Ano 2 – Santa Catarina, 1º de dezembro de 2006 – nº 13 – Informativo das Diretorias e Conselhos
Empresários entregam propostas a Luiz Henrique
E
mpresários de todos os setores econômicos catarinenses entregaram, no dia 24 de novembro, ao governador eleito Luiz Henrique da Silveira
documento com propostas e expectativas para o próximo mandato. Por meio
do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM), foi
elaborada pauta com as prioridades defendidas pelas entidades FIESC,
FECOMÉRCIO, FAESC, FCDL, FACISC,
FAMPESC e FETRANCESC.
“O documento feito pelas sete federações empresariais é uma contribuição para o próximo governo. O foco é
Santa Catarina. Precisamos trabalhar
pela competitividade e estamos à disposição para encontrar soluções”, disse o presidente da FIESC, Alcantaro
Corrêa. “Vamos também continuar falando com os parlamentares no próximo ano, trabalhando por Santa
Catarina, sem cor partidária”.
“O desenvolvimento harmônico em
todo o estado, significa investimento em
infra-estrutura e esse documento aborda isso muito bem”, disse o governador
eleito Luiz Henrique da Silveira. O governador Eduardo Pinho Moreira também participou da reunião. “O documento do COFEM é de grande valia, e
servirá de bússola para o próximo governo”, afirmou.
As federações apresentaram propostas de caráter específico e geral, que
abrangem áreas como infra-estrutura, tributos, emprego e educação. A entrega foi
realizada durante a reunião de diretoria
da FIESC, na sede da entidade.
Aspas
Presidentes das federações entregam documento a Luiz Henrique e Pinho Moreira
Sugestões focam o desenvolvimento de Santa Catarina
Entre as medidas solicitadas
pelo COFEM estão investimentos para escoamento da produção, como melhorias nas
mais importantes rodovias estaduais; a ampliação do prazo para recolhimento dos tributos; redução gradativa da
carga tributária e medidas Astor Kist
para coibir a informalidade e
estimular a formalização dos negócios.
Investimentos em educação, saúde,
saneamento e segurança também fazem
parte da lista de pedidos gerais, assim
como programas para melhorar a gestão dos recursos do
Estado. Cada entidade também apresentou propostas de
caráter específico para seu
segmento.
Antes da entrega das propostas do COFEM, a reunião
de diretoria da FIESC teve relatos sobre as recentes missões
à China e ao Golfo Arábico. O vice-presidente regional convidado a ocupar lugar na mesa no dia 24 foi Astor Kist, representando o Extremo Oeste.
Veja algumas opiniões:
Rui Altenburg:
“O gigantismo da
China nos faz
pensar que temos
de agir logo para
que nosso País volte
a ser competitivo.”
Gilberto Seleme:
“Os compradores
do Golfo Arábico
querem produtos de
qualidade, e isso
Santa Catarina tem
como fornecer.”
Vicente Donini:
“É importante
intensificar o contato
com os
parlamentares, pois
2007 será um
momento propício
para reformas.”
Agenda
Dezembro
4
Reunião da Câmara de Assuntos Tributários
e Legislativos
Horário: 9h30min
Local: sede do Sistema FIESC - Florianópolis
Vice-presidentes participaram do jantar com deputados e senadores
Encontro com parlamentares
aproxima FIESC do Legislativo
N
a quinta-feira, dia 23 de novembro, na sede da FIESC, foi realizado
jantar com parlamentares (estaduais e
federais) que estão encerrando seus
mandatos e também com os que foram
eleitos para os próximos quatro anos.
Participaram a diretoria executiva e os
vice-presidentes regionais da Federação,
que assim intensifica a interação com o
Poder Legislativo.
A Federação se colocou à disposição
dos novos parlamentares para eventual
assessoramento em diversas áreas, como
a tributária e legislativa, por exemplo.
“Nossas ferramentas estão à disposição
de todos, independentemente de partido”,
disse o presidente da FIESC, Alcantaro
Corrêa. Na mesma semana ele já havia
participado da reunião do Fórum Parlamentar Catarinense, em Brasília, quando apresentou as obras estratégicas para
a infra-estrutura do Estado. Falando em
nome do Fórum, o deputado Odacir Zonta
informou a aprovação de emendas na área
de infra-estrutura, atendendo sugestão da
FIESC.
“As informações da FIESC são fundamentais para nosso trabalho e para o desenvolvimento de nosso Estado”, disse o
deputado estadual Reno Caramori.
Aniversariantes
DEZEMBRO
10
Carlos Ivanov Hristo,
vice-presidente regional Serra
Catarinense
1ª
Renato Rossmark
Schramm, diretor da FIESC
11
Fernandes Luiz Andretta,
conselheiro do CIESC
4
Vitor Mário Zanetti,
vice-presidente regional para o
Sudeste
17
Amauri Eduardo Kollross,
conselheiro do CIESC
5
Lauro José dos Santos,
diretor da FIESC
5
Jaime Franzner,
conselheiro do IEL (suplente)
25
Faustino Panceri,
conselheiro do IEL
8
Reunião da Câmara de Assuntos de
Transporte e Logística
Horário: 14 horas
Local: sede do Sistema FIESC Florianópolis
8
Curso Direiro da Navegação Marítima
e Aérea Internacional
Horário: 8h30min
Local: sede do Sistema FIESC - Florianópolis
14
Reunião da Câmara de Qualidade
Ambiental
Horário: 9 horas
Local: sede do Sistema FIESC Florianópolis
14
Reunião da Câmara de Relações
Trabalhistas
Horário: 14 horas
Local: sede do Sistema FIESC - Florianópolis
15
Reunião de Diretoria e Conselhos do
Sistema FIESC
Horário: 9 horas
Local: sede do Sistema FIESC Florianópolis
27
Ramiro Cardoso,
representante da indústria no
Conselho do SESI
29
João Paulo Schmalz,
conselheiro fiscal do IEL
30
Bárbara Paludo,
diretora da FIESC
30
Albano Schmidt,
vice-presidente regional NorteNordeste
27
Edvaldo Ângelo,
diretor da FIESC
30
Blásio Mannes,
conselheiro do IEL
Opinião
Sindical
Ensinar a pensar
Décio da Silva,
Membro do Conselho Superior de
Formulação Estratégica da FIESC e
diretor-presidente da Weg
N
ão é de hoje que enuncio veementemente a frase que meu pai cunhou no
início da trajetória da Weg. Sábio, mesmo sem
ter galgado altos degraus na escola, na vida
sempre soube quais caminhos percorrer para
chegar aonde quis. Há mais de 40 anos ele
já defendia que “pessoas motivadas são a
base do êxito”. E a premissa é válida para
qualquer atividade, seja profissional ou pessoal.
Tenho motivos para acreditar que uma
pessoa motivada deve tal fortuna aos grandes mestres que encontra durante a vida. E
por mais que inúmeras escolas invistam em
salas de aulas interativas e estimulantes, não
há ambiente que se salve sem um mestre
extremamente motivado. Meus melhores professores ficavam, em grande parte das aulas, simplesmente calados – com poucas palavras eram capazes de nos indicar caminhos por onde nossas mentes poderiam se
desenvolver; entretanto, a maioria parece orgulhar-se de estar mal-humorada e falar horas a fio, andando para lá e para cá.
Se a motivação é a base do êxito, a educação é a base de tudo, inclusive da motivação. Professores mal pagos, mais preocupados em lembrar a ordem exata de suas palavras do que em observar se seus alunos
entendem do assunto tratado, geram uma
espiral viciosa que vai formar cidadãos intelectualmente passivos, e não líderes; verdadeiros puxa-sacos, e não colaboradores. Professores assim incentivam a ouvir, obedecer
e decorar; jamais a criatividade.
O problema crônico da educação no Brasil está principalmente na base. Nós temos
de olhar nossas empresas de manufatura e
ter coragem de chegar à conclusão que mais
de 30% ou 40% da nossa força de trabalho
está composta de analfabetos. Porque ser
alfabetizado hoje significa ter conhecimentos de informática, saber interagir com novos processos, trabalhar em grupo e ter iniciativa para resolver problemas, em vez de
apenas repetir funções mecanicamente.
Muitas empresas acreditam na educação e a promovem. Desde sua fundação, a
Weg adotou como diretriz básica investir no
treinamento e desenvolvimento de seus colaboradores. Com verba de mais de 2% da
folha de pagamento, o grupo realiza diversas ações na área. E gerar conhecimento
dentro de casa é um diferencial competitivo
que se torna ainda mais valioso quando conta com professores motivados.
Não precisamos de mestres que gastem
horas só ensinando como os outros pensam
ou solucionaram problemas de sua época.
Necessitamos de educadores que ensinem
nossos jovens a pensar e resolver os próprios problemas. Só assim teremos profissionais com informação e conhecimento para
se movimentar no ambiente de alta
tecnologia e mudanças constantes de hoje.
Presunção em
acidentes é rejeitada
Para a FIESC, a votação da Medida
Provisória 316, realizada dia 8 de novembro na Câmara dos Deputados, resultou em avanço na questão do nexo
técnico epidemiológico. O termo, no texto original da MP, previa que a pessoa
vítima de acidente de trabalho ou com
doença relacionada a sua atividade não
precisaria mais provar que adoeceu por
causa do trabalho. Na prática, a lei transferia para as empresas o ônus da prova,
sem necessidade de perícia médica do
INSS.
A Câmara de Relações Trabalhistas
da Federação, presidida por Durval
Marcatto Júnior, se empenhou em apontar que, mesmo em doenças relacionadas a atividades específicas, é preciso
garantir que sejam feitas perícias para
evitar condenações injustas. Entre as iniciativas tomadas pela Federação estiveram o esclarecimento da questão à bancada catarinense no Congresso e a realização de um seminário sobre o tema
em conjunto com o INSS.
A solução encontrada pelos deputados ao apreciarem o projeto foi um meiotermo. O novo texto manteve a instituição do nexo técnico epidemiológico, mas
estabeleceu que a incapacidade por causa do acidente deverá ser caracterizada
mediante perícia médica do INSS. Em
determinados casos, a Justiça aceitará
recurso da empresa – com efeito
suspensivo – para o Conselho de Recursos da Previdência Social.
Outro trecho suprimido é o que previa grau de risco único para as empresas em casos de acidentes ligados à atividade profissional, sem considerar suas
diferentes especificidades.
Perfil
Siccot trabalha para consolidar infra-estrutura no Sul catarinense
Ações na área de infra-estrutura
estão entre as principais realizações
deste ano do Sindicato da Indústria
de Cerâmica para a Construção e Olaria de Tubarão (Siccot).
Com apoio de entidades representativas da região, foi iniciada
mobilização para a retomada da movimentação de contêineres no porto de
Imbituba. Também foi consolidado o
Recinto Especial para Despacho Adu-
aneiro de Exportação (Redex) em
Criciúma, que tem como objetivo proporcionar às empresas exportadoras
ganhos logísticos e agilidade.
“O Sindicato ainda vem trabalhando, juntamente com FIESC e outras entidades, para que o gás natural seja
mantido como fonte energética viável e
atrativa, dando competitividade à indústria”, diz o presidente do Siccot,
Murilo Bortoluzzi.
O sindicato tem 18 anos de existência e abrange os municípios de Braço do Norte, Grão Pará, Gravatal,
Imbituba, Jaguaruna, Treze de Maio e
Tubarão.
Sindicato da Indústria de Cerâmica para a Construção e Olaria de Tubarão
Rua Marcolino Martins Cabral, 1788 – Bairro Vila
Moema - Tubarão Telefone: (48) 3626 6222
Conjuntura
Exportação cresce 1%, mas saldo
da balança comercial comercial cai
A
pós dois meses de grande variação, em outubro as exportações catarinenses voltaram a apresentar o crescimento modesto verificado no resto do
ano. As vendas atingiram US$ 508 milhões, registrando aumento de 1,08%
ante o mês anterior e de 4,14% em relação ao mesmo mês no ano passado.
No acumulado do ano as exportações
de Santa Catarina cresceram 6,28%,
para US$ 4,897 bilhões. No mesmo período a média brasileira subiu 17,33%,
chegando a US$ 113,3 bilhões. Para a
FIESC, os números mostram que a política cambial do governo está impedindo
o crescimento das vendas de produtos
de maior valor agregado, importantes
para a pauta catarinense. O crescimento mais expressivo em outras regiões do
país deve-se principalmente às vendas
de algumas commodities minerais e agrícolas que estão com preços em alta no
mercado internacional.
Alguns produtos industrializados, no
entanto, conseguiram aumentar sua participação nos mercados estrangeiros. Entre essas exceções positivas estão os
motocompressores, cujas vendas cresceram 14,88% no acumulado do ano e atingiram US$ 292,1 milhões; motores elé-
tricos, com crescimento de 28,2% e receita de US$ 247,1 milhões; e autopeças, com incremento de 31,2% nas vendas e receita de US$ 181,8 milhões.
“Há segmentos com resultados positivos, mas a preocupação permanece porque alguns dos setores mais importantes para nossa economia, como os de carnes, móveis e cerâmica continuam a sofrer reduções nos embarques”, diz o diretor de relações industriais da FIESC,
Henry Quaresma.
As importações catarinenses, por sua
vez, seguem em disparada. O índice de
janeiro a outubro alcançou US$ 2,8 bilhões, uma elevação de 61,73%. A importação média brasileira cresceu 25,16%
no mesmo período. Os produtos com maior crescimento são trigo (239%), fios de
cobre (191%) e de poliéster (163%).
Como resultado do baixo crescimento das exportações e do vigor das importações, o saldo da balança comercial de
Santa Catarina caiu 38,2% em relação
ao mesmo período de 2005. Os US$ 2
bilhões verificados de janeiro a outubro
representam o menor valor verificado
para esta época do ano desde o ano 2000.
É a primeira vez desde 1998 que o saldo cai no acumulado até outubro.
Indicadores
Setembro/2006
Variação %
Variáveis
Anual
set 06/set05
Mensal
set 06/ ago 06
Vendas reais
-3,51
-0,80
Horas trabalhadas
-6,64
2,12
Uso da cap. inst.*
0,78
1,75
* variação em pontos percentuais - Fonte: FIESC/PEIND
Exportações*
SC
10 000
4.608
BRASIL
150 000
6,28%
17,33%
96.622
4.897
2000
113.370
30 000
Jan-Out/05 Jan-Out/06
Jan-Out/05 Jan-Out/06
* Em US$mil FOB
Importações*
SC
4000
3%
61,7
BRASIL
150 000
25,16%
2.800
75.490
1.731
800
60.317
30 000
Jan-Out/05 Jan-Out/06
Jan-Out/05 Jan-Out/06
* Em US$ milFOB
Balança Comercial SC
Janeiro-Outubro de 2006 (U$ mil)
Vendas da indústria catarinense recuam em setembro
As vendas reais da indústria catarinense
sofreram queda de 3,51% em setembro ante
o mês anterior. Dos 15 setores pesquisados
pela FIESC, dez apresentaram redução no
faturamento. No acumulado do ano, as
vendas registraram recuo de 4,38%.
A queda de setembro em relação a
agosto foi influenciada principalmente pelo
setor madeireiro, cujas vendas caíram
13,97% com a menor demanda do mercado externo. A queda nos embarques de
papel e papelão também levou a números
negativos nas vendas desses produtos, com
recuo de 10,93%. De janeiro a setembro
os segmentos que acumulam as maiores
quedas estão entre os mais ligados à exportação: mobiliário (-24,47%), madeira (12,18%) e alimentos (-11,19%). “Os dados
acumulados mostram que este é um ano difícil para a indústria de Santa Catarina. Mas
a queda nas vendas em 2005 foi ainda mais
forte. Considerando outros indicadores,
como o emprego formal, que cresceu, e a
produção industrial, que está estabilizada nos
primeiros oito meses, os números estão um
pouco melhores que os do ano passado”,
avalia o primeiro vice-presidente da FIESC,
Glauco José Côrte.
Indústria em Ação – Informativo das Diretorias e Conselhos do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Santa
Catarina
Realização: Diretoria de Relações Industriais da FIESC – Diretor: Henry Uliano Quaresma
Produção: Assessoria de Imprensa do Sistema FIESC – Coordenação: Elmar Meurer ([email protected])
Edição: Elmar Meurer e Giuliano Ventura ([email protected]). Colaboração: Ivonei Fazzioni e Andrea Portella
Rod. Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – 88034-001 – Florianópolis, SC
Fone: (48) 3231-4672 – Internet: www.fiescnet.com.br.
US$ mil FOB
Indicadores
Exportação
4.897,509
Importação
2.800,647
Saldo
2.096,862
Empregos
Outubro/2006
Mês
Saldo
Variação%
588
1.136
-474
0,28
0,54
-0,22
Abril
416
0,20
Maio
Junho
232
0,11
Janeiro
Fevereiro
Março
15
0,01
Julho
-49
-0,02
Agosto
260
0,12
Setembro
490
0,23
Outubro
830
0,39
3.444
1,65
No ano
Download

Empresários entregam propostas a Luiz Henrique