ISSN 1807-2488 Revista Dental Press de Estética Estética Revista Dental Press de Volume 2 - Número 4 - Outubro / Novembro / Dezembro 2005 volume 2 - número 4 outubro / novembro / dezembro 2005 Publicação oficial da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética DENTAL PRESS INTERNATIONAL Estética R ev is t a D ent al Press de volume Sumário 2 - número 4 outubro / novembro / dezembro 2005 23 Protocolo clínico para utilização de uma nova cerâmica vítrea reforçada por leucita Sidney Kina 68 Restaurações adesivas em dentes posteriores: aliando estética e longevidade Carlos Eduardo Francci, Marcelo Ferreira Witzel, Edméa Lodovici, Claudio Tadaaki Sato 84 107 Avaliação clínica do clareamento dental pela técnica caseira Fabiano Carlos Marson, Luis Guilherme Sensi, Fabiano de Oliveira Araujo, Sylvio Monteiro Junior, Élito Araújo Recuperação da estética do sorriso de um caso de perda óssea severa Adilson Luiz Ramos, Renata Corrêa Pascotto, Fabiano Resmer Vieira Seções 3 14 Editorial Kaizen Entrevista Luiz Narciso Baratieri Caso Selecionado 91 Odontologia Estética Integrada: a busca do equilíbrio Cláudio de Pinho Costa, José Maria Gratone, Paulo Martins Ferreira, Tatiana Costa Ribeiro Fotografia 117 Fotografia clínica - parte II Marco Antonio Masioli, Deise Lima Cunha Masioli, Micheline Masioli Ramos Lima Biologia da Estética 132 Sulco Palatogengival: freqüente, pouco conhecido e com severas implicações clínicas Alberto Consolaro e colaboração de Tiago Novaes Pinheiro ISSN 1807-2488 R Dental Press Estét Maringá v. 2 n. 4 p. 1-136 out./nov./dez. 2005 EDITOR Sidney Kina - UEM - PR EDITORES ASSISTENTES Raquel Sano Suga Terada - UEM - PR Ronaldo Hirata - UFPR - PR Oswaldo Scopin de Andrade - CES - SENAC - SP Laurindo Zanco Furquim - UEM - PR PUBLISHER CONSULTORES CIENTÍFICOS CONSULTORES EM PRÓTESE DENTÁRIA Alberto Consolaro - FOB-USP - SP Antônio Salazar Fonseca - APCD - SP Carlos Alexandre Leopoldo Peersen da Câmara - Clínica particular - Natal - RN Carlos Eduardo Francci - USP - SP Carlos Eduardo Francischone - FOB-USP - SP David A. Garber - Medical College of Georgia School of Dentistry - Atlanta - Georgia Dickson Martins da Fonseca - Clínica particular - Natal - RN Didier Dietschi - Universidade de Geneva - Suíça Eduardo Passos Rocha - FOAr-UNESP - SP Euripedes Vedovato - APCD - SP Ewerton Nocchi Conceição - UFRGS - RS Glauco Fioranelli Vieira - USP - SP Jairo Pires de Oliveira - Clínica particular - Ribeirão Preto - SP João Carlos Gomes - UEPG - PR José Arbex Filho - Clínica particular - Belo Horizonte - MG José Roberto Moura Jr. - Clínica particular - Taubaté - SP Katia Regina Hostilio Cervantes Dias - UERJ / UFRJ - RJ Luiz Antônio Gaieski Pires - ULBRA - RS Luiz Fernando Pegoraro - FOB-USP - SP Luiz Narciso Baratieri - UFSC - SC Marcelo Fonseca Pereira - Clínica particular - Rio de Janeiro/RJ Marco Antônio Bottino - FOSJC - UNESP - SP Mário Fernando de Góes - FOP - UNICAMP - SP Markur Lenhard - Clínica particular - Suíça Marly Kimie Sonohara - UEM - PR Milko Vilarroel Cortez - Universidade de Valparaíso - Chile Pablo Abate - Universidade de Buenos Aires - Argentina Paulo Kano - APCD - SP Renata Corrêa Pascotto - UEM - PR Ricardo Mitrani - Clínica particular - México Rodolfo Candia Alba Júnior - Clínica particular - SP Sillas Luiz Lordelo Duarte Júnior - FOAr-UNESP - SP Sylvio Monteiro Junior - UFSC - SC Walter Gomes Miranda Jr. - USP - SP Livio Yoshinaga - Engenheiro e consultor técnico - SP CONSULTOR DE TECNOLOGIA CONSULTORES DE FOTOGRAFIA August Bruguera - Barcelona - Espanha Gerald Ubassy - Rochefort du Gard - França José Carlos Romanini - Londrina - PR Luiz Alves Ferreira - São Paulo - SP Marcos Celestrino - São Paulo - SP Oliver Brix - Kelkheim - Alemanha Rolf Ankli - Belo Horizonte - MG Shigueo Kataoka - Osaka - Japão Victor Hugo do Carmo - Cugy - Suíça Any de Fátima Fachin Mendes - Fotógrafa - PR Dudu Medeiros - Fotógrafo - SP Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Revista Dental Press de Estética / Dental Press International. -- Vol. 1, n. 1 (out./nov./dez.) (2004) – . -- Maringá : Dental Press International, 2004Trimestral. ISSN 1807-2488. 1. Estética (Odontologia) – Periódicos I. Dental Press International. II. Título. CDD. 617.643005 Diretora Teresa R. D'Aurea Furquim - PRODUTOR E DESIGNER GRÁFICO Júnior Bianchi ANALISTA DA INFORMAÇÃO Carlos Alexandre Venancio - Produção Gráfica e Eletrônica Anderson Luiz Marotti - Carlos Eduardo de Lima Saugo - Márcia Regina da Silva Pimentel - Produção Gráfica e Eletrônica (SBOE) Elizabeth Salgado - BANCO DE DADOS Ademir de Marchi - Cléber Augusto Rafael - Erick Francisco da Silva - DEPARTAMENTO COMERCIAL Paulo Sérgio da Silva - Roseneide Martins Garcia - DEPARTAMENTO DE CURSOS E EVENTOS Roseneide Martins Garcia - BIBLIOTECA Marlene Gonçalves Curty - Susy Tiemi Adati Lenartowicz - Revisão Ronis Furquim Siqueira - DEPARTAMENTO FINANCEIRO Paulo Sérgio da Silva - CONSULTORA ADMINISTRATIVA Ester Pacetti Dassa - Impressão RR Donnelley Moore - A Revista Dental Press de Estética (ISSN 1807-2488) é uma publicação trimestral (quatro edições por ano) da Dental Press Editora Ltda. Av. Euclides da Cunha, 1718 - Zona 5 - CEP 87015-180 - Maringá - PR - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes. Assinaturas: [email protected] ou pelo fone/fax: (44) 3262-2425. Caso Clínico Protocolo clínico para utilização de uma nova cerâmica vítrea reforçada por leucita Sidney Kina Resumo As cerâmicas dentárias, além de quimicamente estáveis, apresentam propriedades ópticas excelentes quando comparadas às estruturas dentárias, garantindo assim um posto especial no rol dos materiais restauradores estéticos. Porém, sua conhecida friabilidade limita seu uso, exigindo estratégias para sua prote- ção contra os estresses da mastigação. Assim, várias formas de reforço à sua estrutura estão descritas na literatura e aplicadas na Odontologia restauradora. O presente trabalho descreve a utilização clínica de um novo material cerâmico reforçado por leucita denominado IPS Empress Esthetic (Ivoclar Vivadent), através de cinco casos clínicos. Palavras-chave: Cerâmicas dentárias. Leucita. IPS Empress Esthetic. - Professor de Prótese Dentária e Odontogeriatria da Universidade Estadual de Maringá - UEM; - Editor da Revista Dental Press de Estética. R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 23-67, out./nov./dez. 2005 23 Sidney Kina A clinical protocol in the use of a new glass ceramic reinforced by leucite Abstract Dental ceramics, besides being chemically the stresses of the mastication. To this extent, stable, presents excellent optical properties several reinforcement forms on its structure when compared to the dental structures, thus are described in the literature and applied in the guaranteeing a special position in the list of restorative dentistry. The present work describes aesthetic restorative materials. However, they the clinical use of a new ceramic material known friableness limit them in their use, reinforced by leucite named IPS Empress Esthetic demanding strategies for protection against (Ivoclar Vivadent), in five clinical cases. KEY WORDS: Dental ceramic. Leucite. IPS Empress Esthetic. 1. CRAIG. R.G.; POWERS, J. M. Materiais dentários restauradores. 11. ed. São Paulo, Ed. Santos, 2004. 2. NOORT, R. Introdução aos materiais dentários. 2. Porto Alegre: Artmed, 2004. 3. WISSENSCHAFTLICHE Dokumentation. IPS Empress 5. IVOCLAR Vivadent North América. Technology and Applied Testing Center: IPS Empress Competitive Analysis. Interner Untersuchungsbericht an Ivoclar Vivadent AG. Schaan. July 2003. Disponível em: <http://64.233.187.104/search?q=cache: oDPfiuJUqi8J:media.ivoclarvivadent.com/pdf/binarydata_it/info/ System: Ivoclar Vivadent AG, Schaan. 2003. Disponível em: wissdok_empress_esthetic_i.pdf+Ivoclar+Vivadent+North+Am% <http://64.233.187.104/search?q=cache:oDPfiuJUqi8J:media. C3%A9rica,+Technology+and+Applied+Testing+Center.+IPS+Em ivoclarvivadent.com/pdf/binarydata_it/info/wissdok_empress_ press+Competitive+Analysis.+Interner+Untersuchungsbericht+a esthetic_i.pdf+Wissenschaftliche+Dokumentation,+IPS+Empr n+Ivoclar+Vivadent+AG,+Schaan&hl=pt-BR>. Acesso em: 21 dez. ess+System+%E2%80%93+das+Original.+Ivoclar+Vivadent+A 2005. G,+Schaan,+2003.&hl=pt-BR>. Acesso em: 21 dez. 2005. 4. IPS Empress Esthetic. Liechtenstein: Schaan. June 2004. Disponível em: <http://64.233.187.104/search?q=cache: oDPfiuJUqi8J:media.ivoclarvivadent.com/pdf/binarydata_it/info/ wissdok_empress_esthetic_i.pdf+Wissenschaftliche+Dokumen tation,+IPS+Empress+System+%E2%80%93+das+Original.+Ivocl ar+Vivadent+AG,+Schaan,+2003.&hl=pt-BR>. Acesso em: 21 dez. 2005. Endereço para correspondência Sidney Kina Avenida Paraná, 242 - Sala 1406 - 14o andar CEP 87013-070 - Maringá - Paraná e-mail: [email protected] - site: www.kinascopinhirata.com.br R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 23-67, out./nov./dez. 2005 67 Caso Clínico Restaurações adesivas em dentes posteriores: aliando estética e longevidade Carlos Eduardo Francci *, Marcelo Ferreira Witzel **, Edméa Lodovici ***, Claudio Tadaaki Sato **** Resumo O constante progresso das técnicas e materiais estéticos para restaurações de dentes posteriores tem sido alvo de grande interesse clínico. Entretanto, sabe-se que as cavidades nestes dentes podem apresentar algumas características, como complexidade e profundidade, que tornam o pro- cesso restaurador ainda mais crítico quanto à manutenção da integridade marginal. Este artigo aborda vários passos clínicos de restaurações de Classe II, mostrando os diversos recursos estéticos disponíveis, além de apresentar condutas e procedimentos que visam a redução da tensão na interface adesiva. Palavras-chave: Restaurações estéticas em dentes posteriores. Sistemas adesivos. Tensão de contração. * Cirurgião-Dentista, Professor Mestre e Doutor em Materiais Dentários - FOUSP. ** Cirurgião-Dentista, Mestre e Doutor em Materiais Dentários – FOUSP. *** Cirurgiã-Dentista, Doutora em Materiais Dentários – FOUSP. **** Cirurgião-Dentista, Mestre em Materiais Dentários – FOUSP. Especialista em Dentística Restauradora e Ortodontia. 68 R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 68-83, out./nov./dez. 2005 Carlos Eduardo Francci, Marcelo Ferreira Witzel, Edméa Lodovici, Claudio Tadaaki Sato Adhesive restorations in posterior teeth: joining esthetics and longevity Abstract The constant improvement of materials and the restoration procedures involving adhesive procedures for esthetic restorations in posterior interface maintenance. This article relates several teeth is an important point of clinical interest. clinical steps about Class II restorations, presenting However, it is known that cavities in these esthetic solutions and clinical tips in view to teeth may show some peculiar features, like reduce the polymerization contraction stress at complexity and depth, turning even more difficult the adhesive interface. KEY WORDS: Esthetic restoration in posterior teeth. Adhesive systems. Contraction stress. Referências 1. DICKINSON, G. L.; LEINFELDER, K. F.; MAZER, R. 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Porém, existem poucos trabalhos clínicos disponíveis na literatura. Este trabalho teve como objetivo avaliar clinicamente a alteração de cor, a sensibilidade dental e a irritação gengival em pacientes submetidos ao clareamento dental através da técnica caseira. Palavras-chave: Clareamento dental. Peróxido de carbamida. Peróxido de hidrogênio. * Doutorandos em Dentística, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina. ** Professor Titular de Dentística, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina. *** Professor Titular de Clínica Integrada, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina. 84 R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 84-90, out./nov./dez. 2005 Avaliação clínica do clareamento dental pela técnica caseira Clinical evaluation of the night-guard bleaching technique Abstract Tooth bleaching is one of the most executed clinical in vitro, to evaluate its effect on the dental structure. procedures in dental practice. This treatment was However, there are few clinical studies available spread out quickly among the patients for the in the literature. This article had as objective to improvement of the aesthetic appearance of teeth clinically evaluate the color alteration, sensitivity without damage in dental structure. Many studies and the gingival irritation in patients submitted to had been carried out in laboratorial level, in situ and bleaching through the night-guard technique. KEY WORDS: Dental bleaching. Carbamide peroxide. Peroxide hydrogen. Referências 1. BARATIERI, L. N. Clareamento dental. 1. ed. São Paulo: Ed. Santos, 1995. 2. HAYWOOD, V. B.; HEYMANN, H. O. Nightguard vital bleaching: How safe is it? Quintessence Int, Berlin, v. 22, p. 515-523, 1991. 3. HAYWOOD, V. B.; HEYMANN, H. O. Nightguard vital bleaching. Quintessence Int, Berlin, v. 28, p.173-176, 1989. 4. HUNSAKER, K. J.; CHRISTENSEN, J. G.; CHRISTENSEN, R. P. Tooth bleaching chemicals influence on teeth and restorations. J Dent Res, Chicago, v. 69, p. 303, 1990. Abstract 1558. 5. LEONARD JR., R. H.; SHARMA, A.; HAYWOOD, V. B. Use of different system. J Am Dent Assoc, Chicago, v. 135, no. 5, p. 628-634, May 2004. 13.ZEKONIS, R.; MATIS, B. A.; COCHRAN, M. A.; A. L.;SHETRI, S. E.; ECKERT, G. J.; CARLSON, T. J. 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Um novo tratamento periodontal foi realizado, acompanhado por um novo tratamento ortodôntico simplificado, tendo o caso sido finalizado por um procedimento estético restaurador. Palavras-chave: Tratamento periodontal. Tratamento ortodôntico. Restaurações estéticas. Perda óssea. Periodontite agressiva localizada. Contenção. Transposição dentária. * Professor Adjunto do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá. Mestre (USP-Bauru) e Doutor (UNESP-Araraquara) em Ortodontia. Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia da EAP-AMO – ABO Maringá. ** Professora Adjunta do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá. Mestre e Doutora (USP-Bauru) em Dentística Restauradora. *** Clinica Privada em Maringá-PR. Membro da SOBRAPE. R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 107-116, out./nov./dez. 2005 107 Recuperação da estética do sorriso de um caso de perda óssea severa ridos na figura 8. A esthetic smile recovery of a severe alveolar bone loss Abstract This case report describes an integrated dental canines and premolars in both sides; however she treatment in 21 years old female that had suffered had severe bone loss in the anterior region after from a local aggressive periodontitis. She reported the periodontal procedures in that time. Another an orthodontic and periodontal treatment at periodontal treatment was done, as well as a her adolescence. The posterior occlusion had simplified orthodontic retreatment, and then was been treated, keeping the transposition between finalized by an aesthetic fill procedure. KEY WORDS: Periodontal treatment. Orthodontic treatment. Aesthetic fills. Bone loss. Local Aggressive Periodontitis. Retention. Tooth transposition. Referências 1. ARTUN, J.; URBYE, K. S. The effect of orthodontic treatment on periodontal bone support in patients with advanced loss of marginal periodontium. Am J Orthod, St. Louis, v 93, p. 143-48, 1988. 2. 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Endereço para correspondência Adilson Luiz Ramos Rua Arthur Thomas, 831 - Centro 87013-250 - Maringá - PR E-mail: [email protected] Kaizen Editorial Sidney Kina K aizen é um ideograma japonês que, resumidamente, exemplifica a filosofia da melhora contínua em nossas vidas. Para o português, ele poderia ser traduzido da seguinte forma: “Hoje melhor do que ontem, pior do que amanhã”. Eu gosto muito desta palavra e de seu significado simples e direto. Quando iniciamos o projeto da Dental Press de Estética tínhamos a certeza de que, filosoficamente, este era o caminho a seguir. Do sempre difícil início até esta revista, passamos por um processo de amadurecimento e melhora, o qual, espero, seja Kaizen. Embora esta não seja uma revista de “quebra” de dogmas, ela pretende ser prática. Demos lastro a publicações clínicas, que de alguma forma pudessem ajudar com informações de aplicação direta em nossa vida profissional, ligamos pesquisas científicas com nossa realidade e verdades do cotidiano de consultório. Desde seu lançamento, em outubro de 2004, fizemos cinco revistas, incluindo esta que completa o volume 2. Neste tempo tivemos a participação de cerca de 100 autores escrevendo mais de 50 artigos. Cinco entrevistas com professores exponenciais, discutindo de forma esclarecedora e apaixonante a ciência odontológica - a deste número, diria, imperdível. Uma entrevista com o professor Luiz Narciso Baratieri, com toda sensibilidade e seu jeito ímpar de ser. Cinco casos clínicos selecionados, mostrando como transformar restaurações em obras de arte. Cinco artigos especiais, discutindo tecnologia e fotografia, hoje áreas fundamentais, além da coluna superinteressante “Biologia da Estética”, com o professor Alberto Consolaro. Tivemos um casamento sublime com a Sociedade Brasileira de Odontologia Estética – SBOE e passamos a ser, com orgulho, sua publicação oficial. Temos 46 consultores científicos que são referências nacionais e internacionais. E, finalmente, 25 profissionais (incansáveis) envolvidos diretamente na elaboração desta revista (em verdade, sua alma). Erramos bastante, mas acho que acertamos mais. Choramos pouco e nos divertimos muito e, principalmente, aprendemos com tudo isso. Bem, se esta publicação tem um papel, espero que seja o de estimular as pessoas a viverem as experiências na Odontologia Estética em toda sua excelência. Afinal, se apenas os materiais dentários tivessem vivido uma revolução, já haveria muito a estudar. Mas as mudanças nos conceitos de estética e principalmente as exigências de uma Odontologia mais qualificada nesta área são significativas. Se antes os conceitos de resistência plena reinavam absolutos, hoje o conceito de biomimetismo revoluciona o pensamento restaurador. Fazer restaurações passou do simples “obturador” para o verdadeiro conceito da restauração – quase um estado de arte. Espero que esta revista nos coloque em sintonia com todas estas mudanças e sirva de fórum para debatê-las democraticamente. Boa leitura, que cada passo seu e nosso seja sempre Kaizen. Ideograma Kaizen: escrito por Susy Tiemi Adati Lenartowicz R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 3, out./nov./dez. 2005 3 Entrevista Entrevista Luiz Narciso Baratieri Quem, em Odontologia no Brasil, nunca ouviu falar sobre ele? Este catarinense de Capinzal (com muito orgulho) que tem sua carreira pautada pelo sucesso. Inteligente e polêmico, forte em seu caráter é “oito ou oitenta”, amado ou odiado... Sem meios termos. Independente, amigos e inimigos apontam: graças ao seu entusiasmo, sua oratória impecável e sua forma apaixonada de defender suas opiniões, a Odontologia brasileira tomou novos rumos a partir dele, abrindo-se para franca discussão científica, efervescendo ânimos e estimulando o debate entusiasmado de idéias e “pontos de vista”, fazendo brotar em todos os cantos do Brasil a coragem da livre expressão. Mesmo atarefado entre suas várias atividades e intermináveis viagens para cursos e congressos, da linda Florianópolis o Prof. Dr. Luiz Narciso Baratieri nos brinda com esta entrevista. Você, de uma forma incisiva, mudou a forma de pensar e discutir a Odontologia restauradora, através de seus livros, artigos e centenas de cursos ministrados. Por exemplo, o livro “Dentística: procedimentos preventivos e restauradores” é um best-seller da Odontologia mundial e foi seguido de outros sucessos. A partir daí, você tem noção da grandeza do impacto de sua obra para a Odontologia mundial? Em primeiro lugar quero agradecer por essa oportunidade. É um privilégio poder usar esse espaço para compartir algumas das minhas idéias e um pouco da minha história. Também gostaria de cumprimentar todos os leitores da revista Dental Press de Estética e lhes desejar uma ótima leitura. Na verdade, quando escrevemos o 14 R Dental Press Estét, Maringá, v. 2, n. 4, p. 14-22, out./nov./dez. 2005 nosso primeiro livro, o fizemos por sugestão e incentivo do professor Jorge Seara Polidoro que, na época, era o responsável pelas disciplinas de Dentística da Universidade Federal de Santa Catarina em Florianópolis. Naquela ocasião mal acreditava que seríamos capazes de fazê-lo, quanto mais pensar em fazer sucesso e influenciar pessoas. O incentivo do professor Polidoro foi fundamental para concluirmos o livro. Sinceramente, mesmo após todo o sucesso do nosso primeiro livro, só fui ter noção de que tínhamos feito algo marcante quando fui morar na Inglaterra, quatro anos atrás, para fazer pós-doutoramento e encontrei na biblioteca da Universidade de Sheffield oito exemplares do nosso livro sobre estética. Um livro que até então não tinha feito tanto sucesso no Brasil. Nesse dia quase morri de alegria e chorei como Luiz Narciso Baratieri Não acredito que alguém precise ser famoso, mais velho ou mais experiente para ser responsável (ou mais responsável). R Dental Press Estét, Maringá, v. 2, n. 4, p. 14-22, out./nov./dez. 2005 15 Caso Selecionado Selecionado Odontologia Estética Integrada: a busca do equilíbrio Cláudio de Pinho Costa, José Maria Gratone, Paulo Martins Ferreira, Tatiana Costa Ribeiro O conhecimento e domínio dos princípios estéticos faciais, gengivais e dentários tornaram-se imprescindíveis e básicos na prática da Odontologia contemporânea. A evolução dos materiais disponíveis e o aprimoramento das técnicas operatórias têm proporcionado resultados altamente significativos e favoráveis na busca da melhoria da auto-imagem1. No caso selecionado, após a realização de tratamento ortodôntico, houve a necessidade de um planejamento integrado para reabilitar o sorriso da paciente. Na ausência do elemento 15, optou-se pela instalação de um implante 3i, hexágono externo, plataforma regular e colocação de um provisório imediato; registre-se que no elemento 14 já havia uma coroa provisória. Durante a análise do sorriso constatou-se: um leve sorriso gengival com hiperplasia de algumas papilas, os dentes quadrados e desgastados sem a correta proporção entre largura e comprimento e a presença de diastemas múltiplos, além da cor amarelada que incomodava a paciente. Para alcançar um correto posicionamento do tecido gengival e, conseqüentemente, uma melhor proporcionalidade dos dentes anteriores, foi proposta uma cirurgia periodontal estética. Diante da necessidade de aumentar os dentes tanto para a cervical quanto incisal, procuramos definir no modelo de gesso a altura ideal. Sobre este enceramento-diagnóstico, foi confeccionada uma guia de silicone que, em seguida, foi recortada em cima do novo contorno gengival. Com o intuito de ser fiel ao planejamento, elaborou-se uma simulação, um pouco antes da cirurgia, utilizando-se um bis-acryl (Structor 2 SC – Voco). Aplicou-se este ensaio cirúrgico como guia para obter o posicionamento ideal da margem gengival por nós planejado. Foi feita uma incisão em bisel interno, para realizar uma gengivectomia interna. Um descolamento total do retalho foi realizado até as proximidades da união muco-gengival, ou seja, a faixa de gengiva foi mantida inserida. Discreta osteotomia e osteoplastia foram executadas com a finalidade de se restabelecer a conformação de arcadas regulares. O retalho foi reposicionado recobrindo a união cemento-esmalte, assim como as papilas foram estabilizadas com fio reabsorvível 5-0. Após dois meses de cicatrização, procedeu-se a um clareamento no consultório com peróxido de hidrogênio a 35% (Whiteness HP Maxx – FGM) associado ao clareamento caseiro. Como parte do protocolo de trabalho, criamos um novo enceramento-diagnóstico para alcançar proporcionalidade entre os dentes e também uma curvatura para as bordas incisais que ficasse em harmonia com o lábio inferior. A seguir confeccionou-se nova guia de silicone2 sobre este enceramento que seria orientadora da aplicação incremental policromática das resinas compostas. Vale ressaltar a importância da observação dos aspectos ópticos da dentição natural e o correlacionamento deles com os materiais restauradores3 disponíveis durante o procedimento reabilitador. O resultado final foi um sorriso em que dentes, gengivas e lábios se encontram equilibrados e harmonioso com a face. Este equilíbrio é fator determinante na melhora do aspecto facial e, por conseqüência, na satisfação, conforto e mudança positiva da auto-estima da paciente1. R Dental Press Estét, Maringá, v. 2, n. 4, p. 91-106, out./nov./dez. 2005 91 Fotografia Fotografia clínica - parte II Marco Antonio Masioli*, Deise Lima Cunha Masioli**, Micheline Masioli Ramos Lima*** Para se obter excelência em fotografias intrabucais, é preciso saber com que objetivo elas serão feitas, planejar a seqüência fotográfica e conhecer o funcionamento, os recursos e as limitações do equipamento fotográfico que irá ser utilizado para capturar as imagens. As fotografias clínicas devem ser o mais padronizadas possível. Isso facilita o observador na comparação dos resultados. A utilização de um mesmo equipamento (corpo, objetiva e fonte de iluminação) facilita a padronização das fotografias. As objetivas com distâncias focais diferentes proporcionam perspectivas diferentes. A intensidade, a direção, a temperatura de cor da luz, as regulagens do equipamento e o direcionamento da tomada fotográfica também alteram o resultado da fotografia. Antes de iniciar a seqüência fotográfica convém ter em mente as seguintes perguntas: Por que e para que fotografar? Pretendem-se imagens analógicas ou digitais? Quais os equipamentos e acessórios necessários? A iluminação está adequada? Como será o armazenamento da imagem? Existe bateria, filme ou memória suficiente? Planejam-se as imagens que serão capturadas e se observa no visor se a imagem visualizada está satisfatória. Traça-se o esquema do que se vai fotografar. Se for necessário, deve-se treinar, focando um modelo de gesso ou simulando a seqüência em uma outra pessoa antes de fazê-lo no paciente. O ideal é que a foto não seja feita pelo cirurgião-dentista responsável pelo caso clínico, mas, se for, é recomendável que se tomem medidas necessárias de biossegurança. A iluminação no momento da composição e focalização é outro ponto crítico. A boca é uma cavidade difícil de iluminar e a utilização do foco do equipo odontológico se faz freqüentemente necessária. Quando a iluminação da fotografia for feita com flash, a luz do foco pode trazer su- perexposição ou alterar a coloração da fotografia. Alguns flashes vêm equipados com luzes contínuas, que podem ser ligadas para facilitar a composição e a focalização. Essas luzes se apagam no momento da fotografia. Isso é o ideal. Quando se opta por fotografar sem flash, tem-se que iluminar bem o assunto a ser fotografado e regular o equipamento para a luz ambiente, já que a iluminação utilizada para compor a fotografia será também utilizada no momento da captura da imagem. Algumas fotografias possivelmente serão feitas na consulta inicial, e a confiança e cumplicidade tão importantes no tratamento odontológico devem começar no primeiro momento e se solidificar a cada procedimento, inclusive no ato de fotografar. A preparação psicológica do paciente deve ser levada em consideração. A cavidade oral faz parte da intimidade do ser humano e nem todos ficam à vontade para expô-la em fotografias. É preciso tentar manter o paciente tranqüilo e instruílo a respeito do porquê da fotografia: se a imagem vai ficar arquivada ou se vai ser exposta em palestras ou publicações. No caso de possíveis exposições, principalmente se o paciente puder ser reconhecido nas imagens, o ideal é obter autorização por escrito (modelo publicado na parte I deste artigo). O posicionamento do fotógrafo deve ser tal que lhe permita sentir-se confortável no momento da fotografia. Quando se utilizam equipamentos com visor ótico SLR, um dos olhos deve estar o mais próximo possível do equipamento, os braços devem estar pressionados contra a parte superior do corpo e o equipamento deve ser segurado com a mão direita no corpo da câmera e a esquerda na objetiva. Os braços e pernas podem apoiar-se nas bordas externas da cadeira para proporcionar mais estabilidade e firmeza ao fotógrafo. Se a visualização for feita por visor LCD, a câ- R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p.117-131, out./nov./dez. 2005 117 Biologiada da Estética Biologia Estética Sulco Palatogengival: freqüente, pouco conhecido e com severas implicações clínicas Alberto Consolaro e colaboração de Tiago Novaes Pinheiro O sulco palatogengival é uma anomalia muito freqüente que afeta principalmente os incisivos laterais superiores e pode provocar danos periodontais, endodônticos e até levar à perda do dente. Inicia-se no cíngulo dos incisivos laterais superiores, menos freqüentemente dos incisivos centrais e mais raramente dos caninos superiores. Ao desviar-se para distal interrompe a continuidade da crista marginal lateral e segue em direção apical atingindo a região cervical (Fig. 1). No local do sulco, ao nível da junção amelocementária, o esmalte se descontinua e forma um defeito em forma de degrau na linha cervical da coroa13,14,20. Na superfície proximal da raiz o sulco continua seu trajeto e termina no terço cervical, médio ou se estende até o ápice7,13,14 (Fig. 2). A profundidade do sulco palatogengival varia desde uma tênue linha no fundo de uma rasa e suave depressão, imitando uma ruga, ou até uma fissura profunda resultando em um verdadeiro dobramento da estrutura radicular (Fig. 2)12,13,14,15,20. Em casos mais extremos e raros o processo dá origem a uma raiz acessória5,13,14,20. O sulco palatogengival foi inicialmente descrito sem nome específico e sem associação com a maior probabilidade de doença periodontal localizada. O nome “sulco palatogengival” foi utilizado quando Prichard22, em 1965, e depois Lee et al.15, em 1968, reportaram pela primeira vez a associação entre periodontite severa localizada e esta anomalia. 132 R Dental Press Estét - v. 2, n. 4, p. 132-135, out./nov./dez. 2005 Por que os laterais são mais comprometidos? As causas do sulco palatogengival podem ser externas ao germe dentário (teoria extrínseca20) e independentes dos fatores genéticos relacionados às interações celulares e teciduais da odontogênese. O sulco palatogengival pode ser resultante do dobramento do epitélio interno do órgão do esmalte e da bainha epitelial de Hertwig9 em uma fase anterior à mineralização dos tecidos dentários. Esta teoria supõe a ocorrência de forças atuando sobre os incisivos laterais superiores, pois representa o último dente a iniciar sua mineralização e isto ocorre em um espaço delimitado anteriormente pelo incisivo central superior, por palatino e posteriormente pelo canino superior e primeiro pré-molar superior. Os vetores de crescimento craniofacial, os deslocamentos eruptivos e a pressão local dos componentes anatômicos gerariam forças locais que promoveriam o dobramento do germe do incisivo lateral superior4. No entanto as causas do sulco palatogengival podem ser internas e inerentes ao germe dentário (teoria intrínseca20). Estariam implicados genes e mediadores relacionados às interações celulares e teciduais na odontogênese. Lee et al.15 propuseram uma tendência do dente dar origem a uma raiz supranumerária. Isto significa que desde o início haveria uma tentativa para a formação de raiz supranumerária, mesmo para os casos mais simples. Um aspecto contraditório nesta teoria é a freqüência muito baixa de raízes supranumerárias nos Um evento de sucesso Começa por um lugar de sucesso... * Grade científica sujeita a alteração sem aviso prévio. PALESTRANTES* Esthetics IN GRAMADO 2006 09 a 12 de agosto Daniel Edelhoff (ALE); Dickson Fonseca (BRA); Ed MacLaren (USA); Ewerton Nocchi (BRA); José Roberto Moura (BRA); Laerte Schenkel (BRA); Laurindo Furquim (BRA); Luiz Fellipe (BRA); Mario de Goes (BRA); Mário Sérgio Limberte (BRA); Ricardo Mitrani (MEX); Robert Winter (USA); entre outros... LOCAL Hotel Serrano - Gramado - RS INFORMAÇ Õ ES E INSCRIÇ Õ ES Sociedade Brasileira de Odontologia Estética - SBOE Secretaria Executiva>> Tel / Fax: (21) 2239-4370 E-mail: [email protected] / Site: www.sboe.com.br HOSPEDAGENS E TRANSLADOS Agência Official Turismo Tel: (51) 3268-2220 e 3268-1585 Site:www.officialturismo.com.br E-mail: [email protected] www.hotelserra 12 E O ncontro Anual da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética de Com muita influência da colonização alemã, a cidade de Gramado tem como seu ponto forte o padrão arquitetônico. Por este motivo, é considerada uma cidade tipicamente européia. Gramado apresenta temperaturas abaixo de zero nos meses de Junho, Julho e Agosto, é quando ocorrem nevascas. No verão, a temperatura se mantém amena, em torno de 20°C, com alguns dias quentes, mas com noites sempre agradáveis moderadas pelo ar das montanhas e dos bosques. SBOE Official T U R I S M O H S Hotel Serrano A cidade também é privilegiada por sua natureza exuberante, reservando belos passeios em família ou em grupo há sempre boas opções. Desde uma boa caminhada pelas ruas floridas da cidade, até o esporte aventura, para quem gosta de esportes radicais. O artesanato gramadense é uma atração à parte para os turistas. Imigrantes alemães e italianos, ao chegarem ao Brasil, viram-se impedidos de exercerem suas profissões, que aprenderam na longínqua Europa, pois inicialmente precisavam cuidar de suas necessidades básicas, que era a sobrevivência da família. Tiraram dos seus baús a roca e o tear manual, vindos em suas bagagens. Grande número de italianos eram sericultores. Esses tiveram a lembrança de trazer consigo a lagarta, que forma o casulo do bicho-da-seda, de onde se extrai a seda. Junto trouxeram mudas de amoreiras, árvore onde a lagarta se desenvolve. Em seus teares as mulheres imigrantes italianas conseguiam tecer belas sedas, depois recortadas e costuradas em pequenas máquinas movidas a mão, com manivela. Lindos xales, blusas e lenços para o pescoço foram por elas confeccionados. Mais tarde, teceram também o linho para belas camisas. Assim a pequena cidade de Gramado, ainda ligada basicamente à agricultura, transformouse no Centro Artesanal do País. ano.com.br Sociedade Membros daBrasileira de Odontologia Estetica 2005 L istagem com os nomes dos membros associados à Sociedade Brasileira de Odontologia Estética - SBOE. Caso você seja membro da entidade e seu nome não conste nesta listagem, por gentileza entre em contato o mais breve possível com a Secretaria, pelo e-mail: [email protected] (Lista atualizada até 20/dez/2005) Adelmo de Wallau Adilson dos Santos Torreão Admir Belmonte Gavira Adolfo José Cabral Adriana Alves Machado Adriana Caetano da Rocha Lima Adriana Ferreira Quintas Adriana Oliveira da Câmara Adriana Rezende de Lucena Adriana Soares Langer Adriana Vieira Beltrão de Medeiros Adriana W. Coutinho Duarte Afonso Henrique C. M. de Campos Alba Maria Negrisoli Ribas Albenira Caldarelli Alber Barbosa Barbara Alberto de Paiva Carneiro Alberto Duarte Bezerra Alberto Victor B. Vasconcelos Alcione Luiz Scur Aldo Keishim Mikaro Aldo Luís Mendes Magalhães Alexandre Andrade Moreira Alexandre Cardoso Rota Alexandre de Almeida Pereira Alexandre Delvaux Alfa Emília Ribeiro Takano Alfeu da Veiga Jardim Filho Alfredo Couto Buck Almir José Henkes Alvaro Gruendling Alvaro José do Amaral Alvaro Yukio Ueta Américo Coral Neto Ana Carolina Silva e Quintella Ana Cristina Queiroz Sampaio Ana Lucia da Luz Hirsch Ana Luiza Vilas Boas Strang Ana Maria Santos Beaumord Ana Paula Carvalho Amorim Ana Paula Lancia Santana Ana Paula Pelliccione Reis Ana Paula Sorrentino Delvaux Ana Paula Teixeira Ana Vera Gomes da Silva Mattar André Luis da Silva André Luiz Souza C. de Oliveira Andréa Cristina Menegaz Loss Andréa Dias Gomes Giestas Andréa Ferreira Santos da Cruz Andrea Lancia Santana Andrea M. Nahssen Andrea Roth Earey Andréia Campos Dahdal Aoun Andréia Cristina Bastos Ramos Andreia da Costa Perlingeiro Anete Mary Mendes Angela Beatriz C. de A. Vannucci Angela Carnasciali M.da Rocha Angelo Marcos Faleiros Macedo Anne Beatriz Donato Fernandez Antero José de Moraes Rola Antonia D. Magro Schelini Antonio Claudio Sanvido Proença Antonio Joaquim Gouveia Franco Antonio Jorge Neto Antonio Machado Filho Antonio Ramacciato Antonio Salazar Fonseca Aonio Genicolo Vieira Aparecida Gonçalves Real Brandão Arêda Tolêdo de Moraes Porfírio Ataualpa F. P. Meneghel Augusto Cesar Xavier de Brito Augusto Figueiredo Neto Beatriz Monteiro Machado Bernardo Cesar S. de Almeida Breno Marçal de Figueiredo Bruno Kessner Bruno Kurc Carlos Adriano Bentes Horta Carlos Alberto de Lorenzo Solon Carlos Alberto do A. Valladão Junior Carlos Alberto Lima Cardoso Carlos Alexandre de Ulhôa Recife Carlos Augusto F. Dantas Carlos de Paula Eduardo Carlos Eduardo Aleixo Prado Carlos Eduardo Francci Carlos Eduardo Werneck Carlos Felipe Bragança Curi Carlos Loureiro Neto Carlos Renato Saad Queiroz Carmen Lúcia Santanna Piazza Carmen Silvia Cussioli Palma Cassiano Ricardo Caodaglio Celia Merlos Piccolo Célia Regina de Freitas Andrade Celita Zambonato Carniel Celso Antonio Orth Celso Luiz de Angelis Porto Cesar Augusto Arita Christina Otero Macedo Cíntia Lantmann Claudia Baraldo Paraboli Silva Cláudia Chalfin Lifschitz Cláudia Christianne Gobor Claudia Cia Worschech Cláudia de Godoy Chade Claudia G. Todescan Porto Cláudia Inês Mundina de Amaral Cláudia Mazzariol Bedinelli Stabile Cláudia Priscila Pincelli Claúdia Regina Juliani Mellilo Cláudia Souza Schmidt Claudia Teresa Weiss Deleu Claudiney Carmona de Souza Claúdio Biamino Cláudio de Pinho Costa Claudio M. De Stefano Claudio Romagnoli Junior Cleny Denise Schwantes Clóvis Ribeiro Marques Cristiane de Oliveira Juchem Cristiane Maria de O. S. Fernandes Cristiane Pessôa Vieira Ribeiro Cristina Fukuya Arimori Cristina Harrop Fonseca Cristina M. R. S. Pulcherio Cristina Rech Feldmann Cyntia Galvão Gomes de Medeiros Dalgisa da Motta Fernandes Daniel Brandão Vilela Holanda Daniela Baldasso Daniela Carvalho Reis Rocha Danielle Flexa Ribeiro Danilo Tadashi Saito Darlene Ana Garlet Werlang Dayse Lucia Otero Amaral Débora de Paula S. Moura Martins Deize Irene Moura de Oliveira Denise Pinto Rizzo Soares Deusiany Cuzzuol Quiñónez Diana Ankli Dickson Martins da Fonseca Dildazio Pires de Carvalho Dinael Regis de Oliveira Dulce Maria Santos Simões Edgard Gnipper Neto Edison Haroldo Ely Edno Moacir Piovesan Eduardo Vargas Edwil Antonio Cantadori Junior Edy Sá Carneiro Egon Trentini Elaine Cabral de O. Tasinaffi Elba Maria Moreira Caldeira Elcio Marcos Narciso Eliane Ap. S. Paixão de La Rosa Eliane Telles Rodrigues Caldas Elio Rodrigues de Castro Elisa Maria dos Reis Ramiro Elisabeth Kurkdjian Elma Lorenzo Eloisa Ferreira dos Reis Elza Antonia Costa Bonfim Elza Mariko Kiyohara Nakae Emanuel Furtado Ramos Emerson André Carrit Coneglian Emir Selaimen da Costa Emy Hirano Enéas Nardy Filho Érica Costa Barroso Decnop Erica Simões Meirelles Erika Carvalho Farah Érika Hoshika Ernani Caporossi Estela Ferrão de Aquino Pereira Estevom Molica Neto Esther Klein Eudeci Maria Moreira E. Santo Eudes de Campos Eugenio Gomes de Carvalho Filho Eunice Rocha Evania Eskelsen Ewerton Nocchi Conceição Fábio Corrêa Martins Fabio Hiroshi Fujiy Fabio Luiz Vaz Porto Fátima Sena Ferreira Fátima Tonello Vaz de Campos Felix Roberto Rodrigues Fernanda Maria de Castro Fernando Canto de Sá Fernando Luiz Duarte de Almeida Fernando Manfroi Flávia de Souza Leal Fonseca Flávia Ferreira Martins Flávia Maria Lopes Flávia Pires Barbosa Ferreira Pires Flávio Alves Moreira Flávio Augusto Cintra Florence Mitsue Sekito Floriano Ezequiel de Menezes Filho Francisco de Carvalho Barbosa Francisco Fernando Massola Francisco Oberdan Rezende Francisco Saraiva C. de Almeida Franco Rattichieri Frederico Rodrigues dos Santos Gelson Moreira Carneiro Jr. Geraldina Mota Teixeira Geraldo Destefani Filho Gerson Braga Machado Gilberto de Almeida Carneiro Junior Giselda Maria Figueiredo Peixoto Glécio Vaz de Campos Gleidson Rocha Arouca Gloria Maria Duarte Vieira Graciene M. Santos Mesquita Graziela Sora Novaes Ferreira Guilherme Senna F. Azevedo Guilherme Tadeu Lanna Hamilton Renato Pereira Lima Haroldo Osório da Fonseca Filho Helena Maria Silvestre Ribeiro Hélio Flávio Rossi Hélio Kiyoshi Nagashima Helio Ramalho Rocha Helka Christina M. Nagashima Hilda Maria Breyer Ferreira Homero da Costa Oliveira Junior Humberto Vicentini Iara Vieira de Andrade Dilly Ingrid Agrícola Bittencourt Iremar Correia de Souza Filho Isabel Coelho Gomes Camões Ivan Ribeiro de Faria Ivana Renck dos Reis Ivandro Monteiro Magni Ivanildo Alves Carneiro Ivany Kabbach Jacira Kerr Bullamah Jacira Nara Sienaretti Acunha Jader Moreira da Silva Jairo Pires de Oliveira Jamilla Barroso Maciel Silveira Jane Maria de Moraes Branco Jane Maris Pinto Mendonça Jefferson Wiezbicki Jeffrey Vineyard Jey Noya Fonsêca João Carlos da Cruz Lopes João Carlos de Souza Flexa Ribeiro João Luiz Ayres Bordin João Martinho Gonçalves João Rubens Montenegro João Victor Faria Velloso Joel Mauri dos Santos Jolber Rodrigues da Fonseca Jorge Valenga Filho Jório Almir da Escóssia Jório da Escóssia Jr. José Antonio Gaspar José Arbex Filho José Aristides Loureiro José Augusto de Souza Negrão José Carlos dos Santos Pinto José Carlos Monteiro de Castro José Chibebe Junior José Cícero Dinato José de Almeida Vieira José Eurípedes de Oliveira José Luiz Feres Lucarelli José Luiz Janot de Vasconcelos José Luiz Santos Martins Continuação... José Maria Gratone José Mondelli José Reinaldo Romano Rocha José Renato da Silva José Roberto Moura Jr. José Ronaldo Ribeiro Jovanka Marinho Jueri Correa de Melo Juliana Basilio Khalili Juliana Laub Comino Julio Cesar Sato Karina Vicentini Agnesini Karla de Mello Dias Karla Lopes da Fonseca Furtado Katia Ferreira Costa Keila Barreto Meira Kleber Gonzaga Dias Kristin Kluge de Soberon Laila Maria Martins Salomão Lando V. Argentieri Laumer P. A. S. Quintella Laurindo Oscar de Paula Lauro Delgado Junior Lavinia S. P. Sena Lécio Gomes Lenise Garcia Martins Cruvinel Lenise Velmovitsky Leonardo Maiolino Cuozzo Lídia Novis Gordilho Lillian Lavigne Sued Leão Lindalva Guttierrez Lorain Lynn Faria Vieira de Moraes Lorena Maria Hubert Ecke Lúcia Helena Prada Semeghini Lucia Maria Lessa Sanches Luciana Garcia Ferreira Neves Luciano Krebs Gonçalves Luciano Mazitelli Luciene de Cássia Pimenta Martins Lucimar S. de Mello Teixeira Luis Augusto Chagas Audi Luís Rogério G. Kulczynski Luiz Antonio Gaieski Pires Luiz Fernando D´Altoé Luiz Ferreira Machado Luiz Humberto de Oliveira Luiz José de Moura Luiz Narciso Baratieri Luiz Paulo Restiffe de Carvalho Luiz Roberto Figueiredo Dantas Lurdis Maria Wiederkehr Magda Siqueira Mayese Mânio de Carvalho Tibúrcio Mara Antonio Monteiro de Castro Marcela Junqueira Bernardes Marcello Gazzinelli Cota Marcelo C. Chain Marcelo Erlich Marcelo Ferreira de Carvalho Marcelo Fonseca Pereira Marcelo Fuziy Marcelo Hissao Imano Marcelo Poloniato Marcelo Rezende Marcelo Rui Oliveira Gonzaga Marcelo Saladini Vieira Marcelo Tambellini da Cunha Marcelo Teixeira da Costa Filho Marcia Cascão Márcia Cristina dos Santos Lopes Marcia Elena Cardoso Martinelli Márcia Machado Vidor Marcia Moraes de Souza Márcia Rúbia Zanella Kober Marcia Toshie Tamura Marcio Amante Marcio Seto Yu Yuen Marco Antonio Bottino Marco Aurélio Chioro Reis Marcos Antonio Oliveira Costa Marcos Credidio Dias Pinto Marcos Luiz Christovam Junior Marcos Nunes Lourenço Marcos Túllio M. Carvalho Marcos Valério Pim Marcus Werneck Margareth Balliana da Mota Maria Angélica Bombardi Zanin Maria Aparecida L. Barbato Maria Aparecida Mota M. de Souza Maria Augusta Novato Frattesi Maria Beatriz R. G. de Oliveira Maria Betânia S. Abdalla Maria Carmen Bueno do Prado Maria Cecília de Camargo Ozório Maria Cecilia Gomes Beltrão Maria Cristina de S. Moscatello Maria Cristina Gomes de Freitas Maria Cristina Uroz T. Portela Maria Elisa A. B. de Carvalho Maria Elizabeth Marques Maria Isabel Uroz T. Rodrigues Maria José Balbi de Carvalho Maria Lúcia Antoniazzi Maria Lucia Flexa Ribeiro Pires Maria Luiza Gomes da Cruz Maria Raimunda Teixera Gomes Maria Regina Cavalieri Pinheiro Maria Rita Araújo Lima Abrão Maria Teresa Laino Allbiero Mariana Naves D.do Carmo Azevedo Marilda Roberty Coutinho Rodrigues Marilena Balliana da Mota Marilu Avani Godoy Zanicotti Marilúcia Zugno Kulczynski Marina Machado Rola Marino Pelegrini Filho Mário Sérgio Limberte Mário Sérgio Tavares Leal Júnior Marisa Balassiano Marisa Bonissoni Bruschi Marisa Martins Carvalho Mariza Cure Palheiro Marluce Maria Moura de Araújo Marta Cléa Costa Dantas Marta Eliane Almeida Muhana Marta Maria Cardoso Pereira Márua Fonseca Galvão Pereira Maruí Cezar Ribeiro da Rosa Jr. Mary Cassia Fortunato Jandiroba Maurício Barreto Mauricio Bertrami Mauricio Umeno Watanabe Mauro Cardoso Mauro José Rodrigues Felga Max Pinto da Costa da Rocha Michel Farhat Jr. Miguel Angelo Nicotra Miguel Silva Milca Kley Silva Milton Edson Miranda Milton Gomes do Carmo Junior Milton José Aricó Miriam Lúcia Lopes Baldin Miriam Tereza da Silva Azevedo Mirtha Caplan Mitiko Sakakura Moacir Gobor Junior Moacir Moreira Camargo Moema de M. Gazzaneo Cabral Moema e Silva Duval Mônica Blumer Dias Mônica Kruschewsky R. da C. Melo Mônica Nunes Drumond de Freitas Monique Nascimento Batista Najadir Cristina de F. G. Costa Nara Aguiar Chequer Natalia Comerlato Guerra Hecher Nelson Alves da R. Tezin Dall´Oca Nelson Shigueto Mada Newton Fahl Jr. Newton Paulo Bosco Cardoso Nilson Azeredo Allucci Nilson Menegon Oberdan Andriani Odair Longhi Odete Maria Gomes dos Santos Odilon Lopes Quintão Junior Omir J. Schalch Jr. Osiris Nerone Osmir Batista de Oliveira Junior Otávio Luis de Amorin Garcia Patrícia Algarves Miranda Patrícia Monte Duarte Paula Jaber Arantes Martins Silva Paula Mathias Paulo de Menezes Frattesi Paulo Henrique Cunha Paulo Henrique Perlatti D´Alpino Paulo José de Araújo Paulo Kazuo Murai Junior Paulo Ricardo Barros de Campos Paulo Roberto Bertocchi Paulo Roberto Blank Gonçalves Paulo Roberto dos Santos Jr. Paulo Rodolpho Paulo Sidnei Pereira Rafael Alves de Lara Rafael Barroso Pazinatto Rafael C. Ribeiro Rafael Funari Negrão Rafael Hinds Raquel Sano Suga Terada Raul Maschieto Azuaga Rebeca Barroso Bezerra Regina Maura Fernandes Rejane Seabra Nogueira Martins Renan Hufnagel Bela Renata Corrêa Pascotto Renata Inês Passos da Silva Renata Valéria M. Martiniano Renato Cavalheiro Renato Merola Ponte Reugma Rego Godinho Reuteur Ferreira da Silva Ricardo Atushi Okazima Ricardo Coelho Okida Ricardo Ghattás Mitri Ricardo Herzog Marchiori Ricardo Kehl Ricardo Luiz Medeiros da Fonseca Ricardo Miguel Jorge Ricardo Ribeiro Lowe Rita Cássia Andrade de Oliveira Rita de Cássia Moreira Correia Rita Trindade Roberta Fornicola R. das Neves Roberto Antônio Pinzetta Roberto Farias Vargas Roberto Takeshi Andako Roberto Varela Carneiro Roberto Wagner Miake Robson José Ferreira Robson Soares Martins Rodrigo Rocha Maia Rodrigo Zimmermann Reis Rogério Campos Corrêa Rogerio da Penha Carvalho Rogério Luiz Marcondes Rogério Ribas da Costa Rogério Savi Agulham Rolf Ankli Romina Cristino Frota Ronaldo Arcanjo de Souza Ronaldo de Souza Boccaletti Ronaldo Hirata Ronaldo Magalhães de Souza Lima Rosa Cristina de Brito Jardim Fontes Rosa Maria Assis Villela Santos Rosa Maria Pontes Cunha Rosália Magalhães Castilho Rosalva Souza Parma Rosana Ferreira de Souza e Silva Rosângela da Silva Mamedes Rosangela Souza Machado Rose Maria Borth Roseane Miranda Rihan Roseli Paulon Sautchuk Roseli Soriano Leme Rosely Cordon Rozangela Martins Baroni Rubens Petry Rubens Sorgi Filho Ruth Leila Gama de Lima França Ruth Maria Terra Tipaldi Sandra Lúcia Ferraz Vieira Sandra Mariko Kanno Sandra Rahal Mestrener Sandro Moreno Sanzio Marcelo Lopes Marques Sérgio Araújo Andrade Sérgio Carlos Galvão Freire Moreira Sergio de Wallau Sergio Roberto Rothier Sidney Kina Silvana Faillace Lacerda Silvia Portiolli Hoffmann Silvio Luiz Tiziotti Simone Fujiwara de Medeiros Simone Granja Serpa Simone Hoffmann Solimar Laguna Sueli Nora Afeltro Kitt Sylvio Angrisani Neto Sylvio Monteiro Junior Tahia Sarapo Tânia Maria Deininger N. Mesquita Tânia Rocha Coelho Tatiana Costa Ribeiro Telma Bispo Rocha Telma Dantas Figueiredo Barbosa Telma Mamede de Menezes Borges Telmo Rodrigues dos Santos Teresa Rodrigues D´Aurea Furquim Tereza Cristina Miranda Patriota Tereza Cristina P. Nascimento Leal Tereza Imperatriz F. R. Machado Terezinha Freitas Ribeiro Terezinha Tambaroto Bergamin Thatiana Mendonça Sampaio Ferraz Thereza Christina C. e S. Monteiro Tullio Zulian Pancioli Ubiracy Gaião Uiara Maria Addêo Montenegro Ulisses do Nascimento Júnior Ulpiano Sousa Santiago Valéria Vieira de Oliveira Valmir Raimundo da Silveira Valter Antônio Ban Battilani Valter Flávio Scalco Valter Luis Dantas Ornellas Vânia Cristina Mattos Jacob Vania Maria de Oliveira Vânia Maria de Oliveira Vanuza Paes B.Marcondes de Souza Vera Lúcia Bussadori Tomioka Vera Lucia Luisi Vera Maria Portugal Moreira Verônica Basso Dias Verusa Matos Alves Victor Grover Rene Clavijo Vinicius Catani de Moraes Virgínia Alves Ferro Viviane Izabella Augustin Waldemar Daudt Polido Walter Eddy Rohlfs Walter Evangelista Ribeiro Wanderley Keneddy de Carvalho Welington Antonio Faria Wilmar Eduardo Bassi Wilson Batista de Lacerda Wilson Batista Mendes Wilson Bonifácio da Silva Jr. Wilson Takashi Kobayashi Yvana Maria Góes de Oliveira Zélia Gouveia Demétrio Jorge Uma análise crítica e atual Dos adesivos dentais... A SBOE, em parceria com seus Membros Credenciados, está trazendo para você uma série de entrevistas com grandes profissionais da área estética. Temos o prazer de abrir esta série com a renomada Dra. Patrícia Pereira. Entrevistada Dra. Patricia N. R. Pereira Assistant Professor, Operative Dentistry, University North Carolina - School of Dentistry; Ph.D., Dental Science Tokyo Medical & Dental University, School of Dentistry, 1998; D.D.S., Dentistry, University of the Planalto Central, School of Dentistry, 1993; Referência mundial em pesquisas relacionadas à adesão à estrutura dental; Inúmeros trabalhos científicos publicados. Entrevistador Dr. Cláudio de Pinho Costa Especialista em Dentística Restauradora e Diretor Científico da SBOE. Cláudio de Pinho> Como você tem visto a rápida evolução dos adesivos dentais? Patrícia Pereira> A evolução dos adesivos dentais tem ocorrido de uma forma muito rápida e, infelizmente, sem boas pesquisas clínicas para provar a eficiência de um determinado produto. Devido à grande demanda e competição pelo mercado consumidor, muitos fabricantes de sistemas adesivos (e resina compostas) tem lançado produtos no mercado somente com base em pequenos estudos laboratoriais, o que na maioria das vezes não reflete a verdade clínica. A maior vantagem de um adesivo em relação a outro não deve se basear somente na adesão imediata às estruturas dentais, mas também na durabilidade da adesão ao esmalte e/ou dentina. Também não deve se basear no fato de um determinado material apresentar os mais altos valores de adesão, ou melhor, integridade marginal após 24 horas de imersão em água, como são feitos a maioria dos testes adesivos. Idealmente, um adesivo (como uma resina composta) só deveria ser introduzido no mercado após alguma evidência de sucesso de pesquisa clinica. Infelizmente, devido à longa espera para a obtenção dos dados de uma pesquisa clinica (em geral 18 meses), e à demanda imediata do mercado, muitos sistemas são introduzidos no mercado apenas com testes de laboratório. CP> Qual a nomenclatura que você prefere usar para classificar os sistemas adesivos? PP> A nomenclatura tradicional dos sistemas adesivos é baseada em gerações, porém, além de ficar confuso, os adesivos de primeira, segunda, e terceira geração não são mais usados, pois não utlizavam condicionamento ácido em dentina. O uso do ácido para condicionamento da dentina foi introduzido na quarta geração, e é também usado na quinta geração. Os sistemas autocondicionantes são considerados de sexta geração. Eu particularmente prefiro a simplicidade da classificação por números de passos. Desta forma, os adesivos são classificados em três categorias (três passos, dois passos e um passo). Os adesivos de três passos são os 'tradicionais' que possuem três frascos: um condicionador ácido que deve ser lavado, um primer e um adesivo. São chamados na literatura atual de 'three-step etch & rinse'. A categoria de dois passos é subdividida em duas subcategorias (dois passos com condicionamento ácido e dois passos autocondicionante). Na literatura são chamados de 'two-step etch & rinse' e 'two step self-etch'. Os sistemas adesivos de um passo, atualmente, são todos autocondicionantes e são chamados de 'one-step seltetch'. Com esta simples classificação, todos os sistemas adesivos entram em alguma categoria sem precisar puxar muito pela memória. CP> Os sistemas simplificados são melhores? PP> Infelizmente um sistema simplificado não quer dizer que é melhor do que os outros. Na verdade, há muita variação, mesmo entre os diferentes sistemas simplificados. Há sistemas muito bons e comparáveis aos sistemas de condicionamento ácido de três passos, e outros não tão bons. Apesar de o marketing enfatizar que os adesivos de passo único possuem menor sensibilidade de técnica, isso não pode ser levado em consideração, pois todos os grupos de sistemas simplificados possuem uma técnica para aplicação muito sensível. Por exemplo, para se obter uma boa hibridização e um bom selamento dentinário com os sistemas adesivos de dois passos 'etch & rinse', é necessário que a dentina permaneça úmida, o que em um preparo cavitário extenso passa a ser mais difícil. Da mesma forma deve-se evitar acumulo de excesso de adesivo, pois este contém solvente. Já nos sistemas adesivos autocondicionantes atuais de dois passos, é preciso que o primer seja seco por pelo menos 10 segundos para a remoção completa do solvente. Estes são apenas alguns exemplos para mostrar que cada sistema possui uma complicação de técnica, que se não bem empregada pode causar transtornos para o clínico e para o paciente. CP> Existe um sistema adesivo ideal para adesão de resinas compostas às estruturas dentais? PP> Não há uma resposta absoluta para esta pergunta, pois de acordo como substrato (i.e., esmalte ou dentina), os sistemas adesivos vão se comportar diferentemente. Em relação ao esmalte, sem dúvida Continuação alguma, os sistemas adesivos que procedem ao uso do ataque ácido têm mostrado excelente durabilidade clínica e integridade marginal. Já a adesão à dentina, por ser um substrato muito heterogêneo, é bem mais complicada e com muita sensibilidade de técnica. Por exemplo, se o ácido for deixado por um tempo prolongado na dentina, pode haver desmineralização aprofundada, infiltração incompleta do primer e do adesivo, e conseqüentemente falha no selamento dentinário. Por outro lado, os adesivos autocondicionantes com um baixo pH podem sofrer hidrólise por serem mais hidrófilos. Foram inclusive descritos na literatura como membranas semipermeáveis. Para qualquer tipo de sistema adesivo, o objetivo final é uma adesão duradoura, porém ainda há de aparecer um adesivo que previna totalmente a nanoinfiltração. Os adesivos autocondicionantes com o pH mais elevado demonstram um menor grau de nanoinfiltração se comparados aos autocondicionantes com um pH mais baixo ou os que sistemas que usam ataque ácido. A conseqüência tardia da nanoinfiltração é a hidrólise na interface o que pode levar à falha da restauração. Um novo conceito de interface ideal que foi lançado recentemente por um grupo no Japão com dois novos sistemas autocondicionantes de passo único foi o de desmineralizar a dentina o suficiente para haver uma boa infiltração do monômero, mas deixando o colágeno envolto por hidroxiapatita. Desta forma, o colágeno permanece protegido contra qualquer ação de hidrólise ou da metaloproteinase de matriz. Por outro lado, é importante salientar que a polimerização completa do adesivo é de alta importância, independente to tipo de sistema usado para adesão, a fim de evitar hidrólise dos monômeros não polimerizados, caso ocorra a nanoinfiltração. CP> Qual sistema melhor para Ades? Dentina: O sistema com condicionamento ácido ou sistema autocondicionante? PP> A indicação de uso é o que vai determinar se o melhor sistema é o de condicionamento ácido ou autocondicionante. Em dentina profunda, os túbulos dentinários possuem uma maior densidade, maior diâmetro, e, conseqüentemente, maior umidade intrínseca da dentina. Neste caso, se a dentina for condicionada com um ácido potente, os plugs da camada smear vão ser removidos, promovendo um aumento maior ainda da umidade na parede pulpar. Então um adesivo autocondicionante de dois passos seria o mais indicado por possuir um pH mais ameno. Por outro lado, se o substrato de adesão for uma dentina muito esclerosada, um sistema com o ácido fosfórico promoverá uma desmineralização mais adequada, o que permitirá uma melhor infiltração dos monômeros adesivos na dentina. CP> O que posso fazer para evitar o risco de sensibilidade pós-operatória? PP> Sensibilidade pós-operatória ocorre por falta de um selamento adequado da dentina durante os passos da adesão. Condicionamento prolongado da dentina com ácido, secagem excessiva ou insuficiente, falha na aplicação do primer/adesivo, e contaminação, são alguns exemplos de problemas na técnica que podem ocorrer levando à sensibilidade pós-operatória. Foi o problema de sensibilidade pós-operatória com os adesivos de dois passos com condicionamento ácido que gerou o rápido desenvolvimento do mercado e sucesso temporário dos sistemas autocondicionantes. Muitos clínicos não sabiam mais o que fazer, e alguns inclusive voltaram a forrar a dentina com cimentos de ionômero de vidro modificados com resina. Pesquisas atuais têm mostrado que em geral, os adesivos autocondicionantes de dois passos são melhores do que os de um passo. Concomitantemente, os sistemas de dois passos com condicionamento ácido estão sendo modificados para um manuseio mais fácil. Mais uma vez, com qualquer sistema adesivo, há uma curva de aprendizado, e com qualquer sistema, falhas vão ocorrer até que se domine uma técnica ou um sistema. CP> Como funciona o agente re-umidificante? Deveria sempre usá-lo depois do condicionamento ácido? PP> A função do agente re-umidificante é reexpandir as fibrilas colágenas que colabaram devido ao secamento da dentina depois da lavagem do ácido. Com a desmineralização e perda do mineral, as fibrilas colagenas perdem o suporte para manutenção da sua arquitetura, mas permanecem em um estado 'expandido' na presença da água. Com o secamento, ou seja, perda do suporte pela água, as fibrilas colabam, perdendo os espaços interfibrilares que permitiriam a infiltração dos monômeros do adesivo. Com os adesivos de três passos, o primer contém uma boa proporção de água e HEMA, promovendo uma re-expansão das fibrilas colágenas. Devido ao primer, não existia tanto problema de sensibilidade pós-operatória com os adesivos de três passos. Já com os de dois passos, criou-se um problema, pois não havia água/solvente suficiente para promover uma boa re-expansão das fibrilas colágenas. Conseqüentemente foram desenvolvidas várias técnicas de adesão úmida, para manutenção dos espaços interfibrilares, e boa infiltração dos monômeros adesivos. Com o uso de uma boa técnica durante os passos da adesão, um bom selamento dentinário vai ser obtido, não requerendo o uso de um agente reumidificante. Porém, há clínicos que preferem secar o esmalte e a dentina para comprovar se houve um bom condicionamento do esmalte e dentina. Neste caso, sim, é imprescindível o uso de um agente re-umidifcante para promover a reexpansão das fibrilas colágenas e infiltração dos monômeros adesivos. Há vários reumidificadores disponíveis para esta aplicação, porém um dos mais econômicos e de fácil obtenção é a água. Outro agente muito bom é o que contém glutaraldeído, água e HEMA. O glutaraldeído e um desensibilisador potente, e o HEMA e a água estão em proporções adequadas para haver uma boa expansão de rede de colágeno. Independentemente do agente re-umidificante, é importante permitir que o agente permaneça na superfície da dentina por vários segundos para que as fibrilas colágenos tenham tempo para se re-expandir. CP> Qual o tipo de adesivo que devo ter no meu consultório? PP> O tipo de adesivo que você vem obtendo sucesso repetido. Como descrevi acima, todos os sistemas possuem sensibilidade de técnica e uma curva de aprendizagem para atingir o sucesso. Uma boa técnica e mais importante do que o adesivo em si. Por exemplo, uma pessoa que possui a maestria de uso com um determinado sistema, ao se sentir pressionada pela força do marketing para trocar de sistemas pode passar a ter problemas com sensibilidade pósoperatória, descoloramento nas margens da restauração, gaps nas margens etc... O sucesso clínico pode depender também de fatores externos, como aplicação correta do adesivo, fator-C, inserção incremental da resina, fotopolimerização adequada, e armazenagem do adesivo (pois certos adesivos devem ser guardados no refrigerador). www.sboe.com.br 1 Esthetics 2005 in B em-vindos a 2006!! É tempo de mergulhar fundo e planejar as mudanças para este novo ano que se inicia. 2 Temos que tentar “colocar em ordem” o ano que passou, entendendo as surpresas e o que elas nos ensinaram. Lembrar dos fatos inesperados que viraram de ponta-cabeça planos tão bem montados. 5 6 7 4 Refazer os atalhos que se abriram e repensar os sustos, desafios, alegrias... Nada do que passamos é um desconexo, sem um sentido. Tudo compõe um bordado, ponto por ponto que tece o próximo ano. Por este motivo, queremos reviver nestas fotografias, alguns dos momentos alegres que tivemos durante o evento de 2005. Preparem-se, o 12o Encontro Anual da SBOE está chegando, reservando muitas emoções para você! 3 encontra Aqui você a melhor forma para se aperfeiçoar descontrair & Confraternização geral: 1. Click na entrada do Auditório Principal 2. Tietes após conferência 3. Presença no luau 4. Momento Descontração 5. No Jantar do Presidente 6. Disfarçados para o Jantar 7. Um brinde aos amigos