QUÍMICA QUÂNTICA E ESPECTROSCOPIA Igor Khmelinskii, FCT, DQBF Modulo IV, ano lectivo 2007-2008 T10 Espectroscopia óptica e fotobiologia Cap. 13 Peter Atkins, Julio de Paula Physical Chemistry for Life Sciences Recursos (Living graphs): http://www.oup.com/uk/orc/bin/97801992809 57/01student/graphs/ch13/ Recursos (Web links): http://www.oup.com/uk/orc/bin/97801992809 57/01student/weblinks/part4/ Correcção de erros das aulas TP 12 2 V 4p 0 r 6 • Simetria de Estados p do Benzeno • Fórmula da interacção dipolo permanente – dipolo induzido (p. 466 do livro) 3 Espectroscopia: ideias gerais • Espectroscopia de emissão: a molécula passa do estado de energia elevada E2 para o estado de energia mais baixa, E1, emitindo o excesso na forma do fotão • Mede-se a intensidade de emissão 4 Espectroscopia: ideias gerais • Transição de um estado de energia mais baixa, E1, para um estado de energia mais elevada, E2. • Espectroscopia de absorção: mede-se a intensidade de absorção em função da frequência ou c.d.o. 5 Espectroscopia: ideias gerais • Espectroscopia de Raman: incide luz monocromática; medem-se as frequências presentes na luz espalhada pela amostra. 6 Espectroscopia: ideias gerais h E1 E2 • Número de onda (Infravermelhos, espectroscopia de vibrações moleculares); medese em cm-1. c 1 ~ c 7 Espectroscopia: ideias gerais 8 Espectroscopia: ideias gerais • Transições vibracionais (infravermelho) • Transições electrónicas (UV e visível) 9 Métodos experimentais • Espectrómetro: – fonte da radiação – luz transmitida, emitida ou espalhada pela amostra é – colectada, – monocromatizada e – analisada pelo detector 10 Fontes e detectores • Infravermelho distante (de 35 até 200 cm-1): descarga em vapores de Hg • Infravermelho médio (200 até 4000 cm-1) Globar ou fio de Nernst • Visível: lâmpada de W-I • UV: lâmpada de D2 ou Xe • Elemento dispersivo: rede de difracção 11 Fontes e detectores • Infravermelho: técnicas de transformado Fourier – Interferómetro de Michelson • Sensibilidade mais elevada 12 Fontes e detectores • Um único elemento sensitivo ou uma matriz 1D ou 2D – Fotodíodos – CCDs – Infravermelho: detector HgCd-Te (MCT) – detector fotovoltaico • Espectrómetros Raman – Laser (fonte) – Radiação espalhada (1 fotão em 107) – Bandas Stokes (fotão deu parte de energia a molécula) – Bandas anti-Stokes (fotão recebeu parte de energia da molécula) – Filtros, redes de difracção, interferómetros de Michelson 13 Análise biosensorial • Mede-se cinética e termodinâmica de interacções entre polímeros • O biosensor detecta as alterações das propriedades ópticas da superfície em contacto com o biopolímero • Oscilações da densidade electrónica em metais excitados pela luz – plasmons – Ressonância de plasmons na superfície – Variando o material em contacto com a superfície, varia o ângulo de ressonância • Estudar ligação de moléculas ao material colocado na superfície: ADN – proteinas, anticorpo-antigeno 14 Intensidade de transições • Espectroscopia de absorção • Lei de Lambert-Beer • (L mol-1cm-1) I0 A log J l I I I 010 J l I T I0 15 Dedução dI J Idx * * * dI J dx I I l dI I I 0 J dx 0 ln I J l I0 ln x ln 10 log x I log J l I0 ln 10 I0 I A log log I I0 16 Exemplo: do triptofano • Radiação, c.d.o.=280 nm; Célula 1 mm; 0,50 mmol L-1 triptófano; T = 0,54; Calcular: A e aos 280 nm, e T para l = 2,0 mm R. : logT 5,4 102 L mol-1mm-1 J l A log 0,54 0,27 T (2,0 mm) 0,29 10( 20, 27 ) I0 A log J l I I I 010 J l I T I0 17 Exemplo • C = 0,10 mmol L-1 triptófano; T = 0,14; c.d.o.=240 nm; Célula l = 5,0 mm; Calcular: , A e T(1,0mm) R. : logT 1,1 104 L mol-1mm-1 J l A log 0,14 0,85 * Cálculo aproximado log(1 0,4) log10 log(1 0,4) log10 0,4 ln(1 0,4) log10 1 1 0,20 0,80 ln 10 2,3 T (1,0 mm) 10( 0,85 / 5) 0,68 18 Fórmulas de cálculo aproximado ln(1 x) x, x 1 e x 1 x, x 1 (1 x) k 1 kx, kx 1 (1 x)1/ k 1 x , kx 1 k (1 x)1/ 2 1 x 1 x 2 1 1 x, x 1 1 x ln 10 2,303 a x 1 x ln a, ax 1 10x 1 2,303x 1 2 x, 2 x 1 19 Intensidade de transições • Coeficiente de absorção integrado (vs , para avaliar a intensidade de uma transição) • Momento dipolar da transição fi f* i d x ex x ,fi e f* x i d 20 Intensidade de transições • Momento dipolar da transição fi i d * f átomotipoH : x ex x ,fi e f* x i d geral : e ri e Z I RI i I 21 Regras de selecção • Regra geral de selecção • Regras específicas (alterações de números quânticos) • Transições permitidas e proibidas • Transições tipo dipolo eléctrico: a redistribuição da carga deve ser dipolar; • A intensidade é proporcional ao número de moléculas no estado inicial, e à força da 2 fi transição 22 Largura da linha de emissão • Os estados excitados têm um certo tempo de vida • Mecanismos: – Desactivação por colisões – Emissão espontânea: proporcional a 3 • A largura natural das transições electrónicas é muito maior que a das vibracionais; • Valor típico: 10-8 s 510-4 cm-1 decaiment o: e t / δE δE hc δ~ 5,3 cm δ~ τ /ps 1 δEcol / col 23 Espectros vibracionais • Moléculas diatómicas: 1 modo vibracional • Junto ao mínimo: V=½k(R-Re)2 24 Espectro vibracional: oscilador harmónico • Junto ao mínimo: V=½k(R-Re)2 E ( 1 / 2)h 0, 1, 2, ... 1/ 2 k m m A B mA mB númeroquântico vibracional 1 2p 25 T-11 Exemplo • Monóxido de carbono; 12C16O; k = 1860 Nm-1 • Calcular e a separação entre os estados • R: = 64,32 THz E = 42,62 zJ; 1 zJ=10-21 J 26 Massas isotópicas 12C 12.000 000 0(0)* 13C 13.003 354 8378(10) 12.010 7(8) 1.00782 5032 1(4) 2.01410 1778 0(4) C 1H 2H H 16O 17O 18O O 1.00794 (7) 15.9949 1463 (5) 16.9991 312 (4) 17.9991 603 (9) 15.9994 (3) http://www.webelements.com/ 27 Exemplo • Substituição isotópica; (16O2) = 47,37 THz (18O2) -? (18 O2 ) 16,00 16,00 18 ( O2 ) 47,37 T Hz 44,53 T Hz 16 ( O2 ) 18,00 18,00 28 Transições vibracionais • Energias 10-20 – 10-19 J • Frequências 1013 – 1014 Hz • Números de onda: 300 – 3000 cm-1 (infravermelho, MIR) • Regra geral de selecção: a vibração deve alterar o momento eléctrico dipolar • Molécula diatómica homonuclear: inactiva no IV 29 Exemplos • Quais das seguintes moléculas podem contribuir para o aquecimento global (efeito de estufa), absorvendo os raios IV: O2, N2, H2O, CO2, CH4? • Serão activos no IV as moléculas CH2=CH2 e NO? 30 Transições vibracionais • Regra específica de selecção: Dv = 1; • Isso corresponde a DE = h • A temperatura de ambiente, na maioria dos casos v = 0 – a molécula está no estado fundamental • Exemplo: CO em peptide: k = 1,2 kN m-1 Número de onda? • R: 1,7103 cm-1 12 C16 O 1 2p k 1 2 ~(cm1 ) 1 c c /(cm/s) 31 Potencial real • Movimento anarmónico – Os níveis tornam-se mais próximos – Existem em número finito • C–H – 5 • I–I – ca. 60 – Sobretons • Dv = +2; +3 etc. 32 Espectroscopia vibracional de Raman • Regra geral: a polarizabilidade da molécula deve ser alterada pela vibração • Regra específica de selecção Dv = 1 • Linhas Stokes: Dv = +1 – mais intensas • Linhas anti-Stokes: Dv = -1 • Diatómicas – todas activas 33 Vibrações em moléculas poliatómicas • Número de modos vibracionais – Não lineares: N.m.v.= 3N – 6 – Lineares: N.m.v.= 3N – 5 34 Vibrações em moléculas poliatómicas • Número de modos vibracionais – Não lineares: N.m.v.= 3N – 6 – Lineares: N.m.v.= 3N – 5 Exemplos • H2O N=3 n.m.v.=3 • Naftaleno C10H8 N=18 n.m.v.=48 • N=2 n.m.v.=1 • CO2 N=3 n.m.v.=4 • HCCH (etino) n.m.v.? • Proteína de 4000 átomos? 35 Vibrações em moléculas poliatómicas • Modos L e R são dependentes • Modos 1 e 2 – modos normais – são independentes • Modos normais: deslocações vibracionais colectivas e independentes • Modos de alongamento têm frequências mais elevadas comparando com as de flexão 36 Vibrações em moléculas poliatómicas • Regra geral: os deslocamentos correspondentes ao modo normal devem alterar o momento dipolar • CO2 37 Vibrações em moléculas poliatómicas Exemplos • Qual a diferença entre o espectro IV de N2O e de CO2? • CH4: quais dos modos são activos em IV? 38 Modos normais • Alguns modos podem ser atribuídos aos grupos funcionais • Outros – movimentos colectivos da molécula inteira; abaixo dos 1500 cm-1 (zona das impressões digitais) 39 Moléculas poliatómicas: espectros de Raman • Regra geral: vibração • Exemplo: – Apenas o modo de no modo normal está alongamento simétrico em acompanhada pela CO2 variação da • podemos confirmar pela regra de exclusão polizabilidade • Regra de exclusão: em moléculas com centro de inversão nenhum modo pode ser activo tanto em IV como em Raman 40 Espectros Raman de ressonância • Maior intensidade do espectro • Espectro simplificado 41 Exemplo: espectroscopia vibracional de proteinas • Espectro de –CONH– comparando com N-metilacetamida CH3CONHCH3 • (a) (ordem crescente n.d.o.) – CH (CCH3) s e a; – CH (NCH3) s e a; – NH • (b) amida I – CO – 1640-1670 cm-1 • (c) amida II – CO (along.) + NH (flexão) – 1620-1650 cm-1 42 Exemplo: espectroscopia vibracional de proteinas • Algumas bandas – dos grupos laterais • Amida I e amida II – são sensíveis aos pontos de hidrogénio; amida I para n.d.o. +baixos; N–H…O=C; amida II para n.d.o. +elevados 43 Exemplo: espectroscopia vibracional de proteinas • Podemos observar alterações de conformação 44 Exemplo: espectroscopia vibracional de proteinas • Espectros Raman de ressonância: selectivamente observar bandas de pigmentos ligados a um proteína – (a) 407 nm – clorofila a e bcaroteno – (b) 488 nm – b-caroteno – A parte restante da molécula e o solvente não absorvem a estes c.d.o. 45 Microscopia vibracional • Limite da resolução; nr – índice de refracção do material da lente; a – abertura numérica • Áreas até 9 m2 – necessidade de fontes de radiação muito intensas rAiry 0,61 a a nr sin 46 Microscopia vibracional • Imagens de Raman • Espectrómetros de FTIR • Exemplo: célula viva (_) vs célula a morrer (…) – 1545 e 1650 cm-1 – CO peptídico – 1240 cm-1 – grupo –PO2– de lípidos – 1730 cm-1 – CO éster – Distribuição de proteínas e lípidos na célula 47 Espectros UV e visível 3,0 96,47 x100; -3,5% e = 1,602 176 487(40) × 10-19 C NA = 6,022 141 79(30) ×1023 mol−1 48 Roda de cores do pintor 49 Espectros UV e visível 50 Princípio de Franck-Condon • As transições electrónicas acontecem muito mais rapidamente que os núcleos conseguem reagir, sendo muito mais pesados que os electrões. • Estrutura vibracional de uma banda. 51 T12 Princípio de Franck-Condon • A transição acontece para um estado vibracionalmente excitado: – Núcleos parados correspondem a um desvio máximo do equilíbrio. 52 Correcção (Cap. 11) Massa molar SRT M bD b 1 rv s vs – volume específico do soluto; cm3/g r – densidade do solvente; g/cm3 • Para saber a massa molar M, basta determinar S e D, medindo sedimentação e difusão 53 Absorção electrónica de moléculas biológicas • Grupos cromóforos – 290 nm: CO (transição n-p*; ca. 4eV) – Transições d-d (complexos); Ex.: Cu2+ 500 – 700 nm (azurina) – Transições c/transferência de carga (ML ou vice versa) – Ligações duplas C=C (transição p-p*; ca. 7eV, UV); Conjugadas vis; Ex.: caroteno 54 Espectroscopia electrónica: instrumento bioquímico • As posições e as intensidades são sensíveis às interacções intermoleculares 55 Exemplo • Espectro de espiral tem duas transições pp* em vez de uma: acomplamento exitónico (dois estados excitados diferentes em vez de um) • Pormenores adicionais: polarização da luz; – Polarização plana – Polarização circular – Actividade óptica: moléculas quirais 56 Moléculas quirais • Átomos de C assimétricos (com 4 substituintes diferentes) – Ex.: alanina NH2CH(CH3)COOH – Enantiómeros 57 Polarização da luz • As moléculas quirais absorvem a luz com polarizações circulares opostas de modo diferente • Dicroísmo circular AL AR D L R Jl 58 Dicroísmo circular • Estudar estrutura secundária de proteínas 59 Dicroísmo circular • Estudar estrutura secundária de ADN 60 Decaimento por emissão e sem emissão • Por emissão – Fluorescência – Fosforescência • Sem emissão – Dissociação 61 Decaimento por emissão e sem emissão • Sem emissão – Dissociação – Transições verticais (princípio de FranckCondon) 62 Processos que causam a fluorescência Diagrama de Jablonski 63 Fluorescência e o relaxamento do solvente • O c.d.o. da emissão (fluorescência) é maior que o c.d.o. de absorção – Relaxamento do solvente – Transferência de energia de excitação ao solvente 64 Processos que causam a fosforescência Diagrama de Jablonski • • • • Desde um estado excitado tripleto (fluor.: estado excitado singuleto) Estado fundamental: singuleto (electrões emparelhados) Estado excitado depois de absorver o fotão: singuleto Processo de crusamento intersistemas (S T) – Por acoplamento entre momento angular orbital e o momento angular de spin – Facilitado na presença de átomos pesados (S, P), com uma carga nuclear maior • • A transição T1 S0 é proibida – emissão muito lenta A fosforescência é mais intensa em amostras sólidas, onde a transferência de energia é menos eficaz 65 Microscopia fluorescente • Clorofilas • Flavinas • Aminoácidos – – – – Triptofano (280/348) Tirosina (274/303) Fenilalanina (257/282) Ser-Tyr-Gly (oxidado) – em GFP (395/509) 66 Lasers • Emissão estimulada • Ampliação da radiação • Inversão de população – Laser de 4 níveis 67 Laser • Cavidade: – Meio activo – Espelho 100% reflector – Espelho semi-transparente • Partícula (fotão) em caixa • Condição: • Modos ressonantes do laser n L 2 68 Laser • Mecanismo de acção do laser: emissão estimulada • O feixe pode ser polarizado • Com espelhos paralelos – pouca divergência 69 Aplicação de lasers em bioquímica • Espalhamento de luz laser • Espalhamento de Rayleigh: partículas com d << • I M -4 70 Espalhamento de luz laser • cM – concertação mássica • I0 – intensidade da luz incidente • M – massa molar • K – depende do índice de refracção da solução • Pq – factor estrutural Iq KPq cM M I0 71 Espalhamento de luz laser Pq – factor estrutural • d << : Pq 1 • d ca. 0,1 Rg – raio de giração Pq 1 16p 2 Rg2 sin 2 q 32 2 72 Valores experimentais 73 Desvios de idealidade da solução • Macromoléculas KcM 1 I reorganizam o BcM Rq q I0 Rq Pq M solvente e removemno do espaço que ocupam • Não têm liberdade de movimento no espaço ocupado por outras MM • B – efeito do volume excluído 74 Espalhamento de luz laser • Tamanho e massa molar podem ser medidos medindo a luz espalhada em função do ângulo • Exemplo: • cM = 2,0 kg m-3; 20ºC; = 532 nm; K = 2,4 10-2 mol m3 kg-2 • Assume-se que B = 0 e a molécula é pequena q 15,0 45,0 70,0 85,0 90,0 Rq 23,8 22,9 21,6 20,7 20,4 75 Espalhamento de luz laser 16p 2 Rg2 1 1 1 2q sin 2 2 Rq KcM M 3 Rq 1 gráfico: 1 / Rq vs sin 2 q 2 Rq uma recta: m 16p 2 Rg2 3 2 b 1 KcM M 102/Rq 4,20 4,37 4,63 4,83 4,90 (103/Rq) sin2(q/2) 0,716 6,40 15,2 22,0 24,5 76 Espalhamento de luz laser • m = 0,295; b = 4,18 10-2 1 2 1 2 32 m 3 (532 nm) 2 0,295 39,8 nm Rg 2 2 16p 16p 1 1 M KcM b (2 ,40 10 2 mol m 3 kg 2 ) (2,00 kg m 3 ) (4,18 10 2 ) 4,98102 kg mol-1 77 Espalhamento dinâmico da luz • Estudos de difusão • Interferência da luz espalhada por várias moléculas provoca variações da intensidade • depende do D tamanho 78 Espalhamento dinâmico da luz 79 T13 Espectroscopia com resolução temporal • Ca. 10 ns: reacções controladas por difusão • 1 fs – 1 ps: transferência de energia, vibrações moleculares • Atraso Dd = 3 mm Dt = 10 ps • Absorção, fluorescência, esp. Raman de ressonância A hv A * absorção A* A hv emissão A * B AB C reacção 80 Espectroscopia de moléculas individuais • Estratégias para ultrapassar o limite imposto pela difracção – Usar concentrações reduzidas – Near - field optical microsopy (NSOM) – microscopia de campo próximo (resolução 50 – 100 nm) – Microscopia confocal de campo remoto: a luz é focada • Emissão de proteínas marcados por um indicador fluorescente 81 Espectroscopia de moléculas individuais • Campo próximo: – = 550 nm; D = 100 nm; zona de campo próximo R 25 nm 82 Espectroscopia de moléculas individuais • Epifluorescência de campo largo • “epi” – “próximo a” • A luz de excitação passa pela mesma lente da observação 83 Reacções fotoquímicas na atmosfera 84 Fotobiologia • Reacções bioquímicas iniciadas por absorção da luz • • • • Fotossíntese Visão Danos a ADN Terapias 85 Cinética de decaimento dos estados excitados Númerode eventos rendimentoquânticoprimário Númerode fotóesabsorvidos Velocidade I abs i i i Veli 1 I abs rendimentoquântico total • HI + hv H + I • H + HI H2 + I • I + I + M I2 + M =2 86 Cinética de decaimento dos estados excitados • Absorção: 10-16 – 10-15 s • Fluorescência: 10-12 – 10-6 s • Reacções a partir do estado excitado singuleto: 10-15 – 10-12 s – Visão – Fotossíntese • Fosforescência: 10-6 – 10-1 s • Reacções a partir do estado excitado tripleto Absorção: S h i S * vabs I abs Fluorescência : S * S h f vf kf [ S *] Crusamentointersist emas: S * T * vISC k ISC [ S *] Conversãointerna: S * S vIC k IC [ S *] 87 Cinética de decaimento dos estados excitados • Taxa (?) e rendimento quântico de fluorescência Velocidade de formaçãoda S * : I abs Velocidade de decaimentoda S * : kf [ S *] k ISC [ S *] k IC [ S *] (kf k ISC k IC )[S *] [ S *]t [ S *]0 exp(t / 0 ) T empode vida aparenteda fluorescência : 0 f 1 kf k ISC k IC kf kf k ISC k IC 88 Dedução [ S *] P equeno- aprox.do estado estacionário d[ S *] I abs (kf k ISC k IC )[S *] 0 dt I abs (kf k ISC k IC )[S *] T axade fluorescência kf [ S *] f I abs (kf k ISC k IC )[S *] f kf (kf k ISC k IC ) 89 Exemplo • O tempo de vida aparente de fluorescência pode ser medido • Exemplo: triptófano em H2O; f = 0,20; 0 = 2,6 ns; Então kf = 7,7107 s-1 0 1 kf kISC kIC 1 f kf kf kISC kIC kf kf 90 Supressão (quenching) de fluorescência • Remoção de energia sem emissão • Equação de SternVolmer f ,0 1 0 kQ Q f 91 Derivação • Equação de Stern-Volmer Supressão S * Q S Q taxa de supressão kQ [Q][S*] d[ S *] I abs kf k ISC k IC kQ Q)S * 0 dt kf f kf k ISC k IC kQ Q na presençade suppressor quando [Q] 0 f,0 kf k ISC 1 k IC kQ Q kf k f k ISC k IC f,0 kf k ISC k IC kQ Q kf f kf k ISC k IC kf kf k ISC k IC kQ Q kf k ISC k IC 1 kQ kf k ISC k IC Q 92 Supressão (quenching) de fluorescência • Intensidade e tempo de vida são proporcionais ao rendimento quântico obedecem a mesma equação 0 f ,0 1 0 kQ Q If f I f ,0 93 Exemplo: constante de supressão • Triptófano; O2 dissolvido [O2]/(10-2 mol L-1) 0 2,3 5,5 8,0 10,8 /(10-9 s) 2,6 1,5 0,92 0,71 0,57 94 Exemplo: constante de supressão • Triptófano; O2 dissolvido kQ = 1,31010 L mol-1 s-1 1 1 0 kQ Q 95 T14 Mecanismos de supressão de estados excitados De - excitaçãopor colisões: S* Q S Q T ransferência electrónica : S* Q S Q ou S Q T ransferência ressonantede energia: S* Q S Q * • Por colisões: eficaz com Q – uma espécie pesada, como átomo I – Ex.: triptófano pode ser suprimido quando está na superfície do proteína 96 Transferência electrónica • Taxa de t.e.: Teoria de Marcus 1. Diminui com a distância entre S* e Q 2. DrG < 0 : o potencial de redução de S* deve ser mais baixo que o do Q 3. A energia de reorganização do reorganização do S*, Q e solvente deve ser próxima ao DrG • Pode ser estudado usando a espectroscopia com resolução temporal 97 Transferência ressonante de energia • S* + Q S + Q* • Teoria de Förster – S* e Q devem estar próximos (ca. nm) – Fotões emitidos por S* podem ser absorvidos por Q f T 1 f,0 R06 sistema rígido : T 6 R0 R 6 98 Valores de R0 99 Transferência ressonante de energia f • Medição de T 1 f,0 distâncias em sistemas biológicos R06 sistema rígido : T 6 6 R R • Calcula-se a distância 0 (entre 1 nm e 9 nm) sabendo o R0 100 Exemplo: usar a técnica FRET • Um aminoácido na superfície de rodopsina for marcado com 1.5-I AEDANS • Rendimento quântico foi reduzido de 0,75 para 0,68 (supressão por retinal) • T = 0,093 (R0=5,4 nm) R=7,9 nm 101 Luz em biologia e medicina • Luz solar: até 1 kW m-2 102 Visão Xantofila: transição pp*; corrige aberração cromática 11-cis-retinal, ligado a rodopsina: pigmento visual Fotoisomerisação: transição pp*; 200 ps; =2/3; em 0,25-0,50 ms rodopsina fica activado 103 Visão • Xantofila: transição pp*; corrige aberração cromática • 11-cis-retinal, ligado ao rodopsina: pigmento visual • Fotoisomerisação: transição pp*; 200 ps; = 2/3; em 0,25-0,50 ms fica o rodopsina activado 104 Fotossíntese • Complexos de pigmentos com proteínas – A luz excita a molécula a um estado singuleto – 0,1 – 5 ps – transferência por Förster – Passados 100-200 ps, +90% da energia chega ao centro da reacção – Excita-se o dímero de clorofila a – Transfere-se a energia a feofitina a (3 ps) – Transferência mais rápida que a emissão (clorofila a: 5 ns) 105 Danos a ADN • Fotodimerisação de timinas • Existem mecanismos de reparação e protecção 106 Terapia fotodinâmica • O medicamento sensibiliza o oxigênio singuleto Absorção: P h P * Crusamentointersistemas : P* 3 P Fotossensibilização: 3 P 3 O 2 P 1 O 2 Oxidação: 1O 2 reagentes produtos 107