ISSN 1807-2488
Revista Dental Press de Estética
Estética
Revista Dental Press de
Volume 2 - Número 4 - Outubro / Novembro / Dezembro 2005
volume
2 - número 4
outubro / novembro / dezembro 2005
Publicação oficial da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética
DENTAL PRESS INTERNATIONAL
Estética
R ev is t a D ent al Press de
volume
Sumário
2 - número 4
outubro / novembro / dezembro 2005
23
Protocolo clínico para utilização de uma nova cerâmica
vítrea reforçada por leucita
Sidney Kina
68
Restaurações adesivas em dentes posteriores:
aliando estética e longevidade
Carlos Eduardo Francci, Marcelo Ferreira Witzel,
Edméa Lodovici, Claudio Tadaaki Sato
84
107
Avaliação clínica do clareamento dental pela técnica caseira
Fabiano Carlos Marson, Luis Guilherme Sensi, Fabiano de Oliveira Araujo,
Sylvio Monteiro Junior, Élito Araújo
Recuperação da estética do sorriso de um
caso de perda óssea severa
Adilson Luiz Ramos, Renata Corrêa Pascotto,
Fabiano Resmer Vieira
Seções
3
14
Editorial
Kaizen
Entrevista
Luiz Narciso Baratieri
Caso Selecionado
91
Odontologia Estética Integrada: a busca do equilíbrio
Cláudio de Pinho Costa, José Maria Gratone,
Paulo Martins Ferreira, Tatiana Costa Ribeiro
Fotografia
117
Fotografia clínica - parte II
Marco Antonio Masioli, Deise Lima Cunha Masioli, Micheline Masioli Ramos Lima
Biologia da Estética
132
Sulco Palatogengival: freqüente, pouco conhecido e com severas
implicações clínicas
Alberto Consolaro e colaboração de Tiago Novaes Pinheiro
ISSN 1807-2488
R Dental Press Estét
Maringá
v. 2
n. 4
p. 1-136
out./nov./dez. 2005
EDITOR
Sidney Kina - UEM - PR
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Ronaldo Hirata - UFPR - PR
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Glauco Fioranelli Vieira - USP - SP
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Revista Dental Press de Estética / Dental Press International. -- Vol. 1, n. 1 (out./nov./dez.)
(2004) – . -- Maringá : Dental Press International, 2004Trimestral.
ISSN 1807-2488.
1. Estética (Odontologia) – Periódicos I. Dental Press International. II. Título.
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por ano) da Dental Press Editora Ltda. Av. Euclides da Cunha, 1718 - Zona 5 - CEP 87015-180
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Caso Clínico
Protocolo clínico para utilização de
uma nova cerâmica vítrea
reforçada por leucita
Sidney Kina
Resumo
As cerâmicas dentárias, além de quimicamente estáveis, apresentam
propriedades ópticas excelentes
quando comparadas às estruturas
dentárias, garantindo assim um posto especial no rol dos materiais restauradores estéticos. Porém, sua conhecida friabilidade limita seu uso,
exigindo estratégias para sua prote-
ção contra os estresses da mastigação. Assim, várias formas de reforço
à sua estrutura estão descritas na literatura e aplicadas na Odontologia
restauradora. O presente trabalho
descreve a utilização clínica de um
novo material cerâmico reforçado
por leucita denominado IPS Empress
Esthetic (Ivoclar Vivadent), através
de cinco casos clínicos.
Palavras-chave: Cerâmicas dentárias. Leucita. IPS Empress Esthetic.
- Professor de Prótese Dentária e Odontogeriatria da Universidade Estadual de Maringá - UEM;
- Editor da Revista Dental Press de Estética.
R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 23-67, out./nov./dez. 2005
23
Sidney Kina
A clinical protocol in the use of a new glass ceramic
reinforced by leucite
Abstract
Dental
ceramics,
besides
being
chemically
the stresses of the mastication. To this extent,
stable, presents excellent optical properties
several reinforcement forms on its structure
when compared to the dental structures, thus
are described in the literature and applied in the
guaranteeing a special position in the list of
restorative dentistry. The present work describes
aesthetic restorative materials. However, they
the clinical use of a new ceramic material
known friableness limit them in their use,
reinforced by leucite named IPS Empress Esthetic
demanding strategies for protection against
(Ivoclar Vivadent), in five clinical cases.
KEY WORDS: Dental ceramic. Leucite. IPS Empress Esthetic.
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ivoclarvivadent.com/pdf/binarydata_it/info/wissdok_empress_
press+Competitive+Analysis.+Interner+Untersuchungsbericht+a
esthetic_i.pdf+Wissenschaftliche+Dokumentation,+IPS+Empr
n+Ivoclar+Vivadent+AG,+Schaan&hl=pt-BR>. Acesso em: 21 dez.
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wissdok_empress_esthetic_i.pdf+Wissenschaftliche+Dokumen
tation,+IPS+Empress+System+%E2%80%93+das+Original.+Ivocl
ar+Vivadent+AG,+Schaan,+2003.&hl=pt-BR>. Acesso em: 21 dez.
2005.
Endereço para correspondência
Sidney Kina
Avenida Paraná, 242 - Sala 1406 - 14o andar
CEP 87013-070 - Maringá - Paraná
e-mail: [email protected] - site: www.kinascopinhirata.com.br
R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 23-67, out./nov./dez. 2005
67
Caso Clínico
Restaurações adesivas em dentes
posteriores: aliando estética e
longevidade
Carlos Eduardo Francci *, Marcelo Ferreira Witzel **, Edméa Lodovici ***,
Claudio Tadaaki Sato ****
Resumo
O constante progresso das técnicas e
materiais estéticos para restaurações
de dentes posteriores tem sido alvo
de grande interesse clínico. Entretanto, sabe-se que as cavidades nestes
dentes podem apresentar algumas
características, como complexidade
e profundidade, que tornam o pro-
cesso restaurador ainda mais crítico
quanto à manutenção da integridade
marginal. Este artigo aborda vários
passos clínicos de restaurações de
Classe II, mostrando os diversos recursos estéticos disponíveis, além de
apresentar condutas e procedimentos que visam a redução da tensão na
interface adesiva.
Palavras-chave: Restaurações estéticas em dentes posteriores. Sistemas adesivos.
Tensão de contração.
* Cirurgião-Dentista, Professor Mestre e Doutor em Materiais Dentários - FOUSP.
** Cirurgião-Dentista, Mestre e Doutor em Materiais Dentários – FOUSP.
*** Cirurgiã-Dentista, Doutora em Materiais Dentários – FOUSP.
**** Cirurgião-Dentista, Mestre em Materiais Dentários – FOUSP. Especialista em Dentística Restauradora
e Ortodontia.
68
R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 68-83, out./nov./dez. 2005
Carlos Eduardo Francci, Marcelo Ferreira Witzel, Edméa Lodovici, Claudio Tadaaki Sato
Adhesive restorations in posterior teeth: joining
esthetics and longevity
Abstract
The constant improvement of materials and
the restoration procedures involving adhesive
procedures for esthetic restorations in posterior
interface maintenance. This article relates several
teeth is an important point of clinical interest.
clinical steps about Class II restorations, presenting
However, it is known that cavities in these
esthetic solutions and clinical tips in view to
teeth may show some peculiar features, like
reduce the polymerization contraction stress at
complexity and depth, turning even more difficult
the adhesive interface.
KEY WORDS: Esthetic restoration in posterior teeth. Adhesive systems. Contraction stress.
Referências
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Endereço para correspondência
Carlos Eduardo Francci
Depto. de Materiais Dentários - Faculdade de Odontologia da USP
Av. Prof. Lineu Prestes, 2227 - Cidade Universitária - São Paulo - SP
CEP 05508-000 - e-mail: [email protected]
R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 68-83, out./nov./dez. 2005
83
Caso Clínico
Avaliação clínica do clareamento
dental pela técnica caseira
Fabiano Carlos Marson*, Luis Guilherme Sensi*, Fabiano de Oliveira Araujo*,
Sylvio Monteiro Junior**, Élito Araújo***
Resumo
O clareamento dental é um dos procedimentos clínicos mais utilizados
nos consultórios odontológicos.
Este tratamento difundiu-se rapidamente entre os pacientes pela
melhora da aparência estética dos
dentes sem promover desgastes na
estrutura dental. Devido à grande
procura por tratamentos clareadores, muitos trabalhos foram realiza-
dos em nível laboratorial, in situ e
in vitro, a fim de avaliar seu efeitos
sobre a estrutura dental. Porém,
existem poucos trabalhos clínicos
disponíveis na literatura. Este trabalho teve como objetivo avaliar
clinicamente a alteração de cor, a
sensibilidade dental e a irritação
gengival em pacientes submetidos
ao clareamento dental através da
técnica caseira.
Palavras-chave: Clareamento dental. Peróxido de carbamida. Peróxido de hidrogênio.
* Doutorandos em Dentística, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina.
** Professor Titular de Dentística, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina.
*** Professor Titular de Clínica Integrada, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina.
84
R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 84-90, out./nov./dez. 2005
Avaliação clínica do clareamento dental pela técnica caseira
Clinical evaluation of the night-guard
bleaching technique
Abstract
Tooth bleaching is one of the most executed clinical
in vitro, to evaluate its effect on the dental structure.
procedures in dental practice. This treatment was
However, there are few clinical studies available
spread out quickly among the patients for the
in the literature. This article had as objective to
improvement of the aesthetic appearance of teeth
clinically evaluate the color alteration, sensitivity
without damage in dental structure. Many studies
and the gingival irritation in patients submitted to
had been carried out in laboratorial level, in situ and
bleaching through the night-guard technique.
KEY WORDS: Dental bleaching. Carbamide peroxide. Peroxide hydrogen.
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90
R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 84-90, out./nov./dez. 2005
Endereço para correspondência
Dr. Fabiano Carlos Marson
Av. São Paulo 172, sala 721, Centro, Edif. Aspen Park.
87013-260 - Maringá, Paraná.
E-mail: [email protected]
Caso Clínico
Recuperação da estética do sorriso
de um caso de perda óssea severa
Adilson Luiz Ramos*, Renata Corrêa Pascotto**, Fabiano Resmer Vieira***
Resumo
Este relato de caso descreve o tratamento integrado realizado numa
jovem de 21 anos de idade, que havia sido acometida por periodontontite agressiva localizada, tendo
história de tratamento ortodôntico e periodontal na adolescência.
A oclusão posterior havia sido tratada, adaptando-a a uma transposição
dentária (canino e pré-molares), mas
sofreu perda óssea severa na região
anterior após os procedimentos periodontais executados naquela ocasião. Um novo tratamento periodontal foi realizado, acompanhado por
um novo tratamento ortodôntico
simplificado, tendo o caso sido finalizado por um procedimento estético
restaurador.
Palavras-chave: Tratamento periodontal. Tratamento ortodôntico. Restaurações estéticas. Perda óssea. Periodontite agressiva localizada. Contenção.
Transposição dentária.
* Professor Adjunto do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá.
Mestre (USP-Bauru) e Doutor (UNESP-Araraquara) em Ortodontia.
Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia da EAP-AMO – ABO Maringá.
** Professora Adjunta do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá.
Mestre e Doutora (USP-Bauru) em Dentística Restauradora.
*** Clinica Privada em Maringá-PR. Membro da SOBRAPE.
R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 107-116, out./nov./dez. 2005
107
Recuperação da estética do sorriso de um caso de perda óssea severa
ridos na figura 8.
A esthetic smile recovery of a severe alveolar bone loss
Abstract
This case report describes an integrated dental
canines and premolars in both sides; however she
treatment in 21 years old female that had suffered
had severe bone loss in the anterior region after
from a local aggressive periodontitis. She reported
the periodontal procedures in that time. Another
an orthodontic and periodontal treatment at
periodontal treatment was done, as well as a
her adolescence. The posterior occlusion had
simplified orthodontic retreatment, and then was
been treated, keeping the transposition between
finalized by an aesthetic fill procedure.
KEY WORDS: Periodontal treatment. Orthodontic treatment. Aesthetic fills. Bone loss. Local Aggressive Periodontitis.
Retention. Tooth transposition.
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Appleton, v. 48, no. 3, p. 210-218, July 1978.
12. ERICSSON, I.; THILANDER, B.; LINDHE, J. The effect of orthodontic
tilting movements on the periodontal tissues of infected and
non infected dentitions in dogs. J Clin Periodontol, Copenhagen,
v. 4, no. 4, p. 278-293, Nov. 1977.
13. FORSBERG, C. M.; BRATTSTRÖM, V.; MALMBERG, E.; NORD,
C. E. Ligature wires and elastomeric rings: two methods of
ligation and their association with microbial colonization of
streptococcus mutans and lactobacilli. Eur J Orthod, Oxford, v.
13, no. 5, p. 416-420, Oct. 1991.
116
R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 107-116, out./nov./dez. 2005
14. GOMES, J. C. Estética na clínica odontológica. Curitiba: Ed. Maio,
2004.
15. LINDHE, J. Tratado de periodontia clinica e implantologia oral. 4.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
16. JANSON, M. R. P. ; JANSON, R. R. P.; FERREIRA, P. M. Tratamento
ortodôntico em pacientes com lesões periodontais avançadas. R
Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 2, n. 5, 1997.
17. KOKICH JR., V. O.; KIYAK, H. A.; SHAPIRO, P. A. Comparing the
perception of dentists and lay people to altered dental esthetics.
J Esthet Dent, Hamilton, v.11, no. 6, p. 311-324, 1999.
18. KURT JR.; KOKICH, V. G. Open gingival embrasures after
orthodontic treatment in adults: prevalence and ediology. Am
J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 120, no. 2, p. 116-123,
Aug. 2001.
19. LOMBARDI, R. E. The principles of visual perception and their
clinical application to denture esthetics. J Prosthet Dent, St.
Louis, v. 29, no. 4, p. 358-382, Apr. 1973.
20. MONDELLI, J. Estética e cosmética na clínica integrada
restauradora. São Paulo: Ed. Santos, 2003.
21. RUFENACHT, C. R. Fundamentos de estética. São Paulo:
Quintessence, 1998.
22. TARNOW, D. P; MAGNER, A. W.; FLETCHER, P. The effect of
the distance from the contact point to the crest of bone on
the presence or absence of interproximal dental papilla. J
Periotontol, Chicago, v. 63, no. 12, p. 995-996, Dec. 1992.
23. ZACHRISSON, B. Clinical implications of recent ortho-perio
research findings. Semin Orthod, Philadelphia, v. 2, p. 4-12, 1996.
Endereço para correspondência
Adilson Luiz Ramos
Rua Arthur Thomas, 831 - Centro
87013-250 - Maringá - PR
E-mail: [email protected]
Kaizen
Editorial
Sidney Kina
K
aizen é um ideograma japonês que, resumidamente, exemplifica a filosofia da melhora contínua em nossas vidas. Para o português, ele
poderia ser traduzido da seguinte forma:
“Hoje melhor do que ontem, pior do que
amanhã”. Eu gosto muito desta palavra e
de seu significado simples e direto. Quando iniciamos o projeto da Dental Press de
Estética tínhamos a certeza de que, filosoficamente, este era o caminho a seguir.
Do sempre difícil início até esta revista,
passamos por um processo de amadurecimento e melhora, o qual, espero, seja Kaizen.
Embora esta não seja uma revista de “quebra” de dogmas, ela pretende ser prática. Demos lastro a publicações clínicas, que de
alguma forma pudessem ajudar com informações de aplicação direta em nossa vida profissional, ligamos pesquisas
científicas com nossa realidade e verdades do cotidiano de consultório.
Desde seu lançamento, em outubro de 2004,
fizemos cinco revistas, incluindo esta que completa o
volume 2. Neste tempo tivemos a participação de cerca
de 100 autores escrevendo mais de 50 artigos. Cinco entrevistas com professores exponenciais, discutindo de
forma esclarecedora e apaixonante a ciência odontológica - a deste número, diria, imperdível. Uma entrevista
com o professor Luiz Narciso Baratieri, com toda sensibilidade e seu jeito ímpar de ser. Cinco casos clínicos selecionados, mostrando como transformar restaurações
em obras de arte. Cinco artigos especiais, discutindo
tecnologia e fotografia, hoje áreas fundamentais, além
da coluna superinteressante “Biologia da Estética”, com
o professor Alberto Consolaro.
Tivemos um casamento sublime com a Sociedade
Brasileira de Odontologia Estética – SBOE e passamos
a ser, com orgulho, sua publicação oficial. Temos 46
consultores científicos que são referências nacionais e
internacionais. E, finalmente, 25 profissionais (incansáveis) envolvidos diretamente na elaboração
desta revista (em verdade, sua alma). Erramos
bastante, mas acho que acertamos mais.
Choramos pouco e nos divertimos muito e,
principalmente, aprendemos com tudo isso.
Bem, se esta publicação tem um papel, espero que seja o de estimular as
pessoas a viverem as experiências na
Odontologia Estética em toda sua excelência. Afinal, se apenas os materiais
dentários tivessem vivido uma revolução, já
haveria muito a estudar. Mas as mudanças
nos conceitos de estética e principalmente as exigências de uma Odontologia mais
qualificada nesta área são significativas. Se
antes os conceitos de resistência plena reinavam absolutos, hoje o conceito de biomimetismo revoluciona o pensamento restaurador. Fazer
restaurações passou do simples “obturador” para
o verdadeiro conceito da restauração – quase um estado de arte. Espero que esta revista nos coloque em sintonia com todas estas mudanças e sirva de fórum para
debatê-las democraticamente.
Boa leitura, que cada passo seu e nosso seja sempre
Kaizen.
Ideograma Kaizen: escrito por Susy Tiemi Adati Lenartowicz
R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 3, out./nov./dez. 2005
3
Entrevista
Entrevista
Luiz Narciso Baratieri
Quem, em Odontologia no Brasil, nunca ouviu falar sobre ele? Este catarinense de Capinzal (com
muito orgulho) que tem sua carreira pautada pelo sucesso. Inteligente e polêmico, forte em seu caráter é “oito ou oitenta”, amado ou odiado... Sem meios termos. Independente, amigos e inimigos
apontam: graças ao seu entusiasmo, sua oratória impecável e sua forma apaixonada de defender
suas opiniões, a Odontologia brasileira tomou novos rumos a partir dele, abrindo-se para franca
discussão científica, efervescendo ânimos e estimulando o debate entusiasmado de idéias e “pontos
de vista”, fazendo brotar em todos os cantos do Brasil a coragem da livre expressão. Mesmo atarefado
entre suas várias atividades e intermináveis viagens para cursos e congressos, da linda Florianópolis
o Prof. Dr. Luiz Narciso Baratieri nos brinda com esta entrevista.
Você, de uma forma incisiva, mudou a forma de pensar
e discutir a Odontologia restauradora, através de seus
livros, artigos e centenas de cursos ministrados. Por
exemplo, o livro “Dentística: procedimentos preventivos e restauradores” é um best-seller da Odontologia
mundial e foi seguido de outros sucessos. A partir daí,
você tem noção da grandeza do impacto de sua obra
para a Odontologia mundial?
Em primeiro lugar quero agradecer por essa oportunidade. É um privilégio poder usar esse espaço para compartir algumas das minhas idéias e um pouco da minha
história. Também gostaria de cumprimentar todos os
leitores da revista Dental Press de Estética e lhes desejar uma ótima leitura. Na verdade, quando escrevemos o
14
R Dental Press Estét, Maringá, v. 2, n. 4, p. 14-22, out./nov./dez. 2005
nosso primeiro livro, o fizemos por sugestão e incentivo
do professor Jorge Seara Polidoro que, na época, era o
responsável pelas disciplinas de Dentística da Universidade Federal de Santa Catarina em Florianópolis. Naquela
ocasião mal acreditava que seríamos capazes de fazê-lo,
quanto mais pensar em fazer sucesso e influenciar pessoas. O incentivo do professor Polidoro foi fundamental
para concluirmos o livro. Sinceramente, mesmo após
todo o sucesso do nosso primeiro livro, só fui ter noção
de que tínhamos feito algo marcante quando fui morar
na Inglaterra, quatro anos atrás, para fazer pós-doutoramento e encontrei na biblioteca da Universidade de
Sheffield oito exemplares do nosso livro sobre estética.
Um livro que até então não tinha feito tanto sucesso no
Brasil. Nesse dia quase morri de alegria e chorei como
Luiz Narciso Baratieri
Não acredito que alguém
precise ser famoso, mais
velho ou mais experiente
para ser responsável (ou
mais responsável).
R Dental Press Estét, Maringá, v. 2, n. 4, p. 14-22, out./nov./dez. 2005
15
Caso Selecionado
Selecionado
Odontologia Estética Integrada:
a busca do equilíbrio
Cláudio de Pinho Costa, José Maria Gratone, Paulo Martins Ferreira, Tatiana Costa Ribeiro
O conhecimento e domínio dos princípios estéticos
faciais, gengivais e dentários tornaram-se imprescindíveis e básicos na prática da Odontologia contemporânea. A evolução dos materiais disponíveis e o aprimoramento das técnicas operatórias têm proporcionado
resultados altamente significativos e favoráveis na busca da melhoria da auto-imagem1.
No caso selecionado, após a realização de tratamento ortodôntico, houve a necessidade de um planejamento integrado para reabilitar o sorriso da paciente.
Na ausência do elemento 15, optou-se pela instalação de
um implante 3i, hexágono externo, plataforma regular
e colocação de um provisório imediato; registre-se que
no elemento 14 já havia uma coroa provisória.
Durante a análise do sorriso constatou-se: um leve sorriso gengival com hiperplasia de algumas papilas, os dentes
quadrados e desgastados sem a correta proporção entre
largura e comprimento e a presença de diastemas múltiplos, além da cor amarelada que incomodava a paciente.
Para alcançar um correto posicionamento do tecido
gengival e, conseqüentemente, uma melhor proporcionalidade dos dentes anteriores, foi proposta uma cirurgia periodontal estética. Diante da necessidade de aumentar os dentes tanto para a cervical quanto incisal,
procuramos definir no modelo de gesso a altura ideal.
Sobre este enceramento-diagnóstico, foi confeccionada
uma guia de silicone que, em seguida, foi recortada em
cima do novo contorno gengival.
Com o intuito de ser fiel ao planejamento, elaborou-se uma simulação, um pouco antes da cirurgia, utilizando-se um bis-acryl (Structor 2 SC – Voco).
Aplicou-se este ensaio cirúrgico como guia para obter o
posicionamento ideal da margem gengival por nós planejado.
Foi feita uma incisão em bisel interno, para realizar
uma gengivectomia interna. Um descolamento total
do retalho foi realizado até as proximidades da união
muco-gengival, ou seja, a faixa de gengiva foi mantida
inserida. Discreta osteotomia e osteoplastia foram executadas com a finalidade de se restabelecer a conformação de arcadas regulares. O retalho foi reposicionado
recobrindo a união cemento-esmalte, assim como as papilas foram estabilizadas com fio reabsorvível 5-0.
Após dois meses de cicatrização, procedeu-se a um
clareamento no consultório com peróxido de hidrogênio a 35% (Whiteness HP Maxx – FGM) associado ao
clareamento caseiro. Como parte do protocolo de trabalho, criamos um novo enceramento-diagnóstico para
alcançar proporcionalidade entre os dentes e também
uma curvatura para as bordas incisais que ficasse em
harmonia com o lábio inferior. A seguir confeccionou-se
nova guia de silicone2 sobre este enceramento que seria
orientadora da aplicação incremental policromática das
resinas compostas.
Vale ressaltar a importância da observação dos aspectos ópticos da dentição natural e o correlacionamento deles com os materiais restauradores3 disponíveis
durante o procedimento reabilitador.
O resultado final foi um sorriso em que dentes, gengivas e lábios se encontram equilibrados e harmonioso com a face. Este equilíbrio é fator determinante na
melhora do aspecto facial e, por conseqüência, na satisfação, conforto e mudança positiva da auto-estima da
paciente1.
R Dental Press Estét, Maringá, v. 2, n. 4, p. 91-106, out./nov./dez. 2005
91
Fotografia
Fotografia clínica - parte II
Marco Antonio Masioli*, Deise Lima Cunha Masioli**, Micheline Masioli Ramos Lima***
Para se obter excelência em fotografias intrabucais, é
preciso saber com que objetivo elas serão feitas, planejar a
seqüência fotográfica e conhecer o funcionamento, os recursos e as limitações do equipamento fotográfico que irá
ser utilizado para capturar as imagens.
As fotografias clínicas devem ser o mais padronizadas
possível. Isso facilita o observador na comparação dos resultados. A utilização de um mesmo equipamento (corpo,
objetiva e fonte de iluminação) facilita a padronização das
fotografias. As objetivas com distâncias focais diferentes
proporcionam perspectivas diferentes. A intensidade, a direção, a temperatura de cor da luz, as regulagens do equipamento e o direcionamento da tomada fotográfica também alteram o resultado da fotografia.
Antes de iniciar a seqüência fotográfica convém ter em
mente as seguintes perguntas: Por que e para que fotografar? Pretendem-se imagens analógicas ou digitais? Quais
os equipamentos e acessórios necessários? A iluminação
está adequada? Como será o armazenamento da imagem?
Existe bateria, filme ou memória suficiente?
Planejam-se as imagens que serão capturadas e se observa no visor se a imagem visualizada está satisfatória.
Traça-se o esquema do que se vai fotografar. Se for necessário, deve-se treinar, focando um modelo de gesso
ou simulando a seqüência em uma outra pessoa antes de
fazê-lo no paciente. O ideal é que a foto não seja feita pelo
cirurgião-dentista responsável pelo caso clínico, mas, se
for, é recomendável que se tomem medidas necessárias de
biossegurança.
A iluminação no momento da composição e focalização é outro ponto crítico. A boca é uma cavidade difícil de
iluminar e a utilização do foco do equipo odontológico se
faz freqüentemente necessária. Quando a iluminação da
fotografia for feita com flash, a luz do foco pode trazer su-
perexposição ou alterar a coloração da fotografia. Alguns
flashes vêm equipados com luzes contínuas, que podem
ser ligadas para facilitar a composição e a focalização. Essas
luzes se apagam no momento da fotografia. Isso é o ideal.
Quando se opta por fotografar sem flash, tem-se que
iluminar bem o assunto a ser fotografado e regular o equipamento para a luz ambiente, já que a iluminação utilizada
para compor a fotografia será também utilizada no momento da captura da imagem.
Algumas fotografias possivelmente serão feitas na consulta inicial, e a confiança e cumplicidade tão importantes
no tratamento odontológico devem começar no primeiro
momento e se solidificar a cada procedimento, inclusive
no ato de fotografar. A preparação psicológica do paciente
deve ser levada em consideração. A cavidade oral faz parte
da intimidade do ser humano e nem todos ficam à vontade
para expô-la em fotografias.
É preciso tentar manter o paciente tranqüilo e instruílo a respeito do porquê da fotografia: se a imagem vai ficar
arquivada ou se vai ser exposta em palestras ou publicações. No caso de possíveis exposições, principalmente se
o paciente puder ser reconhecido nas imagens, o ideal é
obter autorização por escrito (modelo publicado na parte
I deste artigo).
O posicionamento do fotógrafo deve ser tal que lhe
permita sentir-se confortável no momento da fotografia.
Quando se utilizam equipamentos com visor ótico SLR, um
dos olhos deve estar o mais próximo possível do equipamento, os braços devem estar pressionados contra a parte
superior do corpo e o equipamento deve ser segurado com
a mão direita no corpo da câmera e a esquerda na objetiva.
Os braços e pernas podem apoiar-se nas bordas externas
da cadeira para proporcionar mais estabilidade e firmeza
ao fotógrafo. Se a visualização for feita por visor LCD, a câ-
R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p.117-131, out./nov./dez. 2005
117
Biologiada
da Estética
Biologia
Estética
Sulco Palatogengival: freqüente, pouco
conhecido e com severas implicações clínicas
Alberto Consolaro e colaboração de Tiago Novaes Pinheiro
O
sulco palatogengival é uma anomalia muito freqüente que afeta principalmente os
incisivos laterais superiores e pode provocar danos periodontais, endodônticos e até
levar à perda do dente. Inicia-se no cíngulo dos incisivos
laterais superiores, menos freqüentemente dos incisivos centrais e mais raramente dos caninos superiores.
Ao desviar-se para distal interrompe a continuidade da
crista marginal lateral e segue em direção apical atingindo a região cervical (Fig. 1).
No local do sulco, ao nível da junção amelocementária, o esmalte se descontinua e forma um defeito em
forma de degrau na linha cervical da coroa13,14,20. Na superfície proximal da raiz o sulco continua seu trajeto
e termina no terço cervical, médio ou se estende até o
ápice7,13,14 (Fig. 2).
A profundidade do sulco palatogengival varia desde
uma tênue linha no fundo de uma rasa e suave depressão, imitando uma ruga, ou até uma fissura profunda
resultando em um verdadeiro dobramento da estrutura
radicular (Fig. 2)12,13,14,15,20. Em casos mais extremos e raros o processo dá origem a uma raiz acessória5,13,14,20.
O sulco palatogengival foi inicialmente descrito sem
nome específico e sem associação com a maior probabilidade de doença periodontal localizada. O nome “sulco palatogengival” foi utilizado quando Prichard22, em
1965, e depois Lee et al.15, em 1968, reportaram pela primeira vez a associação entre periodontite severa localizada e esta anomalia.
132
R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 132-135, out./nov./dez. 2005
Por que os laterais são
mais comprometidos?
As causas do sulco palatogengival podem ser externas
ao germe dentário (teoria extrínseca20) e independentes
dos fatores genéticos relacionados às interações celulares e teciduais da odontogênese. O sulco palatogengival
pode ser resultante do dobramento do epitélio interno
do órgão do esmalte e da bainha epitelial de Hertwig9
em uma fase anterior à mineralização dos tecidos dentários. Esta teoria supõe a ocorrência de forças atuando
sobre os incisivos laterais superiores, pois representa o
último dente a iniciar sua mineralização e isto ocorre
em um espaço delimitado anteriormente pelo incisivo
central superior, por palatino e posteriormente pelo canino superior e primeiro pré-molar superior. Os vetores
de crescimento craniofacial, os deslocamentos eruptivos e a pressão local dos componentes anatômicos gerariam forças locais que promoveriam o dobramento do
germe do incisivo lateral superior4.
No entanto as causas do sulco palatogengival podem ser internas e inerentes ao germe dentário (teoria intrínseca20). Estariam implicados genes e mediadores relacionados às interações celulares e teciduais na
odontogênese. Lee et al.15 propuseram uma tendência
do dente dar origem a uma raiz supranumerária. Isto
significa que desde o início haveria uma tentativa para a
formação de raiz supranumerária, mesmo para os casos
mais simples. Um aspecto contraditório nesta teoria é a
freqüência muito baixa de raízes supranumerárias nos
Um evento de sucesso
Começa por um lugar de sucesso...
* Grade científica sujeita a alteração sem aviso prévio.
PALESTRANTES*
Esthetics
IN GRAMADO
2006
09 a 12 de agosto
Daniel Edelhoff (ALE); Dickson Fonseca (BRA); Ed MacLaren (USA);
Ewerton Nocchi (BRA); José Roberto Moura (BRA); Laerte Schenkel (BRA);
Laurindo Furquim (BRA); Luiz Fellipe (BRA); Mario de Goes (BRA);
Mário Sérgio Limberte (BRA); Ricardo Mitrani (MEX); Robert Winter (USA); entre outros...
LOCAL
Hotel Serrano - Gramado - RS
INFORMAÇ Õ ES
E INSCRIÇ Õ ES
Sociedade Brasileira de Odontologia Estética - SBOE
Secretaria Executiva>> Tel / Fax: (21) 2239-4370
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Tel: (51) 3268-2220 e 3268-1585
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12
E
O
ncontro
Anual
da Sociedade Brasileira de
Odontologia Estética
de
Com muita influência da colonização alemã, a
cidade de Gramado tem como seu ponto forte
o padrão arquitetônico. Por este motivo, é
considerada uma cidade tipicamente européia.
Gramado apresenta temperaturas abaixo de
zero nos meses de Junho, Julho e Agosto, é
quando ocorrem nevascas. No verão, a
temperatura se mantém amena, em torno de
20°C, com alguns dias quentes, mas com
noites sempre agradáveis moderadas pelo ar
das montanhas e dos bosques.
SBOE
Official
T U R I S M O
H
S
Hotel Serrano
A cidade também é privilegiada por sua
natureza exuberante, reservando belos
passeios em família ou em grupo há sempre
boas opções. Desde uma boa caminhada
pelas ruas floridas da cidade, até o esporte
aventura, para quem gosta de esportes
radicais.
O artesanato gramadense é uma atração à
parte para os turistas.
Imigrantes alemães e italianos, ao chegarem
ao Brasil, viram-se impedidos de exercerem
suas profissões, que aprenderam na longínqua
Europa, pois inicialmente precisavam cuidar de
suas necessidades básicas, que era a
sobrevivência da família.
Tiraram dos seus baús a roca e o tear manual,
vindos em suas bagagens. Grande número de
italianos eram sericultores. Esses tiveram a
lembrança de trazer consigo a lagarta, que
forma o casulo do bicho-da-seda, de onde se
extrai a seda. Junto trouxeram mudas de
amoreiras, árvore onde a lagarta se
desenvolve.
Em seus teares as mulheres imigrantes
italianas conseguiam tecer belas sedas, depois
recortadas e costuradas em pequenas
máquinas movidas a mão, com manivela.
Lindos xales, blusas e lenços para o pescoço
foram por elas confeccionados. Mais tarde,
teceram também o linho para belas camisas.
Assim a pequena cidade de Gramado, ainda
ligada basicamente à agricultura, transformouse no Centro Artesanal do País.
ano.com.br
Sociedade
Membros daBrasileira
de Odontologia
Estetica
2005
L
istagem com os nomes dos membros associados à Sociedade Brasileira de Odontologia Estética - SBOE.
Caso você seja membro da entidade e seu nome não conste nesta listagem, por gentileza entre em
contato o mais breve possível com a Secretaria, pelo e-mail: [email protected]
(Lista atualizada até 20/dez/2005)
Adelmo de Wallau
Adilson dos Santos Torreão
Admir Belmonte Gavira
Adolfo José Cabral
Adriana Alves Machado
Adriana Caetano da Rocha Lima
Adriana Ferreira Quintas
Adriana Oliveira da Câmara
Adriana Rezende de Lucena
Adriana Soares Langer
Adriana Vieira Beltrão de Medeiros
Adriana W. Coutinho Duarte
Afonso Henrique C. M. de Campos
Alba Maria Negrisoli Ribas
Albenira Caldarelli
Alber Barbosa Barbara
Alberto de Paiva Carneiro
Alberto Duarte Bezerra
Alberto Victor B. Vasconcelos
Alcione Luiz Scur
Aldo Keishim Mikaro
Aldo Luís Mendes Magalhães
Alexandre Andrade Moreira
Alexandre Cardoso Rota
Alexandre de Almeida Pereira
Alexandre Delvaux
Alfa Emília Ribeiro Takano
Alfeu da Veiga Jardim Filho
Alfredo Couto Buck
Almir José Henkes
Alvaro Gruendling
Alvaro José do Amaral
Alvaro Yukio Ueta
Américo Coral Neto
Ana Carolina Silva e Quintella
Ana Cristina Queiroz Sampaio
Ana Lucia da Luz Hirsch
Ana Luiza Vilas Boas Strang
Ana Maria Santos Beaumord
Ana Paula Carvalho Amorim
Ana Paula Lancia Santana
Ana Paula Pelliccione Reis
Ana Paula Sorrentino Delvaux
Ana Paula Teixeira
Ana Vera Gomes da Silva Mattar
André Luis da Silva
André Luiz Souza C. de Oliveira
Andréa Cristina Menegaz Loss
Andréa Dias Gomes Giestas
Andréa Ferreira Santos da Cruz
Andrea Lancia Santana
Andrea M. Nahssen
Andrea Roth Earey
Andréia Campos Dahdal Aoun
Andréia Cristina Bastos Ramos
Andreia da Costa Perlingeiro
Anete Mary Mendes
Angela Beatriz C. de A. Vannucci
Angela Carnasciali M.da Rocha
Angelo Marcos Faleiros Macedo
Anne Beatriz Donato Fernandez
Antero José de Moraes Rola
Antonia D. Magro Schelini
Antonio Claudio Sanvido Proença
Antonio Joaquim Gouveia Franco
Antonio Jorge Neto
Antonio Machado Filho
Antonio Ramacciato
Antonio Salazar Fonseca
Aonio Genicolo Vieira
Aparecida Gonçalves Real Brandão
Arêda Tolêdo de Moraes Porfírio
Ataualpa F. P. Meneghel
Augusto Cesar Xavier de Brito
Augusto Figueiredo Neto
Beatriz Monteiro Machado
Bernardo Cesar S. de Almeida
Breno Marçal de Figueiredo
Bruno Kessner
Bruno Kurc
Carlos Adriano Bentes Horta
Carlos Alberto de Lorenzo Solon
Carlos Alberto do A. Valladão Junior
Carlos Alberto Lima Cardoso
Carlos Alexandre de Ulhôa Recife
Carlos Augusto F. Dantas
Carlos de Paula Eduardo
Carlos Eduardo Aleixo Prado
Carlos Eduardo Francci
Carlos Eduardo Werneck
Carlos Felipe Bragança Curi
Carlos Loureiro Neto
Carlos Renato Saad Queiroz
Carmen Lúcia Santanna Piazza
Carmen Silvia Cussioli Palma
Cassiano Ricardo Caodaglio
Celia Merlos Piccolo
Célia Regina de Freitas Andrade
Celita Zambonato Carniel
Celso Antonio Orth
Celso Luiz de Angelis Porto
Cesar Augusto Arita
Christina Otero Macedo
Cíntia Lantmann
Claudia Baraldo Paraboli Silva
Cláudia Chalfin Lifschitz
Cláudia Christianne Gobor
Claudia Cia Worschech
Cláudia de Godoy Chade
Claudia G. Todescan Porto
Cláudia Inês Mundina de Amaral
Cláudia Mazzariol Bedinelli Stabile
Cláudia Priscila Pincelli
Claúdia Regina Juliani Mellilo
Cláudia Souza Schmidt
Claudia Teresa Weiss Deleu
Claudiney Carmona de Souza
Claúdio Biamino
Cláudio de Pinho Costa
Claudio M. De Stefano
Claudio Romagnoli Junior
Cleny Denise Schwantes
Clóvis Ribeiro Marques
Cristiane de Oliveira Juchem
Cristiane Maria de O. S. Fernandes
Cristiane Pessôa Vieira Ribeiro
Cristina Fukuya Arimori
Cristina Harrop Fonseca
Cristina M. R. S. Pulcherio
Cristina Rech Feldmann
Cyntia Galvão Gomes de Medeiros
Dalgisa da Motta Fernandes
Daniel Brandão Vilela Holanda
Daniela Baldasso
Daniela Carvalho Reis Rocha
Danielle Flexa Ribeiro
Danilo Tadashi Saito
Darlene Ana Garlet Werlang
Dayse Lucia Otero Amaral
Débora de Paula S. Moura Martins
Deize Irene Moura de Oliveira
Denise Pinto Rizzo Soares
Deusiany Cuzzuol Quiñónez
Diana Ankli
Dickson Martins da Fonseca
Dildazio Pires de Carvalho
Dinael Regis de Oliveira
Dulce Maria Santos Simões
Edgard Gnipper Neto
Edison Haroldo Ely
Edno Moacir Piovesan
Eduardo Vargas
Edwil Antonio Cantadori Junior
Edy Sá Carneiro
Egon Trentini
Elaine Cabral de O. Tasinaffi
Elba Maria Moreira Caldeira
Elcio Marcos Narciso
Eliane Ap. S. Paixão de La Rosa
Eliane Telles Rodrigues Caldas
Elio Rodrigues de Castro
Elisa Maria dos Reis Ramiro
Elisabeth Kurkdjian
Elma Lorenzo
Eloisa Ferreira dos Reis
Elza Antonia Costa Bonfim
Elza Mariko Kiyohara Nakae
Emanuel Furtado Ramos
Emerson André Carrit Coneglian
Emir Selaimen da Costa
Emy Hirano
Enéas Nardy Filho
Érica Costa Barroso Decnop
Erica Simões Meirelles
Erika Carvalho Farah
Érika Hoshika
Ernani Caporossi
Estela Ferrão de Aquino Pereira
Estevom Molica Neto
Esther Klein
Eudeci Maria Moreira E. Santo
Eudes de Campos
Eugenio Gomes de Carvalho Filho
Eunice Rocha
Evania Eskelsen
Ewerton Nocchi Conceição
Fábio Corrêa Martins
Fabio Hiroshi Fujiy
Fabio Luiz Vaz Porto
Fátima Sena Ferreira
Fátima Tonello Vaz de Campos
Felix Roberto Rodrigues
Fernanda Maria de Castro
Fernando Canto de Sá
Fernando Luiz Duarte de Almeida
Fernando Manfroi
Flávia de Souza Leal Fonseca
Flávia Ferreira Martins
Flávia Maria Lopes
Flávia Pires Barbosa Ferreira Pires
Flávio Alves Moreira
Flávio Augusto Cintra
Florence Mitsue Sekito
Floriano Ezequiel de Menezes Filho
Francisco de Carvalho Barbosa
Francisco Fernando Massola
Francisco Oberdan Rezende
Francisco Saraiva C. de Almeida
Franco Rattichieri
Frederico Rodrigues dos Santos
Gelson Moreira Carneiro Jr.
Geraldina Mota Teixeira
Geraldo Destefani Filho
Gerson Braga Machado
Gilberto de Almeida Carneiro Junior
Giselda Maria Figueiredo Peixoto
Glécio Vaz de Campos
Gleidson Rocha Arouca
Gloria Maria Duarte Vieira
Graciene M. Santos Mesquita
Graziela Sora Novaes Ferreira
Guilherme Senna F. Azevedo
Guilherme Tadeu Lanna
Hamilton Renato Pereira Lima
Haroldo Osório da Fonseca Filho
Helena Maria Silvestre Ribeiro
Hélio Flávio Rossi
Hélio Kiyoshi Nagashima
Helio Ramalho Rocha
Helka Christina M. Nagashima
Hilda Maria Breyer Ferreira
Homero da Costa Oliveira Junior
Humberto Vicentini
Iara Vieira de Andrade Dilly
Ingrid Agrícola Bittencourt
Iremar Correia de Souza Filho
Isabel Coelho Gomes Camões
Ivan Ribeiro de Faria
Ivana Renck dos Reis
Ivandro Monteiro Magni
Ivanildo Alves Carneiro
Ivany Kabbach
Jacira Kerr Bullamah
Jacira Nara Sienaretti Acunha
Jader Moreira da Silva
Jairo Pires de Oliveira
Jamilla Barroso Maciel Silveira
Jane Maria de Moraes Branco
Jane Maris Pinto Mendonça
Jefferson Wiezbicki
Jeffrey Vineyard
Jey Noya Fonsêca
João Carlos da Cruz Lopes
João Carlos de Souza Flexa Ribeiro
João Luiz Ayres Bordin
João Martinho Gonçalves
João Rubens Montenegro
João Victor Faria Velloso
Joel Mauri dos Santos
Jolber Rodrigues da Fonseca
Jorge Valenga Filho
Jório Almir da Escóssia
Jório da Escóssia Jr.
José Antonio Gaspar
José Arbex Filho
José Aristides Loureiro
José Augusto de Souza Negrão
José Carlos dos Santos Pinto
José Carlos Monteiro de Castro
José Chibebe Junior
José Cícero Dinato
José de Almeida Vieira
José Eurípedes de Oliveira
José Luiz Feres Lucarelli
José Luiz Janot de Vasconcelos
José Luiz Santos Martins
Continuação...
José Maria Gratone
José Mondelli
José Reinaldo Romano Rocha
José Renato da Silva
José Roberto Moura Jr.
José Ronaldo Ribeiro
Jovanka Marinho
Jueri Correa de Melo
Juliana Basilio Khalili
Juliana Laub Comino
Julio Cesar Sato
Karina Vicentini Agnesini
Karla de Mello Dias
Karla Lopes da Fonseca Furtado
Katia Ferreira Costa
Keila Barreto Meira
Kleber Gonzaga Dias
Kristin Kluge de Soberon
Laila Maria Martins Salomão
Lando V. Argentieri
Laumer P. A. S. Quintella
Laurindo Oscar de Paula
Lauro Delgado Junior
Lavinia S. P. Sena
Lécio Gomes
Lenise Garcia Martins Cruvinel
Lenise Velmovitsky
Leonardo Maiolino Cuozzo
Lídia Novis Gordilho
Lillian Lavigne Sued Leão
Lindalva Guttierrez
Lorain Lynn Faria Vieira de Moraes
Lorena Maria Hubert Ecke
Lúcia Helena Prada Semeghini
Lucia Maria Lessa Sanches
Luciana Garcia Ferreira Neves
Luciano Krebs Gonçalves
Luciano Mazitelli
Luciene de Cássia Pimenta Martins
Lucimar S. de Mello Teixeira
Luis Augusto Chagas Audi
Luís Rogério G. Kulczynski
Luiz Antonio Gaieski Pires
Luiz Fernando D´Altoé
Luiz Ferreira Machado
Luiz Humberto de Oliveira
Luiz José de Moura
Luiz Narciso Baratieri
Luiz Paulo Restiffe de Carvalho
Luiz Roberto Figueiredo Dantas
Lurdis Maria Wiederkehr
Magda Siqueira Mayese
Mânio de Carvalho Tibúrcio
Mara Antonio Monteiro de Castro
Marcela Junqueira Bernardes
Marcello Gazzinelli Cota
Marcelo C. Chain
Marcelo Erlich
Marcelo Ferreira de Carvalho
Marcelo Fonseca Pereira
Marcelo Fuziy
Marcelo Hissao Imano
Marcelo Poloniato
Marcelo Rezende
Marcelo Rui Oliveira Gonzaga
Marcelo Saladini Vieira
Marcelo Tambellini da Cunha
Marcelo Teixeira da Costa Filho
Marcia Cascão
Márcia Cristina dos Santos Lopes
Marcia Elena Cardoso Martinelli
Márcia Machado Vidor
Marcia Moraes de Souza
Márcia Rúbia Zanella Kober
Marcia Toshie Tamura
Marcio Amante
Marcio Seto Yu Yuen
Marco Antonio Bottino
Marco Aurélio Chioro Reis
Marcos Antonio Oliveira Costa
Marcos Credidio Dias Pinto
Marcos Luiz Christovam Junior
Marcos Nunes Lourenço
Marcos Túllio M. Carvalho
Marcos Valério Pim
Marcus Werneck
Margareth Balliana da Mota
Maria Angélica Bombardi Zanin
Maria Aparecida L. Barbato
Maria Aparecida Mota M. de Souza
Maria Augusta Novato Frattesi
Maria Beatriz R. G. de Oliveira
Maria Betânia S. Abdalla
Maria Carmen Bueno do Prado
Maria Cecília de Camargo Ozório
Maria Cecilia Gomes Beltrão
Maria Cristina de S. Moscatello
Maria Cristina Gomes de Freitas
Maria Cristina Uroz T. Portela
Maria Elisa A. B. de Carvalho
Maria Elizabeth Marques
Maria Isabel Uroz T. Rodrigues
Maria José Balbi de Carvalho
Maria Lúcia Antoniazzi
Maria Lucia Flexa Ribeiro Pires
Maria Luiza Gomes da Cruz
Maria Raimunda Teixera Gomes
Maria Regina Cavalieri Pinheiro
Maria Rita Araújo Lima Abrão
Maria Teresa Laino Allbiero
Mariana Naves D.do Carmo Azevedo
Marilda Roberty Coutinho Rodrigues
Marilena Balliana da Mota
Marilu Avani Godoy Zanicotti
Marilúcia Zugno Kulczynski
Marina Machado Rola
Marino Pelegrini Filho
Mário Sérgio Limberte
Mário Sérgio Tavares Leal Júnior
Marisa Balassiano
Marisa Bonissoni Bruschi
Marisa Martins Carvalho
Mariza Cure Palheiro
Marluce Maria Moura de Araújo
Marta Cléa Costa Dantas
Marta Eliane Almeida Muhana
Marta Maria Cardoso Pereira
Márua Fonseca Galvão Pereira
Maruí Cezar Ribeiro da Rosa Jr.
Mary Cassia Fortunato Jandiroba
Maurício Barreto
Mauricio Bertrami
Mauricio Umeno Watanabe
Mauro Cardoso
Mauro José Rodrigues Felga
Max Pinto da Costa da Rocha
Michel Farhat Jr.
Miguel Angelo Nicotra
Miguel Silva
Milca Kley Silva
Milton Edson Miranda
Milton Gomes do Carmo Junior
Milton José Aricó
Miriam Lúcia Lopes Baldin
Miriam Tereza da Silva Azevedo
Mirtha Caplan
Mitiko Sakakura
Moacir Gobor Junior
Moacir Moreira Camargo
Moema de M. Gazzaneo Cabral
Moema e Silva Duval
Mônica Blumer Dias
Mônica Kruschewsky R. da C. Melo
Mônica Nunes Drumond de Freitas
Monique Nascimento Batista
Najadir Cristina de F. G. Costa
Nara Aguiar Chequer
Natalia Comerlato Guerra Hecher
Nelson Alves da R. Tezin Dall´Oca
Nelson Shigueto Mada
Newton Fahl Jr.
Newton Paulo Bosco Cardoso
Nilson Azeredo Allucci
Nilson Menegon
Oberdan Andriani
Odair Longhi
Odete Maria Gomes dos Santos
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Omir J. Schalch Jr.
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Patrícia Algarves Miranda
Patrícia Monte Duarte
Paula Jaber Arantes Martins Silva
Paula Mathias
Paulo de Menezes Frattesi
Paulo Henrique Cunha
Paulo Henrique Perlatti D´Alpino
Paulo José de Araújo
Paulo Kazuo Murai Junior
Paulo Ricardo Barros de Campos
Paulo Roberto Bertocchi
Paulo Roberto Blank Gonçalves
Paulo Roberto dos Santos Jr.
Paulo Rodolpho
Paulo Sidnei Pereira
Rafael Alves de Lara
Rafael Barroso Pazinatto
Rafael C. Ribeiro
Rafael Funari Negrão
Rafael Hinds
Raquel Sano Suga Terada
Raul Maschieto Azuaga
Rebeca Barroso Bezerra
Regina Maura Fernandes
Rejane Seabra Nogueira Martins
Renan Hufnagel Bela
Renata Corrêa Pascotto
Renata Inês Passos da Silva
Renata Valéria M. Martiniano
Renato Cavalheiro
Renato Merola Ponte
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Reuteur Ferreira da Silva
Ricardo Atushi Okazima
Ricardo Coelho Okida
Ricardo Ghattás Mitri
Ricardo Herzog Marchiori
Ricardo Kehl
Ricardo Luiz Medeiros da Fonseca
Ricardo Miguel Jorge
Ricardo Ribeiro Lowe
Rita Cássia Andrade de Oliveira
Rita de Cássia Moreira Correia
Rita Trindade
Roberta Fornicola R. das Neves
Roberto Antônio Pinzetta
Roberto Farias Vargas
Roberto Takeshi Andako
Roberto Varela Carneiro
Roberto Wagner Miake
Robson José Ferreira
Robson Soares Martins
Rodrigo Rocha Maia
Rodrigo Zimmermann Reis
Rogério Campos Corrêa
Rogerio da Penha Carvalho
Rogério Luiz Marcondes
Rogério Ribas da Costa
Rogério Savi Agulham
Rolf Ankli
Romina Cristino Frota
Ronaldo Arcanjo de Souza
Ronaldo de Souza Boccaletti
Ronaldo Hirata
Ronaldo Magalhães de Souza Lima
Rosa Cristina de Brito Jardim Fontes
Rosa Maria Assis Villela Santos
Rosa Maria Pontes Cunha
Rosália Magalhães Castilho
Rosalva Souza Parma
Rosana Ferreira de Souza e Silva
Rosângela da Silva Mamedes
Rosangela Souza Machado
Rose Maria Borth
Roseane Miranda Rihan
Roseli Paulon Sautchuk
Roseli Soriano Leme
Rosely Cordon
Rozangela Martins Baroni
Rubens Petry
Rubens Sorgi Filho
Ruth Leila Gama de Lima França
Ruth Maria Terra Tipaldi
Sandra Lúcia Ferraz Vieira
Sandra Mariko Kanno
Sandra Rahal Mestrener
Sandro Moreno
Sanzio Marcelo Lopes Marques
Sérgio Araújo Andrade
Sérgio Carlos Galvão Freire Moreira
Sergio de Wallau
Sergio Roberto Rothier
Sidney Kina
Silvana Faillace Lacerda
Silvia Portiolli Hoffmann
Silvio Luiz Tiziotti
Simone Fujiwara de Medeiros
Simone Granja Serpa
Simone Hoffmann
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Sueli Nora Afeltro Kitt
Sylvio Angrisani Neto
Sylvio Monteiro Junior
Tahia Sarapo
Tânia Maria Deininger N. Mesquita
Tânia Rocha Coelho
Tatiana Costa Ribeiro
Telma Bispo Rocha
Telma Dantas Figueiredo Barbosa
Telma Mamede de Menezes Borges
Telmo Rodrigues dos Santos
Teresa Rodrigues D´Aurea Furquim
Tereza Cristina Miranda Patriota
Tereza Cristina P. Nascimento Leal
Tereza Imperatriz F. R. Machado
Terezinha Freitas Ribeiro
Terezinha Tambaroto Bergamin
Thatiana Mendonça Sampaio Ferraz
Thereza Christina C. e S. Monteiro
Tullio Zulian Pancioli
Ubiracy Gaião
Uiara Maria Addêo Montenegro
Ulisses do Nascimento Júnior
Ulpiano Sousa Santiago
Valéria Vieira de Oliveira
Valmir Raimundo da Silveira
Valter Antônio Ban Battilani
Valter Flávio Scalco
Valter Luis Dantas Ornellas
Vânia Cristina Mattos Jacob
Vania Maria de Oliveira
Vânia Maria de Oliveira
Vanuza Paes B.Marcondes de Souza
Vera Lúcia Bussadori Tomioka
Vera Lucia Luisi
Vera Maria Portugal Moreira
Verônica Basso Dias
Verusa Matos Alves
Victor Grover Rene Clavijo
Vinicius Catani de Moraes
Virgínia Alves Ferro
Viviane Izabella Augustin
Waldemar Daudt Polido
Walter Eddy Rohlfs
Walter Evangelista Ribeiro
Wanderley Keneddy de Carvalho
Welington Antonio Faria
Wilmar Eduardo Bassi
Wilson Batista de Lacerda
Wilson Batista Mendes
Wilson Bonifácio da Silva Jr.
Wilson Takashi Kobayashi
Yvana Maria Góes de Oliveira
Zélia Gouveia Demétrio Jorge
Uma análise crítica e atual
Dos adesivos dentais...
A SBOE, em parceria com seus Membros
Credenciados, está trazendo para você uma série de
entrevistas com grandes profissionais da área
estética. Temos o prazer de abrir esta série com a
renomada Dra. Patrícia Pereira.
Entrevistada
Dra. Patricia N. R. Pereira
Assistant Professor,
Operative Dentistry,
University North
Carolina - School of
Dentistry;
Ph.D., Dental Science
Tokyo Medical & Dental
University, School of
Dentistry, 1998;
D.D.S., Dentistry,
University of the
Planalto Central, School
of Dentistry, 1993;
Referência mundial em
pesquisas relacionadas
à adesão à estrutura
dental;
Inúmeros trabalhos
científicos publicados.
Entrevistador
Dr. Cláudio de Pinho Costa
Especialista em
Dentística Restauradora
e Diretor Científico
da SBOE.
Cláudio de Pinho> Como você tem visto a rápida
evolução dos adesivos dentais?
Patrícia Pereira> A evolução dos adesivos dentais
tem ocorrido de uma forma muito rápida e, infelizmente, sem boas pesquisas clínicas para provar a
eficiência de um determinado produto. Devido à
grande demanda e competição pelo mercado
consumidor, muitos fabricantes de sistemas adesivos
(e resina compostas) tem lançado produtos no
mercado somente com base em pequenos estudos
laboratoriais, o que na maioria das vezes não reflete a
verdade clínica. A maior vantagem de um adesivo em
relação a outro não deve se basear somente na adesão
imediata às estruturas dentais, mas também na
durabilidade da adesão ao esmalte e/ou dentina.
Também não deve se basear no fato de um determinado material apresentar os mais altos valores de
adesão, ou melhor, integridade marginal após 24 horas
de imersão em água, como são feitos a maioria dos
testes adesivos. Idealmente, um adesivo (como uma
resina composta) só deveria ser introduzido no
mercado após alguma evidência de sucesso de
pesquisa clinica. Infelizmente, devido à longa espera
para a obtenção dos dados de uma pesquisa clinica
(em geral 18 meses), e à demanda imediata do
mercado, muitos sistemas são introduzidos no
mercado apenas com testes de laboratório.
CP> Qual a nomenclatura que você prefere usar para
classificar os sistemas adesivos?
PP> A nomenclatura tradicional dos sistemas adesivos
é baseada em gerações, porém, além de ficar confuso,
os adesivos de primeira, segunda, e terceira geração
não são mais usados, pois não utlizavam condicionamento ácido em dentina. O uso do ácido para condicionamento da dentina foi introduzido na quarta geração,
e é também usado na quinta geração. Os sistemas
autocondicionantes são considerados de sexta
geração. Eu particularmente prefiro a simplicidade da
classificação por números de passos. Desta forma, os
adesivos são classificados em três categorias (três
passos, dois passos e um passo). Os adesivos de três
passos são os 'tradicionais' que possuem três frascos:
um condicionador ácido que deve ser lavado, um
primer e um adesivo. São chamados na literatura atual
de 'three-step etch & rinse'. A categoria de dois passos
é subdividida em duas subcategorias (dois passos
com condicionamento ácido e dois passos autocondicionante). Na literatura são chamados de 'two-step
etch & rinse' e 'two step self-etch'. Os sistemas
adesivos de um passo, atualmente, são todos
autocondicionantes e são chamados de 'one-step seltetch'. Com esta simples classificação, todos os
sistemas adesivos entram em alguma categoria sem
precisar puxar muito pela memória.
CP> Os sistemas simplificados são melhores?
PP> Infelizmente um sistema simplificado não quer
dizer que é melhor do que os outros. Na verdade, há
muita variação, mesmo entre os diferentes sistemas
simplificados. Há sistemas muito bons e comparáveis
aos sistemas de condicionamento ácido de três
passos, e outros não tão bons. Apesar de o marketing
enfatizar que os adesivos de passo único possuem
menor sensibilidade de técnica, isso não pode ser
levado em consideração, pois todos os grupos de
sistemas simplificados possuem uma técnica para
aplicação muito sensível. Por exemplo, para se obter
uma boa hibridização e um bom selamento dentinário
com os sistemas adesivos de dois passos 'etch &
rinse', é necessário que a dentina permaneça úmida, o
que em um preparo cavitário extenso passa a ser mais
difícil. Da mesma forma deve-se evitar acumulo de
excesso de adesivo, pois este contém solvente. Já nos
sistemas adesivos autocondicionantes atuais de dois
passos, é preciso que o primer seja seco por pelo
menos 10 segundos para a remoção completa do
solvente. Estes são apenas alguns exemplos para
mostrar que cada sistema possui uma complicação de
técnica, que se não bem empregada pode causar
transtornos para o clínico e para o paciente.
CP> Existe um sistema adesivo ideal para adesão de
resinas compostas às estruturas dentais?
PP> Não há uma resposta absoluta para esta
pergunta, pois de acordo como substrato (i.e., esmalte
ou dentina), os sistemas adesivos vão se comportar
diferentemente. Em relação ao esmalte, sem dúvida
Continuação
alguma, os sistemas adesivos que procedem ao uso
do ataque ácido têm mostrado excelente durabilidade
clínica e integridade marginal. Já a adesão à dentina,
por ser um substrato muito heterogêneo, é bem mais
complicada e com muita sensibilidade de técnica. Por
exemplo, se o ácido for deixado por um tempo
prolongado na dentina, pode haver desmineralização
aprofundada, infiltração incompleta do primer e do
adesivo, e conseqüentemente falha no selamento
dentinário. Por outro lado, os adesivos autocondicionantes com um baixo pH podem sofrer hidrólise por
serem mais hidrófilos. Foram inclusive descritos na
literatura como membranas semipermeáveis. Para
qualquer tipo de sistema adesivo, o objetivo final é uma
adesão duradoura, porém ainda há de aparecer um
adesivo que previna totalmente a nanoinfiltração. Os
adesivos autocondicionantes com o pH mais elevado
demonstram um menor grau de nanoinfiltração se
comparados aos autocondicionantes com um pH mais
baixo ou os que sistemas que usam ataque ácido. A
conseqüência tardia da nanoinfiltração é a hidrólise na
interface o que pode levar à falha da restauração. Um
novo conceito de interface ideal que foi lançado
recentemente por um grupo no Japão com dois novos
sistemas autocondicionantes de passo único foi o de
desmineralizar a dentina o suficiente para haver uma
boa infiltração do monômero, mas deixando o
colágeno envolto por hidroxiapatita. Desta forma, o
colágeno permanece protegido contra qualquer ação
de hidrólise ou da metaloproteinase de matriz. Por
outro lado, é importante salientar que a polimerização
completa do adesivo é de alta importância, independente to tipo de sistema usado para adesão, a fim de
evitar hidrólise dos monômeros não polimerizados,
caso ocorra a nanoinfiltração.
CP> Qual sistema melhor para Ades? Dentina: O
sistema com condicionamento ácido ou sistema
autocondicionante?
PP> A indicação de uso é o que vai determinar se o
melhor sistema é o de condicionamento ácido ou
autocondicionante. Em dentina profunda, os túbulos
dentinários possuem uma maior densidade, maior
diâmetro, e, conseqüentemente, maior umidade
intrínseca da dentina. Neste caso, se a dentina for
condicionada com um ácido potente, os plugs da
camada smear vão ser removidos, promovendo um
aumento maior ainda da umidade na parede pulpar.
Então um adesivo autocondicionante de dois passos
seria o mais indicado por possuir um pH mais ameno.
Por outro lado, se o substrato de adesão for uma
dentina muito esclerosada, um sistema com o ácido
fosfórico promoverá uma desmineralização mais
adequada, o que permitirá uma melhor infiltração
dos monômeros adesivos na dentina.
CP> O que posso fazer para evitar o risco de
sensibilidade pós-operatória?
PP> Sensibilidade pós-operatória ocorre por falta de
um selamento adequado da dentina durante os
passos da adesão. Condicionamento prolongado da
dentina com ácido, secagem excessiva ou insuficiente, falha na aplicação do primer/adesivo, e
contaminação, são alguns exemplos de problemas
na técnica que podem ocorrer levando à sensibilidade pós-operatória.
Foi o problema de sensibilidade pós-operatória com
os adesivos de dois passos com condicionamento
ácido que gerou o rápido desenvolvimento do
mercado e sucesso temporário dos sistemas
autocondicionantes. Muitos clínicos não sabiam
mais o que fazer, e alguns inclusive voltaram a forrar
a dentina com cimentos de ionômero de vidro
modificados com resina. Pesquisas atuais têm
mostrado que em geral, os adesivos autocondicionantes de dois passos são melhores do que os de um
passo. Concomitantemente, os sistemas de dois
passos com condicionamento ácido estão sendo
modificados para um manuseio mais fácil.
Mais uma vez, com qualquer sistema adesivo, há
uma curva de aprendizado, e com qualquer sistema,
falhas vão ocorrer até que se domine uma técnica ou
um sistema.
CP> Como funciona o agente re-umidificante?
Deveria sempre usá-lo depois do condicionamento
ácido?
PP> A função do agente re-umidificante é reexpandir as fibrilas colágenas que colabaram devido
ao secamento da dentina depois da lavagem do
ácido. Com a desmineralização e perda do mineral,
as fibrilas colagenas perdem o suporte para
manutenção da sua arquitetura, mas permanecem
em um estado 'expandido' na presença da água.
Com o secamento, ou seja, perda do suporte pela
água, as fibrilas colabam, perdendo os espaços
interfibrilares que permitiriam a infiltração dos
monômeros do adesivo.
Com os adesivos de três passos, o primer contém
uma boa proporção de água e HEMA, promovendo
uma re-expansão das fibrilas colágenas. Devido ao
primer, não existia tanto problema de sensibilidade
pós-operatória com os adesivos de três passos.
Já com os de dois passos, criou-se um problema,
pois não havia água/solvente suficiente para
promover uma boa re-expansão das fibrilas
colágenas. Conseqüentemente foram desenvolvidas várias técnicas de adesão úmida, para
manutenção dos espaços interfibrilares, e boa
infiltração dos monômeros adesivos. Com o uso
de uma boa técnica durante os passos da
adesão, um bom selamento dentinário vai ser
obtido, não requerendo o uso de um agente reumidificante. Porém, há clínicos que preferem
secar o esmalte e a dentina para comprovar se
houve um bom condicionamento do esmalte e
dentina. Neste caso, sim, é imprescindível o uso
de um agente re-umidifcante para promover a reexpansão das fibrilas colágenas e infiltração dos
monômeros adesivos. Há vários reumidificadores disponíveis para esta aplicação, porém um
dos mais econômicos e de fácil obtenção é a
água. Outro agente muito bom é o que contém
glutaraldeído, água e HEMA. O glutaraldeído e
um desensibilisador potente, e o HEMA e a água
estão em proporções adequadas para haver
uma boa expansão de rede de colágeno.
Independentemente do agente re-umidificante,
é importante permitir que o agente permaneça
na superfície da dentina por vários segundos
para que as fibrilas colágenos tenham tempo
para se re-expandir.
CP> Qual o tipo de adesivo que devo ter no meu
consultório?
PP> O tipo de adesivo que você vem obtendo
sucesso repetido. Como descrevi acima, todos
os sistemas possuem sensibilidade de técnica e
uma curva de aprendizagem para atingir o
sucesso. Uma boa técnica e mais importante do
que o adesivo em si. Por exemplo, uma pessoa
que possui a maestria de uso com um determinado sistema, ao se sentir pressionada pela força
do marketing para trocar de sistemas pode
passar a ter problemas com sensibilidade pósoperatória, descoloramento nas margens da
restauração, gaps nas margens etc... O sucesso
clínico pode depender também de fatores
externos, como aplicação correta do adesivo,
fator-C, inserção incremental da resina,
fotopolimerização adequada, e armazenagem
do adesivo (pois certos adesivos devem ser
guardados no refrigerador).
www.sboe.com.br
1
Esthetics
2005
in
B
em-vindos a 2006!!
É tempo de mergulhar fundo
e planejar as mudanças para
este novo ano que se inicia.
2
Temos que tentar “colocar
em ordem” o ano que
passou, entendendo as
surpresas e o que elas nos
ensinaram. Lembrar dos
fatos inesperados que
viraram de ponta-cabeça
planos tão bem montados.
5
6
7
4
Refazer os atalhos que se
abriram e repensar os sustos,
desafios, alegrias...
Nada do que passamos é um
desconexo, sem um sentido.
Tudo compõe um bordado,
ponto por ponto que tece o
próximo ano.
Por este motivo, queremos
reviver nestas fotografias,
alguns dos momentos alegres
que tivemos durante o evento
de 2005.
Preparem-se, o 12o Encontro
Anual da SBOE está chegando,
reservando muitas emoções
para você!
3
encontra
Aqui você
a melhor forma
para se
aperfeiçoar
descontrair
&
Confraternização geral:
1. Click na entrada do Auditório Principal
2. Tietes após conferência
3. Presença no luau
4. Momento Descontração
5. No Jantar do Presidente
6. Disfarçados para o Jantar
7. Um brinde aos amigos
Download

Revista Dental Press de Estética V olume 2 - Número 4