Transcrição da Audiência Pública do COMPERJ São Gonçalo, dia 06 de março de 2008 Laurence – Engenheiro de Segurança Eu gostaria de dar, de fazer algumas recomendações aqui pra vocês. Com relação à segurança. Neste local aqui, nós temos três saídas. Caso vocês precisem evacuar a área, nós temos duas ao fundo e uma aqui na lateral. No fundo do ginásio, no posto médico do próprio clube tem uma UTI móvel à disposição, tá? Tem um médico, tem um auxiliar de enfermagem, eles vão acompanhar todo o evento. Se alguém precisar de algum auxílio médico, eles tão à disposição. Se alguém precisar de um intérprete de libra, ela vai ficar aqui à frente fazendo a tradução da LIBRAS. E temos também os bombeiros profissionais que vão acompanhar o evento. Em caso de sinistro, qualquer tipo de incêndio, eles tão aqui preparados pra poder atuar. Tem os equipamentos de incêndio dispostos na área e a gente vai tá acompanhando todo o evento com vocês. Tá ok? O pessoal que tá no fundo, se quiser vim sentar mais aqui na frente, é melhor. Brigado. ANTÔNIO GUSMÃO Boa noite. Cês tão ouvindo? Ali tá ouvindo? Tá ouvindo lá atrás, no fundo? Lá atrás tão escutando? Então, uma boa noite! Mas tá muito fraco. Será que vocês tão assim porque o Flamengo tá perdendo? É ou não é? Vamos virar o jogo, tem tempo ainda, é ou não é? Então boa noite, pessoal! Então nós tamos aqui hoje reunidos em São Gonçalo, recebendo colegas de outros municípios também que eu já vi. No sentido de fazer a Audiência Pública referente ao empreendimento do COMPERJ. E nessa Audiência Pública nós vamos apresentar aqui, junto com os colegas da PETROBRAS, da FEEMA, da empresa que fez o estudo de impacto ambiental, a CONCREMAT. Nós vamos apresentar pra vocês o empreendimento daqui da, do COMPERJ e pra iniciar a nossa Audiência, eu queria convidar o Secretário de Governo Luis Rodrigues Paiva pra fazer parte da mesa. Cadê o Luis Rodrigues? Luis Rodrigues já chegou? Tem algum colega do Ministério Público presente aqui? Tem alguém do Ministério Público? Queria convidar o representante do CREA, Professor Adacto Ottoni pra participar da mesa também. Nós temos aqui o analista ambiental da FEEMA, Dyrton Belas (da Silva). O superintendente do COMPERJ, Professor Victor (Pais), colega da PETROBRAS, o Rodrigo (Pio) e o Rafael (Eira). À minha direita, a Secretária da Audiência, da CECA, senhora Eliane Ranquine. O representante da CONCREMAT, Luis Alfredo (Cruz) e já temos a presença também, José Alberto Gemal e também temos o Adacto (Ottoni), do CREA. A Audiência Pública então consiste em apresentação da PETROBRAS, do empreendimento, em seguida a empresa que fez o estudo de impacto ambiental vai apresentar os impactos, os aspectos do empreendimento e em seguida a FEEMA vai mostrar como é que está o licenciamento nesse momento na FEEMA e nós em seguida abrimos para as perguntas. Vocês vão receber um formulário, que podem fazer as perguntas e as perguntas serão lidas e respondidas pra... pelas pessoas que vocês direcionarem os questionamentos, que pode ser a PETROBRAS, que pode ser a CONCREMAT e pode ser a FEEMA, tá certo? Então inicialmente reitero o agradecimento pela presença de todos. É importante a participação das outras três Audiências, muitas contribuições foram dadas. Contribuições essas que lembraram ou 1 trouxeram novas contribuições e informações pro estudo e inicialmente nós vamos executar o Hino Nacional. Por Favor. EXECUÇÃO HINO NACIONAL (aplausos) ANTÔNIO GUSMÃO A turma de Rio Bonito não vai sentar não? Sabem por que que o pessoal de Rio Bonito não vai sentar? Por que será? Porque agora nós vamos levantar de nov... novamente para ouvir o Hino do Município de São Gonçalo. (aplausos) EXECUÇÃO HINO SÃO GONÇALO (aplausos) ANTÔNIO GUSMÃO Bom, então vamos iniciar as apresentações e nós vamos fazer si... primeiro a PETROBRAS vai apresentar, Victor vai fazer a apresentação como fez nos outros municípios também, vai apresentar um um DVD que explica bem o empreendimento e vocês vão à partir da da apresentação do Victor, já fazendo as perguntas que vocês querem direcionar aqui pra mesa, tá certo? Então, Victor com a palavra, obrigado e vamos iniciar. VICTOR PAIS Bom, boa noite a todos. A nossa apresentação, ela será passada através de um vídeo. Nós consideramos que a passagem do vídeo, nós consideramos que a passagem de um vide, é... fica bem esclarecedora, é... não torna maçante a apresentação, torna mais simples e através dele a gente conseguirá passar pra vocês todas as informações necessárias sobre o empreendimento. Gostaria de qualquer maneira agradecer à todos por estarem presentes aqui de noite, essa hora da noite, é... participando do evento. Isso demonstra interesse da população em conhecer as informações e obter as informações sobre o empreendimento, então, ... a nossa intenção é passar pra vocês o máximo de informações possível da forma mais agradável possível também. Então vamos passar para o vídeo e obviamente eu estarei aqui na mesa o tempo todo, para acrescentar qualquer informação que vocês desejem, que não esteja no vídeo, ou algum detalhe que vocês queiram acrescentar, Estaremos aqui então disponíveis e vocês poderão então retornar ao final da apresentação ou após as apresentações, as perguntas e as questões que vocês gostariam de aprofundar. Muito obrigado e vamos ao vídeo. VÍDEO COMPERJ VICTOR PAIS Bom, pessoal, com esse vídeo nos passamos prá vocês o máximo de informações sobre o empreendimento, obviamente como eu disse, mais informações que vocês tem interesse em obter, depois, após as apresentações todas, nós poderemos então responder a questões e a outras informações que vocês necessitarem. Agora nós vamos passar pros outros apresentadores, e eu vou passar pro presidente da mesa pra continuar o evento. ANTÔNIO GUSMÃO Obrigado Victor, após a apresentação da PETROBRAS vocês já começam a ter elementos materiais pra fazer as perguntas de vocês, não é isso? E na continuação, 2 vamos passar a palavra agora para o nosso colega Luis Alfredo, da empresa que fez o estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ao meio ambiente vai apresentar pra vocês também. Por favor. LUIS ALFREDO CRUZ É... muito primeiramente boa noite a todos os presentes, todas os a companheiros aqui da mesa, as equipes da CONCREMAT, da PETROBRAS que trabalharam nesse estudo, a todos senhores, senhoras, jovens, adultos e idosos que estão aqui presentes, é um prazer pra CONCREMAT estar aqui apresentando o estudo de impacto ambiental que foi realizado para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, é... uma um estudo de uma complexidade sem sem referências eu acho que sem referência no Brasil nos últimos anos, é... um estudo que gerou algo em torno de seis mil e quinhentas páginas e mais de 120 profissionais, equipes diversificadas e conseqüentemente um trabalho de uma complexidade muito grande. E vocês há de convir comigo que resumir e tentar explicar esse estudo pra vocês é um grande desafio num período curto de tempo. E com isso nós adotamos uma estratégia também similar a da PETROBRAS onde nós desenvolvemos um vídeo, que tenta passar a vocês, com mais clareza, mais facilidade de entendimento tudo que foi analizado e os pontos mais relevantes desse estudo. É claro que o estudo ele encontra-se disponível pra vocês ai no rol e em algumas áreas como a a Prefeitura aqui de São Gonçalo. Mas eu quero agradecer a presença de todos e vou pedir ao pessoal da produção pra passar o nosso vídeo. Muito obrigado. VÍDEO EIA/RIMA - CONCREMAT LUIS ALFREDO CRUZ Bom, espero que tenha sido proveitoso pra vocês, esclarecedor o nosso vídeo, ele procurou abordar todas as etapas do desenvolvimento do estudo de impacto ambiental, e também frisar os aspectos e condições mais relevantes desse estudo. Muito obrigado, eu passo agora a palavra ao presidente da mesa. ANTÔNIO GUSMÃO Obrigado Luis Alfredo, e na continuação dos trabalhos, eu gostaria de convidar o Secretário de Governo Luis Rodrigues Paiva pra participar da mesa aqui conosco. Cadê o nosso amigo Luis Rodrigues? Então nós vamo vamos receber o Secretário de Governo Luis Rodrigues. (aplausos). E prosseguindo, então, agora a FEEMA vai fazer a sua apresentação com o ambientalista Dyrton, por favor. DYRTON BELLAS da SILVA Boa noite a todos, boa noite a mesa, a apresentação nossa, da FEEMA, a principio eu vou me apresentar, meu nome é Dyrton Bellas, eu sou analista ambiental da FEEMA e to aqui representando o trabalho que foi feito de análise pelo grupo técnico que analisou o EIA/RIMA. A nossa apresentação vai ser num modelo um pouco mais convencional, através dos slides, mas espero que vocês tenham um pouquinho de paciência, eu vou ser o mais breve possível. Por favor. Bom, isso ai é número do processo que deu origem a apresentação do EIA/RIMA. Próximo. É, eu gostaria de frisar algumas datas, que no dia 23 do 1 foi elaborada a AIT, e essa AIT já apresenta uma novidade, porque ela engloba opiniões, pareceres de varias entidades além da FEEMA. É.... Secretarias de outros órgãos, parte de Conselhos Regionais do CREA do CRQ e também de universidades. Próximo. Bom, hoje nós tamos no dia 6 e é a audiência pública aqui em São Gonçalo, é a última das quatro previstas pra gente apresentar e obter de vocês opiniões é... e mais 3 informações que eventualmente tenham passado desapercebido pela equipe que tanto elaborou, como a que analisou o EIA/RIMA, então a contribuição de vocês é muito importante. Por favor. Qual é o objetivo da licença prévia? Na realidade, é viabilidade na implantação desse complexo petroquímico, na região de Itaboraí. Próximo. A principal característica, ou seja, para que que é esse complexo? Esse complexo é pra produção de resinas, ou seja, segunda geração a partir de cerca de 20 toneladas, 22 mil toneladas/dia de petróleo. Próximo. Inicialmente o aspecto locacional, partiu-se de uma lista prévia de sete locais, e foram reduzidos pra três, os três fora Itaboraí, Itaguaí e no município de trav... no distrito de Travessão no município de Campos, e optou-se pela localização em Itaboraí. Próximo. Durante a análise do estudo de impacto ambiental, a equipe técnica é... observou a necessidade de ter mais informações extramuros prá de que forma que não se avaliasse tão somente a parte COMPERJ, mas toda a viabilidade e sustentabilidade dos outros empreendimentos necessários para a operação do COMPERJ, nós chamamos de atividades extramuros. Próximo. As atividades extramuros tão elencadas ai, são: o acesso rodoviário, ferroviário, fornecimento de energia elétrica, tancagem, dutos e base, transporte de equipamentos pesados, abastecimento de água, emissário de efluente, instalações agro florestais. Próximo. É importante salientar, que todas essas outras atividades, serão objeto de licença específica, por diversos fatores. Um deles, muito claro, é que não pode ser a própria PETROBRAS a requerer o licenciamento, energia elétrica deve ser feito pela concessionária, abastecimento de água, também pela concessionária, vias de acesso ou é por concessionária ou (delite?) então, é... objetivamente, é necessário que essas licenças sejam encaminhadas separadamente. Próximo. Processo rodoviário foi observado, que há necessidade da duplicação da BR-493, e também duma ligação direta da BR-101 e da 493, esse é um exemplo real, Prefeitura de Itaboraí, já solicitou a FEEMA e tÁ em análise um acesso direto ao COMPERJ. Próximo. O acesso ferroviário, ai é uma coisa um pouco mais simples porque na realidade já existe a ferrovia, o que precisa são apenas alguns trechos é.. pRa que essa, estendendo essa linha até o ramal até dentro do COMPERJ. Próximo. Linha de transmissão, na realidade quem vai requerer isso é a AMPLA, e é pra uma insta, uma insta, transmissão de 345, existem duas alternativas viáveis, uma a partir de uma ligação já existente a Adrianópolis/Macaé, e uma outra é a partir de uma futura subestação em Venda das Pedras. Próximo. Bom, a parte de tancagem, obviamente é necessário que haja uma tancagem do petróleo que vem de Marlin, pra ser encaminhado ao COMPERJ, e essa tancagem se dará no terminal de Campos Elysios, e um terminal já existente e pretende se instalar dois tanques. Próximo. Bom, se, também serão objetos de licenças específicas a parte dos dutos, ai tão listados os dutos que serão necessários pra plena operação do COMPERJ. Então vai ter um duto do TECAM para o COMPERJ, um da REDUC para o COMPERJ, outro da COMPERJ para a REDUC, um tanque de... um duto de propeno do COMPERJ pra REDUC, butano, gás liquefeito, querosene de aviação do COMPERJ pra REDUC, esse é o duto de duas mãos, ele vai e volta, butadieno do COMPERJ pra REDUC, e mais outros três dutos de benzeno, para-xileno e etileno glicol do COMPERJ pra base. Próximo, por favor. É... ficou faltando é... um pedaço ai também é uma atividade extramuro, que é a base de aromáticos e etileno glicol. O estudo apresenta na parte extramuros três alternativas de localização, Magé, São Gonçalo e COMPERJ e, independente, todos serão encaminhados pra Ilha Comprida que será responsável pelo carregamento dos navios pra exportação. Próximo. É... obviamente o traçado vai depender da localização da base, duas alternativas norte uma alternativa sul. É importante frisar que esse licenciamento, deverá ser feito em conjunto de duto e base, porque um sem o outro não há condição de se trabalhar, e são análise “muitos” especificas e detalhadas. Próximo. 4 Transporte de equipamento pesado, é... durante a instalação do COMPERJ a necessidade de transporte de equipamentos de dimensões extremamente grandes, e ele normalmente não é suportado nas vias hoje existentes, então eles não passam por baixo de determinados viadutos e passarela, então tão... surgindo oportunidades, de se levar por via marítima até o ponto mais próximo do COMPERJ, chegarão nos portos do Rio de Janeiro, e encaminharão ou pelo Rio Guaxindiba ou pelo Caceribú, ou ainda o terminal do Suruí, e o terminal do antigo Cais do Imperador. Essas alternativas todas serão apresentadas e avaliadas pra ver qual é que agride de forma menor, e seja viável pro meio ambiente. Próximo. A parte de abastecimento de água, o estudo apresenta oito alternativas, nós entendemos que todas as alternativas são viáveis, mas dependem de um estudo, e dependendo do estudo, há necessidade de elaboração de estudo de impacto ambiental e, deverá ser objeto, claro, de uma nova licença. Próximo. E na parte do abastecimento já identificado claramente conflitos de uso e transposição de bacias, e alterações de linhas de costas, as medidas mitigadoras são: a regularização do fluxo do fluvial dos rios, a obtenção de um volume de água significativa, proveniente do tratamento, e reforço na oferta hídrica em relação ao cenário atual. É.. pra esclarecer, existe uma restrição que vocês verão posteriormente, que qualquer que seja a alternativa adotada pelo COMPERJ pra abastecimento de água, será obrigatório o reforço hídrico para as comunidades do entorno. Próximo. A parte do emissário, os efluentes do COMPERJ terão, poderão ter dois destinos distintos, ou Baía de Guanabara ou a disposição oceânica em Itaipuaçu. É necessário que se for utilizado a Baía de Guanabara como destino, deve ser considerado como um ambiente atrofizado, se for utilizado a parte terrestre do emissário, a empresa deverá prover a área do entorno de rede de esgoto. Próximo. Instalação agro florestal é o conhecido corredor ecológico, já bastante esclarecido, divulgado por aqui. Próximo. Em relação as atividades intramuros, ou seja, agora nós tamos analisando dentro do COMPERJ, então foi feita a análise do meio físico, meio biótico, meio terrestre e aquático e meio antrópico. Próximo. O meio físico forão os avaliados todos os aspectos relacionados com geologia, (pedologia?), permeabilidade e números, e dois aspectos são relevantes: área de influência direto, ela tem baixo risco a recalque, porem, na parte de instalação da processo de corte de talude, a que se ter cuidado porque é... existe um risco médio de desmi... de processo erosivo, e os resultados analíticos demosn... apresentaram amostras, os resultados não foram os esperados por nós, apresentando concentração de alguns parâmetros, bário, mercúrio, cobre, chumbo, ferro, e outros, que não eram esperados, tanto pela equipe, e que analisou o projeto como pela equipe que elaborou o projeto, e já foi solicitada a PETROBRAS uma re-análise pa confirmar esses resultados. Próximo. Ai já, nós já tamos colocando quais as medidas mitigadoras, que são as medidas que atenuam essas operações e essas intervenções no meio físico. Então temos a recomposição de vegetação, é recomendado uma ocupação mínica, mínima na região mais a oeste do COMPERJ, a preservação dos picos dos morros mais elevados na região do Barbozão, e distribuição da água da chuva captada de forma a manter e regularizar o fluxo de forma a interferir o mínimo possível no aqüífero. Próximo. O meio biótico terrestre, é só pra informação, eles foram considerados, região hidrográfica da Baía de Guanabara como área de influência e temos os destaques, na realidade, toda aquela área, sofreu uma intervenção histórica, já tivemos ali, cafezais, laranjais, criação de gado, então, na realidade aquilo, aquela área, hoje, já não representa o que foi anteriormente, e também na área não foi identificado nenhum habitat importante em termos de “forregiamento” da fauna. Mas é importante observar que foram encontrados alguns espécimes que estão na lista de animais em extinção: papagaio chuá e gato do mato, que na lista oficial brasileira, e o jacaré de papo amarelo, o Biguatinga, o pato do mato e o rato taquara, na 5 lista do Estado do Rio de Janeiro. Próximo. Quais foram os impactos? Embora é..... ele estivesse bastante degradado, ainda existe redução da cobertura vegetal, a redução do número de habitat, deslocamento da espécie, da de fauna muito sensível a ruído, aumento da pressão antrópica na área do entorno, interferência do empreendimento com a sazonalidade da fauna, e obviamente uma alteração da paisagem. Próximo, por favor. No meio aquático foi considerado o rio Caceribú, Macacu e Porto da Caixa no montante do empreendimento, ou seja, anterior, na parte mais elevada do empreendimento, e a Baía de Guanabara, destacando o os seguintes pontos, que foram identificados ajuzante. Os rios na realidades, é... são canais que pegam a água drenada da serra e levam pra Baía de Guanabara, carreando também a parte de ai originária de atividades rurais, agricultura e pecuária. Mas no meio aquático não foi observado nenhuma espécie que merecesse consideração, ou seja, só as usuais. Próximo, por favor. Quais foram os impacto já observados no meio biótico aquático? Uma modificação da estrutura e composição das comunidades aquáticas, uma alteração da estrutura causada por drenagem contaminada de esgoto e por derrame acidental, que nós esperamos que não ocorra nenhum, mas ele tem que ser observado como uma ocorrência possível. E obviamente isso causará perda da biodiversidade dos ambientes aquáticos. Próximo por favor. Quais são as medidas mitigadoras? Programas de educação, prevenção de supressão de vegetação e caça, resgate e monitoramento de fauna, recuperação de água... de área degradada, monitoramento de ruído, monitoramento do ambiente aquático, programa de monitoramento de manguezal, educação ambiental, recuperação dos manguezais, apoio ao desenvolvimento, à divulgação e a implantação de práticas agro florestais sustentáveis. Próximo. Agora falando do meio antrópico que é o que vai ocorrer em relação à implantação que vai causar com isso. O aumento da disponibilidade do derivado do petróleo. O aumento do poder de atração de investimento e da oferta de postos de trabalho. Também, obviamente uma alteração do uso e ocupação do solo, valorização da terra. Pra quem vai comprar é ruim, pra quem vai vender é bom. Uma redução das “condição” de vida das populações que isso também é esperado e um aumento da arrecadação de impostos. Próximo, por favor. As medidas mitigadoras são as usuais é.. em qualquer programa: educação ambiental, comunicação social e ai nós colocamos algumas, alguns outros itens em relação à parte sócio econômica e sócio ambiental. Uma inserção regional socialmente responsável, programa de indenização, remanejamento e monitoramento da população deslocada, um programa de preservação do patrimônio histórico e arqueológico e um centro de informações. Próximo. Agora nós vamos analisar é, a parte geradora de poluentes, ou seja, ar, água, resíduo, ruído e faltou risco. Próximo, por favor. Em relação à qualidade do ar, é... nós separamos é.. em dois aspectos: na fase de implantação do empreendimento, que corresponde à fase de urbanização. Então nós temos a emissão de material particulado proveniente do do tráfego também, os gases de combustão pela operação das máquinas e também fumo metálico proveniente das operações de solda, mas que vai ficar restrito unicamente ao ambiente de trabalho. Como medida mitigadora, a modificação das vias de acesso e regulagem dos motores de veículos e equipamentos. Próximo. Na fase de operação, além desses ditos, eles se repetem na fase de operação também, mas são, é... incrementados, assim digamos, com outros poluentes provenientes da operação do complexo. Emissão de NOX, SOX, H2S, hidrocarbonetos, mercaptas e outros tantos. As medidas mitigadoras, as mesmas anteriores em relação aos equipamentos que são mantidos e optamos também por colocar uma manutenção programada, teto flutuante e membrana flutuante interno nos di... nos tanques e um abatimento de NOX. Esse abatimento de NOX, ele se repete em slide posterior e eu vou me deter um pouco mais. Próximo. A parte de efluente líquido, na parte de implantação 6 nós vamos ter banho, lavatório, sanitário, efluente de cozinha e refeitório e efluente também dos veículos e oficinas. Pra parte de cozinha e refeitório, pré-tratamento com caixa de gordura. E pros efluentes de oficinas e manipulação de combustíveis, um sistema separador de água e óleo. E o tratamento após a junção do todos esses efluentes, é uma estação de tratamento modular que garanta o mínimo de 65% de remoção de DBO, mas com objetivo de se atingir de 95%. Próximo. Pra atingir a eficiência de 95% vai ser introduzido uma etapa aeróbica posterior de remoção de filos e dosagem com hipoclorito de sódio ressolubilizado. Pra que isso? Pa que essa água se torne própria pra reuso. Onde será reutilizado o reuso? Pra água de vasos sanitários, pra uso na construção civil, pra parte de concretagem e também pra compactação, jardinagem e molhamento das vias. É importante frisar que a gente, o próprio COMPERJ, est.. estamos todos propondo uma, um reuso de 80% desse efluente. Próximo, por favor. Bom, ai na fase de operação, é.. é um pouco extenso esse, esse slide, mas ai são os tratamentos específico pra cada unidade de produção. Então nós temos tratamentos biológicos, dessalinização, remoção de óleo, e repetindo, dessalinização e re-uso. Próximo. Bom, agora voltando à redução dos 80% que nós tamos pretendendo. Esse reuso da água de 80% faz com que o empreendimento implantado diferencie de qualquer complexo hoje existente, acarretando um consumo de água de 3 a 5 vezes menor. E o COMPERJ ainda se compromete atender todos os regulamentos, não podia ser diferente, mas com uma margem de 5% de segurança. Próximo, por favor. Os resíduos e ai tá colocado em conjunto, tanto na fase de instalação como de operação, porque a única coisa que difere um do outro, é que durante a fase de instalação, nós vamos ter resíduo da construção civil e na parte de operação, nós vamos ter a emissão de resíduos perigosos classe 1, 2A e 2B. É importante que todos os resíduos perigosos vão ser encaminhados pra incineração, aterro industrial ou pra (?) processamento. E todas as soluções propostas consideradas adequadas pelo grupo de trabalho. Próximo, por favor. O ruído, na fase de implantação. Foram medidos, é ruídos em vários pontos no entorno do COMPERJ, sem a operação do COMPERJ, pra que isso nos dê o background, nos dê a posição, hoje usual, como efetivamente se encontra o ruído nessas áreas. Próximo, por favor. Bom, pra fase de operação, o EIA apresentou simulação, com... utilizando dados de outras, outros complexos hoje em operação. Nós entendemos na análise que eles, na realidade não apresentam um dado muito consistente porque o complexo que tá sendo implantado tem 25 anos a mais em desenvolvimento tecnológico do que o último que foi implantado. Então nós tamos recomendando que quando foram definidos esses equipamentos, seja realizada uma nova análise de ruídos. Próximo, por favor. Bom, muito importante na análise de risco, que implica numa análise de que qualquer acidente que ocorra dentro do COMPERJ, ou seja, uma explosão, um vazamento, seja o que for, ele apresente quais são os graus e o alcance disso. Foram avaliadas 1.630 hipóteses de acidentes, e essas hipóteses e aqui a gradação é do mais grave pro menos grave, a severidade catastrófica foi 0%, ou seja, não há acidente com severidade catastrófica, 33 de severidade crítica, 49 marginal e 17,2% de insignificante. O que que isso quer dizer? Qualquer acidente que ocorra dentro do COMPERJ, fica restrito à área interna do COMPERJ, ele não atinge o limite externo. Próximo, por favor. Bom, agora nós vamos apresentar a conclusão que os estudos levaram à equipe técnica. E ai, por favor, o próximo. Essa conclusão, ela abrange tanto extramuro como o intramuro, sendo que o extramuro ... todas as avaliações nos permitem a dizer que ele da sustentabilidade ao projeto COMPERJ. E no intra muros, a parte de avaliação do meio físico, biótico, antrópico, parte toda socioeconômica, considera o projeto ambiam... ambientalmente viável, desde que aquelas medidas mitigadoras e outras que nós estamos colocando na exigência, venham a ser implementada, bem como o programa, os programas 7 ambientais. Próximo. E também do ponto de vista de geração de água, ar, resíduo, ruído e risco também, a FEEMA entende que é viável a implementação do projeto COMPERJ. Próximo. Qual a conclusão final? E ai cabe um esclarecimento. Isso é um parecer que nós fizemos em caráter preliminar, nós temos que aguardar a contribuição de vocês, por isso que é importante a participação na audiência, que vocês contribuam com algo que por acaso tenha passado desapercebido pela equipe. O que nós vamos colocar mais à frente, em termos de restrições, na realidade é uma síntese colocando aquelas que nós julgamos, as mais importantes e a que mais atende a expectativa da Audiência. Mas existem cerca de 60, é... restrições. Então o grupo entende que o COMPERJ possui viabilidade sobre o ponto de vista ambiental, desde que observadas as condicionantes que virão à seguir. Próximo, por favor. Próximo. Bom, ai também cabe um esclarecimento: nós separamos em duas fases a LI porque existe, existirá, se a licença prévia for aprovada, uma res.... uma uma LI, uma licença de instalação referente à urbanização, ou seja, na realidade são aquelas obras de terraplanagem e elaboração e confecção de todos os canteiros de obras. E uma segunda licença seria efetivamente pra implantação do COMPERJ. Então agora eu vou falar da parte de urbanização. Tá sendo exigido projeto básico das intervenções de terraplanagem, projeto do sistema de tratamento de efluente, se... projeto do sistema de abastecimento de água e ai o abastecimento de água para a urbanização. Não é para o complexo todo. Sistema de esgotamento sanitário, projeto da estrada de acesso que ligará à RJ-116. Volto àquela questão anterior já dita, a Prefeitura de Itaboraí já requereu a licença, tá sendo objeto de análise. Próximo, por favor. Próximo, por favor. Também o projeto básico do sistema de drenagem pluvial, o projeto detalhado do plano de gestão ambiental e programa de monitoramento. Um projeto de instalação do centro de controle operacional, é... esses, mais os dois a seguir foram pontos identificados dentro da análise que é um incremento no trafego de veiculo na região. Então o grupo entendeu que tem que fazer esse tipo de exigência para que possa ser efetivamente analisada a licença de instalação. Então a instalação do centro de controle operacional que inclua, no mínimo um programa de atendimento à acidentes, defeitos mecânicos e elétricos, sendo destacado os equipamentos para o pronto atendimento. O plano logístico de transporte contemplando o transporte de material, de pessoal. Medidas de minimização dos impactos a serem gerados pelo tráfego. Próximo por favor. Ainda, o inventário incluindo registro fotográfico das vias principais, secundárias e marginais que serão utilizadas. O porquê disso: é notório, é de conhecimento ... que as empresas vêm e utilizam as vias normalmente, são utilizadas pelas pessoas, pelos munícipes e depois de usarem, as devolvem em estado totalmente precário. Então eles vão ter que devolver em condições melhores. Tá sendo também exigido um estudo de análises de risco já que vai haver estocagem de combustível para abastecimento dos equipamentos e veículos e também um proje... uma projeção populacional e análise de um cenário ano a ano, constando das complementações do EIA pra mitigação dos impactos do crescimento populacional na área diretamente afetada. Próximo, por favor. Bom, e pra fase de implantação do complexo como um todo, e ai a distinção. Agora a gente tá pedindo um projeto de tratamento dos efluentes sanitários, refeitório. Estamos pedindo projeto de tratamento dos efluentes líquidos, oleosos. Um projeto de sistema de tratamento das águas pluviais e contaminadas. Projeto de sistema de tratamento do efluente líquido gerados na fase de implantação, que são aqueles efluentes da produção, prevendo o re-uso da água tratada. Próximo, por favor. Uma definição e descrição dos locais onde vão ficar armazenados os resíduos classe 1, 2A e 2B, que são os resíduos perigosos. O sistema de controle de redução de 90% das taxas de emissão de NOX dos principais poluentes e ai eu me remeto àquela observação que eu fiz, o porquê da redução do NOX. Inicialmente o 8 COMPERJ apresentou uma proposta de redução de 40% na redução de NOX e a análise nos revelou que necessitaria a redução de 90%, e após várias discussões de ordem técnica, foi proposto e vai ser apresentado a redução de 90%. Um projeto de monitoramento de rede de qualidade do ar e metereologica pra região incluindo a medição contínua do perfil térmico vertical. Uma proposta de plano de gestão, qualidade do ar na região. Uma revisão do estudo de análise do risco após a definição de todas as unidades. Próximo, por favor. Bom, e deverá considerar também na matriz energética para o empreendimento, a substituição do combustível que deverá ser utilizado por gás natural, apresentando um cronograma pra isso. Vai ter que também dar continuidade ao monitoramento de qualidade do ar, principalmente para a modelagem de emissão de NOX e hidrocarbonetos cumulativamente a cada 365 dias, ou seja, a cada ano de medição, deverá gerar um novo modelo pra que a gente tenha uma base, uma massa crítica de dados muito maior pra que a gente possa analisar. Considerar no abastecimento de água bruta, todas as alternativas possíveis, não só para o abastecimento do complexo, mas também que represente reforço hídrico para os municípios da região, mesmo que mais de uma alternativa venha a ser utilizada. Próximo, por favor. No lançamento... no licenciamento para o emissário submarino, vai ter que considerar disposição oceânica e qualquer outra que tenha dispo... disposição na Baía de Guanabara, vai ter que considerar o ambiente antrofizado. E também considerando licenciamento do emissário submarino, a implantação de esgotamento sanitário pra atender região que será cortada pela faixa terrestre do submarino, ou seja, e emissão se dará atrás do emissário submarino no corpo d’água, mas o emissário, a parte terrestre, ele vai ter que contemplar o esgotamento sanitário da região. Próximo, por favor. E a parte do plano ambiental, plano básico ambiental deverá incluir um programa de monitoramento de qualidade de água, sedimento bióta terrestre, aquático, a evolução demográfica e das demandas de serviço público na região do entorno do COMPERJ. Demandas de serviço público na área diretamente afetada, um programa para a implantação dos macro-corredores de vegetação, o programa de educação ambiental abrangendo a área de influência indireta e área de influência direta. Próximo, por favor. Vai ter que desenvolver planos e programas de comunicação social, incluindo programas de ações sociais para integrar o empreendimento com as comunidades, um programa de inserção regional socialmente responsável com parcerias pra tornar permanente os programas e cursos de educação com ênfase na capacitação profissional, ou seja, o que hoje a PETROBRAS vem fazendo, deverá fazê-lo em caráter permanente, a respon... um programa de responsabilidade social com criação de subprogramas específicos na área de saúde pra acompanhamento epidemiológico e sanitário permanente. Um auxílio, não um auxílio, mas um programa de auxílio às atividades socioculturais locais. Incentivo à pesquisa social, sócio ambiental e inovação tecnológica pró-ambiental e por meio de articulações interinstitucionais em “vidar” todos es esforços pra possibilitar benefícios para o esgotamento sanitário da região. Próximo, por favor. Bom, aqui são dois, são dois slides só com a equipe técnica, por favor, o próximo. Próximo, por favor. A equipe técnica é composta de cerca de 20 técnicos das mais diversas formações, tivemos colaboração de técnicos da IEF, da SERLA, junto com o pessoal da FEEMA e também mais cerca de 20 outros profissionais que nos auxiliaram, que infelizmente não contam na lista, mas eu gostaria de agradecer a eles o apoio que nos deram. Próximo, por favor. Bom, aí tá o endereço a a e... vocês podem entrar em contato com a FEEMA através desses, desses que foram colocados ai para poder também contribuir. Se não puder contribuir agora, se pensar mais adiante, nós temos até 10 dias a partir de hoje pra que essas contribuições cheguem a nós. Algumas, nós não vamos poder incluir, porque nós temos também que respeitar 9 os aspectos legais, mas tudo aquilo que for do interesse de vocês e possível incluir, será feito. Muito obrigado. Volto a palavra à mesa. (aplausos) ANTÔNIO GUSMÃO Bem, obrigado pela apresentação da FEEMA. Então nós completamos agora a fase das apresentações das empresas que estão aqui na mesa. Então a PETROBRAS, a empresa que fez o EIA/RIMA e o órgão ambiental. E já estamos recebendo as perguntas de vocês. Essas perguntas agora, elas devem ser selecionadas e distribuídas para cada um dos participantes aqui que vocês direcionaram. Ainda estamos recebendo as perguntas. Isso demora agora mais um menos um período de 10 a 15 minutos e os organizadores informaram que já está pronto, servido um lanche, que nós vamos fazer agora o intervalo para o lanche e voltamos em 15 minutos absolutamente cronometrados, tá bem? Então vamos fazer uma parada, uma apresentação, já tem o lanche servido ali no, na lateral do auditório aqui do Ginásio do clube Mauá então nós vamos fazer uma parada. Muito obrigado pela... INTERVALO ANTÔNIO GUSMÃO Alô, alô. Vamos voltar então, turma. Vamos voltar então pra nossa, pra nossa Audiência. (vozes fora do microfone). Então vamos agora passar à parte das perguntas, das perguntas e dos questionamentos, tá certo? E as pessoas vão ficar agora prestando atenção nas respostas e vamos ver a... se todo mundo volta aqui pro nosso ambiente, é ou não é? A turma ainda tá no lanche, mas vamos agora aos pouquinhos fazendo as perguntas. Aqui na mesa, nós temos a participação também do CREA, que tá representado aqui pelo nosso colega participante da CECA também, o Professor Adacto. Professor, recebemos aqui também uma documentação do sindicato dos engenheiros, não é? Qual é a representação do sindicato dos engenheiros? Ta aqui o colega. Recebemos também uma documentação do dos funcionários da CEDAE, nos mesmos termos do que o do sindicato. E eu vou passar agora a palavra, para abrirmos as perguntas, os comentários para o componente da mesa, inclusive que vai comentar o a carta do sindicato, as sugestões e re.. as sugestões do CREA. Adacto, por favor. Três minutos. ADACTO OTTONI - CREA Bom, é... primeiro aspecto, sobre o aspecto do ambiental, pelo que a FEEMA colocou, é... tá bem claro que a PETROBRAS ta atendendo todos os parâmetros que a FEEMA tá exigindo, ta, e.... é... o que a gente tem preocupação é na sustentabilidade do empreendimento. É que o empreendimento, ele se viabilize, mas que é não dê problemas de passivos ambientais pro futuro em relação ao crescimento demográfico que não é responsabilidade direta da PETROBRAS, mas é.... um dever dos municípios. Então, é... um aspecto que queria sugerir, pra FEEMA pra você poder amarrar, porque amanhã você pode ter um licenciamento ambiental onde a PETROBRAS cumpra tudo, e gerar um dano ambiental por conta dessa explosão demográfica, então, considerando que os municípios vão ganhar dinheiro com esses empreendimentos, né, os Governos, considerando que vai haver um aumento na produção de lixo, de esgoto, de demanda de água. Considerando que até o final do ano nós vamos ter eleição pra prefeito, e esses 10 prefeitos que hoje tão aqui, até o final do ano já não são os mesmos, eu acho que seria importante na.. licenciamento ambiental do empreendimento que fosse feito um termo de ajustamento de conduta com as Prefeituras, com o Governo do Estado pra dar garantia à população, que é... o empreendimento, com decorrência do empreendimento, a parte de saneamento de esgoto, de lixo, vai estar atendidos as necessidades que hoje em dia elas não tem, que ai o empreendimento vai se viabilizar e vai ajudar de fato a região. Isso eu acho muito importante pra evitar o que aconteceu em outras cidades, onde, é... se ocorreu grandes passivos ambientais no futuro. Esse (TAC?) é fundamental e isso pode tá amarrado agora, num compromisso. As prefeituras vai pra frente independente de mudar o prefeito. O outro aspecto que eu abordaria, é em relação ao problema é... dos esgotos, é um problema bastante grave e é.... esses esgotos dessas prefeituras vão ser gerados, no meu entender, não pode ser jogado na Baia de Guanabara, o problema do lixo, é um problema bastante grave, vai haver aumento da produção de lixo, não é ligado isso diretamente PETROBRAS, mas isso vai ocorrer e não adianta fazer aterro consorciado porque daqui a 20 anos esses aterros tão cheios e nós vamos ter um grande passivo ambiental pro futuro, nós temos que pensar numa política pública limpa pro lixo nessas prefeituras, que incluem os três “erres”: redução de lixo, reciclagem, reutilização e ai sim vai pro aterro sanitário aquele lixo que não puder ser reaproveitado, e nesta reciclagem temos que levar em conta o reaproveitamento dos resíduos orgânicos, como produção de biogás, eu tava aqui conversando com o pessoal da PETROBRAS. É uma fonte de energia que hoje tá poluindo, tá comba, tá ou sendo usado pra o aumento do aquecimento global, quando podia tar sendo usado pra produção de energia, fica um desafio pra PETROBRAS pra pesquisas no futuros o trabalho nessas fontes, e ai eu queria dar uma sugestão, até me colocando a disposição do grupo da FEEMA, pra analisar essa parte é sanitária desse empreendimento em relação a essas Prefeituras, que fosse criado o que eu chamaria um parque de tratamento e reaproveitamento de resíduo, a invéns ao invés da preocupação, onde eu vou jogar esse esgoto, na Baía de Guanabara? O que que eu vou fazer com eles? Vou botar um aterro, um emissário submarino jogando lá no meio do mar, uma solução caríssima. Porque que a gente, o lixo é o mesmo problema, o que que a gente pode fazer? Um parque de tratamento e reaproveitamento de resíduos, onde você com tecnologia limpa pode captar esse esgoto orgânico, pode pegar o lixo implantando tecnologia limpas com a política dos 3 erres, re-uso de esgoto, e fazer um reaproveitamento de forma sustentável, gerando emprego e valorizando o meio ambiente, com tecnologia. Isso é possível e é um desafio que o empreendimento pode ajudar nessa solução, é é pregando o problema sanitário com reaproveitamento, é... poluição é desperdício, se esses resíduos é é é essa oportunidade do COMPERJ, pode ser uma oportunidade pra gente mudar, essa metodologia de saneamento, saneamento não é pega esgoto e descartar, vamo reaproveitar esgoto e reaproveitar lixo. O outro aspecto importantíssimo do empreendimento, que o objetivo aqui da da da carta CEDAE, do Sindicato dos Engenheiros, é a preocupação com a água, e é um problema grave, não em relação a PETROBRAS porque ela vai garantir o seu empreendimento de forma sustentável, mas em relação a explosão demográfica a demanda de água. E ai eu quero colocar um ponto que não foi considerado nos estudos, que é.... a parte de água, tá sendo previsto construir uma barragem no Rio Guapiaçu, uma grande barragem, altamente impactante pra garantir o abastecimento de água dessas populações. E existem tecnologias que incluem a regularização espacial de invasões, é muito fácil de entender, o principal manancial da região é o canal de Munana que é onde faz parte o rio Guapiaçu e o rio Macacu, se você vai construir uma barragem em Guapiaçu, ce tá usando o mesmo manancial e isso não é solução sustentável com grandes impactos. 11 Então o que que a barragem faz? Ela segura a água de chuva, pra na época de estiagem ela complementar o abastecimento, se nós implantarmos atuações sustentáveis pra infiltrar a água de chuva a armazenar no lençol freático, você não precisa construir barragem, você pode manter a mesma barragem da CEDAE, que você duplicar ou triplicar a vazão mínima do rio. Tem embasamento técnico e científico nessa tecnologia, ela é ecológica, e não foi estudada, então tô fazendo uma denúncia aqui, essa alternativa não foi estudada, pra que a FEEMA exija novos estudos, em relação ao abastecimento de água. Com relação ao que foi comentado aqui, do da Lagoa de Juturnaíba, nessa, nessa colocação aqui do Sindicato dos Engenheiros, a Lagoa de Juturnaíba já está em processo de degradação, e ela é um manancial alternativo pro futuro pra se houver algum problema de falta de água. Então seria de bom tamanho, se implantarem intervenções para recuperar essa bacia hidrográfica que já esta bastante erodida e machucada, e você vai melhorar a qualidade e a quantidade de água desse manancial alternativo, dando sustentabilidade, é claro que é sempre bem vinda a água de reuso da CEDAE, mas isso é algo que que deve deve se... se avaliado sob aspecto técnico e econômico. E eu daria pra fechar mais algumas sugestões, é... pra viabilizar a parte da sustentabilidade ambiental do empreendimento, que seria a necessidade como medida é... como medida compensatória da PETROBRAS, de se implantar um monitoramento hidrométrico e de qualidade de água não só do Rio Caceribú, mas dos rios Macacu e Guapiaçu que são os mananciais de água da região que tão ali do lado. Isso é fundamental pra você coltrolar esses mananciais e isto, à principio, é.. não está sendo previsto, então seria uma medida compensatória de bom termo pra você conhecer a quantidade de água e a qualidade e principalmente pra controlar a degradação, porque com o tempo pode haver degradação. Se vocês monitoram esses mananciais, você vai começar a a de a de detectar que um desmatamento tá piorando a qualidade de água, tá aumentado as vazões, tá diminuindo as vazões mínimas e você pode controlar, mas se não monitorar, você só vai saber o dia que faltar água. E tem que monitorar to to dando como sugestão também é... que se implante um monitoramento aerofotogramétrico permanente pra se avaliar o a uso e ocupação do solo pra você coibir ocupações desordenadas e desmatamento que podem ocorrer na região. Então tem que tá previsto, porque é uma forma efetiva de controle, então, é... o reflorestamento é.. que a PETROBRAS. É a ultima. ANTÔNIO GUSMÃO Da licença só um instantinho. Vamos tentar responder por parte, senão vai dar uma embolada. ADACTO OTTONI - CREA Mas só falta a ultima. Eu sugeriria o reflorestamento também da nascendo do rio Guapiaçu e Macacu e da faixa marginal de proteção com é.... com controle de erosão do solo e aumento de filtração de água. São medidas baratas, que a PETROBRAS vai dar mais água pra região e valorizar também o seu empreendimento. Brigado, e desculpe ai, Gusmão. ANTÔNIO GUSMÃO Nada, obrigado. (aplausos). Professor quando começa a dar a aula é um problema, né? Que vai, vai embolando... E nós vamos então, Luis, Luis Alfredo, pode fazer um comentário em relação à questão da água, principalmente? Que temos aqui outro bloco sobre água também. Meio biótico, a turma tá preocupada em relação à utilização de água. 12 LUIS ALFREDO CRUZ Vai tratar todos os assuntos de água agora? ANTÔNIO GUSMÃO É, vamos tratar. Pode respondendo que as perguntas tão aqui também. LUIS ALFREDO CRUZ Eu vou passar aqui pro Gemal pra ele responder essa parte de água, que ele vai com certeza esclarecer mais. JOSÉ ALBERTO GEMAL Boa noite a todos. ... eu fico satisfeito com a... com as colocações do companheiro da mesa aqui que mostra um... não só conhecimento, como uma preocupação bastante legítima. Ocorre apenas que é.... o EIA na verdade trata a questão das várias opções através de um estudo feito pela COPPE / UFRJ que avaliou 8 opções de água. Deixa eu terminar por gentileza. Você teve bastante tempo de falada, deixa eu conseguir transmitir um pouquinho também. ... nós tivemos um grande esforço, foram 8 opções, que eu, Professor Canedo, Paulo Canedo analisou e não há nenhuma decisão no EIA com relação à questão da água, seja ela do filtro, do Guandu, como o pessoal do sindicato dos engenheiros corretamente coloca, aproveitar a água de retrolavagem, que vem dos filtros do Guandu é uma opção importante. A gente tá desperdiçando essa água hoje. Da mesma maneira, o Jurtunaíba tá meio abandonado até hoje, tem uma, um potencial muito maior. Nós analisamos inclusive com o auxilio da COPPE ou UFRJ até opções de dessalinização ou de pegar água no Paraíba. O que é importante dizer aqui é o seguinte: não há uma decisão no momento, Essa é uma decisão política, como eu disse ai no audiovisual, a questão da água na região metropolitana tem que ser resolvida nessa escala, não vai se resolver isso por sub-bacia. Não há água disponível na bacia do Macacu, Caceribú, Guapiaçu, Guapimirim para a população nos próximos 50 anos. Não existe essa possibilidade com o conhecimento tecnológico de hoje. Isso não é afirmado por mim, é afirmado pelo professor Paulo Canedo. Nós temos projeções demográficas independentemente do COMPERJ. O mesmo se aplica à região metropolitana do Rio de Janeiro, que hoje só tem água, porque nós pegamos 160 metros cúbicos por segundo de outra bacia, do Paraíba do Sul. Então nós temos que pensar a questão da água de fato, em termos metropolitanos, usando competência, sobretudo competência e integridade. E a decisão, é uma decisão que tem que passar por uma visão política do desenvolvimento do Estado, não é uma decisão do COMPERJ, não é? Eu to falando aqui é é em nome ... da equipe do EIA que tem suas recomendações fortes, inclusive a reutilização do esgoto, como é feito nos países desenvolvidos, como é feito já em São Paulo. É... pur... pra água de resfriamento, de modo que não procedem as colocações sobre água, embora obviamente sempre seja possível imaginar um aprofundamento, um desenvolvimento tecnológico em qualquer uma das 8 opções. Com relação à questão do lixo, com relação à questão que ele não mencionou, mas é o transporte de massa, é a questão dos equipamentos de saúde, é toda a questão da sustentabilidade social e ambiental do empreendimento, numa região que tem carências, numa região que tem, sofre como a região metropolitana periférica toda, uma uma dívida social histórica, não é? Isso não vai se resolver com um empreendimento. É pra isso que tem o Fórum COMPERJ, que reúne as entidades que podem financiar e promover um investimento na infra-estrutura necessária, já existe a agenda 21, existe o CONLESTE e existe uma nova consciência do setor público, que eu espero que todos nós, o Ministério Público, o CREA venham 13 fortalecer cada vez mais. Que consciência é essa? É a consciência de uma ação planejada, integrada, em cima de planos setoriais de desenvolvimento que fazem sentido. Eu vou investir em habitação, aqui transporte de massa não pode ir pra o outro lado e assim por diante. ... eu acho que essas colocações não eximem a conclusão. O estudo de impacto ambiental do COMPERJ não está aqui pra ser comentado com relação à questão de suprimento de água. A questão do suprimento de água vai merecer um EIA/RIMA específico em cima da decisão política que será tomada e que deverá levar em conta o interesse de toda a população do Estado, não apenas da região de influência direta ou indireta do COMPERJ. (aplausos) LUIS ALFREDO CRUZ Só pra completar, ... e respondendo ao nosso amigo do CREA, é... a hidrologia em relação ao Macacu e o Guapi. É... Macacu, ela tá prevista, inclusive já foi ate feita durante o estudo do EIA. Em relação à revegetação das margens, é.. desculpa... das cabeceiras dos, no caso dos Macacu e do Guapiaçu, essa sugestão apareceu ontem lá em Cachoeira de Macacu e ela foi perfeitamente entendida por todos e pela FEEMA, inclusive foi considerada como uma boa medida para a recuperação desses rios de uma maneira geral. ANTÔNIO GUSMÃO Quer dizer, uma pergunta ai ainda sobre esse tema muito interessante e que não poderia deixar de ser, de onde veio, da ONG ECO Marapendi, da Caroline é: em épocas de estiagem, como o empreendimento pretende captar água? Hein, Luis? Desculpe. Veio uma pergunta da Caroline da ECO Marapendi assim: em épocas de estiagem, como o empreendimento pretende captar água? Se há alguma, se há alguma idéia, se o RIMA já contempla a possibilidade de captação de água em época de estiagem. LUIS ALFREDO CRUZ Bom, é... vamos esclarecer um ponto, acho que fundamental, né? A a outorga da água não é do COMPERJ e não é da PETROBRAS, ela é do Governo do Estado e o Governo do Estado é que define essa utilização do manancial hídrico, né, e as estiagens elas vão acontecer tanto pra população quanto pro... para o COMPERJ e é por isso que o COMPERJ tem que ser colocado junto com uma solução global porque a estiagem vai acontecer pra ambos, “seje” pro COMPERJ, “seje” para a população e é por isso que foi dito aqui que esse assunto da questão da água, tratamentos relativos à estiagem, a época de grandes chuvas e arraste de sedimentos, e etc. milhares de assuntos em relação à água será objeto de um outro estudo de impacto ambiental onde o que é fundamental, o que a equipe do EIA/RIMA colocou, ne, essa questão para a PETROBRAS estar dentro do EIA, é que o COMPERJ não poderia vir para esta região carente de água, sem que fosse um elemento indutor, ou seja, fosse um elemento que que fizesse, que essa solução que hoje, todos aqui presentes e em todas as Audiências, desejam, querem e anseiam, seja efetivamente tomada, o que quer dizer, o COMPERJ é o embrião, e aquilo que vai suscitar a discussão acalorada inclusive com o governo do Estado, com as Prefeituras, com a CEDAE e com a sociedade civil de maneira com que essa solução nao “seje” boa para o COMPERJ, ela “seje” boa para o COMPERJ e “seje” principalmente boa pra comunidade, pra sociedade de uma maneira geral, então essa discussão vai vir a posteriori. 14 ANTÔNIO GUSMÃO Em relação à água ainda, há um questio... uma pergunta. E foi entregue um documento também da da COPEBIO, assinado pelo senhor Ovídio Simas, Cooperativa de Aqüicultores e Produtores Rurais. É... a idéia de se fazer uma cooperativa pscicultura e ele propõe no final de seu documento, fazer o registro aqui. Onde é que tá o senhor Ovídio? Que seja disponibilizada lâminas de água da represa para a criação de peixes em tanques e a fomentação de uma fábrica de ração que sustente o programa de desenvolvimento de aqüicultura no Rio de Janeiro. Então, importante esse seu documento. Por favor. Vai ser anexado aqui também ao nosso processo. Platéia – Ovídio Simas Ferreira – Morador de Duque de Caxias (microfone baixo) Alô. Sabedor dos objetivos do programa de desenvolvimento da aquicultura, que a PETROBRAS tá falando COMPERJ, considerando, tá, a avaliação do Plangás, considerando que o município de Caxias está hoje na na o Conselho Comunitário, considerando, né, que a diminuição da atividade pesqueira no Rio de Janeiro, considerando o alto risco das altas situação.. ah.. ração, considerando a marginalidade da pesca na no... é... no Considerando a marginalidade na Represa Tinguá, hoje que a pesca lá é feita é... clandestinamente, eu proponho, né, que seja liberado a lâmina d’água da Represa do Garrão, e a fomentação de uma fábrica de ração pra aqüicultura no geral. ANTÔNIO GUSMÃO Muito Obrigado, senhor Ovídio (aplausos). Deixa aqui na mesa que vai ser protocolado. ... O senhor pode aguardar que a gente leva pro Senhor. ... uma pergunta aqui da nossa colega Luzia de Nova Friburgo, cadê a dona Luzia? A turma que veio de Nova Friburgo. Ela gostaria de saber se vai ser feita a inscrição de capacitação lá no correio de Nova Friburgo. Vocês podem dar essa informação à ela, Rodrigo? A dona Luzia veio de Nova Friburgo, tá aflita com essa informação. RAFAEL EIRA É... qual é o nome da senhora? Me desculpe. Luzia, dona Luzia, é.. com relação às inscrições do processo seletivo do Centro de Integração, essas inscrições elas podem ocorrer através da internet, né, no site da CESGRANRIO, no www.cesgranrio.org.br , ou nas agências dos correios dos municípios pertencentes ao CONLESTE, ta, então a senhora perguntou de Nova Friburgo e Nova Friburgo hoje não é um município que pertence ao Consorcio Leste Fluminense e as inscrições, elas ocorrem dentro dos 11 municípios dentro do Consorcio Leste Fluminense. ANTÔNIO GUSMÃO Os alunos da Faculdade que estão presentes aqui. Cadê a turma da Veiga de Almeida? Essa turma toda aÍ? Cês fazem curso de engenharia, é isso? Eles tão querendo saber, exatamente na área de atuação deles, quais seriam as oportunidades de trabalho, não é isso? E como é que vocês poderiam levar algum informação lá pros colegas em relação à oportunidade de trabalho no COMPERJ. VICTOR PAIS É... com relação à área de engenharia, eu, é... quando a gente fala num empreendimento como esse, ... na realidade nós estamos falando em oportunidade de trabalho em todos 15 os níveis. Tanto nos níveis técnicos, como básicos, como nível superior. ... o empreendimento que tem é... um porte como esse, ele praticamente ele... necessita de de profissionais em quase todos os... todas as competências na área de engenharia, economia, contabilidade, praticam... administração, direito, então todas as áreas onde você necessita de competências de nível universitário, de nível superior, você vai ter obviamente uma.. desenvolvimento dessa necessidade de de pessoas capacitadas nesses, nesses níveis. E em engenharia naturalmente será um dos maiores, porque o empreendimento, em todas as suas fases, necessita de todos os tipos de competência na área de engenharia. Engenharia mecânica, civil, elétrica, eletrônica, química, porque você tem todas... tem necessidade num projeto como esse, de pessoas qualificadas em todos os ramos de engenharia e obviamente esse esse esse projeto, é... vai necessitar dessas competências, não só no projeto em si, mas em todas as empresas que vão flutuar e vão ser contratadas para para trabalhar, para fazer ações e serviços nesse projeto, como empreiteiras, como empresas fornecedoras de equipamentos, fornecedoras de serviços e inclusive na própria operação da planta. Quer dizer, no futuro quando a planta tiver operando, você vai precisar de engenheiros de manutenção, engenharia de manutenção em todas as áreas. Elétrica, civil, mecânica, eletrônica, o que tiver em termos de ramo de engenharia. E na área de engenharia também de processamento, engenharia química, engenharia de produção, ambiental. Então nós teremos é... uma demanda por pessoas capacitadas nesse nível, muito grande. É... pra vocês terem uma idéia, um dos problemas que tá ocorrendo na evolução do desenvolvimento do PAC, que o Governo implantou, é justamente uma das preocupações que existe é justamente a possibilidade de falta de mão de obra qualificada em todos os níveis, inclusive no nível superior. Se vocês imaginarem que só a PETROBRAS tem um plano de, um plano de investimentos de cerca de 15 bilhões de dólares nos próximos 15, nos próximos 5 anos, quer dizer, 15 bilhões de dólares por ano e ele ... a PETROBRAS é uma das empresas do país que está investindo nessa área, vocês imaginam a quantidade de investimentos que o país está, estará fazendo nos próximos anos. Então esses investimentos vão levar a que a demanda por pessoas capacitadas cresça ... cresça de forma estrondosa a ponto de haver uma preocupação de que haja estrangulamento no que diz respeito à disponibilidade de de pessoas qualificadas. É.... não só ... na área de qualificação como também na área de fornecimentos e serviços. Então, pessoal, eu diria pra vocês é que oportunidades vão existir e vão aparecer nos próximos anos. Se nós levarmos em conta justamente essa esse nível de recursos que será colocado no país nesses próximos anos. Eu to falando o seguinte: o COMPERJ é um dos planos, dos programas do PAC, apenas um, quer dizer, a quantidade de programas e investimento do PAC é muito maior que o do COMPERJ, então vocês imaginem a quantidade de profissionais que será demandada nos próximos anos. Então eu acho que, eu diria que o pessoal que tá se preparando agora é.. deve se preparar mais ainda, mas eu acredito que esse pessoal possa começar a ficar mais tranqüilo porque a demanda por pessoal capacitado vai crescer e muito. ANTÔNIO GUSMÃO Muitas perguntas foram em relação ao tema de qualificação de cursos, de preparação pras pessoas que estão interessadas em alguma oportunidade. E eu passarei essas perguntas aqui pros colegas da PETROBRAS, basicamente as perguntas giram nas seguintes situações: vai haver curso em São Gonçalo? De capacitação das pessoas? Como essas pessoas podem se inscrever? O Wagner, por exemplo, disse que passou na prova, mas só pode fazer o curso à noite. A pessoa pergunta: é confiável a promessa de empregos, a população pode acreditar? Quais os critérios para a seleção das pessoas? 16 Será que vai haver empregos para deficientes físicos? Há algum percentual já programado? E quem fizer o curso, terá uma garantia de vaga ou vai ter que trabalhar na PETROBRAS? Há algum comprometimento? E quando começarão os cursos? Aí seria o primeiro bloco dessas perguntas relativas à curso. RAFAEL EIRA É... com relação às inscrições dentro do processo seletivo do Centro de Integração, o Centro de Integração vai tá capacitando aqui na região 30 mil profissionais, né? As inscrições pra participar do Centro de Integração, elas ocorrem é.. em meados do ano. Ano passado houve uma inscrição no mês de maio, junho e julho, né, provavelmente nesse ano também vão ocorrer no mês de maio, junho e julho, então essas inscrições, elas ocorrem através da internet, como eu falei, no site da Cesgranrio, que é o www.cesgranrio.org.br ou através das agências dos correios dos 11 municípios do Consorcio Leste Fluminense, São Gonçalo é um dos municípios que fazem parte desse desse consórcio. Uma outra pergunta é se vai ter curso em São Gonçalo? Os cursos já estão acontecendo aqui em São Gonçalo, hoje já temos 200 alunos qualificados aqui em São Gonçalo, outros 440 em andamento e faltam 860 pra esse primeiro ciclo, tá? Então esse primeiro ciclo, a gente tá qualificando 3 mil profissionais dentro de seis categorias profissionais e nos próximos 4 ciclos vamos estar qualificando 27 mil profissionais dentro de toda região. Aqui em São Gonçalo, os cursos que já, já tão ocorrendo são os cursos de eletricista, encanador, pedreiro e pintor, armador e carpinteiro. Então esses cursos já estão ocorrendo em algumas escolas aqui do Município de São Gonçalo. Com com com relação ao período dos cursos, os cursos eles ocorrem ou na parte da manhã ou na parte da tarde. Hoje nós não temos cursos na parte da noite. Com relação a vagas pra portadores de necessidades especiais, dentro do primeiro ciclo, qualificação profissional, 5% das vagas foram destinadas às pessoas com necessidades especiais e com relação à garantia de emprego, né, então fazendo o concurso pro Centro de Integração, estando capacitado dentro do Centro de Integração, não existe a garantia de emprego dentro do complexo petroquímico do Rio de Janeiro, mas todas as competências e habilidades requeridas pela PETROBRAS são desenvolvidas com esses profissionais, pra que eles possam disputar de igual pra igual, uma vaga de mercado com outro profissional tão bem qualificado quanto ele. Então, do mesmo jeito que não tem uma garantia de emprego pra trabalhar no complexo petroquímico, ele também não pré... não tem uma uma exigência da PETROBRAS que ele tem que ficar à disposição da PETROBRAS. Essa pessoa, ela hoje em dia já está sendo extremamente é.. cobiçada no mercado de trabalho. No vídeo que o Victor apresentou, já mostrou algumas pessoas que foram qualificadas dentro do Centro de Integração que já estão trabalhando, né, então aqui, bem próximo da gente, nós já já temos a construção do prédio, do Centro de Integração que vai ficar aqui em frente ao SESC, então, o prédio, as obras estão em andamento aqui no, no município de São Gonçalo e diversos alunos que fizeram o curso dentro do Centro de Integração já estão trabalhando na obra que tá sendo desenvolvida pela PETROBRAS. Eu acho que esse primeiro lote, já deu. ANTÔNIO GUSMÃO É...As pessoas perguntam também em relação à oportunidade pra jovens, não é? Entre 16, 20 anos em relação à aproveitamento de mulheres e também pra pessoas de uma faixa etária mais avançada e também para quem já está há algum tempo sem participar do mercado de trabalho, então o questionamento, a aflição das pessoas, inclusive aqui, o senhor Maury Cunha alega, sendo o município com mais de um milhão de pessoas, os São Gonçalenses precisam de maior participação no mercado de trabalho. É uma 17 reivindicação do nosso colega, Maury. Cadê o Maury Cunha? Obrigado pela participação. E se a capacitação vai continuar, né, seu Maury, depois do empreendimento em operação. Que que a gente pode responder nisso ai, Rafael, por favor. VICTOR PAIS Eu vou começar pelo final, a responder pelo final, depois eu vou passar pro Rafael pra ele continuar a falar sobre sobre os outros itens. É... Amaury, né? Amaury? É... o que a gente diz é o seguinte, tenho dito que a idéia de que nós vamos capacitar 30 mil pessoas, que é a necessidade que nós vamos ter ao longo da implantação do empreendimento, na realidade é apenas uma mentirinha, por que? Porque na realidade se tudo isso der certo, e eu tenho certeza que vai dar, que nós vamos treinar 30 mil pessoas e muito mais, não há duvida que um...projeto desse dando resultado, ele não pára mais. Certamente ele vai continuar funcionando pro futuro, porque se as empresas que se implantarem na região também necessitarem de desenvolver capacitação, elas vão usar também essa essa base que já está implantada pra capacitar pessoas pro resto do... pro resto dos tempos. Então na realidade, nós implantamos o projeto com uma visão de 5 anos, porque nós sabemos que que nós temos uma necessidade para os próximos 5 anos. Mas, na realidade, essa esse projeto ele vai durar, eu diria pra você eternamente, porque uma coisa que dá resultado ninguém vai mais parar de de utilizar. Então eu diria pra você o seguinte: nós vamos trinar é muito mais que 30 mil pessoas, ao longo da história, tá ok? ANTÔNIO GUSMÃO Pois não? Platéia - Maurei Cunha – Funcionário da Pref. De São Gonçalo Só questionei a respeito, porque veja bem, quanto mais próximo o funcionário da empresa, melhor remanejamento dele, melhor constância dele no setor o qual trabalha. ANTÔNIO GUSMÃO Muito obrigado, Seu Maury, boa noite pro senhor. VICTOR PAIS Só pra... deixa eu só complementar, só pro senhor ter uma idéia, o terreno que a prefeitura é.... nos disponibilizou em comodato para a construção do Centro de Integração, ele é um comodato de 50 anos, então se já viu que esse negocio vai durar muito mais que que 5 anos. Platéia - Maurei Cunha – Funcionário da Pref. De São Gonçalo Não existe futuro, sem a prevenção, sem o “pranejamento” no presente. E é com a jovem de hoje que eu to preocupado com o amanhã. ANTÔNIO GUSMÃO Obrigado Seu Maury, nós que não completamos a resposta dos jovens e mulheres. RAFAEL EIRA É vamo completar, isso... com relação a participação dentro do processo seletivo, então dentro do processo seletivo, não existe uma idade no, máxima, pra pra participar, então, pessoas na faixa etária de 40, 50, 70, 80 anos, elas podem participar do processo seletivo, pessoas que hoje não tem carteira assinada, estão desempregadas, elas são 18 muito bem vindas dentro do do Centro de Integração, e aqui depois vale um comentário, a PETROBRAS tem um processo seletivo dentro da refinaria da da REVAP e boa parte das pessoas que foram qualificadas, dentro desse processo seletivo, quando eles começaram a qualificação profissional, eles não tinham a carteira assinada, e hoje, após a qualificação desses profissionais, 90% desses profissionais, hoje, tem a sua carteira de trabalho assinada. É... com relação a mulheres, né? então dentro do processo coletivo não existe nenhuma distinção entre a participação de homem, homens e mulheres, dentro desse processo seletivo, né? então mas se vocês me perguntarem dentro desse dessa primeira fase, as seis categorias profissionais foram categorias mais masculinizadas, né? Pedreiro, carpinteiro, montador de andaime, mas tivemos ótimas pessoas que foram qualificadas do sexo feminino, como por exemplo a Cláudia Nunes, né? que tava participando do vídeo que o Victor apresentou, a Cláudia Nunes, ela foi uma das pessoas mais bem qualificadas dentro do processo seletivo, ela foi, se formou, dentro do do Centro de Integração como pedreira, trabalha na obra do prédio do centro de integração, e ela foi a primeira mulher com carteira assinada do município de São Gonçalo. Com relação ao critério de divisão de vagas, a preocupação do Maury com relação São Gonçalo se o município com o maior número de habitantes, o critério de divisão do das vagas, de qualificação, exatamente pelo número de vagas do IBGE, então, se aqui na região do leste fluminense, da região do CONLESTE, nós temos aproximadamente duas milhões de pessoas e sendo que um milhão fica aqui em Ita... em em São Gonçalo, metade das vagas são destinadas ao município de São Gonçalo, tá? se três mil vagas foram oferecidas dentro desse primeiro ciclo, mil e quinhentas foram destinadas aqui ao município de São Gonçalo. E com relação ao programa Jovem Aprendiz, o aproveitamento de mão-de-obra da faixa de 16 a 17 anos, a PETROBRAS tem um programa interno chamado Jovem Aprendiz, que é exatamente pra facilitar o emprego das pessoas entre na faixa etária de 16 a 17 anos, então 5% da força de trabalho da PETROBRAS nas suas unidades operacionais, são com profissionais dentro dessa faixa etária. ANTÔNIO GUSMÃO É... Rafael, o pessoal tá perguntando também, em relação a bolsas, por que ainda não há bolsas pra gente no projeto petroquímico? A pergunta do Edson. Jéferson também, por que não, porque do curso petroquímica ainda não ganhamos ajuda de custo? E o Leonardo Pereira também faz a mesma pergunta. Dá pra esclarecer ai? Dizer se esse essa dúvida? RAFAEL EIRA Não, perfeito. Dentro de todo processo seletivo, dentro de todo processo de qualificação profissional, é... o único momento que o candidato tem que desembolsar um recurso, é no momento da inscrição, dentro do primeiro processo seletivo, a taxa de inscrição foi de 18 reais, e a partir disso todo todo o curso é de forma gratuita, então ele não paga nada pelo curso que ele tá recebendo, pelo material didático que é disponibilizado no primeiro ciclo por conta do SENAI, e também com com as roupas, algumas pessoas que tão aqui já tão até com as roupas ai do Centro de Integração, nós temos dois alunos ali no lado direito do palco, né, mas com relação à bolsa, né. Hoje o Centro de Integração, ele não não tem recurso, dotação orçamentária pra pra pra essas bolsas, então a gente vem buscando junto com os órgãos competentes, como por exemplo a ANP que é a Agência Nacional do Petróleo, pra que a gente possa buscar essas bolsas pra pra que a gente tenha uma menor, é, um menos número de de saída dos alunos por conta da dificuldade de locomoção desses alunos pra ... pros cursos. Então, hoje não existe bolsa 19 dentro do primeiro processo seletivo, mas a PETROBRAS vem estudando junto com a Agência Nacional de Petróleo possibilidades de tá implantando bolsas pros próximos ciclos de qualificação profissional do Centro de Integração. ANTÔNIO GUSMÃO Muito obrigado, então. Nós recebemos também alguns questionamentos. Acho que é pro Rodrigo, pro Rafael também e pro Professor Victor, sobre pesca. É um outro item também que é muito muito, que gera muita preocupação na sociedade, na comunidade. Associação Livre de Agricultores, Pescadores, Amigos do Mar, representada aqui pelo seu presidente, o nosso amigo Vilmar pergunta: Venho através desta pergunta, informar aos parceiros da PETROBRAS que ao perceber, os nossos companheiros pescadores hoje têm dificuldade de pescar em locais que já foram de pesca mais farta e já estão procurando outras alternativas para sobrevivência. Pergunto: a PETROBRAS garantirá apoio aos pescadores? E ainda, o Mário Eugênio Lopes, de Jurujuba: a diretoria da PETROBRAS pesca COMPERJ, será que terá apoio aos pescadores? Existe a possibilidade da PETROBRAS patrocinar ... elementos para despoluir a Baía? Existe a possibilidade de acabar a pesca predatória na Baía? E como ficará a pesca na Baía após o empreendimento? São duvidas, questionamentos basicamente no sentido do apoio aos colegas que sobrevivem da pesca na Baía de Guanabara. RODRIGO PIO Obrigado pelas perguntas. É ... meu nome é Rodrigo, é... a Associação Amigos do Mar pergunta se o COMPERJ tem projetos. O COMPERJ tem projetos para os pescadores. Vamos entender hoje que a... o COMPERJ que tá aqui nessa mesa, e a PETROBRAS tá aqui pedindo essa licença, é um empreendimento terrestre. A gente está a aproximadamente, 15 quilômetros da Baía da Guanabara. Mas isso é hoje, né. Daqui a pouco a gente vai voltar aqui pra licenciar o duto, a base, né, como o Dyrton colocou. A gente vai voltar aqui pra licenciar o sistema de esgotamento, ai o COMPERJ vai tá mais próximo, né, nesse processo de licenciamento dos pescadores, mas hoje, mesmo que o nosso empreendimento seja terrestre, nós já estamos querendo nos aproximar dos pescadores, e vamos entender por que. O COMPERJ vai gerar muito emprego, muita oportunidade, muitas vagas pra trabalho. E o que que isso provoca na nova geração da pesca? Pode provocar o desinteresse da nova geração pela atividade da pesca. E a atividade da pesca, ela é tradicional. O que é uma atividade tradicional? Ela vem de uma tradição, então, ela existia antes da gente estar aqui e ela vai ter que continuar a existir depois que a gente for embora. Então pra fortalecer a pesca como atividade tradicional e fazer com que as pessoas que hoje estão labutando lá na pesca, tentando ganhar o seu seu seu seu dinheiro e sustentar suas famílias, continuem lá e se quiserem vir trabalhar no COMPERJ, são muito bem vindas, mas por opção, e não por falta de opção. Nossos projetos então são: nós temos um projeto de reflorestamento do manguezal, não é? E e dos rios, das matas ciliares. E esse projeto então vai gerar muito mais peixe que, os pescadores sabem muito melhor do que nós aqui, que o peixe vem do mangue, né, o peixe nasce no mangue. Ele é capturado na água, mas ele nasce no mangue. Então o COMPERJ vai investir dezenas de milhões de dólares na recuperação das unidades de conservação que vocês conhecem bem, as mais importantes aqui próximas são a estação ecológica da Guanabara, a APA de Guapimirim, isso vai melhorar o estoque pesqueiro. Mas isso não é suficiente, pro pescador continuar fiel a atividade da pesca, ele precisa melhorar a sua capacidade de comercializar esse pescado, ele tem que ser mais ágil na comercialização desse pescado, e ele também tem que ter as informações do 20 monitoramento, ele tem que saber se a pesca tá melhorando se tá diminuindo, senão a gente vai ficar naquele “achismo”, né? Acho que esse mês tinha mais peixe, mês passado tinha menos, então a gente vai monitorar a atividade da pesca, fazer um programa de avaliação da sustentabilidade pesqueira e vamos investir com os pescadores em mecanismos de comercialização, ai tem dois: tem o mecanismo de comercialização que é mais eletrônico, que é baseado na tecnologia da informação, é o famoso mercado virtual da pesca, é um projeto pequeno mas a gente tem certeza que vai ajudar muito ao pescador é... vender mais rápido o seu peixe, com menos atravessadores, fazer a sua comercialização em melhores condições. E também, o COMPERJ deseja participar da solução coletiva que pode levar a um mercado firme, mercado é... fixo de pesca. A gente também tá interessado de participar dessa solução. Nós também temos outro projeto de pesca, que é um projeto de aquacultura, ele é realizado, é... não na Baía da Guanabara ou no oceano, mas ele é realizado em cavas, cavas principalmente de areia, lugares que foram degradados por atividades extrativas, então nós temos um projeto de avaliar onde é que a gente poderia ajudar a implementar projetos de pesca em lagos artificiais, já que eles existem na região. Então é isso. Não é muito ainda, mas a gente vai voltar aqui com outros projetos mais próximos de vocês, da Baía da Guanabara. Aí também a nossa, as nossas ofertas, as nossas idéias de colaboração vão aumentar também, mas nós temos certeza é que com isso nós estamos mitigando o risco identificado hoje. Pescador precisa continuar pescando e a gente precisa de trabalhadores. A gente não quer estabelecer esse conflito, tá? Queremos os nossos trabalhadores na nossa obra, mas queremos ajudar o pescador a continuar pescando. Essa é a filosofia desse licenciamento ambiental, desse empreendimento terrestre, tá? ANTÔNIO GUSMÃO É... as pessoas que participam da Audiência, ela têm uma expectativa de que todos os seus anseios, ne, as suas dúvidas, as suas aflições sejam atendidas. Muitas perguntas chegam aqui no sentido: e como é que vai ser feito o transporte de massa em relação ao impacto viário proveniente do aumento da população nesses municípios, né? Vai ter um aeroporto? Vão ter novas rodovias? O transito em São Gonçalo já é um transtorno, como colocou aqui o colega, quer dizer, essas perguntas relativas à transporte de massa, se vai haver um metrô, se vai ter aeroporto, não é? Se vai haver uma rodovia, uma uma nova rodovia. Se vai ter alguma recuperação, implantação de malha ferroviária. Isso tudo faz parte do envolvimento, né, em relação ao projeto do COMPERJ. Não cabe à PETROBRAS fazer estradas, fazer aeroporto, fazer metrô. Isso é uma atribuição do Estado, da da... não é uma atribuição da PETROBRAS. Mas, eu acho que o Rodrigo podia fazer um comentário. Cadê o Rodrigo? Podia fazer um comentário em relação, se já houve algum contato ou se existe alguma coisa ai em em andamento, como é que pode atender essa preocupação das pessoas, até pra elas saberem exatamente, hum.. como tá evoluindo... como estão evoluindo essas questões, por favor, Rodrigo. RODRIGO PIO Muito bem, Com relação à... vamos ser claros com vocês. Uma obra causa transtornos, né? Quando a gente transporta caminhões numa estrada, a gente acaba estragando um pouco a estrada, não é? Gente acaba atrapalhando o trânsito, a gente faz barulho, né? Então contem com a PETROBRAS pra depois que a gente passar com os caminhões na estrada, pra gente deixar a estrada igual ou melhor do que ela estava antes. Conte com a PETROBRAS pra melhorar a sinalização do tráfego na hora que a gente estiver 21 passando com os nossos caminhões. Conte com a PETROBRAS pra manter a qualidade do ar, daqueles caminhões que passam empoeirando ... Conte com a PETROBRAS pra tudo isso. E conte com o Projeto do COMPERJ pra aumentar o produto interno bruto dessa região em seis bilhões de reais no ano de 2015 com relação ao cenário em que o COMPERJ não vai se instalar. O projeto do COMPERJ resulta nisso, de acordo com os estudos da Fundação Getulio Vargas e a revisão que a CONCREMAT fez deles. São em torno de seis bilhões de reais que o produto interno bruto, que é a riqueza dessa região aqui e no na é uma região, inclusive não tem em Niterói não tá, nesse numero, tá? è São Gonçalo, Tanguá, Rio Bonito, Cachoeira de Macacu, Itaboraí. Aumenta seis bilhões de reais no PIB dessa região em 2015 com relação à situação que continuaria, com um desenvolvimento acelerado, né, o Brasil tá crescendo bem e vocês aqui, em São Gonçalo continuariam crescendo sem o COMPERJ. Só que o COMPERJ, vocês continuariam crescendo assim, a economia da região. O COMPERJ num certo momento, ele faz isso aqui, ó! E você cresce muito mais rápido. É riqueza isso, geração de impostos. A arrecadação de impostos aqui, segundo os estudos também da Fundação Getulio Vargas, e revisados pela CONCREMAT, concluem que a arrecadação do ICMS, que é o mais importante imposto estadual, vai aumentar quatro vezes, só nesses municípios, tá, tira Niterói. Em Niterói vai aumentar também, mas essa conta foi feita com São Gonçalo, Itaboraí, Cachoeira de Macacu, Rio Bonito, Tanguá, tá ok? Guapimirim. Então vamos enriquecer juntos. Vamos enriquecer juntos. A região vai enriquecer e os impostos vão aumentar muito. Agora, quais são os anseios da sociedade? Eles se refletem talvez nas perguntas aqui. Algumas pessoas podem querer o aeroporto, outras podem estar preocupadas se vier um aeroporto. Algumas pessoas querem estradas, mas algumas pessoas precisam do metrô. É uma discussão super importante, ela tem que existir e isso vai ser feito com os impostos que nós já pagamos e com os impostos que o COMPERJ vai vir e também vai pagar. Então, se isso tudo vai acontecer, eu não sei. A única coisa que eu tenho certeza, é que o poder público dessa região vai ter muito mais capacidade e dinheiro pra trabalhar do que tem tido até hoje, tá? Isso, os estudo que nós fizemos concluem de maneira inequívoca. Essa região vai enriquecer, e os impostos vão aumentar, e algumas dessas coisas que vocês estão pleiteando, podem acontecer sim. ANTÔNIO GUSMÃO Pode falar, pode falar o senhor. Platéia - Mario Eugênio Lopes – Ass. De Pescadores de Jurujuba Companheiros, eu queria só voltar um pouquinho a questão da pesca... (olha o som ai! Qual o seu nome amigo?) Meu nome é Mario Eugênio, eu sou da Associação dos Pescadores de Jurujuba, faço parte do (?) COMPERJ, sô, fui eleito pelas comunidades pra representar na câmera de (?) de pesca, então gostaria de fazer uma colocação. Eu quero ser bem claro, que nós pescadores, não estamo pedindo migalha pra PETROBRAS, nós queremos ser parceiro, nós vamos produzir alimento e a PETROBRAS e a empresas que vão se instalar lá dentro desse complexo, eles vão precisar de alimento, então nós somo produtor de alimento, nós queremos uma parceria onde dois lados ganham ou perca, o nosso trabalho é de pesca, pede que possamos trabalhar e ser grandes em nosso trabalho e que podemos produzir alimento e esse alimento ser ser fornecido pras empresas que vão estar com sua li, é... instalados lá no complexo. Então já estamos sentando com a pe PETROBRAS algumas coisa estamo discutindo, e dia 11 vamo estar junto outra vez, e eu o que nós queremos é ser parceiro 22 não vamos pedir migalha, não queremos migalha, nós queremos ser parceiro onde nossa profissão seja reconhecida por todos vocês. Muito obrigado. (aplausos) ANTÔNIO GUSMÃO Algum comentário? RODRIGO PIO A PETROBRAS também quer ser parceira, é uma é uma aproximação muito importante, e nós estamos satisfeitos. ANTÔNIO GUSMÃO Pode falar. Qual o seu nome? Platéia – Cláudio Zuma – Morador de Rio Bonito É... boa noite meu nome é Cláudio, sou morador da cidade de Rio Bonito. Tenho vindo aqui nas reuniões públicas. É... hoje é a quarta vez que eu venho, porque já aconteceu mais três. Só que, em cima disso, ... o nosso amigo falou ali, o nosso amigo acabou de falar. Conte com a PETROBRAS, mas tem uma coisa que eu não vi. É.. nem ajuda de custo no curso que você que.. queria fazer, teve que pagar dezoito reais. Ontem eu vi uma pessoa fazê uma pergunta lá, é... onde que teve a sessão pública, que poxa, da onde vai vim o cimento, poxa, pessoa altamente inculta, tudo bem, que gosto, a mesma pessoa tava do meu lado achou incrível o ventilador jogá água. Achou aquilo maneiro, esse ventiladorzinho jogá água. A pessoa fez essa pergunta. Eu sei que hoje tá em jogo aqui é a o EIA/RIMA, é o estudo de impacto ambiental. Poxa, a gente, nós somos incultos de várias forma, tem muita coisa em jogo, mas poxa, como é que a gente se prontifica mediante coisas que a gente sabe? Eu particularmente, na minha cidade, eu faço um estudo de subsolo. Eu conheço esse rio Caceribú. É... tenho visita com 482 nascente na minha cidade. Abaixo do nível do mar, ou melhor, até 60 metros acima do nível do mar nós temos somente 14 potáveis, o resto todo contaminadas por aves, gados, num tem proteção nenhuma e lá de cima eu vejo o sol vermelho quando no no pôr-dosol, eu vejo o sol vermelho com o horizonte acinzentado. Na reuni, nas reuniões que eu vim, é... em Guapi a minha amiga Miriam falou assim: olha só que pôr-do-sol lindo! Vermelho! Eu falei: não querida, o sol é amarelo. Aí nós temos uns dados aqui que a PETROBRAS, com nosso amigo aqui da CONCREMAT, falou que a sua emissão, seria dados significativos à natureza, ponto. Mas depois, ele pegou o resumo de ventos durante um ano, lembrando, a concepção da PETROBRAS não é só um ano, é cinqüenta anos. Nós já temos uma causa, o sol vermelho e o horizonte bem acidentado. Então em cima disso, ele veio com os padrões. Então o padrão junto com os ventos que sopr... que ele fez as medições ali em termos de ventos, dos padrões do Galeão, ventos típicos de Itaboraí e eu não to me lembrando aqui o outro, a medição de vento, mas foi, foram as medições todas. Se a gente somar isso, é... vai exceder 75%, ou melhor, fica restando 25% pra exceder o padrão, pra ficar alem do padrão. E eu queria saber a soma dos três, a soma da poluição de hoje, que nós temos, porque já é visível, mais a soma da PETROBRAS, mais as somas das empresas que virão. Quanto que vai dar? Vai exceder o padrão? Eu sei que eu tenho a minha parte inculta, to tentando me expressar em português aqui, mas eu queria tentar formular isso e gostaria que, a gente se tornou amigo, como o amigo ali, falei que o.... eu conheci o aluno dele. Mas eu queria assim me expressar e queria ser respondido à altura, não sei se eu to conseguindo me expressar em português. 23 (aplausos) ANTÔNIO GUSMÃO Tá registrada a sua observação, acho que podia fazer um comentário em relação e obrigado, hein? RODRIGO PIO Bom, e eu só posso agradecer a sua pergunta e começar pelo fi... eu vou te passar, eu só posso começar pelo final. Ele perguntou se a PETROBRAS vai exceder os padrões. Não existe essa essa possibilidade. Não existe essa possibilidade. Um: de a PETROBRAS pedir uma licença pra violar o padrão. E dois: não existe a possibilidade da FEEMA nos dar essa licença mesmo que a gente tivesse, desculpe a audácia, de pedir uma licença que viola o padrão. A FEEMA não teria a possibilidade de nos dar essa licença. Então, é... não! O padrão não vai ser violado, tá? Agora eu queria pedir ajuda da CONCREMAT pra explicar a gente, como a gente tá chegando na na convergência desse assunto ai, porque foi a CONCREMAT que fez os estudos, tá? LUIS ALFREDO CRUZ Ok, é... Vamos é... classificar algumas coisas. Bom, primeiro é... nós mostramos alguns dados é... na Audiência lá em Cachoeira que mostram que ... essa contaminação, ne, poluição atmosférica na região, gerada pelo COMPERJ, como Rodrigo disse... muito bem. Ele não, não excede, ultrapassa, não ultrapassa os valores determinados por nossa legislação. É.... e na verdade atende e muito. Mas vamo lá. No primeiro momento foram feitos realmente simulações com os ventos do Galeão, ventos do Galeão, e nesse momento é.... o poluente critico o poluente maior ele ficou próximo do que determina a legislação com grau de abatimento, ou seja, com tecnologias de redução é... de emissões de poluentes na atmosfera, que conseguiam retirar dos equipamentos, mais é é críticos que gerariam mais poluição, tirando 40%, lembram que eu falei que essas simulações foram feitas de forma muito conservadora considerando sempre os piores casos, ou seja, sempre contra né, é... a PETROBRAS e a favor da popu da população do meio ambiente, então foi usado sempre as condições mais críticas para preservar a população e o meio ambiente. E ai foram feitas essas simulações com os ventos do Galeão e com ventos da GETEC, em São Gonçalo, aqui perto. Todos eles atenderam a legislação, porém tinham valores um pouco é.... nessa questão que cê falou de 75% da legislação. Bom, houve então uma intervenção da FEEMA ao analisar o estudo de modelagem de dispersão atmosférica, solicitando que esses esses resultados não seriam ainda satisfatórios, e com isso que fosse aumentado, aumentado as tecnologias que retiravam os poluentes desses equipamentos, com isso nós saímos de nível de 40% de redução de poluentes, e fomos para 90% de redução de poluentes nesses equipamentos críticos. Bom, e ai o que que aconteceu? O que aconteceu é que essas, esses poluentes críticos, caíram de um valor próximo da legislação, do limite máximo, para praticamente quase que a metade, tá? na faixa ai de 180 é... o valor. Bom, caiu, caiu bastante. Houve a possibilidade, porque o estudo foi feito com os dados do Galeão e da GETEC, mas em paralelo, a PETROBRAS vinha fazendo as medições, porque ela precisa caracterizar bem aquela região onde ela vai se implementar onde ela vai se instalar o COMPERJ. E com essas medições, depois de um ano de medições, até aqui comentado pelo Gemal no nosso vídeo, após um ano de medições, nós tivemos dados reais, dados efetivos daquela região. E que que nós fizemos? Pegamos esses dados e fizemos novamente essa simulação pra ver o que aconteceria, ou seja, se a gente estava ruim ou não se a gente tava sendo muito otimista ou não, e como o Gemal bem frisou, foi muito positivo esse 24 resultado, foi muito importante esse resultado, por quê? Com os ventos típicos da região, esse nível de poluente caiu mais ainda, caiu abaixo de 50%, abaixo de 50% do que a legislação brasileira atualmente ela preconiza, então, quero garantir, assegurar que nós estamos com níveis de poluição bastante inferiores ao que determina nossa legislação, e com isso permite que outras empresas sejam instaladas, inclusive foi feito um exercício que é solicitado na instrução técnica da FEEMA, que é o cenário, que eles chamam de cenário “D” onde você tem que fazer um cenário para os próximos 10 anos, quer dizer, não só a poluição que o COMPERJ tem, mas também a poluição que vai ser induzida pelo aumento de tráfego, por outras atividades industriais, que serão oriundos, do que, do desenvolvimento econômico dessa região, quer dizer, essa região vai com.. chegada do COMPERJ, experimentar um desenvolvimento econômico, que isso vai levar a um aumento obviamente de pessoa, população e essa população obviamente usa de carro, usa de ônibus, tem esse, esse tráfego e esse tráfego gera poluição e mesmo nem, e todas essas condições, com o COMPERJ instalado, com um crescimento populacional para 10 anos. O COMPERJ apresenta resultado de poluição ainda bastante abaixo da legislação atual no Brasil, ou seja, ele passa de menos de 50% pra algo em torno de 55 a 60% da legislação. Então eu quero garantir que a modulagem foi feita com toda seriedade, a FEEMA nos requisitou realmente reduções nesse nível de abatimento e com isso a gente tem que garantias que a qualidade do ar, ela vai ter um bom resultado para o fu... ooo COMPERJ e para a população. ANTÔNIO GUSMÃO Obrigado. Eu queria só, é que tava aqui na ordem, por favor, amigão. Obrigado, hein?! É que tivesse aqui a Conselho Comunitário de São Gonçalo. Representado aqui pelo seu Mauro Nolim e ele gostaria e entregar um documento aqui na mesa. Não é isso? Platéia – Marcio Nalin – Conselho Comunitário do Rio de Janeiro Perfeitamente. Boa noite, seu presidente de mesa, seu Gusmão, a todos os senhores e senhoras da mesa. É, bem, boa noite, companheiros. Meu nome é Marcio Nalin. Primeiramente gostaria de falar algumas palavras, o senhor me permite? Bem, vamos lá. Bem, primeiramente, é... gostaríamos de solicitar ao COMPERJ, a inclusão do CETOP, Centro de Tecnologia Operária Popular em sua carteira de projetos. Dizer também que a principal proposta do CETOP é criar produtos e serviços que proporcionem o desimpacto ambiental a partir da transformação de resíduos petroquímicos, como polímeros em brita artificial e o lixo, o próprio lixo em madeira ecológica. Nosso objetivo também é claro, é levar para as comunidades do entorno tecnologias de inclusão sócio-ambiental. Gostaria também de colocar que o Conselho Comunitário insiste, o Conselho Comunitário de São Gonçalo, insiste na importância de se agregar ao EIA/RIMA os princípios da Carta da Terra, que nós nesse momento estaremos passando à mesa para que seja incorporada e discutida com a PETROBRAS e as entidades que tratam do licenciamento ambiental para que, de fato, o empreendimento COMPERJ se comprometa na prática como uma responsabilidade sócio-ambiental e gestão participativa dos movimentos comunitários e sociais dos municípios que serão impactados por este empreendimento. Muito Obrigado. Obrigado, companheiros. (aplausos) 25 ANTÔNIO GUSMÃO Muito obrigado pela intervenção. Serão encaminhados devidamente à equi... aos colegas da PETROBRAS e vocês vão manter contato. Brigado. Seu Klaus, você quer fazer uma intervenção? Por favor. Por favor, seu Claus. Pode falar. Platéia – Claus Bernsmuller – Forum do Terceiro Setor e de ONG’s Muito boa noite, é... seu presidente, membros componentes da mesa, prezados senhores e senhoras, o senhor que protestou um especial boa noite pro senhor, que Deus esteja conosco. Primeiro eu quero lembrar o senhor, eu só quero só responder uma coisa. É.. eu fiquei nervoso agora com a intervenção desse senhor eu vou responder. Eu como cidadão e como ONGs e instituições, eu estou indo a todas, eu fui em três préaudiências da PETROBRAS e todas as Audiências. Guapimirim, Cachoeiras de Macacu, Itaboraí e São Gonçalo. Então como instituição, como cidadão e pessoa, eu peço tolerância e democracia e respeito. Quer dizer, perdi uma parte do meu tempo precioso de fala pra me sentir obrigado a lhe responder. Embora o senhor tenha o sorriso simpático, meus parabéns. É... o COMPER... meu nome é Klaus, eu sou da Federação de ONGs, movimentos e entidades do Rio , do Estado. Comitê Organizador do Fórum e do TCC de ONGS, fundado em 2004 e finalizando a apresentação chata e formal, eu também sou membro do Conselho Comunitário do complexo petroquímico de São Gonçalo e do Conselho do Rio Capital, e da ONG SERPAC, membro da APEDEMA. Muito bem. O COMPERJ tem, vai ter interferências em três diferentes dimensões: direta, indireta e estratégica na natureza, nas cidades e nos seres humanos, é lógico. Então pe... comentário. Fiquei tão nervoso que, pra alivio da mesa, vocês tendo sorte, 80% das coisas que eu ia falar, não vou falar mais por respeito à mesa. ANTÔNIO GUSMÃO Seu Claus. O senhor quer relaxar um pouquinho, tomar uma água? Platéia – Claus Bernsmuller – Forum do Terceiro Setor e de ONG’s Muito bem, primeiramente eu quero perguntar à ONG Caminho das Luzes, a senhora Marli pediu pra usar a minha intervenção pra perguntar: Como fica a questão estratégica e de, a questão, uma dívida que o país Brasil tem, o Rio de Janeiro, Estado do Rio com os portadores de necessidade especial e os “desficientes” físicos. Então em pleno século XXI, a gente fala muito de paz, de amor, respeito, inclusão social, inclusão racial e assim por diante. Eu quero saber qual é o plano já que se fala tanto de maravilhas, e eu concordo, sou a favor do COMPERJ, desde que se tenha respeito à natureza, ao ser humano e às comunidades locais. Agora a gente não pode ser maluco de ser contra, porque eu amo a PETROBRAS, Getulio Vargas fundou a PETROBRAS, a gente tem que lutar pela PETROBRAS. Mas a PETROBRAS é uma estatal, é um órgão do Governo para servir ao povo e às pessoas que pagam seus impostos. E aqueles que não podem pagar, culpa do Governo, da Elite que mantém o país subdesenvolvido com componentes no nosso país, de país desenvolvido. Então eu pergunto, qual é a estratégia, qual é o plano da PETROBRAS, da Petroquisa, do COMPERJ quanto à política de inclusão do deficiente físico e portadores de necessidades especiais? Mas sem discurso bonito. É uma realidade de resposta objetiva e direta. ANTÔNIO GUSMÃO Brigado, seu Klaus. Platéia – Claus Bernsmuller – Forum do Terceiro Setor e de ONG’s 26 E última coisa. ANTONIO GUSMÃO Deixa ele responder essa pergunta, deixa. Deixa ele responder. Platéia – Claus Bernsmuller – Forum do Terceiro Setor e de ONG’s Última coisa. Última coisa pra liberar. A questão, eu peço que não se aconteça uma coisa que aconteceu em Macaé e em Caxias. A PETROBRAS e o Governo Federal têm que ter uma fiscalização maior de lei trabalhista, porque muitas empreiteiras pegam a carteira profissional dos trabalhadores e não devolve, não pagam, pagam atrasado. A gente fala de 200 mil empregos diretos e indiretos. Eu espero que essas empresas terceirizadas, as empreiteiras tenham decência com o trabalhador. E não adianta ficar, ir lá falar de curso de capacitação, é... milhões de emprego se você, o a... É lógico que as Prefeituras Municipais do Governo do Estado têm seu papel, seu dever. Mas como a gente tá num país subdesenvolvido, a PETROBRAS não foi criada pra faz..cuidando de assuntos de Governo, que são de competência da Prefeitura e do Governo do Estado. Mas a PETROBRAS tem o dever de ter uma política de criar creches e capacitar pessoas, por exemplo, muita gente não tem o primeiro grau. Tem gente que não pode fazer esses cursos porque não tem a a mínima condição educacional pra entrar em curso ou fazer um concurso público. Eu quero saber como se faz. Outra coisa, a questão do saneamento básico. E a gente tem que se preocupar com a questão da água sim. Não deixar tudo só pra FEEMA, pra SERLA. A PETROBRAS tem a obrigação porque a água é uma arma e é uma grande riqueza do futuro e do presente. Muito obrigado e uma boa noite a todos. (aplausos) ANTÔNIO GUSMÃO Muito bem. Por favor, Rodrigo, se puder iniciar com a questão do, das opo... você ate já falou dos deficientes, né?! Da preocupação. RODRIGO PIO Eu vou.. eu posso, posso Cadinho? Vou tentar ser breve. Vaga pra portador de necessidade especial. A aaatendido. A PETROBRAS, ela reserva vagas pra portadores de deficiência e necessidades especiais. Tanto para os os quadros de pessoas próprias, os funcionários próprios da PETROBRAS são esses que usam os crachás verdes. Ai tem reserva de vaga nos concursos. E tem os funcionários da PETROBRAS que que trabalham pra outras empresas, que usam esses crachás aqui. Ai também tem, tá? Então contem com a PETROBRAS pra pra incluir os portadores de necessidades especiais. O centro de inf... o Centro de Integração também tem sua reserva de vaga e todas as instituições de treinamento do Centro de Integração têm acessibilidade perfeita pra portadores de necessidades especiais. É... situação de fiscalização sobre FGTS, a PETROBRAS, ela trabalha dentro da legalidade. Nesse, nessa, nesse ano e meio que a gente tá trabalhando pra fazer um estudo de impacto ambiental, e vários outros estudos especiais, é... vocês podem ter certeza que a CONCREMAT que tá aqui sentada à mesa não só cumpriu o FGTS como teve que mostrar pra PETROBRAS que cumpriu. Porque se não mostrar pra PETROBRAS que tá pagando o FGTS, não recebe da PETROBRAS, tá? E então isso é um aviso bom pra todos os microempresários da região que querem vender pra PETROBRAS, pro COMPERJ, no futuro. Vender pra PETROBRAS é muito difícil. Deixa eu ver se o Mauricio Brito tá aqui. Mauricio Brito, levanta a mão ai. 27 Mauricio Brito trabalha pra gente. Aí ele! Mauricio Brito trabalha pra uma empresa chamada “Elabore”, “Elabore”. ”Elabore”. É... não precisa falar nada hoje não. Mauricio Brito, se ele não mostrar que a Elabore pagou o plano médico e odontológico dele, a PETROBRAS não paga a empresa dele. Cê tá entendendo? A empresa dele é obrigada a pagar plano médico e odontológico para ele, senão não trabalha para a PETROBRAS. Então, é essa empresa que tá vindo trabalhar aqui com vocês aqui nos próximos anos. Ensino básico infelizmente nós não podemos fazer a não ser contribuindo com os impostos. Infelizmente a PETROBRAS não é uma entidade que seja autorizada ou competente pra fazer um ensino básico. Saneamento básico. A FEEMA colocou importantes condicionantes pra PETROBRAS no que tange ao saneamento básico. Eu não tenho aqui de cor, o texto. Vou pedir ajuda do Dyrton. Água, a FEEMA também colocou importantes condicionantes pra PETROBRAS no que tange a questão da água, ou seja, é... não é só o entendimento da PETROBRAS, mas também o entendimento da FEEMA, que as soluções de água da PETROBRAS tem que ser compartilhada com a região. e as soluções de saneamento da PETROBRAS não podem fechar os olhos para a falta de saneamento na região. se é isso que eu já consegui entender, da da das condicionantes que vão pesar sobre esse licenciamento, então Klaus, eu espero que você tenha conseguido passar as suas questões e eu tenha conseguido responder, então pra sintetizar. A gente só vai ficar, assim, do teu desagrado com relação ao ensino básico, tá? Que a PETROBRAS não faz, tá bom? Ah, desculpe... a PETROBRAS não faz, o COMPERJ não vai fazer ensino básico, tá? Você quer complementar, não quer? ANTÔNIO GUSMÃO Olha, nós tamos aqui. Eu to abrindo pra vocês pra vocês usarem o microfone por que? Porque nós estamos num ambiente absolutamente agradável, então o que que eu tenho que fazer? As pessoas também escrevem as perguntas no papel, que a regra é essa. Não é isso? Então eu faço assim um entra um pouquinho, lê algumas perguntas, depois vocês falam. Eu não posso, é... permitir que as pessoas, quer dizer, não posso permitir... eu não tenho esse poder. Mas eu vou procurar evitar o tempo todo que pessoas tão legais, que eu já conheço há tanto tempo e que tenho carinho, ai venham e cês tenham ai uma discussão que vocês no fundo, todos tão querendo o mesmo objetivo, trazer suas contribuições, não é isso? Então eu tenho algumas perguntas aqui que eu quero fazer. O professor Heraldo também já se manifestou aqui, então nós vamo fazer aqui agora meio, o meio campo. E Heraldo, só peço a sua contribuição que esse colega tava aqui na vez de falar e e fazer a apresentação dele. É breve? Então por favor, se identifica... Platéia – Urbano Gonçalves – Cons. Comunitário de São Gonçalo Serei breve sim. Meu nome é Urbano. Eu sou membro do Conselho Comunitário do Município do Rio de Janeiro. E a minha colocação é o seguinte: se falou muito aqui de trabalho, vai ter muito trabalho, vai ter muito emprego, mas eu não Conselho Comunitário do Município do Rio de Janeiro vi falar em renda. Me surpreende muito. Não vi falar em massa salarial, em quantitativo, ta. E nós temos aqui essas comunidades todas e não tem uma garantia. O próprio edital do PROMIP, que é o instrumento que vai trabalhar a qualificação, porque era do petróleo. O PROMIP, gente é Programa de Mobilização Nacional da Indústria e Petróleo e Gás. Ele é responsável pela formação da capacitação. Ele tem no seu edital, ta, uma restrição: não garante, foi ratificado aqui, que não garante a... mesmo qualificado, não garante emprego a ninguém. Ele tem tanto pra ingressar na qualificação, tem que passar por uma prova e depois de qualificado, tem que fazer uma prova para o emprego. Então não tem garantia disso, prova no edital. 28 Eu coloco o seguinte: como foi ratificado, dito aqui pelo doutor é... Victor Pais, nosso gerente geral do PROMIP, é que o PAC é um grande, e eu considero isso, é uma célula mãe de todos, ou melhor, é uma célula, é uma célula mãe desse programa de de de de de aceleração do crescimento, tá. E o COMPERJ é uma célula pequena dentro dessa célula mãe. Mas se não tiver, por exemplo, na formação, no processo de formação, no processo da implantação e da produção, ou seja, da operação do complexo, num tiver o transporte vigorando pra garantir essa mobilidade desses trabalhadores, em formação, implantação e projeto, nós não teremos então PAC, porque vai ser supervalorizado, vai inflacionar tudo, já está acontecendo. Esse, essa massa salarial não vai ter condição de de ter uma vitalidade no processo, então já estará incluído de algum forma porque o salário dele será corroído e ai não teremos então o PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, mas teremos o PAE, Programa de Aceleração do Empobrecimento. Eu queria colocar isso aqui como contribuição. Muito Obrigado. (aplausos). ANTÔNIO GUSMÃO Tá registrado. Algum comentário na pergunta do... Bem, então, voltando ao critério de nós fazermos as perguntas. Quando foi dito que o EIA/RIMA foi apresentado, a questão da água, algumas pessoas tão questionando, o Heraldo Brandão, nosso colega pergunta: o que seria área de influência estratégica? E em qual legislação encontra-se essa sigla AIE, área de influência estratégica? Pode esclarecer? JOSÉ ALBERTO GEMAL Bom, essa é uma pergunta interessante. Nos remete a uns problemas da legislação ambiental e foi um dos grandes desafios técnicos, não é? A resolução CONAMA número 1 de 1986, que na verdade é... instituiu no nível federal o processo de licenciamento ambiental prévio, depois referendado na Constituição de 1988, define impacto ambiental como o Luis Alfredo coloca no audiovisual nosso muito bem, qualquer alteração, propriedades físicas, químicas, biológicas, soci... do ambiente social e da economia provocadas por um determinado empreendimento, isso é o conceito oficial de impacto. ... em algum lugar, se escreve “alteração direta ou indireta”, né? Essa discussão vem sendo ... tomado bastante espaço no mundo acadêmico nos últimos 20 anos ou mais e foi sempre uma preocupação do do dos pensadores ... no setor. O que que é direto, o que que é indireto? Quais as relações de causas e efeitos? E o conceito de área estratégica, área de interesse estratégico vem à “posteriori” disso ai, não está regulado em uma matéria legal, que eu conheça pelo menos. É...mas introduz uma perspectiva normativa. Quando você fala que o interesse, área de interesse estratégico do Estado do Rio de Janeiro, tá dizendo o que? A gente tá dizendo que é estratégico para o povo do Estado do Rio de Janeiro, no sentido de aproveitar, de maximizar as oportunidades, não é, e garantir para o Estado do Rio de Janeiro, as oportunidades criadas pelo investimento de 8 bilhões de dólares do COMPERJ. Isso quer dizer o que? A indústria de plásticos tá concentrada em São Paulo, todo mundo sabe disso, não é? Das 6, 7 mil empresas, mais de 60% tá em São Paulo. Bom, ... minha maior mercado nacional é em São Paulo. Vamos ter plásticos, resinas aqui pra produzir muito mais do que o Estado do Rio consome. Será que nós vamos conseguir tirar essas empresas de São Paulo e atrair algumas pra cá? Então é estratégico pro Estado do Rio, ... a capacidade de atrair os fornecedores. Tanto a (Jusante?), ne, o .. tanto as empresas, tanto a (Jusante?) do COMPERJ do setor de plásticos, como aqueles fornecedores prestadores de serviço pra não ficarmos apenas com o efeito induzido do COMPERJ sobre o 29 comércio local. Em função da arrecadação fiscal, em função das compras das pessoas que vão tá diretamente afetadas pelo COMPERJ, então o conceito de influencia de área estratégica, é utilizado no nosso estudo de impacto do ponto de vista normativo, em outras palavras, é aquilo, é constitui parte de um objetivo de política, de política de Governo, então por isso área de interesse estratégico foi definida como sendo do Estado do Rio, afinal de contas a empresa CONCREMAT e nós todos somos do Rio de Janeiro e e concordamos em colocar é que o empreendimento é estratégico pro Rio de Janeiro nesse sentido, de poder mobilizar opinião pública, mobilizar os poderes constituídos no sentido de maximizar o aproveitamento dessas oportunidades. Que que isso quer dizer? Ninguém vai vir pro Rio de Janeiro pra implantar novos empreendimentos e pra essa região, em situação de carência absoluta de infra-estrutura, em situação de falta de organização, de capacidade de gestão mínima do Poder Público, não é? Então é necessário um pacto social, uma nova consciência de ação pública planejada pra que o Estado do Rio avance na direção de um nível de civilização maior em que possa de fato concretizar essa sua vocação e aumentar assim a su.. a renda do seu povo e melhorar as questões de vida. ANTÔNIO GUSMÃO Obrigado. Também pergunta o Heraldo. Faz uma pergunta, que a Vera Chevalier também faz. Vera. Por favor. Você e a turma de Marapendi perguntam: é... quanto à questão do fornecimento da água for definida vao ser feitas outras Audiências? Ahn? Perguntam também: como o empreendimento ... precisa atender uma série de condicionantes ao órgão licenciador, solicitamos que após a realização de tais exigências seja realizada a nova Audiência Pública para apresentar as modificações e o Heraldo, nessa mesma linha, cês devem, fizeram essas perguntas antes dos esclarecimentos da questão da água. Não consta do EIA um estudo sobre a captação de água para abastecer o empreendimento. Por que que a FEEMA recebeu e marcou a Audiência sem esse estudo? Tão logo seja feito um estudo sobre a água, a FEEMA pretende prestar, marcar nova Audiência? Quer dizer, nós conversamos aqui que a questão da água vai ser objeto de um outro estudo de impacto, não foi? Foi o eu escutei nós comentarmos aqui. Podemos então responder essas perguntas, hein, Luis Alfredo? Em relação ao questionamento que não há ainda uma situação definida na captação de água, se vai ser objeto de um novo estudo, de outra Audiência. LUIS ALFREDO CRUZ Bom, é... em relação as alternativas de captação de água para ao empreendimento, é.... claro que foi estudado sim no EIA, e foi feito inclusive uma complementação do EIA para que fossem avaliadas oito opções, que foi colocado, inclusive, no nosso vídeo, não é? Foi feito pela COPE/RJ um estudo pelo professor Canedo, onde ele avaliou vários mananciais hídricos, existentes hoje no Rio de Janeiro, e também algumas as oportunidades tecnológicas, comentadas aqui pelo Gemal como a desanilização e inclusive o uso de esgoto tratados de estação de tratamento, então essas essas opções foram efetivamente avaliadas pelo estudo de impacto ambiental. Porém, não objetivo desse estudo de impacto ambiental, definir qual seria essa opção, tá? e sim, é.... remeter isso prum novo estudo de impacto ambiental num licenciamento individual. Nesse licenciamento individual, nessa questão de captação de água, com certeza serão realizadas novas audiências públicas, porque será um processo de licenciamento separado. Obrigado. ANTÔNIO GUSMÃO 30 Satisfeito? (vozes ao fundo) Ai você tem que falar aqui que a gente não ta ouvindo. A gente não ta ouvindo o que você ta falando, pode ser uma contribuição importante e a gente não ta ouvindo. Platéia - Cristina Cristina. A pergunta é pra FEEMA. A FEEMA fez sessenta condicionantes, se após a resposta de tais condicionantes, se haverá nova audiência pública? Ou se não houver, de que modo a a população será contemplada? Só isso. ANTÔNIO GUSMÃO Certo. Pra avisar você diz, tomar conhecimento, não é isso? Vamo tentar ver se eu entendi a pergunta. Platéia - Cristina FEEMA fez sessenta condicionantes, né? Há um estudo ora em questão, né? Após a resposta a essas condicionantes, o que que será feito? Será feito nova audiência publica, as respostas serão, terão acesso ao público? Enfim... DYRTON BELLAS da SILVA Deixa então, bom agora entendi.... Platéia - Cristina Agora entendeu? Obrigada. DYRTON BELLAS da SILVA Sim. ANTÔNIO GUSMÃO Muito obrigado pela pergunta. DYRTON BELLAS da SILVA É... o parecer preliminar da FEEMA, são 150 folhas, então fica um pouco complicado passar tudo isso pra vocês numa apresentação desse tipo. Anteriormente na apresentação, anteriormente na apresentação, nós informamos que será objeto de licenciamento específico, se eu não me engano foram 11 itens, tancagem, base, inclusive abastecimento de água. Então, objetivamente, será objeto de uma licença específica. Em sendo abastecimento de água, com barragem, com tudo, será objeto da apresentação de um EIA/RIMA, e será objeto de audiência pública. (vozes ao fundo) ANTÔNIO GUSMÃO As demais questões, não referentes à água. DYRTON BELLAS da SILVA As intramuros? Não, todas elas têm condicionantes. Agora, são 60 condicionantes, eu coloquei ou nós colocamos as mais importantes que a gente julgou, eu não vou repetir pra vocês que inclusive é... tem bastante conhecimento disso, (é proibido aqui (?)?), deverá apresentar cópia do Diário Oficial, (vozes ao fundo) Platéia - Cristina 31 A questão é a seguinte: se a FEEMA apontou 60 condicionantes, fora a questão da água, como eu cidadã, e todo mundo aqui vai ficar sabendo das respostas? DYRTON BELLAS da SILVA Olha só, a resposta, deixa eu tentar te explicar pra você ficar mais tranqüilo. Essas são condicionantes pra que eles apresentem quando do requerimento de instalação, até nós da FEEMA, só vamos saber se eles vão atender as condicionantes, no dia em que eles nos entregarem o documento, eu não posso de antemão dizer, o que eu to dizendo é quê, se eles não atenderem todas as condicionantes elencadas e mais outras quarenta, nós sequer receberemos o pedido de licença de instalação. Essa condicionante é para quando eles apresentarem o requerimento. Platéia - Cristina Eu sei, e nós... ANTÔNIO GUSMÃO A sociedade sabe disso colega, sabe como? Platéia - Cristina E essas respostas? ANTÔNIO GUSMÃO A sociedade vai saber, porque toda essa documentação é pública Platéia - Cristina Não é! ANTÔNIO GUSMÃO É sim! Platéia - Cristina Foi-nos apresentado um RIMA que absolutamente não responde.... (microfone muito baixo), que é um resumo de... então eu gostaria de saber de questão técnica, como eu cidadã, posso (microfone sem voz). DYRTON BELLAS da SILVA Bom, é... ANTÔNIO GUSMÃO Ela quer saber como vai ficar sabendo.... Platéia - Cristina Isso. Se vai ter nova apresentação pública, da resposta dessas audiências, dessa, dessas condicionantes, só isso, é simples. DYRTON BELLAS da SILVA Com certeza não. Lei não garante que o requerimento de licença da instalação seja motivo de audiência pública, somente a apresentação de EIA/RIMA. Se a senhora especificamente ou qualquer outra pessoa tiver o interesse, o documento é um documento público, uma vez entregue ele é acessível pra consulta, basta ligar pra 32 FEEMA, pra central de atendimento, desculpe eu não lembro o número, mas quem conhece a instituição.... Platéia - Cristina Não... mas é fácil DYRTON BELLAS da SILVA E dizer, em sabendo que é... o COMPERJ entrou com requerimento de licença de instalação, é factível, é de lei que ela esteja disponibilizada, é uma informação pública. Então a senhora pode consultar, questionar, só que a apresentação não vai ter mais, não é mais objeto. Platéia - Cristina Tá certo. Obrigada. ANTÔNIO GUSMÃO Pois não, obrigada. O senhor pode fazer a sua o seu comentário. Platéia - Aldo Barros – Amigos Associados de São Gonçalo Rapidinho. Boa noite Aldo Barros da AMASG (Amigos Associados de São Gonçalo) é... o senhor desculpa pedir, mas nós estamos desde manhã, alguns companheiros aqui participamos da Audiência Pública das barcas, então o corpo já ta caindo. É... nós sabemos que a Lei 6938 de 81, que fala sobre a política nacional de meio ambiente, não sou advogado, tá? ela... que obrigou o estudo de impacto ambiental pra atividades poluidoras. Nós estamos vendo hoje, que uma Audiência Pública, entendo eu, para uma licença prévia, teremos licença de instalação, licença de operação, a pergunta a FEEMA e a própria Petrobras, teremos outras duas licenças e com Audiência Pública pra sociedade? Porque inclusive naquelas condicionantes que o senhor botô existe algumas ali que até pegam a parte de licença operação. Eu sou egresso do batalhão de Policia Florestal da PM. Obrigado. ANTÔNIO GUSMÃO Obrigado por seu... qual o seu nome senhor? O senhor não falou seu nome. (Valdo Barros). Falou. DYRTON BELLAS da SILVA Em relação a algumas observações em em em na fase de LO foi só a análise do EIA/RIMA que nos remeteu a a a apresentar quais os possíveis impactos gerados pela operação da atividade que é que já são documentos constantes do EIA, então nós simplesmente avaliamos impactos e as medidas propostas pelo estudo, pra mitigar isso, e também incluímos a necessidade de complementação nessa parte do requerimento de licença da instalação. Platéia - Aldo Barros – Amigos Associados de São Gonçalo Isso entraria numa suposição? DYRTON BELLAS da SILVA Sim, deixa tentar esclarecer. A licença prévia, em resumo, é o seguinte: é dizer que o empreendimento é viável ambientalmente (positivo), desde que, e esse desde que, 33 remete a licença de instalação, que pode ser negada. (sim). Ele pode ter uma licença prévia, que é uma continuidade do estudo e um atendimento a exigências. Platéia - Aldo Barros – Amigos Associados de São Gonçalo E na LO as medidas mitigadoras da empresa pra pra pra proceder a atividade dela. (sim). Obrigado. RODRIGO PIO Dyrton, eu queria complementar, desculpe presidente. Anh.... essa é a quarta audiência pública que a a a CECA, né? ta realizando. Eu queria falar só, Seu barros, eu queria falar só que a Petrobras, já fez alguma coisa como vinte audiências, que são Audiências Públicas, mas são de caráter voluntário, tá? Nós já fomos a todos os municípios, nós já estivemos aqui em São Gonçalo, ali no SESC, fazendo Audiência Pública, e não foi a primeira em São Gonçalo, foi na verdade a segunda ou terceira, nós viemos com a caravana, então a Petrobras, independente se o processo de licenciamento, estabelece esse aqui como nosso último encontro, é... de acordo com a lei, a Petrobras já esteve aqui antes e vai voltar, tá? Em Audiência desse tipo. Alguém aqui esteve nas préaudiências? Alguém foi no SESC aqui? Alguém aqui, infel... ali aquele senhor. O formato é o mesmo, a gente canta o Hino Nacional, explica o empreendimento, e abre o microfone pra ouvir as críticas, tá? Essa, esse instrumento é maravilhoso, então não é porque a lei não nos obriga a fazer, que nós vamos parar de fazer, ta ok? ANTÔNIO GUSMÃO Vera, pode se manifestar. Platéia - Vera Chevalier – ONG ECO Marapendi Já que foi afirmado a agora que a questão da água, voltando a questão da água rapidinho, tá? que no novos estudos serão feitos pra pra enfim, tomar uma definição a captação de água, né? e nova audiência será feita. É antes. É... isso que eu queria saber, antes da LP ou depois da LP? Se vai a FEEMA concede a licença prévia e depois apresenta o estudo na na questão do uso da água? Quer dizer, pra mim não teria sentido, primeiro vem a LP e depois o estudo de fornecimento de água? Obrigada. 34 JOSÉ ALBERTO GEMAL Dirigindo a mim, eu vou tentar responder, isso é muito mais uma questão institucional, né? do que uma questão do estudo do impacto, como eu tô muito envolvido nisso, e na na lógica da avaliação é.... fracionada, que você ta se referindo na verdade, é a critica que a gente já recebeu de um avaliação fracionada do COMPERJ, não é? O COMPERJ não pode existir sem os dutos, o COMPERJ não pode existir sem água, então tinha que ser tudo licenciado ao mesmo tempo, não é? É... isso é uma colocação legítima, que já foi feita anteriormente, que foi muito bem respondida aqui pelo meu pelos meus parceiros, né? No sentido de que número um: um empreendimento de 8 bilhões e meio de dólares, tem uma janela de oportunidades, tem uma lógica de implementação econômica, né? Mencionei aqui a questão estratégica, e ele depende de milhares de homens/hora de engenharia, e essa engenharia é feita em vários pedaços, não é? Ao mesmo tempo o mercado e as necessidades de investimento do país, erão erão definidas num cronograma que não compo que não permitiu no âmbito na licitação inicial deste EIA/RIMA, nós fomos contratados pra fazer o EIA/RIMA do complexo industrial, apenas. ... a decisão não coube portanto, é obviamente a nenhum de nós aqui. É... no decorrer do processo, a FEEMA tomou uma decisão muito sábia, e exigiu da Petrobras, o que foi feito, uma complementação com todos os aspectos extramuros. E ai, eu o Luis Alfredo, eu fui coordenador desse estudo também, da parte técnica, e nós chegamos à conclusão ao estudar as alternativas dutoviárias, as alternativas de descarte de emissário submarino, as alternativas de tratamento e destinação final de efluentes líquidos, que são as três grandes questões correlatas ao COMPERJ, que mereceriam licenciamento holístico, como vocês gostam de dizer, é... foram avaliadas por nós, deixa eu terminar, depois cê fala. Foram avaliadas por nós, e nós chegamos à conclusão, que foi encaminhada a FEEMA, com base numa série de estudos, não apenas nosso, estudos da UFRJ, da UFF, das várias universidades e centros de excelência que participaram da avaliação dessas infra estruturas externas, de que não comprometem a sustentabilidade a viabilidade ambiental do complexo. Em outras palavras, podem ser licenciados individualmente. Além disso tudo, a Petrobras e a FEEMA estão envolvidas, não é? Eu participo disso, num exercício de avaliação ambiental estratégico, está sendo feito também pelo pessoal do do da UFRJ, do Lima, desse laboratório novo a COPPE também, por gente dos é... melhores níveis de excelência que nós temos no país, pra avaliar todas as sinergias positivas e negativas da infra estrutura externa, dos impactos induzidos, sócio-econômicos, que nós tivemos uma preocupação grande no EIA, ma certamente não esgotamos o assunto, não é? E de modo que a gente ta conduzindo esse esse processo, de licenciamento dessa forma a LP. A LP, à LP obviamente se segue uma LI e uma LO se essas condicionantes forem atendidas, como a sociedade vai fiscalizar essas ocorrências, essa o desempenho ambiental, acho que é um dever de todos nós, do cidadão, como cidadãos. É um dever do CREA que ta aqui pra nos ajudar, no exercício, não é? Eu por exemplo, paguei uma RT eu sou responsável por esse estudo de impacto ambiental, se eu disser que uma coisa que não esteja correta, eu sou, eu posso ser civil e penalmente responsabilizado não só pela lei ambiental, mas como engenheiro que sou, não é? Não é? Eu tenho responsabilidade profissional regulamentada, não é? É o caso aqui de todos. Então o que a gente ta falando aqui é uma coisa séria, coisa de profissional, não é? A gente ta aqui dizendo a vocês, aquilo que vocês, que a lei nos obriga a dizer, tá? Eu não sou empregado da Petrobras, nunca fui. E... finalizando, então o processo de licenciamento é assim, cada estudo de estudo ambiental específico, se for considerado um estudo de impacto ambiental nos termos da lei, terá audiências públicas para licença prévia, e procedimento se semelhante de LI e de LO, em todos o casos. Cabe a nós como cidadãos, garantir, que o excelente trabalho aqui no caso feito pela 35 FEEMA de condicionante, inclusive de abatimento de tanto de poluição a mais de NOX, o óxido de nitrogênio que é o crítico com relação aos efluentes, com relação aos resíduos, com relação aos demais impactos, com relação às medidas mitigadoras, que isso efetivamente seja conduzido pelo empreendedor, essa é uma responsabilidade coletiva da sociedade. Platéia - Vera Chevalier – ONG ECO Marapendi Obrigada, eu só queria saber, (Aplausos) é... exatamente se a licença prévia seria dada antes do estudo de impacto sobre a questão da água. Agora, quanto à questão holística, que eu não sei o que você quis dizer, mas eu acho que todo mundo pensa ... inclusive... o programa como um conjunto, o projeto. JOSÉ ALBERTO GEMAL A licença ambiental do Complexo. A licença ambiental do complexo industrial sim. Pra as obras iniciais não sei ainda. A licença prévia sim. A licença de instalação eu não sei, porque eu não sei o cronograma dos demais estudos de impacto. ANTÔNIO GUSMÃO O senhor quer fazes uma observação? Por favor. Platéia – Alberto Henrique da Silva – Morador de São Gonçalo Boa noite, mesa. É... a gente ta ai escutando um monte de conversas, acho que não ta sendo tão “interessado” pro pessoal. Porque a maioria já ta saindo. É sobre o impacto ambiental. É, ta certo, tudo bem. É só que nós temos um “pobremazinho” grave que a própria PETROBRASem si, se tem esses ... esses acontecimentos que ta tendo, que todo mundo, acho que vê televisão, né? Claro. E sabe que fica uma coisa dita por não dita. E sobre esse pólo petroquímico, será que não será, não vai ser mais uma que vai ser... mais uma briga que que que a FEEMA e o pessoal Gonçalense, o cidadão Gonçalense que vai ter um... com a Petrobras, esse pólo petroquímico? E sobre a nossa água também é... vocês tão falando assim, que ta todo mundo escutando é sobre essa água que vai ser reaproveitada. Ta, tudo bem. Ela será reaproveitada mesmo ou ela vai ser desembocada na Baía de Guanabara como sempre acontece nesses casos que a Petrobras realmente, que a gente vê na televisão esses impacto ambiental que a Petrobras ta sendo provocado pela Petrobras e fica dito pelo não dito, né. queria uma resposta sobre isso. Vai ser mais um “pobremazinho” grave que nós vamos ter ou o cidadão Gonçalense vai ficar no meio dessa poluição, seria a poluição química que a... o pólo petroquímico vai desvincular pra gente? ANTÔNIO GUSMÃO É... o senhor Zé Roberto ai no caso? Seu Zé Roberto faz uma pergunta semelhante também,ó. A água que será descartada é... vai matar os microorganismos? Com isso vai diminuir a vida no mar? A perguntas são referentes à aa lançamento, tratamento de efluentes. Pode esclarecer por favor? 36 JOSÉ ALBERTO GEMAL Eu entendi duas perguntas, não é? Entendi a pergunta efetiva, ... com relação ao lançamento de efluente e ai é importante primeiro mostrar o seguinte: os efluentes que foram analisados no EIA, passam por tratamento terciário. Não existe nada, nenhuma empresa no Brasil que pratique esse nível de tratamento no efluente. É ... o que a equipe do EIA analisou foi o intenso reuso de água que a Petrobras nesse projeto enseja que também é o único no Brasil. Um complexo como esse iria usar 3, 5 metros cúbicos de água de makeup, de reposição por segundo. É... esse vai usar um metro cúbico por segundo porque reutiliza todas as águas de resfriamento para a ... reuso todas as águas de drenagem contaminada são passadas em separadores, são passadas em, em dispositivo de tratamento secundário e terciário que permitem o seu reuso na indústria. O descarte desse efluente com essas características que o empreendedor nos apresentou são consistentes com o tratamento terciário, não têm .... maior risco de impacto significativo num corpo d’água como a Baía de Guanabara. São 50, 60 litros por segundo numa Baía de bilhões de litros, se jogar no canal central ou se jogar na Cotunduva, perto é.... eu detesto dar o exemplo da poluição existente pra justificar a nova, isso não se justifica em nenhum caso. Os 50 litros por segundo estarão todavia como bem colocado pelo colega da FEEMA, em níveis absolutamente compatíveis com a a legislação. O professor Hosman da COPPE nos fez algumas simulações da dispersão das plumas de contaminantes possíveis com volumes, vazões de efluentes muito maiores do que a vazão efetivamente esperada e as concentrações. A menos de 100, a mais de, acerca de 100 metros do ponto de lançamento já estão abaixo de qualquer nível que possa prejudicar as cadeias alimentares, que possa prejudicar o microorganismos que ainda são, pasmem, né, resistem à milhares de toneladas de esgoto in natura e de outros efluentes industriais que são lançados diariamente na Baía de Guanabara... de qualquer forma, o que a equipe do estudo de impacto ambiental insiste é que haja, por ocasião da definição do projeto final de engenharia, não é? Porque ainda há duvidas com relação a certos aspectos do tratamento de efluentes, ... inclusive com relação à possibilidade de cristalização. E e e se chegar a um efluente menor ainda, ... em volume, em vazão e com características ainda mais é... menos, mais amigáveis do ponto de vista ambiental, vamos dizer assim. Que haja um estudo com elenco de parâmetros que a equipe do EIA recomenda, ne. É um elenco de parâmetros um pouco mais robusto do que aquele que foi disponibilizado pelos projetistas de engenharia até agora e que seja demonstrado que esse efluente, por modelagem matemática conveniente não afeta a biota aquática. Não afeta a biota aquática na qualidade do ponto de vista físico, químico ou biológico. E qualquer coisa pra esse setor. Platéia – Alberto Henrique da Silva – Morador de São Gonçalo E essas perguntas e respostas, elas vão ser escritas nesse papelzinho ou vai ser colocado em pauta pra ser discutido com vocês, entre vocês mais tarde? Isso vai ficar só no papelzinho ou vai ser colocado em pauta? Isso é qui que o povo quer saber. O povo Gonçalense vai querer saber essa resposta. ANTÔNIO GUSMÃO O senhor, o senhor é o seu Alberto, não é isso? Sua pergunta tava guardando aqui seu Alberto. Isso aqui, dessa nossa conversa hoje, todas as contribuições que o senhor ouviu, está sendo gravado. Então isso vai ser objeto de uma ata. Essa ata vai ser transcrita, transcrita. Vai ser uma ata grande e faz parte do processo de licenciamento. Como a nossa colega questionou, como é que as pessoas podem saber, como é que a gente pode ter acesso às informações? Algumas pessoas têm mais facilidade pra saber 37 porque já trabalham na área ambiental, outros têm mais dificuldade, mas essa ata vai ficar, é... fazendo parte do processo e a transcrição dessa ata também vai fazer parte lá do site da FEEMA. Pras pessoas terem, quando quiserem.. é claro que não é como encaminhar uma ata pra cada pessoa, não é, não há essa possibilidade, não é? Existe uma divulgação, uma publicidade. Também há uma lei que diz como que vai ser a publicidade. Eu entendi a sua pergunta. A sua pergunta, o senhor não quer acreditar no que ta ouvindo aqui. O senhor quer que isso aqui seja um blá blá blá, não é isso? Platéia – Alberto Henrique da Silva – Morador de São Gonçalo Ta, porque olha só. É... nós conhecemos os impacto ambiental que a própria PETROBRAS... eu não to criticando aqui a PETROBRAS não. A própria PETROBRAS faz, que a gente já conhece, todo mundo tem televisão em casa, e todas as coisa que a gente vê, fica dito pelo não dito. O que que a FEEMA correspondente à isso, que que a FEEMA faz com com esse impacto? Infelizmente ela não é feito nada, porque ela não é colocada, é colocada em ata e nem é colocada em pauta. Que a gente vê ai muitas pessoas são prejudicadas. Vamos falar dos pescadores, até hoje esse impacto ambiental que a PETROBRAS foi feita do vazamento de petróleo, até hoje têm trabalhadores, os pescadores que hoje num recuperou suas perdas, tendeu? Então tem gente até hoje que infelizmente, que vivia da pesca, foi pro... pre esse impacto ambiental foi provocado pela Petrobras, não ficou, ficou dito pelo não dito e o pessoal que foi prejudicado, até hoje, que que foi falado? Nada? Eu conheço pessoas até hoje, infelizmente isso aconteceu há 3, 4, 5 anos atrás e a Petrobras não fez nada, nem a FEEMA fez nada porque, sabe por que o que que acontece? Que a PETROBRAS é uma firma estatal, é uma firma, uma empresa que o Governo infelizmente abrange. O pequeno, e o pequeno, que é o pescador, o pequeno que é o Gonçalense, que nós somos pequenos hoje. Fica dito pelo não dito. Será que isso ai não vai ser é colocado em pauta e colocado em ata, pros os pequenos também tê esse direito de também de resposta, ou será que o governo vai ficar sempre fazendo a mesma coisa? A PETROBRAS faz, o pequeno paga e fica dito pelo não dito? ANTÔNIO GUSMÃO A sua pergunta em relação a FEEMA, eu posso responder ao senhor uma coisa, a FEEMA sempre teve uma atitude de fiscalização, de verificação, de acompanhamento, com todas as empresas independente de ser estatal ou de ser Petrobras, de ser um posto aqui de serviços, um aterro sanitário, a função da Peto... da FEEMA é um órgão ambiental, de defender a sociedade, nesse caso, desse empreendimento, e que é objeto da nossa discussão hoje, Seu Alberto, a FEEMA o que ela tem que fazer pa defender a sociedade, é exigir desse empreendimento, a melhor tecnologia possível, o melhor tratamento possível, pra que não haja um impacto ambiental. E pra isso existem padrões, existem regras, tudo é definido em cima de legislação. A função da FEEMA nesse caso é exigir acima da legislação. A gente quando está aqui conversando, falando do empreendimento que é pra se for iniciado fosse ser em 2012, imagine o senhor a tecnologia que pode ser exigida de algum empreendimento pra 2012, se for comparado com o mesmo empreendimento que foi implantado nos anos 50 ou nos anos 60, quando não havia preocupação com o meio ambiente. O senhor é morador de São Gonçalo, não é? (sou morador de São Gonçalo) O senhor sofre com alguns problemas além dos problemas ambientais, não é? Mas o senhor conhece aqui a contaminação que havia na baía, o senhor conhece outras atividades, o senhor ... verifica alguns carros que emitem fumaça, né? o senhor não acha que essas emissões de fumaça pelos veículos, pelos 38 carros tem melhorado? O senhor não vê menos carros jogando fumaça hoje do que há 5, 10 anos atrás? Platéia – Alberto Henrique da Silva – Morador de São Gonçalo É que infelizmente, agora infelizmente o governo ta cobrando uma coisa que não é de interesse, nem da população, porque ai você ta falando ta comentando em carros, dessas “poluiçãos” dos carros hoje, hoje é dever do povo andar com seus carros, ta certo... ANTÔNIO GUSMÃO O que quer dizer Seu Roberto, porque vem uma li obrigando a gente a fazer vistoria, não é? (É) e a vistoria faz e vê o nível de fumaça no carro, então a poluição se ataca na causa, não na conseqüência. A mesma coisa aqui, eu quero que o senhor tenha credibilidade nas pessoas porque eu sou da FEEMA, meu colega Dirton também é, o senhor escutou vários questionamentos aqui, aqui tem pessoas preparadas, pessoas da área ambiental, pessoas que já têm uma história. Então todo mundo que falou aqui, o objetivo foi trazer uma contribuição. Todas as cobranças que vieram aqui, e ai, como a gente vai saber que ta a licença? Como é que a gente vai saber que aquilo que a FEEMA pediu foi atendido? As pessoas tão cobrando da gente, isso só ta fazendo, todos tão fazendo, cada um no seu jeito de compreensão, cada um com a sua experiência. E eu que participei das 4 Audiências Públicas em relação à esse empreendimento, de segunda-feira até hoje, em cada local, ontem mesmo lá em Cachoeiras de Macacu, quantas contribuições vieram, não é o Rodrigo ... ô Victor? Em que a própria turma da Petrobras aceitou e anotou, as pessoas fizeram, enfim, aquele momento essas informações foram valorizadas. Então, a nossa resposta em relação à sua preocupação, se isso aqui vai ter algum objetivo, claro que vai ter. isso aqui é transcrito em ata. Quero que o senhor tenha, o senhor não, todos que estão aqui, todos que nos conhecem, que conhecem a história das pessoas que tão aqui. Confiem na gente e entendam que o que vai ser feito vai ser o melhor. O que vai ser exigido, se esse melhor for acima da lei, mais do que a lei, vai ser exigido. Vai ser exigido a melhor tecnologia pra tudo. Platéia – Alberto Henrique da Silva – Morador de São Gonçalo Não, eu não to questionando que vocês não vão fazer. “Simprismente” eu, como como brasileiro, como cidadão Gonçalense, eu to cobrando a vocês. E essa cobrança, eu não vou fazer agora não. Essa cobrança é quanto tiver o dia do do dos acontecimento eu vou poder dizer pro pro senhor ou pa todo pessoal da FEEMA, ta vendo ai? Vocês não cumpriram. É isso que eu quero dizer. ANTÔNIO GUSMÃO Ta bem, eu agradeço ao senhor (aplausos) LUIS ALFREDO CRUZ Seu Humberto, ô seu Humberto. Queria fazer uma colocação pra você. É... em relação à garantia da de toda a qualificação técnica que foi utilizada pra avaliar essa questão dos efluentes. Eu quero dizer pra você que antes da FEEMA, antes da FEEMA, quem primeiro questionou e no se... nos questionou a questão dos efluentes, os efluentes do COMPERJ, é... hoje não. Nós tivemos equipes trabalhando mais de dois meses questionando o projeto da Petrobras. Mostrou sim, porque o Gemal falou aqui, nós temos uma responsabilidade técnica como empresa, como empresa carioca, empresa de 39 engenharia, ela tem uma responsabilidade com a sociedade e com a ela mesmo e com o CREA que ta aqui do nosso lado de “emetir” pareceres e e e assinar estudos dentro do que há de melhor na técnica, então, com base nisso, o primeiro a ficar preocupado se os efluentes do COMPERJ poderiam causar algum dano e se a técnica que tava sendo utilizada para o tratamento terciário comentado pelo Gemal aqui era suficiente, fomos nós mesmos e com isso nós contratamos o que tinha de mais é... tecnicamente falando, interessante pra gente. Trouxemos profissionais de outros pólos petroquímicos, profissionais que fazem tratamento de efluentes hoje, não são daqui a cinco anos não, pessoas que estão hoje trabalhando com efluentes de complexos para olhar o projeto da Petrobras, checar se o projeto da Petrobras era condizente e com isso nos garantir, nos embasar e nos fortalecer, que o que nós estamos assinando embaixo era... efe... é efetivamente viável. E com isso, nós colocamos no estudo de impacto ambiental, exigências que nos deixasse garantido, nós aqui, como profissionais que o efluente do COMPERJ será atendido dentro do que, há da melhor técnica, tá? Então queria deixar esse que eu digo, não é o dito pelo não dito não. Da nossa parte, nós fizemos esse análise, a FEEMA com certeza vai aceitar e vai fazer as dela e vai acabar chegando na Petrobras um rigor muito grande, porque nossa responsabilidade, como foi dito aqui, é que se o lançamento de efluentes, assim como dutos, assim como água, água não, mas como dutos é transporte rodoviário, ferroviário, linha de transmissão, a parte de efluentes, se esse essa infra estrutura ela era ambientalmente viável, e pra poder dizer que isso era ambientalmente viável, a gente tinha que ter garantias que o que foi proposto pela Petrobras, era efetivamente o que havia de melhor para garantir isso. E por causa disso nós também nos cercamos das nossas garantias pra que a gente pudesse assinar embaixo e foi isso que foi feito. Platéia – Alberto Henrique da Silva – Morador de São Gonçalo Olha só, eu não to dizendo pa vocês que eu estou desacreditando em vocês da FEEMA não. “Simpresmente” eu estou dizendo o seguinte, eu quero (da CONCREMAT e da FEEMA) é é eu sei, eu não to desconfiando de vocês, eu confio até nos seus nos trabalhos de vocês, ta tudo bem vocês fazem o que vocês querem. Mas infelizmente nós é... nós brasileiro, eu como cidadão Gonçalense, eu não confio no trabalho da PETROBRAS, não to dizendo que vocês estão sendo não. Vocês cobram, mas infelizmente como a PETROBRAS é uma empresa estatal, e estatal que eu falo é uma empresa que manda, infelizmente vocês cobram mas eles não fazem, só isso que eu tenho a dizer pra vocês. ANTÔNIO GUSMÃO Ta bem, ta registrado (por favor só...) Bem meus amigos... DYRTON BELLAS da SILVA Um minutinho só pra esclarecer. Por favor, confiem na FEEMA. Nós tamos garantindo que nós vamos fiscalizar e vocês têm que garantir que vai fiscalizar a nós. ANTÔNIO GUSMÃO Valeu, seu Alberto. O senhor ta certo, ta coberto de razão e a fiscalizar, tem que ficar em cima, é ou não é? Meus amigos, nós estamos aqui num ambiente absolutamente informal, as pessoas se manifestando com educação, cobrando. É.. colega, quer algum comentário mais? Por favor. Platéia - Vera Chevalier – ONG ECO Marapendi 40 É... a gente sabe que que um empreendimento dessa monta vai atrair é... pessoas do Brasil inteiro, né, principalmente quando se fala em valores como o Gemal falou. É... que medidas exceto a que está escrito no RIMA, que é não construir alojamento, a Petrobras vai tomar para evitar a favelização? RODRIGO PIO Bem, é... Eu imagino que nesse momento, a gente já falou muito do centro de integração que mostra como os moradores de tantos municípios vão se qualificar pra poder trabalhar nesse complexo petroquímico e isso resulta num efeito de minimização da migração, então vamos tomar isso como, vamos tomar isso como base, tá? A questão da favelização, ela acontece à medida que a região se enriquece. Infelizmente eu não tô vendo a senhora. Ah, muito obrigado. À... à medida que a sociedade enriquece, é, a favelização pode ocorrer ou não, né, a favelização é um processo de ocupação do solo em condições que se chamam subnormais, né. Alguém vai morar num lugar onde não podia estar e em geral constrói uma habitação de um padrão construtivo abaixo daqui que o resto da sociedade considera normal. É... no Brasil, né, o enriquecimento rápido de uma sociedade acaba provocando a favelização. O que que acontece com o COMPERJ? O COMPERJ, há minutos atrás eu coloquei, ele adiciona 6 bilhões de reais ao PIB, isso medido no ano de 2015. essa sociedade aqui, sem o COMPERJ, ela demoraria 10 anos pra crescer o seu PIB em seis milhões. Numa taxa de 5%, ou seja, o PIB que vocês terão aqui nessa região em 2015, sem o COMPERJ, vocês só alcançariam em 2025, então é o lado bom, NE, o COMPERJ aumenta o PIB. Qual o lado ruim? O COMPERJ aumenta o PIB, a riqueza e traz a antecipação de todos os problemas que o aumento de seis bilhões de reais no Produto Interno Bruto regional traria normalmente, ou seja, nós temos os mesmos problemas, causados pela nossa riqueza, pelo nosso empreendimento pela riqueza que vai trazer pra região. Então, há que se trabalhar mais rápido nas medidas que normalmente são tomadas pra evitar a favelização, né? A favelização, ela acontece com questão do uso do solo, então, o COMPERJ não pode fazer a fiscalização do uso do solo, né? a Petrobras não faz isso, mas a Petrobras tem um projeto, tá? que é um projeto de monitoramento do uso do solo, com imagens de satélite, com toda uma questão de cartografia muito rigorosa, ou seja, nós saberemos se tá havendo violação no uso do solo, e vamos contribuir com essa informação praqueles que podem tomar atitudes pra é... pra trabalhar a solução da questão da pessoa que ta ocupando aquele local impróprio. É, nisso, isso a gente pode fazer, já é alguma coisa, né? A Petrobras não vai resolver, né? Na verdade a senhora ta certa, a Petrobras é um ente que está antecipando um problema que aconteceria, né? Nós estamos enriquecendo aqui, junto com vocês, e vamos enfrentar esse problema. Então o Centro de Integração vai minimizar, mas não vai acabar com a migração, pessoas vão vir da Bahia, do Rio Grande do Sul, do exterior, pessoas virão, nós vamos recebê-los muito bem, e muitas pessoas daqui vão ter suas oportunidades. Pessoas vão morar fora das zonas habitacionais, e habitações abaixo do padrão construtivo ideal vão ser construídas. E, nós todos vamos ter que construir soluções coletivas pra isso, né? não é possível evitar a favelização na sociedade que existe hoje nossa, que já tem a favelização como a solução plausível para o individuo que precisa morar e não tem onde. É, a favelização parece o problema, talvez pra nós, que não moramos em favela, a favelização praquele que vai morar na favela, é a solução pro seu caso individual. Então a solução não é simples a solução é complexa, é causada pelo enriquecimento, e a Petrobras vai oferecer a todas e ao poder público, uma ferramenta de visualização, de como essa região está crescendo e enriquecendo, melhorando ou piorando, não vamos esconder nada, todas essas informações vão estar disponíveis através do monitoramento 41 nosso que é feito com um órgão não menos importante do que a ONU, a ONU HABITAT, é ela é a nossa parceira pra de uma maneira inédita medir a evolução ou a involução dessa região. Por quê? Se essa região tem uma evolução, a gente se abraça e festeja, e se essa região tem uma involução, a gente pode atuar pra evitar, a Petrobras mais o poder público, é uma questão de parceria, tá bom? (aplausos) ANTÔNIO GUSMÃO Ficou satisfeita com a resposta, ta satisfeita? Meus amigos, nós estamos agora encerrando mais uma Audiência Pública. Tem alguma pergunta mais, por favor, por favor. Fala no microfone. Tá liberada agora. Platéia – Abimael Gomes Pereira – Morador de Niterói Meu nome é Abimael, sou morador de Niterói, e... o evento COMPERJ é um evento quase é... mundial, né. ele vai mexer com o mundo inteiro em termos de equipamentos, tecnologias e outras coisas mais. É... eu conheço as normas CONAMA, sei que a FEEMA e os órgãos ambientais vão, vão se valer delas pra fazer valer o direito de de não poluir ou de quase não poluir. Mas acontece o seguinte: o evento COMPERJ vai trazer pra essa região uma poluição indireta, independente da da poluição que o COMPERJ em si poderá causar, vai ser agora as fábricas agregadas, os fornecedores de materiais que virão de outros estado, com caminhões à diesel e navios carregado no porto, que hoje não existe. Tem... e outros, e outros é veiculo de transporte além de outros equipamentos provisórios temporários ou não. Que serão colocados à disposição do do COMPERJ e de suas fábricas agregada. Eu queria saber se no estudo ambiental que foi feito, foi é... contemplado a possibilidade do desse aumento de poluição natural, não visando a poluição do complexo em si, mas de tudo que vai gerar à “posterióri”. E nesse caso, como por exemplo, soluções do florestamento do COMPERJ, o relatório apresentado foi bem explícito, ele colocou o cinturão verde, os dique de contenção. Eu já li pela internet o o RIMA e vi as condições que ele ta, tão boas, ok. Mas e esse aumento natural e gradual de de poluição gerada através da do funcionamento do COMPERJ, daqui a , sei la, 5, 10 anos, como é que vai ser combatido? Isso vai acontecer, Isso independente do que queira ou se preveja ou não, isso irá acontecer. E esse estudo foi contemplado pra se colocar, por exemplo, é... um aumento gradual da mata nos municípios em volta do COMPERJ pra que possa compensar emissão de carbono, por exemplo, foi visto dessa forma? Ou eles são visto só setorial o COMPERJ? JOSÉ ALBERTO GEMAL A pergunta é muito oportuna e coloca justamente alguns dos desafios maiores num estudo de impacto como esse. Não é que, certamente a questão da qualidade do ar, por exemplo, em qualquer complexo do gênero vai processar oito milhões de toneladas de petróleo bruto por ano, né, é... são extremamente pertinentes, não é? ... nós dedicamos uma uma boa parte do esforço técnico de modelagem é.. matemática de impacto sobre a qualidade do ar, não só nos chaminés, nos tanques no COMPERJ, tanto nas emissões de fontes fixas, pontuais como a gente chama, nas emissões evaporativas, fugitivas, e colocamos, além disso, por, aliás por exigência da FEEMA, né? na instrução técnica, é.... nós conversamos aqui um pouco antes sobre os cenários, né? do prognóstico do desenvolvimento da região, e... isso foi feito através de um de uma conjugação de técnicas, analises de insumo/produto, e uma modelagem adicional em função da atratividade de cada município e da sua distância ao COMPERJ, nós chegamos a números, a quantidade de pessoas que seriam atraídas pelo COMPERJ, independentemente do fato de de da geração de emprego industrial, tá? mas pra tentar 42 levar em conta justamente os efeitos indiretos e induzidos, não é? E o fizemos para a qualidade do ar e fizemos também o estudo de tráfego, e eu menciono lá no audiovisual que Manilha já ta congestionada hoje, imagina daqui há 5, 10 anos. Em 10 anos o tráfego pode crescer 50% ou mais o tráfego rodoviário, né? e e.. de forma que o EIA, é... entra, em certo nível de detalhe, recomendação de medidas mitigadoras, não é? O reforço aos transportes de massa, integração do transporte ferroviário, em particular, metroviário e ferroviário pra aliviar cada vez mais no futuro o modo rodoviário. A melhoria do planejamento rodoviário no sentido de ampliar a articulação do arco ... do arco rodoviário metropolitano com o sistema constituído pela RJ-116, pela BR-101 e pela ... a rodovia estadual que dá acesso à Região dos Lagos... são recomendações típicas pra diminuir o impacto do tráfego induzido. No que se refere à qualidade do ar, o estudo indica com... com certo conservadorismo, não é? Nós colocamos uma população de 85 mil habitantes em torno do COMPERJ e com taxas de emissão por metro quadrado de área urbanizada, da mesma ordem de grandeza que é da média da região metropolitana do Rio de Janeiro. E simulamos isso em conjunto com chaminés e tanques do COMPERJ. E chegamos a um resultado com uma... como o Luis Alfredo mencionou isso, com exigência complementada à FEEMA, de 90% de abatimento de poluente crítico, que é o conjunto de óxido de nitrogênio, depois a gente pode entrar no detalhe disso ... chegamos a um resultado em que o COMPERJ mais um crescimento urbano induzido, ocupam cerca de 60% da qualidade do ar em uma hora, do limite máximo, brasileiro, que é um limite bastante rigoroso, 320 microgramas por metro cúbico de ar. Só pra vocês terem uma idéia, Estados Unidos não praticam limite horário pra esses óxidos, esse conjunto de óxidos. Na verdade está expresso sob a forma, sob a a identidade química da expressão é o dióxido de nitrogênio. Ele não é regulado em período curto nos Estados Unidos, porque ele não é um poluente de características agudas, né. ele é um polu... poluente que tem características mais de... é um problema crônico, pra pessoas idosas, pra crianças, quando em doses, quando em taxas de concentração no ar ambiente acima desse nível. Nós tamos com menos de 60% desse nível considerando a o funcionamento combinado do COMPERJ com um nível de investimento brutal em sistemas de redução de abatimento da poluição dos chaminés, é... e e isso nos deixou muito tranqüilos agora nessa nessa etapa do processo de licenciamento, quando a gente pode através da melhor técnica disponível, prever uma situação é... em que o COMPERJ é... vai induzir o crescimento urbano, sem dúvida alguma, mas não vamos ter aqui condições semelhantes à, por exemplo, que a gente tá medindo hoje na região da da de Duque de Caxias, não é? Em que a qualidade do ar tem tem tem, é.. vocês podem entrar no site da FEEMA, há seguidas das evidências de violação, nós temos um programa de de poluição, de controle da poluição veicular, que ainda tem muito quer dar, né, e nós todos dependemos da eficácia desse programa pra que a qualidade do ar no nosso futuro metropolitano não seja como em Los Angeles, ou Tóquio ou México, aonde alguns casos, as pessoas não podem nem sair de casa, não é? Com relação ao finalmente, a sua outra pergunta, que é sobre o efeito estufa, né? essa é uma questão extremamente difícil de lidar num país como o Brasil, e que o protocolo de Kioto nos coloca, nós somos signatários, mas nós estamos no anexo C ainda, né. Nessa nova virada, eu não vou entrar no mérito das discussões sobre o atendimento ou não, é... de uma país emergente como o Brasil, ao ao mesmo critério que é aplicado pra Europa, Estados Unidos, não vou entrar no mérito dessa discussão, acho que não cabe aqui. O que cabe aqui é que a contribuição do COMPERJ ao efeito estufa, é obviamente significativa, mas poderá encontrar mitigação. Nós da equipe do EIA recomendamos com muita, com muita convicção o projeto estendido, como a gente chama do corredor ecológico, né? o corredor ecológico com uns 4 milhões de árvores nos 45 quilômetros 43 quadrados do COMPERJ é uma atuação notável, no sentido que hoje não temos lá mais de 200 hectares de mata remanescente. E nós vamos plantar lá, nós vamos ter o equivalente a dois mil hectares, mas além disso estender esse projeto e ampliar essa conexão com as unidades de conservação na serra, utilizando as calhas dos rios que hoje não têm faixa marginal, hoje não tem mata auxiliar. Vamos reforçar esse processo de corredor ecológico numa perspectiva de desenvolvimento agro florestal sustentável pra essa região. Cuja vocação agrícola propriamente dita é muito limitada, não é? Então vamos preservar o que tem de melhor, ali na região da agricultura orgânica, ali em Papucaia e vamos estimular o desenvolvimento de base agro florestal sustentável. E obviamente vamos tentar garantir que as nossas unidades de preservação da serra, não é, continue ou melhorem ainda em termos de cobertura florestal pra podermos seqüestrar o carbono que estamos gerando. Platéia – Orany Francisco Araújo Sobrinho – Conselho Municipal de Saúde de Niterói e do Conselho Estadual de Saúde. É... ainda é boa noite, são quase meia-noite. Meu nome é Orany, eu sou do Conselho Municipal de Saúde de Niterói e do Conselho Estadual de Saúde. Eu encaminhei uma pergunta sobre o plano diretor regional e o plano diretor de investimentos em saúde. E sai daqui um pouco preocupado. Nesse exato momento, não dá pra mim precisar quantos nós somos aqui, mas se eu tiver certo, que nós somos cem e se trinta pessoas nesse momento precisar do serviço público, nós vamos ao óbito, com certeza. Ou seja, os hospitais regionais aqui da região, da sua capacidade instalada, somente 30% consegue estar atendendo. Nós temos hospital Geral de São Gonçalo literalmente fechado, nós temos João Carfaro fechado, o Azevedo Lima há sete anos com “pobrema” jurídico, com sete andares desativados. Nós temo a urgência e emergência do Antônio Pedro fechada. E quando o RIMA, ele é projetado, a de 2000 e nós tamos em 2008, e faz uma projeção do percentual da população e nós na saúde estamos trabalhando de 2007 a 2011, fica um pouco difícil pra nós entendermos de que forma nós vamos fazer essa projeção. Por que? Nesse exato momento, e ai se... tem mais ou menos cinco meses atrás, a vice-presi.., a Vice-Presidência da República, através do Alexandre Padilha veio ao Rio dizer para os Prefeitos que a lei 11.107 que regulamentou os consórcios públicos na saúde não poderia abrir mão do controle social através da lei 8.142. e ai nós temos o CONLESTE com 11 Prefeitos que não se entende e aqui diz que a responsabilidade da saúde será literalmente atribuída à essas prefeituras que estão literalmente disputando esse dinheiro. E é a população que vai morrê. Nesse exato momento nós vamo ter uma reunião com a Petrobras, dia 12 de março... em Itaboraí com os Conselhos Municipais de Saúde e eu espero, em nome da população dessa região, que nós possamos entender qual o papel da sociedade, que esse RIMA diz no Comitê de Avaliação e Comitê Diretivo que nós fazemos parte e de que forma nós podemos intervir para que essas prefeitura, de forma responsável e o Governo do Estado entenda que nós tamos tratando de vidas e não somente de meio ambiente, que também é vida. (aplausos). ANTÔNIO GUSMÃO Só um instantinho que aquela... ela... senhora tava inscrita. Você pediu pra falar? Você, Heraldo, também pediu a palavra? Desculpe. ah... olha, eu tenho algumas perguntas aqui que nós selecionamos. Qual é o seu nome, por favor? E quem fez a pergunta? Caroline, a a sua pergunta já foi lida, não foi Caroline? Você não falou sobre uma nova audiência, não é isso? Você se incomoda de fazer a pergunta aqui ... no microfone? Você expõe já que a gente ta... você pode fazer a pergunta, por favor? 44 Platéia - Caroline Oliveira – Moradora do Rio de Janeiro Pra gente não ficar tanto tempo aqui, a minha intenção é que as perguntas que foram feitas por escrito foram, são lidas por escrito, por ...va..., lidas, porque vai mais rápido, do que todo mundo vir aqui... ANTÔNIO GUSMÃO É mais rápido você perguntar no microfone o que você quer e a gente responde... Platéia - Caroline Oliveira – Moradora do Rio de Janeiro Bom, uma das tantas perguntas feitas pela ECO MARAPENDI é com relação ao resíduo... (ah , ta certo, ta certo)... Porque uma das coisas que é... quer dizer, grande parte dos produtos do empreendimento em questão, é.... de materiais que são hum... descartáveis, né? E consequentemente vão gerar um aumento considerável no resíduo. Eu queria saber se vocês já pensaram em alternativas né? é.... pra minimizar o impacto que vai ser gerado por esse aumento no descarte de desses resíduos? ANTÔNIO GUSMÃO Cê perguntou também alguma coisa sobre outra audiência, não foi? E foi respondido, não foi? (já, essa pergunta já foi feita) Você vê, foi isso, foi resíduo, qual é a outra pergunta que cê fez? Platéia - Caroline Oliveira – Moradora do Rio de Janeiro A Vera não se encontra aqui, mas ela fez uma pergunta que a gente gostaria que fosse respondida. Que é com relação ao número de empregos ANTÔNIO GUSMÃO Ah sim. Número de empregos em casa fase do empreendimento. Desculpa, desculpa. Platéia - Caroline Oliveira – Moradora do Rio de Janeiro Sim, exatamente. 45 ANTÔNIO GUSMÃO Então vamos tentar responder a primeira: qual a previsão de números de emprego em cada fase da implantação do empreendimento? Platéia - Caroline Oliveira – Moradora do Rio de Janeiro É.. parece que assim... pelo que eu percebi, são 200 mil empregos que vão ser gerados, né? Nesses 200 mil, é... eu gostaria que eles fossem divididos... vai ter na a... de obras, é.. e depois na fase de ...ão. como é que, como é que esses empregos vão ser distribuídos ao longo da operação, né e do desenvolvimento do empreendimento. ANTÔNIO GUSMÃO Essa foi a pergunta, primeira pergunta daquela folha que a Vera me deu. Quando eu falei da água.. desculpe, escapou. Mas a pergunta é essa: quantas vagas de empregos cada fase do do do fase da implantação. RODRIGO PIO Ta. eu vou tentar te responder. É... ANTÔNIO GUSMÃO E operação também, é... em todas as fases, é... RODRIGO PIO Pra simplificar, pra eu conseguir ser mais objetivo, eu vou te dizer os diretos, né. Você sabe que dos... lembra do número 212 mil empregos? Esse número é emprego direto, é... que sou eu, né. Emprego, eu, que trabalho no empreendimento. Emprego indireto que é o nosso cameraman, ele é indireto, tá? E tem o efeito renda. O efeito renda é quando é... ele gasta o dinheiro que ele ganhou aqui trabalhando nesse evento, compra mais aquilo que ele gosta e a fábrica daquilo que ele gosta contrata uma pessoa. Não é muito abstrato não. É isso ai. Então vamos lá, eu vou falar... Platéia - Caroline Oliveira – Moradora do Rio de Janeiro Esses são os 200 e alguma coisa mil? RODRIGO PIO Calma. No ano passado então, o cálculo da, no Brasil, 212 mil empregos diretos, indiretos e por efeito renda, tá? Esse número, a gente teve como conservador e depois realmente se revelou conservador, tá? A FGV depois fez novas projeções de números de empregos diretos, indiretos e por efeito renda, e regionalizou, tá bom? Eu vou simplificar. A FGV considera que esse número possa ser superado, tá? Ela considera um número perto de 220 ou mais. A depender apenas se as fábricas de plásticos processados vão ficar aqui ou vão pro exterior, tá? Se a gente conseguir fazer cadeira, a gente fa.. a gente faz uma uma lentilha branca. O plástico que o COMPERJ faz é uma lentilhazinha branca e alguém faz cadeira com aquela lentilha. Se essas fábricas ficarem no Brasil, o número de empregos no Brasil, diretos, indiretos e por efeito renda, passa de 250 mil, tá bom? Agora vamos falar do diretos. São aqueles empregos que vão ser gerados dentro dos muros do COMPERJ. Cê quer sentar? Fica mais à vontade. Dentro dos muros do COMPERJ, é... uma vez que gente possa ter uma licença de instalação, durante 18 meses, 3 mil pessoas vão trabalhar lá dentro do do do território ... do território da Petrobras lá. Três mil durante 18 meses, não é terraplanagem não... te ouvi, não é só terraplenagem não, é muito mais coisa. Ah... intramuros. É o intramuros, perfeito, e é 46 terraplenagem, é.. e construção de canteiros e uma série de outras infra-estruturas que a gente chama de urbanização. Três mil pessoas. Aí depois quando acabar essa fase, a gente começa é... obras civis que já, a a população já começa a chegar perto de 10 mil. E depois entram um é um construção e montagem industrial, instrumentalização ai realmente é aquilo que o pessoal chama de formigueiro, mas é um formigueiro organizado, tá? Nesse caso, a população de obra, aquela população que todo dia vai pegar um seu ônibus e vai pra sua casa e volta, tá? Direto pra dentro de seu município do CONLESTE, essa população é... pode variar entre 18 mil até 25 mil pessoas a depender é... das das empresas que vão construir pra nós. A Petrobras não constrói, né? Petrobras contrata empresas que constroem e essas empresas é que sabem quantas pessoas elas vão precisar pra fazer um certo serviço. Então roda em torno de 20 mil pessoas. Esse tipo de trabalho, não tem muito efeito multiplicador, tá? O que que é isso? O groso dos empregos nessa época, é o direto. O indireto são quentinhas, são todas as outras coisas, mas não é tão relevante e o efeito renda muito menor. Depois quando o COMPERJ estiver operando, ou seja, produzindo plástico, o número de empregos considerado no estudo de impacto ambiental vai variar entre 6 mil e 10 mil pessoas. Dentro das fronteiras do território, vai ser menos gente, mas o efeito, é... indireto e por efeito renda, é muito mais significativo, tá? Na região, a FGV estima que o número de empregos diretos, indiretos e por efeito renda, desses 212 ou 220 mil nacionais, cerca de metade são empregos da região, o que é muito, muito relevante. Porque se a região tem dois milhões de pessoas, e alguns não têm idade pra trabalhar, a geração de 100 mil empregos diretos e indiretos ou por efeito renda, regionalizados, se for colocado em comparação com a população economicamente ativa, é algo que a gente deveria estar preocupado se vai ter profissional na qualificação necessária, por isso, a gente se repete tanto na questão do Centro de Integração. Resíduos. ANTÔNIO GUSMÃO A outra pergunta em relação a resíduo. RODRIGO PIO O plástico. É... há um tempo atrás, a gente se preocupava com a lata de alumínio, hoje em dia eu eu posso ter certeza que não existe nenhuma lata de alumínio dentro de qualquer lata de lixo aqui, dentro desse ambiente. Nem lá que eles abriram várias, não tem nenhuma lata de alumínio lá. Eu posso ir lá conferir com vocês. Por quê? Vale uma fortuna, tá? outros produtos já estão valendo uma fortuna na reciclagem, o vidro, o aço, recentemente a garrafa PET, a gente cada vez ta vendo menos garrafa PET na rua, porque? Está se criando valor para esses produtos. O petróleo tá altíssimo, passando de cem dólares, o plástico é feito de petróleo, o plástico também tá muito caro. Essa cadeira que vocês estão sentados, ela tem mais ou menos dois quilos de polipropileno, tá? essa cadeira, só de plástico, esses dois quilos de polipropileno no valor atual, quatro reais aproximadamente do custo dessa cadeira, é o plástico. Se você for ver que essa cadeira a gente consegue comprar por 20, 25 reais, 4 reais é a matéria prima, porque o trabalho que dá pra fazer uma cadeira dessa não é brincadeira. Ou seja, o plástico tá muito caro, mas ainda não ta caro o suficiente para que as pessoas retirem, é... do mercado alguns plásticos praticamente inservíveis, como sacolas de plástico muito fininho, que são inservíveis pra reciclagem convencional, né? Mas algumas embalagens de plas... de polietileno melhor, como as de shampoo, que são de polietileno de alta densidade, são muito pesadas já estão sendo recicladas. Ou seja, isso é algo que é... que todas as empresas do Brasil estão estimulando, a Petrobras tem inúmeros projetos na área de reciclagem e em breve essa questão, simplesmente pela questão econômica, que 47 é a economia da reciclagem, ela está provocando um decréscimo da quantidade de matéria-prima servível nas nossas lixeiras. Desafio diminuir a quantidade de plásticos inservíveis é, é... na sociedade, por exemplo, a sacola... perguntam pra gente assim: ihhh vai acabar a sacola de plástico do supermercado e o COMPERJ não vai se justificar. Não! A sacola tem que ser de plástico mais grosso, pra gente vender mais plástico e você trazer de volta pra casa e usar várias vezes. O plástico, ele é como a madeira. A madeira é boa ou ruim? Depende! Você corta a madeira pra fazer móvel do lugar que tem que cortar e planta duas outras no lugar? Madeira é boa. Você corta a floresta pra fazer um móvel pra sua casa, madeira ruim. Então tem o plástico bom e o plástico ruim. A gente é do bem, a gente tá no lado do plástico bom, tá? A gente é a favor da reciclagem, a gente é contra a sacola que entope os bueiros, a gente é contra a sacola que suja os rios, tá? O COMPERJ é petroquímica. Eu tenho ate uma cola aqui, os os nossos materiais, os nossos materiais já tão saindo com o lema do COMPERJ. “ “COMPERJ é petroquímica com responsabilidade sócio ambiental”. tá? ANTÔNIO GUSMÃO Outro questionamento da Caroline foi em relação ao saneamento. Platéia - Caroline Oliveira – Moradora do Rio de Janeiro Deixa eu só falar um pouquinho sobre essa questão da reciclagem. É... eu gostaria até de fazer um esclarecimento com relação à questão do alumínio. Até fazendo um.. que é importante a gente ter com relação ao plástico também. Na.. embora o Brasil seja campeão mundial na reciclagem de alumínio e a gente acha que isso é um ganho ambiental, ainda assim o Brasil continua extraindo cada vez mais bauxita pra produzir mais alumínio pra exportação. A gente sabe que essa extração é extremamente impactante e um paralelo semelhante a gente pode fazer com relação à questão do plástico, né, então só o fato dele ser reciclado, não significa que isso vai ser um ganho ambiental, né, é preciso ver a complexidade da coisa de uma maneira mais ampla, né. E a outra questão é, na verdade a minha pergunta é se vocês têm alguma ação prática mesmo, né, alguma ação pra ser colocada em prática com relação à isso, a questão ao resíduo que vai ser gerado, que vocês, né, que vocês concordam com a reciclagem, apóiam, tudo mais, eu até entendo e sei que sim, mas o que vai ser feito de concreto com relação à isso. RODRIGO PIO Responsabilidade de fornecedor. Na forma da lei, a gente é responsável é... pela cadeia do plástico até o próximo elo. Nosso produto é esse aqui, né? olha só, vou mexer aqui pra vocês verem. Esse aqui é o nosso produto. É uma lentilha plástica branquinha, tá? O pessoal usa pra fazer decoração de árvore de natal e aquário também, só que ele bóia. Nosso cliente compra isso aqui e faz isso aqui. Faz também a sua cadeira, faz o meu crachá. Esse cliente vai ter que cumprir a lei do retorno, não é isso? Quando ele produzir uma, um produto ele vai ter que se ligar em trazer de volta, esse cliente vai ter que fazer isso, porque a Petrobras não vende sacola, nem vai vender. Petrobras vende bolinha. Mas a Petrobras não vai fechar os olhos pro que, o meu cliente que vai fazer sacola vai fazer. Petro... o COMPERJ é petroquímica com responsabilidade sócio ambiental, ou seja, a Pessoa que vai fazer sacola, comprando o meu produto, eu vou querer saber se ta cumprindo a lei, como tudo que a Petrobras faz, tá? E ela dá apoio, dá suporte à essas pessoas. Mas a gente, a gente vai vender pra em torno de 8 mil pessoas que comprar essa bolinha aqui. E o plástico tem enormes benefícios ambientais. Vão achar que eu tô maluco aqui. Sabe por que que as pessoas não identificam o beneficio sócio ambiental 48 do plástico? É porque você já incorporou o beneficio sócio ambiental do plástico à sua vida e você acha que ele sempre existiu. O seu carro hoje tem em torno de 200 quilos de plástico, se você tem um carro de luxo, ou ele tem em torno de 50 a 100 quilos de plástico se você tem um carro popular. Cem quilos de plástico num automóvel fazem ele ficar muito muito mais leve, porque evita que você coloque 300 ou 400 quilos de aço dentro de um carro. Resultado: o plástico reduziu o peso de tudo e o plástico como embalagem, reduziu o pesa de tudo que é transportado. Então o benefício dessa economia nos combustíveis fósseis no transporte, ninguém calcula mais, porque, alguém se lembra do tempo que o iogurte vinha no vidro? Se você fizer um esforço você lembra. O plástico reduziu o peso de tudo, o plástico esta também reduzindo o custo dos transportes e as emissões atmosféricas do transporte. Além do mais tem outro benefício, o plástico reduziu o preço das coisas, hoje em dia as pessoas têm acesso a bens baratos e úteis e duráveis. Por exemplo, eu eu ouço na minha casa uma historia, que é muito engraçada, minha mãe se casou no ano de 1968, e ela ganhou uma batedeira, quem deu a batedeira pra ela foi o Juiz, sabe um Juiz de Direito? Um Juiz de Direito ganha bem, né? ou seja, o presente, o melhor presente que minha mãe ganhou, foi porque o vizinho do Grajaú, que era Juiz, podia dar uma batedeira, tudo era muito caro, tudo era feito de aço, tudo é é era uma dificuldade pra transportar, guardar e ter o aceso das pessoas, hoje em dia uma batedeira é feita de plástico, ela é leve, leve pra guardar, leve pra ser transportada, e muita gente, hoje, que não podia ter uma batedeira, hoje em dia pode ter. Então plástico é pra olhar por diversos ângulos como tudo na vida, tem o bom uso do plástico o mau uso do plástico, tem coisas pra ter muita atenção em relação ao plástico, o plástico também trouxe muitas vantagens pra nossa vida, tá? ANTÔNIO GUSMÃO Caroline, mais alguma pergunta? Pois não? Platéia - Julio César Góis de Andrade – Morador de São Gonçalo É... primeiro eu não sei se dou bom dia ou boa noite, não é? E isso já coloca um “ploblema”, que eu acho que é horário e o dia das Audiências, né? Num município é... proletário. É... o segundo problema é... em relação ao encaminhamento, né? foi dito que seria tudo por escrito, começou a ser oral. Criou-se o abismo entre a prática e a teoria. Em terceiro, eu encaminhei duas questões, uma foi respondida, sobre transporte de massa e a outra sobre se há alguma relação, né, entre o programa de despoluição da Baía de Guanabara e o COMPERJ, visto que o próprio programa de despoluição da Baía de Guanabara, ele já sumiu da mídia há muito tempo, pelo menos é.. eu não tenho encontrado grandes coisas, né, e só pra me identificar, eu sou o Julio César Gois de Andrade, e eu sou professor há 20 anos na rede municipal. Obrigado. ANTÔNIO GUSMÃO Obrigado, seu Julio RODRIGO PIO Presidente, desculpe. O COMPERJ, ele tem um programa de não poluição da Baía da Guanabara, o o PDBG é um outro projeto de uma outra época, o COMPERJ nem era pensado naquela época. O COMPERJ, ele tem é a é.. a definição de não poluir a Baía da Guanabara. Nós trouxemos a melhor tecnologia do mundo, tá? prá não poluir a Baía da Guanabara. Não sei nem se algumas outras empresas no Brasil poderiam implementar a mesma tecnologia aqui que nós estamos implantando, prá não poluir a Baía da Guanabara, prá não poluir o ar. O nosso programa de gestão de resíduos sólidos ta na 49 mesma altura, tá? A nossa qualidade atmosférica garantida por sistemas éééé que que aaaa é difícil até dizer ooo quanto custa ou quanto vai ser o esforça prá Petrobras fazer, tá? Prá Petrobras fazer. O sistema de tratamento de efluentes é o melhor do mundo. É o melhor do mundo, tá? E o nosso programa de gestão de resíduos sólidos, ele olhou pra todos os municípios da da do Estado do Rio de Janeiro que tem capacidade de gerenciamento de resíduos, ele é, ele é de uma... uma precisão, ele sabe que se nós gerarmos um resíduo do tipo A, ele só pode ir para o aterro do tipo que tem ali no município A, B ou C. Por que? Não, não tem condição de ter erro, sabe? Que o COMPERJ é um empreendimento que vai gerar resíduo sólido, tá? Vai gerar. Nem todo resíduo sólido vira dinheiro, tá bom? Tem muito resíduo sólido que vira custo mesmo pra gente. A gente vai pagar e vai pagar caro pra pra pra dispor, tá? Então a gente já sabe, aquilo que não vai virar dinheiro, a gente já sabe pra onde mandar. E aquilo que é... tem alguma serventia, já sabe como tratar, tá?! Nesse sentido a gente pode ter certeza. O o efluente do COMPERJ são 60 litros por se.. 64 litros por segundo de uma água salina com uma contaminação muito baixa. Isso equivale aa equivale aa um aa uma população muito pequena, alguma coisa como com 10 mil pessoas, tá? Um bairro pequeno na Ilha do Governador. Sabe? Ou seja, ééé alguma coisa tipo um um um vilarejo. Aqui, São Gonçalo cresceu um pouquinho produz mais efluentes. O COMPERJ equivale aaa um... uma quantidade de pessoas, tá? E o problema, a quantidade de pessoas ao inv... ao redor da Baía da Guanabara continua crescendo, tá? E a quantidade de esgoto continua crescendo, mas o COMPERJ ta fazendo a sua parte em não poluir a Baía da Guanabara, tá? Mesmo assim a FEEMA encontrou, encontrou restrições e apresentou novas restrições que nós vamos cumprir, tá?! ANTÔNIO GUSMÃO Boa noite, seu... Platéia - Abimael Gomes Pereira – Morador de Niterói Vou complementar o que tava se falando. Eu pensei o seguinte: uma... pequena estação de dessalinização de água da Baía de Guanabara pra fornecer água pra complementar ou até pra agrupar a água fornecida da entrada do COMPERJ não seria uma coisa viável? Já que é... mesmo que fosse um pra um, os 50 litros por minuto ou pelo 50litros por minutos que é tirado, dessalinizado e tratado e dado como entrada no COMPERJ pra que tudo que saísse e entrasse de forma que compensasse. Mesmo o pequeno é é a pequena, a pequena entrada de de de efluente na Baía de Guanabara fosse compensada pela pequena entrada de material tirada da Baía da Guanabara e tratada e utilizada no COMPERJ anteriormente. 50 RODRIGO PIO A sua idéia tem uma filosofia interessante. É... mas a questão da Baía da Guanabara não sei se vocês captaram uma uma condicionante que chegou pra gente aqui nesse processo de licenciamento. É... é.. a gente tem que continuar analisando a hipótese de lançar o efluente fora da Baía de Guanabara, no no oceano, tá? A FEEMA não fechou questão de que pode ser na Baía da Guanabara não... eles têm dúvida, então a gente tem que trabalhar muito mais pra ver onde é que vai propor e discutir com a sociedade, como é que a gente vai propor essa disposição desses efluentes. Então.. não pensa que ta fechado Baía da Guanabara, tá? Outra coisa, dessalinizar a água da Baía da Guanabara pra gente usar é uma solução que a gente fica ruim, porque a gente não consegue compartilhar, tá? A Petrobras podia pegar a água toda pro COMPERJ, da Baía da Guanabara, dessalinizar e usar, mas essa solução não é compartilhável com a população. Porque se você tivesse que beber a água dessalinizada e consumir a água pro seu banho, dessalinizada, a sua conta de água ia ser mais cara que a sua conta de celular, porque a energia ta custando muito caro, ta. Então, soluções não compartilháveis com a população, a CONCREMAT não recomendou e a FEEMA entendeu dessa maneira também. Tá? Ou seja, a Petrobras vai ter que ter uma solução de água se, e somente se, se e somente se ela puder ser compartilhada com a população, certo? Então, dessalinização não dá pra compartilhar. ANTÔNIO GUSMÃO Bem, meus amigos. Nós tamos completando agora cinco horas de Audiência. Eu queria agradecer aqui a presença de todas as pessoas, as perguntas que foram feitas, não é? A paciência das pessoas que fizeram as perguntas e aguardaram de forma totalmente dedicada. Aguardar.. agradecer também aquelas pessoas que nos acompanharam aqui nesses quatro dias de de contato com a, com os Municípios. Fizemos novos amigos, né? Novas aa amizades antigas foram mantidas dentro de um clima de respeito, de amizade, de de consideração e hoje então nós estamos aqui no Município de São Gonçalo, encerrando esse ciclo de Audiências Públicas sobre o empreendimento do COMPERJ. Agradeço a todos e esperamos revê-los nos próximos encontros ambientais. Uma boa noite e que Deus nos acompanhe. Muito obrigado. (aplausos) 51