Ano IX - Número 102 - Julho de 2015
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em ação
Os 10 Mandamentos
“Deus me deu pais
mais dignos do céu
do que da terra”
Santa Teresinha
Domingo é dia de
descanso?
4
Adoção
Pai e mãe é quem gera
ou quem cria?
7
Cidadania
Tudo que é bom é
ilegal e imoral ou
engorda?
12
Juventude
E aí, vai fazer o que
em agosto?
13
Editorial
Chuva de rosas
O que você faz
fala mais alto do que o que você diz. Essa máxima deveria ser recitada por todos os pais e
mães diariamente ao acordar, para lembrarem-se da força do exemplo na educação de seus filhos. E se alguém
duvida dessa força, leia com atenção a última página desta edição,
onde o estudioso Ítalo Fasanella, “especialista” na vida dos próximos
santos Luís e Zélia, pais de Santa Teresinha, mostra que embora nossa
santinha tenha sido canonizada antes, seus pais foram os grandes responsáveis pela sua santidade e têm agora reconhecidos seus méritos
de também santidade. Mais um exemplo? Papa Francisco, ao visitar a
Basílica de Maria Auxiliadora, em Turim, afirmou que Mamãe Margarida educou o coração de Dom Bosco com muito amor. Em suas
palavras, “impossível compreender Dom Bosco sem sua mãe Margarida” e convida toda a Família Salesiana a tomá-la como modelo
de educação dos jovens. E o exemplo vai passando dos pais para os
filhos, mesmo que esses filhos não sejam gerados por eles, como nos
fala Rose Meire na página 7, abordando o tema da adoção. E a família, que começa sempre no matrimônio, só vai ser uma família capaz
de bons exemplos se a preparação para o matrimônio for bem feita e
nisso nossa paróquia é mestra. Basta conhecer na página 11 a história
dessa preparação que tem excelentes resultados nos seus objetivos. E
é em busca desses objetivos de formar boas famílias que nosso pastor
Dom Sérgio, em sua coluna na página 3, recomenda um carinho e um
cuidado especial na formulação da Semana da Família que virá em
agosto. Mas não é só a Semana da Família que virá em agosto. Virá
também uma novidade para toda a juventude de nossa paróquia: a
formação de uma Pastoral da Juventude, com uma “tchurma” animada como nos mostra a página 13. Naturalmente estamos falando desde já de agosto, porque neste ano, também em agosto, celebraremos
o aniversário de 200 anos de Dom Bosco, e a nossa tradicional Romaria virá com uma programação especial cujos detalhes você tem nas
páginas 10 e 15. Mas não esquecemos ou “pulamos” o mês de julho.
Julho é mês de férias e férias lembra descanso e a Igreja não se descuida disso; trata do descanso com sábias recomendações, como nos
mostra Dom Hilário na página 4, refletindo sobre o terceiro dos Dez
Mandamentos. Depois de tanta novidade boa nesta edição, só nos
resta então desejar boas férias e excelente leitura. E até agosto!
SC Carlos R. Minozzi
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facebook.com/pascomst
Expediente
em ação
Santa Teresinha Em Ação
Publicação da Paróquia Santa Teresinha – Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal Santana
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Capa: Santa Teresinha criança com seus pais. Imagem cedida por Italo Fasanella, fundador da comunidade Sagrada Família.
O Jornal Santa Teresinha Em Ação reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos
assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.
2 • Santa Teresinha em Ação
Santa Teresinha
por toda a vida
O
casal Sandra Maria Corradini de Almeida
Cruz e Oswaldo Almeida Cruz Junior tem
sua história de vida plenamente próxima
à Santa Teresinha. Desde o casamento em 1º
outubro de 1983, dia da Santa Padroeira, o casal vive o reavivamento da devoção em bênçãos
permanentes.
“Nos casamos em 01.10.1983 (dia de nossa
padroeira Santa Teresinha) na Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, pois era uma tradição
da família da Sandra casar-se nessa Igreja, mas
sempre frequentamos a Igreja de Santa Teresinha, pois nascemos no bairro.
Quando completamos 25 anos de casados
em 01.10.2008 (quarta-feira), fomos à missa para
colocarmos em Ação de Graças, era festa da nossa padroeira, a missa estava lotada, até o Bispo
estava presente nas comemorações.
Falamos com o padre da época para que se
Horários das Missas
Segundas-feiras, às 16h30 e 19h30
De terça a sexta, às 8h e 19h30
Aos sábados, às 8h e às 16h
Aos domingos, às 7h30, 9h30, 11h, 18h
e 19h30
Adoração: todas as quintas, 8h e 19h30 e,
nas primeiras sextas do mês, às 7h30
possível nos desse uma bênção, mas ele nos instruiu a deixarmos para outro dia. Na verdade,
ficamos um pouco chateados, mas entendemos
a situação.
De qualquer forma, para registrarmos esse
dia, nossa filha quis tirar uma foto ao final da
missa, então timidamente subimos em um canto do altar, ela bateu a foto e naquele momento
apenas verificamos se a foto estava enquadrada
e fomos embora.
Ao chegarmos em casa, minha filha passou a
foto da máquina fotográfica para o computador e
qual não foi a nossa surpresa quando vimos a foto
ampliada e Santa Teresinha com as mãos sobre
nossas cabeças nos abençoando! Mais uma vez
recebemos sua Chuva de Rosas em nossas vidas!!
Temos somente a agradecer pelo nosso casamento e tantas bênçãos que recebemos nesses
quase 32 anos de união!”
Horário da secretaria:
De segunda à sexta,
das 8h às 12h e das
13h às 19h30
Aos sábados, das 8h ao
12h e das 13h às 18h
Tel. (11) 2979-8161
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palavra do pastor
É hora da família
Q
uase todas as Paróquias e Comunidades celebram, com beleza e
entusiasmo, a Semana da Família,
que tem início sempre com o Dia dos Pais
e termina no sábado seguinte. Mas algumas Paróquias e Comunidades, mesmo
tendo pessoas de boa vontade, celebram
a Semana da Família de maneira sofrível, apresentando, apenas, uma pequena
mensagem no Dia dos Pais e, talvez, uma
atividade durante a semana.
O que ocorre? Por que algumas comunidades não conseguem preparar bem
esta ação pastoral? Em primeiro lugar,
devemos ter claro que, para preparar com
esmero a Semana da Família, não é suficiente a boa vontade. Em segundo lugar,
é necessário que se observe qual o lugar
do evangelho da família na catequese, na
liturgia, na pregação dos sacerdotes, ou
seja: será que a evangelização da família
está no centro de atenções da Paróquia?
Em terceiro lugar, há subsídio adequado
sobre a família para organizar a referida
Semana?
Caso sua Comunidade ou Paróquia
esteja na situação acima descrita, não desanime. Temos ainda um mês e há tempo
suficiente para dar um passo de qualidade
no cuidado com a família. Não organizem
a Semana da Família somente para ter
uma atividade, mas façam como quem
acredita na família como ‘lugar’ onde se
vive o amor, como espaço privilegiado a
fim de ensinar as novas gerações a amar e
serem amadas.
Não organizem a Semana da Família
somente para ter uma atividade, mas
façam como quem acredita na família
como ‘lugar’ onde se vive o amor
Iniciando a preparação da Semana da
Família com uma motivação alta à medida do próprio Deus, em Jesus Cristo, não
faltará criatividade, compromisso genuíno, dedicação e ousadia. Como exemplo,
vejam como o Papa Francisco acredita
na família: “É o lugar onde se aprende a
amar, o centro natural da vida humana. É
feita de rostos de pessoas que amam, dialogam, sacrificam-se pelos outros e defendem a vida, sobretudo a mais frágil e débil. Sem exagerar, poder-se-ia dizer que a
família é o motor do mundo e da história”
(Papa Francisco. Aos participantes da Plenária do Pontifício Conselho da Família).
Além da motivação e da criatividade,
devemos nos apoiar em subsídios adequados e atualizados. Nesse ponto, a Comissão Episcopal para a Vida e a Família
nos ajuda muito, pois edita todos os anos
a “Hora da Família”, com um tema específico sobre a evangelização da família e
belíssimas sugestões de celebrações e encontros de estudo.
A edição 2015 do “Hora da Família”
propõe para reflexão “O amor é a nossa
missão: a família plenamente viva”, e traz
na capa do subsídio uma imagem do papa
Francisco rodeado de crianças alegres
com balões, celebrando a família. O amor
é a nossa missão; é, também, o tema do
8º Encontro Mundial das Famílias, que
acontecerá em setembro nos Estados Unidos, com a presença do Papa Francisco.
A “Hora da família” está disponível
nas livrarias, mas caso vocês não consigam encontrar, entrem em contato com a
Cúria Regional ou com os Coordenadores
da Pastoral Familiar da Região Episcopal,
que nós estaremos à disposição para ajudar nesta bela missão em favor da família,
porque o Amor é a nossa missão.
Dom Sergio de Deus Borges
Vigário Episcopal para a Região Santana
facebook.com/sergio.borges.56211
Palavra do pároco
Somos Dom Bosco que caminha
N
o mês de julho, mais especificamente no dia 14, completa-se
mais um aniversário da chegada dos salesianos no Brasil. A tradição
diz que, ao chegarem, encontraram a
casa que lhes era destinada fechada,
de modo que tiveram de entrar pela
janela. Sempre refazendo-se à tradição, os vizinhos, num gesto de boas
vindas (e também porque ainda não
tinham praticamente nada em casa),
ofereceram aos recém chegados queijo e rapadura.
Se a história decorreu desta forma
ou não, é um campo aberto à pesquisa.
É um fato, porém, que daquela longínqua data até hoje, o percurso dos filhos
de dom Bosco foi – é ainda – luminoso.
Seguindo o santo fundador, desenvolveram uma série de trabalhos que resultaram em obras que testemunham o
vigor do carisma salesiano.
As comemorações do dia 14 precedem quase exatamente de um mês a
celebração do bicentenário do nascimento de são João Bosco. Graças a ele,
temos a beleza do trabalho desenvolvido por seus filhos e filhas em todo o
mundo. Graças à sua fidelidade, ainda
hoje os seus seguidores promovem
em todos os lugares o bem e a evangelização, sobretudo dos jovens. Graças
ao seu espírito, a Família Salesiana é
uma realidade que adorna e enriquece a Mãe Igreja.
Tudo isto vai confluir, seguramente, em novas intuições, em novos serviços, em criativas intervenções a favor
da juventude. Celebrar estas datas não
é tanto olhar o passado quanto projetar o futuro. Somos herdeiros de um
carisma, de algo vivo, vibrante, de um
legado que nos torna protagonistas na
busca de novos horizontes. Ser, como
se diz já há bastante tempo, ‘dom Bosco vivo hoje, para os jovens de hoje’.
O papa Francisco tem insistido,
desde o início do seu pontificado, em
que a Igreja deve estar em saída. Visitando os lugares salesianos em Turim,
recordou que uma característica dos
seguidores de dom Bosco é a alegria.
Alegres, portanto, e em saída, buscando os preferidos do santo fundador ali
onde se encontram, hoje.
Vamos, então, fazer festa. Vamos
comemorar estas datas felizes. Vamos, juntos, cantando ‘somos dom
Bosco que caminha’, deixar-nos levar
pelo sopro do Espírito, construindo já
o terceiro centenário do nascimento
do Pai e Mestre da juventude. O Pai, e
com ele, os filhos, têm os pés no presente, mas o coração na construção
do futuro.
Um abraço carinhoso a todos
Pe. Camilo P. da Silva, sdb
Pároco
www.facebook.com/cpsdb
Graças à sua fidelidade, ainda hoje
os seus seguidores promovem
em todos os lugares o bem e a
evangelização, sobretudo dos jovens
Santa Teresinha em Ação • 3
Os 10 Mandamentos
O Domingo, dia do Senhor, é
também o dia da Eucaristia
A melhor forma de praticar
o terceiro mandamento e de
prestar culto a Deus no Dia
do Senhor é a celebração da
Eucaristia
N
ão há ato de culto mais sublime: a
Eucaristia torna presente no tempo
e no espaço o único sacrifício de Jesus na cruz, sua morte e ressurreição, sacrifício que salvou o mundo; além disso,
participamos da Eucaristia comungando o Corpo e o Sangue do Senhor. Nada
pode adorar e louvar mais a Deus, agradecer-lhe os imensos benefícios, implorar
o perdão dos pecados e pedir a ajuda de
que necessitamos, do que a Eucaristia ou
Santa Missa. Ela é o coração do domingo.
Tem grande importância participar
da comunidade cristã no Dia do Senhor.
Aliás, a Eucaristia é por si mesma uma
celebração de cunho comunitário. Este é
o sentido da comunhão eucarística: comunga-se o Corpo e o Sangue de Jesus a
fim de ter forças para, ao longo da semana, comungar na caridade com todos os
irmãos e irmãs que, no Dia do Senhor, se
reúnem em torno do próprio Jesus. Participar da Missa em comunidade significa que temos consciência de pertencer a
Cristo e de querermos ser fiéis a ele e à sua
Igreja.
Onde não for possível haver a celebração eucarística dominical por falta
de ministro sagrado, a Igreja recomenda
que participemos da Liturgia da Palavra
(culto) na própria comunidade, de acordo com as orientações do bispo diocesano. Não havendo culto, seria conveniente
que cada um, sozinho, em família ou em
grupos de famílias, se dedicasse à leitura e
meditação da Palavra de Deus e à oração.
Todavia, podendo participar da Eucaristia, mesmo tendo que locomover-se com
algum sacrifício, sempre deve prevalecer
a participação na Eucaristia dominical.
A respeito da suspensão do trabalho
aos domingos, convém considerar quanto afirma o Catecismo da Igreja Católica:
“A vida humana é ritmada pelo trabalho e
pelo repouso. A instituição do Dia do Senhor contribui para que todos desfrutem
do tempo de repouso e de lazer suficiente
que lhes permita cultivar sua vida familiar,
cultural, social e religiosa” (n. 2181). Isso
supõe evitar os trabalhos ou atividades
que impedem fazer do domingo um dia
de culto, dia de alegria, de prática do bem
(obras de misericórdia) e de descanso
para o corpo e o espírito. Evidentemente,
há exceções: necessidades familiares ou
uma grande utilidade social são motivos
legítimos para dispensa do preceito do
repouso dominical, mas com o cuidado
para que isso não se transforme em hábito
injustificado, com prejuízo para a religião,
a família e às vezes até para a saúde.
Além do descanso, há outras formas
de preencher o domingo. A pobreza e a
miséria muitas vezes não permitem descanso ou lazer, embora todos tenham as
mesmas necessidades e os mesmos direitos. As obras de misericórdia para com os
mais necessitados, o cuidado dos doentes,
idosos e crianças... são ótimas ocasiões
para a piedade cristã se exercitar aos domingos. Também a família e os parentes
merecem atenção nesse dia. O domingo,
igualmente, é também tempo de reflexão,
silêncio, cultura, oração, enfim, de tudo o
que ajuda a crescer na vida interior. Afi-
Segundo o Catecismo da Igreja Católica
Resumindo:
2189. “Guarda o dia do sábado para o santificar” (Dt 5, 12). “O sétimo dia será um dia
de repouso completo, consagrado ao Senhor” (Ex 31, 15).
2190. O sábado, que representava o acabamento da primeira criação, é substituído
pelo domingo, que lembra a criação nova, inaugurada na ressurreição de Cristo.
2191. A Igreja celebra o dia da ressurreição de Cristo no oitavo dia que, com razão, se
chama dia do Senhor ou domingo (109).
2192. “O domingo [...] deve guardar-se em toda a Igreja como o primordial dia festivo
de preceito” (110). “No domingo e outros dias santos de preceito, os fiéis têm obrigação de
participar na Missa” (111).
2193. “No domingo e nos outros dias festivos de preceito, os fiéis [...] abstenham-se
daqueles trabalhos e negócios que impeçam o culto a prestar a Deus, a alegria própria do
dia do Senhor ou o devido descanso do espírito e do corpo” (112).
2194. A instituição do domingo contribui para que “todos gozem do tempo suficiente
de repouso e lazer, que lhes permita atender vida familiar, cultural, social e religiosa”(113).
2195. Todo o cristão deve evitar impor a outrem, sem necessidade, o que o impeça de
guardar o Dia do Senhor.
4 • Santa Teresinha em Ação
nal, acima de tudo, somos filhos e filhas
de Deus.
Por isso tudo, aos domingos e dias
santos, evite-se impor trabalhos a outros.
Se as necessidades sociais o exigirem, será
preciso encontrar modos de proporcionar
tempo para o lazer em outros momentos.
É obrigação dos poderes públicos respeitar a consciência dos fiéis e dar-lhes oportunidades de repouso dominical e de prática religiosa no Dia do Senhor. Idêntica
obrigação têm os patrões para com seus
empregados.
Se alguma pessoa ficar totalmente
impedida de celebrar o Dia do Senhor,
procure de alguma maneira elevar seu
coração a Deus, em união com todos os
que nesse dia participam da Eucaristia,
adoram e louvam ao Senhor. Finalmente,
o domingo exige também que se evite a
falta de moderação nas diversões e as violências causadas por elas.
Dom Hilário Moser, SDB
Bispo Emérito de Tubarão - SC
[email protected]
Estreia 2015
Como Dom Bosco:
Viver com os jovens!
C
onforme dissemos em nossa última edição, fazendo um confronto com todo o exposto naquela
ocasião, constata-se que Dom Bosco quer os seus
no meio dos jovens por aqueles dois motivos, de igual
valor: primeiro porque o jovem enfrenta um período
complicado de mudanças que envolvem toda a sua estrutura humana, desde a corporal, psíquica, cognitiva,
espiritual, social, cultural e isso o deixa mais vulnerável
e susceptível às situações desafiadoras que lhe cobram
relações mais profundas e responsáveis com o mundo
em que vive. Ele não está pronto para todas essas exigências e precisa de adultos preparados que os acompanhem neste momento, não para ditar regras e impor
padrões de comportamento, mas para orientar, acompanhar e apoiar suas boas intenções. Segundo, porque
estando ao lado do jovem, o adulto se renova, revigora
e também encontra apoio e orientação para não deixar
morrer a imponência da vida que floresce na juventude e faz com que o coração seja sempre alegre, bonito,
disposto, ou seja, para que as características dessa fase
se perpetuem e façam união com as outras ricas experiências que vão surgindo. O Pe. Angel ainda recorda
que o desafio da missão salesiana é o de estar no meio
dos jovens com um dinamismo profético para saber
“ler os sinais dos tempos” e para compreender o que
Deus deseja “dizer e pedir por meio dos jovens” aos
adultos. Portanto, o Reitor Mor incentiva e pede que
os membros da Família Salesiana sejam humildes e
adotem a atitude de aprendiz ao estar entre os jovens,
porque assim nunca sairão “ilesos, mas reciprocamente enriquecidos e estimulados”.
Para que os dois motivos apresentados se complementem, a proposta do carisma salesiano é que
na relação educativa-evangelizadora, a assistência
seja uma companhia duradoura, que ultrapassa os
tempos propriamente educativos, isto é, a assistência seja um modo de ser e estar entre as crianças,
adolescentes e jovens, num clima de profunda afetividade, familiaridade, aprendizagem e intervenção
na ótica dos valores e princípios. A relação educativa
que se estabelece cria uma estrutura fundamental
de crescimento não só dos educandos, mas também
dos adultos que os acompanham. Por isso, no estilo
salesiano a assistência não se faz nas horas vagas e
também não é só uma presença física, é uma assistência educativa, é uma presença que sabe aproveitar as oportunidades para as intervenções intencionalmente formativas, como a “palavrinha ao pé do
ouvido”.
Ir. Adair Aparecida Sberga - FMA
facebook.com/asberga
Caminho de emaús
Missão e vida
O principio fundamental do
cristianismo está na Encarnação,
porque esta foi a forma pela qual
Deus quis estar e revelar-se ao
ser humano
O
ser humano é composto de alma
e corpo e é preciso unir o Evangelho à sua pessoa fazendo com
que este se torne parte integrante de
sua vida e possa anunciar a Boa Nova
para todas as criaturas. Mas, se ele não
quiser trair sua missão, deve unir à palavra o exemplo da vida e da santidade.
Os apóstolos de Jesus, a quem incumbiu a tarefa de ser Seu mediador
junto da humanidade só se tornaram ca-
pazes para isso porque o modelo de vida
de Jesus ficou gravado em suas vidas. Por
esta ligação missionária os apóstolos deram inicio a uma corrente transmissora
que vai se perpetuando através da história e atinge os nossos dias sem que isso
signifique o final. A essa corrente todo
homem é chamado a inserir-se com o
fim da salvação de todos.
Para que o anuncio desta fé ecoe na
cidade, no bairro, na comunidade, na
família é necessário encontrar-se com
Jesus. Um encontro pessoal, particular,
que pode ser agendado no Templo, no
quarto, no campo, ao cair da tarde ou
no amanhecer. Será sempre um momento de oração onde se conhece Jesus
na intimidade que Ele mesmo revela ao
nosso coração.
“Sem mim, nada podeis fazer”. Estas
palavras não podem significar desânimo, muito pelo contrário são palavras
de estímulo. Conhecemos nossas fraquezas e limitações e isto nos pode causar receio de aproximar-se. Mas, Jesus
é plenitude de amor e deseja que cada
um de nós cumpra sua missão com alegria e disposição.
Temos um trabalho a ser feito e o
mundo está ansioso por ele, mesmo
que tente negar.
Tanta situação desagradável, tanta
violência, tanto desânimo, tanta ansiedade e desesperança só pode significar
a necessidade de um encontro misterioso que aponte solução. O mundo
não enlouqueceu, ele perdeu o rumo e
o cristão tem o remédio e sabe mostrar
o caminho, porque segue aquele que é
“O Caminho, a Verdade e a Vida”. O cristão só precisa de coragem e sabedoria.
Sabedoria ele a encontra na oração de
escuta quando o Espírito Santo fala ao
coração. Coragem ele a encontra na intercessão dos mártires.
Paulo Henriques
[email protected]
www.facebook.com/paulo.henriques.3192
Santa Teresinha em Ação • 5
CF 2015
Comunhão na diversidade
“Há diversidade de dons, mas
o Espírito é o mesmo. Há
diversidade de ministérios, mas o
Senhor é o mesmo.” (1 Cor 12,4-5)
O
n.80 do texto base da CF 2015 nos
chama a atenção à diversidade
da sociedade brasileira em sua
matriz étnica, portanto, uma diversidade que remonta sua origem, sua constituição. A Igreja, pela sua natureza, deve
anunciar o Evangelho a todas as gentes.
Nossa nação, poderíamos dizer representa bem “todas as gentes”.
Diversa é a humanidade. Poderíamos dizer que ela se constitui na diversidade, pois gerada pela união de um
homem e uma mulher. Oriundos de
uma realidade cultural-familiar também diversa, com percepções distintas
do mundo, mas que se unem no amor
para gerar a vida.
Em sua natureza o homem carrega a
diversidade. Essa diversidade, portanto,
é como que um diferenciador de cada
um de nós e é também algo que nos une
e nos faz reconhecermo-nos humanos,
matéria da mesma matéria, regidos por
uma mesma ordem.
No entanto, tornou-se “mais difícil
hoje do que outrora fazer uma síntese
dos vários ramos do saber e das artes.
Ao tempo em que aumenta a multidão
e diversidade dos elementos que constituem a cultura, diminui para cada
homem a possibilidade de compreen-
dê-los e organizá-los. A figura mítica do
“homem universal” desaparece, assim,
cada vez mais” (GS n. 61).
“Este ambiente plural torna-se fecundo quando permite a abertura das
pessoas e dos atores sociais à alteridade. A abertura é necessária para o reconhecimento de que a diferença do
outro, que o distingue, não é motivo de
afastamento. Esta atitude é pressuposto indispensável para se estabelecerem
o diálogo e a partilha de experiências”
(CF 2015, n.83).
As nossas comunidades são chamadas ao engajamento também nessa
questão tão importante para a nossa
sociedade. Devemos, nós cristãos, nos
unirmos aos homens de boa vontade,
que buscam a Deus com retidão de coração e lutarmos pela comunhão. Comunhão que se distingue da uniformidade.
E sobre esse esforço de comunhão,
não poderemos alcançar sucesso prescindindo do Espírito. Ele que é a relação
de amor entre o Pai e o Filho, presença
divina em nosso meio, deve reger nosso
apostolado. É sob a moção do Espírito
de Deus, único capaz de unir todos em
Cristo, que nossa comunidade e sociedade alcançará a autêntica fraternidade.
Pe. Anderson Bizarria da Costa, sdb
[email protected]
Eu vim para servir
Viver para os mais esquecidos
Coordenadora da Pastoral Carcerária fala
das dificuldades e do preconceito com essa
parcela (grande) da população
A
Pastoral Carcerária (PC) de Santana atua bravamente não só na ajuda aos presos da região, mas
também no combate ao preconceito que existe
em torno do assunto. Para se ter uma ideia, é em Santana
que se concentra a maior quantidade de presídios do Estado de São Paulo e a maior cadeia feminina da América
Latina também fica na região. Só na Penitenciária feminina de Santana são quase 3 mil presas.
6 • Santa Teresinha em Ação
Eliana Rocha, de 45 anos, é a coordenadora da PC
da região e diz que o trabalho não para. Ela, que é consagrada pela comunidade Aliança de Misericórdia, tem
uma sala na Cúria de Santana e é quem leva, pessoalmente, a comunhão para os presos. “É um trabalho
muito gratificante e bem árduo, já que existe muito
medo e preconceito sobre o assunto e os agentes não
são muitos. Eu, pessoalmente, por ser ministra da eucaristia, levo a comunhão para aqueles que são batizados
dentro das cadeias. Visito centenas de encarcerados”.
Apesar de esse já ser um trabalho e tanto dado o número de presídios na região, não é só isso. Eliana nos
conta que eles também visitam os
presos que não têm visita e foram
abandonados pelos parentes, visitam famílias que ficaram com filhos
dos presos para poder levar notícias
e, claro, também ajudam essas famílias no que diz respeito ao serviço
social (escola, remédio, segurança).
“Além disso, também tentamos reaproximar essa pessoa presa de sua
família. Muitos são esquecidos e até
entendemos, mas acreditamos que o
apoio da família é fundamental para
a recuperação.”
Eliana diz ainda que a Pastoral
Carcerária tem vários desafios diá-
rios, mas o principal é vencer a barreira do preconceito,
só assim teriam mais agentes e o trabalho estaria bem
mais coberto. “Precisamos de gente, tem muitos presos
e a maioria não cometeu crimes hediondos, existem
muitas situações ali. Precisamos abrir nossas cabeças
e seremos mais caridosos com essa parte da sociedade.
Precisam de ajuda, são extremamente pobres e precisam de coisas básicas”.
A coordenadora da PC da região diz que quis abraçar a causa porque não acredita que a pessoa se perdeu.
“Eu acredito que o amor reverte tudo. Eu gosto de gente
e acredito piamente na misericórdia de Deus.
Jesus abomina o pecado, mas ama o pecador. E é
nesse lema que venho trabalhando com eles desde
2006”, ressalva.
Para quem quiser ajudar, existem várias maneiras.
Além de se tornar um agente, também pode doar roupas e produtos de higiene pessoal para os presos que
não recebem na cadeia. “As mulheres precisam de camiseta branca e calça amarela de agasalho. Também
precisam de produtos de higiene pessoal e, principalmente, absorvente. As presas que estão com seus bebês
precisam de roupinhas para eles. O Estado não dá isso.
E, claro, produtos de higiene para o bebê que são caros
e a gente não consegue prover para todos.”
Quem puder ajudar pode deixar esses produtos na
Cúria de Santana e/ou ligar para Eliana no (11) 984047152.
E agora?
Adoção: questão de escolha ou de amor?
A palavra “Adoção” define-se pela aceitação
espontânea de alguém. São sinônimos de
Adoção, aceitação e acolhimento
A
convivência familiar traz desafios, as matizes diferentes, muitas vezes como a junção das cores primárias pode originar um colorido singular, mas as
mesmas diferenças podem também desestabilizar a configuração familiar.
Por variadas razões casais optam pelo caminho da
Adoção, enfrentando eles também, muitas vezes preconceito e discriminação dentro da própria família, bem
como na sociedade que considera essas pessoas “santas”
ou “loucas”.
Segundo dados do Cadastro Nacional de Adoção
(CNA),administrado pelo Conselho Nacional de Justiça(CNJ), a maioria dos pretendentes a adotar quer bebês
com até 3 anos, brancos, sem irmãos e com nenhuma doença ou deficiência, seja ela física ou mental. Essa “seleção” faz com que haja 5,5 vezes mais pretendentes do que
crianças aptas a serem adotadas. Sem falar na lentidão do
Sistema Judiciário.
E. nos conta que sonha em ser fotógrafa, ter um gatinho, passear na praia com pais que a amem, protejam
e respeitem. Mas E. só sonha, porque ela tem 15 anos, é
negra e possui deficiência auditiva, estando assim fora do
“perfil” para adoção.
Em termos legais, a adoção, depois de concluída é irreversível. O ECA(Estatuto da Criança e do Adolescente
estipula um período de adaptação entre as partes, a fim
de que seja avaliada a compatibilidade, prevenindo-se um
futuro arrependimento de ambas as partes. Inúmeros são
os motivos que podem levar pais a tomar esta decisão de
“devolução”, mas a idealização de um filho, sem levar em
conta suas singularidades, é a principal. O que acontece é
que o filho real não corresponde às expectativas dos pais
e aí começam as dificuldades, e muitos pais mesmo depois de todo processo e de obterem a guarda definitiva da
criança, desistem. Frente a isso, o que a jurisprudência
tem adotado é mover uma ação por danos morais sobre
os pais adotivos. Porém uma experiência como essa, reedita o abandono, sendo de grave abalo psicológico, e o
que deveria ser um ato de amor, ganha dimensões cruéis .
Gerar acolhe conceitos como criar, conceber, produzir, formar, desenvolver, dar vida, nascer. Palavras que se
aplicam perfeitamente a fecundação e gestação de um
novo ser. Para adotar também é preciso gerar dentro de si
mesmo coragem, e vontade de alargar o seu amor para
além dos vínculos de sangue. O ventre amoroso mora então, no coração deste casal que juntos assumem esse filho
do coração.
São José, esposo de Maria e pai adotivo de Jesus, é
exemplo de pai presente, Deus o escolheu para transmitir
a outras famílias a importância deste laço familiar em uma
sociedade.
Rose Meire de Oliveira
Psicóloga
[email protected]
facebook.com/Rose.rsgo
E a família, como vai?
Uma chuva de Rosas no céu
A
comunidade de Santa Teresinha e a família Fernandes, parafraseando a célebre
promessa da padroeira, faz chover uma
chuva de Rosas no Céu.
A Rosa da acolhida, sempre atenta a todos que
cruzavam seu caminho.
A Rosa do zelo, se esforçando sempre para manter tudo arrumado e no agrado de nosso Deus.
A Rosa da firmeza, sempre acompanhada de
um sorriso, sem nunca proferir uma palavra ríspida.
A Rosa da amizade, sempre presente na partilha dos momentos de alegria e no suporte amoroso nas horas difíceis.
A Rosa do respeito, nunca questionando ou desprezando alguém em função de sua condição.
A Rosa mãe, sempre preocupada com os filhos
e que tudo faz pela felicidade e bem estar deles.
A Rosa evangelizadora, que sozinha ou com
o Jorge conduziu tantas pessoas para o encontro
com Cristo.
A Rosa da amizade, que nos brindou sempre
com o abraço aconchegante, a palavra serena, sábia e estimulante, o apoio firme e decidido.
A Rosa da misericórdia, sempre pronta a recomeçar, a partir do perdão, seu relacionamento
com os outros.
A Rosa da fé, nunca duvidando dos desígnios
benignos do Pai.
A Rosa do amor, pura doação de si para a família, a comunidade e o mundo.
Santa Teresinha, Senhora Virgem Maria, todos
os Santos e Santas de Deus: recebam nosso humilde presente e aproveitem essa chuva de Rosas!
Luiz Fernando e Ana Filomena
[email protected]
facebook.com/anafilomenag
facebook.com/lzgarcialz
Santa Teresinha em Ação • 7
Destaque
Santidade na vida a dois
Será que conseguimos? Papa Francisco propõe
uma excelente reflexão sobre o matrimônio
Papa Francisco
Apesar de ser uma tarefa difícil, Papa Francisco, moderno e muito sensível às diversidades do momento, diz
que é possível sim ter um casamento santo. “A vocação
para amar sem reservas e medidas está na base para o livre
consenso que constitui o matrimônio”, ressalva Francisco.
Luiz Fernando, coordenador da Pastoral Familiar da
paróquia Santa Teresinha e da Região Santana, também
discorre sobre o tema. “A vida comum no matrimônio
é sustentada pela graça sacramental. Esta é uma graça
especializada, que dá ao casal a paz, força e suporte em
sua vida como uma só carne. Ajuda na manutenção dos
compromissos matrimoniais, assumidos com o sim no
altar - a liberdade de amar o outro, a unidade representada pela fidelidade e indissolubilidade e a geração,
criação e educação da prole. Recorrer à graça do sacramento do matrimônio ajuda, também, nos momentos
difíceis, que sempre acontecem ao longo da vida esponsal. O Espírito Santos nos aponta o caminho para
a superação das dificuldades e o casal, quando a ele
recorre e lembra das promessas de Deus, sai das crises
mais forte e unido”.
Em recente abordagem sobre o assunto, Francisco
dá, diríamos, a receita para um casamento feliz, de sucesso. Ele começa falando sobre o amor. “O que entendemos sobre o amor? Só um sentimento, uma condição
psicofísica? Certamente, se é assim, não se pode construir nada sólido. Mas se o amor é uma relação, então
é uma realidade que cresce, e também podemos dizer,
por exemplo, que se constrói como uma casa. E a casa é
T
odo mundo diz que não é fácil. Mas ninguém deixa de casar e, por incrível que pareça, o número
vem aumentando. A última pesquisa que existe é
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
e mostra que, em 2013, as pessoas se casaram mais do
que em 2012 e também se divorciaram menos. Para se
ter uma ideia, foram 1,1 milhão de novos casados, 1,1%
a mais do que em 2012.
E isso é fato. Se formos atrás das Igrejas para marcar uma data de casamento, tem de se fazer com, pelo
menos, um ano de antecedência. As pessoas gostam de
casar e levam à sério o sacramento do matrimônio, pelo
menos no que diz respeito à indústria. Ela é milionária.“
Mas será que tudo isso, todo esse preparo, sustenta
um casamento? Pode-se dizer que isso ajuda para ter
uma união saudável e duradoura? Papa Francisco diz
que vai muito além disso. “Casamento não é só vestido,
flores e fotos”, diz o papa.
Em outubro próximo, um casal modelo será canonizado por Papa Francisco. Zélia Guerin e Luís Martin,
pais de Santa Teresinha, serão o primeiro casal santo
da história. Já são beatos, mas agora se tornarão santos.
Santos pelo conjunto da obra, pela família, pela forma
que conduziram a vida conjugal, pela fé e caridade.
(mais na pág.16)
“Um casamento não se realiza somente se ele dura,
sua qualidade também é importante. Estar juntos e
saber amar-se para sempre é o desafio dos esposos”
construída em companhia do outro, não sozinhos! Não
queiram construí-la sobre a areia dos sentimentos, que
vão e vêm, mas sim sobre a rocha do amor verdadeiro, o
amor que vem de Deus.”
Depois fala de três palavras mágicas que, para ele,
sustentam toda e qualquer relação, principalmente, a
conjugal: “posso?, obrigado e desculpe”.
“‘Posso?’ é o pedido amável de entrar na vida de alguém com respeito e atenção. O verdadeiro amor não se
impõe com dureza e agressividade. São Francisco dizia:
‘A cortesia é a irmã da caridade, que apaga o ódio e mantém o amor’. E hoje, nas nossas famílias, no nosso mundo
amiúde violento e arrogante, faz falta muita cortesia.”
“Obrigado’: a gratidão é um sentimento importante. Sabemos agradecer? É importante manter viva a
consciência de que a outra pessoa é um dom de Deus,
e aos dons de Deus diz-se ‘obrigado’. Não é uma palavra
amável para usar com os estranhos, para ser educados.
É preciso saber dizer ‘obrigado’ para caminhar juntos.”
“‘Desculpe’: na vida cometemos muitos erros, enganamo-nos tantas vezes. Todos. Daí a necessidade de utilizar esta palavra tão simples: ‘desculpe’. Em geral, cada
um de nós está disposto a acusar o outro para se desculpar. É um instinto que está na origem de tantos desastres.
Aprendamos a reconhecer os nossos erros e a pedir desculpa. Também assim cresce uma família cristã.”
Durante a reflexão, o papa também brinca em relação às sogras. “Todos sabemos que não existe uma
família perfeita, nem o marido ou a mulher perfeitos.
Isso sem falar da sogra perfeita...” E finaliza dizendo que
“existimos nós, os pecadores. Jesus, que nos conhece
bem, ensina-nos um segredo: que um dia não termine
nunca sem pedir perdão, sem que a paz volte à casa. Se
aprendemos a pedir perdão e a perdoar aos outros, o
matrimônio durará, seguirá em frente.”
“É difícil, mas bem possível”
Para falar um pouco sobre a realidade que é a vida
a dois, fomos conversar com o casal de paroquianos,
Marlene e Raimundo Melo. Eles, que têm 3 filhas e 5
netos, 47 anos de casados, nos dizem como fazem para
manter vivo o amor e uma relação de sucesso por tanto
tempo.
“Fomos educados na Igreja e todo ensinamento nos
foi passado de forma bonita e singela. Isso nos deu base
para um casamento sólido e maduro. Temos muita confiança um no outro e somos comprometidos com nossa
relação e com a família que nos propomos a fazer. Somos companheiros e gostamos de fazer as coisas juntos. Temos que ser únicos, unidos, mas também temos
nossas diferenças e isso é importante para o casal. O
respeito se inicia aí, entendendo e acolhendo as diferenças do outro. Somos dons de Deus e precisamos nos
respeitar. Claro que muita coisa nos irritam. Viver junto,
principalmente nessa época da vida que, literalmente,
fazemos tudo junto por conta da aposentadoria, é mais
difícil ainda, mas bem possível. Precisamos relevar e
renovar. Precisamos saber perdoar, ser caridoso com o
parceiro e conosco também. Não tem mágica. Tem um
viver diário, respeito e admiração constante. Companheirismo e amizade. E, acima de tudo, temos Deus no
comando de nossas vidas e família”.
Fonte: www.aleteia.org/
Papa Francisco diz que casamento vai além de vestido e flores; abaixo, pais de Santa Teresinha, que serão canonizados em outubro
“O matrimônio é um trabalho de
ourivesaria que se constrói todos
os dias ao longo da vida. O marido
ajuda a esposa a amadurecer
como mulher, e a esposa ajuda
o marido a amadurecer como
homem. Os dois crescem em
humanidade e esta é a principal
herança que deixam aos filhos”
“Viver juntos é uma arte, um
caminho paciente, bonito
e fascinante (...) que tem
regras que se podem resumir
exatamente naquelas três
palavras: ‘posso?’, ‘obrigado’
e ‘desculpe’”
Papa Francisco
Papa Francisco
8 • Santa Teresinha em Ação
Santa Teresinha em Ação • 9
Família salesiana
A Romaria dos 200 anos
Já são 15 anos que a Família Salesiana
celebra seu fundador Dom Bosco indo
à casa da Mãe Aparecida que também
é Auxiliadora, sempre muito perto da
data do nascimento do santo, que se
comemora em 16 de agosto
E
m 2000, menos de duas centenas de
pessoas se reuniram em Aparecida e celebraram com uma caminhada do Porto
de Itaguaçu até a Basílica de Nossa Senhora
da Imaculada Conceição, também conhecida como o Santuário de Aparecida e ali celebraram uma festiva e alegre missa. Desde
então, essa pequena multidão só fez crescer,
atingindo nos últimos anos alguns milhares
de participantes, de todos os ramos da Família Salesiana, tendo se tornado um evento
fixo no calendário da Inspetoria Salesiana de
São Paulo. No entanto, para o ano de 2015,
em que se celebram os 200 anos de nascimento de Dom Bosco, quando todo o mundo salesiano se prepara para grandes comemorações, não poderia a Romaria Salesiana
continuar sendo apenas uma tradição anual.
Dessa forma então, este ano, a Romaria Salesiana torna-se um evento de âmbito nacional
e conta com uma programação especial. No
sábado, a tradição é mantida, com a concentração no Porto de Itaguaçu, onde a imagem
de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada,
saindo em caminhada até a Basílica, onde
será celebrada a missa dos 200 anos de Dom
Bosco, sob a presidência do salesiano arcebispo de Passo Fundo, Dom Antonio Carlos
Altieri, mas não termina aí a programação
especial. Àqueles que puderem permanecer
nas festividades, está reservado um show
com bandas salesianas e da Canção Nova
no município vizinho de Cachoeira Paulista,
sede do ramo “caçula” da Família Salesiana
no Brasil. No domingo, no exato dia em que
se celebram os 200 anos, ele se inicia com
uma missa especial dos 200 anos, seguida
de uma apresentação sobre Dom Bosco pelo
salesiano Pe. Maurício Miranda, após a qual
uma Hora Santa de Adoração ao Santíssimo.
Toda essa programação você encontra detalhada na página 15, com informações inclusive sobre hospedagem em Cachoeira Paulista. Não perca a oportunidade de participar
desse momento de grande festividade e espiritualidade para homenagear o Pai e Mestre
da Juventude, São João Bosco.
Fique atento! Muito em breve serão abertas
as inscrições em nossa paróquia
Experiência Vicentina
A valentia de Valentina
V
alentina veio até nós por indicação de sua amiga, que na época
era assistida de nossa conferência. Ela estava grávida de sua segunda filha e seu marido havia abandonado o lar.
Para piorar a situação, ela não tinha
apoio financeiro da parte dele e seu salário era insuficiente para arcar com tudo.
Por ser uma boa funcionária, o patrão
também a ajudava muito, principalmente por conta das faltas decorrentes das
crianças, que frequentemente adoeciam.
Angustiada por não ter alguém de
confiança para cuidar delas, arriscou
10 • Santa Teresinha em Ação
morar no litoral, perto de sua irmã. Infelizmente, por falta de apoio do cunhado, retornou a capital.
Quando nos procurou nesta segunda vez, já havia arrumado emprego
numa grande rede de hortifruti, moradia e escola para as crianças.
O grande desafio que nos relatou
foi conciliar o horário da escola com o
de seu emprego. Ela saía no horário de
almoço para levar a filha mais velha à
escola e retornava correndo para o trabalho. Às vezes, nem almoçava. Aceitou
nossa proposta em ajudá-la no paga-
mento de transporte escolar, garantindo assim segurança e tranquilidade.
Podemos dizer que nós aprendemos
muito com o testemunho de vida dos
assistidos, como por exemplo, esta mulher, que luta para cuidar de suas filhas
com tanto amor.
Se Valentina, mesmo com poucos
recursos, não desiste das suas filhas e
busca superar as dificuldades, precisamos refletir e perguntar a nós mesmos,
de forma particular: “que tipo de doação tenho feito pela minha família?”.
Esta é uma das famílias cadastradas
na nossa conferência atualmente. Se
você deseja conhecer as demais e ajudá-las de alguma forma, participe de
nossas reuniões. Ocorrem às segundasfeiras, depois da missa das 19h30.
Louvado seja nosso Senhor Jesus
Cristo. Para sempre seja louvado!
Renata Sayuri Habiro
Consócia Vicentina
facebook.com/renata.habiro
Amar é...
Acreditar no Sacramento do Matrimônio
A
mar é partilhar o sonho e a realização de
uma vida de amor a dois, vivendo nas graças conferidas pelo Sacramento do Matrimônio àqueles que dão seu sim de corpo e alma
por toda a vida.
O casamento na Igreja não é um ato meramente social, mas sagrado. É autentica vocação
natural entre homem e mulher, que Jesus eleva a
condição de sacramento quando em Mateus 19,
6 diz: “ Assim já não são dois, mas uma só carne.
Portanto, não separe o homem o que Deus uniu”.
E casar na Igreja tem três exigências básicas: a
liberdade (ter consciência e querer de fato), amor
e fidelidade por toda vida e o caráter procriativo
(aceitação e educação dos filhos).
Com tantos desafios colocados pelo mundo,
e para melhor entender o que o matrimônio representa para o casal que deseja se casar, a Igreja
exige a Preparação para a Vida Matrimonial, que
conhecemos equivocadamente por curso de noivos.
Esta Preparação hoje tem amplo material de
base, e deve se levar em conta não apenas o dia
a dia do casal, mas principalmente o Querigma:
apresentar Cristo a estas novas famílias e reforçar
a sacralidade do casamento na Igreja e novamente lembrando que é um ato que deve ser de livre
vontade dos noivos.
O setor de Vida e Família da CNBB oferece e
propõe um Guia de Preparação a Vida Matrimonial, preparado a partir do Diretório da Pastoral
Familiar, Diretório dos Sacramentos, Familiaris
Consortio (documento da Igreja), entre outros,
assim como as experiências práticas nas dioceses
do Brasil.
Na Preparação para a Vida Matrimonial, procura-se levar os jovens que estão prestes a se casar a uma reflexão sobre vários aspectos da vida
familiar, em seu cotidiano e também no aspecto
espiritual e religioso. Entre vários temas destacamos: Amor Conjugal (o que é, como aperfeiçoá
-lo), Conhecimento de si e do outro (masculino
e feminino), o Diálogo, Exercício da Sexualidade
Humana, Filhos, Sagrada Família, Espiritualidade
do Casal, Liturgia do Matrimonio e, principalmente, Sacramento do Matrimônio.
Hoje em dia há uma indústria para o casamento muito diversificada, portanto é de suma
importância passar ao casal que deseja se casar na Igreja o significado do Sacramento. Não
se deve casar na Igreja porque é bonito, ou para
agradar familiares. O corredor da igreja não é passarela e o altar não é palco. O casamento na Igreja
é ato de amor sagrado. É colocar Cristo no centro da vida desta nova família, para ajudá-la a ser
santa e vencer as dificuldades do mundo.
Temos a Preparação de Noivos na
Santa Teresinha?
A Preparação a Vida Matrimonial em nossa paróquia é bem
antiga. Começou com três queridos casais há quase 40 anos:
Raquel e Novelli, Odilo e Therezinha (foto) e Victor e Claedmar,
com orientação do Padre Francisco que contou com a colaboração entusiasmada de Raimundo e Marlene, entre outros casais.
Também não podemos deixar de citar a coordenação amorosa de
Ayrton e Cristina por mais de 10 anos, dando um toque de acolhimento muito grande a todos.
Quando é feita?
É sugerido fazer a Preparação pelo menos com 6 meses de antecedência, uma
vez que perto da data poderá haver muitos contratempos. Fazemos quatro edições
da Preparação por ano e as datas de 2015 estão no site www.cursodenoivos.com,
onde podem ser feitas as inscrições.
E hoje, como é a Preparação?
Quem faz parte da equipe?
Sob orientação do Padre Camilo, compõem a equipe o casal coordenador,
Sergio e Meire, Marcia e Osni, Silvio e Gabriela, Cris e Adriano, Orlando e Marcia, João Victor e Antonieta, Ana Carolina e Marcelo, Eugenia e Jaime, Ana Filomena e Luiz Fernando e Otávio, sempre presente para a animação musical.
Por ser uma paróquia “casamenteira”, a Preparação na Santa Teresinha sempre foi bastante cuidadosa e zelosa com as coisas de Deus procurando aproveitar a
oportunidade para apresentar Cristo a estes casais. Ela era feita em quatro encontros
aos sábados, e o encerramento na Missa das 11h de domingo, em que a comunidade
acolhe estas novas famílias. Com a implantação da Pastoral Familiar e a utilização
dos temas e dinâmicas do Guia sugerido pela CNBB, passou para cinco sábados e a
Missa no domingo. Desde 2013 também foi adicionado o Bate Papo com os pais dos
noivos, momento muito rico de partilha nesta hora de mudança familiar.
Santa Teresinha em Ação • 11
Que Delícia!
Alcachofras por herança
E
ste mês seria o aniversário da minha
avó, a Dona Lourdes, uma mineira
calma, tranquila, muito inteligente
que sempre me inspirou: não sabia ler ou
escrever, mas tinha uma super memória.
Fazia tudo “de cabeça” e eu pedia a receita
daquilo que gostava e escrevia no caderno
da minha mãe.
Sempre nos incentivava nos estudos e
dizia: “Saber não ocupa espaço”. Ela falava
dois idiomas, sem escrever uma palavra
em nenhum deles! Uma fofa e super avançada para sua geração.
Bom, com uma de suas receitas, fica
aqui a minha homenagem a esta mulher
que eu sempre admirei, vovó Lourdes!
Rosângela Melatto, chef de cozinha
[email protected]
facebook.com/rosangela.melatto
Alcachofras recheadas
Ingredientes:
4 alcachofras grandes
1 litro de caldo de carne
2 pãezinhos amanhecidos, sem casca (uso 4 fatias de
pão de forma integral, se for mais fácil)
1 xícara de leite
100 g de linguiça sem pele, desmanchada (pode ser
de frango, se preferir usar frango no lugar da carne
moída)
150 g de carne moída (ou frango)
2 colheres de sopa de queijo parmesão ralado
1 colher de sopa de salsinha picada
1 ovo
2 colheres de sopa de farinha de rosca
2 colheres de sopa de manteiga ou margarina
Sal a gosto
Modo de Preparo:
Limpe as alcachofras, tirando as folhas mais duras,
o talo e pontas e cozinhe no caldo de carne por mais
ou menos 30 minutos ou até que estejam macias;
enquanto isso , coloque o pão de molho no leite. Em
uma tigela, misturar a carne, a linguiça, o queijo, a
salsinha, o pão espremido, o ovo e um pouco de sal.
Misture bem.
Escorra a alcachofra e deixe esfriar, separe as folhas e
recheie com a mistura feita na tigela; toste a farinha
de rosca com 2 colheres de sopa de manteira; coloque
as alcachofras em um pirex ou assadeira untada com
um pouquinho de manteiga; cubra com a mistura de
farinha de rosca e leve ao fogo alto (200 graus), por uns
15 minutos.
Cidadania
Devemos ir além do legalmente correto
e chegar ao moralmente adequado
“Ninguém será obrigado a fazer
ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei.” (art.
5º, II da Constituição Federal do
Brasil).
“Tudo me é permitido”, mas nem
tudo convém.” (1 Cor, 6,12).
E
stas duas frases que aparentemente expressam ideias completamente diferentes, na verdade são
complementares.
Uma expressa o limite segundo a Lei
humana, e a outra revela o limite moral
dos atos humanos.
12 • Santa Teresinha em Ação
Como cidadãos, devemos sempre
procurar exercitar nossos direitos e
cumprir nossas obrigações.
Porém, muitas vezes nosso limite
está além da Lei humana, visto que um
ato pode ser legalmente possível, mas
moralmente indevido.
Assim devemos refletir sobre nossa
conduta social e procurar ir além das
aparências. Precisamos ultrapassar a
barreira do legalmente correto e chegar
ao limite do moralmente adequado.
Isto se aplica a todas as instâncias de
nossa vida, desde nosso trabalho, nossa
família, nossos amigos, nossos parentes mais distantes, nossos vizinhos e
até nossa cidade. Quebrar paradigmas
não é fácil e requer certa disciplina e
perseverança. Disciplina de sempre nos
questionarmos sobre o alcance de nossos atos. E perseverança para ultrapassar o limite legal e chegar ao que moralmente deve ser feito.
Mas como fazer isto na prática?
Uma saída... Pergunte-se: O que Jesus
faria no meu lugar?
Às vezes a resposta pode parecer estar além das nossas possibilidades, mas
nos indica um caminho a ser seguido.
Então a resposta está sempre conosco, ali esperando. Nós é que precisamos
estar atentos para conseguir ir além das
aparências. Então pensemos no nosso
dia a dia. O que poderíamos fazer para
ultrapassar a barreira do legalmente
correto para atingir o objetivo do moralmente adequado?
Vale lembrar que muitos dos santos, foram pessoas que conseguiram
ultrapassar a barreira do que lhe era
devido, buscando algo mais, um bem
maior.
Eles devem ser nossa inspiração,
nosso modelo de conduta.
Aloísio Oliveira
Advogado
facebook.com/aloisio.oliveira.54
Juventude
NOVIDADES PARA A JUVENTUDE!
Grupo de Jovens terá início na nossa comunidade em agosto
A
galera que monta essa página do jornal é jovem, sabia? Somos em quatro! Dois garotos e
duas garotas, e estávamos conversando sobre
a edição de julho...o que falar? Férias? E dentre muita
dúvida, até atrasamos com essa edição. E estávamos
com “férias” como ideia fixa, até que...SURPRESA!!!
Juntamos férias+planejamento+igreja e chegamos
ao Grupo de Jovens!
Explicando a equação: nas férias, fazemos planejamentos, não só para o mês de julho, mas para
o segundo semestre também...e a igreja, e a religião
devem estar nesse planejamento, porém muitas vezes esse encaixe é complicado, porque os jovens não
podem participar e assumir as responsabilidades do
crisma, que é , até então, junto com o GAM os dois
grandes ramos da juventude na comunidade.
Pois é meu povo, agora temos uma nova opção!!! E
conversando com a Jéssica, jovem, membro da equipe de liturgia e ministros e ex catequista de crisma,
descobrimos mais informações para VOCÊ que quer
participar da comunidade e de um novo grupo!!!
A Jéssica participou do crisma por OITO ANOS!
E enfatizou: “(...) foi uma experiência enriquecedora, em que cresci muito como mulher, profissional,
e principalmente, como católica.” Mas, como todos
nós jovens, ela estava buscando mais!!! “Com o tempo, percebi o quanto a paróquia necessitava de um
grupo que pudesse acolher todos os jovens que crismamos.” E eis que surgiu a ideia!!!
“(...) Conversei com alguns amigos que saíram do
crisma e outros que também queriam ver a paróquia
com um grupo de jovens e começamos a pensar em
um projeto. Durante a elaboração, contamos com a
colaboração do padre Camilo que nos deu total liberdade, além de grandes conselhos!” TCHARAM!
Surgia o Grupo de Jovens da Paróquia Santa Teresinha!
Mas, você deve estar se perguntando: “Tá, ok...
mas, o que vai rolar?” Calma, a Jéssica explica:
“Nas reuniões iremos aprofundar nossos estudos,
por meio de debates e palestras com convidados.
Além disso, vamos organizar momentos de oração
e eventos para a comunidade, principalmente para
os jovens que ainda não participam de nenhuma
pastoral.” Demais né? Mas, não é só isso não...: “(...)
e como acreditamos que a igreja precisa ser atuante
na sociedade, faremos também visitas a projetos sociais” Fala sério?! Um grupo desses, era o que você
queria! E sob as ordens do chefe! O Papa Francisco
disse, na Jornada Mundial da Juventude no Rio, em
2013: “Quero que vocês saiam! Quero que a igreja
saia às ruas!” e...se o chefe manda, a gente obedece
não é mesmo???
Por fim: “(...) passaremos a representar a paróquia em todas as reuniões e eventos da juventude.”
E segue o convite: “TODOS os jovens estão convidados a fazer parte desta nova família. Basta ter
curiosidade em aprender mais sobre a nossa religião,
além de ser uma oportunidade para fazer novos amigos, é claro!!!”
E aí? Tá animado? Curtiu? Gostou? Daria um
like? (se a página fosse touch), então, como a nossa edição é muito firmeza, vamos passar pra vocês,
em primeiríssima mão, as informações mais importantes para participar!!! Já tem uma galera que confirmou presença no primeiro encontro...não deixa
escapar hein, siga nosso passo-a-passo!
ramente para
ra o Grupo de Jovens, me
pa
ÃO
RIÇ
SC
IN
DE
HA
e peça a FIC
1º passo: Vá à secretaria,
ats)
da por: novo grupo no wh
ten
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fins de comunicação
ÀS 9 HORAS, com
DOMINGO, 2 DE AGOSTO
no
po
gru
do
o
niã
reu
ira
me
tecerá no salão
2º passo: Compareça à pri
a Jéssica, a reunião acon
re
cu
Pro
!!
ro!
ou
de
e
av
rgunte na
com ch
ho” (qualquer dúvida, pe
zin
missa às 11h para fechar
lão
“sa
,
mo
co
do
eci
nh
samente co
“Padre Francisco”, carinho
secretaria)
Acha que algum
eressaria? Chama ele!!!
int
se
u
se
igo
am
um
alg
que
3º passo: Gostou? Acha
Chama também!!!
?
ria
ssa
ere
amigo não se int
resinha
da comunidade Santa Te
ica
tól
ca
de
tu
en
juv
à
do
4º passo: Seja bem-vin
ÇÕES!!!
O HÁ LIMITES DE INSCRI
Ah! Que fique claro: NÃ
Santa Teresinha em Ação • 13
Especial
Intolerância religiosa, só
os outros é que têm?”
A
intolerância religiosa é algo mais
comum do que se pensa. As pessoas por não conhecerem os
costumes das diversas religiões acabam
criticando e julgando sem conhecer. Às
vezes me questiono o que vem a ser essa
tal de intolerância. Se acontece somente
com os outros ou tenho parte nisso também. Para tecer uma possível explicação
procurei o verbete no dicionário Houaiss que trouxe o seguinte: Intolerância
é “ter atitudes odiosas e agressivas sejam
elas de caráter político ou religioso” sendo assim endossada pela sociedade de
hoje: não se pode ter diferenças!
Desde pequeno fui ensinado que
“política, futebol e religião não se discute”. Bom, a política até que não se discute devido à descrença nela própria. O
futebol discutimos, mas não chegamos a
consenso nenhum. E a religião? Na ver-
dade, nunca se discutiu tanto sobre esse
assunto como na atualidade, devido às
atrocidades que são praticadas em nome
de Deus ou da religião. O que acontece
muitas vezes é que não conseguimos
dialogar com as demais religiões. O diálogo, faz que guardemos conosco o que
é essencial de nossa religião, pois o essencial nos alimenta. Jesus nos fala que
devemos nos amar uns aos outros assim
como ele nos amou (cf. Jo 13,34). Esse é o
fator essencial para nós Cristãos.
Um fato que me fez ser tolerante a outras religiões foi um caso de família. Meu
padrinho de batismo, católico, acompanhou-me no exercício da fé até perto dos
meus 10 anos. Sempre gostou de estudar a
palavra de Deus. Devido aos estudos, com
o passar do tempo, tornou-se evangélico,
mas nunca perdeu o elo com minha família. Estudou filosofia, teologia e especiali-
zação pastoral e se tornou pastor. Toda
vez que eu voltava de férias do seminário,
conversávamos sobre vários assuntos e o
que mais gostava era a presença de Maria,
Mãe de Jesus, na Bíblia. Quando fui estudar teologia (2006) ele me convidou para
pregar ao povo de sua igreja sobre Maria
na Igreja. Fui muito bem acolhido e ele
fazia questão de dizer ao povo que eu era
católico e estava estudando para ser Padre. Quando me ordenei padre (2010), ele
participou da missa e ao final, pediu que
eu o abençoasse. Hoje somos grandes
amigos. E sempre que posso encontrar-
me com ele, temos um dialogo fraterno
e profundo sobre a palavra de Deus, tendo as devidas fundamentações bíblicas e
partilhas de vivência.
Mesmo assim, volto ao questionamento que me faço sobre ter parte na atual intolerância e estendo a reflexão a você:
como você enxerga e se relaciona com outras religiões?
Pe. Vinicius Ricardo de Paula, sdb
Diretor - Oratorio São Luiz e
Santuário Sagrado Coração de Jesus
– Araras/SP
Animal!
Sonho de criança
G
uilherme Iurko desde pequeno
queria um cachorro, mas, seus pais
Meire e Sergio, nunca aprovaram
por morarem em apartamento. Guilherme cresceu, e a vontade continuou junto
com uma simpatia por Beagles. Decidiu
ter um cão dessa raça, mas, sabia que só
14 • Santa Teresinha em Ação
conseguiria realizar o sonho quando tivesse a própria casa. Conformado mas
nem tanto, quem tem um sonho corre
atrás. E Guilherme resolveu tentar mais
uma vez, usando os argumentos de que
agora trabalha e tem estabilidade financeira suficiente para sustentar os custos
de um animal de estimação. E, durante
o jantar, com a família Iurko reunida viu
uma chance e fez o pedido novamente.
Mais uma vez negado. Não convencido,
dois dias depois mandou para a mãe uma
foto de um filhote de Beagle bem fofo e
disse que era de um amigo da faculdade
que estava doando e... nada.
Para a surpresa na mesma semana
enquanto estava na casa da namorada
Guilherme recebeu a ótima notícia de
que a ideia de um cachorro para a família Iurko finalmente estava aprovada.
Sem perder tempo correu para internet
para comprar um filhote de Beagle. Mas,
e o filhote do amigo da faculdade que estava doando? (Era mais um argumento
de convencimento). Ops! Meire não fique brava se descobrir aqui pela coluna
Animal que esse filhote de um amigo de
faculdade não existia (risos). Antes que
a família mudasse de ideia Guilherme
comprou seu tão sonhado cachorro. E
foi assim que a Belinha chegou à família!
Com um pouco mais de dois meses de
idade no começo de novembro do ano
passado. Como todo filhote, ainda mais
da raça Beagle, é brincalhona, agitada,
companheira e muito fofa. E a família
toda se apegou logo de cara. Os cuidados
diários de passeios, banho, alimentação
e veterinário são por conta do Guilherme, mas, toda família ajuda. E para alegria de todos virou um ritual diário da
família IurKo. Meire, Sergio, Guilherme
e os irmãos Felipe e Victor são recebidos
pela Belinha quando chegam e é obrigatório uma brincadinha rápida mesmo
quando estão com pressa.
Raquel Raimondo
Médica veterinária
facebook.com/raquel.raimondo
Acontece
JOVEM!
A tradição do
tapete se mantém.
http://bit.ly/cchristi2015
Se você tem mais de 14 anos e ainda não foi
crismado, não perca esta oportunidade.
Início da preparação para Crisma, no dia 01 de
setembro de 2015, às 9h00 no salão paroquial.
Se você não foi ainda batizado ou não fez a
Primeira Eucaristia, também pode participar.
A preparação tem duração de um ano e meio
e você pode ter todas as
informações necessárias bem
como se inscrever fazendo
o download da Ficha de
Inscrição em
bit.ly/crisma2015
ROMARIA 2015 - PROGRAMAÇÂO
SÁBADO - 15 DE AGOSTO / 2015
09h30 Concentração no Porto Itaguaçu.
10h00 Caminhada até o Santuário Nacional pela Avenida
Itaguaçu.
12h00 Missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora da
Conceição Aparecida.
18h00 Acolhida na Canção Nova, Cachoeira Paulista, SP
18h15Jantar
20h00 Bandas Juvenis
21h00Intervalo
21h30 Show CN
22h30Intervalo
23h00 Show CN
00h00Encerramento
DOMINGO - 16 DE AGOSTO/2015
Programação Especial na Canção Nova, Cachoeira Paulista
07h00 Café da manhã (Praça de alimentação)
08h00Missa festiva de Dom Bosco
10h00Lanche
10h30 Palestra - Pe. Mauricio Tadeu Miranda, sdb
11h15 Adoração ao Santíssimo
12h00 Almoço (Praça de alimentação) e encerramento
Hospedagem em Cachoeira Paulista
•Pousada Sérgio Abib - Canção Nova
Quartos coletivos de 8 leitos, separando
feminino de masculino e banheiro no
corredor
Tel.: (12) 3186-2003
[email protected]
•Hotel Água Viva
Tel.: (12) 3103-3330
[email protected]
•Pousada Padre Pio
Contato: Paulo - 07:00 às 18:00h
Tel.: (12) 3103-3028
[email protected]
•Hotel Torino Plaza
Contato: Jorge
Tel.: (12) 3101-3553
•Pousada Dona Nágila
Contato: Nagila- 18:00 às 22:00h
Tel.: (12) 3101-2422
•Hotel Videiras Palace
Contato: Isael
Contato: 24 hs fodos os dias
Tel.: (12) 3101-1732
[email protected]
•Pousada Adoração e Missão
•Hotel do Feijão
Contato: Vânia - 07:00 às 20:00h todos Contato: Gorete - 1 O: 00 às 23:00h
todos os dias
os dias
Tel.: (12) 3103-3852
Tel.: (12) 3101-3475
[email protected]
•Pousada Angélica
•Pousada Mãe de Deus
Contato: Luiz ou Angélica - 08:00 às
•Hotel do Reinildo
Contato: Mauricio
24:00h todos os dias
Tel.: (12) 3101-3534
Tel.: (12) 99126-2141
Tel.: (12) 3101-4319
Cel (12) 99785-7464 / 99117-2525/
[email protected]
98125-3757 Vivo Claro Tim
Hospedagem em Acampamento
•Hotel Rainha dos Apóstolos
A Canção Nova também disponibiliza um
•Pousada São Nicolau
Contato: Meiry e Geraldo
espaço para acampamento. Entrar em
Tel.: (12) 3101-3452 / 9777-1179
Tel.: (12) 3101-2056
contato diretamente com:
[email protected]
Cel.: (12) 99202-5404
Acampamento - Camping CN
[email protected] www.pousadasaonicolau.com.br
Informações: Tel.: (12) 3186-2000 r. 2318
[email protected]
•Pousada da Evanira
•Pousada Família de Nazaré
Regulamento do Camping:
Contato: Evanira - 17:00 às 23:00h
Contato: Mari - 08:00 às 18:00h
Tel.: (12) 3101-3990
Tel.: (12)3103-3218 I 8168-5532
http://blog.cancaonova.com/infraestrutura/
[email protected] [email protected]
camping/regulamento-do-camping/
Santa Teresinha em Ação • 15
entrevista
Por Daya Lima
Luís e Zélia,
inabaláveis na fé
Zélia e Luís: pais de Santa Teresinha que
serão canonizados em outubro durante o
Sínodo das Famílias
D
ia 18 de outubro próximo é o dia escolhido para
a canonização dos pais de Santa Teresinha, Zélia Guerin e Luís Martin. Não por acaso, eles se
tornarão santos exatamente durante o Sínodo das Famílias. Exemplo de casal, de pais, de amigos e de servidores. Quem nos diz isso é o estudioso e fundador
da Comunidade Sagrada Família, Italo Fasanella, com
quem a reportagem do Santa Teresinha em Ação conversou sobre o assunto.
Santa Teresinha em Ação – Italo, por que os pais de Santa Teresinha são santos?
Italo Fasanella – Muitos diriam que são santos só porque são os pais da Padroeira das Missões, nossa querida santinha. Mas é exatamente ao contrário. Por eles
serem santos é que Teresinha se tornou santa. São santos pela vida que construíram a dois. Pelo exemplo de
família que se tornaram. Pelo amor e pela caridade que
desprendiam. E claro, para ser santo precisa ter milagres comprovados, e o casal tem dois: Pietro (menino
italiano que hoje tem 12 anos) e Carmem (espanhola).
Pietro, tal como Carmem, foi desenganado pelos médicos ainda bebê, sem chance de vida. Foi pedida uma
intercessão ao casal e ele foi curado. Recentemente se
encontrou com o papa na ocasião da beatificação do
casal. Carmem, também bebê, nasceu com uma hemorragia cerebral gravíssima, sem chance de viver. Os
pais de Carmem também recorreram ao casal Zélia e
Luís. Hoje a menina tem seis anos, saudável, sem nenhuma sequela da doença.
IF – Sem dúvida alguma. Como já disse, Teresinha só foi
santa por causa deles. Eles a ensinaram a santidade e a
ensinaram a amar a Deus acima de todas as coisas e ser
obediente. Luís, dentre alguns mantras, tinha um que
era repetido várias vezes ao dia: “Deus é o primeiro a
ser servido”, e isso eles seguiam à risca.
STA – É mesmo? Pode nos contar algumas dessas ações
que os tornavam diferenciados na fé?
IF – São várias. Mas, eles iam à missa todos os dias às
5h30 da manhã. Com chuva, sol, frio, calor, mesmo doentes, nunca faltavam. Existe um texto que fala da difícil fase do câncer de mama de Zélia e que ela ia para a
igreja, mesmo que se arrastando, todos os dias. O terço
de Nossa Senhora também tinha hora marcada e muito destaque na família. Eram rigorosos. Agradeciam a
Deus na hora das refeições e o assunto Igreja, devoção,
caridade e fé era o que permeava a família. Eles viviam
a verdadeira liturgia do lar. Uma eucaristia viva e ativa
dentro de casa.
STA – E essa era a maior virtude do casal, para você?
IF – É difícil escolher uma, mas para mim a mais marcante era a fé inabalável. É impressionante para mim
constatar que o casal, Luís e Zélia, eram inabaláveis na
fé. Nós sempre caímos em dúvida, mas eles nunca. Hoje
a palavra resignação é vista como algo ruim, mas naquela época não. Eles eram resignados, conformados
com a situação que Deus tinha lhes proposto. Confiavam muito em Deus. Inabaláveis na fé.
STA – E por que o casal? Pelo que consta isso será a primeira vez, não?
IF – Sim. É inédito. Existe outro casal beato tal como eles,
mas canonizados serão os primeiros. A santidade se formou com o casal. Luís e Zélia tiveram uma infância parecida, com ensinamentos muito rígidos. O pai era militar
e assim como a mãe muito religioso. Tanto eram, que os
dois, veja só, tentaram ser padre e freira, respectivamente. Mas Cristo os quis casados. Luís e Zélia foram, digamos assim, rejeitados no seminário e no convento. Se
conheceram, se apaixonaram, e foram ser santos juntos.
STA – Dos nove filhos do casal, ficaram cinco e, dentre
eles, Santa Teresinha. Você acha que a educação rigorosa, em algum momento, pesou para a família? O exagero
dói, certo?
IF – Certo, mas não para eles. Tudo o que já li e pude estudar sobre o casal é que os filhos, sem exceção, se reportam aos pais com amor. Santa Teresinha mesmo, em
várias de suas cartas, lembra o quão amoroso e caridoso
era o casal. O quanto aprendeu com eles e o quanto ela
os admirava. Em certos escritos ela dizia que ia à missa
com o pai e nem se lembrava do que tinha sido a homilia,
já que ficava olhando para o pai o tempo todo, sem prestar atenção no padre. “Bastava olhá-lo para saber como
rezam os santos”. Outra célebre frase dela era que “Deus
me deu pais mais dignos do céu do que da terra”.
STA – Então com certeza essa santidade foi o que contribuiu para suas filhas serem, tal como eles, tão religiosas?
STA – Além de toda essa vida voltada para a “liturgia do lar”,
como chamou, o que mais destacar na vida santa do casal?
16 • Santa Teresinha em Ação
IF – A caridade é uma delas. Uma das filhas ficava encucada porque Luís entrava em determinada casa várias
vezes. Uma casa estranha, que eles não conheciam. Uma
vez Luís levou Teresinha e ela descobriu que tratava-se de
uma senhora viúva, sem recursos algum, que só vivia da
caridade de Luís. Luís também era daqueles que encontrava algum necessitado na rua, levava para casa, dava banho, comida e algum dinheiro e o levava de volta para sua
própria casa..
STA – Apesar de serem santos, deveria haver brigas. Na
sua opinião, o que contribuiu para se tornarem o casal
que foram?
IF – A amizade. Em vários relatos dá para se ver como
eram amigos. Luís se referia a Zélia como sua melhor
amiga, companheira e confidente. Zélia o mesmo. Tinham espiritualidade conjugal.
STA – E você acha, Italo, que dá para ter um casamento
santo nos dias de hoje? Deixe um conselho para os paroquianos.
IF – Tenho certeza! Tenhamos o exemplo do casal que
com simplicidade e muita fé se tornaram modelo. Eram
amigos, fiéis a Deus e para com os princípios. Se amavam e se respeitavam. Não custa muito para ter um
casamento santo, mas precisa ter Deus acima de tudo,
espiritualidade conjugal e fé.
Mais sobre o casal e o trabalho de Italo em
www.sagradafamilia.net.br
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STA 102 - Paróquia Santa Teresinha