incentivando-as a enfrentar a batalha contra a "colonização
ideológica" sub-repticiamente introduzida nas escolas
italianas e "que envenena a alma e a família". Esse veneno,
que mina as bases biológicas e antropológicas do homem, é
mais prejudicial que o veneno que se dissolve nos oceanos
ou que penetra nas raízes de árvores seculares: ele pode
corroer até demolir a humanidade, porque mata a propensão
ao encontro entre homem e mulher como ocasião e condição
essencial para a reprodução da espécie humana.
No terceiro capítulo, “Ecologia da vida cotidiana”,
nº 155, a encíclica “Laudato sì” aborda com muita clareza a
ideologia de gênero, mesmo sem nunca mencioná-la
explicitamente. "A aceitação do próprio corpo como dom de
Deus é necessária para acolher e aceitar o mundo inteiro
como um dom do Pai e como casa comum; já uma lógica de
domínio sobre o próprio corpo se torna uma lógica às vezes
sutil de domínio sobre a criação".
Portanto, "aprender a acolher o próprio corpo, cuidar
dele e respeitar os seus significados é essencial para uma
verdadeira ecologia humana". E "também apreciar o próprio
corpo na sua feminilidade ou masculinidade é necessário
para se reconhecer no encontro com o outro diferente. Desta
forma, é possível aceitar com alegria o dom específico do
outro ou da outra, obra de Deus Criador, e enriquecer uns aos
outros". Assim, conclui com palavras inequívocas, "não é
sadia uma atitude que pretenda 'apagar a diferença sexual por
não saber mais lidar com ela'". Esta passagem da encíclica
traça uma clara linha de continuidade entre os três últimos
Papas no tocante à "ecologia do homem".
PAI, VOCÊ TEM UM REAL
PARA ME EMPRESTAR?
"Um menino, com voz tímida e os olhos cheios de
admiração, pergunta ao pai, quando este retorna do trabalho:
- Pai, quanto o senhor ganha por hora?
O pai, num gesto severo, responde: - Meu filho, isto
nem a sua mãe sabe. Por isso, não me amole, estou
cansado!!!
Mas o filho insiste: - Mas papai, por favor, diga,
quanto o senhor ganha por hora?
A reação do pai foi menos severa e respondeu: - Três
reais por hora. - Então, papai, o senhor poderia me emprestar
um real?
O pai, cheio de ira e tratando o filho com brutalidade,
respondeu: - Então essa era a razão de querer saber quanto eu
ganho por hora, não é? Vá dormir e não me amole mais!
Já era noite, quando o pai, por algum momento raro,
começou a pensar no que havia acontecido com o filho e
sentiu-se culpado. Talvez, quem sabe, o filho precisasse
comprar algo. Querendo aliviar sua consciência doida, foi
até o quarto do menino e, em voz baixa, perguntou: - Filho,
está dormindo? - Não, papai! O garoto respondeu sonolento
e choroso. - Olha, aqui esta o dinheiro que me pediu: Um
real.
- Muito obrigado, papai! disse o filho, levantando-se
rapidamente e retirando mais dois reais de uma caixinha que
estava sob a cama. - Agora já completei, papai! Tenho três
reais. Poderia me vender uma hora de seu tempo?"
OBSERVAÇÃO: Você pode até não ter filhos e achar que
isso não é com você. Porém, com certeza você tem família,
será que nela não existe alguém que sente a sua falta? Olhe ao
seu redor... Nós sempre dizemos que não temos tempo, mas
nos esquecemos que a Eternidade está ao nosso lado...
AGENDA PAROQUIAL – AGOSTO
Publicação: 700 exemplares – distribuição gratuita – Ano 5 – Nº 49 – Agosto / 2015
Paróquia Nossa Senhora da Piedade
01 sab – Reunião remadores ONDA, 14h / Reunião
zeladoras AO, 14h30min / Devoção 1º sábado honra
Nossa Senhora, 16h
05 qua – Reunião Cáritas e Missionários Visitadores,
COMIPA, 16h / Início nova turma catequese adultos, 20h
06 qui – Reunião Ministros Extraordinários Sagrada
Comunhão, 19h45min
07 sex – Reunião CPP, 20h
08 sab – Semana Nacional da Família / Assembléia
Diocesana, Conselho Leigos e CPPs, 8h30min16h45min / Santa Missa com bênção dos pais no Colégio
Santa Catarina, 10h / Santa Missa Capela Lar Santa Ana,
16h
10 seg – Reunião equipes liturgia, 20h
11 ter – Reunião conselho econômico, Capela Beata
Regina, Vila Nova, 19h30min
13 qui – Reunião conselho econômico, Capela
N.Sra.Lourdes, Bairro Jardim Mauá, 19h30min / Curso
preparação Batismo, pais e padrinhos, 20h
15 sab – Reunião coroinhas, 10h / Reunião catequistas,
14h / Terço Mariano ONDA, 14h / Venda cucas CLJ,
16h20min e 18h10min
16 dom – 18º Chá Familiar, Capela N.Sra.Lourdes,
Bairro Jardim Mauá, 15h-18h (no salão festas da igreja
Matriz)
17 seg – Reunião conselho econômico, igreja Matriz, 20h
20 qui – Encontro anual das secretárias, Centro
Mariápolis, SL, 8h-18h / A Secretaria Paroquial não
tem expediente.
21 sex – Santa Missa Capela Familiar N.Sra.Fátima,
Bairro São Jorge, 19h30min
21 sex, 22 sab e 23 dom – 21º ECC, Encontro de Casais
com Cristo
22 sab – Santa Missa Capela Lar Santa Ana, 16h
29 sab – Batizados, 10h / Terço Mariano ONDA, 14h
31 seg – Inscrições Encontro de Noivos / Estudo bíblico e
grupo do Carisma, Capela Beata Regina, Vila Nova,
19h30min
ONDA - Objetivo Novo de Apostolado (meninos e
meninas de 10 a 13 anos de idade) e CLJ - Curso de
Liderança Juvenil (jovens de 14 a 18 anos de idade) –
Reuniões todos os sábados às 15h, na igreja Matriz.
ATIVIDADES DA CÁRITAS PAROQUIAL
Brechó: qua 5, 12, 19 e 26, das 13h30min-16h30min
Aulas de Informática: sab 1º, 15 e 29, das 9h-12h
‘‘Não nos cansemos de fazer o bem!’’
Bairro Hamburgo Velho – Novo Hamburgo – RS – Rua Leão XIII, 180 – (51) 3527-4625 / 9701-9396
[email protected] - www.paroquiadapiedade.com.br
ORAÇÃO CRISTÃ COM A CRIAÇÃO
Papa Francisco
Nós Vos louvamos, Pai, com todas as vossas criaturas,
que saíram da vossa mão poderosa.
São vossas e estão repletas da vossa presença
e da vossa ternura.
Louvado sejais! Filho de Deus, Jesus,
por Vós foram criadas todas as coisas.
Fostes formado no seio materno de Maria,
fizestes-Vos parte desta terra,
e contemplastes este mundo com olhos humanos.
Hoje estais vivo em cada criatura
com a vossa glória de ressuscitado.
Louvado sejais! Espírito Santo, que, com a vossa luz,
guiais este mundo para o amor do Pai
e acompanhais o gemido da criação,
Vós viveis também nos nossos corações
a fim de nos impelir para o bem.
Louvado sejais! Senhor Deus, Uno e Trino,
comunidade estupenda de amor infinito,
ensinai-nos a contemplar-Vos
na beleza do universo, onde tudo nos fala de Vós.
Despertai o nosso louvor e a nossa gratidão
por cada ser que criastes.
Dai-nos a graça de nos sentirmos
intimamente unidos a tudo o que existe.
Deus de amor, mostrai-nos o nosso lugar neste mundo
como instrumentos do vosso carinho
por todos os seres desta terra,
porque nem um deles sequer é esquecido por Vós.
Iluminai os donos do poder e do dinheiro
para que não caiam no pecado da indiferença,
amem o bem comum, promovam os fracos,
e cuidem deste mundo que habitamos.
Os pobres e a terra estão bradando:
Senhor, tomai-nos sob o vosso poder e a vossa luz,
para proteger cada vida, para preparar um futuro melhor,
para que venha o vosso Reino de justiça, paz, amor e beleza.
Louvado sejais! Amém.
POR QUE SÓ OS CATÓLICOS
FAZEM O SINAL DA CRUZ?
http://www.aleteia.org/pt/estilo-de-vida/artigo/por-que-so-os-catolicos-fazem-osinal-da-cruz-5225200773758976
Os primeiros cristãos poderiam receber um prêmio
como publicitários, por terem criado a cruz como "logotipo
de identidade corporativa" da Igreja
Lembro-me de uma das primeiras perguntas de um
antigo catecismo para crianças: "Qual é o sinal do cristão? O
sinal do cristão é a cruz".
Todas as instituições, hoje especialmente, têm um
logotipo que representa sua imagem corporativa. Eu acho que
os primeiros cristãos deveriam receber um prêmio como
publicitários, por terem criado a cruz como logotipo de
identidade corporativa da Igreja: é difícil encontrar uma
imagem mais simples e mais "compreensiva", em intensidade
e extensão, da visão, missão e valores da Igreja, do que a cruz.
Na simples cruz, estão condensados o passado, o
presente e o futuro da instituição divina da Igreja, em favor dos
homens. Ao mesmo tempo, a cruz representa a caminhada
diária do cristão:
"Quem quiser ser meu discípulo, tome sua cruz de
cada dia e me siga" (cf. Lc 23).
Quando o cristão faz o sinal da cruz, ele não está
praticando a magia, nem um exorcismo, como pensam alguns
protestantes, mas está expressando, com um gesto simples,
todo o ideal da sua vida, indicando que quer carregar a cruz de
Cristo nesse dia, em sua cabeça, em seus lábios e em seu
coração, com toda a sua alma e sua mente e, além disso,
realizando um ato de fé na Trindade, pronunciando "Em nome
do Pai e do Filho e do Espírito Santo".
Por tudo isso, muitas igrejas e lugares cristãos são
presididos e coroados com a imagem da cruz ou de Cristo
crucificado, querendo representar o momento culminante da
história no qual a humanidade foi resgatada por Jesus para
Deus Pai.
Por tudo isso, ainda não entendo por que muitos
protestantes consideram que fazer o sinal da cruz é uma
blasfêmia...
OS 10 MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS
http://www.cleofas.com.br/virtual/doc.php?doc=DOUTRINA
(1Cor 3, 16; 6, 19-20). É um flagelo social. A Igreja diz que é
sempre gravemente pecaminoso entregar-se à prostituição;
mas a miséria, a chantagem e a pressão social podem atenuar
a falta da pessoa empurrada para esta prática (cf. § 2355).
É pecado grave contra o sexto Mandamento a prática
homossexual, não a tendência. O Catecismo diz que:
“Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como
depravações graves, a tradição sempre declarou que "os atos
de homossexualidade são intrinsecamente desordenados".
São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da
vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e
sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados” (§
2357).
EM QUE PARTE DA MISSA
É CONSIDERADO TARDE DEMAIS PARA
QUEM CHEGA ATRASADO
E QUER COMUNGAR?
O Sexto Mandamento: “Não pecar contra a
castidade”. Jesus disse: “Ouvistes o que foi dito: "Não
cometerás adultério" (Ex 20, 14). Eu, porém, vos digo: todo
aquele que olha para uma mulher com desejo malicioso já
cometeu adultério com ela em seu coração” (Mt 5, 27-28).
Jesus quer matar o pecado da impureza na sua raiz; no
coração.
O Sexto Mandamento ensina a viver a pureza; isto é,
não pecar contra a castidade. Esta significa a integração da
sexualidade na pessoa. Inclui a aprendizagem do domínio
pessoal, a oração, a mortificação, e vivência dos
Sacramentos. A Igreja ensina que: “Entre os pecados
gravemente contrários à castidade é preciso citar a
masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas
homossexuais” (Cat. § 2356).
O sexo só pode ser vivido pelos casais após
receberem o Sacramento do matrimônio. Qualquer uso do
sexo fora do casamento celebrado na igreja, é falta grave
contra este Mandamento. O prazer sexual é moralmente
desordenado quando é buscado por si mesmo, isolado das
finalidades de procriação e de união.
O Catecismo da Igreja diz que: "Na linha de uma
tradição constante, tanto o Magistério da Igreja como o
senso moral dos fiéis afirmaram sem hesitação que a
masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado"
(§ 2352); mas, fatores como a imaturidade afetiva, a força
dos hábitos contraídos, o estado de angústia ou outros fatores
psíquicos ou sociais podem diminuir a culpa da pessoa.
A fornicação é a união carnal fora do casamento
entre um homem e uma mulher livres. Às vezes recebe o
nome de “sexo livre”; sem compromisso, é pecaminoso (cf.
Cat. § 2353).
A pornografia ofende a castidade porque desnatura o
ato conjugal, doação íntima dos esposos entre si e atenta
gravemente contra a dignidade daqueles que a praticam
(atores, comerciantes, público), porque cada um se torna
para o outro objeto de um prazer rudimentar (cf. Cat. §
2354).
O estupro é uma violência; provoca um dano grave
que pode marcar a vítima por toda a vida. Mais grave ainda é
o estupro cometido pelos pais e parentes (encesto) da vítima
ou educadores contra as crianças que lhe são confiadas (§
2356).
A prostituição vai contra a dignidade da pessoa que
se prostitui; mancha seu corpo, templo do Espírito Santo
http://cristaosdeatitude.blogspot.com.br/2014/11/
em-que-parte-da-missa-e-considerado.html
É verdade que antes do Concílio Vaticano II alguns
manuais de teologia moral colocavam a chegada antes do
Ofertório como a linha divisória para decidir se alguém
cumpriu o preceito dominical de assistir à Missa. Mas depois
da reforma litúrgica, com essa ênfase na unidade global da
Missa, teólogos modernos abstêm-se de tanta exatidão.
A Missa começa com a procissão de entrada e
termina após a despedida e nós devemos estar lá do início ao
fim. Cada parte da Missa está relacionada e complementa as
outras em um ato único de adoração, embora algumas partes,
como a consagração, sejam essenciais enquanto outras são
apenas importantes.
Dizer que há um momento em particular para que
antes ou depois dele estejamos “fora” ou “safos”, por assim
dizer, é dar a mensagem errada e sugerir que, a longo prazo,
algumas partes da Missa não são realmente importantes.
Pode dar, também, a algumas almas menos fervorosas um
critério para chegar de maneira tardia.
Alguém que chega atrasado não foi à Missa, não
deve receber a Comunhão, e se for um domingo, vá para
outra Missa.
Chegar na hora não é uma questão de preceito, mas
de amor e respeito por Nosso Senhor que nos reuniu juntos
para partilhar seus dons, e que tem alguma graça para nos
comunicar em cada parte da Missa.
É também um sinal de respeito pela comunidade
com quem adoramos e que merece nossa presença e
contribuição com nossas orações em cada momento. A
liturgia é essencialmente o culto do Corpo de Cristo, a Igreja.
Cada assembléia é chamada a representar e manifestar todo o
Corpo, mas isso dificilmente pode acontecer se ele se forma
de gota em gota depois que a Celebração tenha iniciado.
Assim, as pessoas que chegam atrasadas a Missa tem
que se perguntar honestamente, Por quê? Se eles chegaram
tarde por algum motivo justificado ou evento imprevisto,
como um tráfego bloqueado por um acidente, eles agiram de
boa consciência e não estão estritamente obrigados a assistir
a uma Missa mais tarde (embora eles fizessem bem em fazêlo, se eles chegassem muito tarde e se fosse possível fazê-lo).
Da mesma forma, para muitas pessoas idosas,
mesmo ir para a igreja é uma odisseia, e não devem
sobrecarregar suas consciências contando os minutos.
Se as pessoas chegam atrasadas devido a uma
negligência culpável, e especialmente se eles fazem isso
habitualmente, então precisam refletir seriamente em suas
atitudes, emendar seus caminhos, e se necessário procurar o
Sacramento da Reconciliação.
Dependendo do quanto atrasado eles cheguem,
deveriam preferir honrar o dia do Senhor participando de
alguma outra Missa ou, se não for possível, pelo menos
permanecer na igreja depois do término da Missa e dedicar
algum tempo de oração e reflexão nas leituras do dia.
A extremidade oposta da Missa e seu fim. As
pessoas podem sair depois de receber a Comunhão?
A Missa termina com a despedida, mas como um
sinal de respeito os fiéis devem esperar até o sacerdote entrar
na sacristia e qualquer canção final terminar. Ir embora
depois da Comunhão não nos permite agradecer a Deus
propriamente pelo dom de seu Filho e também nos priva da
graça vinda da oração conclusiva e da bênção final.
Às vezes, os membros da congregação parecem
aspirantes de maratonistas na maneira como saem em
debandada em direção à saída, depois da Missa. Em outras
circunstâncias, se deseja mesmo que saiam mais cedo e não
fiquem conversando pelos corredores.
Padre Edward McNamara, professor de liturgia na Regina Apostolorum
Pontifical Athenaeum / Texto originalmente publicado em inglês pela
CatholicSay.com.
A ENCÍCLICA DO PAPA FRANCISCO
DIZ NÃO À IDEOLOGIA DE GÊNERO
Em continuidade com o magistério precedente, o
texto destaca a necessidade de uma ecologia humana que
respeite as diferenças sexuais.
Por Federico Cenci / Roma, 19 de Junho de 2015 (ZENIT.org)
Que o Papa Francisco está bem atento às questões
relacionadas com as raízes biológicas e antropológicas do
homem, já era claro faz tempo. Em várias ocasiões durante
as últimas semanas, o Papa recordou a necessidade de
salvaguardar a complementaridade entre homem e mulher,
chamando-a de "vértice da criação de Deus".
Esta sensibilidade do Papa se refletiu também na
encíclica “Laudato sì”. Numa passagem crucial do texto, ele
destaca que "não se pode propor uma relação com o
ambiente que prescinda da relação com as outras pessoas e
com Deus". Tal atitude, avisa Francisco, evitando qualquer
equívoco ambientalista, não passaria de "individualismo
romântico disfarçado de beleza ecológica e um sufocante
fechar-se na imanência". Em suma, o respeito pelo homem
precede e antecipa o respeito pelo meio ambiente.
Já na catequese de 05 de junho de 2013, Dia Mundial
do Meio Ambiente, o Santo Padre salientou que "cultivar e
salvaguardar" são conceitos que não compreendem apenas
"a relação entre nós e o meio ambiente, entre o homem e a
criação", mas envolvem "também as relações humanas". Daí
a necessidade, sentida por Francisco, de redescobrir uma
"ecologia humana", termo usado pela primeira vez por São
João Paulo II na “Centesimus Annus”. O papa polonês
observou que, "para além da destruição irracional do
ambiente natural, deve-se lembrar a destruição ainda mais
grave do ambiente humano, que está longe de receber a
atenção necessária".
A ligação entre aquele aviso da “Centesimus Annus”
e as solicitações do Papa Francisco está no discurso que
Bento XVI pronunciou no Bundestag, o parlamento federal
alemão, em setembro de 2011. "O homem também tem uma
natureza que ele deve respeitar e que não pode manipular à
vontade. O homem não é apenas uma liberdade que ele cria
para si mesmo. O homem não cria a si mesmo. Ele é espírito e
vontade, mas é também natureza, e a sua vontade é justa
quando ele respeita a natureza, a escuta e aceita a si mesmo
como aquilo que é e que não foi ele quem criou".
Quando o homem pretende governar a natureza para
esvaziá-la de significado e substituir a Deus, a sua vontade
assume contornos que não são justos, mas soberbos,
evocando o mito de Prometeu, que rouba de Zeus o fogo e
decreta assim a própria condenação. É nesta perspectiva que
se coloca a redefinição do sexo com bases meramente
culturais: o homem que se arvora como Deus se arroga a
ilusão de controlar até a própria identidade sexual, de tornála um elemento líquido em que as diferenças se confundem e
se dissolvem.
Nasce assim a ideologia de gênero, que, na audiência
geral de 15 de abril, o Papa Francisco perguntou se "não é
uma expressão de frustração e resignação, que visa apagar a
diferença sexual porque não sabe mais lidar com ela". O
Papa observou ainda que a remoção da diferença é "o
problema, não a solução".
O assunto foi retomado dois meses depois, em 08 de
junho. Recebendo os bispos de Porto Rico em visita ad
limina ao Vaticano, o papa explicou que "as diferenças entre
homens e mulheres não são para contraposição ou
subordinação, mas para comunhão e geração, sempre à
imagem e semelhança de Deus". Daí o apelo do papa aos
bispos da Estônia e da Letônia, dois dias depois, a
"promoverem a família como dom de Deus para a realização
do homem e da mulher criados à sua imagem e como célula
fundamental da sociedade".
No domingo seguinte, abrindo o Congresso Eclesial
da Diocese de Roma, Francisco se dirigiu às famílias
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Informativo Agosto.cdr - Paróquia Nossa Senhora da Piedade