sustentabilidade | descarte responsável
no aquecimento de fornos e caldeiras e,
ainda, na fabricação de papéis e celulose.
Esse processo também ocorre para os
demais itens de um sofá ou qualquer outro
equipamento coletado.
“A vantagem do descarte correto
de resíduos está cada vez mais evidente. Além de diminuir a incidência de
itens que iriam parar em lixões, rios e
calçadas, o descarte correto contribui
para que grande parte dos resíduos
tenha a chance de ser reciclado e volte
a se tornar matéria-prima”, avalia o
executivo da Itaú. Dessa forma, economizamos os recursos que são extraídos
da natureza e contribuímos com a sociedade, quando destinamos a instituições
assistenciais os equipamentos em bom
funcionamento.
A coordenadora de produtos da
Brasil Assistência, Patricia Ferreira,
afirma que todo o material coletado é
analisado. O que é passível de doação,
vai para entidades escolhidas pela
empresa, com a ciência e anuência do
segurado. “Após coletar e dar o destino
final aos produtos, enviamos para o
segurado um certificado com o nome
da instituição que recebeu os materiais
doados”, explica Patrícia.
Garutti, da Ecoassist, diz que há tendência de crescimento para este tipo de
serviço, que está muito longe de ser uma
commoditie. “Podemos pensar no cresWagner Papp, da Liberty
cimento tanto vertical como horizontal,
com serviços para outras carteiras como plo, as seguradoras no futuro poderão
de novos tipos de materiais que possam recolher as peças de veículos sinistrados
ser recolhidos”. Só para citar um exem- trocadas em oficinas.
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Reciclagem de outros materiais
Há coisas que não imaginamos
que possam,e devam ser recolhidas por
prejudicar o meio ambiente. Um exemplo é o amálgama, material utilizado na
restauração dentária e cujos resíduos
podem causar danos à saúde, sem contar que, se forem jogados no lixo, podem
contaminar o solo e ir parar em rios e
córregos. Como a OdontoPrev trabalha
com cerca de 25 mil dentistas credenciados em todo o Brasil (mais do que o
total de dentistas na França, por exemplo), uma das preocupações da empresa
é evitar essa possível contaminação.
Ela desenvolve o Programa de Reciclagem de Amálgama, em parceria com
a Faculdade de Odontologia da Universi-
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Leandro Nascimento Salgado, Ameplan
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dade de São Paulo, em Bauru. Ao aderir
ao programa, o dentista assina um termo
de adesão e recebe em seu consultório
um kit especial para acondicionar os resíduos, composto de recipiente, suporte
e etiqueta com instruções de manuseio,
aprovado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em conformidade com
a Resolução 358 do Conselho Nacional
do Meio Ambiente (Conama), referente
ao tratamento e disposição final dos resíduos dos serviços de saúde. Cada profissional pode, sempre que necessário,
pedir novos frascos. Uma vez que o recipiente estiver cheio, o cirurgião-dentista é
orientado a encaminhá-lo ao Laboratório
de Resíduos Químicos da USP de Bauru,
onde os metais são reprocessados e
transformados em matérias-primas.
Até o momento, o projeto angariou
a participação de quase 2 mil dentistas e
processou 17 quilos de amálgama, recuperando 8,4 quilos de mercúrio. O material reciclado é vendido pela faculdade e
a renda revertida para o financiamento
de pesquisas de desenvolvimento de
novas tecnologias de recuperação e
reaproveitamento dos metais retirados
do amálgama. Segundo José Maria Benozatti, diretor clínico operacional da
OdontoPrev, embora o uso da amálgama
esteja em vias de extinção das clínicas
odontológicas (substituído muitas vezes
por resinas), a ação é de grande relevância do ponto de vista ambiental e
demonstra a responsabilidade da empresa como gestora de saúde em relação ao
impacto que sua atividade pode causar.
As empresas das mais diversas áreas
também se preocupam com o destino
que deverá ser oferecido para os equipamentos obsoletos e fora de uso. Na Ameplan, o setor de tecnologia se envolveu
em um projeto de descarte ecológico
e, de tempos em tempos, realiza o descarte responsável de seu material.
De acordo com Leandro Nascimento
Salgado, coordenador de TI da operadora,
em 2009 e 2010 foi descartada uma tonelada de lixo eletrônico (teclados, mouses,
monitores). “Sempre buscamos a maneira
correta de descartar este material, porque
muitos deles contém metais pesados que
são agentes poluidores”.
Em 2014, o descarte ecológico foi
realizado em parceria com o Museu do
Computador, que também recebeu um
servidor da Ameplan. Salgado explica que
muitos componentes vão sendo eliminados a ao longo do tempo e que estes são
guardados até as ações de descarte.
“Nós vamos juntando estes componentes e descartamos de uma forma
correta”, avisa Salgado. Neste ano, foram
enviados cerca de 300 kg de lixo eletrônico para o Museu do Computador.
Ao receber este material, o Museu emite
um certificado de que a empresa contribuiu para seu acervo e é doadora de
equipamentos.
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