X FEACOOP
a Feira da união
1 Suplemento
X FEACOOP
U
ma Feira que teve como tema
o cooperativismo, que vislumbrou o sucesso por meio da
união de organizadores, fornecedores, sistema bancário,
cooperados e visitantes não poderia ter outro
resultado, senão a vitória.
Completando dez anos de existência, a FEACOOP
(Feira de Agronegócios Coopercitrus) aconteceu nos dias 5, 6 e 7 de agosto, na EECB (Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro).
A edição comemorativa de dez anos teve
como tema principal o cooperativismo, que
tem, como princípio básico, a união. Tendo
como base uma finalidade comum, cooperativa e cooperados se uniram e alcançaram o ob-
jetivo. Uma Feira lucrativa que ofereceu preços
atrativos.
Vivenciando tempos de mudanças no cenário político, econômico e social, tempos de
reflexão e ação, a Coopercitrus acreditou que
o primeiro grande passo para transpor as dificuldades era a união. União de pessoas, união
de esforços, união de pensamentos, união de
ações. E com esse pensamento realizou mais
uma FEACOOP, com o tema “União que garante grandes negócios”.
O faturamento foi de R$ 176 milhões, apenas
9% menos que os R$ 194 milhões faturados em
2008. O recinto recebeu a visita de 8 mil pessoas entre cooperados, autoridades, profissionais
do setor, visitantes e estudantes. O presidente
da FEACOOP e vice-presidente da Cooperci-
Suplemento 2
trus, João Pedro Matta, comemora o resultado
com entusiasmo: “Estes resultados superaram
as nossas previsões, mesmo as mais otimistas,
considerando que ainda estamos vivendo um
ano de crise econômica mundial, com reflexos
negativos principalmente na citricultura”.
O faturamento do setor de insumos foi de R$
140 milhões, sendo que a cultura da cana-deaçúcar respondeu por 43% deste faturamento
e a cultura de citros por inesperados 34%.
O faturamento do setor de máquinas e implementos foi de R$ 36 milhões. Neste setor, a cultura de citros respondeu por maior parte do
faturamento: 35%, cana-de-açúcar por 32% e
grãos por 25%.
Para o presidente da FEACOOP é animador
saber que os citricultores continuam inves-
3 Suplemento
tindo em seus pomares. “O volume de vendas
de produtos relacionados diretamente com a
cultura dos citros foi uma grata surpresa, além
dos 34% do volume de vendas da área de insumos tivemos também 35% na área de máquinas, que são bens duráveis, significando que o
citricultor ainda acredita na laranja e, mais do
que isso, que ele está consciente da necessidade de cuidar bem do pomar. A crise econômica
do momento passará (como outras crises passaram) e aí, na hora em que a comercialização
da laranja se normalizar, vai ganhar dinheiro
quem estiver com as laranjeiras em condições
de produzir e isto só se consegue com a continuidade dos tratos culturais do pomar”, diz
Matta.
X FEACOOP
Cooperativismo
é o caminho
A
história mostra que a união é o caminho
para a solução das crises. Foi em meio a uma
crise econômica que surgiu a primeira cooperativa do mundo, na Inglaterra.
Na primeira metade do século 19, uma enorme onda de
desemprego atingiu toda a Europa. Este foi o primeiro
grande impacto da Revolução Industrial, que substituiu homens por máquinas, principalmente na indústria têxtil. Neste cenário de desemprego, um grupo de
28 tecelões da cidade de Rochdale reuniu-se, em 1843,
para discutir formas de fugir da miséria. Foi então que
nasceu a ideia de fundarem um armazém cooperativo
de consumo.
Imagine um grupo de pequenos produtores rurais tra-
balhando sozinhos, enfrentando dificuldades. Imagine
esses mesmos produtores juntando recursos para comprar, em condições mais vantajosas, sementes, defensivos, adubos, máquinas e ferramentas e ainda contratar
um engenheiro agrônomo para orientá-los em suas lavouras. Nenhum deles poderia fazer isso sozinho. Mas,
unidos, somam a força que pode levá-los à prosperidade. É esse o princípio básico da doutrina cooperativista.
É este o sentido da realização da FEACOOP.
O trabalho das abelhas é semelhante ao trabalho do
homem em cooperativas. É preciso existir união, dedicação e cooperação. Se fosse só uma abelha, não existiriam bons resultados. Na hora de fazer o mel, todas
as abelhas da colmeia trabalham juntas. E na hora de
Suplemento 4
defender o grupo, também. Esse é um dos exemplos da
natureza mais próximos do trabalho em cooperativas.
E tanto na colmeia, quanto na cooperativa, é um por
todos e todos por um.
Como numa colmeia, na cooperativa todos contribuem
igualmente para a formação do capital, que é controlado democraticamente. Cada abelha tem um papel
definido na comunidade, mas cooperam entre si, num
exercício de ajuda mútua.
Para o fortalecimento do cooperativismo, é importante
que haja intercâmbio de informações, produtos e serviços, viabilizando o setor como atividade sócio-econômica e o principal, com união.
Por esta razão, a Coopercitrus escolheu colmeias e abelhas para ilustrar sua campanha de celebração dos 10
5 Suplemento
anos da FEACOOP, tendo como slogan “União que garante grandes negócios”.
X FEACOOP
Novidades são anunciadas durante
abertura da X FEACOOP
A
solenidade de abertura da X FEACOOP aconteceu na manhã do dia 5 de agosto e reuniu um
público de aproximadamente 500 pessoas, entre cooperados, fornecedores, diretores e funcionários do Sistema Coopercitrus, além de autoridades e
representantes de órgãos ligados ao agronegócio.
O evento teve início com o hasteamento das bandeiras do
Brasil, do Estado de São Paulo, de Bebedouro e da FEACOOP,
e execução do Hino Nacional, com a participação do Tiro
de Guerra de Bebedouro que realizou as honras às bandeiras.
Em seguida, o presidente do Sistema Coopercitrus, Raul
Huss de Almeida, falou sobre a primeira década de existência da FEACOOP. “Nesta primeira década de existência,
constatamos, com grande satisfação, que esta Feira se tor-
nou uma referência não só em nossa região, mas em todo
o Estado de São Paulo. E a cada ano procuramos melhorála, introduzindo novidades que a tornam ainda mais atraente. Não será diferente neste ano”.
Raul deu, então, a grande notícia: “Neste ano, serão dados
descontos progressivos aos cooperados, com vantagens
diferenciadas para quem efetuar compras à vista.
Neste primeiro dia da Feira e no segundo dia, os descontos
serão maiores do que no terceiro dia, quando a FEACOOP
se encerra. Essa novidade também representa uma forma
de premiar os cooperados que, no seu relacionamento
com a Coopercitrus, sempre têm demonstrado grande
confiança em tudo o que é feito por nossa cooperativa”,
anunciou.
Em seu pronunciamento, João Pedro Matta, presidente da
Suplemento 6
FEACOOP e vice-presidente da Coopercitrus, ressaltou que o sucesso da FEACOOP se deve a uma junção de fatores. “A FEACOOP
deve seu sucesso à parceria de nossos fornecedores que sempre
confiaram em nós e sempre trouxeram para cá o melhor. O mesmo devemos dizer do apoio que temos recebido do sistema
bancário. A FEACOOP deve seu sucesso principalmente à boa
receptividade de nossos cooperados. Todos têm entendido
que a função de uma cooperativa como a nossa, por meio da
união de todos os seus associados, é proporcionar a cada produtor rural acesso facilitado ao que há de mais moderno para
o campo. Com isso, trabalhamos para que o campo continue
sendo a base forte do desenvolvimento de nosso país. Portanto, esta Feira não é da Coopercitrus, mas sim de todos e para
todos. Aliás, é também por essa razão que o tema desta décima FEACOOP é a cooperação. Sem essa união, não estaríamos
aqui”, finalizou.
O prefeito de Bebedouro, João Batista Bianchini, destacou em
seu discurso os benefícios de uma Feira do porte da FEACOOP
acontecer no município. “Eventos como este ajudam a superar
o cenário de crise por que passa o Brasil e outros países. O princípio do cooperativismo, do trabalho conjunto, da ação consistente, leva aos melhores acordos comerciais. O município
tem como referência a FEACOOP. Parabéns aos diretores e
cooperados da Coopercitrus”, disse.
O cerimonial de abertura foi encerrado com o pronunciamento
do secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, João Sampaio, que classificou o momento atual como de reflexão. “Parar
para pensar e definir onde queremos chegar com as questões da
laranja, analisando ações e resultados voltados para a citricultura”.
Ele pediu ainda para que as pessoas consumam mais suco de laranja, reeducando os costumes, a fim de alavancar o mercado e
minimizar a situação enfrentada pelos citricultores atualmente.
Os dez anos de realização da FEACOOP foram marcados por
plantios de mudas de mognos, como forma de homenagear
personalidades que têm contribuído para a grandeza do agronegócio brasileiro e do cooperativismo. O recinto da FEACOOP
ganhou um novo mogno que representa os 10 anos da Feira.
“Seu plantio será coletivo, como convém a um ato cooperativo”, finalizou o cerimonialista.
7 Suplemento
compartilhar talentos, superar desafios, perceber e respeitar
o espaço do outro.
O Sescoop levou para a FEACOOP os bonecos da turma da
cooperação, que promoveram a união dos visitantes da Feira
e animaram a todos.
Durante a FEACOOP, o Sistema Ocesp-Sescoop/SP também
“Ficamos muito bem impressionados com a FEACOOP 2009. A Feira estava bem estruturada e
demonstrou todo o profissionalismo da Coopercitrus. Em todos os aspectos, notamos o respeito ao
cooperado e a preocupação com a comunidade.
Deve-se ressaltar também a intercooperação, já
que as outras cooperativas de Bebedouro participaram do evento de forma integrada. O planejamento para a próxima edição da Feira revela que
a Coopercitrus possui uma visão estratégica dos
negócios” – Julio Gushiken, gerente executivo
de relações institucionais da Ocesp.
X FEACOOP
Artesanato, cultura e cooperativismo
juntos na X FEACOOP
P
ela primeira vez, o Sistema Ocesp-Sescoop/SP esteve presente na FEACOOP com um estande onde
informava os visitantes sobre os princípios do cooperativismo. No estande também foi realizada uma
oficina de artesanato para mulheres cooperativistas, onde
elas confeccionaram “mimos” para guardarem de recordação.
Ivone Francisca dos Reis Tadeu, de Cajobi, SP, aprovou a oficina de artesanato. Ela, que foi com o marido para a FEACOOP, aproveitou enquanto ele estava fazendo negócios para
aprender um novo artesanato. “Achei maravilhoso, eu que
vivo o dia a dia da vida rural, achei ótimo dar uma variada e
aprender coisas novas”, disse animada.
A professora universitária Vanda Marques Burjaili Romeiro,
de Bebedouro, filha de produtor rural, ressalta a iniciativa
“Na FEACOOP 2009 foi possível apresentar as
ações do Sistema Ocesp aos cooperados e funcionários das cooperativas de Bebedouro. Também
surgiram oportunidades de orientação a grupos
interessados em constituir novos empreendimentos cooperativos. A parceria com a Coopercitrus
tem muito a acrescentar ao Sistema Ocesp, já que
diversas ações da cooperativa vão ao encontro de
nossos objetivos institucionais, especialmente em
relação aos projetos educativos e culturais, além
da transferência de tecnologia aos cooperados.
Nos três dias de Feira, foi possível visualizar a força
que o sistema cooperativista tem no município” Antonio Pedro Pezzuto Jr. – consultor de agronegócios do Sistema Ocesp.
da FEACOOP levar a mulher para dentro da Feira. “Acho uma
ideia maravilhosa, já que uma das tendências de mercado é
a inserção da mulher no mercado de trabalho. A mulher vem
ganhando espaço em todos os setores e na agricultura não é
diferente. Eu sou um exemplo disso, pois perdi meu pai e hoje
colaboro com minha mãe na administração da empresa rural
da família. Cada vez mais a FEACOOP se caracteriza com uma
grande organização e deve ser considerada um orgulho por
todos os cooperados do Sistema Coopercitrus”, relatou.
No estande do Sescoop aconteceu também integração por
meio da dança circular com crianças que visitaram a FEACOOP, coordenada por Bruno Passos da Silva, funcionário da Coopercitrus. A dança é uma atividade que promove a doutrina
da cooperação, muito mais prazerosa que competir, são realizadas para valorizar a cooperação e o trabalho em equipe,
Suplemento 8
atendeu interessados em constituir cooperativas. Duas deverão ser formadas por produtores rurais e outra por artesãos.
Além disso, houve uma reunião com cooperativas de Bebedouro para elaborar estratégia com o objetivo de sensibilizar
o poder legislativo local para as demandas do setor.
9 Suplemento
X FEACOOP
Foco 100% comercial
A
FEACOOP tem uma infraestrutura de apoio comercial única em comparação com as Feiras de
agronegócios realizadas no país. Com foco estritamente comercial, as vendas realizadas durante
a FEACOOP se concentram dentro da Área de Negócios, local considerado o coração da Feira, pois é lá que acontecem
todas as negociações e vendas. Nas mesas operacionais,
representando cada filial da Coopercitrus, os profissionais
da cooperativa oferecem atendimento personalizado aos
cooperados, que são atendidos pelos funcionários de suas
cidades, com os quais já estão acostumados a negociar.
Como sempre acontece, o café foi servido o tempo todo
dentro e fora da Área de Negócios, proporcionando aos cooperados conforto e comodidade.
Uma novidade ocorrida nesta décima edição que também
colaborou com o positivo faturamento foi que os preços
praticados dentro do recinto da Feira também estavam dis-
poníveis nas 34 filiais da Coopercitrus, nos Estados de São
Paulo e Minas Gerais. Assim, os cooperados que não puderam comparecer à FEACOOP, tiveram a oportunidade de realizar suas negociações nas lojas de suas cidades.
A presença dos bancos dentro da FEACOOP também facilitou os processos de financiamento e o repasse de crédito
aos cooperados. Os bancos presentes na X FEACOOP foram:
Credicitrus, Banco do Brasil, Nossa Caixa, Banco de Lage
Landen e Bradesco.
“Acho que a FEACOOP é uma oportunidade interessante,
principalmente no quesito formas de pagamento, porque
é possível prorrogar, principalmente em função do crédito
que é oferecido para poder tocar a cultura com maior tranquilidade. De uma maneira geral a FEACOOP é uma grande
oportunidade para o produtor poder adquirir os insumos
tanto no preço a vista como oportunidade de comprar a
prazo, se torna para o produtor uma grande chance, prinSuplemento 10
cipalmente no momento de crise que vivemos hoje”, disse o
engenheiro agrônomo Evair Mender que foi à FEACOOP representando um grupo de cooperados.
Geraldo Eustáquio Miranda, superintendente da cooperativa Expocaccer, esteve na FEACOOP realizando negócios em
nome dos cooperados da Expocaccer, cooperativa de produtores de café que possui parceria com a Coopercitrus há
5 anos. “Nós voltamos o volume das necessidades de defensivos e adubos de nossos cooperados para a FEACOOP, aqui
buscamos fazer os melhores negócios. E a prazo de safra,
em boas condições para o agricultor, ou através de trocas,
que fizemos aqui nos primeiros anos, pois o preço de café
não estava muito atraente. Este ano estamos tentando encontrar uma melhor forma para que seja um bom negócio
para os produtores de café e para a Coopercitrus”, disse.
O cooperado José Nelson Pascoalato, pecuarista e produtor
de milho de Santa Rita do Passo a Quatro, SP, estava animado porque tinha acabado de fazer um ótimo negócio ao
adquirir um vagão forrageiro. “Eu já vim para a FEACOOP
querendo comprar este implemento e fiz um ótimo negócio por causa das condições de pagamento. Tudo o que eu
queria comprar eu consegui com uma vantagem muito boa
de preço e condição de pagamento. O empenho da Coopercitrus em encontrar as melhores condições de negócios
para o produtor é notável. Sem dúvida valeu a pena ter esperado a FEACOOP para fechar o negócio. É uma satisfação
vir a esta Feira”.
O cooperado produtor de cana-de-açúcar Vilson Corbo Junior, de Pitangueiras, SP visita a FEACOOP todos os anos e
considera a Feira a melhor oportunidade do ano para aproveitar promoções, facilidades na aquisição de insumos, máquinas e implementos. “Vale a pena esperar pela FEACOOP
porque aqui em razão do alto volume de vendas, encontrase preço e condição de pagamentos melhores. Geralmente
tem condições facilitadas, com taxas de juros mais baixas,
por isso sempre fico na expectativa desta feira”, analisa.
Ele, que adquiriu na FEACOOP um cultivador para cana
e fertilizantes, acredita que para o setor sucroalcooleiro, a
crise econômica mundial é uma oportunidade para se ganhar mais. “O preço dos insumos diminuíram, o dólar abaixou, além disso, há também uma expectativa boa no setor,
o preço do açúcar está bom, então eu particularmente não
vejo este ano como ano de crise. Eu acho que é um ano mais
de oportunidades, e este é um dos motivos que estou aqui,
tentando aproveitar esta oportunidade de fazer bons negócios na FEACOOP”.
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Citricultores que acreditam
na cultura
“Em nossa região, citros é uma cultura que tem boa qualidade para o mercado interno, mas não deixa de ser preocupante pelo fato de as indústrias estarem praticando
preços bem abaixo dos custos de produção. Outro fator
preocupante são as doenças como o amarelinho e o greening. Mesmo em meio a uma grande crise eu continuo
investindo na cultura de citros, porque acredito que será
uma crise passageira, assim que essa crise econômica
mundial passar as coisas voltarão à normalidade.
A FEACOOP é uma Feira que oferece a nós, cooperados,
inovações tecnológicas em todos os segmentos da agricultura. Na Feira os preços praticados sempre valem a
pena”
Jair Barison, citricultor e cooperado de Jales, SP
X FEACOOP
Vendas para citros:
uma grata surpresa
Mesmo em crise, o setor da citricultura foi responsável
por boa parte do faturamento total da Feira. 34% das
vendas de insumos e 35% das vendas de máquinas e
implementos foram destinadas a esta cultura, fato que
surpreendeu os organizadores da X FEACOOP.
O Estado de São Paulo é o maior produtor de laranja do Brasil. O País é responsável por 40% da
produção mundial da fruta e 83% das exportações de suco. Nesta safra, no entanto, a cultura
vive um dos piores momentos. O desânimo tomou conta dos citricultores por dois motivos: o
preço pago pela indústria processadora de suco
e o greening, doença que condena as árvores.
“Um fator que provavelmente influi na decisão de continuar investindo é que devemos ter esperança que no
próximo ano a atividade melhore, do contrário, estaremos literalmente “quebrados”.
As crises são cíclicas, creio que a grande maioria dos
citricultores acredita numa recuperação rápida, principalmente pelo desastre do greening que irá diminuir o
parque citrícola numa progressão rápida, visto os dados
de erradicação que vem ocorrendo. Quando optei por
plantar citros eu acreditava numa boa opção para o tamanho de minha propriedade, portanto, não posso desistir facilmente”
Vilson Antonio da Rocha, citricultor e cooperado de
Mococa, SP
“Fico feliz em saber que a FEACOOP 2009 teve vendas
positivas para a citricultura, apesar da crise que assola o
setor de forma jamais vista, que está deixando os citricultores descapitalizados e de certa forma desacreditados,
levando-os a comprar com prazo de um ano para maioria
dos produtos como foi oferecido e com preços igual e até
inferiores aos da FEACOOP de 2009.
Acredito que apesar da crise no setor existe a necessidade do trato cultural que a citricultura exige e para aqueles que querem se manter na produção de laranja e se
Suplemento 12
13 Suplemento
defender das pragas que não são poucas, não vejo outra
saída.
Estou na citricultura desde 1967, passamos por diversas
crises, não foram tão aterrorizantes como esta, mas mesmo sem saber quando termina, acredito que existe toda
uma infraestrutura e talvez com ela a esperança de que o
ano que vem os bons ventos soprem a nosso favor.
A FEACOOP se tornou um evento necessário para o agronegócio, juntam as empresas que participam todos os
anos, com oferta de produtos, o que torna a FEACOOP
uma referência de preços”.
Antonio Osório Fachini, citricultor de Catanduva, SP
“Penso que este é um momento de avaliação e tomada
de decisão responsável para os citricultores. Jamais devo
continuar na atividade sem ter em mente como colocar
minha produção, tanto para a fabricação de suco concentrado como no abastecimento do mercado in natura.
Atualmente não basta somente pensar na produção, é
necessário pensar também na comercialização.
È fato que os preços atuais da laranja não remuneram os
custos de produção. A cadeia da citricultura tem exigido
do citricultor uma produtividade sem precedente algo
quase impossível dentro das oscilações de preços praticados no mercado.
Tem que haver um equilíbrio de forças quando na determinação dos preços da caixa de laranja somente se
conseguirá aumentá-lo com a organização e apoio dos
citricultores em torno de entidades representantes do
setor produtivo.
Como sugestão gostaria que fosse pensado o prazo de
entrega das mercadorias e preços de saída para as compras a prazo.
Na minha avaliação a FEACOOP, da qual já participo pelo
4º ano consecutivo é um excelente instrumento para realização de negócios com a garantia e apoio da marca
Coopercitrus.”
Cláudio Sardinha, sócio da Citrisa Agropecuária, citricultor de Uberaba, MG
A750 (78cv), A850 (85cv) e A950 (95cv), todos com Motores
Agrícolas AGCO SISU Power turbo alimentados e quatro opções de transmissão totalmente sincronizadas (Normal 8F+4R,
Redutor 12F+8R, Multiplicador 16F+8R e Reversor 12F+12R).
“A marca quer atender os pequenos e médios produtores
com o mesmo padrão Valtra de qualidade e durabilidade que
fizeram da marca a líder de mercado nos tratores de maior
potência. O modelo A750 terá uma importância especial no
Programa Mais Alimentos e os demais modelos também no
programa Pró-Trator do Estado de São Paulo, que estão sendo
responsáveis por uma grande mudança no mix de vendas de
tratores no Brasil. Hoje, máquinas de 50 a 78 cv são responsáveis por 71% das vendas no país”, afirma Jak Torreta Jr., diretor
de Marketing da Valtra. O desafio foi oferecer ao cliente a melhor solução custo/benefício nessa faixa.
A Valtra também levou para a FEACOOP toda sua linha de tratores, colheitadeiras e plantadeiras.
Após o lançamento dos tratores da série A, a Coopercitrus entregou ao cooperado produtor de citros Rodolfo Soncini Ricci,
de Turvinia, distrito de Bebedouro, o primeiro trator da linha
vendido pela concessionária de Bebedouro. “Acho que é um
trator que veio para revolucionar a tecnologia. Tenho certeza
de que será uma excelente máquina. Escolhemos este trator
não só por ser de uma excelente marca, que já conhecemos,
mas pela comodidade que ele proporciona. A confiança que
a marca Valtra passa para gente também é muito importante.
E a Coopercitrus sempre representando, e sendo parceira do
produtor, traz agora esse trator que oferece conforto e economia”, disse Rodolfo.
Tecnologia em ação nas
Dinâmicas de Campo
X FEACOOP
A Feira das novidades tecnológicas
C
erca de 60 empresas do ramo de máquinas e implementos participaram da FEACOOP, apresentando diversos lançamentos, novidades e tecnologias
em adubadeiras, plantadeiras, colhedoras, transbordos, plantadoras, misturadoras.
No setor de Máquinas e Implementos, as novidades foram
muitas este ano. A principal novidade foi o lançamento oficial
dos tratores da Série A da Valtra. São três novos modelos de
tratores, o A750, o A850 e o A950. Tanto o A750 e o A850 podem ser adquiridos por meio do Pró-Trator, plano de subsídio
do governo estadual válido no estado de São Paulo. Já o A750
se enquadra no plano do Governo Federal Mais Alimentos,
que atinge agricultores de todo o país.
A Série A é uma linha desenvolvida a partir da demanda específica do mercado brasileiro, na categoria que detém 71% das
vendas de tratores, os pequenos e médios produtores. Com
este lançamento, a Valtra coloca no mercado três modelos Suplemento 14
E
ste ano, as Dinâmicas de Campo da FEACOOP apresentaram diversas novidades e uma delas foi a demonstração dos tratores Valtra da nova Linha Leve,
lançadas na Feira. Os participantes das dinâmicas
puderam experimentar as máquinas e fazer test-drive.
Os cooperados sempre se entusiasmam com a oportunidade de contemplar de perto os produtos indicados para suas
atividades e se atualizar com as novidades do segmento.
Este ano, mais de 1.000 pessoas conferiram de perto o que
há de mais moderno em máquinas e implementos agrícolas
para citros, preparo de solo, plantio, silagem e colheita de
cana.
O cooperado Ademir Lavrado Centeno, proprietário do Sítio
15 Suplemento
Progresso de Monte Azul Paulista, SP, produtor de laranja
e cana-de-açúcar participa das dinâmicas há vários anos e
sempre se surpreende. “As apresentações superam minhas
expectativas. A Coopercitrus proporciona aos produtores
verem de perto as máquinas trabalhando e isso é a melhor
coisa que ela faz para o produtor, pois aqui dá para
visualizar e avaliar o desempenho de cada
máquina e implemento e o que é ideal
para a minha propriedade. Desde que
comecei a participar das dinâmicas na
Feira tenho adquirido alguns implementos, como serra, roçadeira e pulverizador”, disse.
Encontro Sucroalcooleiro é realizado
durante X FEACOOP
Pela oitava vez na FEACOOP, o citricultor Alécio Maraia, de Jales, SP, ressalta a importância de se manter atualizado. “A cada ano a Coopercitrus
faz a diferença trazendo implementos da mais alta tecnologia para que
o agricultor e o cooperado fiquem por dentro das novidades”, disse.
“As demonstrações de máquinas são muito importantes, além de trazer
muitas novidades em máquinas, novas técnicas, implementos modificados com melhor aproveitamento do tempo”, diz Donizete Aparecido
Campoy, cooperado de Novo Horizonte, SP. Segundo ele, na hora de
adquirir uma nova máquina o produtor precisa ver o trator trabalhando para analisar o funcionamento e consumo. “Estou aqui para ver a
demonstração de um BL 88. Tenho um trator de 30 anos que pretendo
dispor e adquirir um novo”, diz o produtor de limão.
Para o produtor de laranja e cooperado João Caibar Zanguetini Junior,
de Monte Azul Paulista, SP, “a Coopercitrus atende cada vez melhor o
agricultor. Estava vendo a apresentação da colheitadeira da Valtra e com
certeza se eu tivesse grão na minha propriedade compraria, porque foi
uma magnífica demonstração”. Segundo Zanguetini, o baixo custo da
caixa de laranja deixa o produtor cauteloso, no momento, para investir.
Suplemento 16
Pela terceira vez, a FEACOOP recebeu um
evento especial: o “Encontro do Setor Sucroalcooleiro FEACOOP”. O evento aconteceu na noite do segundo dia da Feira (6 de
agosto) e reuniu representantes de mais
de 28 usinas do país, juntamente com
representantes de associações ligadas
ao segmento e diretores e executivos da
cooperativa e empresas fornecedoras de
máquinas agrícolas, além de profissionais
da Valtra do Brasil. O objetivo do encontro foi apresentar novidades e principais
tecnologias para o setor canavieiro, além
de estreitar a parceria e debater sobre as
tendências do setor sucroalcooleiro.
Os convidados participaram de uma Dinâmica de Campo especial, com a demonstração de máquinas e implementos
voltados exclusivamente ao setor canavieiro e conheceram toda a estrutura da
FEACOOP.
Durante a cerimônia, o presidente do Sistema Coopercitrus, Raul Huss de Almeida,
entregou uma placa em homenagem ao
lançamento dos tratores da serie A, para
Orlando Capelossa, diretor de vendas e
pós-venda da Valtra do Brasil.
O vice-presidente sênior para a América
Latina da AGCO, grupo que administra a
Valtra, André Muller Carioba, entregou a
João Pedro Matta uma placa comemora-
17 Suplemento
tiva pelos 10 anos de FEACOOP.
Para Carioba, um encontro como este é
fundamental para fortalecer vínculos de
fidelidade com os clientes. “Acredito que
este é um momento muito importante
para trocar ideias e promover uma maior
aproximação com os grandes clientes do
setor canavieiro que estão aqui concentrados nesta noite”.
Pela segunda vez na FEACOOP, Carioba
declarou-se mais uma vez encantado com
a organização. “A Coopercitrus está de parabéns por esta Feira de altíssimo padrão,
cuja organização está num nível muito
elevado. Fico sempre impressionado com
esta cooperativa. É maravilhoso estar aqui
justamente no ano em que a FEACOOP
completa 10 anos”, disse.
Para o gerente do departamento de máquinas e implementos da Coopercitrus,
José Geraldo da Silveira Mello, o evento
foi um sucesso absoluto. “Sem dúvida superou as edições anteriores, não só pela
presença de presidentes, diretores e gerentes corporativos das Usinas, que enriqueceram a FEACOOP, mas também com
seus testemunhos de satisfação com a
marca Valtra e a garantia de um pós-venda diferenciado possibilitando a disponibilidade das máquinas com um índice de
95%”, disse.
Raul, Carioba e João Pedro
Raul e Orlando Capelossa
X FEACOOP
História do movimento cooperativista
presente no Espaço Cultural
Cooperativismo através do
olhar das crianças
s visitantes da FEACOOP deste ano puderam conhecer mais sobre a história do movimento cooperativista que teve início em Rochdale, Inglaterra, em 1844,
além de saber sobre seus ramos de atuação, valores
e princípios. A exposição “Cooperativismo, uma História Sempre
Atual”, da Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São
Paulo) estava aberta para visitação no Espaço Cultural.
Lá, os visitantes encontraram também uma exposição de quadros
de temas variados pintados por artistas de Bebedouro. E uma exposição de trabalho de crianças de escolas de Bebedouro sobre o
tema “Cooperativismo”.
A visitante Maria José Ramos, de Bebedouro, se encantou com a
exposição das crianças. “Está perfeito, é muito legal esta oportunidade que a FEACOOP dá para as crianças das escolas da cidade”.
A convite dos organizadores da X FEACOOP, alunos de
terceiras e quartas séries de escolas da rede municipal de
Bebedouro produziram painéis sobre cooperativismo. Os
trabalhos ficaram expostos no restaurante Vip e no Espaço
Cultural durante a realização da FEACOOP.
O
Suplemento 18
19 Suplemento
Secretário da agricultura
teve gabinete na
X FEACOOP
Escolas autoras dos painéis:
• EMEF “Dr. Augusto Vieira”
• EMEB “Alfredo Naime”
• EMEB “Conrado Caldeira”
• EMEB “Prof.ª Izabel Motta Silva Cardoso”
• EMEB “João Pereira Pinho”
• EMEB “Profº.Léllis do Amaral Campos”
• EMEB “ Prof.º Octávio Guimarães de Toledo”
• EMEB “Prof.º Paulo Rezende Torres de Albuquerque”
• EMEB “Yolanda Carolina G.Villela
• EMEB “José Caldeira Cardoso”
• EMEB “Arnaldo de Rosis Garrido”
• EMEB “Apparecida Zacarelli Molinari
• EMEB “Maria Fernanda Lopes Piffer”
O
secretário de agricultura e abastecimento do Estado de São Paulo, João Sampaio, transferiu o seu Gabinete para a FEACOOP, no
primeiro dia de Feira, 5 de agosto. Após participar da solenidade
de abertura da Feira, ele realizou audiências com produtores e autoridades da região e participou de toda a agenda da FEACOOP.
Sobre a situação atual da citricultura, João Sampaio espera ter uma solução
parcial. Ainda em setembro, deve ser apresentado um seguro de indenização
aos produtores que arrancaram os pés de laranja com greening. O governo
estadual vai arcar com 60% e o federal com 40% do seguro.
Na próxima safra, os citricultores deverão pagar 30% do custo do prêmio. “Isso
minimiza o problema. Os produtores devem se mobilizar para vender o suco
processado no mercado interno”, analisa Sampaio.
O secretário tem razão quanto ao potencial. O brasileiro consome só 11 litros
de suco de laranja por ano.
“A laranja vem sendo substituída pelo refrigerante e outras frutas. O citricultor
precisa fazer a sua parte. É fácil pegar a laranja, entregar na indústria e responsabilizá-la por encontrar comprador. Há linhas de crédito com juros de 3% ao
ano para quem quer renovar o pomar ou montar uma pequena agroindústria”,
critica Sampaio.
Até mesmo o secretário da agricultura, que também é cooperado da Coopercitrus e produtor rural, aproveitou os preços imperdíveis praticados na FEACOOP e durante a Coletiva de Imprensa falou sobre seu desejo de comprar um
tanque de combustível. “Eu ia comprar no final de julho, mas decidi esperar a
FEACOOP e agora fiquei sabendo que preciso comprar entre hoje e amanhã,
porque os preços serão melhores, eu vou ver se consigo ainda hoje correr para
fazer um bom negócio, porque sem dúvida acho que vale a pena para os produtores rurais concentrarem aqui as suas compras”, brincou Sampaio.
Greening: a X Feacoop
também tem a ver com isso
O
Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) participou da
X FEACOOP (Feira de Agronegócios da Coopercitrus) com
o objetivo de conscientizar os citricultores sobre o correto
manejo do greening.
No estande institucional do Fundecitrus, juntamente com o Departamento Técnico Agropecuário da Coopercitrus, engenheiros agrônomos
da equipe de conscientização do greening ofereceram orientações e
distribuíram materiais informativos sobre como combater a pior doença
de citros do mundo. A importância das inspeções de pomares, da erradicação imediata das plantas sintomáticas, o preenchimento do relatório e
as novas regras da IN (Instrução Normativa) 53, foram temas enfocados
pela equipe do Fundecitrus. Outras informações e esclarecimento sobre
as demais pragas e doenças de citros também puderam ser encontradas
no estande.
Coopercitrus
agradece o
apoio de todos
os patrocinadores da
Feacoop:
• ônibus para cooperados
Basf
ATB Baldan
• estacionamento vip cooperados
Basf
ATB Baldan
Iharabrás
Du Pont
Syngenta
• café / água e suco na
Área de negócios
Du Pont
Sipcam Isagro
Milenia
Basf
Nortox
Yara Brasil Fertilizantes
• café na área externa
Du Pont
Basf
Monsanto
Syngenta
Iharabrás
Raul, João Sampaio e João Pedro
Suplemento 20
21 Suplemento
Entrevistas
Entrevistas
Raul Huss de Almeida
Presidente do Sistema Coopercitrus
A FEACOOP deste ano teve um
resultado surpreendente. A que é
atribuído esse grande número de
negócios?
Levando em conta a atual conjuntura para alguns setores do agronegócio – em especial o
de citros e o de cana-de-açúcar, por razões amplamente conhecidas de nossos cooperados – podemos considerar a X
FEACOOP um extraordinário sucesso. Sucesso pelas ofertas
de fornecimentos de todos os insumos e máquinas agrícolas
necessárias ao bom desenvolvimento das atividades de nossos associados, nos melhores preços em negócios de médio
e curto prazo e ótimas condições nas vendas a prazo de safra,
que é o objetivo principal de nosso evento.
As inovações levadas a efeito, objetivando dinamizar os negócios durante os três dias de Feira, com incentivos – preços,
descontos e bônus-fidelidade – nos dois primeiros dias e a extensão das vendas para todas as nossas lojas, acreditamos que
foram os pontos altos de uma Feira muito bem sucedida.
A par disso, a ótima apresentação das dinâmicas de campo,
com a evolução racional e tecnológica das máquinas que
constituem o instrumento de trabalho dos nossos agricultores e pecuaristas, que foi presenciada por 1.000 interessados,
número recorde de todas as Feiras. Registramos, também, a
importância do lançamento da linha de tratores leves da Valtra, o série A, por ocasião da Feira.
Qual o balanço geral desta edição da Feira de Agronegócios
Coopercitrus?
O balanço que fazemos da X FEACOOP é o melhor possível.
Atingiu um ótimo grau de eficiência, objetividade, simplicidade e redução de custos, sintetizando, atingiu o objetivo previsto. O volume de vendas, de R$ 174 milhões, se não superou o
da Feira anterior em valores, certamente foi muito maior em
volume físico, já que alguns produtos foram vendidos com
expressiva redução de preço comparativamente ao ano passado. Dentre as inovações, a extensão de vendas nas filiais
aprovou tanto, que é nosso pensamento realizar pelo menos
mais um evento virtual da espécie, por ano, possivelmente já
no início de 2010.
Na sua opinião qual a importância da FEACOOP para o
agronegócio brasileiro?
Dada a grande importância do agronegócio de São Paulo no
contexto Brasil, certamente ela acaba tendo grande repercussão além do Estado de São Paulo. O nosso objetivo é que ela
atenda, sempre, as plenas necessidades de nossos cooperados, em toda a nossa área de ação.
Jair Guessi
Gerente do departamento comercial de insumos
Na sua opinião qual a importância da FEACOOP para o agronegócio brasileiro?
Os preços da Coopercitrus durante a FEACOOP são praticados independentes do tamanho de
cada propriedade, em qualquer volume, exercitando assim
um dos princípios do Cooperativismo e, não havendo nenhuma anormalidade, ficam como referência para o mercado, por
pelo menos 60 dias. Nossa Feira é muito importante para o
mercado regional e acaba influenciando outras regiões mais
distantes.
Um grande número das vendas foi feito para o setor da citricultura, cultura que está com sérios problemas este ano. A
que você atribui este fator?
Para as empresas produtoras de defensivos e fertilizantes, para
os fabricantes de máquinas e implementos e para os consumidores destes produtos, a nossa Feira tornou-se a grande
oportunidade para a realização de bons negócios, contribuindo para a redução dos custos de produção. A Coopercitrus
sempre foi referência para o fornecimento de produtos para
a citricultura, atribuo a estes fatos a razão do grande número
das vendas serem para esta importante cultura.
Como você analisa os resultados surpreendentes e inesperados da Feira deste ano?
Suplemento 22
Fiquei muito contente com os números, mas não tão surpreso.
Durante todos estes anos de realização da FEACOOP, sempre
fomos corretos com nossos fornecedores e com nossos compradores, não descumprimos nenhum de nossos compromissos, razão pela qual construímos a nossa credibilidade, causa e
efeito que diferenciam os nossos negócios.
José Geraldo
Gerente do departamento de máquinas e implementos
Como foi o desempenho do Departamento de Máquinas e Implementos Agrícolas na X FEACOOP?
Conseguimos, nesta edição de número dez, o melhor e o mais
importante desempenho da história da Feira, graças a alguns
fatores que foram predominantes e especiais, os quais é importante ressaltar:
- O esforço e empenho dos nossos fornecedores em conceder
preços especiais e com descontos tão atrativos, que superaram as nossas expectativas, motivaram os nossos cooperados
a realizarem suas compras, pois adotamos como procedimento que a validade destas condições especiais fossem válidas
somente para os três dias da Feira, o que também foi uma inovação e consolidou, assim, a credibilidade e a sustentabilidade
da FEACOOP, no segmento do agronegócio regional, estadual
e nacional.
- O volume de máquinas e implementos em exposição foi também superior aos outros anos, tanto na área estática, como nas
dinâmicas, o que deu um visual também especial e dinâmico
à Feira e também às equipes de representantes e técnicos dos
expositores, juntamente com as nossas equipes que se esmeraram no atendimento junto aos nossos cooperados.
Este ano o faturamento do departamento de Máquinas e
Implementos foi maior que em 2008, a que você atribui este
fator?
O crescimento das vendas da X FEACOOP foi em torno de
20%, graças aos seguintes fatores:
- Além dos preços e condições especiais já citados anteriormente, ressaltamos um ponto fundamental e determinante
que impulsionou os nossos negócios: a elaboração de uma
linha de crédito por parte do BNDES, que é o novo Finame
Agrícola PSI (Programa de Sustentação do Investimento), com
juros de 4.50% fixos ao ano, com prazo de pagamento até 10
23 Suplemento
anos, de acordo com a capacidade de pagamento dos produtores rurais. A liberação e início das operações desta linha de
crédito inovadora coincidiu exatamente com os dias da FEACOOP.
A presença e a atuação brilhante dos Bancos: Brasil, Bradesco,
Nossa Caixa, AGCO Finance, Credicitrus, que não mediram esforços no fornecimento desta linha de crédito e outras linhas,
para que obtivéssemos este sucesso nas vendas de tratores e
implementos agrícolas. O Consórcio Nacional Valtra também
esteve presente oferecendo a venda de cotas de grupos especiais, com prazo de pagamento de até 120 meses, e com
lances fixos e entregas de tratores programadas.
Além do resultado econômico, gostaria de ressaltar a importância do reconhecimento dos diretores e superintendentes
das empresas fornecedoras que estiveram presentes na FEACOOP, que teceram elogios e reafirmaram que conhecem várias Feiras no mundo todo, e consideram a FEACOOP uma das
melhores do mundo, aumentando, assim, para nós colaboradores e diretores do Sistema Coopercitrus, o compromisso de
continuarmos mantendo este nível de organização, satisfação
e o mais importante oferecendo preços e condições que atendam às expectativas dos nossos cooperados e contribuam
efetivamente para a redução dos custos de produção, aumentando assim a sua produtividade.
As Demonstrações de Campo foram consideradas, nesta X
FEACOOP, como as melhores, pelos seguintes motivos: efetuamos o preparo de solo com antecedência de 90 dias e divididos em lotes nos quais plantamos sorgo, milho e cana. Para
conseguir o ciclo destas culturas, dentro do prazo necessário
investimos num sistema de irrigação, o que possibilitou a demonstração da Colheitadeira Modelo BC 4500 da Valtra, com
motor Siso Power com plataforma especial para milho e sorgo,
o que foi realmente um sucesso de vendas.
Gostaria de registrar um destaque especial para os nossos colaboradores do departamento de pós-vendas, que trabalharam
incansavelmente neste período que antecedeu a Feaccop, inclusive aos sábados e domingos, efetuando a irrigação e todos os preparos e cuidados necessários para conseguirmos os
resultados que foram realmente satisfatórios e elogiados por
todos os cooperados e expositores presentes.
O que significou para o departamento de Máquinas e Implementos da Coopercitrus a Valtra do Brasil lançar os tratores
da série A na FEACOOP?
Podemos destacar os seguintes itens: 1. Graças à importância
que a Coopercitrus representa para a Valtra do Brasil, a FEACOOP está registrada no calendário de Feiras e evento da
Valtra do Brasil. 2. A FEACOOP é uma Feira com uma marca
exclusiva de tratores, a Valtra. 3. A nossa presença em 150 municípios dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, com área de
atuação da nossa rede de concessionárias Valtra, a capilaridade e a relação de confiança entre Cooperativa, cooperado e a
marca Valtra. 4. O mais importante que é a característica dos
tratores série A, com as potências de 78 a 95 cv, e que atendem
especificamente as culturas de citros, café, cana-de-açúcar, entre outras, que são predominantes em nossa área.
Todos estes itens nos deram a certeza da realização de bons
negócios, o que realmente conseguimos realizar.
trabalho prévio, entrosamento com os Departamentos Comerciais da Valtra e de Insumos, como também apoio de Bancos e Fornecedores.
Quais foram as novidades de máquinas e implementos que
estiveram presentes na X FEACOOP?
Além do lançamento dos novos tratores da série A, da Valtra,
outra novidade foi a Colheitadeira BC 4500, SISO POWER 190
Valtra, com plataforma, que efetuou colheita de sorgo durante
as Dinâmicas de Campo.
Outras novidades que estiveram presentes: Adubadeira Semeadora Duplo Disco VIBRAFLOW II 1500 e Adubadeira Semeadora de 1 disco linha GIRO INOX, trincha TRSl e TRL 180
Articulada, da empresa Vicon. A Piccin apresentou o modelo
MASTER 12000 DH Precision BR, uma novidade em aplicação
de corretivos de solo. A Nogueira esteve na Feira com uma
inovação na Colhedora Pecus 9004 Geração 4 e o lançamento Rotaflow, distribuidor de fertilizantes. O Adubador de cana
soca foi apresentado pela DMB. Os kits e adaptações para a
adubadeira Komander Kit GPS, Kit Sensor e Kit Hidráulico são
os lançamentos da Kamaq, que apresentará também a Roçadeira NINJAFLEX 260 e a Roçadeira Frontal FRONTKOP 115. A
Jacto demonstrou nas Dinâmicas de Campo os pulverizadores
Arbus 4000 Multisprayer e Jatão 600 com Duto Prolongador,
Adubador NPK automotriz, c/ barra de aplicação de 13.50 metros p/ 9 linhas em cana, com acionamento hidráulico, com
caçamba para 3.000 kgs, equipado com controlador eletrônico JFC6000. A Baldan apresentou a NSH, nano semeadora
hidráulica, com bom desempenho em solos com obstáculos.
A Coopercitrus estava realizando novamente financiamento com recursos próprios na FEACOOP? Como foi esse tipo
de financiamento?
Para uma Feira desse porte, é fundamental que todos os recursos financeiros disponíveis sejam colocados à disposição dos
cooperados, recursos próprios, de Bancos e de Fornecedores.
Os recursos próprios da cooperativa são importantes na obtenção de descontos com fornecedores, bem como na venda,
em condições especiais a determinados cooperados que precisam de prazos não contemplados na Feira.
Houve alguma diferença este ano em relação a anos anteriores?
A principal diferença é que procuramos analisar os gargalos
e problemas dos anos anteriores, contando com apoio dos
gerentes e vendedores na renovação de cadastros e alocação
de limites de créditos para os cooperados, o que facilitou em
muito os fornecimentos realizados.
Como foi a participação das linhas de crédito disponibilizadas pelos agentes financeiros?
A maior parte das linhas de financiamento veio através de recursos do Crédito Rural para aquisição de insumos, com encargos de 6,75% a.a. , porém a grande inovação foi o financiamento de máquinas e implementos, com recursos do BNDES,
com encargos de 4,5% a.a. e prazos de até 10 anos, facilitando
os cooperados na modernização e mecanização de suas atividades, resultando certamente em melhoria da rentabilidade.
José Vicente da Silva
Gerente do departamento financeiro
Como foi a participação do setor
financeiro na X FEACOOP?
Acreditamos que foi a Feira mais
tranquila das dez realizadas, pelo
XI FEACOOP: 11, 12 e 13
de agosto de 2010
Suplemento 24
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X FEACOOP