Caminho Central de Santiago Oliveira de Azeméis O caminho que atravessa o município de Oliveira de Azeméis coincide na maior parte da sua extensão ao antigo grande eixo viário romano entre Lisboa e Braga, que se chamou mourisca nos séculos XI e XII, depois «estrada real», e mais recentemente Estrada Nacional nº 1 para o Porto que se fazia então por Mealhada, Avelãs de Caminho, Águeda, Albergaria-a-Velha, Vouga, Oliveira de Azeméis, Santiago de RibaUl, Feira e Mosteiros de Grijó e Pedroso, e que foi percorrido por personagens ilustres como Confalonieri (século XVI) e outros viajantes italianos, como Nicola Albani (século XVIII)1. A entrada neste Município faz-se pela freguesia de Pinheiro da Bemposta, precisamente pela Estrada Nacional Nº 1. Corta-se à esquerda na Malaposta do Curval (edifício propositadamente concebido, no séc. XIX, para dar apoio às diligências que transitavam entre Lisboa e Porto), entrando na rua com o mesmo nome, seguindo até ao atravessamento da linha, onde se emboca à direita na Rua das Escolas. Uns metros à frente inflectimos novamente à direita pela Rua do Lagar do Azeite e posteriormente pela Rua da Gândara. No final desta via, corta-se novamente à direita e aí percorre-se a Rua dos Soares, atravessando-se a linha férrea do Vouga (do comboio) já na Rua de São Paio para chegar ao Largo do Cruzeiro. Segue-se em frente pela Rua Dr. José Pereira Tavares, Largo do Cruzeirinho e Largo das Vendas. Atravessa-se IC2/N1 pela ponte pedonal aérea, existente para o efeito, e entra-se no lugar da Bemposta pela Rua do Pinheiro e posteriormente pela Rua D. Manuel I. Um pouco mais à frente, já na Rua dos Paços do Concelho (do antigo concelho da Bemposta – ver história de OAZ), corta-se à esquerda por uma estreita viela, em escada, que dá acesso à Fonte da Bemposta. Novamente na Rua do Pinheiro, atravessando a IC2/N1, entra-se na freguesia de Travanca pela Rua da Estrada Real que, já no lugar de Besteiros, nos levará à Capela do Espírito Santo. Um pouco mais à frente, após o atravessamento aéreo da variante Travanca – Estarreja, corta-se à direita na Rua Monte D´Além, onde, acompanhando a linha do caminho-de-ferro da zona da Póvoa se segue o (velho) antigo caminho medieval passando a antiga ponte do Senhor da Ponte. Continuando em direção a Oliveira de Azeméis passamos pelo lugar de Silvares, pela Rua Senhor da Ponte. Entra-se em Oliveira de Azeméis pelo lugar de Alméu, percorrendo a Rua do Alméu e a Rua da Portela. Atravessa-se a N1 e 1 Trigo, Ramón Suárez. Caminho Central Português: Lisboa ‐ Santiago. Galicia: Asociación Galega Amigos do Camiño de Santiago, 2006. segue-se um caminho estreito, entre muros, até à Rua do Cruzeiro. Entramos na área da cidade de Oliveira de Azeméis, no antigo termo, seguindo-se pela antiga Rua Direita, hoje definida pela Rua António Alegria, Largo da República, onde se localiza a Câmara Municipal e Rua Bento Carqueja. É nesta última que podemos observar a Igreja Matriz de Oliveira de Azeméis, dedicada a S. Miguel e um marco que sinaliza o Caminho de Santiago, no jardim em frente. Da Igreja Matriz prossegue-se (à esquerda) pela Rua Bento Carqueja, Rua António Pinto de Carvalho entrando, depois, numa acentuada descida que nos levará à principal Zona Industrial do concelho (cidade). Chegados a uma rotunda, corta-se à direita na Rua Doutor Silva Pinto e um pouco mais à frente, vira-se à esquerda pela Rua da Comenda de Cristo, entrando assim na freguesia de Santiago de Riba-Ul. Já na Rua de Santiago poderemos avistar a Igreja Matriz deste Orago que, fazendo um pequeno desvio à esquerda, nos permitirá a sua contemplação, com a escultura do seu titular, executada em calcário, do século XV, exposta num pequeno nicho, ao centro da frontaria, revestida de azulejo industrial. Voltando ao caminho, passa-se na ponte sobre a linha do caminho-de-ferro e vira-se à esquerda por entre muros e antigos caminhos, no lugar da Aguincheira. Já em direcção a Cucujães, atravessa-se novamente a linha férrea e entra-se na Rua da Ponte Medieval, que nos permitira mais adiante a utilização e contemplação de uma medieva ponte, a Ponte do Salgueiro, atravessando o rio Ul. No final deste caminho Após o seu atravessamento, vira-se à direita, na direção de Cucujães. Pouco depois surge à esquerda o Mosteiro de Cucujães e entra-se no Ferral. Já na Rua do Mosteiro, principal via que atravessa esta freguesia, poderemos optar por fazer um pequeno desvio, pela esquerda, fazendo uma quase obrigatória visita ao imponente Mosteiro desta vila. De volta ao caminho, novamente na Rua do Mosteiro, abandonamos a estrada asfaltada e, virando á direita, iniciamos um pequeno troço, entre muros de casas antigas, que convida à introspecção, pela Rua Dom Crisóstomo de Aguiar e posteriormente pela Rua Agostinho Francisco Gomes “Sacristão“. Avistando-se já a Zona Industrial do concelho vizinho de S. João da Madeira, inicia-se uma descida pela Rua Padre José Manuel Soares de Albergaria, onde, mais à frente se faz novamente o atravessamento da linha de comboio logo após a passagem pela ponte medieval de Faria de Cima. Por último, vira-se à esquerda pela Rua Jornal Quinzena de Cucujães e segue-se até à rotunda que dá entrada em São João da Madeira. Nota: O caminho percorre uma distância no toal de 15,80 km estando a globalidade do percurso devidamente sinalizado, nas direcções a tomar.