I Congresso de Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus Rio Verde do IFGoiano.
06 e 07 de novembro de 2012.
PRODUÇÃO DE MUDAS DE ESPÉCIES NATIVAS DO CERRADO
FURTADO, Renata Pereira (Bióloga)1; BARBOSA, Regina Celi Moreira Vilarinho2
(Orientadora); BARBOSA, Edvaldo Santana3 (Co - autor); LIMA, Danilo Monteiro4.
(Co -autor).
1
FESURV - Universidade de Rio Verde Goiás. [email protected]. 2Universidade
Federal de Santa Catarina UFCS Florianópolis. 3 FESURV - Universidade de Rio Verde Goiás.
4
Instituto Federal Goiano, Campus Rio Verde – Goiás.
Resumo
O Viveiro ‘Nativas’ está localizado na FESURV – Universidade de Rio Verde Goiás.
Este espaço é destinado à produção de mudas de espécies nativas do cerrado. O mesmo
foi criado em 2007 por um grupo de professores da Universidade de Rio Verde, em
parceria com a AMAR (Associação Movimento Águas do Rio). Objetiva-se com este
viveiro produzir mudas de espécies nativas do cerrado para plantio em diferentes áreas,
como calçadas, quintais, matas ciliares, nascentes e reserva legal. As mudas obtidas são
doadas a comunidade em geral em sistema de troca/parcerias.
Palavras chaves: Mudas, Recuperação, cerrado.
Introdução
Segundo Macedo (1993), os
viveiros são áreas com um conjunto de
benfeitorias e utensílios, em que se
empregam técnicas visando obter o
máximo da produção de mudas. O
primeiro passo para que um viveiro
possa ter seu êxito alcançado é a
atenção especial na escolha das
sementes.O local deve ser cercado, para
impedir o acesso de animais e ainda
recomenda-se a implantação de quebraventos ao redor do viveiro, visando
evitar danos às sementeiras e mudas.
De acordo com o mesmo autor,
o local para ser construído um viveiro
deve ser de fácil acesso, em função do
movimento de pessoal e materiais.
Além disso, devido à produção de
mudas para plantio se dar na época das
chuvas, o viveiro deve ser bem
planejado no intuito de promover boas
condições para movimentação de cargas
e veículos.
Para Silva et al. (2001), as
sementes tem que ser obtidas a partir de
plantas-matrizes
cuidadosamente
selecionadas, ou seja, devem ser
escolhidas plantas mais vigorosas e com
grande produção de frutos.
Segundo Santarelli (2004) a
produção de mudas via sementes é o
sistema mais utilizado pelos viveiros
por se tratar de um sistema econômico
que assegura a variabilidade genética
das populações podendo ser realizado
através de dois métodos, a semeadura
direta e a indireta.
Na semeadura direta, as
sementes são colocadas diretamente nos
recipientes, dispensando a repicagem e
acelerando o ciclo de produção das
mudas. Já a semeadura indireta é
recomendada para sementes com
problemas de dormência e germinação
lenta sendo plantadas primeiramente em
canteiros e devendo ser transplantadas
para sacos de polietileno após o
surgimento das duas primeiras folhas
(SILVA et al.; 2001).
1
I Congresso de Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus Rio Verde do IFGoiano.
06 e 07 de novembro de 2012.
Material e Métodos
As mudas foram produzidas no
campus Universitário Fazenda Fontes
do Saber, sendo a produção assessorada
por um biólogo e a coleta de sementes
realizada por um cerratino.
Para a produção das mudas
nativas foram utilizados sacos de
polietileno e substrato composto por
duas partes de terra e uma de esterco de
gado curtido. Foi realizada a construção
de uma sementeira para a recepção de
sementes com baixa germinação.
O regime hídrico adotado no
viveiro foi o de duas irrigações nos
períodos matutino e vespertino durante
15 minutos. As plantas daninhas e o
controle de pragas foram feitos
manualmente.
Resultados e Discussão
Conforme a coleta de sementes
no cerrado, são produzidas anualmente
no viveiro 25 mil mudas nativas,
aproximadamente 20 a 40 espécies são
conduzidas no viveiro sobressaindo-se
os Ipês, pororoca, baru, jenipapo,
embaúba, aroeira, angico e bálsamo.
O sistema de irrigação está
sendo adequado o mesmo é realizado de
acordo com tamanho, aspecto e
necessidade de cada tipo de mudas.
Macedo (1993) afirma que o excesso de
rega costuma ser mais prejudicial do
que a falta. Pois excesso de rega
dificulta a circulação de ar no solo,
impedindo o crescimento das raízes
além de lixiviar os nutrientes e propiciar
o aparecimento de doenças. A rega é
eficiente quando o terreno fica
suficientemente
umidificado,
sem
apresentar sinais de encharcamento
(poças ou água escorrendo) como a
irrigação realizada no presente estudo.
O substrato utilizado composto
por esterco de gado curtido e terra, está
garantindo um bom crescimento das
mudas, porém observou-se que algumas
espécies como o baru, e a caroba
precisam de mais substrato para seu
desenvolvimento. A adubação em
viveiro é indispensável, em função do
subsolo ser geralmente pobre em
nutrientes (MACEDO, 2003).
Observou-se ainda que as
espécies como a mangaba não consegue
se desenvolver no substrato normal
terra/esterco, sendo necessário para sua
germinação planta-las primeiramente
em local com areia.
Conclusões
Conclui-se que as 25 mil mudas
produzidas no Viveiro Nativas são
bastante significativas e a comunidade
local aderiu ao projeto, pois todas as
mudas que estão sendo elaboradas são
doadas. O sistema de troca/parceria é
realizado com sucesso.
O projeto abrange todo o meio
acadêmico e a população de Rio Verde
através do sistema educacional que está
contribuindo
para
melhorar
a
biodiversidade no perímetro urbano. Os
principais destinos das mudas são para
recuperação de nascentes, Mata Ciliar e
áreas degradadas na região do Sudoeste
Goiano.
Referências
MACEDO, A.C. Produção de mudas
em viveiros florestais espécies nativas.
São Paulo: Fundação Florestal, 1993.
Disponível
em:
http://www.fsm.br/cepef/artigos/manual
_prod_mudas_viveiros_1ed_1993.pdf.
Acesso em: 31/07/2012.
SANTARELLI, E.G. Produção de
mudas de espécies nativas para florestas
ciliares. In: RODRIGUES, R. R.;
LEITÃO FILHO, H. F. (Eds.). Matas
Ciliares: conservação e recuperação. 2.
ed. São Paulo: Edusp/Fapesp, 2004.
SILVA, D. B. da; SILVA, J. A. da;
JUNQUEIRA, N.T.V.; ANDRADE,
L.R.M. de Frutos do cerrado. Brasília:
Embrapa, 2001.
2
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`Nativas` está localizado na FESURV – Universidade de Rio Verde