Anunciei que focaria meu mandato em três ações. A primeira, defendendo a educação. Vou lutar para que o governo federal delegue a gestão dessas rodovias para o Estado. paulo bauer, sobre as missões que pretende desempenhar lhs, falando da necessidade de duplicação das BRs 470, 280, 282 SENADOR SENADOR A Notícia – Quais são as prioridades de seu mandato? Luiz Henrique da Silveira (PMDB) – As reformas que são fundamentais para o desenvolvimento do País: a descentralização, por meio de um novo pacto federativo; a redução da carga fiscal de impostos e contribuições, sobretudo a folha de pagamentos; e a reforma política, baseada em eleições coincidentes e verticalizadas a cada cinco anos; financiamento exclusivamente público das campanhas; propaganda no rádio e na TV, ao vivo, sem pré-produção; voto partidário para a eleição de vereadores, deputados estaduais e federais, estabelecido em lista; fidelidade partidária, punindo o eleito que mudar de legenda com a perda do respectivo mandato; fim da reeleição de prefeitos, governadores e presidente da República; mandatos iguais de seis anos para todos os cargos, inclusive o de senador; cláusula de barreira que reduza o número de partidos, eliminando as legendas de aluguel. AN – Quais são as prioridades do seu mandato? Paulo Bauer – Anunciei na campanha que focaria meu mandato em três grandes ações. A primeira, valorizando, atuando e defendendo a educação. Educação de qualidade, feita com boa gestão, sem ideologia política. Também vou trabalhar muito pela redução da carga tributária. Na Alemanha, França e Itália não se paga nenhum imposto pelos remédios. No Brasil, se paga 36% do valor do custo do medicamento apenas para impostos. Isso tem que ser mudado. Mas não só no remédio. Se o taxista não paga imposto para comprar carro, por que o criador de gado ou produtor de leite precisa pagar imposto para fazer o transporte de seu produto? Será que quem produz leite é menos importante que quem transporta pessoas. Vou brigar sempre e permanentemente por mais recursos para Santa Catarina. O governo federal está devendo muito para o Estado. Somos o 7º Estado que mais contribui em imposto e somos o 14º em recebimento. Também vou olhar para a saúde, leis mais rígidas para o criminoso. O estuprador de crianças não pode ter o benefício de redução da pena por bom comportamento. Vou propor isso em lei. Para nunca mais esquecer que o dano que causou na vida de uma pessoa, não há bom comportamento que resolva. Luiz Henrique da Silveira Paulo Bauer AN – Quais projetos vai apresentar para Joinville e região? Tem algum definido? LHS – O senador é representante do Estado. Minha prioridade vai ser a defesa do Estado. Santa Catarina tem tudo para virar um Estado de padrão europeu. Mas os obstáculos estão nas obras de infraestrutura, hoje a cargo do governo federal. Refiro-me às BRs 470, 280, 282 e 101 Sul. As três primeiras precisam ser duplicadas. E a quarta, ter concluída a sua duplicação. Na verdade, a BR-101 precisa, no mínimo, ser quadruplicada. A duplicação já está vindo muito tarde, para acabar o drama dos congestionamentos e risco de vida nas BRs. Vou lutar para que o governo federal delegue a gestão dessas rodovias para o governo do Estado. O governo federal, por estar longe e inacessível, é mau gestor. Essas rodovias, na verdade, não são, originariamente, federais, pois só cruzam o território catarinense. Nas edições de domingo e de ontem, reportagens mostraram os nomes e os perfis de quem vai assumir o Senado, a Câmara Federal e a Assembleia Legislativa Algumas prioridades da Agenda Joinville n Duplicação da BR-280. n Despoluição do rio Cachoeira. n Duplicação das ruas dona Francisca e da Santos Dumont. n Credenciamento de hospitais para realizar angioplastias e transplantes de coração e de válvulas cardíacas. n Mais vagas no ensino médio. n Aumento do limite do Simples de R$ 2,6 milhões para R$ 3,6 milhões. n Rever o uso do Programa Aplicativo Fiscal. n Construção de um terminal de cargas no Aeroporto de Joinville. n Diminuir o peso da carga tributária. n Construir mais unidades do Centro de Referência da Assistência Social (Cras). n Reduzir os impostos e fazer uma reforma trabalhista. n Profissionalização da mão de obra. n Aumentar a capacidade de tratamento de esgoto. n Fortalecer as parcerias público-privadas para aumentar a oferta de cursos técnicos. n Redução do ICMS sobre o combustível para os veículos de transporte coletivo. n Recuperar as áreas reservadas a eventos, transformando Joinville em um polo de turismo de negócios. n Construir um anel viário para reduzir “os problemas de mobilidade de Joinville”. n Criar o “Voucher Educação” para que os governos federal e estadual possam oferecer bolsas de estudos em instituições privadas. n Agilizar a liberação dos licenciamentos ambientais. n Dar prioridade para a manutenção e aproveitamento dos recursos hídricos. n Simplificação das regras para a abertura de empresa. n Construir o Parque da Ajorpeme. n Mais policiais. Hoje, faltam pelo menos 239 policiais (200 militares e 39 civis). n Instalar o ILS no aeroporto. n Mais leitos para Joinville. Hoje, faltam 300. Luiz Henrique da Silveira (PMDB) Felipe Carneiro n n n n n n n n n n n n n Onde nasceu: Blumenau Idade: 70 anos Formação: advogado Tempo de vida pública: 45 anos Quantos mandatos já exerceu: nove Votação em 2010: 1.784.019 milhão Foi morar em Florianópolis ainda jovem. Em 1965, formou-se em direito pela UFSC e mudou-se para Joinville no ano seguinte, onde ingressou no MDB. Em 1971, assumiu como suplente uma cadeira na Assembleia Legislativa, onde cumpriu mandato até 1975. No ano seguinte, assumiu como deputado federal (1975-1977). Teve outros três mandatos (1983-1987, 1987-1991 e 1991-1995). Eleito prefeito em 1977, cargo que exerceu até 1982. Elegeu-se novamente em 1997, conseguiu a reeleição em 2000 e permaneceu no cargo até 2002, quando se candidatou ao governo. Foi ministro de Ciência e Tecnologia (1987-1988). Assumiu o governo do Estado em 2003. Em 2006, foi reeleito e ficou até março de 2010. Tem como suplentes no Senado: Dalírio Beber (PSDB), ex-presidente do Badesc e atual presidente da Casan; e Antônio Gavazzoni (DEM), ex-secretário da Fazenda e Administração e atual presidente da Celesc. AN – Qual o primeiro projeto que o senhor vai protocolar no Senado? LHS – Versará, sobretudo, sobre as reformas estruturais. Vou estudar a possibilidade de propor uma medida que reduza a uma única reeleição os mandatos de líderes sindicais, empresariais e laborais, dirigentes de ligas, federações e confederações esportivas. Há sindicalistas e dirigentes do esporte que vêm se eternizando nos mandatos, a começar pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol. AN – Qual será sua posição política frente aos governos municipal (Joinville), estadual e federal? LHS – Defendo o princípio de que, na época eleitoral, cada filiado tem a obrigação de defender os candidatos do seu partido, mas que, passada a eleição, a obrigação do político é enfiar no sótão as bandeiras partidárias e buscar soluções para os problemas do povo. Por isso, não faltará meu empenho para lutar por respostas positivas, obras e ações para os governos de Joinville e SC. Quanto ao governo federal, espero a mesma postura republicana, como proclamou a presidente Dilma. Como representante do Estado, saberei dar respostas positivas ao governo, caso SC venha a ter o mesmo tratamento dispensado aos governadores que apoiaram a então candidata do PT. AN – O senhor promete cumprir seu mandato até o fim ou vai se afastar para concorrer nas eleições de 2014 e até mesmo renunciar ao mandato se vencer? LHS – Este foi o último mandato que disputei. Depois de ganhar 12 eleições, em 40 anos de vida pública, já é tempo de passar o bastão para os companheiros. Por isso, vou cumprir o meu décimo segundo e último mandado. Felipe Carneiro Paulo Bauer (PSDB) Deu em AN AN – Quais projetos vai apresentar para Joinville e região? Tem algum definido? Bauer – A duplicação da BR-280 é onde quero me focar. Não é um projeto, mas a busca por recursos trariam imensos benefícios para Jaraguá do Sul, Araquari, São Francisco do Sul. Da mesma forma, Joinville também ganharia muitas melhorias. É importante porque ali seria o local que escoaria a produção das cidades para o porto. Também sempre atuarei na busca de recursos para atender às outras necessidades de melhoria na mobilidade urbana da região. n n n n n n n n n n n n n n n n Onde nasceu: Blumenau Idade: 53 anos Formação: administração Tempo de vida pública: 31 anos Quantos mandatos exercidos: cinco Votação em 2010: 1.588.403 Aos 18 anos, mudou-se com a família para Joinville, onde ingressou na Arena. Concluiu o curso de ciências contábeis e administração de empresas na Furj, atual Univille, em 1980. No mesmo ano, assumiu a empresa de Eletrificação Rural de SC, onde chegou a presidente e ficou até 1986. Em 1987, foi eleito deputado federal. Foi até 1991. Foi secretário da Educação por duas vezes (1991-1995 e 2007-2010). Em 1995, trocou de partido. Foi para o PFL, atual DEM. Vice-governador na gestão 1999-2002 e governador em exercício por 13 vezes. Quatro vezes deputado federal eleito (1991-1995, 19951999, 2003-2007 e 2009-2010). Mudou novamente de partido em 2005, indo para o PSDB. Tem como suplentes no Senado: César Souza, exdeputado estadual por quatro vezes e apresentador de programa de TV; e Athos de Almeida Lopes, exsecretário executivo do Projeto Microbacias. AN – Qual o primeiro projeto que o senhor vai protocolar no Senado? Bauer – Não tenho primeiro projeto nem um segundo projeto, porque tenho oito anos de mandato. Não quero fazer uma estreia que tenha alta repercussão na mídia. Meu objetivo é fazer um mandato completo, para que os eleitores possam me avaliar com discernimento e honestidade depois que completar os oito anos a que tenho direito no cargo. AN – Qual será sua posição política frente aos governos municipal (Joinville), estadual e federal? Bauer – Vou estar sempre atento e atendendo aos pedidos dos governos municipais. Não tenho problemas com o governo que está à frente de Joinville atualmente. Ajudarei da melhor forma possível. Com o governo estadual, tenho uma afinidade incrível. Já em consideração ao governo federal, sou da oposição, mas não serei de uma oposição complicadora. Farei críticas responsáveis, buscando o melhor para o meu País e meu Estado. AN – O senhor promete cumprir seu mandato até o fim ou vai se afastar para concorrer nas eleições de 2014 e até mesmo renunciar ao mandato se vencer? Bauer – Meu mandato é de oito anos. E neste momento pretendo cumprir integralmente o que o povo me deu. Outro plano, sobre outra candidatura é algo que não penso agora. Outras mudanças serão as circunstâncias políticas, partidárias e os encaminhamentos futuros que irão decidir.