CADERNO DE SISTEMATIZAÇÃO DO PROJETO Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 1 2 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal CADERNO DE SISTEMATIZAÇÃO DO PROJETO Constituição Federal de 1988 Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. § 4º- A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. Uma publicação do Centro Escola Mangue através do Projeto Água Também é Mar patrocinado pelo Programa Petrobras Ambiental Recife, 2013 Coordenação Luciana Maria da Silva Texto Valério Ferreira Marcelo Luciana Maria da Silva Redação final Valério Ferreira Marcelo Revisão Denise Andrade Distribuição dirigida, pedidos de exemplares: Centro Escola Mangue Rua Afrânio, 273 – Brasília Teimosa CEP 51010-150 Recife-PE www.centroescolamangue.org Tel.: (81) 33271572 Parcerias Instituto Bioma Brasil Via Design Projeto gráfico e diagramação Via Design Realização Centro Escola Mangue Projeto Água Também é Mar Tiragem 1.000 exemplares Patrocínio Programa Petrobras Ambiental C397c Centro Escola Mangue Caderno de sistematização do Projeto Água Também é Mar / Centro Escola Mangue ; texto Valério Ferreira Marcelo, Luciana Maria da Silva. – Recife : Centro Escola Mangue, 2014. 36p. : il. Inclui referências. 1. ECOSSISTEMAS – PERNAMBUCO. 2. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – RECIFE (PE). 3. ECOLOGIA COSTEIRA – PERNAMBUCO. 4. ÁREAS ESTUARINAS – CONSERVAÇÃO – PERNAMBUCO. 5. ECOLOGIA DOS MANGUEZAIS – PRESERVAÇÃO – PERNAMBUCO. 6. RECURSOS NATURAIS – CONSERVAÇÃO – PERNAMBUCO. 7. COMUNIDADES COSTEIRAS – PERNAMBUCO – ASPECTOS SOCIAIS. 8. POLÍTICAS PÚBLICAS. 9. CENTRO ESCOLA MANGUE – BRASÍLIA TEIMOSA – RECIFE (PE) – HISTÓRIA. I. Marcelo,Valério Ferreira. II. Silva, Luciana Maria da. III. Título. CDU 574.5 CDD 574.5 PeR – BPE 14-306 Introdução 5 Centro Escola Mangue – Breve Histórico 6 Programa Petrobras Ambiental 8 Diretrizes 8 Ações Estratégicas 9 Contexto Encontrado 10 Objetivos 14 Implantação da Tecnologia 15 Transferência da Tecnologia 17 Resultados Alcançados 18 Lições Aprendidas 34 Parceiros 35 Referências 36 Estuário do rio Goiana-PE 6 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal Introdução Na atual conjuntura da humanidade, devido aos elevados níveis de consumo, várias das necessidades dos seres humanos precisam da industrialização de bens e serviços. No entanto, nenhuma necessidade pode justificar a degradação dos biomas naturais. Há também uma crescente busca por alternativas que possam aliar desenvolvimento, preservação e sustentabilidade. As áreas estuarinas e ribeirinhas sofrem diretamente o impacto da crescente degradação decorrente da pressão causada pela ação antrópica.A expansão imobiliária, a industrialização, a ausência de planejamento urbano e de políticas públicas de valorização da pesca artesanal com uso produtivo dos seus derivados, estão entre as causas que impactam negativamente o bioma costeiro marinho. Tudo isso também acelera a já evidente descaracterização da paisagem litorânea. É nesse contexto que o Centro Escola Mangue apresenta aqui uma tecnologia social com metodologia que desenvolve de forma articulada, o desafio de trabalhar a conservação e recuperação de áreas estuarinas degradadas, educação ambiental, debate sobre as políticas públicas para o meio ambiente, formação cultural, defesa e resgate do patrimônio imaterial, fortalecimento institucional, apoio ao desenvolvimento comunitário sustentável e resgate cultural das comunidades tradicionais de pescadores e pescadoras das áreas estuarinas de Pernambuco. Entendendo que a própria comunidade é a principal parceira e protagonista na proposta de transformação da realidade, o Centro Escola Mangue através do Programa Petrobras Ambiental, realizou no período de janeiro de 2010 a novembro de 2013, o projeto Água também é mar-Escola dos povos do mangue. E orgulhosamente vem socializar com a comunidade os seus principais resultados. Assim, destacamos que as ações de comunicação e peças publicitárias do projeto, respeitaram as normas acordadas em contrato com o Programa Petrobras Ambiental e pactuadas com a comunidade. Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 7 Centro Escola Mangue Breve Histórico O Centro Escola Mangue, em seus 10 anos de história, vem aprimorando sua metodologia pedagógica de uma Escola Ambiental com foco na cultura, nos saberes ancestrais das comunidades costeiras e aproximando estes do conhecimento acadêmico com vistas à promoção da qualidade de vida das pessoas e sustentabilidade do meio ambiente. Com sede própria na comunidade de Brasília Teimosa, desde sua fundação desenvolve atividades com educação pré-escolar para filhos de pescadores e marisqueiras, educação ambiental vivenciada, formação em Ecoturismo de base comunitária, qualificação em moda praia - fortalecendo a utilização de materiais de origem marinha (moda mangue), produção e plantio de mudas de mangue, realização de oficinas temáticas sobre meio ambiente, fortalecimento da identidade cultural e preservação das danças e folguedos praieiros, formação de grupos culturais na comunidade de Brasília Teimosa - o Maracatu de Nação Estrela do Mar e a La Ursa Teimosinha (com 50 crianças), formação de professoras, cine mangue, valorização da culinária, participação nos espaços de debate sobre preservação ambiental e valorização das comunidades envolvidas nos biomas costeiros marinhos. Assim, o Centro Escola Mangue que é uma associação civil sem fins lucrativos, promove o protagonismo comunitário através do fortalecimento das instituições (associações, colônias de pescadores e pescadoras, associações de moradores, escolas, grupos produtivos e culturais) e famílias que estejam localizadas nas áreas ribeirinhas, estuarinas e praias. Na busca pelo resgate dos saberes populares, como forma de fortalecer as comunidades em seus desafios na luta pela garantia da permanência nos seus territórios, defesa do bioma costeiro-marinho, divulgação de novas alternativas e tecnologias de valorização do trabalho e produção do pescado de forma sustentável, o Centro vem trabalhando no fortalecimento das comunidades costeiras por políticas públicas ambientais e de valorização dos pescadores e marisqueiras através da educação ambiental para crianças, jovens, adultos, professores e seu quadro de educadores. 8 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal Foram estes desafios que motivaram o Centro Escola Mangue a refletir sobre o capital social acumulado desde sua fundação e com o apoio das comunidades e parceiros, resolveu elaborar o projeto Água também é mar – Escola dos povos do mangue e submetê-lo ao disputado e rigoroso edital do programa Petrobras Ambiental em 2008, para assim amadurecer esta tecnologia social e harmonizar os princípios básicos de sua proposta pedagógica e de intervenção em comunidades costeiras. O projeto iniciou em 2010 com o objetivo de recuperar e conservar as áreas estuarinas de Pernambuco, por meio de iniciativas que envolviam a participação das comunidades, atuando nos estuários dos rios: Capibaribe (Município do Recife), Goiana (Município de Goiana), Ipojuca (Município de Ipojuca) e Una (Município de São José da Coroa Grande). Imagens: Google Earth-Adaptação dos organizadores Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 9 Programa Petrobras Ambiental Alinhado ao Plano Estratégico e ao Plano de Negócios, o Programa Petrobras Ambiental confirma o compromisso da Companhia em contribuir para a implementação do desenvolvimento sustentável, estratégia que se evidencia no enfoque integrado dos processos produtivos e do meio ambiente. Por meio de sua política de patrocínio ambiental, a Petrobras investe em iniciativas que visam à proteção ambiental e à difusão da consciência ecológica. O Programa se caracteriza por atuar em temas ambientais relevantes para a Petrobras e para o País, articulando iniciativas que contribuem para criar soluções e oferecer alternativas com potencial transformador e em sinergia com políticas públicas. De 2003 a 2008, o Programa Petrobras Ambiental investiu mais de R$ 150 milhões em projetos de pequeno, médio e grande portes desenvolvidos em parceria com organizações da sociedade civil de todo o País, abrangendo dezenas de bacias, ecossistemas e paisagens na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal. Mais de 5 mil espécies nativas foram estudadas em uma área de influência direta de 9 mil hectares, atendendo a 23 milhões de pessoas direta e indiretamente em 129 municípios de 17 estados brasileiros. Diretrizes Todas as ações do Programa Petrobras Ambiental se orientam pela contribuição ao desenvolvimento sustentável, compreendendo o equilíbrio entre “gerações atuais x futuras”, “necessidades humanas x integridade da natureza” e “dimensões econômica, social e ambiental”. »» Preservar e manter os recursos naturais, com respeito ao ser humano; 10 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal »» Formar líderes da causa ambiental; »» Estimular a formação de redes de relacionamento e de trabalho; »» Promover a participação das comunidades no desenvolvimento das ações; »» Estimular a adoção de novos padrões de produção e de consumo; »» Apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento econômico com respeito ao meio ambiente; »» Buscar a sustentabilidade institucional e reaplicabilidade das iniciativas. Ações Estratégicas »» Investimentos em patrocínios a projetos ambientais de âmbito nacional, regional e local: investir, de forma transparente, planejada e monitorada, em projetos que contribuam para o desenvolvimento sustentável do País. Nesta ação está inserida a Seleção Pública de Projetos, realizada a cada dois anos e que busca democratizar o acesso e dar transparência aos recursos do Programa. Organizações ambientais de todo o País podem inscrever projetos a serem analisados por uma equipe formada por profissionais da Companhia, especialistas externos nas linhas de atuação do Programa e representantes da sociedade civil, do Governo e da imprensa. »» Fortalecimento das organizações ambientais e de suas redes: promover a interação entre Terceiro Setor, Poder Público e outras empresas por meio da formação de parcerias e de redes. Essa ação também inclui contribuições para a capacitação das instituições parceiras. »» Disseminação de informações para o desenvolvimento sustentável: ações de comunicação voltadas para a discussão do modelo e dos papéis de cada um na busca do desenvolvimento sustentável. Fonte: http://sites.petrobras.com.br/minisite/ambiental/apresentacao/ visualizado em 10/11/2013 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 11 Contexto Encontrado As áreas estuarinas dos rios Una, Ipojuca, Capibaribe e Goiana têm grande relevância para o sistema costeiro de Pernambuco. Tratam-se dos estuários dos principais rios estaduais litorâneos, suas bacias participam de mais de 60% da economia pernambucana e recebem a carga de poluição de mais de 80 municípios do Estado (Agreste, Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife). O estuário do rio Goiana, no litoral norte do Estado, possui 06 comunidades de populações tradicionais de pescadores (Catuama, Barra de Catuama,Tejucupapo, Povoação de São Lourenço, Atapuz e Carne de Vaca) e recebe as águas drenadas de 25 municípios da bacia. Litoral e área de manguezal Goiana/PE Imagens: Google Earth-Adaptação dos organizadores O estuário do Capibaribe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), é a área mais urbanizada e de maior população do Estado, recebe as águas de 42 municípios e possui 03 comunidades de pesca (Ilha de Deus, Pina e Brasília Teimosa, sede do projeto). 12 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal Área Urbana, Estuário e Praias de Brasília Teimosa, Pina e Ilha de Deus. Imagens: Google Earth-Adaptação dos organizadores. Mais ao sul, está a foz do rio Ipojuca. Região turística e desenvolvimento econômico a partir do porto de Suape, é o rio mais poluído do Estado, seu estuário recebe água de 24 municípios e há 02 comunidades de pescadores (Porto de Galinhas e Suape). Área Urbana, Estuário e Praias – Município Ipojuca. Imagens: Google Earth-Adaptação dos organizadores Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 13 No extremo sul do Estado, a foz do rio Una, com uma bacia que abrange 42 municípios e duas comunidades tradicionais na foz (Várzea do Una e Abreu do Una). Área Urbana, Estuarina e Praias – Município de São José da Coroa Grande. Imagens: Google Earth-Adaptação dos organizadores Nas 04 áreas, o uso dos rios impacta negativamente na qualidade da água dos estuários e nos manguezais. Acrescenta-se a poluição por efluentes urbanos e industriais, resíduos sólidos, carcinicultura, uso da lenha e avanço da urbanização presentes em todos os casos, impactam na vida de mais de 4.000 famílias que vivem da pesca e coleta de produtos do mangue. Em alguns, o turismo sem controle e a pesca predatória também trazem impactos. Estas populações garantem sua renda a partir dos estuários e encontram-se em crescente precariedade pela diminuição das áreas de manguezal e aumento da poluição. Ao mesmo tempo em que buscam a manutenção ambiental destas áreas, às vezes super exploram sem ordenamento para manter seu sustento. Tanto nos municípios, quanto no Estado, inexistem políticas específicas para os estuários ou suas populações e a fiscalização estatal é insuficiente. O Programa de Gerenciamento Costeiro realizou diagnóstico e monitoramento de todo o litoral, mas sem ações específicas no Estado de Pernambuco, de conservação e restauração de áreas degradadas. 14 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal O reconhecimento destes ecossistemas e suas populações (produção, cultura e seu meio) são necessários e urgentes. Os manguezais são ambientes frágeis e essenciais na manutenção da vida marinha, são filtros naturais da degradação destes rios e da contenção do avanço do mar, de berçário e de estadia de fauna migratória, além de garantir a subsistência de milhares de famílias. Plantio de mangue no estuário do rio Goiana Acervo Centro Escola Mangue Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 15 Objetivos Geral Atuar na recuperação e conservação de espécies e ambientes costeiros, marinhos e de água doce. A partir do uso sustentável das espécies da flora e fauna do manguezal, da atenuação e adaptação do manguezal às pressões ambientais urbanas e rurais, da conservação e gestão sustentável dos recursos naturais estuarinos e da atuação integrada de projetos de conservação da biodiversidade estuarina. Específicos »» Promover a conservação e o reflorestamento das espécies de mangue de forma participativa e integrada entre os rios Goiana, Capibaribe, Ipojuca e Una. »» Desenvolver processo educativo de capacitação dos atores sociais locais para a sensibilização da sociedade sobre as condições ambientais dos estuários e mangues e para uma mobilização propositiva e integrada, de recuperação ambiental. »» Realizar ações de resgate das produções e tradições estuarinas que valorizem as culturas locais como forma valorização e transmissão do conhecimento popular sobre o meio ambiente do mangue. »» Contribuir para a formulação e implantação de políticas públicas e de instrumentos indutores de uso sustentável dos recursos naturais dos manguezais. 16 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal Implantação da tecnologia O projeto foi inicialmente planejado para ser implantado e executado em 24 meses, tendo o primeiro trimestre para estruturação: contratação da equipe, consolidação das parcerias, ajustes metodológicos, elaboração dos instrumentos, aquisição de equipamentos e adequação dos espaços comunitários para as atividades. Os 18 meses subsequentes foram destinados para a realização e consolidação das atividades do projeto, ficando o último trimestre para a sistematização. As atividades iniciaram em janeiro de 2010 e após dois anos, houve ampliação do convênio com o Programa Petrobras Ambiental por mais 12 meses. É importante destacar que a divulgação, o debate com os parceiros sobre a prática para replicação da tecnologia e a sustentabilidade das ações estiveram presentes em todo o processo vivenciado no projeto. O projeto foi implantado no Estado de Pernambuco, nos estuários dos rios Una (município de São José da Coroa Grande), Ipojuca (município de Ipojuca), Capibaribe (município do Recife) e Goiana (município de Goiana). Os estuários dos 04 rios possuem manguezais com estados de conservação bem diversos e as bacias destes rios possuem estrutura de gestão dos recursos hídricos a partir de Comitês de Bacias Hidrográficas. No município do Recife, os bairros onde há atuação do projeto que margeiam o estuário do Rio Capibaribe, possuem juntos, a maior população atendida, 36.720,00 habitantes (Brasília Teimosa, Pina e Ilha de Deus). A metodologia aplicada é utilizada pelo Centro Escola Mangue em suas práticas e ações cotidianas que relacionam os saberes populares locais e o conhecimento acadêmico. É vivenciada de forma presencial com foco na participação intergeracional na construção e transmissão dos conhecimentos, priorizando os saberes com foco nas relações e práticas locais. Em todas as ações, a integração entre produção sustentável, sensibilização, educação, resgate de tradições, contribuição para construção de políticas públicas foram trabalhadas de forma transversal com foco na conservação dos manguezais e na emancipação dos sujeitos, pela sustentabilidade pro- Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 17 dutiva, econômica, social, ambiental e articulação das práticas nos 04 estuários a partir de vivência e pela continuidade do trabalho desenvolvido. Na relação com as políticas públicas, o projeto propôs e promoveu ações articuladas entre os atores locais dos 04 estuários com comitês da bacia, estimulando assim, a participação de lideranças nas reuniões dos comitês e organizou uma rede de educadores e amigos do mangue, no intuito de contribuir na edificação de uma plataforma de proposições, implantação e acesso as políticas públicas. O Centro Escola Mangue através do projeto articulou e executou cursos de qualificação profissional para comunitárias (pescadeiras e jovens) das áreas atendidas, além de estimular e divulgar suas produções através da “Moda Mangue”. O resgate da cultura se deu pela pesquisa, identificação, estímulo e organização dos folguedos, além da contação de histórias. Diversas oficinas de educação ambiental foram realizadas para professores, educadores populares, crianças, jovens, adultos e servidores públicos das comunidades abrangidas e circunvizinhas. O “Água também é mar” divulgou as reivindicações das comunidades estuarinas através de campanhas e datas comemorativas, como o dia da água. No resgate da vegetação nativa, no reflorestamento em andamento de áreas de manguezal degradadas, foram realizadas formações de jovens das comunidades atendidas, sendo os mesmos capacitados para produção de mudas de mangue, instalação e manutenção do viveiro, plantio e monitoramento participativo de áreas reflorestadas de mangue. Etapas de promoção de acesso às políticas públicas voltadas para as comunidades ribeirinhas, estuarinas e praieiras. Destaca-se também a criação da Rede de Educadores e Amigos do Mangue, que fortalece a proposta, incorpora novos atores e adiciona maior valor agregado ao capital social do Centro, das associações e das colônias envolvidas, trazendo assim, força as comunidades ribeirinhas, estuarinas e de praias. 18 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal Transferência da Tecnologia A tecnologia pode ser transferida através de formação de equipes fazendo uso de oficinas, acompanhamento técnico e assessoria institucional. As atividades iniciais estão representadas na figura ao lado. Multiplicação da Tecnologia Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 19 Resultados Alcançados Em sua proposta, o projeto Água também é mar-Escola dos povos do mangue, trouxe na linha de educação ambiental marinha e costeira no Estado de Pernambuco, diversas luzes na forma de compreender a intervenção em comunidades costeiras com um olhar especial ao caráter multicultural particular dos habitantes das áreas ribeirinhas e estuarinas, destacando as danças, a música, a alimentação, o vestuário e o vocabulário. Foram realizados 02 Encontros de Escolas Mangue promovendo intercâmbio, minicursos e oficinas para 450 professores dos estuários dos rios (Goiana, Ipojuca, Capibaribe e Uma), a promoção de formação em tecnologias ambientais para 80 famílias das marisqueiras e pescadores dos estuários atendidos. Além da promoção da formação de 180 viveiristas de mangue e 80 agentes ambientais, foram desenvolvidas ações com adolescentes e jovens dos 04 estuários. Formação em Ecoturismo de Base Comunitária Fotos acervo Centro Escola Mangue 20 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal Oficina de acessórios em couro de peixe em Pontas de Pedras-Goiana Plantio de mangue no estuário do Rio Goiana Fotos acervo Centro Escola Mangue As ações estão vinculadas aos quatro objetivos pensados para o projeto e aqui destacaremos os principais resultados para cada objetivo proposto. Acreditamos ter contribuído para a sensibilização da sociedade na questão das áreas dos biomas costeiros e marinhos, fortalecido as comunidades, promovido o resgate da cultura, a conservação do manguezal, apoiado no fortalecimento para a construção de políticas públicas estruturais direcionadas aos estuários do Estado de Pernambuco e colaborado com o Brasil no alcance dos Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio/ODM, propostos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com destaca para os objetivos: »» 1º Erradicar a Extrema Pobreza; »» 2º Atingir o Ensino Básico Universal; »» 3º Igualdade Entre os Sexos e Autonomia das Mulheres; »» 7º Garantir a Sustentabilidade Ambiental. Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 21 A estimativa é de que o Brasil cumpra, na média nacional, todos os 8 ODM, incluindo o ODM 7. Mas muitos especialistas entendem que este é um dos mais complexos para o país, principalmente na questão de acesso aos serviços de saneamento básico (PNUD, 2013). Promover a conservação e o reflorestamento das espécies de mangue de forma participativa e integrada entre os rios Goiana, Capibaribe, Ipojuca, e Una. »» O diagnóstico participativo e levantamento de áreas prioritárias para reflorestamento de mangue nos 04 estuários foi realizado no Rio Capibaribe e está em fase de conclusão nos estuários dos rios Goiana, Ipojuca e Una. Plantio de Mangue em São José da Coroa Grande Acervo Centro escola Mangue 22 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal Plantio estuário rio Goiana Acervo Centro Escola Mangue »» A pesquisa e coleta de propágulos de mangue é uma atividade contínua que alimenta os viveiros no período que compreende 2010/2013. Foram coletados mais de 100 mil propágulos de 04 espécies e produzidas 80 mil mudas. »» Implantação de 04 viveiros de mudas de mangue em escolas públicas de cada estuário: Rio Capibaribe (Recife), Carne de Vaca (Goiana), Ponte dos Carvalhos (Ipojuca) e São José da Coroa Grande no rio Una. »» Da meta estabelecida para plantio de 80 mil mudas de mangue, a atividade teve início nas margens dos Rios Capibaribe, Goiana e Rio Jaboatão, incluindo na ação a atividade de intercâmbio. »» Foram capacitados 180 agentes de reflorestamento de mangue para os 4 estuários de abrangência. Estes agentes são jovens comunitários que conhecem a dinâmica e importância do mangue em suas vidas. Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 23 »» Foi implantado o intercâmbio através de estágios de vivência entre os agentes de reflorestamento e os agentes ambientais do mangue com participação de 80 jovens com carga horais de 16 horas. »» O acompanhamento e monitoramento participativo das áreas reflorestadas são implantados à medida que o reflorestamento ocorre com visitas quinzenais in loco. 24 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal Área de reflorestamento no estuário do rio Ipojuca. »» Um banco de mudas foi pensado para dar suporte aos estuários na base de troca de mudas. Há um estoque de 2.000 mil mudas de Rhizophora mangle (Mangue vermelho), Avicennia sp e Lagunculária racemosa (Mangue branco), espécies ocorrentes na costa pernambucana. Estas mudas estão nos viveiros dos estuários do Capibaribe na Escola Municipal Henoch Coutinho de Melo em Brasília Teimosa-Recife, no estuário do Rio Goiana na Escola Municipal Lourenço Gadelha, Escola Municipal José Clarindo Gomes no Cabo de Santo Agostinho e Escola João Francisco de Melo em São José da Coroa Grande Estuário do Rio Una. »» Na organização da produção para comercialização de mudas, o Centro Escola Mangue implantou uma loja virtual para venda pela internet www.escolamangue.org com objetivo de comercializar mudas e atender empresas que atuam com recuperação de áreas degradadas e com passivos ambientais em biomas costeiros marinhos. »» No decorrer do projeto, a participação e promoção de eventos ambientais pelos parceiros públicos e privados vêm se mostrando um espaço de divulgação das atividades, resultados do projeto e produção de mudas. Viveiristas de mangue do Capibaribe em intercâmbio Acervo centro escola Mangue Com o intuito de fortalecer as ações de mobilização, produção de mudas e reflorestamento dos manguezais degradados, além das formações realizadas, está se estruturando a capacitação permanente da Rede Jovens do Mangue através da parceria estabelecida entre a Escola Estadual de Referência João Bezerra como atividade complementar nas turmas do 1º Ano do Ensino Médio. Esta ação foi incorporada às metas institucionais do Centro Escola Mangue. Desenvolver processo educativo de capacitação dos atores sociais locais para a sensibilização da sociedade sobre as condições ambientais dos estuários e manguezais e para uma mobilização propositiva e integrada, da recuperação ambiental. »» Realizamos a formação de 48 condutores de ecoturismo de base comunitária através de 02 cursos de formação em turismo ecológico. »» O projeto elaborou e consolidou a trilha ecológica do estuário do Rio Capibaribe e implantou Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 25 03 trilhas ecológicas nos estuários dos rios Una (Trilha da Pedra Grande), Ipojuca (Trilha do Bar do Doido/Trilha do Encantamento), e Goiana (Trilha da RESEX - Acaú-Goiana). »» Realização de intercâmbio através de 08 estágios de vivência entre os condutores de ecoturismo de base comunitária com 48 participantes dos 4 estuários. »» Foram formados 200 Agentes Protetores do Mangue. As formações ocorreram através de 24 oficinas realizadas no período do projeto contemplando adolescentes, jovens e adultos das comunidades de abrangência. »» Com o intuito de promover a mobilização para as questões ambientais, foram realizadas durante a vigência do projeto, ações de sensibilização pelos manguezais nos dias da Água (22 de março), do Rio (24 de novembro) e do Manguezal (26 de julho). Intercâmbio entre condutores de ecoturismo de base comunitária em Várzea do Una Acervo centro escola Mangue 26 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal Intercâmbio entre professores da bacia do Capibaribe Acervo Centro escola Mangue Trilha Rio Capibaribe Acervo Centro Escola Mangue »» Implantação da campanha Viva o Mangue, com propósito de desenvolver processo educativo de formação dos atores sociais locais para a sensibilização da sociedade sobre as condições ambientais dos estuários e mangues e para uma mobilização propositiva e integrada, de recuperação ambiental. Foram pensados 02 momentos da campanha “Viva o Mangue, Viva a Vida”. Composta pela Cartilha homônima e 01 CD musical (com mestres coquistas e cirandeiros cantando o manguezal), 01 vídeo educativo divulgando os manguezais de Pernambuco, além da elaboração de jogo educativo direcionado para crianças de 05 a 10 anos e 02 publicações - Inventário da Cultura Estuarina de Pernambuco e Manual de Reflorestamento de Mangue. »» O Centro de Referência de Educação Ambiental Centro Escola Mangue recebeu na vigência do projeto visitas de 30 escolas públicas e privadas, além de faculdades do interior do Estado de Pernambuco. Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 27 »» Foram realizadas em 16 escolas locais oficinas para transmissão das informações do projeto. »» O Centro Escola Mangue realizou reuniões mensais de avaliação e acompanhamento do projeto junto a sua equipe e parceiros. Realizar ações de resgate das produções e tradições estuarinas que enfatizam as culturas locais como forma de valorização e transmissão do conhecimento popular sobre o meio ambiente do mangue. »» Foi realizada a pesquisa e publicação de inventário da cultura litorânea de 4 estuários de Pernambuco, 1000 exemplares impressos. »» Organização e intercâmbio de pescadeiras através da promoção de oficinas e do encontro das mulheres do mangue realizado em dezembro de 2013. 28 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal Reunião de avaliação do Projeto e Oficina nas 16 escolas parceiras Acervo centro escola Mangue Folder da Moda Mangue, grife do Projeto Água Também é Mar Acervo centro Escola Mangue Oficina de agentes ambientais em Várzea do Una Acervo Centro Escola Mangue »» Foram formadas 80 mulheres em cursos de qualificação profissional de costura e artesanato eco-responsável do mangue através de 08 cursos (Filetagem de Peixe, Aproveitamento de Águas Residuais,Transformação de Óleo de Cozinha em Sabão, Criação de Biojóias em Couro de Peixe, Mulheres do Mangue e Justiça Ambiental, Beneficiamento de Bambu, Ginástica Laboral e Qualidade de Vida, Produção de Artesanato com Escamas de Peixe). »» Organização da produção para comercialização do artesanato e moda mangue; FENEARTE e Divulgação da produção do artesanato e da moda mangue. »» Foi realizado na Festa de São Pedro, dia 29 de junho no estuário do Rio Capibaribe, o I Encontro Gastronômico do Mangue dos 04 estuários. Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 29 Encontro das Mulheres do Mangue-Colônia Z-1 de Pescadores-Recife Acervo centro Escola Mangue Oficina de acessórios em couro de peixe em Suape Acervo centro Escola Mangue I Encontro das Águas e da Vida - Capibaribe Acervo Centro Escola Mangue 30 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal I Encontro Gastronômico do Mangue Acervo centro Escola Mangue »» Promoção da I Feira de Saberes e Sabores do Mangue realizada na Colônia Z-1 de Pescadores de Brasília Teimosa-Estuário do Capibaribe, realizada em dezembro de 2013. »» Promoção do I Festival Cultural Encontro das Águas e da Vida em março de 2013 no dia da Água. Contribuir para a formação e implantação de políticas públicas e de instrumentos indutores de uso sustentável dos recursos materiais dos manguezais »» Construção e estruturação de rede de educadores e amigos do mangue com participação de mais de 20 entidades além de participações individuais que se reúnem trimestralmente. Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 31 »» Foram realizados 02 encontros das escolas mangue para 400 professores dos quatro estuários no período de 2012 a 2013. »» Participação de 20 lideranças locais nas reuniões dos Comitês de Bacia dos rios Una, Ipojuca, Capibaribe e Goiana. »» Realização de oficina para construção de plataforma de propostas de políticas públicas para áreas estuarinas, realizada nas instalações do Iate Club de Pernambuco, no dia 07 de novembro de 2013 com participação de 20 pessoas. »» Realização do concurso e premiação de pessoas e entidades “Amigos do mangue”, realizado em dezembro de 2013 com 12 premiações. Prêmio Amigos do mangue Acervo Centro Escola Mangue 32 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal O projeto atingiu população total de 54.027 habitantes, sendo 20.956 diretos e 33.071 indiretos. Número de Pessoas Envolvidas Diretamente por Atividades Número de Atendidos Indiretamente Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 33 Nas ações de Educação Ambiental, 2.765 pessoas envolvidas diretamente podem desenvolver ações multiplicadoras transmitindo informações recebidas nas oficinas, capacitações, atividades de comunicação e treinamentos. Número de Envolvidos em Ações de Educação Ambiental Público envolvido nas ações de educação ambiental/Multiplicadores Nº Professores 418 Gestores Ambientais 53 Lideranças Comunitárias 132 Crianças/Jovens1815 Jornalistas 22 Membros dos Comitês de Bacias 65 Outros: famílias, entrevistados no inventário da cultura estuarina. 260 Total2765 34 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal Das 13 zonas estuarinas ocorrentes no litoral pernambucano (Goiana e Megaó, Itapessoca, Canal de Santa Cruz, Jaguaribe, Timbó, Paratibe, Capibaribe, Jaboatão e Pirapama, Suape (Ipojuca), Sirinhaém e Maracaípe, Rio Formoso e Una), as atividades do projeto atuaram em 7 zonas (Goiana e Megaó, Itapessoca, Canal de Santa Cruz, Capibaribe, Jaboatão e Pirapama, Suape e Una). Muito ainda há por fazer em defesa dos ambientes costeiros e marinhos do Brasil, em especial em Pernambuco, dada as atuais dimensões de desenvolvimento econômico que passa o Estado, ampliando assim a responsabilidade das empresas, dos governos (esfera municipal, estadual e federal) e sociedade civil. Adaptado de Braga et al (1989) Imagem: Google Earth. Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 35 Lições aprendidas As lições aprendidas durante a vida de um projeto são inúmeras, considerando que todo o trabalho é voltado para a sustentabilidade das ações e com foco nos resultados propostos que devem ser alcançados. Em todas as etapas, há aprendizado que são incorporados ou não a metodologia. Aqui iniciamos com uma dica básica e que por ser simples não deve ser esquecida pela equipe nem pelos gestores, trata-se do monitoramento constante dos indicadores como forma de verificação dos resultados a ser alcançados. Na sequência de sugestões, temos os registros das atividades cotidianas em cadernos de anotação, diários de campo, relatórios de ações e registros iconográficos como fotografias, ilustrações, filmes, entre outros. O diálogo constante com a equipe do projeto é uma ferramenta indispensável para compreensão do cotidiano e alcance de melhorias significativas no processo e gestão. O Centro Escola Mangue é uma organização que surgiu a partir do desafio de comunitários em enfrentar os problemas dos ambientes costeiros marinhos. Nesse contexto, a gestação e execução do projeto Água também é mar-Escola dos povos do mangue contribuiu fortemente para melhorar a administração dos recursos humanos, a gestão financeira e da comunicação institucional, sendo esta também, compreendida como um fator importante que agrega valor ao capital social da instituição. A equipe base do projeto se fortaleceu no decorrer do mesmo, os desafios que surgiram trouxeram maior valorização da equipe, momento em que o projeto ampliou o número de parceiros. Destaca-se que a execução do Água também é mar-Escola dos povos do mangue, promoveu o fortalecimento do capital social do Centro Escola Mangue e dos parceiros associados ao projeto. A criação da Rede de Educadores e Amigos do Mangue ampliou o debate sobre as questões ambientais e socioeconômicas que permeiam o ambiente costeiro marinho. Entre as diversas lições aprendidas é importante destacar a melhoria nas práticas institucionais no que se refere ao uso racional da água e energia elétrica, reaproveitamento dos materiais plásticos e papel, uso racional do veículo, experimentação de substratos para cultivo do propágulo. Estas práticas foram melhoradas e resultaram na economia de recursos para a instituição e para o projeto. 36 Manual de apoio ao E ducador Ambiental em áreas de manguezal Parceiros Na trajetória do projeto, diversos parceiros foram se incorporando ao trabalho por se identificarem com a proposta e por visualizarem interações conjuntas com o Centro Escola Mangue através do projeto Água também é mar-Escola dos povos do mangue. As parcerias fortaleceram de forma bilateral o Centro e seus parceiros, trazendo um novo olhar para a necessidade da conservação e a sustentabilidade do bioma costeiro marinho, o papel social e econômico que influencia diretamente as comunidades ribeirinhas e estuarinas. Os parceiros apoiaram disponibilizando espaço físico, apoio técnico, participação nas formações, apoio logístico e fortalecimento nas articulações. Parceiros Agência Pernambucana de Águas e Clima - APAC Iquine Aláfia - Grupo de Cultura Negra de Goiana Kiosque do Éden ASPAN - Associação Pernambucana de Defesa da Natureza Liga Pernambucana de Remo Associação de Pescadores Artesanais de Brasília Teimosa Movimento de Defesa da Mata do Engenho Uchôa. Centro de Ed. Popular Mailde Araújo. Museu do Una Coletivo Coca Cola ONG Artemísia Colônia Z -1 de Pescadores Petrobras – Programa Petrobras Ambiental Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Capibaribe Prefeitura da Cidade do Recife Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Goiana Prefeitura de Goiana Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Ipojuca Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Una Proa Cultural - Emp. Incubada no Porto Digital Espaço Ciência Restaurante Birutas FASE - NE Restaurante Casa de Banhos Grupo das Sereias Teimosas TEVE MANGUE Iate Clube do Recife TIE Instituto Oceanário Tom produções Manual de apoio ao E ducador Ambiental em Áreas de manguezal 37 Referências ALMEIDA, R.; COELHO-JR; CORETS, E. . Guia Os Maravilhosos Manguezais. 1. ed. Cariacica: Editora Papagaia, 2009. v. 1. 273p . BAHIA. Secretaria da Agricultura Irrigação e Reforma Agraria. Recomposição Florestal de Matas Ciliares: Floresta no solo água nos rios. Salvador, BA: Diretoria de Desenvolvimento Florestal, 2002. BRAGA, R. A. P; UCHOA, T. M. M; DUARTE, M. T. M. B. Impactos ambientais sobre o manguezal de Suape - PE. Acta Bot. Bras, V.3, n.2 (1989), suppl.1, p.09-27, 1989. BRASIL. Lei nº 7.661, de 16 de maio de 1988: Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro e dá outras providencias. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ l7661.htm>. Acesso em: 20 de out. 2013. BRASIL. 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