“Existe uma real possibilidade de o Brasil se colocar entre os três principais players no mercado de TI do mundo” • entrevistas A OSM - Consultoria e Sistemas é uma empresa que atua no segmento de tecnologia da informação, com 25 anos de experiência no mercado, especificamente o de administração pública brasileira. Atualmente, se posiciona como uma empresa estratégica para os órgãos públicos, baseando sua estratégia em três pontos fundamentais: a melhor e mais completa solução de gestão estratégica de pessoas para o setor público, serviços de qualidade superior com certificação internacional ISO 9001 e investimentos contínuos em tecnologia e inovação. Na entrevista a seguir, Luiz Henrique Nuñez de Oliveira, diretor executivo da OSM, fala sobre o mercado de TI no Brasil a da utilização dos seus produtos de gestão pelo setor público. Equipe editorial: Como a OSM mantém sua competitividade no mercado de TI, em constante transformação? Luiz Henrique Nuñez de Oliveira: Costumamos dizer que a OSM é hoje muito mais uma empresa de gestão do que de TI. É claro que é um exagero afirmar isto, mas temos nossas razões. Somos extremamente focados, ou seja, dedicamos nosso tempo de modo integral a oferecer a melhor tecnologia aos nossos clientes, de forma que eles possam não somente usufruir de um bom software, mas também melhorar efetivamente o desempenho de seus negócios - em se tratando de órgãos públicos, oferecer melhor serviços para a sociedade. Equipe editorial: Como está o mercado de TI no Brasil, ele é competitivo? Luiz Henrique Nuñez de Oliveira: Existem fatores que afetam a competitividade de qualquer tipo de empresa no Brasil. São bons exemplos a necessidade de desonerar o custo da mão-de-obra que representa cerca de 70% dos custos das empresas de TI, como também a questão tributária. São desafios que o Governo precisa enfrentar. Se formos analisar o mercado global, poderíamos afirmar que é difícil competir com a Índia, mas o Brasil vem se preparando para ser uma alternativa bem interessante. Entre as nossas vantagens competitivas, poderíamos destacar a cultura e o conhecimento de negócios; um mercado interno de TI forte e diversificado, calculado em mais de R$ 20 bilhões; a notória competência de nossos profissionais; a estabilidade econômica e política; o fuso horário compatível com os principais mercados; o tamanho da população e da força de trabalho; entre outros fatores. Apesar disso, as exportações de serviços de TI do País ainda são muito pequenas, cerca de US$ 800 milhões em 2007. São diversas as questões que o País precisa enfrentar para se posicionar melhor nesse mercado. Equipe editorial: Como você considera a atuação do Brasil em relação a outros países na área de TI? Luiz Henrique Nuñez de Oliveira: Um ponto que podemos enfatizar que é a vontade política. Vejamos o exemplo do agronegócio: o País se destaca pela sua competitividade, sobretudo com destaque para a energia renovável. O Brasil aparece como o principal player nesse setor devido às políticas de competitividade, no que se inclui a desoneração dos custos de mão-de-obra. Existe uma real possibilidade de o Brasil se colocar entre os três principais players no mercado de TI do mundo, ao lado da Índia e da China. Para isso, será necessária a mesma vontade política com que vem sendo tratado o setor de agronegócios. Equipe editorial: O MENTORH - Sistema de Gestão de Pessoas - conseguiu destacar-se no mercado como uma das melhores soluções para a área pública. Como ele funciona? Luiz Henrique Nuñez de Oliveira: O MENTORH é uma solução de TI que dá suporte e viabiliza a mudança na forma de gerenciar, isto é, permite sair do modelo de gestão tradicional de recursos humanos e ingressar no modelo de gestão estratégica de pessoas. É um sistema 100% web que, além de automatizar todas as atividades do dia a dia do setor de RH, efetua o cálculo da folha de pagamento com erros praticamente inexistentes, realiza auditorias e principalmente, permite o alinhamento do planejamento estratégico do cliente com a sua força de trabalho. Equipe editorial: Cite alguns órgãos públicos que já utilizaram esse produto e que resultados foram alcançados? Luiz Henrique Nuñez de Oliveira: Nestes 20 anos de atuação somente com o setor público tivemos muitos casos de sucesso. É claro que os resultados variam em conformidade com o nível de maturidade que o cliente espera alcançar com o uso do MENTORH. Podemos citar como exemplos o Ministério Público (do Trabalho, Militar e do Distrito Federal), a Câmara Legislativa do DF, os Tribunais Regionais do Trabalho do Ceará, da Paraíba e do Pará e em especial o Tribunal de Contas do DF e o Tribunal de Justiça de Sergipe. Também já foram nossos clientes o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Superior Tribunal Federal (STF) e a Câmara Federal. Uma questão importante é o fato de que a área de TI do cliente não precisa se preocupar com RH e folha de pagamento, o que geralmente dá muito trabalho. Como cuidamos da manutenção do sistema, sobra tempo para que este setor cuide da área fim. Equipe editorial: Que outros produtos a OSM tem? Existe algum voltado para empresários? Luiz Henrique Nuñez de Oliveira: O momento permite uma notícia em primeira mão: está em andamento, internamente, o Projeto CompetiRH. Como resultado, lançaremos um produto para a iniciativa privada que tratará de planejamento estratégico, gestão de pessoas e gestão por competências. Equipe editorial: A conquista do certificado ISO 9001:2000 gerou impactos na competitividade da OSM? Luiz Henrique Nuñez de Oliveira: Sem dúvida. O nosso sistema de qualidade é a base para o nosso sistema de gestão empresarial. Todos os nossos processos são certificados o que nos permite oferecer além de um bom produto, serviços de qualidade superior. Equipe editorial: Qual a importância da certificação para empresas de TI? Luiz Henrique Nuñez de Oliveira: O sistema de qualidade é a base para nosso sistema de gestão. Para os novos clientes, torna-se confortável, pois é um indicativo que os serviços serão prestados com qualidade. Equipe editorial: A OSM pratica ações de responsabilidade social e ambiental? Luiz Henrique Nuñez de Oliveira: É claro que ainda temos muito a fazer, mas poderia responder que a OSM pratica ações de responsabilidade social e ambiental. Responsabilidade social é muito mais do que a forma como conduzimos nossos negócios, é na verdade, reunir os interesses empresariais e do mercado em torno de um único objetivo – a melhoria das condições de vida da sociedade. A OSM incentiva esta postura através de um conjunto de valores e de conduta ética declarados em sua política de qualidade, que buscam o desenvolvimento sustentável não só de si mesma, mas de toda a sociedade onde estamos inseridos. A questão ambiental é uma questão de responsabilidade. É o que buscamos ser, economizando energia, utilizando o mínimo possível de produtos descartáveis e incentivando o uso de produtos reciclados. Entrevista realizada pela equipe editorial da Enfato Comunicação Empresarial com exclusividade para o site do MBC. Novembro/2008 Coordenação editorial: Raquel Boechat Edição e redação: Giuliana Giavarina