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O TEMPO Belo Horizonte
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QUINTA-FEIRA, 10 DE SETEMBRO DE 2015
Combustível. Segundo a Polícia Federal, esquema burlava o pagamento de impostos
Empresários são presos por
falsificação de notas fiscais
LINCON ZARBIETTI – 18.3.2015
Donosdepostos
vendiamgasolina
emPoçosdeCaldas
eemTrêsPontas
¬ BÁRBARA FERREIRA
¬ As investigações da Polícia Federal (PF) de um esquema de adulteração de
combustíveis, no Sul de Minas, levaram a corporação
a descobrir um outro golpe: o de falsificação de notas fiscais na compra e na
venda dos produtos. Na
manhã de ontem, durante
a operação Mandrake II,
dois empresários do ramo
foram presos, suspeitos de
envolvimento no crime.
De acordo com o delegado João Carlos Girotto, da
Delegacia de Polícia Federal de Varginha, responsável pelas investigações, os
donos de postos – um na cidade de Poços de Caldas e
o outro em Três Pontas –
traziam o combustível de
São Paulo, mas as notas registravam uma quantidade
de gasolina inferior à que
era, de fato, transportada pelos caminhões até os estabelecimentos. Com isso, os empresários deixavam de pagar
impostos sobre o produto.
O montante sonegado
ainda não foi confirmado pela PF. O delegado informou
que as investigações começaram em março deste ano,
quando foram constatados
esquemas de venda de gasolina comum como sendo aditivada, adulteração de combustível, modificação das
bombas para redução de tributos e adição do solvente
metano ao combustível. “Percebemos o envolvimento de
um dos donos de postos presos hoje (ontem). Continuamos a investigar e chegamos
ao esquema das notas ficais”, contou Girotto.
Segundo o delegado, os
dois suspeitos estão presos
temporariamente, até o fim
das investigações. Como foi
constatado que as notas fiscais eram inferiores à quantidade real de gasolina transportada, a polícia agora tenta
Primeira fase
Investigação
comprovou
adulteração
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O nome da operação da PF, Mandrake, é uma alusão ao mágico
ilusionista de desenhos animados que enganava as pessoas
chegar aos fornecedores do
produto. “Continuamos as investigações para apurar a responsabilidade das pessoas de
São Paulo. Se é omissão ou
participação criminosa. Essas
pessoas, de fato, vendem a gasolina com nota, mas ainda
não sabemos como ela saia
de lá desse jeito”, disse.
A PF não informou os nomes dos presos na operação.
Mandrake II
Operação. Além dos
dois mandados de prisão,
a Polícia Federal cumpriu
outros quatro de busca e
apreensão. Duas pessoas
também foram levadas
para a delegacia para
prestar depoimentos.
Durante a primeira
etapa da operação
Mandrake, dez pessoas foram presas e irregularidades foram confirmadas em
12 postos de combustíveis
no Sul de Minas. Desses,
de acordo com a Polícia Federal (PF), sete colocavam
metanol misturado à gasolina e outros cinco usavam
uma quantidade de álcool
superior à permitida.
Todo o combustível
apreendido foi periciado e
comprovado o golpe. Segundo a Polícia Federal, a expectativa é que as investigações
sejam concluídas até o fim
deste ano. Os envolvidos na
primeira fase da operação
serão indiciados pela adulteração do combustível. (BF)
Breves
Norte de Minas
Jovem morre
afogada em rio
Uma adolescente de 16
anos morreu afogada, na
noite de anteontem, em
um rio na zona rural de
Olhos D’água, no Norte de
Minas. Segundo uma testemunhacontou ao Corpo de
Bombeiros, dois casais teriam se deslocado para um
balneário da cidade. A vítima, que estava à margem
do rio, escorregou-se e caiu
na água. Um rapaz que estava com a jovem não conseguiu prestar socorro.
Campina Verde
Morte. Um oficial de
Justiça de 37 anos
morreu em um colisão
frontal entre um carro e
um micro-ônibus, na
MGC–497, em
Campina Verde, na
região do Triângulo
Mineiro, na noite de
anteontem. Wilson
Modesto Diniz Junior
dirigia um Fiat Uno
branco. O motorista do
ônibus, de 42 anos,
contou que o condutor
do carro de passeio
perdeu o controle da
direção e invadiu a
contramão.
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