Ano IV • n º 81
Pimeira quinzena de
setembro de 2005
R$ 3,50
EM POUCAS PALAVRAS
A notícia em primeira mão, o
chamado furo de reportagem, é objetivo
perseguido pela maioria dos bons
jornalistas. As transmissões ao vivo
GRAVES & AGUDOS
e a instantaneidade dos blogs e sites
jornalísticos fizeram desse tipo de
proeza jornalística algo extremamente
difícil para a mídia impressa,
especialmente para publicações
O americano Derrick May,
um dos pais do techno,
é atração do Brasilia Music
Festival Mix no dia 9
16
quinzenais como a nossa.
É perfeitamente compreensível,
portanto, o entusiasmo do repórter
Diego Recena ao chegar à redação da
LUZ CÂMERA AÇÃO
revista, na semana passada, com a
notícia do lançamento de um produto
O festival Assim Vivemos,
no CCBB, exibe Do Luto à Luta
e outros 32 filmes
sobre deficiência
que promete virar de cabeça pra baixo
o mercado nacional de vinhos.
A novidade – uma caixa contendo 5
litros do Cabernet Sauvignon Alto Vale –
28
é uma tentativa da Casa Valduga, uma
das mais importantes vinícolas
nacionais, de difundir entre nós o hábito
GALERIA DE ARTE
do consumo de vinho nas refeições,
comum em grande parte da Europa e
Foto Arte 2005 terá
80 exposições para
um público de mais
de 500 mil pessoas
mesmo em países do Novo Mundo. E,
ao mesmo tempo, de estimular o serviço
“em taça” nos bares e restaurantes.
Foi a melhor notícia, mas não a
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única, obtida por Diego na entrevista
exclusiva com o proprietário da vinícola
gaúcha, João Valduga, que publicamos a
partir da página 6.
E MAIS:
4 ÁGUA NA BOCA 9 ROTEIRO GASTRONÔMICO
Boa leitura!
ADRIANO LOPES DE OLIVEIRA
EDITOR
20 VERSO & PROSA 22 ACONTECE NOS SHOPPINGS
24 DIA & NOITE 26 BEM VIVER
é uma publicação da Editora Roteiro Ltda | Setor Hoteleiro Sul, Brasil XXI, Business Center Park 1, Sala 1307 – Tel: 3217-0217 Fax: 3217-0200 | Redação
[email protected] Editores Adriano Lopes de Oliveira e Maria Teresa Fernandes | Produção Célia Regina | Direção de Arte e Capa Eduardo Branquinho |
Foto Capa Cristiano Sérgio | Diagramação Eduardo Krüger | Fotografia Débora Amorim | Publicidade [email protected] | Diretor Jaime Recena
(8449-9736) Contatos Comerciais André Gil (9988-6676), Giselma Nascimento (9985-5881) e Bruna Chiavicatti (9962.2325)
A Roteiro Brasília está à venda nos seguintes locais: Rede O Jornaleiro (103 Sul, 309 Norte, Brasília Shopping e 104 Sudoeste), Banca Amanda (103 e 304 Sudoeste),
Acervo 162 (Terraço Shopping), Banca Cultural (108 Sul), Banca do Boni (QI 2 Lago Norte), Livraria da Travessa (térreo do CCBB)
ÁGUA NA BOCA
Irlandês candango
Especializado em cervejas importadas, O’Rilley quer
ganhar o título de pub mais autêntico da cidade
DIEGO RECENA
Em um pequeno cercado nos fundos
do bar, uma banda que mais parece os
Paralamas do Sucesso toca clássicos do
rock nacional e internacional. Perto
deles, encostado no balcão de madeira,
um casal de ingleses arrisca um
português confuso, enquanto uma
turma de novos empresários da Capital
aproveita para cantar as garçonetes
vestidas em minissaias estilo escocês.
Por trás de toda a cena estão Aloísio
Pádua, Luís Cláudio Carvalho,
Bi Ribeiro (baixista dos Paralamas)
e muitas doses de cervejas nacionais e
importadas. Os três mosqueteiros são
agora os proprietários do mais novo
pub da cidade. Com nome e sotaque
irlandês, o O’Rilley parece ser, na
opinião de muitos, a primeira casa
fiel ao conceito em Brasília.
Nas palavras de Aloísio, o grande
diferencial é a cerveja. No O’Rilley a
4
bebida não é apenas coadjuvante, mas
atriz principal. “Nosso conceito está
baseado em oferecer um ambiente
agradável onde as pessoas possam
tomar cerveja de boa qualidade”, diz.
O pub tem aproximadamente 30
variedades da bebida, entre nacionais e
importadas. Todas devidamente
refrigeradas. Um grande tonel prateado
com capacidade para 600 litros mantém
a cerveja Stadt Bier na temperatura
exata de menos um grau Celsius.
Além disso, o pub oferece cervejas
inglesas e irlandesas na pressão,
servidas nos legítimos pints – copos
tradicionais de 570 ml. Entre os carroschefes das marcas importadas estão
New Castle Brown Ale, Old Speckled
Hen, Erdinger, Chimay e a famosa
Guiness.
Quanto ao ambiente, os donos
também foram categóricos. O pub
está disposto em 300 m2. São três
espaços: o térreo serve de porta de
entrada da casa, amplo, cheio de
mesas e com dois grandes balcões
de madeira onde o cliente pode tomar
cerveja encostado; o subterrâneo é o
salão de jogos, lugar da sinuca e dos
dardos, com paredes revestidas por
pedras aparentes, o que passa a
sensação de taverna medieval;
e a sobreloja, um dos locais mais
privilegiados, tem serviço independente
do resto do pub, sistema de ventilação
natural e ainda serve como uma espécie
de camarote para os shows que
acontecem no térreo.
Por falar em show, dez bandas vão
alternar suas apresentações no pub nas
terças, sextas e sábados, por enquanto
sem cobrança de ingresso. E não
estranhe se algum dia você entrar no
O’Rilley, pedir uma Guiness e se
deparar com o Paralamas do Sucesso
dando uma canja.
O’Rilley
409 Sul, Bloco C. 2ª a sábado, a partir das 18h
Piantella na Casa Cor
○
○
○
salgados, cafés e a iguaria que está
fazendo sucesso até na Europa.
Os arquitetos criaram um ambiente
tipicamente “mineiro de interior”,
inclusive com espaço para exposição
de artesanato. A Casa do Pão de
Queijo levará também sorvetes para
a Casa Cor – uma novidade no mix
de produtos oferecidos pela marca.
Esta será a 14ª edição da mostra
e a maior de todos os tempos, com
53 ambientes criados por mais de
80 profissionais, entre arquitetos,
decoradores, designers de interiores
e paisagistas. Espera-se um público
superior ao do ano passado – quase
30 mil visitantes. A mansão que abriga
a Casa Cor tem 1.500 m2 e ocupa um
terreno de 10.000 m2 numa das regiões
mais elevadas de Brasília, o Setor de
Mansões Dom Bosco, com vista
panorâmica do Lago Paranoá.
Casa Cor Brasília 2005
De 2/9 a 9/10, das 12 às 22h, de terça a
domingo. SMDB Conjunto 15, Casa 1 – Lago Sul
(entrada pela QI 21). Ingressos a R$ 15 e R$ 7
○
O restaurater Marco Aurélio Costa,
do Piantella, preparou um cardápio
especial, com forte influência francoitaliana, para os visitantes da Casa Cor
Brasília 2005, que começa nesta
sexta-feira, 2, e vai até 9 de outubro.
A tradicional adega do Piantella também
estará presente com 800 rótulos, entre
tintos e brancos, mas quem quiser algo
diferente poderá escolher, com uma
hora de antecedência, entre as 9.000
opções oferecidas pelo restaurante
na 202 Sul.
Para o público feminino, Marco
Aurélio vai organizar degustações de
vinhos nas happy-hours da Casa Cor,
especialmente de espumantes de várias
procedências. O espaço destinado ao
Piantella será projetado pela decoradora
Ândrea Zorzeto e terá também um
piano-bar com pista de dança, para que
as noites do Lago Sul se prolonguem.
O café – ambiente projetado pelos
profissionais Flávia Moreira, João
Rafael de Paula e Valéria Motta – será
operado pela Casa do Pão de Queijo,
referência quando o assunto são
www.roteirobrasilia.com.br
DOCE ALQUIMIA
Transformar frutas em doces. É o que faz há cinco a Alquimia Mineira, empresa familiar da
cidade de Estiva, sul de Minas, que a partir de outubro começa a vender seus produtos em Brasília.
Depois de aguçar o paladar dos mineiros, agora a expectativa é conquistar os candangos.
Os doces serão vendidos na lojas Biscoito Mineiro. Todas as geléias, compotas, licores e
bombons são de fabricação artesanal, sem agrotóxicos. As frutas mais utilizadas são morango,
figo, maçã, goiaba, pêssego,
banana, laranja e limão.
Tipicamente agrícola, a cidade
ficou famosa no Estado devido às
festas religiosas e de colheita. Cada
estação é um motivo para lançar uma
nova guloseima. “Trabalhamos
a possibilidade de cada fruta.
Com algumas, como o figo, nós
conseguimos fazer geléia, calda
e tabletes”, diz Rose Simões, uma
das proprietárias da empresa.
Informações: 3224.2643 / 3225.5063
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ÁGUA NA BOCA
Vem aí o Valduga
bag-in-box
Nova embalagem chega para popularizar o
consumo de vinhos nacionais de boa qualidade
DIEGO RECENA
Três vezes por ano, o cinqüentão gaúcho João
Valduga deixa sua vinícola em Bento Gonçalves,
no Vale dos Vinhedos, e visita o Planalto Central.
Essas viagens, em geral programadas com
antecedência, têm sempre o mesmo motivo:
afinar o relacionamento com seu representante
em Brasília. Na última quinzena, porém, Valduga
quebrou essa regra e chegou de surpresa à cidade,
trazido pelo mau tempo que provocou o
fechamento de alguns aeroportos pelo país afora.
Nas poucas horas que aqui passou, ele
aproveitou para conversar com a Roteiro. Num
bate-papo descontraído, o proprietário da Casa
Valduga, uma das maiores vinícolas brasileiras,
falou sobre os 130 anos de história da empresa, a
importância da procedência dos vinhos, o mercado
externo e sua mais nova aposta: o Cabernet
Sauvignon Alto Vale na embalagem bag-in-box.
A partir deste mês o consumidor encontrará
em restaurantes e lojas especializadas a nova
embalagem – espécie de bolsa acondicionada
numa caixa de cinco litros (leia boxe na página 8).
A idéia é popularizar o vinho de qualidade,
especialmente entre os consumidores mais jovens,
e torná-lo companhia para todas as refeições,
bandeira que João Valduga não se cansa de
defender. Também pudera: esse enólogo gaúcho
nasceu debaixo de um parreiral e, desde então,
nunca mais perdeu contato com o mundo dos
vinhos. É sobre esse mundo que ele mais gosta
de falar.
6
Qual o motivo da sua vinda a Brasília?
Em relação aos espumantes,
Além de aeroportos fechados? Bem,
falando sério, existe um nicho de
mercado muito grande aqui. Nós,
enólogos e produtores, temos que ter
coragem para sair um pouco mais da
nossa região. Sair um pouco mais da
propriedade e ir ao encontro do
consumidor. Essa talvez seja a melhor
forma de divulgar nossos produtos,
mostrar sua qualidade na degustação.
Nós, da Casa Valduga, acreditamos que
a qualidade do vinho se percebe no copo,
e não na maquiagem, na rotulagem ou
até mesmo nas premiações.
quais são as novidades?
O que leva a Casa Valduga a procurar
novos mercados?
A Casa Valduga é uma propriedade
pequena e tem que ser mais inovadora,
criativa. Você tem que ficar muito ligado
no consumidor. Além das variedades
tradicionais como Cabernet Sauvignon,
Chardonnay e Merlot, o consumidor está
exigindo novas variedades.
Quais são essas novas variedades?
Por exemplo: as pessoas estão buscando
um vinho Malbec e eu ainda não tenho no
Brasil esse terroir (característica da
terra) típico da qualidade que tem o vinho
da Argentina, em especial de Mendoza.
Então, tivemos que nos virar. Ou a Casa
Valduga se instalava lá ou perdia clientes.
Então surgiu a oportunidade de comprar
uma propriedade em Mendoza, onde
estamos elaborando um Malbec. E não vai
ser surpresa se amanhã formos buscar
um Barolo na Itália. São novos nichos aos
quais você tem que ficar atento.
Fale um pouco mais sobre os vinhos
produzidos na Argentina...
Essa variedade se chama Malbec
Mundos. É produzida e engarrafada na
Argentina, com a supervisão da Casa
Valduga. Começou em 2000/2001 e o
Malbec que a gente está trazendo é da
safra 2002. A pretensão é trazer um
Gran Reserva Malbec, mas isso sempre
se dá com a demanda de mercado.
Os espumantes são o forte da
Casa Valduga na região da Serra
Gaúcha. Você se preocupa não
só em elaborar um espumante
no final do ano, você pode
elaborar um para cada estação,
dentro da especificidade de
cada região. Se hoje nós
estamos no inverno, você
procura um espumante mais
encorpado; se estamos na
estação quente, podemos
procurar um brut, ou extra brut.
Então o espumante é uma
bebida extremamente versátil,
inclusive que você pode apreciar
no café da manhã. Ultimamente
as pessoas estão tomando
espumante até com feijoada,
pois ajuda na digestão.
Qual o grande lançamento para 2005/6?
O carro-chefe da Casa Valduga ainda é a
variedade Cabernet Sauvignon para as
uvas tintas e Chardonay para as brancas,
que é a rainha das uvas. Agora, o maior
lançamento, no qual nós estamos
acreditando, chama-se bag-in-box,
uma caixa de cinco litros de vinho da
variedade Cabernet Sauvignon, no padrão
em que é consumido no exterior. Ele
chega com preço em torno de R$ 40
a caixa, para permitir que todos os
brasileiros tomem sua taça de vinho
de boa qualidade durante as refeições.
Como vão as ações pioneiras da Casa
Valduga, como o complexo turístico?
Nós montamos o primeiro complexo
turístico vinícola do Brasil dentro da
propriedade localizada no Vale dos
Vinhedos, em Bento Gonçalves, para que
o turista possa participar de todo o
processo, conhecer desde a implantação
das parreiras até a elaboração dos vinhos.
Ao mesmo tempo, mostrar a nossa
polenta, a nossa sopa de cappelletti e o
nosso galeto. A Casa Valduga também foi
pioneira, junto com a Embrapa, na busca
da primeira indicação de procedência
dentro do Vale, que são os vinhos com
uma tipicidade local.
Qual a melhor época para se visitar o Vale
dos Vinhedos?
Janeiro e fevereiro, época da colheita.
Mas o maior fluxo de turistas é no
inverno. O complexo da Casa Valduga
tem um restaurante, que serve comida
típica italiana, e quatro pousadas.
Como está a qualidade desta safra?
Eu diria que o bom vinho depende de
vários fatores, mas há um fator
preponderante que o homem não
consegue manipular que se chama
clima. Então, para nós é interessante
que não chova durante a colheita da uva,
que são os meses de janeiro, fevereiro e
março. Tanto é que nos anos bons – l986,
1991, 1999, 2002 e 2004 – tivemos vinhos
que podem competir com qualquer
outro do mundo. A safra de 2005 foi a
melhor dos últimos 50 anos. Nós
tivemos uma estiagem muito grande
no Rio Grande do Sul, a maioria das
culturas ficou prejudicada, mas a uva
foi beneficiada. O resultado é um vinho
com cor, corpo e sabor.
7
Porque o vinho nacional é mais caro que
o importado de qualidade equivalente?
Isto se deve principalmente à carga
tributária pesada, acima de 42,5%.
Outro fator é o custo muito alto da
matéria-prima e da tecnologia.
ainda. Nosso consumo per capita é de
apenas 1,8 litro por ano.
Conte um pouco sobre a história da
família Valduga?
Qual é a solução para baratear o vinho?
A solução é plantar mais vinhedos,
baixar o custo de produção. O Brasil é
muito grande, temos mais de 67 mil
hectares e a produção é muito baixa
Meus bisavós vieram para o Brasil há
130 anos, quando saíram do porto de
Gênova, no norte da Itália. Meu avô já
saiu de lá com algumas cepas, algumas
parreiras. A ligação com o vinho vem de
nascença. Tanto é verdade que eu nasci
embaixo de um parreiral.
Quais são os planos da Casa Valduga para
o futuro?
Dos últimos anos para cá, com todas
essas técnicas de inovação e apoio da
Embrapa, começamos a ganhar
premiações que facilitaram as
exportações. Vamos buscar agora
manter isso, nos qualificar cada vez
mais, aprimorar o processo de
elaboração dos vinhos e buscar novos
conceitos, sem jamais esquecer o
mercado interno.
Prática e econômica
A grande aposta da Casa Valduga para 2005,
que atende pelo nome de bag-in-box, tem tudo
para revolucionar o mercado nacional de vinhos.
A partir deste mês estará à venda nas lojas
especializadas o Cabernet Sauvignon Alto Vale
2004, elaborado para o consumo diário e
comercializados em novo conceito de
embalagem: uma pequena caixa de cinco
litros desenvolvida para facilitar o serviço
e a armazenagem do vinho.
Inicialmente, a Valduga lança a bag-in-box na variedade
Cabernet Sauvignon. Vinho jovem, de aromas frutados, com
leve passagem em carvalho francês, terá um preço médio de
R$ 60 para o consumidor final. Se a caixa de 5 litros equivale
a 6,6 garrafas de 750 ml, uma taça padrão (pouco menos de
200 ml) vai custar apenas R$ 2,25.
8
Sucesso na França, Suécia, Noruega e Inglaterra,
onde são consumidas cerca de 70 milhões de caixas
por ano, e também em países do Novo Mundo, como
Austrália, África do Sul, Chile e Estados Unidos,
a embalagem possui uma bolsa interna de filme
transparente que forma uma proteção para o vinho
e conta com uma torneira flex tap que evita
vazamentos e facilita o serviço “em taça”, tanto
em restaurantes quanto em casa, pois mantém as
propriedades da bebida mesmo depois de aberta. Além
disso, a embalagem é considerada uma boa opção para
festas e eventos, pois é mais leve, mais segura contra
acidentes e necessita de menor espaço para armazenagem.
Em Brasília, o produto estará à venda na delikatessen
Porto Fino, na 308 Norte (3349.1943), e na distribuidora
Santo Amaro (3363.7280).
ROTEIRO GASTRONÔMICO
MÚSICA AO VIVO
ACESSO PARA DEFICIENTES
ÁREA EXTERNA
FRALDÁRIO
MANOBRISTA
DELIVERY
ESPAÇO VIP
BANHEIRO PARA DEFICIENTE
CARTÕES DE CRÉDITO: MASTERCARD (M), VISA (V), DINERS (D), AMERICAN EXPRESS (A)
COZINHA ORIENTAL
A casa se tornou um sucesso com
serviços originais e rápidos. Em
um buffet situado no centro do
salão, o cliente monta seu pedido
escolhendo até sete ingredientes
para compor um prato de massa
(macarrões, nhoques, raviólis) ou
salada (folhas verdes) ou Vira-eMexe (arroz com feijão). Deliciosos pratos italianos à la carte.
Tradicional e inovador. No menu, os
pratos mais procurados, como sushis
e sashimis, ganham toques inusitados.
Exemplo disso é o sushi de atum picado temperado com gengibre e cebolinha envolto em uma fina camada de
salmão. As novidades são fruto de muita pesquisa do proprietário Jun Ito, responsável pela criação do cardápio.
Nippon
403 Sul (3224.0430 / 3323.5213)
CC: Todos
Truli
201 Sul (322.4688) Delivery (3225.4050)
Com quatro ambientes, um deles é reservado e tem um tatame. As receitas
seguem uma linha tradicional e são servidas no sistema à la carte. Sugestão:
shimeji, cogumelo na manteiga, como
entrada; combinado individual de sushi
e sashimi, com trinta peças, como prato
principal; e banana flambada com sorvete, como sobremesa.
Mitsubá
Naoum Plaza (3322.4545)
A única casa com fabricação própria de massas, com grano duro.
Oferece pratos com sabores, aromas e ingredientes do norte da
Itália, com carne de caça, abóbora e polenta. Possui uma excelente carta de vinhos e adega
climatizada. Sugestão: Ravióli com
recheio de Frango e Catupiry.
Cantina da Massa 302 Sul (3226.8374)
CC: Todos
Tradicionalista, a proposta do consagrado sushiman Ryozo Komiya, que
assina todo o cardápio da casa, é de
retratar a verdadeira cozinha japonesa. No almoço, buffet, com grande
variedade de peixes. A sugestão para
o à la carte: teishoku, que inclui entrada, sashimi, tempura, peixe assado,
picles, missoshiru, frutas, sushi e
chawanmushi. Serve duas pessoas.
Takê
SHN Torre Palace Hotel (3328.5554)
Ichiban
CC: Todos
Com 12 anos de tradição, lança sempre
inovações num cardápio que vai do tradicional às modernidades que o mundo
ocidental pede. No almoço e jantar, buffet
com mais de 40 tipos de sushis, além de
sashimis e cerca de 15 opções de pratos
quentes. Também funciona no sistema
à la carte. Sugerimos o teishoku, a famosa refeição completa japonesa que oferece a melhor relação custo-benefício.
405 Sul (3244.8870)
Terraço Shopping e Pier 21
CC: Todos
CC: Todos
CC: Todos
Descontração e fartura são as palavraschave da casa. A boa pedida é o buffet
de antepastos no qual se pode degustar
iguarias como alcachofra, palmito, berinjela, lula, polvo, presunto de parma, entre
outras. E como prato principal a sugestão do chefe é o cabrito assado. Funciona de segunda a sábado no almoço e
jantar e domingo somente no almoço.
Unanimità
408 Sul (3244.0666)
CC: Todos
Entrar no Villa Tevere é como ser
transportado para uma tradicional
vila italiana. Uma das sugestões,
entre tantas delícias, é o Filleto della
Máfia: filé mignon recheado com
queijos brie e suíço ao molho de
vinho e azeitonas, acompanhado
de fettuccine cremolatto com tomate seco e mussarella de búfala.
Villa Tevere
115 Sul (3345.5513)
CC: V, M, D
COZINHA ITALIANA
Ambiente charmoso. Cardápio tradicional,
com massas, filés, peixes e risotos, tudo
preparado na hora e com produtos italianos. A carta de vinhos tem vários rótulos
nacionais, argentinos, chilenos e italianos,
entre outros. O espaço externo é ventilado e agradável. Na frente do restaurante,
um amplo estacionamento. 2ª das 17h às
21h30, 3ª a sábado das 12h às 15h e das
17h às 24h, domingo das 12h às 16h.
O charme da decoração e a iluminação à
luz de velas dão um clima romântico ao
Villa Borghese. Aberto todos os dias para
almoço e jantar. Sugestões: Tagliatelle del
Mare e para sobremesa Picolo Paradiso
(pêras cozidas em calda suave de vinho
tinto perfumada com canela, servida com
sorvete de creme e raspas de limão).
Villa Borghese
201 Sul (3226.5650)
CC: V, M
Trattoria 101
CLSW 101 (3344.8866)
CC: todos
9
ROTEIRO GASTRONÔMICO
COZINHA CONTEMPORÂNEA
COZINHA INTERNACIONAL
O ponto alto da casa é a área externa,
com capacidade para 25 mesas é o
lugar ideal para degustar espumantes, prossecos e vinhos. Na sobreloja
encontra-se o bistrô, e no subsolo, a
adega climatizada com mais de 4.500
garrafas.Várias sugestões: baby bife
à piamontesa, ravioli com três queijos.
Um lugar descontraído que oferece comida ao gosto do brasiliense.
Ótimo ponto de encontro para todas as idades. Funciona de terçafeira a quinta-feira de 19h à 01h,
sexta-feira e sábado de 19h às 2h
e domingo de 12h às 16h.
QI 11 - Gilbertinho (248.0184)
CC: Todos
Don Pepe
303 Sul (323.8082)
CC: Todos
Fred
405 Sul (3443.1450)
210 Sul (3443.2089)
CC: Todos
Piantella
210 Sul (3244.1039)
CC: A e M
202 Sul (3224.9408)
CC: Todos
No sistema de buffet, aos sábados é servida a feijoada da casa,
a R$ 28 por pessoa. Baianas vestidas a caráter servem acarajé e
caldos. Nos outros dias da semana, buffet com doze tipos de saladas, seis pratos quentes e
sobremesas, a R$ 32 por pessoa.
No jantar, somente à la carte.
Segunda casa da chef Mara
Alcamin. Um lugar agradável e
intimista, com decoração moderna. Aberto de segunda a sábado para o jantar e de terça a
sexta para almoço. Nas sextasfeiras, durante o almoço, feijoada, e nos demais dias pratos
regionais sob encomenda.
Zuu A.Z.D.Z.
CC: Todos
Em atividade há 28 anos e conhecido reduto da política nacional, o Piantella possui uma adega com 2.800 rótulos. No cardápio, bastante variado, destaques
para o cordeiro ao forno e o
fetuccine com camarão. Entre as
entradas, um caviar americano e
uma salada de fígado de frango,
croutons e bacon.
Pioneiro na cozinha contemporânea
em Brasília, o Universal mistura as
culinárias francesa e italiana, com
elementos da cozinha brasileira.
Uma sugestão: camarão ao molho
de queijo brie, champagne e caviar, com risoto de morango e sálvia.
A decoração, com vários objetos
inusitados, é um atrativo a mais.
Universal Diner
CC: V
Tradicionalmente conhecido por
servir o melhor picadinho de filé
da cidade desde 1991, o Fred
Restaurante, na 405 Sul (Rua dos
Restaurantes), surpreendeu pela
qualidade e sabor da sua truta à
moda alemã, sucesso imperdível
do 2º Festival Sabor Brasília/2005.
Vale a pena conferir.
Trabalha com serviço à la carte e sugestões diárias do próprio chef Dudu
Camargo. Um programa perfeito
para todas as horas, com preços para
todos os bolsos que combinam com
almoço, jantar e até um simples
drinque. Funciona de segunda a sexta-feira no almoço e jantar, sábado
no jantar e domingo no almoço.
Dudu Camargo
307 Sul (3244.4754)
The Falls
SHS Naoum Plaza Hotel (3322.4545) CC: Todos
COZINHA CONTEMPORÂNEA/CAFÉ
Às margens do Lago Paranoá, o
restaurante funciona dentro do
Hotel Blue Tree Alvorada. Todos
os dias, no almoço, buffet temático e diferenciado. No sábado
tem feijoada. No domingo, o já
consagrado brunch. O restaurante oferece também um serviço
especial à beira da piscina.
No cardápio uma mistura de ingredientes. Para o café, itens com quiches,
croissants e sanduíches. Para o jantar,
entradas como o Carpaccio de Surubim
Defumado e pratos com o Filet com crosta de pimenta, acompanhado por alho
gratinado e risoto de banana. Para comemorações, o andar superior recebe
mais de 70 pessoas.
O Gatto
10
215 Sul (3345.7853)
CC: C, V
Herbs
SHTN Hotel Blue Tree Park (3424.7000)
CC: Todos
BISTRÔ
COZINHA MEXICANA
Um aconchegante bistrô onde você pode
saborear antepastos, frios, sanduíches
com pão artesanal, risotos e massas,
tortillas, terrines e saladas. Para sobremesa, torta trufada, fondant e pudim de
queijo. A maioria dos produtos é artesanal. Destaques para o balcão, onde
se pode tomar café expresso, chopp e a
seleção de vinhos da adega.
La Bussola
103 Sul (3323.5262)
CC: V. M. D
Chili Pepper
COZINHA NATURAL
COZINHA ÁRABE
O cardápio é variado e modificado diariamente. São 25 tipos de
saladas e doze pratos quentes.
À noite, buffet de sopas, canja
de galinha com arroz integral e
uma variedade de caldos, a R$
7,95 por pessoa. No sistema à la
carte tem saladas, grelhados,
sanduíches e açaí na tigela.
O buffet diário com mais de
cinqüenta pratos é o carrochefe, no almoço e no jantar.
Aos sábados, cassoulet – feijoada branca com carneiro,
lingüiça e carne de porco. Os
salgados, como o quibe frito
e a esfirra de carne, são uma
boa pedida para entrada.
Tannor
Hotel Torre Palace (3328.5554)
302 Norte (3326.0272)
202 Sul (3321.5039)
CC: Todos
COZINHA ESPANHOLA
O restaurante traz a culinária de raiz
das Minas Gerais e uma programação cultural com músicos de renome
nacional e eventos literários. Diariamente, são oferecidos entre oito e
nove tipos de carnes. Destaque para
a leitoa e o pernil à pururuca, servidos
às sextas e aos domingos.
Feitiço Mineiro
COZINHA FRANCESA
408 Sul (3242.7599)
CC: Todos
QI 28 Lago Sul (3367.7080)
CC: Todos
CC: Todos
No almoço, o buffet é consagrado
pela grande variedade de pratos. Por
R$ 28,90 o cliente desfruta de saladas, pratos quentes, buffet de massas caseiras e sobremesas. Para jantar oferece buffet de frios a quilo, e a
novidade é o à la carte de grelhado
de cortes especiais, destacando-se
o T-Bone Steak (350g).
Don’ Durica
Atendendo apenas por reserva, destaca-se
pela boa comida e pelo ambiente charmoso.
Da varanda pode-se avistar o Lago e a Ponte
JK. No cardápio, receitas das culinárias francesa e contemporânea. Todas as quartasfeiras, a casa oferece menu degustação, com
uma entrada, três pratos quentes e uma sobremesa. Nos outros dias, sistema à la carte,
com doze opções de pratos. Funciona de
terça a sábado a partir das 20h.
Gazebo
306 Norte (3272.3032)
BUFFET DE RESTAURANTE
Inaugurado em 1966, o La Chaumière
mantém a autenticidade dos pratos
franceses, com temperos trazidos
diretamente da França. Sugestões:
Filé à Danielle ( com queijo roquefort
e pimenta do reino) e Steak au
Poivre (filé mignon com conhaque
e pimenta do reino, arroz à grega
ou batata sautê).
La Chaumière
CC: Todos
COZINHA REGIONAL
Terça-feira é dia de tapas no Calaf.
Tira-gostos espanhóis no happy
hour com música flamenca. Toda
4ª feira, almoço com buffet da cozinha espanhola, como paellas
(valenciana e marinara), bacalhoada, jamon serrano e tortilhas, tudo
a R$ 30 por pessoa.
SBS Ed. Empire Center (3325.7408)
CC: Todos
Bar do Calaf Cozinha Espanhola
Ambiente agradável, com decoração típica. No almoço e jantar, sistema de buffets
com 11 itens, como os tacos, burritos e
chili a R$ 14,50 por pessoa exceto na 2ª
feira. No à la carte, pratos como o chili dip
(feijão mexicano com doritos), as fajitas
(arroz e feijão à moda mexicana, com filé,
guacamole e salsa picante) e drinks diversos. Serviço de festa em domicilio.
www.chilipepper.com.br
215 Sul (3345.5565)
CC: A, V.
201 Norte (3326.1045)
CC: V. M. D
Para alguns é bar: chopp sempre gelado, petiscos deliciosos, garçons eficientes e simpáticos. Para outros, restaurante: bebidas selecionadas, buffet
varidado, pratos saborosos servidos à
la carte, gente interessante, cozinha impecável, ambiente aconchegante e atendimento atencioso.
Carpe Diem
104 Sul, Pier21, CasaPark, Pátio Brasil,
Sia Casa Shopping, Terraço e Brasília
Shopping - (3325.5300) CC: Todos
11
ROTEIRO GASTRONÔMICO
BUFFET DE RESTAURANTE
Restaurante com padrão internacional, eleito por três anos consecutivos o restaurante preferido da família americana. Com um ambiente de
western e um estilo full service, são
servidos ribs, steaks, chicken e muito mais... São quase 5 anos de sucesso absoluto em Brasília. Aberto
todos os dias.
Variedade traduzida em mais de
24 tipos de saladas, 22 tipos de
pratos quentes, carnes feitas na
chapa, massas preparadas na hora
e sobremesas light. Os pratos têm
indicação de calorias e todo dia há
uma novidade diferente. Bacalhau,
salmão e feijoada também fazem
parte do menu principal.
716 Norte (3447.3636)
CC: Todos
Roadhouse Grill
FRUTOS DO MAR
BUFFET DE FESTA
É um dos mais renomados
buffets de festa da cidade,
com mais de dez anos de experiência. Além dos salgados
e doces finos oferecidos no
buffet, destaque para o Risoto
de Foie-Gras, o Carré de Cordeiro ao Molho de Alecrim e o
Filé ao Molho de Tâmaras.
Sweet Cake
QI 21 do Lago Sul (3366.3531)
Setor de Clubes Sul Trecho 2 Conj. 35
ao lado do Pier 21 (3321-8535)
Camarão & Cia
Cardápio variado, com sabor, qualidade e
inovação. O buffet no almoço (206 sul) é o
carro-chefe, com mais de 10 pratos quentes, diversos tipos de saladas e várias
opções de sobremesa, a R$ 29,90 (2ª a 6ª)
e R$ 33,90 (sáb, dom e feriados) por pessoa. No jantar, serviço à la carte. O chopp
cremoso é outro ponto forte da casa, acompanhado de bolinhos de bacalhau e risoles.
206 Sul (3443.4841), Liberty Mall
e Brasília Shopping
CC: todos
PIZZARIA
O Renata La Porta
Buffet é conhecido
por produzir festas
memoráveis, se destacando com proposta inovadora e
cheia de estilo. Cardápios originais e
serviço impecável.
Renata La Porta
QI 9 do Lago Sul (3364.6006)
Sem dúvida, uma casa com rígidas regras de controle de qualidade para os produtos utilizados
na elaboração das mais deliciosas
pizzas da cidade. Com o toque
da alta gastronomia, as pizzas se
revelam entre produtos como o
tomate italiano e os cogumelos in
natura gigantes de Paris.
Santa Pizza
207 Sul (3244.1415)
CC: V, M, D
CASA DE GRELHADOS
O lema da casa é “comida pra
gente de sorte”. Renomada
pelo variado menu italiano com
massas, saladas, entradas, grelhados e pizzas com recheios
variados, massa fina e crocante
feita no forno à lenha. Também
dignos de nota são o chopp e o
ambiente romântico.
O BSB Grill é conhecido pelo cuidado com a qualidade e o preparo da carne. Há sete anos na
cidade, oferece cortes inovadores, como o bife de tira e o bife
angosto, uma parte privilegiada do contra-filé. Destaques
para a Picanha Pantaneira, a
Picanha em tira e o Prime Rib.
BSB Grill
304 Norte (3326.0976)
CC: A, V
Fortunata
Dom Francisco
12
CC: Todos
São mais de 40 sabores de pizzas
preparadas em forno à lenha. A massa é fina e crocante, deliciosa. E todo
dia 29 tem o nhoque da sorte: se
você achar uma nota de um dólar
embaixo do prato, guarde por 30
dias, para dar sorte. Sugestão do
chef: pizza Regalo (mussarela de
búfala, tomate seco e rúcula).
O bacalhau, a picanha e o tambaqui
na brasa são os carros-chefes do restaurante, que tem 16 anos de tradição. O segredo do sucesso está na
escolha dos produtos selecionados
para a elaboração dos pratos. Na
adega, 17 mil garrafas de vinho entre
os mais de 820 rótulos.
ASBAC, Academia de Tênis,
Pátio Brasil e Parkshopping
(3224.8429)
CC: Todos
QI 9 Bl. C - Lago Sul (3364.6111)
Tutti Amici
SCLSW 302 Bl C
Sudoeste (3344.7370)
C: M, V, D, A
Premiada este ano pela revista
Veja, a casa apresenta massas
originais da Itália, vinhos e ambiente agradável. No cardápio,
pizzas tradicionais e exóticas.
As novidades são uma constante e há a opção de rodízio em
dias especiais – na 309 Norte,
toda terça-feira e domingo, e na
408 Sul, às segundas-feiras.
Baco
309 Norte (3274.8600), 408 Sul (3244.2292)
CC: Todos
A casa possui dois ambientes bem arejados.
O cardápio é variado, com opções de frango, carne vermelha, peixes, bacalhau, massas e pizzas servidas na pedra. Aos domigos,
durante o almoço, a casa oferece buffet com
grande variedade de saladas e pratos quentes. Às quartas-feiras, buffet de massa no almoço e rodízio de pizzas tradicionais no jantar, ambos a R$ 12,90 por pessoa.
La Gioconda
102 Sul (3224.4989/4107)
www.lagioconda.com.br
CC: Todos
CREPERIA
O Restaurante e Pizzaria Pizzaiolo há
31 anos mantém a tradição de atender os mais exigentes paladares.
Além dos mais de 40 sabores de pizza
do cardápio, o Pizzaiolo lança sempre novidades como a pizza de Carne Seca com Queijo Coalho, a de
Peito de Peru com Tomate Pelatti, a
de Tomate Seco com Rúcula e
Mussarela de Búfala e a Portinari.
Pizzaiolo
215 Sul (3345.7878 / 3346.9767)
CC: Todos
A famosa massa fina dos crepes,
as tapiocas, as saladas da casa
com tomate seco e mussarella de
búfala, a tábua de frios, a carta de
vinhos nacionais e importados, a
cerveja gelada, a variedade de
sucos, o atendimento personalizado e o ambiente pra lá de especial
formam o sucesso da casa.
La Crêperie
103 Sul (3226.4612)
No Pedacinho Pizzas é tradição dar uma
parada rápida no balcão para saborear pedaços de diversos sabores diferentes. À mesa, o cliente também fica à
vontade para apreciar pizzas inteiras e
massas de fabricação própria, além de
não pagar a taxa de 10% pelo serviço.
Na 105 Sul, o espaço com brinquedoteca e monitoras é ideal para festas
infantis. www.pedacinho.com.br
Pedacinho
105 Sul (3443.0010) e
108 Norte (3349.0010)
CC: V, M, D
Melhor creperia da cidade, eleita
pelas revistas Veja-Brasília e Roteiro, oferece dezenas de crepes doces e salgados, além de guloseimas, sucos, chocolates quentes e
gelados, chás, cervejas e vinhos.
Entre as delícias está o crepe Edith
Piaf, de salmão defumado, queijo
brie, maçãs e alcaparras.
Crepe au Chocolat
Dona Lenha
210 Sul (443.2050)
109 Norte (3340.7002) CC: Todos
Com paredes de tijolos brancos e cadeiras de vime, a decoração é um charme à
parte. A casa oferece saladas, risotos,
grelhados e mais de 50 sabores de crepes.
Adega climatizada com mais de 50 rótulos.
Sugestão: Marco Polo (presunto, catupiry,
tomates frescos, azeitona, cebola, orégano
e palmito); Puro Êxtase (morangos frescos,
chocolate ao leite derretido e flocos de
chantilly. Toda terça-feira, música ao vivo.
A casa é um mix de pizzaria e trattoria.
O cardápio lista quatro tipos de massa
e 11 molhos, além de saladas e grelhados, mas as pizzas continuam sendo o
carro-chefe. Entre os 28 sabores, a sugestão é a Romana, com presunto de
Parma, mussarela de búfala, rúcula e
molho pesto de nozes.
201 Sul, 209 Norte, Deck Brasil,
Terraço Shopping e Gilberto Salomão
(3322.1234)
CC: Todos
CC: V
C’est si bon 408 Sul (3244.6353) CC: V, M e D
CONFEITARIA
Na cidade desde 2002, seu cardápio
traz exclusivamente pizzas artesanais. A
receita tradicional de massa italiana foi
especialmente adaptada ao paladar
brasileiro e aprovada por nossos clientes. São todas confeccionadas com ingredientes selecionados, de primeira linha, e assadas em forno à lenha. Sabor
inigualável! Rodizio de pizzas a R$ 11,90.
410 Sul (3244.9429) Delivery (3245.2911)
CC: Todos
Com quatro lojas na cidade, mantém a tradição em mais de 200 produtos de receitas típicas do interior
de Goiás, preparados artesanalmente, sem conservantes ou estabilizantes. A torta Suflair é uma das tentações da linha doce. Na linha salgada, uma boa opção são as
quiches, com recheios variados.
Monjolo
404 Norte, 215 Norte, 210 Sul,
103 Sudoeste e QI 13 Lago Sul (3361.7767)
13
ROTEIRO GASTRONÔMICO
CONFEITARIA
A casa segue o estilo americano. Os hambúrgueres, preparados com carne resfriada, duas
horas antes de serem consumidos, pesam 140 gramas e vêm
acompanhados de batatas fritas.
No cardápio quinze opções de
sanduíches, milk-shakes, refrigerantes e sucos naturais.
Oferece 108 variedades de tortas, além
de bombons, doces, petit fours, salgados
e sorvetes. Entre as delicías mais tradicionais estão a Marta Rocha. Além das nove
lojas, você pode comprar através do nosso site: www.torteriadilorenza.com.br
Torteria di Lorenza
115 Norte (3349.7807) 213 Norte (3340.1730)
Sudoeste (3344.4600) Brasília Shopping
(3328.4853) Terraço Shopping (3036.3663)
302 Sul (32669667) 208 Sul (3443.6366)
211 Sul (3245.8293) Lago Lul (3364.5096)
Marvin
103 Sul - 110 Norte - Terraço Shopping
e Pier 21 (3223.4786)
CC: Todos
SORVETERIA
A casa serve produtos tradicionais e inovadores. O lugar
é ideal para reunir amigos
para um café da manhã ou
para o chá da tarde, sempre
ao som de músicas francesas.
Funciona de 2ª a sábado, das
9h às 21h e, domingos e feriados, das 8h30 às 19h.
Chez le Petit Prince
212 Sul (3245.6525)
CC: M e D
Legítimo sorvete artesanal, produzido com
frutos do cerrado: pequi, mangaba, buriti,
araticum, jenipapo, tamarindo, cajuzinho
do cerrado, murici e guariroba, sem adição de gordura hidrogenada ou leite. Nos
demais sabores, clássicos ingredientes
bem brasileiros como a paçoquinha, o
sagu e a irresistível tapioca. 3ª a sábado
das 11 às 19h30; domingo, das 12 às 20h.
Sorbê
CLN 405 bl C lj 41 (3347.4158)
PADARIA
O cardápio é bastante variado, com
tortas doces e salgadas, bolos,
pães, géleias, caldos quentes,
quiches, tarteletes, chás, café e sucos de frutas naturais. Sistema de
buffet, no café da manhã e chá da
tarde. A floresta negra e a de morango estão entre as tortas mais disputadas e tradicionais. Os sorvetes
atraem clientes de todas as idades.
Praliné
205 Sul bl A lj 3 (443.7490)
CC: V
A Belini é padaria, delikatessen, empório, lanchonete e restaurante. No
restaurante, as opções são massas, risotos e carnes – inclusive carneiro. Destaque para três especialidades da casa: o ciabatta, o pão
sueco e o alemão punpernickel, um
pão preto com centeio, cuja receita traz noz moscada.
Belini
SANDUICHERIA
211 sul (3345.2929) - 115 norte
CC: Todos
CAFÉ
No cardápio, sanduíches quentes e frios
e mais de trinta sabores de sucos. Sugestões: Mobay (com filé, champignon e azeitona preta) e o Do Chef (massa da pizza,
mussarela de búfala, peito de peru defumado, tomate seco e azeitona preta). A
casa da Asa Sul oferece também buffet
completo com saladas, pratos quentes e
grelhados a R$ 19,50 e só de saladas a R$
16,70. Todos os dias das 12 às 24h.
Submore
113 Sul (345.0777)
CC: C, V
Ambiente aconchegante, onde você
pode degustar de um simples, mas
muito bem tirado café espresso e suas
variações, deliciosas saladas, sanduíches e massas, como também fazer
suas reuniões sociais, de negócio e
virtuais, já que possuímos um salão reservado e com conexão para internet.
Café Quotidien
QI 5 Gilberto Salomão, Lago Sul
(3248.1587)
CC: Todos
CAFÉ/BAR
O famoso sanduíche com três fatias de pão integral, formato triangular e dois recheios é a maior
especialidade do Marietta, presente nos principais shoppings
da cidade. Mas a empresa se
diversificou e oferece também
grande variedade de massas,
saladas, croissants e wraps.
Marietta
14
Fábrica (3234.0489)
CC: Todos
Localizado no Pontão do Lago Sul, oferece grande variedade de petiscos e
Chopp Antarctica cremoso e super gelado. As mesas da varanda são excelente opção para happy hour de frente para o lago. Funciona de segunda
a sexta a partir das cinco e meia da
tarde e aos sábados e domingos a
partir das onze e meia da manhã.
Café Antiquário
Pontão do Lago Sul
(3248.7755)
CC: V, A
ROTEIRO DO VINHO
VINHOS E DELIKATESSEN
BAR
Adega climatizada com mais de 1.000 rótulos, inclusive
a maior variedade de vinhos nacionais da cidade. Entre os
vinhos importados destacam-se: Luigi Bosca, Ruca
Malen, Callia, Terra Noble, Santa Inés, Estampa, De
Martino, Domingo Alves de Sousa, Warre’s, Quinta dos
Roques, Plansel Dorina Lindemann, Luis Cañas, Prado
Rey, Muñoz Artero, Michele Castellani, Armani,Pio
Cesare, Cardeto e Renzo Masi.
O restaurante foi inspirado no Rio
de Janeiro dos anos 40. O buffet,
com cerca de 20 tipos de frios,
os sanduíches e as rodadas de
empadas e de quibes, que contam com a performance do garçom Tampinha, são boas opções
para os freqüentadores.
Armazém do Ferreira
202 Norte (3327.8342)
506 Sul Bloco A (3443.4323)
SCLN 308 Bl “D” Lj 59- Tel: 3349.1943/3274.4472
www.portofinodeli.com.br
CC: Todos
Localizado em plena W3 Sul, o Bar
Brasília tem decoração caprichada,
com móveis e objetos da primeira
metade do século XX. São destaques da casa os pasteizinhos de bacalhau, charque e mussarela de
búfala, além de um cardápio exclusivo de lingüiças, entre elas a calabresa apimentada e a blumenau.
Bar Brasília
PREÇOS ESPECIAIS PARA RESTAURANTES
CC: Todos
A Muggler é um novo conceito de empreendimento na
cidade. Sua delikatessen apresenta bebidas de todos os
continentes, temperos, frios, charutos e mais de 60 tipos
de azeites. O andar de cima é um espaço moderno e refinado que serve de ponto de encontro para os grupos particulares e executivos que optam por privacidade. É o único
em Brasília onde se bebe bem a preços de prateleira, com
boa música e cozinha disponível. No subsolo, a Muggler
Boutique é uma adega mantida constantemente a 15° e 80%
de umidade para melhor conservação de seus vinhos e
charutos. Quem preza por qualidade se encontra aqui.
SCLS 402, bloco A, loja 15 - tel / fax: 3323.3651
www.muggler.com.br
DELIKATESSEN
Referência desde 1997, a Brilho atua nos ramos de
charutaria, delikatessen e acessórios. Nossa missão é simples: oferecer qualidade, variedade e exclusividade a preços acessíveis. Na loja e adega climatizada o cliente encontra vinhos especiais como Romaneé Conti, Chateau
Pétrus, Alma viva, Domus Áurea, Viña Tamaya e outros.
Além dos queijos importados, frutas secas, o melhor bacalhau da cidade, cestas de natal e especiais e ambiente
para degustação. A opção para quem deseja apreciar os
grandes prazeres da vida. Venha conferir!
Ambiente aconchegante e descontraído,
que agrada a todos os gostos, desde
aqueles que querem apenas um petisco
e um bom bate-papo aos que desejam
comer um delicioso bacalhau ou filé a
parmegiana. De terça a domingo a partir
de 11h. Happy hour especial de terça a
sábado, das 17h às 20h30, com chopp
de 190ml a R$ 1,98 e 280ml a R$ 2,48.
404 Sul (3032.6888)
CC: Todos
BRILHO
www.brilhoimportados.com.br
Feira dos Importados (3037.4533) - CC: Todos
VINHOS E ATACADO
O Azulejaria é um misto de bar e
ateliê. O ambiente bem decorado combina com a proposta da
casa: champanhe, petiscos, ostras e cervejas importadas. O
cardápio também traz sanduíches preparados com pão ciabata e ciabata integral, cujas receitas levam ingredientes leves.
Azulejaria
408 Sul (3443.4682)
CC: Todos
ADEGA
SAAN Qd 2 Lote 650 - Tel: 3037.1111
www.vallette.com.br
VINHOS E RESTAURANTE
Ambiente à luz de velas, com
shows de MPB ao vivo, diariamente. A carta de vinhos tem
110 rótulos armazenados em
adega climatizada. Para petiscar, tábuas de queijos e frios,
filé a palito, salsichão alemão e
fundues. Para jantar, a sugestão são os risotos e as massas.
Vinheiro São Vicente
A Vallette tem em seu portfolio de vinhos aproximadamente 300 rótulos. É representante exclusiva em Brasília dos
vinhos da Reloco, da Zahil, Enoteca Fasano, alguns rótulos da Adega Alentejana, e KMM. Os vinhos Salentein, o
Francis Coppola, espumantes Chandon, Chateau Los
Bodos Herdade de Peso, Terrazas, Columbia Crest e El
Portilho estão sempre disponíveis com ótimos preços.
Visite o Show Room e confira as ofertas para aniversários,
festas de casamento, buffet e restaurantes.
Roman Paladino Rioja safra 1989, Brunelo de Montalcino
safra 1995, Herdade do Peso Afrocheiro, cerca de 4.500
garrafas e mais de 450 rótulos de vinhos de todo o mundo
estão disponíveis na adega climatizada, com temperatura
e umidade controlada, no subsolo do Don Pepe. Um dos
diferenciais da loja é a possibilidade de degustar no próprio local qualquer vinho, acrescido somente da taxa de
serviço. As marcas exclusivas da loja são Salentein,
Chateau Los Bodos e espumantes da Chandon.
Horário: 2ª a Sáb. das 9h às 24h - Dom. das 12h às 16h
111 Norte (3340.8450)
CC: V
SCLS 307 Bloco “C” Loja 19 - Tel: 3244.4754
15
GRAVES & AGUDOS
Semana de
HEITOR MENEZES
Tradição renovada
Nos anos 60, os festivais de música eram sinônimo de disputa e palco para todo tipo de protesto.
Bons tempos. Hoje, o caráter de competição é outro. Já não há mais o interesse em ser o melhor, ganhar
prêmios, botar a boca no trombone, essas coisas. Os festivais, que bom, se resumem agora a uma mostra
de talentos, do agrado de diferentes públicos consumidores e apreciadores da boa música. Pelo menos
é o que propõem o Festival Jazz Brasília e o Brasília Music Festival Mix, que vão movimentar a cidade
durante uma semana inteira, de 5 a 11 de setembro.
16
O lendário americano
Bob Wilber se apresenta
dia 5 no Festival Jazz Brasília
Uma das maiores invenções culturais do século 20, o jazz
vai bem, obrigado, e segue firme a trajetória de gênero musical
disseminado mundo afora. Vejam o caso da versão brasiliense
do belo-horizontino Festival Jazz Gerais 2005, aqui rebatizado
de Festival Jazz Brasília: reúne no Academia Music Hall
(Academia de Tênis), nos dias 5, 6 e 7 de setembro, nomes que
fazem jus à tradição e à renovação estilística do gênero.
Bob Wilber e Judy Carmichael (Estados Unidos), Maria Noel
Taranto e Ensemble de Jazz Francês (Uruguai), La Creole Jazz
Band (Argentina) e All Stars Jazz Band (Brasil) podem parecer,
à primeira vista, nomes estranhos, mesmo para o apreciador
médio, acostumado com as figuras de sempre quando se fala
em jazz.
No entanto, se a alma não for pequena, valem a pena o
espírito desbravador e os ouvidos e olhos bem abertos para
curtir a fina (e inédita) programação
que o FJB oferece. São dois shows por
noite, apresentando estilos e maneiras
diferentes de encarar os elementos
básicos do jazz: swing, execução
instrumental/vocal (improviso)
e sonoridade.
Começando pela uruguaia Maria
Noel Taranto, atração da segunda-feira,
dia 5, às 21h. Nascida em Montevidéu,
a cantora acumula vasta trajetória
jazzística no Cone Sul, sendo um nome
constante na ponte aérea MontevidéuBueno Aires. Acompanhada da banda
Bonus Track, Maria Noel Taranto foi
uma das surpresas da primeira edição
do Festival Jazz Gerais, em 2004, em
Belo Horizonte. Há quem diga que ela é
um amálgama de vozes das grandes
divas do jazz.
NO MESMO DIA, às 22h, sua majestade,
o piano, estará em evidência pelas
mãos talentosas de Judy Carmichael.
A estadunidense é legítima
representante do jazz piano,
explorando as infinitas possibilidades
harmônicas e melódicas que o
instrumento oferece. Quando começa
a tocar e baixa o espírito da
improvisação, tudo pode acontecer.
festivais
Devotado ao jazz e sua variedade de estilos, o Brasília Jazz Festival põe em destaque a música que
nasceu nos cafundós de Nova Orleans, lá no início do século 20, enquanto o Brasilia Music Festival Mix
apresenta um panorama da música eletrônica, cada vez mais presente como trilha sonora do mundo,
digamos, moderno. As atrações, os estilos e a programação variam do contemplativo ao frenético.
É música para a cabeça e o corpo inteiro. Um convite irresistível para sair de casa e encontrar diversão
de qualidade.
○
○
○
○
○
○
○
○
○
abre a noite é a mineiríssima All Stars
Jazz Band. Formada em Belo Horizonte,
a formação inclui o músico inglês Nyk
Payton (clarineta/saxofones alto e tenor)
e é especialista no jazz estilo Chicago
(anos 20) e swing, este cultivado
sobretudo nos anos 30. Não que o grupo
toque preso ao passado. A era de ouro
do jazz é o ponto de partida para Payton,
Marcelo Costa (trompete e voz), Írio
Júnior (piano), Lúcio Gomes
(contrabaixo) e o dinamarquês Bo
Hilbert (bateria) derramarem talento
como autênticos músicos apaixonados
pelo jazz.
Fechando a programação do festival,
na mesma noite os uruguaios do
Ensemble de Jazz Francês recriam o
estilo swing manouche dos ciganos
franceses, principalmente do legendário
Hot Club de France, que fizeram a fama
dos igualmente lendários Django
Reinhardt e Stephane Grappelli. No
palco, Edison Mouriño (violino), Carlos
Gómez (violão rítmico), Rodolfo
Lluberas (contrabaixo) e Angel Varela
Rey (violão solo e direção musical)
○
alguma coisa da sala de espetáculos,
o lendário saxofonista/clarinetista
estadunidense Bob Wilber toca um
jazz clássico de derreter os ouvidos.
Referência aos cinéfilos: o homem é o
autor da trilha de The Cotton Club,
grande filme de Francis Ford Coppola,
que tem o swing jazz como pano de
fundo. Aos 77 anos, acompanhado de
uma banda britânica que inclui sua
mulher, a cantora Joanne “Pug” Horton,
o músico mostra vitalidade, entonando
sons que marcaram a histó-ria do jazz
NO DIA DA PÁTRIA, 7 de setembro, quem
mostram virtuosismo com uma
instrumentação à base de cordas.
Sobre o jazz e sua alma libertária,
valem os pensamentos lançados em 1975
pelo alemão Joachim-Ernst Berendt,
produtor musical e autor de inúmeras
obras sobre o tema: “Um aspecto do
jazz que o acompanha do nascimento
aos dias de hoje é o fato de ser
considerado por seus autores como
música de protesto. Protesto contra
discriminação racial, social, espiritual;
protesto contra clichês da moral
burguesa, contra a massificação do
mundo e a despersonalização do
indivíduo... Apesar de nascer muitas
vezes motivado por um sentimento
dessa natureza, ele atingiu uma
universalidade que poucas outras
manifestações artísticas conheceram:
o jazz hoje é feito por músicos de todas
as raças, cores ou sistemas políticos”.
○
EM SEGUIDA, às 22h, se ainda sobrar
e seus diversos estilos, como o bebop,
o cool e o hard bop.
Festival Jazz Brasília
5/10 – 21h, María Noel Taranto (Uruguai);
22h, Judy Carmichael (EUA)
6/10 – 21h, La Creole Jazz Band (Argentina);
22h, Bob Wilber (EUA/Inglaterra)
7/10 – 21h, All Stars Jazz Band (Brasil);
22h, Ensemble de Jazz Francês (Uruguai)
Academia Music Hall – Academia de Tênis
Ingressos (à venda na Fnac, no ParkShopping):
R$ 60, R$ 30 (doadores de 1 kg de alimento não
perecível) e R$ 15 (estudantes).
○
Na terça, no mesmo horário, o
Academia Music Hall por um momento
vai virar o Café Tortoni, de Buenos
Aires. Os argentinos da La Creole Jazz
Band (criada em setembro de 1957),
atração semanal do tradicional café
portenho, tocam o mais bacana jazz,
blues e ragtime com o legítimo acento
latino. Formada por César Borsano
(direção e clarinete), Robert Vitale
(trompete), Alberto García (banjo e
animação), Orlando Merli (sax tenor),
Eduardo Manentti (trombone de vara e
piano), Oscar Linero (percussão e voz)
e Flavio Circo (contrabaixo), o grupo
é dono de performance revitalizante.
www.roteirobrasilia.com.br
17
Babel
eletrônica
18
○
○
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Quebra-Barraco mandar ver seus refrões
salientes em meio a um legítimo
pancadão carioca e prosseguir noite
adentro com as apresentações do norteamericano Motiv8 (DJ do grupo Black
Eyed Peas) e do nosso Patife, às 3 da
madrugada. Sábado, no mesmo batespaço, o chacumdum começa às 19h,
com a abertura feita por Lui J, daqui do
DF. A pauleira prossegue até as 8 da
manhã de domingo e vai ter o brasuca Zé
Gonzáles, às 23h30, o americano Craze,
à 1h30, o inglês Scratch Perverts, às 3h;
e, finalmente, mais dois brasucas, Marky,
às 5h, e Koloral, às 7 da manhã.
Perdido? Confuso com os nomes?
O negócio é relaxar e não se preocupar
com os estilos nem com quem-toca-o-quê
da programação. Entusiastas e
curiosos podem se divertir deixando
o som de alto nível tomar conta do
ambiente festivo em volta do Mané.
○
do evento, pode assim ser resumida: no
palco principal, a partir de 21h,
apresentam-se as bandas de rock – na
sexta (9), o Charlie Brown Jr.; no sábado
(10), primeiro a Plebe Rude e em seguida
o Capital Inicial.
No palco principal trance, na sexta e
NA TENDA techno/house, o negócio
começa um pouco mais cedo. Na sexta,
a partir de 20h, o DJ brasiliense Ricco dá
início aos trabalhos. Os destaques desse
espaço serão a dupla britânica Slam, às
23h, e Derrick May, cujo set está previsto
para começar ás 2h30 da madrugada de
sábado. Na noite do mesmo sábado, o
negócio começa às 19h, com o brasiliense
Komka, e 12 horas depois, às 7 da manhã
de domingo, o projeto Technoheadz,
daqui do DF, fecha a programação da
tenda. Além do britânico Jon Carter
(às 23h30), o espaço deve ser um dos
mais disputados, já na madrugada de
domingo, com os sets dos canadenses
Tiga (electroclash) e Ritchie Hawtin,
que dividirá o palco com o chileno
Ricardo Villalobos. O paulistano Renato
Cohen, elogiado por Deus e o mundo,
toca às 5h30.
Na arena hip-hop/drum’n’bass, na
sexta, a coisa começa a pegar fogo às 20h,
com o set do paulistano Chocolaty, e deve
se agravar lá pelas 23h30, quando Tati
O alemão Paul van Dyke é atração do BMF Mix
○
A MARATONA, de acordo com a estrutura
no sábado, as carrapetas começam a
funcio-nar a partir da meia-noite.
Só para se ter uma idéia de quanto fôlego
(e coragem) é necessário, no primeiro dia
os franceses do Bamboo Forest sobem ao
palco às 7 da manhã. No segundo dia, que
tem Paul van Dyke às 2 da matina, o
sacolejo começa a terminar às 10h,
portanto, em pleno domingo, sol quente
na lata, quando o DJ Mack, de São Paulo,
assume os controles.
○
Preparado para o baticum eletrônico
com uma pitadinha de rock? Este ano, o
Brasília Music Festival, agora Brasilia
Music Festival Mix (Brasília sem o
acento), selecionou mais algumas estrelas
da constelação musical eletrônica para
sacudir seu esqueleto, ali no
estacionamento do Mané Garrincha, no
Eixo Monumental, dias 9 e 10. Com uma
pequena ajuda dos onipresentes Capital
Inicial, Plebe Rude e Charlie Brown Jr.,
pra não dizer que não falamos de rock, o
festival atrai mesmo é pela variedade de
DJs e produtores do que se entende por
música eletrônica moderna.
Centrado basicamente na tríade de
estilos trance, techno/house e hip-hop/
drum’n’bass, o BMF Mix é um desfile de
astros que fazem a alegria dos fãs do
gênero. Tem como destaques o alemão
Paul van Dyke, top de linha mundial do
trance, o norte-americano Derrick May,
um dos pais do techno, o canadense
Ritchie Hawtin, que faz um techno
minimalista, e as estrelas brazucas Patife
e Marky, DJs que colocaram o sotaque
brasileiro no drum’n’bass inventado pelos
britânicos.
Brasília Music Festival Mix
9 e 10/10, a partir das 19h. Estacionamento
do Estádio Mane Garrincha. Ingressos: Arena R$ 70 e R$ 35; Camarote Masculino - R$ 320
e R$ 160; Camarote Feminino - R$ 200 e R$ 100
(à venda na loja oficial do Pier 21, Chilli Beans
do ParkShopping e Pátio Brasil, Cool Cat do
Alameda e Taguatinga Shopping, lojas da
Discoteca 2001, Fun House do Conic e
Taguatinga Shopping, Academia Júlio Adnet
do Terraço Shopping, Rio Sucos da 209 Sul,
Academia Runway do Sudoeste e QI 9 do
Lago Sul). Mais informações:
www.brasiliamusicfestival.com.br
www.roteirobrasilia.com.br
VERSO & PROSA
RICARDO PEDREIRA
Jorge Luis Borges é um desses
monstros sagrados da literatura que
de tão monstro e tão sagrado as pessoas
têm receio de se aproximar. Mas quando
perdem o medo (ou preconceito) e se
entregam à sua escrita mágica,
provavelmente lamentam o tempo
perdido.
Esse argentino aristocrático,
cultíssimo e que passou metade da
vida encoberto pelas sombras de uma
cegueira progressiva é, sem exagero,
um dos maiores escritores de todos os
tempos. Foi poeta, ensaísta e contista.
Consagrou-se pelos contos, embora as
poesias sejam também obras-primas e
os ensaios interessantíssimas aulas de
um mestre maior.
Sua literatura é impregnada de
um sentido metafísico, filosófico,
que lançou as raízes do que mais tarde
seria conhecido como o realismo mágico
latino-americano. Mas Borges está
muito, muito além desse rótulo
simplificador. Teve temas obsessivos,
como os labirintos, os espelhos, os tigres
e as bibliotecas. Bibliotecas e livros
eram uma paixão, tanto que dirigiu por
quase vinte anos a Biblioteca Pública
Nacional da Argentina.
Uma bela maneira de entrar no
universo fantástico de Borges é um dos
seus mais conhecidos contos, O Aleph.
Borges foi buscar na cultura de antigas
civilizações, que tanto estudou e amou,
a palavra Aleph. Ela designa a primeira
letra do alfabeto hebraico, que teria sido
20
posto em ordem e estabelecido por
Deus. Informa Borges, no conto,
que a Cabala consagra a letra como
“a ilimitada e pura divindade” e
que “tem a forma de um homem que
assinala o céu e a terra” (veja a figura
na capa do livro).
No conto, o Aleph é uma pequena
esfera de dois a três centímetros de
diâmetro onde simplesmente está
contido todo o universo. Isso mesmo.
Um ponto de “intolerável fulgor” onde
se pode ver tudo que existe, existiu e
existirá. Borges conta que viu o Aleph
no porão de uma casa na Rua Garay,
em Buenos Aires, no remoto ano de
1941. A descrição que faz de tudo o
que viu no Aleph forma alguns dos
parágrafos mais inspirados e tocantes
da literatura mundial
O Aleph está num livro de contos
com o mesmo nome, da Editora Globo.
A obra completa de Borges também
tem edição da Globo. Aí, o leitor terá
oportunidade de travar contato com
todas as maravilhas saídas da mente
lisérgica de Borges. Conhecerá, só
para ficar em dois exemplos, a beleza
imaginativa de A Biblioteca de Babel
e atualidade de A História Universal
da Infâmia.
Borges morreu em 1986,
estigmatizado politicamente como
“um homem de direita”. Antiperonista ferrenho, disparou sua
língua ferina contra tudo o que lhe
cheirava a populismo. Como Nélson
Rodrigues aqui no Brasil, irritava as
esquerdas ao solidarizar-se com
governos militares.
Para o leitor, contudo, o que importa
não é o homem, mas o escritor. E Jorge
Luis Borges foi absolutamente genial.
Que o diga seu colega, o insuspeito
colombiano Gabriel
Garcia Márquez:
“Apesar de detestar
Borges, carregaria um
livro seu no bolso por
toda a vida”.
O Aleph
○
Buenos Aires
○
O bruxo de
O Aleph é uma
perfeita porta de
entrada para o
universo fantástico
de Jorge Luis Borges
Jorge Luis Borges, Editora Globo,
184 páginas – R$ 24,00
Sob o céu de Brasília
Lembranças do passado se misturam às inquietações
do presente nos contos e crônicas de Kido Guerra
AS HISTÓRIAS DE KIDO acontecem
○
○
○
possuir aquele céu multicor, tê-lo sob seu
domínio, sob sua posse e poder cravá-lo
entre os dentes. Pelo resto de sua
existência”.
Em Com os Dentes no Céu da Boca,
que encerra o livro, o clima poético dá
lugar à realidade da Brasília que perdeu
a inocência quando viu morrer a menina
Ana Lydia, em 1973. Kido vê aí a
possibilidade de começar seu próximo
livro: “Não desisti do romance. Só falta
um pouco de autodisciplina para ele
acontecer”. É torcer para que o novo
escritor se autodicipline e continue
motivado a tecer as malhas da literatura
brasiliense.
○
nos anos 70, nos dias de hoje e
podem chegar até 2060, ano do
centenário de Brasília. Foi numa
tarde de setembro descreve as
lembranças de uma velha – faz
questão de ser chamada assim,
pois detesta os eufemismos idosa,
vovó etc – com problemas de
memória. Entrevistada para a
edição especial de uma revista, ela se
obriga a recordações dolorosas de um
assalto à sua casa quando ainda era
criança. E, tentando situar a cronologia
dos fatos, vai deixando pistas do que
pode ser Brasília daqui a 55 anos. O
espaço entre o Conjunto Nacional e o
Setor Comercial Sul, restaurado, vira
centro histórico, e a Esplanada dos
Ministérios calçadão para pedestres.
O amor do escritor pela cidade fica
evidente no conto quase-poesia Com o
Céu Entre os Dentes, história de um
jovem que sai da 106 Sul e pedala horas
para ver o nascer do sol no Lago Paranoá.
Melancólico com o fim de um amor,
declara seu êxtase pela cena nunca vista:
“Quisera poder congelar aquele instante
revelador pela eternidade. Quisera poder
domar aquele sol vermelho e gordo
nascendo e refletindo no lago. Quisera
○
A Brasília da geração que cresceu
junto com a cidade e hoje tem mais de
40, que aprendeu a andar na poeira do
cerrado, que se divertia com as chuvas
de granizo e fugia dos graminhas.
Sim, os graminhas, aqueles insólitos
funcionários da Novacap encarregados
de furar as bolas dos meninos que
ousavam jogar futebol nos gramados
recém plantados da cidade-criança.
Essas recordações estão no livro do
carioca Kido Guerra, que chegou a
Brasília com dois anos de idade e aqui
cresceu, adolesceu, amadureceu...
Engana-se, contudo, quem imagina que
Com o Céu entre os Dentes, seu
primeiro livro de contos e crônicas, é só
um belo retrato bucólico de uma Brasília
que não existe mais. Poderia até ser,
mas Kido mescla seus registros daquela
época com outros muitíssimo atuais, ora
lançando mão do humor, ora da acidez
própria do jornalista indignado com a
banalização da violência urbana e outros
males da vida moderna.
O humor se faz presente em Call
Center e Call Center II, o Retorno,
contos reveladores da difícil convivência
com os serviços de 0800 e 0300, capazes
de quase enlou-que-cer quem deles
precisa. Sem esquecer de alfinetar a
praga do gerundismo: “O senhor pode
estar esperando amanhã que o técnico
vai aparecer”. Ou ainda: “Por que o
senhor deseja estar encerrando o
contrato com a nossa empresa?” Outro
conto, Manhã de Carnaval, narra de
maneira divertida o conflito do pai que
tenta ser moderno e encontra logo
cedo, em sua cozinha, um sujeito
tatuado, barbicha de bode e
piercing. Seu cumprimento não
poderia ser mais fiel à realidade:
“E aí, véi?”. Difícil aceitar que o
tal sujeito é o namorado de sua
filha...
Com o Céu Entre os Dentes
Kido Guerra – Geração Editorial – 110 páginas –
R$ 19 (o autor estará na 24ª Feira do Livro, no
stand da Livraria D. Quixote, dia 2, a partir das
19h, e no Café Literário da Feira dia 5, às 20h30)
○
MARIA TERESA FERNANDES
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21
ACONTECE NOS SHOPPINGS
erritório
teen
LÚCIA LEÃO
A movimentação começa,
normalmente, na hora do recreio:
“Vamos, hoje?” É a senha para os grupos
se organizarem e as duas últimas aulas
virarem pura expectativa. Para a galera
que faz o segundo grau nas escolas
particulares de Brasília, sexta-feira é
“dia de Pátio”.
De uniforme ou apenas equipados
com pastas e cadernos que tão bem os
caracterizam, meninos e meninas se
identificam e não se misturam: turmas
do Galois, do Sigma, do JK, do Maria
Auxiliadora, do Dom Bosco, do
Objetivo... O que não impede que os
grupos “abriguem”, eventualmente,
indivíduos isolados, vindos do Ceub,
22
do Marista e de outros territórios mais
distantes. Eles lotam as mesas do fundo
da Praça de Alimentação (as que ficam
entre o Giraffas e o Mac Donald’s),
almoçam uma “promoção” e passam
a tarde “zoando” entre as lojas, os
cinemas e os jogos eletrônicos.
“Sexta à tarde é aqui e sábado à noite
é no Pier”, conta Gabriella, aluna do
primeiro ano do 2o grau do JK, que só
perde um programa quando “zera” a
mesada. O Pátio e o Pier 21 são alguns
dos atuais points da juventude dourada
brasiliense, garotos e garotas entre 15 e
18 anos com uma mesada razoável para
gastar. E os pais, em geral, estão
aprovando as escolhas.
“Pelo menos a gente sabe que eles
estão seguros e, ficando dentro dos
shoppings, não podem fazer essas
bobagens que os jovens costumam fazer
quando andam em grupos”, acredita
Maria Alice Lima, funcionária pública e
mãe de Camila e Lucas, alunos do
Colégio Objetivo e freqüentadores
assíduos das sextas no Pátio e dos
sábados no Pier.
A sensação de segurança, aliada com
cada vez mais opções de lazer e o prazer
do consumo, parece uma fórmula
imbatível não só do Pier 21 e do Pátio
Brasil, mas de todos os shoppings, que
viraram referência para os jovens ao
redor do mundo. “É como se eles
estivessem numa praça pública, mas
sem pedintes, sem assaltos, sem
sujeira... Só com tudo de bom!”, resume
Maria Alice.
Roteiro de cafés
DIVULGAÇÃO
Do mais tradicional
cafezinho passado no coador
ao sofisticado Aralto Expresso
(especialidade do Café do
Ponto preparado com grãos
de café plantado a 1.100
metros de altitude e colhido
bem maduro), o “roteiro de
cafés” do ParkShopping
proporciona prazeres para
Café Cassis: refeições e drinks variados
todos os gostos.
São oito casas especializadas, entre elas o Fran’s Café –
reconhecido e elogiado nacionalmente – e o estreante Café Gourmet,
que está arrebatando os mais exigentes consumidores da bebida em
suas inúmeras versões.
O McCafé, por exemplo, abusa da criatividade para dar um
diferencial ao tradicional expresso: ele vem acompanhado de uma
balinha de café com chocolate e um pauzinho de canela substitui a
colherinha para mexer a bebida.
No Innamorato, o café divide espaço com o chocolate cremoso e
iguarias doces. Na Casa do Pão de Queijo, o nome já diz. E o
expresso tradicional pode ser acompanhado de leite espumante. No
campo das novidades, tem o “submarino” – leite, baunilha, café, uma
barra grande de chocolate. Imperdível.
No Marietta e no Café Cassis há ainda a opção de refeições e
drinks variados, no melhor estilo bistrô também característico do
Fran’s, que funciona dentro da megaloja FNAC. Mas a estrela é
sempre o café, como o franccino, no qual o café ganha o tempero de
tofee e licor.
HOMENAGEM ÀS MULHERES
O lançamento da coleção primavera-verão no Conjunto Nacional
chegará com uma vasta agenda de eventos e promoções para o público
feminino. De 13 a 18 de setembro, as apreciadoras de moda, beleza,
gastronomia, música, cinema e artes terão um espaço ou acontecimento
elaborado sob medida em diversas localidades do shopping pelo projeto
Shopping Mulher 2005.
Na programação estão desfiles de moda mostrando as tendências
da coleção primavera-verão; a 1ª Mostra de Curta Mulher, de filmes de
curta-metragem sobre temas voltados para a valorização do papel
feminino; a exposição A História do Sapato no Século 20; shows
musicais e a instalação da Praça do Encontro, com variadas de opções
de entretenimento e gastronomia.
A mostra A História do Sapato no Século 20 reúne 400 fotos,
informações e curiosidades sobre o artigo de moda desde a década de
1910 até a década de 1990, recolhidas pela fotógrafa Linda Conde.
O Shopping Mulher acontece entre os dias 13 e 18 de setembro, das
17 às 22h, no 3º piso do Conjunto Nacional. A entrada é franca.
TECNOLOGIA DE PONTA
As maiores novidades em tecnologia de som e imagem podem
ser vistas, até o próximo dia 18, na Fujioka Eletroshow, montada na
Praça Central do Taguatinga Shopping. O público poderá conferir de
perto as TVs de plasma e de tela plana, os mais modernos hometheaters, equipamentos de som, máquinas fotográficas, filmadoras e
eletroeletrônicos das melhores marcas, como Sony, LG, Philipis e
Panasonic.
Segundo o gerente comercial do Fujioka, Ailton Queiroz, o objetivo
da mostra é fazer com que o consumidor da cidade-satélite tenha
acesso a essas tecnologias, antes só encontrada no centro de Brasília.
A superintendente do Taguatinga Shopping, Eliza Ferreira, aposta que a
mostra vai atrair também quem não está interessado, no momento, na
compra dos produtos. “Quem se interessa por tecnologia e deseja
conhecer as últimas novidades desse setor também será muito bemvindo ao evento”.
Por falar em tecnologia de ponta, também tem robô jogando
futebol no Taguatinga Shopping. Até o dia 3 de setembro, times de
quatro jogadores de cada lado, guiados por controle remoto, se
enfrentam num mini campo montado no estacionamento do shopping,
com direito até a arquibancada. Nesse projeto, o Taguatinga é parceiro
da Coca-Cola e dá continuidade à campanha Todos Falamos Futebol,
que mostra como o esporte aproxima as pessoas.
DIA & NOITE
CÓCEGAS
“Mulheres às voltas com suas carreiras ou em
crise pela falta delas. Modelos, esposas que
dependem dos maridos, atrizes figurantes em
programas infantis, evangélicas, adolescentes,
mulheres da noite ou desempregadas - todas
à beira de um ataque de nervos”.
É assim que Luiz Carlos Tourinho, um
dos cinco diretores, define a comédia
Cócegas, protagonizada por Heloisa
Perissé e Ingrid Guimarães e que
estará na Sala Villa-Lobos, dias 2 e 3 de
setembro às 21h. Em cartaz há quatro anos e visto por 800 mil pessoas, o espetáculo
entra em nova turnê nacional com cenário reformado para recriar o clima de intimidade
da primeira temporada. São nove histórias, onde as atrizes dão vida a diferentes
mulheres, sempre envolvidas em situações limite. Para criar um quadro multifacetado,
elas convidaram cinco diretores com passagens pelo universo do humor: Aloísio de
Abreu, Sura Berditchevsky, Luiz Carlos Tourinho, Marcelo Saback e Régis Faria.
Garantia de quase duas horas de muita gargalhada. Ingressos entre R$ 20 e R$ 70.
Informações: 3201.3333
REI BACK
Ou, o rei está de volta. Não em carne
e osso, propriamente, mas no som de
uma banda recém formada que
resolveu homenagear Roberto Carlos
relembrando seus sucessos desde o
início da carreira. A banda Rei Back,
que fez questão de preservar os
arranjos originais e os timbres
característicos de cada época, é
formada pelos músicos brasilienses
Marcos Tani (voz), Jair Santiago
(guitarra), Fabrizio Michels
(teclados), Klaus Wurmbauer (baixo),
Henrique Sanborn (saxofone)
e Gustavo Gazeta (bateria).
Sexta-feira, 9 de setembro, a partir
de 21 horas no UK Brasil, 411 Sul.
Couvert a R$ 12.
A DIVINA COMÉDIA
Mora em Brasília o autor de uma impressionante façanha intelectual: traduzir do italiano para o português o monumental
e clássico poema A Divina Comédia, de Dante Alighieri. O feito é ainda mais notável pelo fato de o tradutor ser um
norte-americano, Ronald C. Prater. Professor de literatura clássica greco-romana e medieval e membro da Dante Society
of America, Ronald fez uma tradução voltada mais para o entendimento do conteúdo do que para os rigores da métrica e
da rima. Buscou simplificar a linguagem sem perder a intensidade poética. E ainda enriqueceu o trabalho com notas
explicativas que auxiliam o leitor a entender as circunstâncias em que a obra foi criada e que oferecem informações
culturais relevantes à sua compreensão. Editado pela Thesaurus, o livro tem 783 páginas e custa R$ 89.
FESTIVAL DE
OURO PRETO
Músicos consagrados como o
maestro e pianista Michel Legrand,
o baixista e violoncelista Ron Carter
e o trombonista Delfeayo Marsalis
estarão no Festival Internacional de
Jazz de Ouro Preto, cidade barroca
de Minas distante 824 km de Brasília.
Os cantores Ivan Lins e Eliane
Elias também se apresentam.
De 15 a 17 de setembro.
Informações e ingressos:
0300 789 6846
24
TELETEATRO TUPI
Houve um tempo, quando ainda não existia o videoteipe, que a novela era ao vivo e
tinha como base os clássicos da literatura. Numa semana o “tele-espectador” podia
assistir à montagem de Vestido de Noiva, de
Nelson Rodrigues, e na outra A Morte do
Caixeiro Viajante, de Arthur Miller. Os registros
da época não são muitos, mas a exposição
Grande Teatro Tupi traz 50 fotos e recortes de
jornais que sobraram daqueles seis anos, a
partir de 1956. Boa oportunidade para tentar
imaginar como os atores da época precisavam
ser bons e não errar “ao vivo e em branco e
preto”. No Conjunto Cultural da Caixa, até 22
de setembro. De terça a domingo, de 9h às 21 h.
CENTENÁRIO DE UM ABOLICIONISTA
Não fosse o livro do jornalista Franklin Martins e o centenário da morte de José do Patrocínio teria
passado em branco. Em Jornalismo Político, da Editora Contexto, Franklin Martins conta a trajetória de
Zé do Pato, como José do Patrocínio era conhecido, um homem que descobriu sua vocação no jornalismo
e fez dele seu palanque para a luta abolicionista. Críticos da época, lembra o autor, diziam que
Patrocínio “escrevia com o coração nos lábios”. O livro é dirigido a todos aqueles que se interessam
pelos bastidores da política brasileira, com especial atenção a jovens repórteres e estudantes de
comunicação. Reflete sobre o papel da imprensa desde a década de 50, quando os jornais assumiam
claras posturas ideológicas e defendiam abertamente seus candidatos. E chega aos dias atuais com
abordagem de questões éticas, envolvimento com fontes, atuação em eleições e o cotidiano dos
jornalistas da área. Jornalismo Político tem 144 páginas e custa R$ 29.
ROCK NO GUARÁ
FIM DE LINHA
Sete bandas de Brasília farão tremer o Teatro de
Arena, ao lado do Ginásio do Cave, no domingo,
4 de setembro. De 14 h às 22 h, o Rockave II
reunirá os grupos Móveis Coloniais de Acaju,
Colina, Soñadora, Patuléia, Superfície Animal,
René Viegas e Banda e Ligação Direta. E o
melhor: o ingresso será um quilo de alimento
não perecível ou um agasalho. A Administração
Regional do Guará distribuirá as doações dos
roqueiros para as entidades carentes da região.
Informações: 3567.1011.
É muito triste noticiar o fim de uma livraria. Mas em tempo de
megastores, as pequenas lojas acabam sucumbindo, como bem mostra
o filme Mensagem pra Você, em que Meg Ryan interpreta a dona de uma
pequena livraria que vai à falência com a chegada de uma grande loja na
vizinhança. Aqui em Brasília, a Casa do Livro, localizada no Conic, está
fechando suas portas depois de 33 anos de atividade. O livreiro Wilson
Hargreaves faz uma liqüidação de todo o estoque para poder saldar suas
dívidas. Vale a pena dar uma olhada nos livros que sobraram e comprar
um ou mais exemplares. Nem que seja para guardar de lembrança de
um tempo em que livraria não precisava ter glamour de shopping.
Informações: 3224.3472
ZERO 10
Será no dia 6 de setembro, na Sala Martins Penna
do Teatro Nacional, o lançamento de Novo Dia,
primeiro CD da banda brasiliense Zero 10.
Formada em julho de 1999 por músicos e amigos de
infância, a banda é conhecida na cidade por seu
repertório recheado de clássico do pop rock de
todas as épocas. No CD, da GRV Discos, músicas
de autoria dos integrantes do grupo.
TERÇA JAZZ
DOMINGO ÀS 18...
...NA 508. É esse o nome do projeto que abre as portas para
artistas da cidade lançarem seus CDs. Tudo começou em
dezembro de 2004, quando a banda Tijolada Reggae lançou seu
segundo disco. A versão 2005 já decolou. No dia 4 de setembro
será a vez da banda de rock Slug lançar o CD Not for Sale.
Espaço Cultural Renato Russo, 508 Sul, domingo às 18. Quem
for só ouvir a banda paga R$ 5 pelo show. Se levar o CD, paga
R$10. Informações 3225.7087
Bem que o projeto Terça Instrumental Schlob poderia se
chamar Terça Jazz. Os destaques do mês de setembro são
Genil Castro Trio e Jazz’ta Trio. O primeiro se apresenta dia
6. No repertório, Miles Davis, Jackson do Pandeiro e Tom
Jobim. O segundo grupo, Jazz’ta trio, no dia 13. A banda
nasceu do improvável: um cubano que tocava salsa em Havana
encontra um carioca, que tocava jazz na Venezuela, que
esbarra no baixo de um brasiliense. Resultado: aí o trio já está
formado (Jazz’tá). Os shows começam sempre às 21 h, no
Schlob (309 Norte). Couvert: R$ 5. Reservas: 3033.1766.
25
BEM VIVER
FOTOS: ERIVELTON VIANA
Machões vaidosos
Os homens invadem os spas, as clínicas de estética e os
salões de beleza. Se ainda existe algum preconceito,
é muito pouco e mais entre eles próprios
GINNY CARLA MORAIS
Foi-se o tempo em que homem
vaidoso era visto de forma
preconceituosa. Nos últimos anos
fomos nos acostumando,
gradativamente, a vê-lo fazer o que as
mulheres sempre fizeram: cuidar da
aparência e se sentir bem consigo
mesmo. E não é só uma questão de
beleza, é uma questão de bem-estar.
Hoje, vemos homens em spas,
clínicas de estética e salões de beleza.
Fazem de tudo, inclusive alinhamento
de sobrancelhas e depilação. Mas o
grande alvo masculino são os
26
relaxamentos com massagens e banhos
terapêuticos. “Cerca de 50% dos
clientes que fazem ofurô são homens”,
diz a proprietária do Acqua Spa, Juliana
Benassi. Os clientes comprovam. “Por
causa do stress do dia-a-dia, a gente
precisa buscar o bem-estar. E aqui eu
esqueço de tudo”, garante o designer
Wesley Anderes, de 31 anos.
A participação dos homens nos day
spas varia entre 20 e 35% do público
total. Na Biopé, clínica de podologia, o
índice chega a 60%. “Eles têm maior
propensão a problemas nos pés por
causa dos sapatos fechados”, explica a
proprietária, Lizete Benassi. Ali, eles
podem cuidar da limpeza, fazer as
unhas das mãos e dos pés, massagens
com base na reflexologia e tratamentos
específicos. “Vim por necessidade,
porque sofria com uma unha encravada.
Como eu não queria ir a um salão de
beleza, vim a essa clínica que atende
também ao público masculino. Nunca
mais tive problemas”, diz o publicitário
Roberto Valentim.
Apesar de Roberto já ter freqüentado
spas urbanos, ele acredita que ainda há
um certo preconceito do público
masculino. “Quando a gente é novo, se
incomoda com as gracinhas dos amigos
e não pensa na própria saúde. Isso
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cliente é o governador do Rio Grande do
Sul, Germano Rigotto, que faz unhas,
sobrancelhas e cabelo – tudo no meio da
mulherada.
○
A preocupação masculina com a
estética também aumentou. No início
deste ano, o salão de beleza Vanity foi
ampliado para dedicar um espaço
exclusivo a homens. No entanto, o
proprietário Alexandre Viana percebeu
que não havia necessidade de separá-los
das mulheres. “Há dois anos, eles
preferiam ficar isolados. Agora estão
mais relaxados e nem se incomodam
com elas”, explica. Um exemplo de
Acqua Spa (3346.2221)
New Look Day Spa (3036.6262)
Biopé (3346.1900)
Terapia dos Pés (3274.4509)
Shishindo (3424.7275)
On Day Spa (3443.4442)
Up Day Spa (3362.0202)
○
muda com o tempo”, revela. Já Marçal
Pessoa pensa diferente. O analista
de sistemas de 27 anos defende que
não existem mais preconceitos.
“Os homens são mais vaidosos que
as mulheres”, afirma.
Os dados disponíveis mostram
também que eles são mais detalhistas,
curiosos, questionadores, se interessam
pelo cheiro do local, pela música, pela
ambientação, pelos produtos utilizados.
Ao contrário do que muitos pensam, eles
se sentem muito à vontade e não estão
nem aí para o que os outros pensam:
querem saber de estar bem.
Os papais que freqüentam spas,
clínicas e salões de beleza têm o apoio
dos filhos, que acham tudo normal.
“Sempre procurei meu bem-estar.
Meu filho aprova e também procura
qualidade de vida, fazendo acupuntura”,
diz Dietrich Lenk, de 57 anos, que optou
por massagens relaxantes para
combater o estresse.
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27
LUZ CÂMERA AÇÃO
Vertigem
militante
Um dos grandes acontecimentos cinematográficos do
ano, a mostra de filmes do Grupo Dziga Vertov exibe
a fase mais politicamente engajada (e desconhecida)
de Jean-Luc Godard
Jane Fonda e
Yves Montand
são os astros de
Tudo Vai Bem
28
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A ASSOCIAÇÃO DE GODARD com Gorin
não durou mais do que seis anos (6874). A intenção deles era abolir a figura
do cineasta. Criar um anticinema de
produção coletiva cujo pressuposto
fundamental seria “fazer filmes
politicamente”, filmes de agitação, e não
filmes políticos ou com temas políticos,
como, por exemplo, Z, de Costa-Gavras.
Esse radicalismo acabou transformando
os filmes do Grupo Vertov em peças
inacessíveis, não só para um público
mais convencional como também para
especialistas. Nos frenéticos anos 60,
e mesmo no início dos 70, obras como
Lutas na Itália, Vladimir e Rosa, Carta
Para Jane, Sons Britânicos, Pravda,
Um Filme Como os Outros, Aqui e Acolá
e Tudo Vai Bem foram objeto de
acaloradas discussões na Sorbonne sem
que quase ninguém os tivesse visto.
Esquecida por quase 30 anos, a
○
Inéditos e raríssimos no Brasil, os
filmes do Grupo Dziga Vertov tinham a
pretensão de ser a pedra no sapato da
dita cultura burguesa. Fundado por
Jean-Luc Godard e pelo jornalista JeanPierre Gorin, o grupo nasceu como
conseqüência do maio de 68 francês.
Os dois queriam fazer um cinema de
franca agitação política, inteiramente
desvinculado das estruturas industriais
de produção cinematográfica. A mostra
do CCBB, que vem percorrendo as
principais capitais do mundo este ano,
vai apresentar aqui na cidade as nove
principais obras da dupla de
realizadores franceses, entre elas Vento
do Leste, um inclassificável western
(spaghetti político?) com a presença no
elenco do filósofo Daniel Cohn Bendit e
– imaginem só – do nosso Glauber
Rocha. Gorin vai estar em pessoa na
cidade e dará uma palestra sobre sua
experiência no Grupo Vertov.
produção do Grupo Dziga
Vertov volta a despertar a
atenção de cineastas, críticos
e intelectuais dos dois lados
do Atlântico. Para Gorin, exeditor do importante jornal
francês Le Monde, há no ar,
hoje, um certo esgotamento
das formas narrativas
Vladimir e Rosa: tema de discussões acaloradas na Sorbonne
convencionais.
O público também está em busca de
agitações da Primavera de Praga e da
algo mais. Gorin foi uma espécie de
ocupação russa no país.
catalisador para Godard, à época um dos
principais expoentes da nouvelle vague,
OS FILMES PROGRAMADOS na mostra do
movimento que revolucionaria o cinema
CCBB incluem o interessante – e já
no mundo nos 60. Os polêmicos artigos
mencionado – Tudo Vai Bem, produzido
que escrevia em Le Monde des Livres,
em 1972, em que, maliciosamente,
suplemento do Le Monde criado por ele,
Gorin e Godard escalam os astros Yves
fizeram com que Godard o convidasse
Montand e Jane Fonda, fazendo de conta
para ser consultor de A Chinesa (67),
que estão retornando a um cinema mais
filme radical que prepara o caminho para
comercial. Na verdade, imaginem só, a
a aventura do Dziga Vertov. O nome do
intenção dos dois era realizar um filme
grupo, claro, homenageava o grande
supostamente de grande bilheteria para
cineasta que, ao lado de Eisenstein, havia
“infiltrar idéias marxistas-leninistas na
sido um dos principais protagonistas da
massa” (!). Tudo Vai Bem especula
vanguarda russa dos anos 20 e 30.
sobre os efeitos de uma greve sobre
Nascido Denis Kaufman, Dziga
uma correspondente de TV americana
Vertov deu com sua obra e com seu
(Fonda) e um cineasta de filmes
“pseudônimo-manifesto” – que
publicitários (Montand). Jane está
significa algo como “vertigem perpétua”
presente mais uma vez, mas apenas
– a bússola estética para a dupla
virtualmente, em Carta Para Jane (72),
Godard-Gorin. Já como integrantes do
obra em que Godard e Gorin comentam
Grupo Dziga Vertov, os dois realizam
uma foto publicada na revista L’Express
Um Filme Como os Outros (68), obra
em que a atriz aparece ao lado de nortecomposta por fragmentos de
vietnamitas depois de um bombardeio
assembléias e passeatas – muitas delas
em Hanói. Ainda mais curioso é Vento
em frente a uma fábrica da Renault,
do Leste, que denuncia os estereótipos,
onde jovens discutem sem parar
gestos e convenções do espetáculo
assuntos políticos. Logo em seguida
burguês. Godard e Gorin aproveitam
fazem Sons Britânicos (69) – série de
para discutir o cinema, encarnado na
seis seqüências intercaladas, com
personagem do nosso Glauber Rocha.
trabalhadores discutindo condições
Não dá para perder.
de trabalho, jovens estudantes
compondo canções revolucionárias,
Mostra Grupo Dziga Vertov
além de cenas insólitas como a de uma
Até 4/9 no CCBB
Sessões a partir das 17h
mulher nua em sua casa – e Pravda
Ingressos a R$ 4 e R$ 2
(69), filmado clandestinamente na
Programação completa no
ex-Tchecoslováquia e que discute as
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SÉRGIO MORICONI
29
LUZ CÂMERA AÇÃO
O cinema dos quatro
sentidos
Segunda edição do
Assim Vivemos, festival
internacional de filmes
sobre deficiência, traz
33 produções do
mundo inteiro, entre
documentários, ficções
Do Luto à Luta:
abordagem delicada
da Síndrome de Down
e filmes experimentais
SÉRGIO MORICONI
Há dois anos, um deficiente visual
que participava de uma das mesas de
debates da primeira edição do Assim
Vivemos surpreendeu a todos na platéia
ao dizer que as pessoas que detinham
a integralidade do dom da visão não
sabiam como era bom ser cego.
Isso mesmo. Muitas pessoas, sem
saber exatamente o que pensar, riram.
O fato faz lembrar uma história contada
pela personagem de Jack Nicholson no
filme Passageiro – Profissão Repórter,
de Antonioni, sobre um cego que, ao
recobrar a visão, primeiro fica
extasiado, depois entra em profunda
depressão ao ver (e perceber) todas as
misérias e iniqüidades do mundo.
30
O desfecho triste do relato de Nicholson
não condiz muito com o espírito do
Assim Vivemos, mas se o colocamos
ao lado do testemunho do cego acima
mencionado toda a nossa compreensão
a respeito dos portadores de
necessidades especiais ganha infinitas
e novas possibilidades.
Uma das principais preocupações
de Gustavo Acioli e Lara Pozzobon,
curadores do festival, é sua afirmação
como um evento também
essencialmente de cinema. Ao
escolherem 33 produções entre as 86
inscritas, os curadores buscaram
igualmente o mérito dos temas e da
forma cinematográfica. Evidentemente,
há muitos documentários sobre os mais
variados tipos de deficiência, porém,
mesmo nesses casos, prevaleceu
sempre o valor da obra em si.
UM EXEMPLO eloqüente é o longa-
metragem brasileiro Do Luto à Luta, de
Evaldo Mocarzel, vencedor do Cine PE
este ano. O filme enfoca as deficiências
e, ao mesmo tempo, as potencialidades
da Síndrome de Down, problema
genético que atinge cerca de 8 mil
bebês a cada ano no Brasil. Vítimas de
estigmas e preconceitos, essas crianças
recebem um tratamento tocante e terno
da parte de um diretor que viveu na
própria pele, como pai, o problema.
Do Luto à Luta apresenta inúmeros
casos de jovens que conseguiram levar
uma vida inteiramente “normal”
(saindo com amigos, namorando,
casando etc) e também mostra famílias
que conseguiram superar a depressão
inicial – além de uma vergonha de
natureza social – de abrigarem em seu
seio filhos portadores da síndrome.
Mocarzel demonstra com muita agudez
como a super-proteção dos pais acaba
funcionando como um inibidor das
potencialidades das crianças.
Outro documentário brasileiro muito
interessante é No Meio do Caminho, de
André Costa e Silvio Cordeiro, filme que
apresenta o cotidiano de quatro pessoas
com dificuldades de locomoção e
discute o tema da acessibilidade de
indivíduos como eles às estruturas
urbanas de uma cidade como São Paulo.
PROBLEMAS como os apresentados
○
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nesses dois filmes brasileiros vão estar
em discussão no ciclo de debates que
acontecerá sempre às quartas e quintasfeiras, às 20h30, depois das sessões das
19h, com temas como Tecnologias da
Acessibilidade, Comunicação e
Superação, Sexualidade e Formas de
Inclusão. São todos assuntos cruciais e
relevantes que estarão presentes das
mais diversas formas em vários dos
filmes programados.
Ainda que seja difícil destacar
qualquer um deles em especial, os
curadores chamam atenção para Feliz
Aniversário Talidomida, obra que narra
uma jornada ao Brasil do ator britânico
Mat Fraser, portador da deficiência desde
que sua mãe usou a droga talidomida
durante a gestação. Este filme, assim
como todos os outros, define o espírito
almejado pelos curadores da mostra.
Longe de querer fazer um painel
depressivo de impossibilidades, Assim
Vivemos quer antes ser o testemunho de
esperanças e infinitas possibilidades.
Assim Vivemos
De 6 a 8/9, no CCBB. Sessões às 19h,
debates às 20h30. Entrada franca.
Programação completa no
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O mundo que eu traço
Pouca gente duvida que o Anima
Mundi, cuja terceira edição foi
apresentada em Brasília duas semanas
atrás, representará no futuro o motor de
uma explosão da animação no Brasil.
Uma indicação disso é o aumento de
produções nacionais a cada nova edição
do festival. Quando da primeira edição,
no Rio de Janeiro, elas podiam ser
contadas nos dedos. Hoje são maioria.
Foi, portanto, acertada a decisão de
realizar, junto com as mostras, uma
série de atividades que ajudarão na
formação de uma futura geração de
animadores. Como nos anos anteriores,
o Anima Mundi incluiu vários
workshops, entre eles um de Animação
em 3D, ministrado por Sergio Yamasaki,
um papo com o animador Rui de
Oliveira, famoso por seus trabalhos no
Sítio do Pica-Pau Amarelo, além de
inúmeras oficinas com massinhas e
desenhos animados.
O foco das oficinas foi a criança,
mas quem participou pôde constatar
que o Anima Mundi visa igualmente a
um público adulto. As retrospectivas
dedicadas a trabalhos de Georges
Schwigebel, do ucraniano Igor
Kavalyov e de Chris Landreth
(vencedor do Oscar de animação pelo
curta Ryan) foram uma prova disso.
Na mostra principal, um dos
destaques foi Alosha Popovich I
Tugarin Zmey, do russo Konstantin
Bronzit, escolhido pelos júris
populares de Rio e São Paulo como o
melhor longa-metragem do festival.
O Anima Mundi vem sendo um
dos principais responsáveis pelo
aumento do interesse e da cultura
do público brasileiro não só pela
animação propriamente dita como
também pelos quadrinhos. Aqui
vale uma comparação com os Estados
Unidos. Há cerca de uma década,
ocorreu naquele país (de grande
tradição em animação) uma enorme
diversificação no gosto dos
aficcionados, no momento em que
as animes japonesas entraram para
valer no mercado. Com seu estilo
fantasioso, sombrio e futurista, elas
se transformaram em objeto de culto.
Aconteceu então algo considerado
impossível: as animes japonesas
passaram a fazer séria concorrência
aos produtos dos estúdios Disney.
Sem nunca ter tido uma tradição
forte em animação, como os EUA e o
Japão, o Anima Mundi está plantando
uma semente cujos frutos podem ter
como principal característica a
diversificação e a originalidade. (S.M.)
31
Anúncio
GDF
GALERIA DE ARTE
Brasília bem na foto
Foto Arte invade a cidade e espera mais de 500 mil visitantes
LISA MENDES
Ela começou timidamente, em 2002,
com seis exposições em dois espaços da
cidade. No ano seguinte, tomou corpo e
se espalhou por 45 mostras e 25 locais.
Consolidou-se em 2004, com nada
menos que 74 exposições em 50
espaços. Este ano, a Foto Arte promete
bater todos os recordes e provar que
Brasília é, mesmo, a capital da
fotografia.
De 6 de setembro, quando começa,
até seu final, em dezembro, o festival se
revela em 80 mostras divididas em 80
espaços. Todas reunindo fotógrafos
profissionais e amadores da cidade, de
outros Estados e países. A Foto Arte
2005 ainda renderá um livro de arte para
marcar os 45 anos da cidade.
Num fim de semana de agosto, o
projeto Brasília 45 Anos por 45
Fotógrafos, idealizado por Rui Faquini,
colocou na rua 45 profissionais locais e
de outros Estados com a tarefa de clicar
a aniversariante em suas infinitas
possibilidades: céu, parques, palácios,
trabalho, feiras, gente... O trabalho de
cada um deles foi realizado num tempo
determinado: 45 horas. O resultado do
esforço coletivo vai virar exposição – que
o brasiliense poderá ver entre 1º e 31
de outubro, no espaço Cultural
Marcantônio Vilaça – e o livro que
pretende registrar em fotos e muita arte
a pluralidade da Capital do país.
O curador da exposição e editor do
livro é Boris Kossoy, professor da USP e
conselheiro da Coleção Pirelli/MASP de
Fotografia, que acompanha o trabalho de
Foto de William Klein, em Objectif Paris
Os mosteiros do Nordeste nas lentes de Ricardo B. Labastier
33
talentos conhecidos da cidade, como
Orlando Brito, Mila Petrillo, Kazuo
Okubo e André Duzek, e de fotógrafos
de São Paulo (Antônio Milena, Eder
Chiodetto, Gal Oppido), do Rio (Evandro
Teixeira, Handam) e de outros Estados,
como Goiás, Pará, Rio Grande do Sul
e Paraná.
PARIS é a musa inspiradora de outro
ponto alto da Foto Arte 2005. De 8 de
setembro a 14 de outubro, o Conjunto
Cultural da Caixa hospedará uma
coletiva histórica e inédita, reunindo
artistas do quilate de Cartier-Bresson,
Doisneau, André Kertez, Keichi Tahara
e outros felizardos que andaram a pé
pela Capital francesa com a tarefa de
registrar em suas lentes os encantos
escondidos em cada boulevard, em cada
expressão de seu povo, em diferentes
épocas. A Objectif Paris tem como
proposta mostrar a diversidade de
emoções em imagens escolhidas para
tocar o privilegiado espectador.
Quem abre a temporada de
exposições na Foto Arte 2005 é o
fotógrafo argentino Marcelo Brodsky.
Em Nexo, ele retrata as marcas que o
terror dos tempos de ditadura deixou
em seus amigos de infância, mas se
preocupa também em utilizar a
memória como fator de reconstrução da
identidade e da história individual e
coletiva. Exilado na Espanha por muitos
anos, Brodsky retornou à Argentina para
purgar esse passado sofrido, revelado
agora em fotografias, imagens de
arquivos, textos, instalações e três
vídeos mostrando livros enterrados,
bens recolhidos de prisioneiros
e também imagens do período
pós-ditadura. Nexo vai de 6 de
setembro a 15 de outubro, no
Centro Cultural Brasil-Espanha.
BUENOS AIRES está retratada na
exposição inédita de Silvana Leal,
34
Marcelo Brodsky e as marcas do terror na Argentina
artista catarinense que mora em
Brasília e se inspirou em poema de
Jorge Luís Borges, O Forasteiro, para
traçar um percurso cinematográfico
pelas ruas da Capital argentina. Com
imagens contrastadas e de forte impacto
visual, a mostra O Forasteiro estará no
foyer da Sala Villa-Lobos entre 8 e 25 de
setembro.
No mesmo período e lugar, o festival
apresenta a primeira mostra individual
da artista carioca Kitty Paranaguá aqui
em Brasília. Ela foi um dos destaques do
FotoRio e apresenta imagens singulares,
em preto e branco, de Copacabana.
Também estreando na cidade, o
fotógrafo paraense Guy Veloso traz Entre
a Fé e a Febre, registro das romarias
tradicionais, como a de Bom Jesus da
Lapa, na Bahia, Juazeiro do Norte e
outras menos famosas. As imagens, que
já fazem parte de museus e galerias do
país e do exterior, podem ser vistas no
Corredor da Sala Villa-Lobos entre 8 de
setembro e 23 de outubro.
OUTRO ENFOQUE da religiosidade
brasileira será mostrado pelo fotógrafo
Ricardo B. Labastier, pernambucano
que mora em Brasília e apresenta, no
mesmo espaço e local, um registro dos
mosteiros e igrejas barrocas do
Nordeste. Segundo ele, o trabalho é um
passeio pelos porões e labirintos dessas
instituições seculares.
Considerado por muitos o maior
fotógrafo colorista do país, o carioca
Walter Firmo apresenta sua Abstrato
Extrato, recorte sutil e criativo em sua
obra, selecionando 20 imagens
registradas em todo o país. Ex-repórter
fotográfico do Jornal do Brasil, das
revistas Realidade e Veja, entre outros
veículos, Firmo tem 48 anos de convívio
com as lentes.
Com o propósito de ocupar toda a
cidade, os organizadores da Foto Arte
2005 pretendem ultrapassar a meta
atingida no festival do ano passado, que
foi de um público estimado em 500 mil
pessoas. A iniciativa, inédita no Brasil,
segue o exemplo de outras cidades
como Paris, Houston e São Paulo, que
organizam eventos em torno da
fotografia e do vídeo. Toda a
programação poderá ser acompanhada
pelo site www.roteirobrasilia.com.br
e nas próximas edições da Roteiro.
Guy Veloso fotografa as romarias brasileiras
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