, que irá ensejar
o campo para a saga do noeticus, que penetrará com mais facilidade os arcanos do Universo para o ser humano
compreender o papel de relevo que lhe está destinado no concerto da evolução.
“Assim entenderá a grandiosa missão de ser co-criador com Deus, ao invés de tornar-se um instrumento de alucinação e desídia derivadas da prepotência egoística, que se atreve a matar as portentosas expressões
da vida vegetal, animal e humana, nessa torpe conspiração contra o ecossistema e as já conseguidas vitórias da
cultura, da ética e da civilização.
“Esse conhecimento o auxiliará a descobrir-se como ser imortal que é, eliminando da mente e da
conduta o conceito utópico do materialismo...”
ste segmento de texto foi
extraído do livro Triunfo
Pessoal, ditado pelo espírito
Joanna de Ângelis sob a psicografia do médium Divaldo
Franco, páginas 16 e 17.
É importante meditar sobre estas palavras durantes alguns segundos para tentarmos
reconhecer qual o sentimento
que nos invade o ser. Vários posicionamentos podem ser assumidos, o que dependerá do
grau de entendimento daquele
que as lê.
Os termos “instrumento
de alucinação”, “prepotência
egoística” e “se atreve a matar”
são expressões drásticas, como
que uma súplica de desespero, para tentar nos chamar à sanidade mental, nós,
seres ainda tão confusos, crentes de sermos o máximo em inteligência, percepção e sabedoria.
Ainda não somos capazes de perceber que a ambição desmedida que
assola o Planeta, causando tantos
malefícios, irá afetar a nós mesmos e
aos nossos descendentes. Isto, por si só,
já seria o suficiente para colocar um
freio no comportamento humano. Para
os espiritualistas, que crêem em um
retorno à existência carnal, os danos
causados ao ecossistema, devido a uma
ação perniciosa, será o legado que nós
mesmos nos deixaremos. Mas, para os
que não crêem na reencarnação, será o
legado deixado para os seus filhos e
netos, por quem clamam dedicar um
grande amor. Muitos, usando a desculpa de amparo familiar, cometem cri-
8
mes hediondos contra o meio em que
vivem, com o único propósito de
amealhar fortuna cada vez maior.
No volume 427 de 8 de janeiro
de 2004, a revista Nature, de grande
importância no meio científico, apresentou um artigo acerca do aquecimento global. As conclusões são
estarrecedoras. De acordo com o estudo, no ano 2050 poderá haver um aumento muito significativo da probabilidade de extinção de 1103 espécies,
desde o México até a Austrália.
Um outro ponto importante, também salientado neste artigo, é que pequenas áreas suportam apenas poucas
espécies. Isto significa que, ao serem
reduzidas as áreas destinadas à preservação do meio-ambiente, forçosamente
haverá uma diminuição equivalente no
número de espécies capazes de sobreviverem no local.
Em adição aos pontos acima,o
risco de extinção aumenta ainda
mais quando diversos fatores atuam simultaneamente, tais como:
descaracterização da região, invasão de outras espécies e aumento
do dióxido de carbono.
Ao término do artigo, o autor
deixa um aviso: “A ameaça à vida
na Terra não é um apenas um
problema para o futuro. É parte
do aqui e agora.”
É preciso que todos façam uma
avaliação rigorosa com relação ao
comportamento que adotam no
cotidiano. Muitas vezes, cometemos erros grotescos, sem nos
apercebermos de que nossos atos
são danosos para nós mesmos, para
os outros e para os animais e plantas ao
redor.
Deus é o Criador de tudo e de
todos, portanto, os seres vivos são todos irmãos, independente da espécie,
pois esta representa apenas o estado
evolutivo momentâneo a que pertence.
Que possamos começar agora mesmo
um exercício para aprendermos o discernimento e podermos, o mais breve
possível, contar entre os que já iniciaram a caminhada na direção da própria
conscientização, obtendo condições
para a percepção da realidade da vida.
É preciso o desenvolvimento do
sentimento em detrimento da ambição,
de extrema importância para a harmonização psicológica do ser, reduzindo
os conflitos entre o psíquico e o físico,
causa de tantas doenças com que a humanidade se vê a braços.
Veja a programação das palestras públicas em nosso site www.cema.org.br
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O Aprendiz nº 10