Ano IV • n º 81 Pimeira quinzena de setembro de 2005 R$ 3,50 EM POUCAS PALAVRAS A notícia em primeira mão, o chamado furo de reportagem, é objetivo perseguido pela maioria dos bons jornalistas. As transmissões ao vivo GRAVES & AGUDOS e a instantaneidade dos blogs e sites jornalísticos fizeram desse tipo de proeza jornalística algo extremamente difícil para a mídia impressa, especialmente para publicações O americano Derrick May, um dos pais do techno, é atração do Brasilia Music Festival Mix no dia 9 16 quinzenais como a nossa. É perfeitamente compreensível, portanto, o entusiasmo do repórter Diego Recena ao chegar à redação da LUZ CÂMERA AÇÃO revista, na semana passada, com a notícia do lançamento de um produto O festival Assim Vivemos, no CCBB, exibe Do Luto à Luta e outros 32 filmes sobre deficiência que promete virar de cabeça pra baixo o mercado nacional de vinhos. A novidade – uma caixa contendo 5 litros do Cabernet Sauvignon Alto Vale – 28 é uma tentativa da Casa Valduga, uma das mais importantes vinícolas nacionais, de difundir entre nós o hábito GALERIA DE ARTE do consumo de vinho nas refeições, comum em grande parte da Europa e Foto Arte 2005 terá 80 exposições para um público de mais de 500 mil pessoas mesmo em países do Novo Mundo. E, ao mesmo tempo, de estimular o serviço “em taça” nos bares e restaurantes. Foi a melhor notícia, mas não a 33 única, obtida por Diego na entrevista exclusiva com o proprietário da vinícola gaúcha, João Valduga, que publicamos a partir da página 6. E MAIS: 4 ÁGUA NA BOCA 9 ROTEIRO GASTRONÔMICO Boa leitura! ADRIANO LOPES DE OLIVEIRA EDITOR 20 VERSO & PROSA 22 ACONTECE NOS SHOPPINGS 24 DIA & NOITE 26 BEM VIVER é uma publicação da Editora Roteiro Ltda | Setor Hoteleiro Sul, Brasil XXI, Business Center Park 1, Sala 1307 – Tel: 3217-0217 Fax: 3217-0200 | Redação [email protected] Editores Adriano Lopes de Oliveira e Maria Teresa Fernandes | Produção Célia Regina | Direção de Arte e Capa Eduardo Branquinho | Foto Capa Cristiano Sérgio | Diagramação Eduardo Krüger | Fotografia Débora Amorim | Publicidade [email protected] | Diretor Jaime Recena (8449-9736) Contatos Comerciais André Gil (9988-6676), Giselma Nascimento (9985-5881) e Bruna Chiavicatti (9962.2325) A Roteiro Brasília está à venda nos seguintes locais: Rede O Jornaleiro (103 Sul, 309 Norte, Brasília Shopping e 104 Sudoeste), Banca Amanda (103 e 304 Sudoeste), Acervo 162 (Terraço Shopping), Banca Cultural (108 Sul), Banca do Boni (QI 2 Lago Norte), Livraria da Travessa (térreo do CCBB) ÁGUA NA BOCA Irlandês candango Especializado em cervejas importadas, O’Rilley quer ganhar o título de pub mais autêntico da cidade DIEGO RECENA Em um pequeno cercado nos fundos do bar, uma banda que mais parece os Paralamas do Sucesso toca clássicos do rock nacional e internacional. Perto deles, encostado no balcão de madeira, um casal de ingleses arrisca um português confuso, enquanto uma turma de novos empresários da Capital aproveita para cantar as garçonetes vestidas em minissaias estilo escocês. Por trás de toda a cena estão Aloísio Pádua, Luís Cláudio Carvalho, Bi Ribeiro (baixista dos Paralamas) e muitas doses de cervejas nacionais e importadas. Os três mosqueteiros são agora os proprietários do mais novo pub da cidade. Com nome e sotaque irlandês, o O’Rilley parece ser, na opinião de muitos, a primeira casa fiel ao conceito em Brasília. Nas palavras de Aloísio, o grande diferencial é a cerveja. No O’Rilley a 4 bebida não é apenas coadjuvante, mas atriz principal. “Nosso conceito está baseado em oferecer um ambiente agradável onde as pessoas possam tomar cerveja de boa qualidade”, diz. O pub tem aproximadamente 30 variedades da bebida, entre nacionais e importadas. Todas devidamente refrigeradas. Um grande tonel prateado com capacidade para 600 litros mantém a cerveja Stadt Bier na temperatura exata de menos um grau Celsius. Além disso, o pub oferece cervejas inglesas e irlandesas na pressão, servidas nos legítimos pints – copos tradicionais de 570 ml. Entre os carroschefes das marcas importadas estão New Castle Brown Ale, Old Speckled Hen, Erdinger, Chimay e a famosa Guiness. Quanto ao ambiente, os donos também foram categóricos. O pub está disposto em 300 m2. São três espaços: o térreo serve de porta de entrada da casa, amplo, cheio de mesas e com dois grandes balcões de madeira onde o cliente pode tomar cerveja encostado; o subterrâneo é o salão de jogos, lugar da sinuca e dos dardos, com paredes revestidas por pedras aparentes, o que passa a sensação de taverna medieval; e a sobreloja, um dos locais mais privilegiados, tem serviço independente do resto do pub, sistema de ventilação natural e ainda serve como uma espécie de camarote para os shows que acontecem no térreo. Por falar em show, dez bandas vão alternar suas apresentações no pub nas terças, sextas e sábados, por enquanto sem cobrança de ingresso. E não estranhe se algum dia você entrar no O’Rilley, pedir uma Guiness e se deparar com o Paralamas do Sucesso dando uma canja. O’Rilley 409 Sul, Bloco C. 2ª a sábado, a partir das 18h Piantella na Casa Cor ○ ○ ○ salgados, cafés e a iguaria que está fazendo sucesso até na Europa. Os arquitetos criaram um ambiente tipicamente “mineiro de interior”, inclusive com espaço para exposição de artesanato. A Casa do Pão de Queijo levará também sorvetes para a Casa Cor – uma novidade no mix de produtos oferecidos pela marca. Esta será a 14ª edição da mostra e a maior de todos os tempos, com 53 ambientes criados por mais de 80 profissionais, entre arquitetos, decoradores, designers de interiores e paisagistas. Espera-se um público superior ao do ano passado – quase 30 mil visitantes. A mansão que abriga a Casa Cor tem 1.500 m2 e ocupa um terreno de 10.000 m2 numa das regiões mais elevadas de Brasília, o Setor de Mansões Dom Bosco, com vista panorâmica do Lago Paranoá. Casa Cor Brasília 2005 De 2/9 a 9/10, das 12 às 22h, de terça a domingo. SMDB Conjunto 15, Casa 1 – Lago Sul (entrada pela QI 21). Ingressos a R$ 15 e R$ 7 ○ O restaurater Marco Aurélio Costa, do Piantella, preparou um cardápio especial, com forte influência francoitaliana, para os visitantes da Casa Cor Brasília 2005, que começa nesta sexta-feira, 2, e vai até 9 de outubro. A tradicional adega do Piantella também estará presente com 800 rótulos, entre tintos e brancos, mas quem quiser algo diferente poderá escolher, com uma hora de antecedência, entre as 9.000 opções oferecidas pelo restaurante na 202 Sul. Para o público feminino, Marco Aurélio vai organizar degustações de vinhos nas happy-hours da Casa Cor, especialmente de espumantes de várias procedências. O espaço destinado ao Piantella será projetado pela decoradora Ândrea Zorzeto e terá também um piano-bar com pista de dança, para que as noites do Lago Sul se prolonguem. O café – ambiente projetado pelos profissionais Flávia Moreira, João Rafael de Paula e Valéria Motta – será operado pela Casa do Pão de Queijo, referência quando o assunto são www.roteirobrasilia.com.br DOCE ALQUIMIA Transformar frutas em doces. É o que faz há cinco a Alquimia Mineira, empresa familiar da cidade de Estiva, sul de Minas, que a partir de outubro começa a vender seus produtos em Brasília. Depois de aguçar o paladar dos mineiros, agora a expectativa é conquistar os candangos. Os doces serão vendidos na lojas Biscoito Mineiro. Todas as geléias, compotas, licores e bombons são de fabricação artesanal, sem agrotóxicos. As frutas mais utilizadas são morango, figo, maçã, goiaba, pêssego, banana, laranja e limão. Tipicamente agrícola, a cidade ficou famosa no Estado devido às festas religiosas e de colheita. Cada estação é um motivo para lançar uma nova guloseima. “Trabalhamos a possibilidade de cada fruta. Com algumas, como o figo, nós conseguimos fazer geléia, calda e tabletes”, diz Rose Simões, uma das proprietárias da empresa. Informações: 3224.2643 / 3225.5063 5 ÁGUA NA BOCA Vem aí o Valduga bag-in-box Nova embalagem chega para popularizar o consumo de vinhos nacionais de boa qualidade DIEGO RECENA Três vezes por ano, o cinqüentão gaúcho João Valduga deixa sua vinícola em Bento Gonçalves, no Vale dos Vinhedos, e visita o Planalto Central. Essas viagens, em geral programadas com antecedência, têm sempre o mesmo motivo: afinar o relacionamento com seu representante em Brasília. Na última quinzena, porém, Valduga quebrou essa regra e chegou de surpresa à cidade, trazido pelo mau tempo que provocou o fechamento de alguns aeroportos pelo país afora. Nas poucas horas que aqui passou, ele aproveitou para conversar com a Roteiro. Num bate-papo descontraído, o proprietário da Casa Valduga, uma das maiores vinícolas brasileiras, falou sobre os 130 anos de história da empresa, a importância da procedência dos vinhos, o mercado externo e sua mais nova aposta: o Cabernet Sauvignon Alto Vale na embalagem bag-in-box. A partir deste mês o consumidor encontrará em restaurantes e lojas especializadas a nova embalagem – espécie de bolsa acondicionada numa caixa de cinco litros (leia boxe na página 8). A idéia é popularizar o vinho de qualidade, especialmente entre os consumidores mais jovens, e torná-lo companhia para todas as refeições, bandeira que João Valduga não se cansa de defender. Também pudera: esse enólogo gaúcho nasceu debaixo de um parreiral e, desde então, nunca mais perdeu contato com o mundo dos vinhos. É sobre esse mundo que ele mais gosta de falar. 6 Qual o motivo da sua vinda a Brasília? Em relação aos espumantes, Além de aeroportos fechados? Bem, falando sério, existe um nicho de mercado muito grande aqui. Nós, enólogos e produtores, temos que ter coragem para sair um pouco mais da nossa região. Sair um pouco mais da propriedade e ir ao encontro do consumidor. Essa talvez seja a melhor forma de divulgar nossos produtos, mostrar sua qualidade na degustação. Nós, da Casa Valduga, acreditamos que a qualidade do vinho se percebe no copo, e não na maquiagem, na rotulagem ou até mesmo nas premiações. quais são as novidades? O que leva a Casa Valduga a procurar novos mercados? A Casa Valduga é uma propriedade pequena e tem que ser mais inovadora, criativa. Você tem que ficar muito ligado no consumidor. Além das variedades tradicionais como Cabernet Sauvignon, Chardonnay e Merlot, o consumidor está exigindo novas variedades. Quais são essas novas variedades? Por exemplo: as pessoas estão buscando um vinho Malbec e eu ainda não tenho no Brasil esse terroir (característica da terra) típico da qualidade que tem o vinho da Argentina, em especial de Mendoza. Então, tivemos que nos virar. Ou a Casa Valduga se instalava lá ou perdia clientes. Então surgiu a oportunidade de comprar uma propriedade em Mendoza, onde estamos elaborando um Malbec. E não vai ser surpresa se amanhã formos buscar um Barolo na Itália. São novos nichos aos quais você tem que ficar atento. Fale um pouco mais sobre os vinhos produzidos na Argentina... Essa variedade se chama Malbec Mundos. É produzida e engarrafada na Argentina, com a supervisão da Casa Valduga. Começou em 2000/2001 e o Malbec que a gente está trazendo é da safra 2002. A pretensão é trazer um Gran Reserva Malbec, mas isso sempre se dá com a demanda de mercado. Os espumantes são o forte da Casa Valduga na região da Serra Gaúcha. Você se preocupa não só em elaborar um espumante no final do ano, você pode elaborar um para cada estação, dentro da especificidade de cada região. Se hoje nós estamos no inverno, você procura um espumante mais encorpado; se estamos na estação quente, podemos procurar um brut, ou extra brut. Então o espumante é uma bebida extremamente versátil, inclusive que você pode apreciar no café da manhã. Ultimamente as pessoas estão tomando espumante até com feijoada, pois ajuda na digestão. Qual o grande lançamento para 2005/6? O carro-chefe da Casa Valduga ainda é a variedade Cabernet Sauvignon para as uvas tintas e Chardonay para as brancas, que é a rainha das uvas. Agora, o maior lançamento, no qual nós estamos acreditando, chama-se bag-in-box, uma caixa de cinco litros de vinho da variedade Cabernet Sauvignon, no padrão em que é consumido no exterior. Ele chega com preço em torno de R$ 40 a caixa, para permitir que todos os brasileiros tomem sua taça de vinho de boa qualidade durante as refeições. Como vão as ações pioneiras da Casa Valduga, como o complexo turístico? Nós montamos o primeiro complexo turístico vinícola do Brasil dentro da propriedade localizada no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, para que o turista possa participar de todo o processo, conhecer desde a implantação das parreiras até a elaboração dos vinhos. Ao mesmo tempo, mostrar a nossa polenta, a nossa sopa de cappelletti e o nosso galeto. A Casa Valduga também foi pioneira, junto com a Embrapa, na busca da primeira indicação de procedência dentro do Vale, que são os vinhos com uma tipicidade local. Qual a melhor época para se visitar o Vale dos Vinhedos? Janeiro e fevereiro, época da colheita. Mas o maior fluxo de turistas é no inverno. O complexo da Casa Valduga tem um restaurante, que serve comida típica italiana, e quatro pousadas. Como está a qualidade desta safra? Eu diria que o bom vinho depende de vários fatores, mas há um fator preponderante que o homem não consegue manipular que se chama clima. Então, para nós é interessante que não chova durante a colheita da uva, que são os meses de janeiro, fevereiro e março. Tanto é que nos anos bons – l986, 1991, 1999, 2002 e 2004 – tivemos vinhos que podem competir com qualquer outro do mundo. A safra de 2005 foi a melhor dos últimos 50 anos. Nós tivemos uma estiagem muito grande no Rio Grande do Sul, a maioria das culturas ficou prejudicada, mas a uva foi beneficiada. O resultado é um vinho com cor, corpo e sabor. 7 Porque o vinho nacional é mais caro que o importado de qualidade equivalente? Isto se deve principalmente à carga tributária pesada, acima de 42,5%. Outro fator é o custo muito alto da matéria-prima e da tecnologia. ainda. Nosso consumo per capita é de apenas 1,8 litro por ano. Conte um pouco sobre a história da família Valduga? Qual é a solução para baratear o vinho? A solução é plantar mais vinhedos, baixar o custo de produção. O Brasil é muito grande, temos mais de 67 mil hectares e a produção é muito baixa Meus bisavós vieram para o Brasil há 130 anos, quando saíram do porto de Gênova, no norte da Itália. Meu avô já saiu de lá com algumas cepas, algumas parreiras. A ligação com o vinho vem de nascença. Tanto é verdade que eu nasci embaixo de um parreiral. Quais são os planos da Casa Valduga para o futuro? Dos últimos anos para cá, com todas essas técnicas de inovação e apoio da Embrapa, começamos a ganhar premiações que facilitaram as exportações. Vamos buscar agora manter isso, nos qualificar cada vez mais, aprimorar o processo de elaboração dos vinhos e buscar novos conceitos, sem jamais esquecer o mercado interno. Prática e econômica A grande aposta da Casa Valduga para 2005, que atende pelo nome de bag-in-box, tem tudo para revolucionar o mercado nacional de vinhos. A partir deste mês estará à venda nas lojas especializadas o Cabernet Sauvignon Alto Vale 2004, elaborado para o consumo diário e comercializados em novo conceito de embalagem: uma pequena caixa de cinco litros desenvolvida para facilitar o serviço e a armazenagem do vinho. Inicialmente, a Valduga lança a bag-in-box na variedade Cabernet Sauvignon. Vinho jovem, de aromas frutados, com leve passagem em carvalho francês, terá um preço médio de R$ 60 para o consumidor final. Se a caixa de 5 litros equivale a 6,6 garrafas de 750 ml, uma taça padrão (pouco menos de 200 ml) vai custar apenas R$ 2,25. 8 Sucesso na França, Suécia, Noruega e Inglaterra, onde são consumidas cerca de 70 milhões de caixas por ano, e também em países do Novo Mundo, como Austrália, África do Sul, Chile e Estados Unidos, a embalagem possui uma bolsa interna de filme transparente que forma uma proteção para o vinho e conta com uma torneira flex tap que evita vazamentos e facilita o serviço “em taça”, tanto em restaurantes quanto em casa, pois mantém as propriedades da bebida mesmo depois de aberta. Além disso, a embalagem é considerada uma boa opção para festas e eventos, pois é mais leve, mais segura contra acidentes e necessita de menor espaço para armazenagem. Em Brasília, o produto estará à venda na delikatessen Porto Fino, na 308 Norte (3349.1943), e na distribuidora Santo Amaro (3363.7280). ROTEIRO GASTRONÔMICO MÚSICA AO VIVO ACESSO PARA DEFICIENTES ÁREA EXTERNA FRALDÁRIO MANOBRISTA DELIVERY ESPAÇO VIP BANHEIRO PARA DEFICIENTE CARTÕES DE CRÉDITO: MASTERCARD (M), VISA (V), DINERS (D), AMERICAN EXPRESS (A) COZINHA ORIENTAL A casa se tornou um sucesso com serviços originais e rápidos. Em um buffet situado no centro do salão, o cliente monta seu pedido escolhendo até sete ingredientes para compor um prato de massa (macarrões, nhoques, raviólis) ou salada (folhas verdes) ou Vira-eMexe (arroz com feijão). Deliciosos pratos italianos à la carte. Tradicional e inovador. No menu, os pratos mais procurados, como sushis e sashimis, ganham toques inusitados. Exemplo disso é o sushi de atum picado temperado com gengibre e cebolinha envolto em uma fina camada de salmão. As novidades são fruto de muita pesquisa do proprietário Jun Ito, responsável pela criação do cardápio. Nippon 403 Sul (3224.0430 / 3323.5213) CC: Todos Truli 201 Sul (322.4688) Delivery (3225.4050) Com quatro ambientes, um deles é reservado e tem um tatame. As receitas seguem uma linha tradicional e são servidas no sistema à la carte. Sugestão: shimeji, cogumelo na manteiga, como entrada; combinado individual de sushi e sashimi, com trinta peças, como prato principal; e banana flambada com sorvete, como sobremesa. Mitsubá Naoum Plaza (3322.4545) A única casa com fabricação própria de massas, com grano duro. Oferece pratos com sabores, aromas e ingredientes do norte da Itália, com carne de caça, abóbora e polenta. Possui uma excelente carta de vinhos e adega climatizada. Sugestão: Ravióli com recheio de Frango e Catupiry. Cantina da Massa 302 Sul (3226.8374) CC: Todos Tradicionalista, a proposta do consagrado sushiman Ryozo Komiya, que assina todo o cardápio da casa, é de retratar a verdadeira cozinha japonesa. No almoço, buffet, com grande variedade de peixes. A sugestão para o à la carte: teishoku, que inclui entrada, sashimi, tempura, peixe assado, picles, missoshiru, frutas, sushi e chawanmushi. Serve duas pessoas. Takê SHN Torre Palace Hotel (3328.5554) Ichiban CC: Todos Com 12 anos de tradição, lança sempre inovações num cardápio que vai do tradicional às modernidades que o mundo ocidental pede. No almoço e jantar, buffet com mais de 40 tipos de sushis, além de sashimis e cerca de 15 opções de pratos quentes. Também funciona no sistema à la carte. Sugerimos o teishoku, a famosa refeição completa japonesa que oferece a melhor relação custo-benefício. 405 Sul (3244.8870) Terraço Shopping e Pier 21 CC: Todos CC: Todos CC: Todos Descontração e fartura são as palavraschave da casa. A boa pedida é o buffet de antepastos no qual se pode degustar iguarias como alcachofra, palmito, berinjela, lula, polvo, presunto de parma, entre outras. E como prato principal a sugestão do chefe é o cabrito assado. Funciona de segunda a sábado no almoço e jantar e domingo somente no almoço. Unanimità 408 Sul (3244.0666) CC: Todos Entrar no Villa Tevere é como ser transportado para uma tradicional vila italiana. Uma das sugestões, entre tantas delícias, é o Filleto della Máfia: filé mignon recheado com queijos brie e suíço ao molho de vinho e azeitonas, acompanhado de fettuccine cremolatto com tomate seco e mussarella de búfala. Villa Tevere 115 Sul (3345.5513) CC: V, M, D COZINHA ITALIANA Ambiente charmoso. Cardápio tradicional, com massas, filés, peixes e risotos, tudo preparado na hora e com produtos italianos. A carta de vinhos tem vários rótulos nacionais, argentinos, chilenos e italianos, entre outros. O espaço externo é ventilado e agradável. Na frente do restaurante, um amplo estacionamento. 2ª das 17h às 21h30, 3ª a sábado das 12h às 15h e das 17h às 24h, domingo das 12h às 16h. O charme da decoração e a iluminação à luz de velas dão um clima romântico ao Villa Borghese. Aberto todos os dias para almoço e jantar. Sugestões: Tagliatelle del Mare e para sobremesa Picolo Paradiso (pêras cozidas em calda suave de vinho tinto perfumada com canela, servida com sorvete de creme e raspas de limão). Villa Borghese 201 Sul (3226.5650) CC: V, M Trattoria 101 CLSW 101 (3344.8866) CC: todos 9 ROTEIRO GASTRONÔMICO COZINHA CONTEMPORÂNEA COZINHA INTERNACIONAL O ponto alto da casa é a área externa, com capacidade para 25 mesas é o lugar ideal para degustar espumantes, prossecos e vinhos. Na sobreloja encontra-se o bistrô, e no subsolo, a adega climatizada com mais de 4.500 garrafas.Várias sugestões: baby bife à piamontesa, ravioli com três queijos. Um lugar descontraído que oferece comida ao gosto do brasiliense. Ótimo ponto de encontro para todas as idades. Funciona de terçafeira a quinta-feira de 19h à 01h, sexta-feira e sábado de 19h às 2h e domingo de 12h às 16h. QI 11 - Gilbertinho (248.0184) CC: Todos Don Pepe 303 Sul (323.8082) CC: Todos Fred 405 Sul (3443.1450) 210 Sul (3443.2089) CC: Todos Piantella 210 Sul (3244.1039) CC: A e M 202 Sul (3224.9408) CC: Todos No sistema de buffet, aos sábados é servida a feijoada da casa, a R$ 28 por pessoa. Baianas vestidas a caráter servem acarajé e caldos. Nos outros dias da semana, buffet com doze tipos de saladas, seis pratos quentes e sobremesas, a R$ 32 por pessoa. No jantar, somente à la carte. Segunda casa da chef Mara Alcamin. Um lugar agradável e intimista, com decoração moderna. Aberto de segunda a sábado para o jantar e de terça a sexta para almoço. Nas sextasfeiras, durante o almoço, feijoada, e nos demais dias pratos regionais sob encomenda. Zuu A.Z.D.Z. CC: Todos Em atividade há 28 anos e conhecido reduto da política nacional, o Piantella possui uma adega com 2.800 rótulos. No cardápio, bastante variado, destaques para o cordeiro ao forno e o fetuccine com camarão. Entre as entradas, um caviar americano e uma salada de fígado de frango, croutons e bacon. Pioneiro na cozinha contemporânea em Brasília, o Universal mistura as culinárias francesa e italiana, com elementos da cozinha brasileira. Uma sugestão: camarão ao molho de queijo brie, champagne e caviar, com risoto de morango e sálvia. A decoração, com vários objetos inusitados, é um atrativo a mais. Universal Diner CC: V Tradicionalmente conhecido por servir o melhor picadinho de filé da cidade desde 1991, o Fred Restaurante, na 405 Sul (Rua dos Restaurantes), surpreendeu pela qualidade e sabor da sua truta à moda alemã, sucesso imperdível do 2º Festival Sabor Brasília/2005. Vale a pena conferir. Trabalha com serviço à la carte e sugestões diárias do próprio chef Dudu Camargo. Um programa perfeito para todas as horas, com preços para todos os bolsos que combinam com almoço, jantar e até um simples drinque. Funciona de segunda a sexta-feira no almoço e jantar, sábado no jantar e domingo no almoço. Dudu Camargo 307 Sul (3244.4754) The Falls SHS Naoum Plaza Hotel (3322.4545) CC: Todos COZINHA CONTEMPORÂNEA/CAFÉ Às margens do Lago Paranoá, o restaurante funciona dentro do Hotel Blue Tree Alvorada. Todos os dias, no almoço, buffet temático e diferenciado. No sábado tem feijoada. No domingo, o já consagrado brunch. O restaurante oferece também um serviço especial à beira da piscina. No cardápio uma mistura de ingredientes. Para o café, itens com quiches, croissants e sanduíches. Para o jantar, entradas como o Carpaccio de Surubim Defumado e pratos com o Filet com crosta de pimenta, acompanhado por alho gratinado e risoto de banana. Para comemorações, o andar superior recebe mais de 70 pessoas. O Gatto 10 215 Sul (3345.7853) CC: C, V Herbs SHTN Hotel Blue Tree Park (3424.7000) CC: Todos BISTRÔ COZINHA MEXICANA Um aconchegante bistrô onde você pode saborear antepastos, frios, sanduíches com pão artesanal, risotos e massas, tortillas, terrines e saladas. Para sobremesa, torta trufada, fondant e pudim de queijo. A maioria dos produtos é artesanal. Destaques para o balcão, onde se pode tomar café expresso, chopp e a seleção de vinhos da adega. La Bussola 103 Sul (3323.5262) CC: V. M. D Chili Pepper COZINHA NATURAL COZINHA ÁRABE O cardápio é variado e modificado diariamente. São 25 tipos de saladas e doze pratos quentes. À noite, buffet de sopas, canja de galinha com arroz integral e uma variedade de caldos, a R$ 7,95 por pessoa. No sistema à la carte tem saladas, grelhados, sanduíches e açaí na tigela. O buffet diário com mais de cinqüenta pratos é o carrochefe, no almoço e no jantar. Aos sábados, cassoulet – feijoada branca com carneiro, lingüiça e carne de porco. Os salgados, como o quibe frito e a esfirra de carne, são uma boa pedida para entrada. Tannor Hotel Torre Palace (3328.5554) 302 Norte (3326.0272) 202 Sul (3321.5039) CC: Todos COZINHA ESPANHOLA O restaurante traz a culinária de raiz das Minas Gerais e uma programação cultural com músicos de renome nacional e eventos literários. Diariamente, são oferecidos entre oito e nove tipos de carnes. Destaque para a leitoa e o pernil à pururuca, servidos às sextas e aos domingos. Feitiço Mineiro COZINHA FRANCESA 408 Sul (3242.7599) CC: Todos QI 28 Lago Sul (3367.7080) CC: Todos CC: Todos No almoço, o buffet é consagrado pela grande variedade de pratos. Por R$ 28,90 o cliente desfruta de saladas, pratos quentes, buffet de massas caseiras e sobremesas. Para jantar oferece buffet de frios a quilo, e a novidade é o à la carte de grelhado de cortes especiais, destacando-se o T-Bone Steak (350g). Don’ Durica Atendendo apenas por reserva, destaca-se pela boa comida e pelo ambiente charmoso. Da varanda pode-se avistar o Lago e a Ponte JK. No cardápio, receitas das culinárias francesa e contemporânea. Todas as quartasfeiras, a casa oferece menu degustação, com uma entrada, três pratos quentes e uma sobremesa. Nos outros dias, sistema à la carte, com doze opções de pratos. Funciona de terça a sábado a partir das 20h. Gazebo 306 Norte (3272.3032) BUFFET DE RESTAURANTE Inaugurado em 1966, o La Chaumière mantém a autenticidade dos pratos franceses, com temperos trazidos diretamente da França. Sugestões: Filé à Danielle ( com queijo roquefort e pimenta do reino) e Steak au Poivre (filé mignon com conhaque e pimenta do reino, arroz à grega ou batata sautê). La Chaumière CC: Todos COZINHA REGIONAL Terça-feira é dia de tapas no Calaf. Tira-gostos espanhóis no happy hour com música flamenca. Toda 4ª feira, almoço com buffet da cozinha espanhola, como paellas (valenciana e marinara), bacalhoada, jamon serrano e tortilhas, tudo a R$ 30 por pessoa. SBS Ed. Empire Center (3325.7408) CC: Todos Bar do Calaf Cozinha Espanhola Ambiente agradável, com decoração típica. No almoço e jantar, sistema de buffets com 11 itens, como os tacos, burritos e chili a R$ 14,50 por pessoa exceto na 2ª feira. No à la carte, pratos como o chili dip (feijão mexicano com doritos), as fajitas (arroz e feijão à moda mexicana, com filé, guacamole e salsa picante) e drinks diversos. Serviço de festa em domicilio. www.chilipepper.com.br 215 Sul (3345.5565) CC: A, V. 201 Norte (3326.1045) CC: V. M. D Para alguns é bar: chopp sempre gelado, petiscos deliciosos, garçons eficientes e simpáticos. Para outros, restaurante: bebidas selecionadas, buffet varidado, pratos saborosos servidos à la carte, gente interessante, cozinha impecável, ambiente aconchegante e atendimento atencioso. Carpe Diem 104 Sul, Pier21, CasaPark, Pátio Brasil, Sia Casa Shopping, Terraço e Brasília Shopping - (3325.5300) CC: Todos 11 ROTEIRO GASTRONÔMICO BUFFET DE RESTAURANTE Restaurante com padrão internacional, eleito por três anos consecutivos o restaurante preferido da família americana. Com um ambiente de western e um estilo full service, são servidos ribs, steaks, chicken e muito mais... São quase 5 anos de sucesso absoluto em Brasília. Aberto todos os dias. Variedade traduzida em mais de 24 tipos de saladas, 22 tipos de pratos quentes, carnes feitas na chapa, massas preparadas na hora e sobremesas light. Os pratos têm indicação de calorias e todo dia há uma novidade diferente. Bacalhau, salmão e feijoada também fazem parte do menu principal. 716 Norte (3447.3636) CC: Todos Roadhouse Grill FRUTOS DO MAR BUFFET DE FESTA É um dos mais renomados buffets de festa da cidade, com mais de dez anos de experiência. Além dos salgados e doces finos oferecidos no buffet, destaque para o Risoto de Foie-Gras, o Carré de Cordeiro ao Molho de Alecrim e o Filé ao Molho de Tâmaras. Sweet Cake QI 21 do Lago Sul (3366.3531) Setor de Clubes Sul Trecho 2 Conj. 35 ao lado do Pier 21 (3321-8535) Camarão & Cia Cardápio variado, com sabor, qualidade e inovação. O buffet no almoço (206 sul) é o carro-chefe, com mais de 10 pratos quentes, diversos tipos de saladas e várias opções de sobremesa, a R$ 29,90 (2ª a 6ª) e R$ 33,90 (sáb, dom e feriados) por pessoa. No jantar, serviço à la carte. O chopp cremoso é outro ponto forte da casa, acompanhado de bolinhos de bacalhau e risoles. 206 Sul (3443.4841), Liberty Mall e Brasília Shopping CC: todos PIZZARIA O Renata La Porta Buffet é conhecido por produzir festas memoráveis, se destacando com proposta inovadora e cheia de estilo. Cardápios originais e serviço impecável. Renata La Porta QI 9 do Lago Sul (3364.6006) Sem dúvida, uma casa com rígidas regras de controle de qualidade para os produtos utilizados na elaboração das mais deliciosas pizzas da cidade. Com o toque da alta gastronomia, as pizzas se revelam entre produtos como o tomate italiano e os cogumelos in natura gigantes de Paris. Santa Pizza 207 Sul (3244.1415) CC: V, M, D CASA DE GRELHADOS O lema da casa é “comida pra gente de sorte”. Renomada pelo variado menu italiano com massas, saladas, entradas, grelhados e pizzas com recheios variados, massa fina e crocante feita no forno à lenha. Também dignos de nota são o chopp e o ambiente romântico. O BSB Grill é conhecido pelo cuidado com a qualidade e o preparo da carne. Há sete anos na cidade, oferece cortes inovadores, como o bife de tira e o bife angosto, uma parte privilegiada do contra-filé. Destaques para a Picanha Pantaneira, a Picanha em tira e o Prime Rib. BSB Grill 304 Norte (3326.0976) CC: A, V Fortunata Dom Francisco 12 CC: Todos São mais de 40 sabores de pizzas preparadas em forno à lenha. A massa é fina e crocante, deliciosa. E todo dia 29 tem o nhoque da sorte: se você achar uma nota de um dólar embaixo do prato, guarde por 30 dias, para dar sorte. Sugestão do chef: pizza Regalo (mussarela de búfala, tomate seco e rúcula). O bacalhau, a picanha e o tambaqui na brasa são os carros-chefes do restaurante, que tem 16 anos de tradição. O segredo do sucesso está na escolha dos produtos selecionados para a elaboração dos pratos. Na adega, 17 mil garrafas de vinho entre os mais de 820 rótulos. ASBAC, Academia de Tênis, Pátio Brasil e Parkshopping (3224.8429) CC: Todos QI 9 Bl. C - Lago Sul (3364.6111) Tutti Amici SCLSW 302 Bl C Sudoeste (3344.7370) C: M, V, D, A Premiada este ano pela revista Veja, a casa apresenta massas originais da Itália, vinhos e ambiente agradável. No cardápio, pizzas tradicionais e exóticas. As novidades são uma constante e há a opção de rodízio em dias especiais – na 309 Norte, toda terça-feira e domingo, e na 408 Sul, às segundas-feiras. Baco 309 Norte (3274.8600), 408 Sul (3244.2292) CC: Todos A casa possui dois ambientes bem arejados. O cardápio é variado, com opções de frango, carne vermelha, peixes, bacalhau, massas e pizzas servidas na pedra. Aos domigos, durante o almoço, a casa oferece buffet com grande variedade de saladas e pratos quentes. Às quartas-feiras, buffet de massa no almoço e rodízio de pizzas tradicionais no jantar, ambos a R$ 12,90 por pessoa. La Gioconda 102 Sul (3224.4989/4107) www.lagioconda.com.br CC: Todos CREPERIA O Restaurante e Pizzaria Pizzaiolo há 31 anos mantém a tradição de atender os mais exigentes paladares. Além dos mais de 40 sabores de pizza do cardápio, o Pizzaiolo lança sempre novidades como a pizza de Carne Seca com Queijo Coalho, a de Peito de Peru com Tomate Pelatti, a de Tomate Seco com Rúcula e Mussarela de Búfala e a Portinari. Pizzaiolo 215 Sul (3345.7878 / 3346.9767) CC: Todos A famosa massa fina dos crepes, as tapiocas, as saladas da casa com tomate seco e mussarella de búfala, a tábua de frios, a carta de vinhos nacionais e importados, a cerveja gelada, a variedade de sucos, o atendimento personalizado e o ambiente pra lá de especial formam o sucesso da casa. La Crêperie 103 Sul (3226.4612) No Pedacinho Pizzas é tradição dar uma parada rápida no balcão para saborear pedaços de diversos sabores diferentes. À mesa, o cliente também fica à vontade para apreciar pizzas inteiras e massas de fabricação própria, além de não pagar a taxa de 10% pelo serviço. Na 105 Sul, o espaço com brinquedoteca e monitoras é ideal para festas infantis. www.pedacinho.com.br Pedacinho 105 Sul (3443.0010) e 108 Norte (3349.0010) CC: V, M, D Melhor creperia da cidade, eleita pelas revistas Veja-Brasília e Roteiro, oferece dezenas de crepes doces e salgados, além de guloseimas, sucos, chocolates quentes e gelados, chás, cervejas e vinhos. Entre as delícias está o crepe Edith Piaf, de salmão defumado, queijo brie, maçãs e alcaparras. Crepe au Chocolat Dona Lenha 210 Sul (443.2050) 109 Norte (3340.7002) CC: Todos Com paredes de tijolos brancos e cadeiras de vime, a decoração é um charme à parte. A casa oferece saladas, risotos, grelhados e mais de 50 sabores de crepes. Adega climatizada com mais de 50 rótulos. Sugestão: Marco Polo (presunto, catupiry, tomates frescos, azeitona, cebola, orégano e palmito); Puro Êxtase (morangos frescos, chocolate ao leite derretido e flocos de chantilly. Toda terça-feira, música ao vivo. A casa é um mix de pizzaria e trattoria. O cardápio lista quatro tipos de massa e 11 molhos, além de saladas e grelhados, mas as pizzas continuam sendo o carro-chefe. Entre os 28 sabores, a sugestão é a Romana, com presunto de Parma, mussarela de búfala, rúcula e molho pesto de nozes. 201 Sul, 209 Norte, Deck Brasil, Terraço Shopping e Gilberto Salomão (3322.1234) CC: Todos CC: V C’est si bon 408 Sul (3244.6353) CC: V, M e D CONFEITARIA Na cidade desde 2002, seu cardápio traz exclusivamente pizzas artesanais. A receita tradicional de massa italiana foi especialmente adaptada ao paladar brasileiro e aprovada por nossos clientes. São todas confeccionadas com ingredientes selecionados, de primeira linha, e assadas em forno à lenha. Sabor inigualável! Rodizio de pizzas a R$ 11,90. 410 Sul (3244.9429) Delivery (3245.2911) CC: Todos Com quatro lojas na cidade, mantém a tradição em mais de 200 produtos de receitas típicas do interior de Goiás, preparados artesanalmente, sem conservantes ou estabilizantes. A torta Suflair é uma das tentações da linha doce. Na linha salgada, uma boa opção são as quiches, com recheios variados. Monjolo 404 Norte, 215 Norte, 210 Sul, 103 Sudoeste e QI 13 Lago Sul (3361.7767) 13 ROTEIRO GASTRONÔMICO CONFEITARIA A casa segue o estilo americano. Os hambúrgueres, preparados com carne resfriada, duas horas antes de serem consumidos, pesam 140 gramas e vêm acompanhados de batatas fritas. No cardápio quinze opções de sanduíches, milk-shakes, refrigerantes e sucos naturais. Oferece 108 variedades de tortas, além de bombons, doces, petit fours, salgados e sorvetes. Entre as delicías mais tradicionais estão a Marta Rocha. Além das nove lojas, você pode comprar através do nosso site: www.torteriadilorenza.com.br Torteria di Lorenza 115 Norte (3349.7807) 213 Norte (3340.1730) Sudoeste (3344.4600) Brasília Shopping (3328.4853) Terraço Shopping (3036.3663) 302 Sul (32669667) 208 Sul (3443.6366) 211 Sul (3245.8293) Lago Lul (3364.5096) Marvin 103 Sul - 110 Norte - Terraço Shopping e Pier 21 (3223.4786) CC: Todos SORVETERIA A casa serve produtos tradicionais e inovadores. O lugar é ideal para reunir amigos para um café da manhã ou para o chá da tarde, sempre ao som de músicas francesas. Funciona de 2ª a sábado, das 9h às 21h e, domingos e feriados, das 8h30 às 19h. Chez le Petit Prince 212 Sul (3245.6525) CC: M e D Legítimo sorvete artesanal, produzido com frutos do cerrado: pequi, mangaba, buriti, araticum, jenipapo, tamarindo, cajuzinho do cerrado, murici e guariroba, sem adição de gordura hidrogenada ou leite. Nos demais sabores, clássicos ingredientes bem brasileiros como a paçoquinha, o sagu e a irresistível tapioca. 3ª a sábado das 11 às 19h30; domingo, das 12 às 20h. Sorbê CLN 405 bl C lj 41 (3347.4158) PADARIA O cardápio é bastante variado, com tortas doces e salgadas, bolos, pães, géleias, caldos quentes, quiches, tarteletes, chás, café e sucos de frutas naturais. Sistema de buffet, no café da manhã e chá da tarde. A floresta negra e a de morango estão entre as tortas mais disputadas e tradicionais. Os sorvetes atraem clientes de todas as idades. Praliné 205 Sul bl A lj 3 (443.7490) CC: V A Belini é padaria, delikatessen, empório, lanchonete e restaurante. No restaurante, as opções são massas, risotos e carnes – inclusive carneiro. Destaque para três especialidades da casa: o ciabatta, o pão sueco e o alemão punpernickel, um pão preto com centeio, cuja receita traz noz moscada. Belini SANDUICHERIA 211 sul (3345.2929) - 115 norte CC: Todos CAFÉ No cardápio, sanduíches quentes e frios e mais de trinta sabores de sucos. Sugestões: Mobay (com filé, champignon e azeitona preta) e o Do Chef (massa da pizza, mussarela de búfala, peito de peru defumado, tomate seco e azeitona preta). A casa da Asa Sul oferece também buffet completo com saladas, pratos quentes e grelhados a R$ 19,50 e só de saladas a R$ 16,70. Todos os dias das 12 às 24h. Submore 113 Sul (345.0777) CC: C, V Ambiente aconchegante, onde você pode degustar de um simples, mas muito bem tirado café espresso e suas variações, deliciosas saladas, sanduíches e massas, como também fazer suas reuniões sociais, de negócio e virtuais, já que possuímos um salão reservado e com conexão para internet. Café Quotidien QI 5 Gilberto Salomão, Lago Sul (3248.1587) CC: Todos CAFÉ/BAR O famoso sanduíche com três fatias de pão integral, formato triangular e dois recheios é a maior especialidade do Marietta, presente nos principais shoppings da cidade. Mas a empresa se diversificou e oferece também grande variedade de massas, saladas, croissants e wraps. Marietta 14 Fábrica (3234.0489) CC: Todos Localizado no Pontão do Lago Sul, oferece grande variedade de petiscos e Chopp Antarctica cremoso e super gelado. As mesas da varanda são excelente opção para happy hour de frente para o lago. Funciona de segunda a sexta a partir das cinco e meia da tarde e aos sábados e domingos a partir das onze e meia da manhã. Café Antiquário Pontão do Lago Sul (3248.7755) CC: V, A ROTEIRO DO VINHO VINHOS E DELIKATESSEN BAR Adega climatizada com mais de 1.000 rótulos, inclusive a maior variedade de vinhos nacionais da cidade. Entre os vinhos importados destacam-se: Luigi Bosca, Ruca Malen, Callia, Terra Noble, Santa Inés, Estampa, De Martino, Domingo Alves de Sousa, Warre’s, Quinta dos Roques, Plansel Dorina Lindemann, Luis Cañas, Prado Rey, Muñoz Artero, Michele Castellani, Armani,Pio Cesare, Cardeto e Renzo Masi. O restaurante foi inspirado no Rio de Janeiro dos anos 40. O buffet, com cerca de 20 tipos de frios, os sanduíches e as rodadas de empadas e de quibes, que contam com a performance do garçom Tampinha, são boas opções para os freqüentadores. Armazém do Ferreira 202 Norte (3327.8342) 506 Sul Bloco A (3443.4323) SCLN 308 Bl “D” Lj 59- Tel: 3349.1943/3274.4472 www.portofinodeli.com.br CC: Todos Localizado em plena W3 Sul, o Bar Brasília tem decoração caprichada, com móveis e objetos da primeira metade do século XX. São destaques da casa os pasteizinhos de bacalhau, charque e mussarela de búfala, além de um cardápio exclusivo de lingüiças, entre elas a calabresa apimentada e a blumenau. Bar Brasília PREÇOS ESPECIAIS PARA RESTAURANTES CC: Todos A Muggler é um novo conceito de empreendimento na cidade. Sua delikatessen apresenta bebidas de todos os continentes, temperos, frios, charutos e mais de 60 tipos de azeites. O andar de cima é um espaço moderno e refinado que serve de ponto de encontro para os grupos particulares e executivos que optam por privacidade. É o único em Brasília onde se bebe bem a preços de prateleira, com boa música e cozinha disponível. No subsolo, a Muggler Boutique é uma adega mantida constantemente a 15° e 80% de umidade para melhor conservação de seus vinhos e charutos. Quem preza por qualidade se encontra aqui. SCLS 402, bloco A, loja 15 - tel / fax: 3323.3651 www.muggler.com.br DELIKATESSEN Referência desde 1997, a Brilho atua nos ramos de charutaria, delikatessen e acessórios. Nossa missão é simples: oferecer qualidade, variedade e exclusividade a preços acessíveis. Na loja e adega climatizada o cliente encontra vinhos especiais como Romaneé Conti, Chateau Pétrus, Alma viva, Domus Áurea, Viña Tamaya e outros. Além dos queijos importados, frutas secas, o melhor bacalhau da cidade, cestas de natal e especiais e ambiente para degustação. A opção para quem deseja apreciar os grandes prazeres da vida. Venha conferir! Ambiente aconchegante e descontraído, que agrada a todos os gostos, desde aqueles que querem apenas um petisco e um bom bate-papo aos que desejam comer um delicioso bacalhau ou filé a parmegiana. De terça a domingo a partir de 11h. Happy hour especial de terça a sábado, das 17h às 20h30, com chopp de 190ml a R$ 1,98 e 280ml a R$ 2,48. 404 Sul (3032.6888) CC: Todos BRILHO www.brilhoimportados.com.br Feira dos Importados (3037.4533) - CC: Todos VINHOS E ATACADO O Azulejaria é um misto de bar e ateliê. O ambiente bem decorado combina com a proposta da casa: champanhe, petiscos, ostras e cervejas importadas. O cardápio também traz sanduíches preparados com pão ciabata e ciabata integral, cujas receitas levam ingredientes leves. Azulejaria 408 Sul (3443.4682) CC: Todos ADEGA SAAN Qd 2 Lote 650 - Tel: 3037.1111 www.vallette.com.br VINHOS E RESTAURANTE Ambiente à luz de velas, com shows de MPB ao vivo, diariamente. A carta de vinhos tem 110 rótulos armazenados em adega climatizada. Para petiscar, tábuas de queijos e frios, filé a palito, salsichão alemão e fundues. Para jantar, a sugestão são os risotos e as massas. Vinheiro São Vicente A Vallette tem em seu portfolio de vinhos aproximadamente 300 rótulos. É representante exclusiva em Brasília dos vinhos da Reloco, da Zahil, Enoteca Fasano, alguns rótulos da Adega Alentejana, e KMM. Os vinhos Salentein, o Francis Coppola, espumantes Chandon, Chateau Los Bodos Herdade de Peso, Terrazas, Columbia Crest e El Portilho estão sempre disponíveis com ótimos preços. Visite o Show Room e confira as ofertas para aniversários, festas de casamento, buffet e restaurantes. Roman Paladino Rioja safra 1989, Brunelo de Montalcino safra 1995, Herdade do Peso Afrocheiro, cerca de 4.500 garrafas e mais de 450 rótulos de vinhos de todo o mundo estão disponíveis na adega climatizada, com temperatura e umidade controlada, no subsolo do Don Pepe. Um dos diferenciais da loja é a possibilidade de degustar no próprio local qualquer vinho, acrescido somente da taxa de serviço. As marcas exclusivas da loja são Salentein, Chateau Los Bodos e espumantes da Chandon. Horário: 2ª a Sáb. das 9h às 24h - Dom. das 12h às 16h 111 Norte (3340.8450) CC: V SCLS 307 Bloco “C” Loja 19 - Tel: 3244.4754 15 GRAVES & AGUDOS Semana de HEITOR MENEZES Tradição renovada Nos anos 60, os festivais de música eram sinônimo de disputa e palco para todo tipo de protesto. Bons tempos. Hoje, o caráter de competição é outro. Já não há mais o interesse em ser o melhor, ganhar prêmios, botar a boca no trombone, essas coisas. Os festivais, que bom, se resumem agora a uma mostra de talentos, do agrado de diferentes públicos consumidores e apreciadores da boa música. Pelo menos é o que propõem o Festival Jazz Brasília e o Brasília Music Festival Mix, que vão movimentar a cidade durante uma semana inteira, de 5 a 11 de setembro. 16 O lendário americano Bob Wilber se apresenta dia 5 no Festival Jazz Brasília Uma das maiores invenções culturais do século 20, o jazz vai bem, obrigado, e segue firme a trajetória de gênero musical disseminado mundo afora. Vejam o caso da versão brasiliense do belo-horizontino Festival Jazz Gerais 2005, aqui rebatizado de Festival Jazz Brasília: reúne no Academia Music Hall (Academia de Tênis), nos dias 5, 6 e 7 de setembro, nomes que fazem jus à tradição e à renovação estilística do gênero. Bob Wilber e Judy Carmichael (Estados Unidos), Maria Noel Taranto e Ensemble de Jazz Francês (Uruguai), La Creole Jazz Band (Argentina) e All Stars Jazz Band (Brasil) podem parecer, à primeira vista, nomes estranhos, mesmo para o apreciador médio, acostumado com as figuras de sempre quando se fala em jazz. No entanto, se a alma não for pequena, valem a pena o espírito desbravador e os ouvidos e olhos bem abertos para curtir a fina (e inédita) programação que o FJB oferece. São dois shows por noite, apresentando estilos e maneiras diferentes de encarar os elementos básicos do jazz: swing, execução instrumental/vocal (improviso) e sonoridade. Começando pela uruguaia Maria Noel Taranto, atração da segunda-feira, dia 5, às 21h. Nascida em Montevidéu, a cantora acumula vasta trajetória jazzística no Cone Sul, sendo um nome constante na ponte aérea MontevidéuBueno Aires. Acompanhada da banda Bonus Track, Maria Noel Taranto foi uma das surpresas da primeira edição do Festival Jazz Gerais, em 2004, em Belo Horizonte. Há quem diga que ela é um amálgama de vozes das grandes divas do jazz. NO MESMO DIA, às 22h, sua majestade, o piano, estará em evidência pelas mãos talentosas de Judy Carmichael. A estadunidense é legítima representante do jazz piano, explorando as infinitas possibilidades harmônicas e melódicas que o instrumento oferece. Quando começa a tocar e baixa o espírito da improvisação, tudo pode acontecer. festivais Devotado ao jazz e sua variedade de estilos, o Brasília Jazz Festival põe em destaque a música que nasceu nos cafundós de Nova Orleans, lá no início do século 20, enquanto o Brasilia Music Festival Mix apresenta um panorama da música eletrônica, cada vez mais presente como trilha sonora do mundo, digamos, moderno. As atrações, os estilos e a programação variam do contemplativo ao frenético. É música para a cabeça e o corpo inteiro. Um convite irresistível para sair de casa e encontrar diversão de qualidade. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ abre a noite é a mineiríssima All Stars Jazz Band. Formada em Belo Horizonte, a formação inclui o músico inglês Nyk Payton (clarineta/saxofones alto e tenor) e é especialista no jazz estilo Chicago (anos 20) e swing, este cultivado sobretudo nos anos 30. Não que o grupo toque preso ao passado. A era de ouro do jazz é o ponto de partida para Payton, Marcelo Costa (trompete e voz), Írio Júnior (piano), Lúcio Gomes (contrabaixo) e o dinamarquês Bo Hilbert (bateria) derramarem talento como autênticos músicos apaixonados pelo jazz. Fechando a programação do festival, na mesma noite os uruguaios do Ensemble de Jazz Francês recriam o estilo swing manouche dos ciganos franceses, principalmente do legendário Hot Club de France, que fizeram a fama dos igualmente lendários Django Reinhardt e Stephane Grappelli. No palco, Edison Mouriño (violino), Carlos Gómez (violão rítmico), Rodolfo Lluberas (contrabaixo) e Angel Varela Rey (violão solo e direção musical) ○ alguma coisa da sala de espetáculos, o lendário saxofonista/clarinetista estadunidense Bob Wilber toca um jazz clássico de derreter os ouvidos. Referência aos cinéfilos: o homem é o autor da trilha de The Cotton Club, grande filme de Francis Ford Coppola, que tem o swing jazz como pano de fundo. Aos 77 anos, acompanhado de uma banda britânica que inclui sua mulher, a cantora Joanne “Pug” Horton, o músico mostra vitalidade, entonando sons que marcaram a histó-ria do jazz NO DIA DA PÁTRIA, 7 de setembro, quem mostram virtuosismo com uma instrumentação à base de cordas. Sobre o jazz e sua alma libertária, valem os pensamentos lançados em 1975 pelo alemão Joachim-Ernst Berendt, produtor musical e autor de inúmeras obras sobre o tema: “Um aspecto do jazz que o acompanha do nascimento aos dias de hoje é o fato de ser considerado por seus autores como música de protesto. Protesto contra discriminação racial, social, espiritual; protesto contra clichês da moral burguesa, contra a massificação do mundo e a despersonalização do indivíduo... Apesar de nascer muitas vezes motivado por um sentimento dessa natureza, ele atingiu uma universalidade que poucas outras manifestações artísticas conheceram: o jazz hoje é feito por músicos de todas as raças, cores ou sistemas políticos”. ○ EM SEGUIDA, às 22h, se ainda sobrar e seus diversos estilos, como o bebop, o cool e o hard bop. Festival Jazz Brasília 5/10 – 21h, María Noel Taranto (Uruguai); 22h, Judy Carmichael (EUA) 6/10 – 21h, La Creole Jazz Band (Argentina); 22h, Bob Wilber (EUA/Inglaterra) 7/10 – 21h, All Stars Jazz Band (Brasil); 22h, Ensemble de Jazz Francês (Uruguai) Academia Music Hall – Academia de Tênis Ingressos (à venda na Fnac, no ParkShopping): R$ 60, R$ 30 (doadores de 1 kg de alimento não perecível) e R$ 15 (estudantes). ○ Na terça, no mesmo horário, o Academia Music Hall por um momento vai virar o Café Tortoni, de Buenos Aires. Os argentinos da La Creole Jazz Band (criada em setembro de 1957), atração semanal do tradicional café portenho, tocam o mais bacana jazz, blues e ragtime com o legítimo acento latino. Formada por César Borsano (direção e clarinete), Robert Vitale (trompete), Alberto García (banjo e animação), Orlando Merli (sax tenor), Eduardo Manentti (trombone de vara e piano), Oscar Linero (percussão e voz) e Flavio Circo (contrabaixo), o grupo é dono de performance revitalizante. www.roteirobrasilia.com.br 17 Babel eletrônica 18 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Quebra-Barraco mandar ver seus refrões salientes em meio a um legítimo pancadão carioca e prosseguir noite adentro com as apresentações do norteamericano Motiv8 (DJ do grupo Black Eyed Peas) e do nosso Patife, às 3 da madrugada. Sábado, no mesmo batespaço, o chacumdum começa às 19h, com a abertura feita por Lui J, daqui do DF. A pauleira prossegue até as 8 da manhã de domingo e vai ter o brasuca Zé Gonzáles, às 23h30, o americano Craze, à 1h30, o inglês Scratch Perverts, às 3h; e, finalmente, mais dois brasucas, Marky, às 5h, e Koloral, às 7 da manhã. Perdido? Confuso com os nomes? O negócio é relaxar e não se preocupar com os estilos nem com quem-toca-o-quê da programação. Entusiastas e curiosos podem se divertir deixando o som de alto nível tomar conta do ambiente festivo em volta do Mané. ○ do evento, pode assim ser resumida: no palco principal, a partir de 21h, apresentam-se as bandas de rock – na sexta (9), o Charlie Brown Jr.; no sábado (10), primeiro a Plebe Rude e em seguida o Capital Inicial. No palco principal trance, na sexta e NA TENDA techno/house, o negócio começa um pouco mais cedo. Na sexta, a partir de 20h, o DJ brasiliense Ricco dá início aos trabalhos. Os destaques desse espaço serão a dupla britânica Slam, às 23h, e Derrick May, cujo set está previsto para começar ás 2h30 da madrugada de sábado. Na noite do mesmo sábado, o negócio começa às 19h, com o brasiliense Komka, e 12 horas depois, às 7 da manhã de domingo, o projeto Technoheadz, daqui do DF, fecha a programação da tenda. Além do britânico Jon Carter (às 23h30), o espaço deve ser um dos mais disputados, já na madrugada de domingo, com os sets dos canadenses Tiga (electroclash) e Ritchie Hawtin, que dividirá o palco com o chileno Ricardo Villalobos. O paulistano Renato Cohen, elogiado por Deus e o mundo, toca às 5h30. Na arena hip-hop/drum’n’bass, na sexta, a coisa começa a pegar fogo às 20h, com o set do paulistano Chocolaty, e deve se agravar lá pelas 23h30, quando Tati O alemão Paul van Dyke é atração do BMF Mix ○ A MARATONA, de acordo com a estrutura no sábado, as carrapetas começam a funcio-nar a partir da meia-noite. Só para se ter uma idéia de quanto fôlego (e coragem) é necessário, no primeiro dia os franceses do Bamboo Forest sobem ao palco às 7 da manhã. No segundo dia, que tem Paul van Dyke às 2 da matina, o sacolejo começa a terminar às 10h, portanto, em pleno domingo, sol quente na lata, quando o DJ Mack, de São Paulo, assume os controles. ○ Preparado para o baticum eletrônico com uma pitadinha de rock? Este ano, o Brasília Music Festival, agora Brasilia Music Festival Mix (Brasília sem o acento), selecionou mais algumas estrelas da constelação musical eletrônica para sacudir seu esqueleto, ali no estacionamento do Mané Garrincha, no Eixo Monumental, dias 9 e 10. Com uma pequena ajuda dos onipresentes Capital Inicial, Plebe Rude e Charlie Brown Jr., pra não dizer que não falamos de rock, o festival atrai mesmo é pela variedade de DJs e produtores do que se entende por música eletrônica moderna. Centrado basicamente na tríade de estilos trance, techno/house e hip-hop/ drum’n’bass, o BMF Mix é um desfile de astros que fazem a alegria dos fãs do gênero. Tem como destaques o alemão Paul van Dyke, top de linha mundial do trance, o norte-americano Derrick May, um dos pais do techno, o canadense Ritchie Hawtin, que faz um techno minimalista, e as estrelas brazucas Patife e Marky, DJs que colocaram o sotaque brasileiro no drum’n’bass inventado pelos britânicos. Brasília Music Festival Mix 9 e 10/10, a partir das 19h. Estacionamento do Estádio Mane Garrincha. Ingressos: Arena R$ 70 e R$ 35; Camarote Masculino - R$ 320 e R$ 160; Camarote Feminino - R$ 200 e R$ 100 (à venda na loja oficial do Pier 21, Chilli Beans do ParkShopping e Pátio Brasil, Cool Cat do Alameda e Taguatinga Shopping, lojas da Discoteca 2001, Fun House do Conic e Taguatinga Shopping, Academia Júlio Adnet do Terraço Shopping, Rio Sucos da 209 Sul, Academia Runway do Sudoeste e QI 9 do Lago Sul). Mais informações: www.brasiliamusicfestival.com.br www.roteirobrasilia.com.br VERSO & PROSA RICARDO PEDREIRA Jorge Luis Borges é um desses monstros sagrados da literatura que de tão monstro e tão sagrado as pessoas têm receio de se aproximar. Mas quando perdem o medo (ou preconceito) e se entregam à sua escrita mágica, provavelmente lamentam o tempo perdido. Esse argentino aristocrático, cultíssimo e que passou metade da vida encoberto pelas sombras de uma cegueira progressiva é, sem exagero, um dos maiores escritores de todos os tempos. Foi poeta, ensaísta e contista. Consagrou-se pelos contos, embora as poesias sejam também obras-primas e os ensaios interessantíssimas aulas de um mestre maior. Sua literatura é impregnada de um sentido metafísico, filosófico, que lançou as raízes do que mais tarde seria conhecido como o realismo mágico latino-americano. Mas Borges está muito, muito além desse rótulo simplificador. Teve temas obsessivos, como os labirintos, os espelhos, os tigres e as bibliotecas. Bibliotecas e livros eram uma paixão, tanto que dirigiu por quase vinte anos a Biblioteca Pública Nacional da Argentina. Uma bela maneira de entrar no universo fantástico de Borges é um dos seus mais conhecidos contos, O Aleph. Borges foi buscar na cultura de antigas civilizações, que tanto estudou e amou, a palavra Aleph. Ela designa a primeira letra do alfabeto hebraico, que teria sido 20 posto em ordem e estabelecido por Deus. Informa Borges, no conto, que a Cabala consagra a letra como “a ilimitada e pura divindade” e que “tem a forma de um homem que assinala o céu e a terra” (veja a figura na capa do livro). No conto, o Aleph é uma pequena esfera de dois a três centímetros de diâmetro onde simplesmente está contido todo o universo. Isso mesmo. Um ponto de “intolerável fulgor” onde se pode ver tudo que existe, existiu e existirá. Borges conta que viu o Aleph no porão de uma casa na Rua Garay, em Buenos Aires, no remoto ano de 1941. A descrição que faz de tudo o que viu no Aleph forma alguns dos parágrafos mais inspirados e tocantes da literatura mundial O Aleph está num livro de contos com o mesmo nome, da Editora Globo. A obra completa de Borges também tem edição da Globo. Aí, o leitor terá oportunidade de travar contato com todas as maravilhas saídas da mente lisérgica de Borges. Conhecerá, só para ficar em dois exemplos, a beleza imaginativa de A Biblioteca de Babel e atualidade de A História Universal da Infâmia. Borges morreu em 1986, estigmatizado politicamente como “um homem de direita”. Antiperonista ferrenho, disparou sua língua ferina contra tudo o que lhe cheirava a populismo. Como Nélson Rodrigues aqui no Brasil, irritava as esquerdas ao solidarizar-se com governos militares. Para o leitor, contudo, o que importa não é o homem, mas o escritor. E Jorge Luis Borges foi absolutamente genial. Que o diga seu colega, o insuspeito colombiano Gabriel Garcia Márquez: “Apesar de detestar Borges, carregaria um livro seu no bolso por toda a vida”. O Aleph ○ Buenos Aires ○ O bruxo de O Aleph é uma perfeita porta de entrada para o universo fantástico de Jorge Luis Borges Jorge Luis Borges, Editora Globo, 184 páginas – R$ 24,00 Sob o céu de Brasília Lembranças do passado se misturam às inquietações do presente nos contos e crônicas de Kido Guerra AS HISTÓRIAS DE KIDO acontecem ○ ○ ○ possuir aquele céu multicor, tê-lo sob seu domínio, sob sua posse e poder cravá-lo entre os dentes. Pelo resto de sua existência”. Em Com os Dentes no Céu da Boca, que encerra o livro, o clima poético dá lugar à realidade da Brasília que perdeu a inocência quando viu morrer a menina Ana Lydia, em 1973. Kido vê aí a possibilidade de começar seu próximo livro: “Não desisti do romance. Só falta um pouco de autodisciplina para ele acontecer”. É torcer para que o novo escritor se autodicipline e continue motivado a tecer as malhas da literatura brasiliense. ○ nos anos 70, nos dias de hoje e podem chegar até 2060, ano do centenário de Brasília. Foi numa tarde de setembro descreve as lembranças de uma velha – faz questão de ser chamada assim, pois detesta os eufemismos idosa, vovó etc – com problemas de memória. Entrevistada para a edição especial de uma revista, ela se obriga a recordações dolorosas de um assalto à sua casa quando ainda era criança. E, tentando situar a cronologia dos fatos, vai deixando pistas do que pode ser Brasília daqui a 55 anos. O espaço entre o Conjunto Nacional e o Setor Comercial Sul, restaurado, vira centro histórico, e a Esplanada dos Ministérios calçadão para pedestres. O amor do escritor pela cidade fica evidente no conto quase-poesia Com o Céu Entre os Dentes, história de um jovem que sai da 106 Sul e pedala horas para ver o nascer do sol no Lago Paranoá. Melancólico com o fim de um amor, declara seu êxtase pela cena nunca vista: “Quisera poder congelar aquele instante revelador pela eternidade. Quisera poder domar aquele sol vermelho e gordo nascendo e refletindo no lago. Quisera ○ A Brasília da geração que cresceu junto com a cidade e hoje tem mais de 40, que aprendeu a andar na poeira do cerrado, que se divertia com as chuvas de granizo e fugia dos graminhas. Sim, os graminhas, aqueles insólitos funcionários da Novacap encarregados de furar as bolas dos meninos que ousavam jogar futebol nos gramados recém plantados da cidade-criança. Essas recordações estão no livro do carioca Kido Guerra, que chegou a Brasília com dois anos de idade e aqui cresceu, adolesceu, amadureceu... Engana-se, contudo, quem imagina que Com o Céu entre os Dentes, seu primeiro livro de contos e crônicas, é só um belo retrato bucólico de uma Brasília que não existe mais. Poderia até ser, mas Kido mescla seus registros daquela época com outros muitíssimo atuais, ora lançando mão do humor, ora da acidez própria do jornalista indignado com a banalização da violência urbana e outros males da vida moderna. O humor se faz presente em Call Center e Call Center II, o Retorno, contos reveladores da difícil convivência com os serviços de 0800 e 0300, capazes de quase enlou-que-cer quem deles precisa. Sem esquecer de alfinetar a praga do gerundismo: “O senhor pode estar esperando amanhã que o técnico vai aparecer”. Ou ainda: “Por que o senhor deseja estar encerrando o contrato com a nossa empresa?” Outro conto, Manhã de Carnaval, narra de maneira divertida o conflito do pai que tenta ser moderno e encontra logo cedo, em sua cozinha, um sujeito tatuado, barbicha de bode e piercing. Seu cumprimento não poderia ser mais fiel à realidade: “E aí, véi?”. Difícil aceitar que o tal sujeito é o namorado de sua filha... Com o Céu Entre os Dentes Kido Guerra – Geração Editorial – 110 páginas – R$ 19 (o autor estará na 24ª Feira do Livro, no stand da Livraria D. Quixote, dia 2, a partir das 19h, e no Café Literário da Feira dia 5, às 20h30) ○ MARIA TERESA FERNANDES www.roteirobrasilia.com.br 21 ACONTECE NOS SHOPPINGS erritório teen LÚCIA LEÃO A movimentação começa, normalmente, na hora do recreio: “Vamos, hoje?” É a senha para os grupos se organizarem e as duas últimas aulas virarem pura expectativa. Para a galera que faz o segundo grau nas escolas particulares de Brasília, sexta-feira é “dia de Pátio”. De uniforme ou apenas equipados com pastas e cadernos que tão bem os caracterizam, meninos e meninas se identificam e não se misturam: turmas do Galois, do Sigma, do JK, do Maria Auxiliadora, do Dom Bosco, do Objetivo... O que não impede que os grupos “abriguem”, eventualmente, indivíduos isolados, vindos do Ceub, 22 do Marista e de outros territórios mais distantes. Eles lotam as mesas do fundo da Praça de Alimentação (as que ficam entre o Giraffas e o Mac Donald’s), almoçam uma “promoção” e passam a tarde “zoando” entre as lojas, os cinemas e os jogos eletrônicos. “Sexta à tarde é aqui e sábado à noite é no Pier”, conta Gabriella, aluna do primeiro ano do 2o grau do JK, que só perde um programa quando “zera” a mesada. O Pátio e o Pier 21 são alguns dos atuais points da juventude dourada brasiliense, garotos e garotas entre 15 e 18 anos com uma mesada razoável para gastar. E os pais, em geral, estão aprovando as escolhas. “Pelo menos a gente sabe que eles estão seguros e, ficando dentro dos shoppings, não podem fazer essas bobagens que os jovens costumam fazer quando andam em grupos”, acredita Maria Alice Lima, funcionária pública e mãe de Camila e Lucas, alunos do Colégio Objetivo e freqüentadores assíduos das sextas no Pátio e dos sábados no Pier. A sensação de segurança, aliada com cada vez mais opções de lazer e o prazer do consumo, parece uma fórmula imbatível não só do Pier 21 e do Pátio Brasil, mas de todos os shoppings, que viraram referência para os jovens ao redor do mundo. “É como se eles estivessem numa praça pública, mas sem pedintes, sem assaltos, sem sujeira... Só com tudo de bom!”, resume Maria Alice. Roteiro de cafés DIVULGAÇÃO Do mais tradicional cafezinho passado no coador ao sofisticado Aralto Expresso (especialidade do Café do Ponto preparado com grãos de café plantado a 1.100 metros de altitude e colhido bem maduro), o “roteiro de cafés” do ParkShopping proporciona prazeres para Café Cassis: refeições e drinks variados todos os gostos. São oito casas especializadas, entre elas o Fran’s Café – reconhecido e elogiado nacionalmente – e o estreante Café Gourmet, que está arrebatando os mais exigentes consumidores da bebida em suas inúmeras versões. O McCafé, por exemplo, abusa da criatividade para dar um diferencial ao tradicional expresso: ele vem acompanhado de uma balinha de café com chocolate e um pauzinho de canela substitui a colherinha para mexer a bebida. No Innamorato, o café divide espaço com o chocolate cremoso e iguarias doces. Na Casa do Pão de Queijo, o nome já diz. E o expresso tradicional pode ser acompanhado de leite espumante. No campo das novidades, tem o “submarino” – leite, baunilha, café, uma barra grande de chocolate. Imperdível. No Marietta e no Café Cassis há ainda a opção de refeições e drinks variados, no melhor estilo bistrô também característico do Fran’s, que funciona dentro da megaloja FNAC. Mas a estrela é sempre o café, como o franccino, no qual o café ganha o tempero de tofee e licor. HOMENAGEM ÀS MULHERES O lançamento da coleção primavera-verão no Conjunto Nacional chegará com uma vasta agenda de eventos e promoções para o público feminino. De 13 a 18 de setembro, as apreciadoras de moda, beleza, gastronomia, música, cinema e artes terão um espaço ou acontecimento elaborado sob medida em diversas localidades do shopping pelo projeto Shopping Mulher 2005. Na programação estão desfiles de moda mostrando as tendências da coleção primavera-verão; a 1ª Mostra de Curta Mulher, de filmes de curta-metragem sobre temas voltados para a valorização do papel feminino; a exposição A História do Sapato no Século 20; shows musicais e a instalação da Praça do Encontro, com variadas de opções de entretenimento e gastronomia. A mostra A História do Sapato no Século 20 reúne 400 fotos, informações e curiosidades sobre o artigo de moda desde a década de 1910 até a década de 1990, recolhidas pela fotógrafa Linda Conde. O Shopping Mulher acontece entre os dias 13 e 18 de setembro, das 17 às 22h, no 3º piso do Conjunto Nacional. A entrada é franca. TECNOLOGIA DE PONTA As maiores novidades em tecnologia de som e imagem podem ser vistas, até o próximo dia 18, na Fujioka Eletroshow, montada na Praça Central do Taguatinga Shopping. O público poderá conferir de perto as TVs de plasma e de tela plana, os mais modernos hometheaters, equipamentos de som, máquinas fotográficas, filmadoras e eletroeletrônicos das melhores marcas, como Sony, LG, Philipis e Panasonic. Segundo o gerente comercial do Fujioka, Ailton Queiroz, o objetivo da mostra é fazer com que o consumidor da cidade-satélite tenha acesso a essas tecnologias, antes só encontrada no centro de Brasília. A superintendente do Taguatinga Shopping, Eliza Ferreira, aposta que a mostra vai atrair também quem não está interessado, no momento, na compra dos produtos. “Quem se interessa por tecnologia e deseja conhecer as últimas novidades desse setor também será muito bemvindo ao evento”. Por falar em tecnologia de ponta, também tem robô jogando futebol no Taguatinga Shopping. Até o dia 3 de setembro, times de quatro jogadores de cada lado, guiados por controle remoto, se enfrentam num mini campo montado no estacionamento do shopping, com direito até a arquibancada. Nesse projeto, o Taguatinga é parceiro da Coca-Cola e dá continuidade à campanha Todos Falamos Futebol, que mostra como o esporte aproxima as pessoas. DIA & NOITE CÓCEGAS “Mulheres às voltas com suas carreiras ou em crise pela falta delas. Modelos, esposas que dependem dos maridos, atrizes figurantes em programas infantis, evangélicas, adolescentes, mulheres da noite ou desempregadas - todas à beira de um ataque de nervos”. É assim que Luiz Carlos Tourinho, um dos cinco diretores, define a comédia Cócegas, protagonizada por Heloisa Perissé e Ingrid Guimarães e que estará na Sala Villa-Lobos, dias 2 e 3 de setembro às 21h. Em cartaz há quatro anos e visto por 800 mil pessoas, o espetáculo entra em nova turnê nacional com cenário reformado para recriar o clima de intimidade da primeira temporada. São nove histórias, onde as atrizes dão vida a diferentes mulheres, sempre envolvidas em situações limite. Para criar um quadro multifacetado, elas convidaram cinco diretores com passagens pelo universo do humor: Aloísio de Abreu, Sura Berditchevsky, Luiz Carlos Tourinho, Marcelo Saback e Régis Faria. Garantia de quase duas horas de muita gargalhada. Ingressos entre R$ 20 e R$ 70. Informações: 3201.3333 REI BACK Ou, o rei está de volta. Não em carne e osso, propriamente, mas no som de uma banda recém formada que resolveu homenagear Roberto Carlos relembrando seus sucessos desde o início da carreira. A banda Rei Back, que fez questão de preservar os arranjos originais e os timbres característicos de cada época, é formada pelos músicos brasilienses Marcos Tani (voz), Jair Santiago (guitarra), Fabrizio Michels (teclados), Klaus Wurmbauer (baixo), Henrique Sanborn (saxofone) e Gustavo Gazeta (bateria). Sexta-feira, 9 de setembro, a partir de 21 horas no UK Brasil, 411 Sul. Couvert a R$ 12. A DIVINA COMÉDIA Mora em Brasília o autor de uma impressionante façanha intelectual: traduzir do italiano para o português o monumental e clássico poema A Divina Comédia, de Dante Alighieri. O feito é ainda mais notável pelo fato de o tradutor ser um norte-americano, Ronald C. Prater. Professor de literatura clássica greco-romana e medieval e membro da Dante Society of America, Ronald fez uma tradução voltada mais para o entendimento do conteúdo do que para os rigores da métrica e da rima. Buscou simplificar a linguagem sem perder a intensidade poética. E ainda enriqueceu o trabalho com notas explicativas que auxiliam o leitor a entender as circunstâncias em que a obra foi criada e que oferecem informações culturais relevantes à sua compreensão. Editado pela Thesaurus, o livro tem 783 páginas e custa R$ 89. FESTIVAL DE OURO PRETO Músicos consagrados como o maestro e pianista Michel Legrand, o baixista e violoncelista Ron Carter e o trombonista Delfeayo Marsalis estarão no Festival Internacional de Jazz de Ouro Preto, cidade barroca de Minas distante 824 km de Brasília. Os cantores Ivan Lins e Eliane Elias também se apresentam. De 15 a 17 de setembro. Informações e ingressos: 0300 789 6846 24 TELETEATRO TUPI Houve um tempo, quando ainda não existia o videoteipe, que a novela era ao vivo e tinha como base os clássicos da literatura. Numa semana o “tele-espectador” podia assistir à montagem de Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, e na outra A Morte do Caixeiro Viajante, de Arthur Miller. Os registros da época não são muitos, mas a exposição Grande Teatro Tupi traz 50 fotos e recortes de jornais que sobraram daqueles seis anos, a partir de 1956. Boa oportunidade para tentar imaginar como os atores da época precisavam ser bons e não errar “ao vivo e em branco e preto”. No Conjunto Cultural da Caixa, até 22 de setembro. De terça a domingo, de 9h às 21 h. CENTENÁRIO DE UM ABOLICIONISTA Não fosse o livro do jornalista Franklin Martins e o centenário da morte de José do Patrocínio teria passado em branco. Em Jornalismo Político, da Editora Contexto, Franklin Martins conta a trajetória de Zé do Pato, como José do Patrocínio era conhecido, um homem que descobriu sua vocação no jornalismo e fez dele seu palanque para a luta abolicionista. Críticos da época, lembra o autor, diziam que Patrocínio “escrevia com o coração nos lábios”. O livro é dirigido a todos aqueles que se interessam pelos bastidores da política brasileira, com especial atenção a jovens repórteres e estudantes de comunicação. Reflete sobre o papel da imprensa desde a década de 50, quando os jornais assumiam claras posturas ideológicas e defendiam abertamente seus candidatos. E chega aos dias atuais com abordagem de questões éticas, envolvimento com fontes, atuação em eleições e o cotidiano dos jornalistas da área. Jornalismo Político tem 144 páginas e custa R$ 29. ROCK NO GUARÁ FIM DE LINHA Sete bandas de Brasília farão tremer o Teatro de Arena, ao lado do Ginásio do Cave, no domingo, 4 de setembro. De 14 h às 22 h, o Rockave II reunirá os grupos Móveis Coloniais de Acaju, Colina, Soñadora, Patuléia, Superfície Animal, René Viegas e Banda e Ligação Direta. E o melhor: o ingresso será um quilo de alimento não perecível ou um agasalho. A Administração Regional do Guará distribuirá as doações dos roqueiros para as entidades carentes da região. Informações: 3567.1011. É muito triste noticiar o fim de uma livraria. Mas em tempo de megastores, as pequenas lojas acabam sucumbindo, como bem mostra o filme Mensagem pra Você, em que Meg Ryan interpreta a dona de uma pequena livraria que vai à falência com a chegada de uma grande loja na vizinhança. Aqui em Brasília, a Casa do Livro, localizada no Conic, está fechando suas portas depois de 33 anos de atividade. O livreiro Wilson Hargreaves faz uma liqüidação de todo o estoque para poder saldar suas dívidas. Vale a pena dar uma olhada nos livros que sobraram e comprar um ou mais exemplares. Nem que seja para guardar de lembrança de um tempo em que livraria não precisava ter glamour de shopping. Informações: 3224.3472 ZERO 10 Será no dia 6 de setembro, na Sala Martins Penna do Teatro Nacional, o lançamento de Novo Dia, primeiro CD da banda brasiliense Zero 10. Formada em julho de 1999 por músicos e amigos de infância, a banda é conhecida na cidade por seu repertório recheado de clássico do pop rock de todas as épocas. No CD, da GRV Discos, músicas de autoria dos integrantes do grupo. TERÇA JAZZ DOMINGO ÀS 18... ...NA 508. É esse o nome do projeto que abre as portas para artistas da cidade lançarem seus CDs. Tudo começou em dezembro de 2004, quando a banda Tijolada Reggae lançou seu segundo disco. A versão 2005 já decolou. No dia 4 de setembro será a vez da banda de rock Slug lançar o CD Not for Sale. Espaço Cultural Renato Russo, 508 Sul, domingo às 18. Quem for só ouvir a banda paga R$ 5 pelo show. Se levar o CD, paga R$10. Informações 3225.7087 Bem que o projeto Terça Instrumental Schlob poderia se chamar Terça Jazz. Os destaques do mês de setembro são Genil Castro Trio e Jazz’ta Trio. O primeiro se apresenta dia 6. No repertório, Miles Davis, Jackson do Pandeiro e Tom Jobim. O segundo grupo, Jazz’ta trio, no dia 13. A banda nasceu do improvável: um cubano que tocava salsa em Havana encontra um carioca, que tocava jazz na Venezuela, que esbarra no baixo de um brasiliense. Resultado: aí o trio já está formado (Jazz’tá). Os shows começam sempre às 21 h, no Schlob (309 Norte). Couvert: R$ 5. Reservas: 3033.1766. 25 BEM VIVER FOTOS: ERIVELTON VIANA Machões vaidosos Os homens invadem os spas, as clínicas de estética e os salões de beleza. Se ainda existe algum preconceito, é muito pouco e mais entre eles próprios GINNY CARLA MORAIS Foi-se o tempo em que homem vaidoso era visto de forma preconceituosa. Nos últimos anos fomos nos acostumando, gradativamente, a vê-lo fazer o que as mulheres sempre fizeram: cuidar da aparência e se sentir bem consigo mesmo. E não é só uma questão de beleza, é uma questão de bem-estar. Hoje, vemos homens em spas, clínicas de estética e salões de beleza. Fazem de tudo, inclusive alinhamento de sobrancelhas e depilação. Mas o grande alvo masculino são os 26 relaxamentos com massagens e banhos terapêuticos. “Cerca de 50% dos clientes que fazem ofurô são homens”, diz a proprietária do Acqua Spa, Juliana Benassi. Os clientes comprovam. “Por causa do stress do dia-a-dia, a gente precisa buscar o bem-estar. E aqui eu esqueço de tudo”, garante o designer Wesley Anderes, de 31 anos. A participação dos homens nos day spas varia entre 20 e 35% do público total. Na Biopé, clínica de podologia, o índice chega a 60%. “Eles têm maior propensão a problemas nos pés por causa dos sapatos fechados”, explica a proprietária, Lizete Benassi. Ali, eles podem cuidar da limpeza, fazer as unhas das mãos e dos pés, massagens com base na reflexologia e tratamentos específicos. “Vim por necessidade, porque sofria com uma unha encravada. Como eu não queria ir a um salão de beleza, vim a essa clínica que atende também ao público masculino. Nunca mais tive problemas”, diz o publicitário Roberto Valentim. Apesar de Roberto já ter freqüentado spas urbanos, ele acredita que ainda há um certo preconceito do público masculino. “Quando a gente é novo, se incomoda com as gracinhas dos amigos e não pensa na própria saúde. Isso ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ cliente é o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, que faz unhas, sobrancelhas e cabelo – tudo no meio da mulherada. ○ A preocupação masculina com a estética também aumentou. No início deste ano, o salão de beleza Vanity foi ampliado para dedicar um espaço exclusivo a homens. No entanto, o proprietário Alexandre Viana percebeu que não havia necessidade de separá-los das mulheres. “Há dois anos, eles preferiam ficar isolados. Agora estão mais relaxados e nem se incomodam com elas”, explica. Um exemplo de Acqua Spa (3346.2221) New Look Day Spa (3036.6262) Biopé (3346.1900) Terapia dos Pés (3274.4509) Shishindo (3424.7275) On Day Spa (3443.4442) Up Day Spa (3362.0202) ○ muda com o tempo”, revela. Já Marçal Pessoa pensa diferente. O analista de sistemas de 27 anos defende que não existem mais preconceitos. “Os homens são mais vaidosos que as mulheres”, afirma. Os dados disponíveis mostram também que eles são mais detalhistas, curiosos, questionadores, se interessam pelo cheiro do local, pela música, pela ambientação, pelos produtos utilizados. Ao contrário do que muitos pensam, eles se sentem muito à vontade e não estão nem aí para o que os outros pensam: querem saber de estar bem. Os papais que freqüentam spas, clínicas e salões de beleza têm o apoio dos filhos, que acham tudo normal. “Sempre procurei meu bem-estar. Meu filho aprova e também procura qualidade de vida, fazendo acupuntura”, diz Dietrich Lenk, de 57 anos, que optou por massagens relaxantes para combater o estresse. www.roteirobrasilia.com.br 27 LUZ CÂMERA AÇÃO Vertigem militante Um dos grandes acontecimentos cinematográficos do ano, a mostra de filmes do Grupo Dziga Vertov exibe a fase mais politicamente engajada (e desconhecida) de Jean-Luc Godard Jane Fonda e Yves Montand são os astros de Tudo Vai Bem 28 ○ ○ ○ A ASSOCIAÇÃO DE GODARD com Gorin não durou mais do que seis anos (6874). A intenção deles era abolir a figura do cineasta. Criar um anticinema de produção coletiva cujo pressuposto fundamental seria “fazer filmes politicamente”, filmes de agitação, e não filmes políticos ou com temas políticos, como, por exemplo, Z, de Costa-Gavras. Esse radicalismo acabou transformando os filmes do Grupo Vertov em peças inacessíveis, não só para um público mais convencional como também para especialistas. Nos frenéticos anos 60, e mesmo no início dos 70, obras como Lutas na Itália, Vladimir e Rosa, Carta Para Jane, Sons Britânicos, Pravda, Um Filme Como os Outros, Aqui e Acolá e Tudo Vai Bem foram objeto de acaloradas discussões na Sorbonne sem que quase ninguém os tivesse visto. Esquecida por quase 30 anos, a ○ Inéditos e raríssimos no Brasil, os filmes do Grupo Dziga Vertov tinham a pretensão de ser a pedra no sapato da dita cultura burguesa. Fundado por Jean-Luc Godard e pelo jornalista JeanPierre Gorin, o grupo nasceu como conseqüência do maio de 68 francês. Os dois queriam fazer um cinema de franca agitação política, inteiramente desvinculado das estruturas industriais de produção cinematográfica. A mostra do CCBB, que vem percorrendo as principais capitais do mundo este ano, vai apresentar aqui na cidade as nove principais obras da dupla de realizadores franceses, entre elas Vento do Leste, um inclassificável western (spaghetti político?) com a presença no elenco do filósofo Daniel Cohn Bendit e – imaginem só – do nosso Glauber Rocha. Gorin vai estar em pessoa na cidade e dará uma palestra sobre sua experiência no Grupo Vertov. produção do Grupo Dziga Vertov volta a despertar a atenção de cineastas, críticos e intelectuais dos dois lados do Atlântico. Para Gorin, exeditor do importante jornal francês Le Monde, há no ar, hoje, um certo esgotamento das formas narrativas Vladimir e Rosa: tema de discussões acaloradas na Sorbonne convencionais. O público também está em busca de agitações da Primavera de Praga e da algo mais. Gorin foi uma espécie de ocupação russa no país. catalisador para Godard, à época um dos principais expoentes da nouvelle vague, OS FILMES PROGRAMADOS na mostra do movimento que revolucionaria o cinema CCBB incluem o interessante – e já no mundo nos 60. Os polêmicos artigos mencionado – Tudo Vai Bem, produzido que escrevia em Le Monde des Livres, em 1972, em que, maliciosamente, suplemento do Le Monde criado por ele, Gorin e Godard escalam os astros Yves fizeram com que Godard o convidasse Montand e Jane Fonda, fazendo de conta para ser consultor de A Chinesa (67), que estão retornando a um cinema mais filme radical que prepara o caminho para comercial. Na verdade, imaginem só, a a aventura do Dziga Vertov. O nome do intenção dos dois era realizar um filme grupo, claro, homenageava o grande supostamente de grande bilheteria para cineasta que, ao lado de Eisenstein, havia “infiltrar idéias marxistas-leninistas na sido um dos principais protagonistas da massa” (!). Tudo Vai Bem especula vanguarda russa dos anos 20 e 30. sobre os efeitos de uma greve sobre Nascido Denis Kaufman, Dziga uma correspondente de TV americana Vertov deu com sua obra e com seu (Fonda) e um cineasta de filmes “pseudônimo-manifesto” – que publicitários (Montand). Jane está significa algo como “vertigem perpétua” presente mais uma vez, mas apenas – a bússola estética para a dupla virtualmente, em Carta Para Jane (72), Godard-Gorin. Já como integrantes do obra em que Godard e Gorin comentam Grupo Dziga Vertov, os dois realizam uma foto publicada na revista L’Express Um Filme Como os Outros (68), obra em que a atriz aparece ao lado de nortecomposta por fragmentos de vietnamitas depois de um bombardeio assembléias e passeatas – muitas delas em Hanói. Ainda mais curioso é Vento em frente a uma fábrica da Renault, do Leste, que denuncia os estereótipos, onde jovens discutem sem parar gestos e convenções do espetáculo assuntos políticos. Logo em seguida burguês. Godard e Gorin aproveitam fazem Sons Britânicos (69) – série de para discutir o cinema, encarnado na seis seqüências intercaladas, com personagem do nosso Glauber Rocha. trabalhadores discutindo condições Não dá para perder. de trabalho, jovens estudantes compondo canções revolucionárias, Mostra Grupo Dziga Vertov além de cenas insólitas como a de uma Até 4/9 no CCBB Sessões a partir das 17h mulher nua em sua casa – e Pravda Ingressos a R$ 4 e R$ 2 (69), filmado clandestinamente na Programação completa no ex-Tchecoslováquia e que discute as www.roteirobrasilia.com.br ○ SÉRGIO MORICONI 29 LUZ CÂMERA AÇÃO O cinema dos quatro sentidos Segunda edição do Assim Vivemos, festival internacional de filmes sobre deficiência, traz 33 produções do mundo inteiro, entre documentários, ficções Do Luto à Luta: abordagem delicada da Síndrome de Down e filmes experimentais SÉRGIO MORICONI Há dois anos, um deficiente visual que participava de uma das mesas de debates da primeira edição do Assim Vivemos surpreendeu a todos na platéia ao dizer que as pessoas que detinham a integralidade do dom da visão não sabiam como era bom ser cego. Isso mesmo. Muitas pessoas, sem saber exatamente o que pensar, riram. O fato faz lembrar uma história contada pela personagem de Jack Nicholson no filme Passageiro – Profissão Repórter, de Antonioni, sobre um cego que, ao recobrar a visão, primeiro fica extasiado, depois entra em profunda depressão ao ver (e perceber) todas as misérias e iniqüidades do mundo. 30 O desfecho triste do relato de Nicholson não condiz muito com o espírito do Assim Vivemos, mas se o colocamos ao lado do testemunho do cego acima mencionado toda a nossa compreensão a respeito dos portadores de necessidades especiais ganha infinitas e novas possibilidades. Uma das principais preocupações de Gustavo Acioli e Lara Pozzobon, curadores do festival, é sua afirmação como um evento também essencialmente de cinema. Ao escolherem 33 produções entre as 86 inscritas, os curadores buscaram igualmente o mérito dos temas e da forma cinematográfica. Evidentemente, há muitos documentários sobre os mais variados tipos de deficiência, porém, mesmo nesses casos, prevaleceu sempre o valor da obra em si. UM EXEMPLO eloqüente é o longa- metragem brasileiro Do Luto à Luta, de Evaldo Mocarzel, vencedor do Cine PE este ano. O filme enfoca as deficiências e, ao mesmo tempo, as potencialidades da Síndrome de Down, problema genético que atinge cerca de 8 mil bebês a cada ano no Brasil. Vítimas de estigmas e preconceitos, essas crianças recebem um tratamento tocante e terno da parte de um diretor que viveu na própria pele, como pai, o problema. Do Luto à Luta apresenta inúmeros casos de jovens que conseguiram levar uma vida inteiramente “normal” (saindo com amigos, namorando, casando etc) e também mostra famílias que conseguiram superar a depressão inicial – além de uma vergonha de natureza social – de abrigarem em seu seio filhos portadores da síndrome. Mocarzel demonstra com muita agudez como a super-proteção dos pais acaba funcionando como um inibidor das potencialidades das crianças. Outro documentário brasileiro muito interessante é No Meio do Caminho, de André Costa e Silvio Cordeiro, filme que apresenta o cotidiano de quatro pessoas com dificuldades de locomoção e discute o tema da acessibilidade de indivíduos como eles às estruturas urbanas de uma cidade como São Paulo. PROBLEMAS como os apresentados ○ ○ ○ nesses dois filmes brasileiros vão estar em discussão no ciclo de debates que acontecerá sempre às quartas e quintasfeiras, às 20h30, depois das sessões das 19h, com temas como Tecnologias da Acessibilidade, Comunicação e Superação, Sexualidade e Formas de Inclusão. São todos assuntos cruciais e relevantes que estarão presentes das mais diversas formas em vários dos filmes programados. Ainda que seja difícil destacar qualquer um deles em especial, os curadores chamam atenção para Feliz Aniversário Talidomida, obra que narra uma jornada ao Brasil do ator britânico Mat Fraser, portador da deficiência desde que sua mãe usou a droga talidomida durante a gestação. Este filme, assim como todos os outros, define o espírito almejado pelos curadores da mostra. Longe de querer fazer um painel depressivo de impossibilidades, Assim Vivemos quer antes ser o testemunho de esperanças e infinitas possibilidades. Assim Vivemos De 6 a 8/9, no CCBB. Sessões às 19h, debates às 20h30. Entrada franca. Programação completa no www.roteirobrasilia.com.br O mundo que eu traço Pouca gente duvida que o Anima Mundi, cuja terceira edição foi apresentada em Brasília duas semanas atrás, representará no futuro o motor de uma explosão da animação no Brasil. Uma indicação disso é o aumento de produções nacionais a cada nova edição do festival. Quando da primeira edição, no Rio de Janeiro, elas podiam ser contadas nos dedos. Hoje são maioria. Foi, portanto, acertada a decisão de realizar, junto com as mostras, uma série de atividades que ajudarão na formação de uma futura geração de animadores. Como nos anos anteriores, o Anima Mundi incluiu vários workshops, entre eles um de Animação em 3D, ministrado por Sergio Yamasaki, um papo com o animador Rui de Oliveira, famoso por seus trabalhos no Sítio do Pica-Pau Amarelo, além de inúmeras oficinas com massinhas e desenhos animados. O foco das oficinas foi a criança, mas quem participou pôde constatar que o Anima Mundi visa igualmente a um público adulto. As retrospectivas dedicadas a trabalhos de Georges Schwigebel, do ucraniano Igor Kavalyov e de Chris Landreth (vencedor do Oscar de animação pelo curta Ryan) foram uma prova disso. Na mostra principal, um dos destaques foi Alosha Popovich I Tugarin Zmey, do russo Konstantin Bronzit, escolhido pelos júris populares de Rio e São Paulo como o melhor longa-metragem do festival. O Anima Mundi vem sendo um dos principais responsáveis pelo aumento do interesse e da cultura do público brasileiro não só pela animação propriamente dita como também pelos quadrinhos. Aqui vale uma comparação com os Estados Unidos. Há cerca de uma década, ocorreu naquele país (de grande tradição em animação) uma enorme diversificação no gosto dos aficcionados, no momento em que as animes japonesas entraram para valer no mercado. Com seu estilo fantasioso, sombrio e futurista, elas se transformaram em objeto de culto. Aconteceu então algo considerado impossível: as animes japonesas passaram a fazer séria concorrência aos produtos dos estúdios Disney. Sem nunca ter tido uma tradição forte em animação, como os EUA e o Japão, o Anima Mundi está plantando uma semente cujos frutos podem ter como principal característica a diversificação e a originalidade. (S.M.) 31 Anúncio GDF GALERIA DE ARTE Brasília bem na foto Foto Arte invade a cidade e espera mais de 500 mil visitantes LISA MENDES Ela começou timidamente, em 2002, com seis exposições em dois espaços da cidade. No ano seguinte, tomou corpo e se espalhou por 45 mostras e 25 locais. Consolidou-se em 2004, com nada menos que 74 exposições em 50 espaços. Este ano, a Foto Arte promete bater todos os recordes e provar que Brasília é, mesmo, a capital da fotografia. De 6 de setembro, quando começa, até seu final, em dezembro, o festival se revela em 80 mostras divididas em 80 espaços. Todas reunindo fotógrafos profissionais e amadores da cidade, de outros Estados e países. A Foto Arte 2005 ainda renderá um livro de arte para marcar os 45 anos da cidade. Num fim de semana de agosto, o projeto Brasília 45 Anos por 45 Fotógrafos, idealizado por Rui Faquini, colocou na rua 45 profissionais locais e de outros Estados com a tarefa de clicar a aniversariante em suas infinitas possibilidades: céu, parques, palácios, trabalho, feiras, gente... O trabalho de cada um deles foi realizado num tempo determinado: 45 horas. O resultado do esforço coletivo vai virar exposição – que o brasiliense poderá ver entre 1º e 31 de outubro, no espaço Cultural Marcantônio Vilaça – e o livro que pretende registrar em fotos e muita arte a pluralidade da Capital do país. O curador da exposição e editor do livro é Boris Kossoy, professor da USP e conselheiro da Coleção Pirelli/MASP de Fotografia, que acompanha o trabalho de Foto de William Klein, em Objectif Paris Os mosteiros do Nordeste nas lentes de Ricardo B. Labastier 33 talentos conhecidos da cidade, como Orlando Brito, Mila Petrillo, Kazuo Okubo e André Duzek, e de fotógrafos de São Paulo (Antônio Milena, Eder Chiodetto, Gal Oppido), do Rio (Evandro Teixeira, Handam) e de outros Estados, como Goiás, Pará, Rio Grande do Sul e Paraná. PARIS é a musa inspiradora de outro ponto alto da Foto Arte 2005. De 8 de setembro a 14 de outubro, o Conjunto Cultural da Caixa hospedará uma coletiva histórica e inédita, reunindo artistas do quilate de Cartier-Bresson, Doisneau, André Kertez, Keichi Tahara e outros felizardos que andaram a pé pela Capital francesa com a tarefa de registrar em suas lentes os encantos escondidos em cada boulevard, em cada expressão de seu povo, em diferentes épocas. A Objectif Paris tem como proposta mostrar a diversidade de emoções em imagens escolhidas para tocar o privilegiado espectador. Quem abre a temporada de exposições na Foto Arte 2005 é o fotógrafo argentino Marcelo Brodsky. Em Nexo, ele retrata as marcas que o terror dos tempos de ditadura deixou em seus amigos de infância, mas se preocupa também em utilizar a memória como fator de reconstrução da identidade e da história individual e coletiva. Exilado na Espanha por muitos anos, Brodsky retornou à Argentina para purgar esse passado sofrido, revelado agora em fotografias, imagens de arquivos, textos, instalações e três vídeos mostrando livros enterrados, bens recolhidos de prisioneiros e também imagens do período pós-ditadura. Nexo vai de 6 de setembro a 15 de outubro, no Centro Cultural Brasil-Espanha. BUENOS AIRES está retratada na exposição inédita de Silvana Leal, 34 Marcelo Brodsky e as marcas do terror na Argentina artista catarinense que mora em Brasília e se inspirou em poema de Jorge Luís Borges, O Forasteiro, para traçar um percurso cinematográfico pelas ruas da Capital argentina. Com imagens contrastadas e de forte impacto visual, a mostra O Forasteiro estará no foyer da Sala Villa-Lobos entre 8 e 25 de setembro. No mesmo período e lugar, o festival apresenta a primeira mostra individual da artista carioca Kitty Paranaguá aqui em Brasília. Ela foi um dos destaques do FotoRio e apresenta imagens singulares, em preto e branco, de Copacabana. Também estreando na cidade, o fotógrafo paraense Guy Veloso traz Entre a Fé e a Febre, registro das romarias tradicionais, como a de Bom Jesus da Lapa, na Bahia, Juazeiro do Norte e outras menos famosas. As imagens, que já fazem parte de museus e galerias do país e do exterior, podem ser vistas no Corredor da Sala Villa-Lobos entre 8 de setembro e 23 de outubro. OUTRO ENFOQUE da religiosidade brasileira será mostrado pelo fotógrafo Ricardo B. Labastier, pernambucano que mora em Brasília e apresenta, no mesmo espaço e local, um registro dos mosteiros e igrejas barrocas do Nordeste. Segundo ele, o trabalho é um passeio pelos porões e labirintos dessas instituições seculares. Considerado por muitos o maior fotógrafo colorista do país, o carioca Walter Firmo apresenta sua Abstrato Extrato, recorte sutil e criativo em sua obra, selecionando 20 imagens registradas em todo o país. Ex-repórter fotográfico do Jornal do Brasil, das revistas Realidade e Veja, entre outros veículos, Firmo tem 48 anos de convívio com as lentes. Com o propósito de ocupar toda a cidade, os organizadores da Foto Arte 2005 pretendem ultrapassar a meta atingida no festival do ano passado, que foi de um público estimado em 500 mil pessoas. A iniciativa, inédita no Brasil, segue o exemplo de outras cidades como Paris, Houston e São Paulo, que organizam eventos em torno da fotografia e do vídeo. Toda a programação poderá ser acompanhada pelo site www.roteirobrasilia.com.br e nas próximas edições da Roteiro. Guy Veloso fotografa as romarias brasileiras