UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM MBA GESTÃO EMPRESARIAL LUIS GUSTAVO CANCELLIER A NÃO PERPETUAÇÃO DE PROGRAMAS GERENCIAIS IMPLANTADOS NA EMPRESA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS ITAGRES CRICIÚMA (SC), DEZEMBRO DE 2007 1 LUIS GUSTAVO CANCELLIER A NÃO PERPETUAÇÃO DE PROGRAMAS GERENCIAIS IMPLANTADOS NA EMPRESA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS ITAGRES Monografia apresentada à diretoria de pósgraduação da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, para obtenção do título de especialista em MBA Gestão Empresarial. Orientador: Professor Edson Firmino Ribeiro CRICIÚMA (SC), DEZEMBRO DE 2007 2 Dedico esta conquista a minha família e minha esposa pelo apoio e incentivo que me deram durante estes dois anos. 3 A Deus pelo dom da vida. A minha esposa pelo carinho, compreensão, apoio e paciência a mim dispensados. A empresa proporcionou onde trabalho que a oportunidade me deste estudo. Ao meu orientador Edson Firmino Ribeiro, pela orientação dada quanto à elaboração do trabalho. A todos meus amigos e professores que estiveram sempre presentes nesta caminhada. Meus sinceros agradecimentos a todos que de uma maneira ou de outra, contribuíram por esta conquista. 4 “Não é o cérebro que importa mais, mas sim o que orienta: o caráter, o coração, a generosidade, as idéias.”. (Dostoievski) 5 RESUMO Hoje as empresas são vistas pela comunidade em função do grau de importância com a responsabilidade social e sua capacidade em ser lucrativa, sendo assim em função da diversidade da mão-de-obra nas organizações em termos de gênero, idade, raça e etnia, a administração de recursos humanos tem empregado esforços para neutralizar estas diferenças culturais através de treinamentos dos funcionários e na alteração de programas de benefícios para torná-los mais favoráveis à família. Foram os avanços da tecnologia da comunicação e as reduções às barreiras comerciais entre as nações, que contribuíram para a criação de uma aldeia verdadeiramente global, onde o concorrente pode estar do outro lado da cidade ou do outro lado do mundo. Dentro deste contexto descreve-se sobre importantes tópicos na administração dos recursos humanos e do papel da organização para manter um clima favorável para implantação de programas gerenciais eficazes. Hoje em dia os programas gerenciais nas empresas, possuem um alto índice de insucesso na sua implantação e manutenção, problema este que gera descredibilidade da alta direção para com seus colaboradores, baixando os níveis de motivação e comprometimento do seu capital humano, onde dificulta e muito o atingimento dos resultados necessários para empresa enfrentar os desafios do dia a dia e se manter competitiva no mercado globalizado. As empresas precisam se conscientizar da importância das pessoas dentro do processo produtivo, social e econômico que envolve os resultados empresariais (lucro e sobrevivência), e manutenção da alta motivação em todos os setores da empresa. A motivação é um processo que deve ser bem conduzido tendo uma primeira etapa à conscientização da necessidade da mudança, numa segunda etapa seria a operacionalização desta mudança e por último uma terceira etapa, onde se observa os resultados e concretiza a manutenção da mudança. A estratégia não pode estar somente na cabeça dos dirigentes da organização, ela precisa também estar na cabeça e no coração de todas as pessoas. Para ser adequadamente implementada e atingir os fins a que se propõe, a estratégia organizacional deve ser entendida e compreendida pela generalidade dos membros da organização, de modo que todos saibam o sentido do seu esforço e dedicação pessoal. As empresas estão investindo em programas gerenciais para comprometer, motivar o funcionário ao resultado que é necessário atingir, para manter a perenidade da mesma. Os programas nas empresas são ferramentas eficazes de filosofia, atitudes, motivação, resultados, sistemas, em função do comprometimento de todos os envolvidos e obtenção de respostas rápidas, com avaliação precisa dos resultados. Compreender e gerenciar programas são habilidades de destaque na administração moderna. As pessoas afetadas pelas mudanças necessárias para a implantação dos programas criam comportamentos e necessidades diferentes. A fase de implantação é apenas o inicio para garantir o sucesso do programa, é preciso criar processos constantes de revisão e aprimoramento da mudança. Palavras Chaves: Programas gerenciais; Motivação; Mudanças. 6 SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................ 13 1.1 - Definição do Problema .............................................................................. 13 1.2 - Objetivos..................................................................................................... 14 1.2.1 - Objetivo Geral.......................................................................................... 14 1.2.2 - Objetivos Específicos ............................................................................. 14 1.3 - Justificativa ................................................................................................ 14 2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................... 16 2.1 - Nova Economia .......................................................................................... 16 2.1.1 - Globalização ............................................................................................ 17 2.1.2 - Mudanças de Tecnologia........................................................................ 17 2.1.3 - Mudanças nas Expectativas da Sociedade........................................... 18 2.1.4 - Espírito Empreendedor .......................................................................... 18 2.1.5 - Qualidade, Velocidade e Baixos Custos ............................................... 18 2.2 - A Nova Organização .................................................................................. 19 2.2.1 - Trabalho Flexível e Temporário ............................................................. 19 2.2.2 - Diversidade da Mão-de-Obra.................................................................. 20 2.2.3 - Gestão da Qualidade Total ..................................................................... 20 2.2.4 - Reengenharia .......................................................................................... 21 2.2.5 - Horário Flexível/Remuneração Flexível................................................. 21 2.2.6 - Delegação de Poder ................................................................................ 22 2.2.7 - Responsabilidade Social e Ética ........................................................... 23 2.3 - O Novo Funcionário ................................................................................... 23 2.3.1 - Força de Trabalho ................................................................................... 24 2.3.2 - Rotatividade............................................................................................. 25 2.3.3 - Direcionamento de Carreira ................................................................... 25 2.3.4 - Participação de Equipes......................................................................... 26 2.3.5 - Lidando com Stress ................................................................................ 26 2.4 - Planejamento do Recurso Humano.......................................................... 26 2.4.1 - As Pessoas e as Organizações.............................................................. 28 2.4.2 - Motivação................................................................................................. 30 7 2.4.3 - Resistência a Mudanças......................................................................... 32 2.4.3.1 - Resistência organizacional ................................................................. 33 2.4.4 - Planejamento Estratégico bem Estruturado......................................... 34 2.4.5 - Educação e Treinamento........................................................................ 34 2.5 - Programas Gerenciais nas Organizações................................................ 35 2.5.1 - Evolução dos Programas ....................................................................... 36 2.5.1.1 - Compreensão dos Programas ............................................................ 37 2.5.1.2 - Planejamento do Programa................................................................. 38 2.5.1.3 - Implementação do Programa .............................................................. 38 2.5.1.4 - Consolidação do Programa................................................................. 39 2.5.2 - Fatores Fundamentais para Implantação de programas Gerenciais nas empresas ..................................................................................................... 40 3 - PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ............................................................ 41 3.1 - Delineamento da Pesquisa........................................................................ 41 3.2 - Abordagem Metodológica ......................................................................... 41 3.3 - Tipo de Pesquisa........................................................................................ 41 3.4 - População e Amostra................................................................................. 42 3.5 - Instrumento de Pesquisa........................................................................... 43 3.6 - Ambiente da Pesquisa ............................................................................... 43 3.6.1 - Histórico da Empresa ............................................................................. 43 3.6.2 - Localização Geográfica .......................................................................... 44 3.6.3 - Produção.................................................................................................. 44 3.6.4 - Tecnologia ............................................................................................... 45 3.6.5 - Quadro de lotação................................................................................... 45 3.6.6 - Situação atual do mercado e da empresa............................................. 45 3.6.7 - Tendências do mercado e da empresa ................................................. 46 3.6.8 - Estratégias de planejamento e de crescimento da empresa............... 46 4 - EXPERIENCIA DA PESQUISA ...................................................................... 48 4.1 - Histórico dos Programas Gerenciais ....................................................... 48 4.1.1 - Programa 5S ............................................................................................ 48 4.1.1.1 - Seiri - Senso de Utilização................................................................... 48 8 4.1.1.2 - Seiton - Senso de Ordenação ............................................................. 49 4.1.1.3 - Seisou - Senso de Limpeza ................................................................. 49 4.1.1.4 - Seiketsu - Senso de Asseio................................................................. 49 4.1.1.5 - Shitsuke - Senso de Autodisciplina.................................................... 50 4.1.1.6 - Implantação do Programa 5S.............................................................. 50 4.1.1.7 - Objetivos da Verificação...................................................................... 52 4.1.1.8 - Auditoria de Certificação..................................................................... 52 4.1.1.9 - Comitê de Auditoria ............................................................................. 53 4.1.1.10 - Critérios .............................................................................................. 53 4.1.1.11 - Reconhecimento ................................................................................ 53 4.1.2 - Programa de sistema da qualidade ....................................................... 54 4.1.2.1 - Implantação na Empresa ..................................................................... 55 4.1.3 - Programa SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) ................. 56 4.1.3.1 - Plano de Ação de Implantação do Programa SAC ............................ 57 4.1.3.2 - Relatório de Avaliação das Reclamações.......................................... 58 4.1.4 - Programa de Encontro Cooperativo...................................................... 58 4.1.5 - Plano de Incentivo a Competência (PIC)............................................... 58 4.1.5.1 - Implantação do PIC na Itagres ............................................................ 58 4.1.5.2 - Regras Básicas do Plano .................................................................... 59 4.1.5.3 - Avaliação para promoção.................................................................... 59 4.1.6 - Plano de Participação nos Resultados (PPR)....................................... 60 4.1.7- Programa Seis Sigma .............................................................................. 61 4.1.7.1 - Implantação dos Seis Sigmas na Itagres ........................................... 61 4.1.8 - Programa de Reeducação Operacional (PRO) ..................................... 62 4.1.9 - Programa de Boas Idéias e Sugestões ................................................. 63 4.1.10 - Programa Seminário Interno de Tecnologia Itagres .......................... 64 4.1.11 - Você Pergunta, a Itagres Responde .................................................... 65 4.1.12 - Programa Sábado Feliz......................................................................... 66 5 - RESULTADOS DA PESQUISA...................................................................... 68 5.1 - Programa 5s ............................................................................................... 68 5.1.1 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 68 9 5.1.2 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção ................................................................................................................ 68 5.1.3 - Situação atual do Programa 5S ............................................................. 69 5.1.3.1 - Fatores que levaram a situação atual do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 69 5.1.3.2 - Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção ............................................................................................................... 69 5.2 - Implantação do Programa de Sistema da Qualidade .............................. 69 5.2.1 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 69 5.2.2 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção ................................................................................................................ 70 5.2.3 - Situação Atual do Programa .................................................................. 70 5.2.3.1 - Fatores que levaram a situação atual do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 70 5.2.3.2 - Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção ............................................................................................................... 70 5.3 - Programa de SAC ...................................................................................... 71 5.3.1 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 71 5.3.2 - Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção ............................................................................................................... 71 5.3.3 - Situação Atual do programa .................................................................. 71 5.3.3.1 - Fatores que levarão a situação atual do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 71 5.3.3.2 - Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção ............................................................................................................... 72 5.4 - Programa de Encontro Cooperativo......................................................... 72 5.4.1 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 72 5.4.2 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção ................................................................................................................ 72 5.4.3 - Situação Atual do Programa .................................................................. 72 10 5.4.3.1 - Fatores que levarão a situação atual do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 73 5.4.3.2 - Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção ............................................................................................................... 73 5.5 - Programa PIC............................................................................................. 73 5.5.1 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 73 5.5.2 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção ................................................................................................................ 73 5.5.3 - Situação Atual do Programa .................................................................. 5.5.3.1 - Fatores que levarão a situação atual do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 74 5.5.3.2 - Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção ............................................................................................................... 74 5.6 - Programa PPR ............................................................................................ 74 5.6.1 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 74 5.6.2 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção ................................................................................................................ 75 5.6.3 - Situação Atual do Programa .................................................................. 75 5.6.3.1 - Fatores que levarão a situação atual do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 75 5.6.3.2 - Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção ............................................................................................................... 75 5.7 - Programa Seis Sigmas ............................................................................. 75 5.8 - Programa de Reeducação Operacional.................................................... 76 5.8.1 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 76 5.8.2 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção ................................................................................................................ 76 5.8.3 - Situação Atual do Programa .................................................................. 76 5.9 - Programa de Boas Idéias e Sugestões. ................................................... 77 11 5.9.1 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 77 5.9.2 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção ................................................................................................................ 77 5.9.3 - Situação Atual do Programa .................................................................. 77 5.9.3.1 - Fatores que levarão a situação atual do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 77 5.9.3.2 - Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção ............................................................................................................... 77 5.10 - Programa Seminário Interno de Tecnologia Itagres ............................ 78 5.10.1 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 78 5.10.2 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção ................................................................................................................ 78 5.10.3 - Situação Atual do Programa ................................................................ 78 5.10.3.1 - Fatores que levarão a situação atual do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 78 5.10.3.2 - Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção ................................................................................................................ 78 5.11 - Programa Você Pergunta e a Itagres Responde ................................... 79 5.11.1 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 79 5.11.2 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção ................................................................................................................ 79 5.11.3 - Situação Atual do Programa ................................................................ 79 5.11.3.1 - Fatores que levarão a situação atual do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 79 5.11.3.2 - Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção ................................................................................................................ 80 5.12 - Programa Sábado Feliz............................................................................ 80 5.12.1 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional ................................................................................................ 80 5.12.2 - Fatores que induziram a implantação do programa na visão da 12 direção ................................................................................................................ 80 5.12.3 - Situação Atual do Programa ................................................................ 80 5.13 - Detalhamento da Pesquisa que Induziram a Implantação.................... 81 5.13.1 - Avaliação dos programas ineficientes ................................................ 81 5.13.2 - Avaliação dos programas eficientes ................................................... 83 5.14 - Detalhamento da Pesquisa em Relação a Situação Atual dos Programas........................................................................................................... 85 5.14.1 - Avaliação dos programas ineficientes ................................................ 85 5.14.2 - Avaliação de programas eficientes ..................................................... 87 5.15 - Síntese do Resultado da Pesquisa ......................................................... 89 5.16 - Outras Análises dos Programas da Itagres ........................................... 89 5.16.1 - Visualização dos programas implantados por área organizacional da empresa ........................................................................................................ 90 5.16.1.1- Programas específicos da área industrial ........................................ 90 5.16.1.2 - Programas específicos área comercial ............................................ 90 5.16.1.3 - Programas específicos da área administrativa/financeira ............. 90 5.16.1.4 - Programas com abrangência nas três áreas ................................... 90 5.16.2 - Visualização dos Programas Implantados por Níveis Hierárquico... 91 5.16.3 - Visualização dos programas implantados em função de suas áreas de atuação........................................................................................................... 93 5.17 - Análise dos Programas da Itagres nas Três Visões Dividindo-os em Eficientes e Ineficientes.................................................................................... 94 6 - CONCLUSÃO ................................................................................................. 97 REFERÊNCIAS.................................................................................................... 101 ANEXOS .............................................................................................................. 102 13 1 INTRODUÇÃO A sociedade está sofrendo transformações e as organizações estão fazendo parte desse novo contexto. Uma dessas transformações é a globalização da economia onde obriga as organizações a aumentar sua eficiência, para tornarem-se competitivas. Em busca desse aumento de eficiência percebe-se que o desenvolvimento do capital humano será o grande diferencial. Com esse desenvolvimento irão melhorar os sistemas e processos nas organizações, para que isso aconteça devem-se manter os recursos humanos motivados e comprometidos com os resultados da organização. Uma ferramenta importante para envolver e comprometer as pessoas é a implantação de programas gerenciais. Hoje existem dificuldades de entendimento do verdadeiro motivo da implantação de programas como Qualidade, Produtividade, 5S, Caixa de Sugestões, Plano de Participação nos Resultados, Plano de Incentivos a Competência, 6 Sigma, entre outros. Estas dificuldades de entendimento estão atreladas ao número de programas que não tiveram sucesso dentro das empresas do segmento de cerâmica, por isso deve-se buscar a definição de um cronograma de ações e comportamentos no momento de implantação e manutenção de programas vencedores dentro das organizações. 1.1 Definição do problema A não perpetuação de programas gerenciais implantados em empresa de revestimentos cerâmicos. Com base no problema exposto, pretende-se ao final desta pesquisa responder ao seguinte questionamento: Qual o motivo dos freqüentes insucessos na implantação dos programas gerenciais em uma empresa de revestimentos cerâmicos. 14 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo Geral Avaliar o processo de implantação, manutenção e perpetuação de programas coorporativos em uma empresa do segmento de revestimento cerâmico. 1.2.2 Objetivos Específicos • Efetuar uma pesquisa bibliográfica a cerca do assunto abordado. • Descrever o histórico dos programas implantados junto a empresa de revestimentos cerâmicos • Comparar o processo de implantação dos programas que obtiveram sucesso com os que fracassaram. • Verificar o processo de implantação, manutenção e percepção dos programas de sucesso na empresa em estudo. • Definir o cronograma de ações para implantar, manter e perpetuar programas de melhorias na empresa. 1.3 Justificativa Com a globalização da economia e conseqüente e conseqüente chegada de produtos importados no mercado nacional, com qualidade e preços competitivos, principalmente os revestimentos Chineses, obriga as empresas a serem eficazes produzindo produtos com alta qualidade técnica, design criativo e custo otimizado. Uma ferramenta fundamental para alcançar estes níveis é trabalhar com projetos específicos (programas gerenciais) para buscar diferenciais e comprometer o capital humano das empresas em seus objetivos. Hoje em dia estes programas gerenciais nas empresas de revestimentos cerâmicos da região sul de Santa Catarina, possuem um alto índice de insucesso na implantação e manutenção, problema este que gera descredibilidade da alta direção para com seus colaboradores, baixando os níveis de motivação e 15 comprometimento do seu capital humano, onde dificulta e muito o atingimento dos resultados necessários para empresa enfrentar os desafios do dia a dia e se manter competitiva no mercado globalizado. 16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo destina-se a revisão bibliográfica dos temas centrais desta pesquisa. O mesmo foi dividido em cinco partes. A primeira trata da nova economia, a segunda da nova organização, a terceira do novo funcionário. Com esses três temas, nivelam-se as características necessárias atuais, de um funcionário dentro das organizações, das organizações perante seus funcionários e do mercado, e suas estratégias dentro da nova economia. A quarta parte trata do capital humano dentro de uma organização, finalizando, a quinta aborda os programas gerenciais nas organizações. 2.1 Nova Economia As mudanças que vem ocorrendo na sociedade afetam e transformam diretamente a economia. Essas geram um ambiente econômico em constantes transformações. (Tabela 1) As principais mudanças que estão transformando a economia: a globalização; as revoluções tecnológicas, especialmente nas áreas de computação, telecomunicações e informação; crescimento de alguns setores de trabalho e declínio de outros; diversidade cultural; mudanças nas expectativas da sociedade; aumento do espírito empreendedor e clientes mais inconstantes e exigentes. Fazendo um comparativo com a nova e a velha economia, isso nos ilustra as transformações e nos dá uma visão da economia atual. (ROBBINS, 2000, p.5) Tabela 1 - Comparativa entre a velha e nova economia A VELHA ECONOMIA A NOVA ECONOMIA As fronteiras nacionais são quase insignificantes na Fronteiras nacionais limitam a competição definição dos limites de operação de uma organização As mudanças tecnológicas no modo como as A tecnologia reforça hierarquia rígida e informações são geradas, armazenadas, utilizadas e limitam o acesso as informações compartilhadas as tornaram mais acessíveis. As oportunidades de emprego se As oportunidades de trabalho se destinam os destinam aos trabalhadores industriais trabalhadores do conhecimento A população é relativamente homogênea A população é caracterizada pela diversidade cultural A empresa é alienada ao seu ambiente A empresa aceita suas responsabilidade sociais A economia é conduzida por grandes corporações Os consumidores adquirem aquilo que as empresas decidem fornecer-lhes A economia é conduzida por empresas pequenas, empreendedoras. Fonte: (ROBINS, 2000, p.5) As necessidades do cliente conduzem os negócios 17 2.1.1 Globalização Foram os avanços da tecnologia da comunicação e as reduções às barreiras comerciais entre as nações, que contribuíram para a criação de uma aldeia verdadeiramente global, onde o concorrente pode estar do outro lado da cidade como do outro lado do mundo. Segundo Puri (2000), as duas forças motrizes que sustentam a globalização são: a procura de novos mercados e os esforços para a redução de custos. 2.1.2 Mudanças de Tecnologia As mudanças tecnológicas vêm ocorrendo em uma velocidade muito alta e estão mudando a maneira como a informação é criada, armazenada, utilizada e distribuída. Toffler apud Robbins (2000), propõe seu modelo constituído por três padrões básicos de mudanças, que ele chama de ‘’ondas’’, para que se possam compreender melhor os movimentos históricos que tem ocorrido na sociedade. A primeira onda, decorrente da revolução agrícola, há dez mil anos, conduziu a transição da caça, procura e coleta de alimentos para as grandes sociedades camponesas do passado, centradas na exploração da terra e simbolizada pela enxada. A segunda onda, decorrente da revolução industrial, há 300 anos, caracterizada pela massificação da produção,distribuição,diversão, educação com predomínio da uniformização, onde a individualidade é suprimida, fazendo nascer uma civilização centrada na fábrica e simbolizada pela linha de montagem. A terceira onda, caracterizada pela revolução do conhecimento, pela desmassificação da produção, diversão, distribuição, educação, com predomínio da diversificação, onde a individualidade é estimulada, com alterações acentuadas nos processos, para atender necessidades personalizadas dos clientes, fazendo surgir uma nova civilização, centrada na informação e no computador. Estes padrões de mudanças, segundo Toffler, afetam a sociedade como um todo, forçando transformações nos seus diferentes sistemas e subsistemas, tanto mudanças políticas, econômicas, organizacionais, culturais, sociais, familiares, como educacionais. 18 2.1.3 Mudanças nas Expectativas da Sociedade Hoje as empresas são vistas pela comunidade em função do grau de importância que tem com a responsabilidade social e do seu sucesso em ser lucrativa. Responsabilidade social inclui um amplo leque de questões como as relações com a comunidade e funcionários, o desenvolvimento e responsabilidade pelos produtos, políticas de apoio ás mulheres e ás minorias e não fazer negócios em paises que abusam dos direitos humanos. Atualmente, a sensibilidade para com o meio ambiente vem merecendo muita atenção. As empresas reavaliam seus métodos de embalagem, a reciclagem dos produtos, práticas de segurança ambiental e assim por diante. ‘ A idéia de ser protetor ambiental, ou “verde”, produzirá impacto em todos os aspectos do negócio da concepção dos produtos e serviços até sua utilização e posterior descarte pelos clientes. (ROBBINS, 2000, p.9) . 2.1.4 Espírito Empreendedor As pessoas hoje estão criando seus próprios negócios. Segundo (Lucena, 1995), o espírito empreendedor está relacionado com o processo de iniciar um negócio, organizar os recursos necessários e assumir seus respectivos riscos e recompensas. Os negócios normalmente começam pequenos, a maioria recai na definição de micro ou pequena empresa. 2.1.5 Qualidade, Velocidade e Baixos Custos. Com a globalização os clientes de hoje dispõem de mais opções do que nunca, e por isso é difícil o seu contentamento. Toda organização deve ter suas estratégias e seus diferenciais para atender as exigências do cliente com o custo mais baixo. Os clientes estão exigindo atendimento rápido, alta qualidade e valor para o seu dinheiro, produção personalizada em massa, serviços telefônicos gratuitos (os 0-800), o crescimento da encomenda postal, compras por telefone e internet, 19 supermercados de descontos e gerentes que se tornaram obcecados com a qualidade constituem respostas a clientes mais exigentes. 2.2 A Nova Organização Quando ocorrem mudanças na economia, a mesma coisa acontece nas organizações, pois as mesmas estão inseridas no contexto. (tabela 2). Tabela 2 - Comparativa das transformações entre a velha e a nova organização VELHA ORGANIZAÇÂO NOVA ORGANIZAÇÃO As fronteiras nacionais são quase insignificantes na definição dos limites de operação de uma organização Empregos estáveis Cargos temporários Mão-de-obra relativamente homogênea Mão-de-obra diversificada O aprimoramento contínuo e a satisfação A qualidade é uma reflexão tardia do cliente são essenciais As grandes corporações fornecem . As grandes corporações estão reduzindo segurança no emprego drasticamente o número de funcionários Se não quebrou, não conserte. Redesenhe todos os processos Disperse os riscos pela participação em .Concentre-se em competências centrais. múltiplos negócios A hierarquia proporciona eficiência e Desmantele a hierarquia para aumentar a controle flexibilidade Jornadas de trabalho definidas, como de Os expedientes não possuem nenhum 9 às 18h. limite de tempo Trabalho é definido em termos das tarefas a Trabalho é definido pelos cargos serem realizadas O pagamento é estável e relacionado ao O pagamento e flexível e de ampla faixa tempo de serviço e nível do cargo Os gerentes tomam decisões sozinhos Os funcionários participam das decisões A tomada de decisão é motivada pelo Os critérios de decisão são ampliados para utilitarismo incluir direitos de justiça Fonte:(ROBBINS, 2000, p. 6) Fronteiras organização nacionais limitam a 2.2.1 Trabalho Flexível e Temporário No mundo atual que é de rápidas e violentas transformações, os mercados das empresas sofrem altos e baixos ciclos, obrigando os gerentes a adequarem os custos, então uma solução encontrada e realizada pelos gestores das empresas para tornar flexível o custo de mão-de-obra, é a criação de cargos temporários. 20 Segundo (Chiavenato, 2000), na Inglaterra, foram criados 215 mil novos cargos temporários em 1993, enquanto o número de cargos de tempo integral caiu para 287 mil. 2.2.2 Diversidade da Mão-de-Obra Em função da diversidade da mão-de-obra nas organizações em termos de gênero, idade, raça e etnia, a administração de recursos humanos tem empregado esforços para neutralizar esta diferença cultural através de treinamentos dos funcionários e na alteração de programas de benefícios para torná-los mais favoráveis à família. Benefícios à família é um termo que abrange um amplo leque programas de trabalho e família, como creche no local de trabalho, assistência pediátrica e geriátrica, horário flexível, compressão da semana de trabalho, compartilhamento de cargos, telecomutação, emprego temporário em meio expediente, licenças não-remuneradas e assistência à relocação de membros da família dos funcionários. Com mais mulheres no mercado de trabalho e mais casais com duas carreiras, os benefícios favoráveis às famílias são vistos como meio para ajudar os funcionários a equilibrar melhor suas vidas pessoais com o trabalho. Um estudo na Johnson&johnson, por exemplo, constatou que o absenteísmo entre funcionários que utilizavam horário móvel de trabalho e políticas de licença familiar era em média, 50% menor. (ROBBINS, 2000, p.12) 2.2.3 Gestão da Qualidade Total A gestão da qualidade total ou TQM (total quality management) é fruto da competição global e dos clientes mais exigentes, que levam as empresas a adotarem uma filosofia de administração baseada no constante aprimoramento e respostas às necessidades e expectativas do consumidor (cliente). De acordo com Robbins (2000), gestão da qualidade é: 1) Foco intenso no cliente. O cliente não só incluem os de fora, que compram os produtos ou serviços da organização, como também os clientes internos (como pessoal da expedição ou de contas a pagar), que atendem e interagem com outros na organização. 2) Preocupação pelo aprimoramento constante. O TQM é um compromisso em nunca estar satisfeito. “Muito Bom” não é bom o bastante. A 21 qualidade sempre pode ser melhorada. O TQM cria uma corrida sem linha de chegada. 3) Aprimoramento na qualidade de tudo o que a organização faz. O TQM usa uma definição muito ampla de qualidade. Ela não se refere apenas ao produto final, mas também ao modo como a organização trata as entregas, como responde rapidamente às reclamações, a polidez com que os telefonemas são atendidos, e assim por diante. 4) Mensuração precisa. O TQM utiliza técnicas estatísticas para medir total variável critica nas operações da organização. Essas operações são medidas comparadas com padrões ou marcos de referência para identificar problemas, localizar suas raízes e eliminar suas causas. 5) Participação ativa dos funcionários. O TQM envolve o pessoal de linha no processo de aprimoramento. Nos programas de TQM, equipes são amplamente empregadas como veículos de participação ativa na detecção e na solução de problemas. 2.2.4 Reengenharia Reengenharia são mudanças nas empresas para oferecerem diferenciais exigidos pelos clientes. Toffler (1990), afirma que com a globalização, as empresas para se adequarem as exigências do mercado, não podem mais simplesmente efetuarem melhorias lentas e contínuas, e sim reestruturar toda a empresa como se tivesse recomeçando suas atividades, para oferecerem vantagens em função de criatividade ou avanço tecnológico aos clientes em tempo real. 2.2.5 Horário Flexível/Remuneração Flexível Os desenhados horários pela e remunerações organização baseados dos em funcionários desempenho, atualmente habilidades são e contribuições individuais de cada funcionário, que onde após definições de regras, busca-se ou define-se seu horário de trabalho visando maior resultado à empresa, 22 automaticamente maior remuneração individual já que a composição salarial depende de sua contribuição individual a empresa. Lucena (1995), diz que a remuneração do funcionário depende dos resultados que o mesmo gera para a empresa, em função disto não existe mais funcionário caro ou barato e sim os que proporcionam mais ou menos resultados para as organizações. 2.2.6 Delegação de Poder Com o objetivo de agilizar e melhorar a qualidade nas tomadas de decisões, as empresas sentiram a necessidade de delegar poder, que é a atribuição de autoridade para que outra pessoa desempenhe atividades específicas, e achatando suas estruturas, que é a eliminação de postos gerenciais intermediários diminuindo os níveis hierárquicos. Segundo Robbins (2000), existem pelo menos três fatores em ação no processo de delegar poder que são: Primeiro, a mão-de-obra mudou, hoje, ela tem muito mais formação e treinamento do que no começo do século XX, isto ocorre devido à complexidade dos cargos. Os trabalhadores atuais sabem qual a melhor maneira de realizar suas funções. Segundo, a competitividade global exige que as organizações sejam capazes de mudar com rapidez. As organizações devem poder tomar decisões e implementar mudanças rapidamente. Quando se permite que as pessoas que de fato realizam o trabalho tomem suas próprias decisões relativas a seus cargos, geralmente a velocidade e a qualidade dessas decisões melhoram. Terceiro, é o efeito do desmantelamento das hierarquias organizacionais. As organizações eliminaram muitos postos gerenciais médios e achataram suas estruturas a fim de reduzir custos e melhorar a capacidade de resposta. Esse processo deixou o gerenciamento de nível inferior com muito mais pessoas para supervisionar. Um gerente que tinha de supervisionar apenas seis ou oito funcionários podia monitorar de perto o trabalho de cada um e micro gerenciar as atividades. Agora, é provável que ele tenha de supervisionar 20 ou 30 pessoas e não tenha condições de saber de tudo que está se passando. Assim, os gerentes foram obrigados a abrir mão de parte de sua autoridade. 23 2.2.7 Responsabilidade Social e Ética As empresas hoje possuem responsabilidades e compromissos éticos com a sociedade, muito grande, em razão de a mesma ter acesso a informações com muita rapidez e amplitude, através de meios de comunicação de altíssima tecnologia disponíveis no mercado a toda população. Atualmente exigem-se muito das empresas o crescimento sustentável e atendimento das normas ambientais com seus indicadores cada vez mais apertados. Mesmo as organizações de hoje sendo mais socialmente responsáveis do que em qualquer outro momento do passado recente, elas continuam a serem criticadas por sua falta de responsabilidade social. O que aconteceu foi que as expectativas da sociedade em relação ao que é considerado “conduta adequada” elevaram-se mais rapidamente do que a capacidade da empresa em melhorar seus padrões. Assim, ainda que as empresas possuam hoje mais consciência social, a percepção do público é que elas ainda têm muito que melhorar. (ROBBINS, 2000, p. 19) 2.3 O Novo Funcionário Com a transformação que vem ocorrendo na sociedade e nas organizações, em função da globalização que aumenta a competitividade, os concorrentes podem surgir agora tanto da mesma cidade como do outro lado do mundo obrigando as empresas a serem flexíveis e terem capacidade de reação. Para que isso aconteça a mão-de-obra das empresas precisam adaptar-se, onde aparece o novo perfil do funcionário para atuar neste contexto. (Tabela 3) Tabela 3 - Comparativo com o novo e o antigo funcionário ANTIGO FUNCIONÁRIO NOVO FUNCIONÁRIO Cargos na fábrica eram de baixa qualificação, mas bem remunerados. Recebe segurança no emprego em troca de lealdade A organização assume responsabilidade pelo desenvolvimento da carreira É um realizador individual A previsibilidade e a instabilidade minimizam o stress Cargos de baixa qualificação são mal pagos A segurança no emprego é mínima O funcionário é responsável pelo desenvolvimento da carreira É um participante de equipe A imprevisibilidade e a instabilidade aumentam o stress Fonte: (ROBBINS, 2000, p. 20) 24 2.3.1 Força de Trabalho Segundo Chiavenato (2003), a força de trabalho nas empresas de hoje está muito diferente de antigamente, onde atualmente têm-se praticamente duas forças, a de baixa e alta renda, em função do achatamento estrutural nas organizações e a entrada de equipamentos de alta tecnologia e performance, que praticamente elimina a necessidade de pessoas com nível cultural e profissional médio para operá-los, em função de sua simplicidade de manuseio. Com isso têm-se funcionários de baixa renda que trabalham na base das empresas, e pouquíssimos em funções medianas que não exigem qualificação diferenciada que são, por exemplo, funcionários que conduzem testes laboratoriais, auxiliares de escritório, programadores de computadores. Em contrapartida os de alta renda possuem alta qualificação, pois suas funções exigem; isso podem ser manutenções dos equipamentos de alta tecnologia e gestão estratégica nas diversas áreas da organização. Para Robbins (2000), A grande parte dos empregos fabris nos países industrializados foi substituído por equipamentos automatizados. Esse declínio em massa de empregos fabris manuais criou uma força de trabalho bi modal. A maioria dos funcionários de baixa qualificação trabalhando na base e os de alta qualificação, profissionais e técnicos ou trabalhadores de conhecimento que programam computadores, conduzem testes laboratoriais, consertam máquinas de escritório e assim por diante, compõem um grupo de renda quase totalmente distinto, cujo nível salarial é quase três vezes mais alto do que o da maioria dos trabalhadores de baixa qualificação. Essas duas classes distintas de funcionários diferem mais do que seus níveis salariais imediatos. Também diferem no seu potencial de salários futuros, mobilidade e segurança no emprego. Trabalhadores de baixa qualificação estão diante de um futuro de permanentes salários baixos, mínimas oportunidades de promoção e limitado poder de barganha com os patrões. Em compensação, o grupo de alta qualificação será capaz de converter a demanda por suas habilidades em segurança financeira e oportunidades financeiras. 25 2.3.2 Rotatividade Atualmente todos os funcionários estão diante de um mundo que oferece menos garantia de empregabilidade que há décadas atrás. Hoje não existe mais nenhum contrato informal de lealdade anteriormente existente entre os funcionários e os empregadores, porque a administração moderna motiva e treina os funcionários, mas em contra partida administra por resultado, ou seja, só permanece na empresa funcionários que geram retorno à mesma. Se a lealdade pela segurança no emprego está morta, o que tomou o seu lugar? O novo acordo diz essencialmente aos funcionários: não devemos nada a vocês. Não fazemos nenhuma promessa porque não sabemos o que o futuro nos reserva, mas compartilhamos interesses econômicos. Portanto, vocês terão um emprego aqui enquanto sua contribuição para as metas da organização exceder o seu custo. E os funcionários estão respondendo pela nova priorização de suas lealdades. Conforme descreveu um especialista, a primeira lealdade de um trabalhador é para com sua equipe ou projeto; a segunda é para com sua profissão e apenas a terceira é para com o lugar onde ele trabalha. (ROBBINS, 2000, p. 21) 2.3.3 Direcionamento de Carreira Nas organizações atuais as habilidades exigidas à um funcionário em sua carreira é mutante e evolutiva, porque a globalização e evolução tecnológica, muda as necessidades de qualidade total dos produtos e serviços em função da alteração das expectativas e necessidades dos clientes. Essa alteração das necessidades de habilidades dos funcionários, exige que os mesmos busquem essa equiparação de habilidade entre o que a função exige e o que eles possuem, sendo que essa busca depende do funcionário, pois os empregadores não oferecem mais este treinamento. O novo pacto entre empregadores e empregados transfere da organização para o funcionário a responsabilidade pelo desenvolvimento da sua carreira. Por isso, os trabalhadores de hoje estão se preocupando mais do que nunca em manter atualizadas suas qualificações e em desenvolver novas habilidades, encarando o aprendizado como um processo para vida toda. Em certa época, uma habilidade aprendida na mocidade podia garantir o sustento para vida inteira. Agora, a tecnologia muda tão rapidamente que mal você aprende alguma coisa, esta alguma coisa fica obsoleta. Neste clima, os funcionários estão percebendo cada vez mais que “se você cochila o cachimbo cai”. Sempre haverá outras pessoas lá fora que estarão se mantendo atualizadas e prontas para assumir suas responsabilidades de trabalho, se você mostrar sinais que está ficando para trás. (ROBBINS, 2000, p. 22) 26 2.3.4 Participação de Equipes Atualmente com o trabalho nas organizações estar focado em união, ou seja, trabalho em equipe obriga que os funcionários tenham aptidão para estar inserido como um membro da equipe, cooperando na busca dos resultados que a mesma possui como meta. Em função disto é fundamental o conhecimento na área de recursos humanos, pois é necessário colocar os conhecimentos a disposição da equipe e ao mesmo tempo aprender com a mesma para evoluir as habilidades deficientes. Com o trabalho sendo cada vez mais organizado em torno de equipes, os funcionários tiveram de se tornar membros delas. Isso significa desenvolver o tipo de habilidades necessárias para poder contribuir para equipe de alto desempenho, principalmente habilidades para solução de problemas e tomada de decisão em grupos, capacidade para ouvir, dar feedback e resolver conflitos, entre outras aptidões interpessoais. (ROBBINS, 2000, p. 22) 2.3.5 Lidando com Stress Essas mudanças de necessidades de habilidades tornam a vida mais agitada e pressionada, gerando a atual e falada doença que é o stress. A mudança rápida e inesperada torna a vida mais interessante, mas também provoca stress. Por Isso, não devemos ficar surpresos a descobrir que stress, estafa, esgotamento e coisas parecidas estejam entre as questões mais cadentes no novo mundo de trabalho. A redução de quadros de pessoal e a reengenharia fizeram com que muitos funcionários assumissem novas tarefas e, por Isso, trabalhassem mais. Quando você combina redução da segurança no emprego, pressão para adquirir novas habilidades e aumento na carga horária de trabalho, cria-se um ambiente de trabalho cada vez mais estressante [...]. (ROBBINS, 2000, p. 22) 2.4 Planejamento do Recurso Humano Planejar os recursos humanos de uma empresa significa antecipar as forças de trabalho e os talentos humanos para que a organização atinja seus objetivos. Pode-se dizer que hoje as empresas não estão lidando mais com simples empregados. 27 Lidamos com um ser humano cada vez mais qualificado, altamente capacitado, bem informado e independente, que tem diversos conjuntos de necessidades e aspirações. O individuo de hoje busca alto estima, controle, satisfação, realização e equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Sendo assim é necessário que as organizações tenham um profundo conhecimento a respeito das necessidades quanto aos seus recursos humanos, situação do mercado destes recursos e a rotação das pessoas (empregados) na empresa. (PURI, 2000, p.1) Para que uma organização tenha sucesso e consiga atingir seus objetivos e suas metas, ela precisa de equipamentos modernos, estar sempre atualizada no que se refere a programas de gerenciamentos, estar atualizadas com relação ao mercado que atua. Mas, principalmente, a organização precisa de uma força de trabalho altamente motivada e comprometida. Para Puri (2000, p.4), “A empresa pode dispor da melhor tecnologia e dos sistemas e procedimentos mais sofisticados, se ela não tiver pessoas capacitadas e motivadas não será possível alcançar seus objetivos”. Porém, motivar pessoas e mantê-las motivadas não é tarefa muito fácil, principalmente quando o capital humano (a pessoa), não é prioridade da empresa. Conforme Puri (2000, p.4), “O problema da motivação humana é a competência fundamental da gestão empresarial humana. Trata-se de um problema antigo, para a organização, encontrar pessoal adequado e mantê-lo motivado para obter produtividade. Hoje, este problema se tornou ainda maior com o acréscimo de uma outra dimensão, que é a excessiva mobilidade da mão de obra”. As empresas estão sempre em busca de pessoas boas altamente capacitadas e polivalentes, com iniciativas e impulsos, dispostos a ajudar a organização. As empresas estão realinhando suas estratégias organizacionais, ambiente de trabalho e código de conduta em relação aos empregados, para atraílos na busca de compromissos em longo prazo. Conforme Puri (2000, p.5), “é necessário administrar buscando alternativas para reter as pessoas, gerenciar para que elas não saiam da empresa, sem que a mesma possa usufruir seus conhecimentos e/ou habilidades por um período de tempo duradouro”. As empresas precisam se conscientizar da importância das pessoas dentro do processo produtivo, social e econômico que envolve os resultados empresariais (lucro e sobrevivência), e manutenção da alta motivação em todos os setores das mesmas. 28 [...] executivos de primeiro escalão, proprietários de organizações e profissionais de recursos humanos precisam encontrar rapidamente respostas para três perguntas cruciais: 1 onde estamos? ; 2 para onde queremos ir? ; 3 temos pessoal motivados e preparados para conduzir a empresa amanhã? [...] as organizações precisam manter a flexibilidade para enfrentar o dinamismo tecnológico social e econômico moderno [...]. (LUCENA, 1995, p.3) 2.4.1 As Pessoas e as Organizações Os objetivos das organizações e os objetivos individuais sempre tiveram em conflitos, pois, para que a organização atinja seus objetivos, frustra os objetivos individuais, causando com isto a curta permanência do indivíduo na empresa. De um lado, as organizações recrutam e selecionam pessoas para com elas e por meio delas alcançarem objetivos organizacionais como: produção, rentabilidade, qualidade, produtividade, de outro lado, as pessoas, uma vez recrutadas e selecionadas, tem objetivos individuais que lutam para alcançar e, muitas vezes, servem-se da organização para atingi-las mais adequadamente. A integração entre o indivíduo e a organização, é um problema que surgiu com os antigos filósofos gregos, onde dentre vários pontos de vista, Weber levantou a hipótese de que as organizações podem destruir a personalidade individual, com a imposição de regras e procedimentos, despersonalizando o relacionamento entre as pessoas. (LUCENA, 1995, p. 3) Percebe-se que as pessoas ao ingressarem na organização, naturalmente perseguem objetivos individuais diferentes daqueles que originalmente são formados pelas as organizações. Isto faz com que gradativamente, os objetivos organizacionais formulados originalmente distanciem-se cada vez mais dos objetivos individuais dos novos participantes que ingressaram posteriormente. Num primeiro momento, a organização contrata a pessoa com uma meta de mão única, auto centrada no bem estar da organização. Na verdade, além das metas, a organização tem expectativas a respeito da pessoa, o individuo também entra na relação com seu próprio conjunto de metas, que naquele instante, em geral, é bastante divergente do conjunto de metas da organização. (PURI, 2000, p. 9) As organizações dependem de pessoas, recursos indispensáveis e inevitáveis para seu desenvolvimento. Porém elas precisam ser administradas, envolvendo planejamento, organização, direção e controle de suas atividades. 29 Segundo Chiavenato (1999, p.7), “As pessoas constituem o capital intelectual, fazendo parte também do patrimônio físico da organização e deverão ser tratadas como parceiras da organização, transmitindo conhecimentos, habilidades, capacidades e sobre tudo inteligência, proporcionando decisões racionais rumo aos objetivos gerais”. As empresas hoje vivem em constantes mudanças. Estas mudanças no ambiente empresarial externo, no ambiente de trabalho interno, e nas prioridades pessoais, tudo junto provoca um enorme impacto nas mentes, nas prioridades do cotidiano na estrutura operacional do mundo empresarial, sendo necessário fazer reestruturações, reengenharias, fusões societárias, falências, recuperações de custos, terceirização, e isto traz sem dúvida, muita insegurança e volatilidade ao mercado de mão-deobra. (PURI, 2000, p.33) Ainda segundo o autor, esta realidade é uma manifestação de caos e faz parte normal da vida empresarial. Esse cenário é típico em um ambiente empresarial altamente competitivo e em constante mutação, e há toda probabilidade de tais pressões e restrições perdurar por longo tempo. As mudanças são essenciais para evitar a estagnação e a redundância. Para isto as pessoas devem estar preparadas, fazendo realinhamentos e adaptações na vida pessoal e profissional. Sendo que as empresas numa relação empregador e empregado visam o estabelecimento de um vínculo trabalhista e sendo assim, cada parte tem seus próprios objetivos e metas a serem alcançados, onde a organização procura uma pessoa para preencher determinado cargo e desempenhar um conjunto de tarefas, esperando encontrar um indivíduo que além de suas tarefas e atribuições, seja capaz e se comprometa com o sucesso da organização. A organização não tem preocupação ou empatia em relação às metas do indivíduo. Nenhuma organização contrata pensando na realização das metas das pessoas. ISO pode acontecer depois, se for o caso, numa etapa posterior do relacionamento. O indivíduo, também tem um conjunto de metas e expectativas com relação a empresa e o emprego, com o objetivo de satisfazer suas necessidades básicas, tendo um salário. Ainda de acordo o autor, o indivíduo também não tem empatia ou sentimentos especiais pelas metas da organização nesse momento. (PURI, 2000, p. 82) Neste processo entre empregador e empregado, sobram muitas divergências, portanto tem que haver muito esforço de ambas as partes para conciliar estas incompatibilidades na busca de um mesmo objetivo, caso contrário 30 pode levar a ruptura deste acordo entre ambos, gerando assim a rotatividade de pessoal dentro da organização e impossibilitando que a empresa tenha pessoas comprometidas com as metas e o sucesso almejado pelo empregador. Conhecendo hoje a importância dos recursos humanos para o atingimento dos resultados e por conseqüente realização do planejamento estratégico. A seguir descreve-se sobre os recursos humanos e o papel da organização para manter um clima favorável para deixar este recurso humano motivado, para enfrentar mudanças e conseqüente atingimento das metas pessoais e da empresa. Nesta próxima etapa descrevemos sobre importantes tópicos na administração dos recursos humanos e do papel da organização para manter um clima favorável para implantação de programas gerenciais eficazes. 2.4.2 Motivação Pode-se ver a motivação de duas formas, uma é pelo ponto de vista da empresa que é a mais importante e a outra é a que vem das pessoas. O que se pode compreender é que a motivação nas pessoas ocorre se elas querem se motivar, e alguns esforços que fazemos para levá-las a motivação costumam durar pouco e logo se esvai. Uma empresa pode e deve construir um ambiente propicio para que os funcionários se motivem ou se mantenham motivados. Para isso alguns pontos são importantes: − Que o funcionário tenha o que se faça sentir segurança; − Que possua conhecimento e comprometimento com os objetivos do planejamento; − Que tenha expectativa de crescimento através de seu trabalho na empresa; − Que a liderança (gerentes) incentive, motive e não repreenda; − Que ele se sinta recompensado com o salário de acordo com suas necessidades; − Adequação de sua atividade a seu perfil individual; 31 − Avalia-se um funcionário motivado observando as suas atitudes pessoais que são: − Gostar do que esteja fazendo; − Comprometer-se com seu trabalho; − Estabelecer e cumprir metas pessoais de vida; De acordo com Robbins (2000), as organizações utilizam mais a punição do que a recompensa para alterar ou melhorar o desempenho das pessoas. Em outros termos, elas utilizam mais a ação negativa (repreender ou punir) do que a ação positiva (incentivar e motivar). Para piorar as coisas, utilizam mais a ação corretiva (tentar corrigir, posteriormente) do que a ação preventiva (evitar antecipadamente futuros e erros). O que é motivação? Como um trabalhador é motivado? Motivação é a disposição de exercer um nível elevado e permanente de esforço em favor das metas da organização, sob a condição de que o esforço seja capaz de satisfazer alguma necessidade individual. A motivação geral está relacionada com esforço em direção a alguma meta; concentraremos o foco nas metas organizacionais, a fim de refletir nosso interesse particular nos comportamentos ligados ao trabalho. Os elementos fundamentais de nossa definição é a intensidades do nosso esforço, a persistência, a orientação em direção ás metas e as necessidades. (ROBBINS, 2000, p.342) Em uma organização tem que existir incentivos contribuições equilibradas para ocorrer motivação. Chiavienato (2002), afirma que a recompensa ou incentivo é alguma gratificação tangível ou intangível, em troca da qual as pessoas se tornam membros da organização (decisão de participar) e, uma vez na organização, contribuem com o tempo, esforço ou outros recursos pessoais (decisão de desempenhar). Toda organização precisa cuidar da balança dos incentivos, contribuições. Ela significa que as pessoas e as organizações estão engajadas em um sistema de relações de intercâmbio: as pessoas fazem contribuições à organização e dela recebem incentivos ou induzimentos. Assim: − Para as pessoas, as contribuições que elas fazem organização representam investimentos pessoais que devem proporcionar certos retornos na forma de incentivos ou recompensas. 32 − Para a organização, os incentivos representam investimento que também devem proporcionar retornos na forma de contribuições das pessoas. A organização precisa manter a balança de incentivos - contribuições suficientemente equilibrada. 2.4.3 Resistência a Mudanças Para ter competitividade no mercado cada vez mais agressivo, empresas e profissionais precisam estar abertos ao novo. A mudança é o elemento mais importante do gerenciamento do sucesso. Para Chiavenato (2004), As mudanças significam a passagem de um estado para outro diferente. É a transição de uma situação para outra. A mudança envolve transformação, interrupção, perturbação, ruptura, dependendo da sua intensidade. A administração da mudança é um desafio que está adiante de toda organização. O modo como as organizações administram a mudança – ou deixam de administra-la – será o que inevitavelmente distinguirá a vitória da derrota em um novo mundo ultra competitivo. Os gerentes que conseguirem explorar a mudança poderão capitalizar as oportunidades ilimitadas geradas por ela. (ROBBINS, 2000, p. 455) Robbins (2000), ainda complementa que, a mudança é um processo que deve ser bem conduzido tendo uma primeira etapa que seria a conscientização da necessidade da mudança, numa segunda etapa seria operacionalização desta mudança e por último uma terceira etapa onde se observa os resultados e concretiza-se a manutenção da mudança. Chavienato (2004), afirma que a mudança constitui um processo composto de três etapas: descongelamento, mudança e recongelamento. 1) Descongelamento - Significa a fase inicial da mudança, na qual as velhas idéias e práticas são derretidas, abandonadas e desaprendidas. Representa abdicação ao padrão atual de comportamento para ser substituído por um novo padrão. Se não houver o descongelamento, a tendência será o retorno ao padrão habitual de comportamento. O descongelamento significa a percepção da necessidade de mudança. 33 2) Mudança - É a etapa em que novas idéias e práticas são experimentadas, exercitadas e aprendidas. Ocorre quando há descoberta e adoção de novas atitudes, valores e comportamentos. A mudança envolve dois aspecto: a identificação (processo pelo qual as pessoas percebem a eficácia da nova atitude ou comportamento e a aceita) e a internalização (processo pelo qual as pessoas passam a desempenhar novas atitudes e o comportamento como parte de seu padrão normal de comportamento). A mudança é a fase em que novas idéias e práticas são aprendidas, de modo que as pessoas passam a pensar e a executar de uma nova maneira. Essa é a etapa da implementação da mudança. 3) Recongelamento - É a etapa final em que as novas idéias e práticas são incorporadas definitivamente no comportamento. Significa a incorporação de um novo padrão de comportamento de modo que ele se torne a nova norma. O recongelamento significa que o padrão aprendido foi incorporado à prática atual e passa a ser a nova maneira que a pessoa adota no seu comportamento. O recongelamento requer dois aspectos: o apoio (é o suporte através de recompensas que mantém a mudança) e o reforço positivo (é a prática proveitosa que torna a mudança bem sucedida). Essa é a etapa da estabilização da mudança. Existem fontes individuais e organizacionais que devem ser analisadas para que no processo de introdução de uma mudança sejam trabalhadas. As fontes individuais de resistência á mudança residem em características humanas básicas, como percepções, personalidades e necessidades. Os cinco principais motivos pelos quais indivíduos resistem á mudança são: − Processamento seletivo das informações − Hábito − Segurança − Fatores econômicos − Medo do desconhecido. (ROBBINS 2000, p.456) 2.4.3.1 Resistência organizacional As organizações, por sua própria natureza, são conservadoras. Elas resistem ativamente á mudança. Seis fontes de resistências organizacionais foram identificadas. Elas são: − Ameaça às distribuições estabelecidas de recursos − Inércia estrutural − Foco limitado de mudança − Inércia de grupo 34 − − Ameaça à especialização Ameaça às relações estabelecidas de poder (ROBBINS 2000, p.459). 2.4.4 Planejamento Estratégico bem Estruturado A empresa deve difundir em todos os seus funcionários, independente de função dentro da hierarquia organizacional, o objetivo da empresa e de cada posto de trabalho, individual, para poder gerar sinergia e motivação em recursos humanos, para que surjam ações com foco nos objetivos. Em várias vezes essas ações, são mudanças em vários níveis de complexidade. Para Chiavenato (2004), a estratégia não pode estar somente na cabeça dos dirigentes da organização, ela precisa também estar na cabeça e no coração de todas as pessoas. São as pessoas que a implementam, realizam e provocam resultados. Para ser adequadamente implementada e atingir os fins a que se propõe, a estratégia organizacional deve ser entendida e compreendida pela generalidade dos membros da organização, de modo que todos saibam o sentido do seu esforço e dedicação pessoal. Aqui reside um dos maiores desafios da gestação de pessoas. Existem estratégias implícitas que estão apenas na cabeça dos dirigentes e que, por não serem conhecidas das demais pessoas, são incapazes de mobilizar e dinamizar talentos e competências e passam a constituir um fator de dispersão de energias e não um elemento de integração, sinergia e foco. 2.4.5 Educação e Treinamento Para Chiavenato (2002), não se pode desvincular o crescimento do ser humano, de educação e treinamento, sendo estes dois veículos imprescindíveis para a sua concretização. Convém colocar a diferença básica entre educação e treinamento. Educação - implica em levar mais conhecimento para a inteligência das pessoas. Treinamento - objetivo desenvolver habilidade na execução de tarefas, de atividade. Através da educação e treinamento, principalmente da educação, pode-se ajudar as pessoas no desenvolvimento de sua capacidade de raciocínio, podemos 35 favorecer o cultivo da sensibilidade e a tenacidade para a mudança, despertar para vontade de ser e fazer sempre melhor. Concretizar que cada um é parte importante de uma organização, da empresa onde trabalha. O treinamento em uma organização deve ter como objetivo desenvolvimento das pessoas para obtenção de resultados. Para desenvolver pessoas, primeiro é necessário conhecer as deficiências e depois formular um programa de treinamento a fim de desenvolver tais atualidades. Para Chiavenato (2002), a primeira etapa do treinamento é o levantamento das necessidades de treinamento que a organização apresenta. Essas necessidades nem sempre são claras e precisam ser diagnosticadas a partir de certos levantamentos e pesquisas internas capazes de localizá-las e descobri-las. Ainda conforme o autor, necessidades de treinamentos são as carências de preparo profissional das pessoas, ou seja, a diferença entre o que uma pessoa precisa saber e fazer aquilo que ela realmente sabe e faz. Significam um descompasso entre o que deveria ser e o que realmente é. Uma necessidade de treinamento é uma área de informação ou de habilidade que um indivíduo ou grupo precisa desenvolver para melhorar ou aumentar a sua eficiência, eficácia e produtividade no trabalho. Na medida em que o treinamento focaliza essas necessidades e carências e as elimina, ele se torna benéfico para os funcionários, para a organização e, sobretudo, para o cliente. Caso contrário representará um desperdício ou simples perda de tempo. O treinamento das pessoas na organização deve ser uma atividade contínua, constante e ininterrupta. Mesmo quando as pessoas apresentam excelente desempenho, alguma orientação e melhoria das habilidades sempre devem ser introduzidas ou incentivadas. A base principal para programas de melhoria contínua é a constante capacitação das pessoas, cada vez mais elevados. 2.5 Programas gerenciais nas organizações Atualmente na busca incessante de melhoria nos sistemas, processos e produtos para aumentar a eficiência, numa competitividade cada vez mais difícil, 36 devido a globalização da economia, as empresas estão investindo em programas gerenciais para comprometer, motivar os funcionários aos resultados que é necessário atingir, para manter a perenidade das mesmas. Os programas nas empresas são ferramentas eficazes de filosofia, atitudes, motivação, resultados, sistemas, em função do comprometimento de todos os envolvidos e obtenção de respostas rápidas, com avaliação precisa dos resultados. As empresas estão utilizando na administração programas gerenciais porque se ajusta bem a um ambiente dinâmico e à necessidade de flexibilidade e respostas rápidas. As características essenciais do possesso de planejamento de programas gerenciais podem ser resumidas da seguinte forma: - Definição dos objetivos do programa - Identificação das atividades e recursos necessários para realizá-las. - Estabelecimento das relações seqüenciais para as atividades - Calculo das estimativas de tempo para as atividades - Determinação do prazo de atingimento do objetivo proposto. - Comparação com os objetivos programados - Determinação dos recursos necessários ao cumprimento dos objetivos. (ROBINS 2000, p.127) 2.5.1 Evolução dos Programas Hoje nas empresas percebe-se uma evolução de eficiência nos programas gerenciais em função de as mesmas perceberem a importância desta ferramenta para ajudá-las a permanecer no mercado. Por conseqüência estão preparando suas estruturas de recursos humanos para no momento de implantação de programas gerenciais sigam os passos necessários. Segundo Heller (1998), a implantação de programas passa por quatro fases, que são: 1. A compreensão do programa 2. Planejamento do programa 3. Implementação do programa 4. A consolidação do programa 37 2.5.1.1 Compreensão dos Programas Compreender e gerenciar programas são habilidades de destaque na administração moderna. Para as empresas, mudar (implantar programas é uma mudança) é sinônimo de crescer e manter a competitividade para as pessoas, mudar abre oportunidades para enriquecimento profissional. Na compreensão de programas os aspectos positivos são menos óbvios que os negativos, pois trazem desafios antes de trazer ganhos, para lidar bem com os programas, é preciso compreender por que eles se tornam necessários. Segundo Robbins (2000), existem três causas que geram necessidades de programas que são: Causas Sociais: Mudanças gerais na sociedade, na política e na demografia afetam a todos. Atualmente vive-se a explosão do mercado consumidor jovem, o envelhecimento da população mundial e a vitória do individualismo sobre o sentimento de harmonia comunitária. As tendências afetam os negócios e influem na demanda dos consumidores e em outros padrões econômicos. Os gerentes precisam ter consciências das mudanças e de seus motivos. A leitura sobre temas sociais ou políticos e a reflexão a partir daquilo que se observa ajudam a lidar com as tendências – e até a prevê-las. Causas Econômicas: As mudanças econômicas ocorrem mais devagar, mas têm forte poder de transformação. Dentro de um ambiente aparentemente estável, os mercados e o fluxo de dinheiro podem flutuar, os padrões de competição mudam dramaticamente e a inovação tecnológicas por vez desestabiliza padrões consolidados. Isso tudo leva as empresas a querer se ajustar a mudanças súbitas. Mas é prudente ter, a priori, planos básicos e reservas financeiras para enfrentar as incertezas. Causas Tecnológicas: Em velocidades aceleradas, a revolução na tecnologia da informação causa impacto intenso nos métodos gerenciais, produtivos de serviço e de compra e venda. A tecnologia da informação permite cumprir velhas tarefas de modo mais eficiente (por exemplo, controlar estoque com previsão), bem como planejar e atingir novos objetivos. Sem o primeiro item (eficiência) não se sobrevive em meio de competição, mas é o segundo (inovação) que garante o 38 sucesso ao gerente. Tente se manter informado, pois novidades que parecem irrelevantes hoje, poderão surpreender no futuro. 2.5.1.2 Planejamento do Programa Programas bem sucedido envolvem o planejamento a longo e em curto prazo. Quanto mais claros os objetivos fixados, mais eficiente será o programa. Segundo Heller (1998), para poder efetuar o planejamento de programas você deve se perguntar: Onde estamos agora? Avalie tal pergunta sob diversos pontos de vistas. Pergunte-se, onde queremos chegar? Tenha uma visão empresarial. Avalie a distância entre o presente e o objetivo. Traduza-a em dados tangíveis Mapeie as mudanças necessárias para superar tal distância, a partir do objetivo, transforme essas mudanças em palavras e cifras, para planejar o processo. As pessoas afetadas pelas mudanças necessárias para a implantação dos programas criam comportamentos são necessidades diferentes. Programas eficazes devem ser flexíveis para lidar com essas variedades, escolha com cuidado quem envolver e qual o melhor modo de envolver alguém. Estratégia de envolvimento: • Treinamento • Nível de informação nivelado • Reuniões de discursos com todos os envolvidos • Manter um ambiente de união • Trabalho em equipe • Delegue tarefas. Quando sentir as pessoas envolvidas e cientes dos objetivos, faça um plano de ação de implantação do programa que consista em objetivos claros e concisos com ações detalhadas e um cronograma. 2.5.1.3 Implementação do Programa A qualidade de um programa depende de sua correta execução. Comunique as pessoas, monitore os progressos e prepare-se para possíveis mudanças durante a implantação. 39 Para começar bem um programa divulgue com comunicação aberta e envolvimento das pessoas. Quando divulgado defina as responsabilidade e atribua papeis relevantes do programa de mudança a varias pessoas de todos os níveis, e não apenas aos que você vê como agente de mudança. Fracione o programa em parte gerenciáveis cada uma delas ficará a cargo de uma pessoa especifica. Segundo Heller (1998), “pontos para influenciar o comportamento das pessoas para aderirem seu comprometimento ao programa” (tabela 3). Tabela 3 - Como influenciar o Programa FATORES COMO USA-LOS Estabeleça objetivos pessoais que levam os colaboradores a se concentrar Objetivos em seu desempenho. A conquista dos objetivos reforça o rumo do projeto. Elogie as pessoas em publico ou individualmente, para reforçar seu Elogios envolvimento. Mas não exagere na medida ,e nunca ignore os erros Crie um ambiente de celebração, com faixas, prêmios e pôsteres, com a Comemoração finalidade de aumentar o envolvimento geral. Estabeleça funções de lideres (permanentes ou temporários) e facilitadores Funções para encorajar os colaboradores a desenvolver suas habilidades. Procure recompensar o bom desempenho. As pessoas podem modificar seu Recompensa modo de agir diante da possibilidade de compensações e prêmios. Mude o escritório de lugar, redecore-o ou recorra a outras alterações Condições ambientais para criar uma atmosfera de novidade. Modifique seu modo de conduzir reuniões ou de usar a autoridade, para Procedimento inaugurar novas formas de relacionamento com os colegas. Fonte: (HELLER, 1998, p.58) 2.5.1.4 Consolidação do Programa A fase de implantação é apenas o inicio para garantir o sucesso do programa, é preciso criar processos de constante revisão e aprimoramento da mudança. A revisão de um programa de mudanças exige dados e retorno. Após a implantação, convém mensurar os resultados e recolher entre os envolvidos as opiniões e sugestões por melhoras. Apoiando – se nessas informações, mantenha e revise o programa, caso necessário. Os gerentes podem ser volúveis em relação aos planos de mudança. Começam com grande entusiasmo, mas “esfriam” conforme novos projetos ocupam sua atenção. Quando vários projetos correm em paralelo, o risco de uma confusão se instalar é grande. Além disso, o desenvolvimento simultâneo de planos tende a trazer maus resultados. Certifique – se de que suas revisões de progresso incluem uma análise das atitudes e do entusiasmo dedicados a cada iniciativa. Use tais revisões para redefinir políticas que talvez não sejam mais apropriadas. Lembre-se − Os programas exigem revisão e atualização regulares para continuar com êxito. − Os gerentes devem se perguntar como pretende repetir o sucesso do seu ultimo programa. 40 − − É melhor deslocar lideres de programas bem sucedidos para novos programas enquanto ainda estão no apogeu. A busca de novos programas deve se tornar uma prioridade gerencial. (HELLER, 1998, p. 59 e 60) 2.5.2 Fatores Fundamentais para Implantação de programas Gerenciais nas empresas Fatores que foram percebidos pelos técnicos da CNI / DAMPI, e que são considerados primordiais para obtenção de resultados na implantação de programas gerenciais nas empresas. • Envolvimento e comprometimento da alta gerência constituem condição essencial para qualquer iniciativa de programa, se não houver esse comprometimento, estará fadado ao insucesso. • A implantação de qualquer programa exige envolvimento, persistência, adaptação, treinamento e conscientização dos colaboradores. • A cultura interna terá que ser levada em consideração na elaboração de programas, em função dessas técnicas ou métodos adotados com sucesso por uma empresa não terão, necessariamente, sucesso em outra. • A missão da empresa, suas diretrizes e estratégias deverão ser bem explicitadas, para que cada colaborador saiba a importância de seu papel na organização. • As informações internas devem fluir de forma clara e objetiva, agilizando a tomada de decisões e a busca de resultados por todos. • Criar um ambiente favorável à apresentação de sugestões e idéias de aperfeiçoamento por parte dos empregados. • Estabelecer um estreito relacionamento com fornecedores e clientes. • Estimular trabalho em equipe é fundamental para solução de problemas e o surgimento de novos aperfeiçoamentos. 41 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Neste capítulo serão apresentados os métodos utilizados para a obtenção dos dados, como eles foram delineados através do estudo dos procedimentos metodológicos. 3.1 Delineamento da Pesquisa Para elaboração deste trabalho, foram levantados fatos que se apresentam como problema a serem resolvidos. Na concepção de Andrade (2005, p.121) “pesquisa é o conjunto de procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos mediante a utilização de métodos científicos”. 3.2 Abordagem Metodológica Quanto a abordagem do problema para a realização deste estudo é do tipo quantitativa, buscando colher informações ligadas ao assunto em discussão, para que possam ser traduzidos em números e assim analisados. Desse modo, a pesquisa é quantitativa pelo fato de que os resultados foram tratados estatisticamente. Segundo Roesch (1999), seu propósito implica medir relações entre as variáveis, em avaliar o resultado de algum sistema, recomenda-se utilizar preferentemente o enfoque da pesquisa quantitativa para garantir o melhor meio possível de controlar o delineamento da pesquisa para garantir uma boa interpretação dos resultados. 3.3 Tipo de Pesquisa O tipo de pesquisa adotado foi de caráter exploratório, que segundo Luciano (2001, p.13), descreve que esta “visa aprimorar o problema com as hipóteses de pesquisa. Envolve o levantamento bibliográfico; a entrevista com 42 pessoas que tiveram experiências com o problema pesquisado e analisa os exemplos que estimulem a compreensão”. 3.4 População e Amostra A pesquisa envolveu no nível operacional 40 funcionários que corresponde a 21 % da população operacional. No nível de direção pesquisou-se 5 funcionários que corresponde a 50 % do nível diretivo. Os funcionários pesquisados foram divididos em dois grandes grupos: 1. Grupo chamado de direção: Diretores, Gerentes, Chefe de Recursos Humanos, coordenadores de programa, ou seja, quem lança ou é responsável de difundir a idéia dos programas. 2. Grupo chamado de operacional: Todos os funcionários que não pertencem ao grupo acima, ou seja, pessoas que recebem o programa após a decisão de sua implantação. Com essa divisão, tem os resultados de pesquisa e entrevistas duas visões os quais se chamará a partir de agora: − Visão da direção – grupo 1 − Visão dos funcionários – grupo 2 A amostragem para a entrevista e pesquisa foi a mesma para todos os programas, onde cita-se a seguir: Visão da direção – 5 funcionários pesquisados para cada programa. Visão dos funcionários – 40 funcionários pesquisados para cada programa. Na visão do nível operacional foram realizadas 480 entrevistas. Na visão da direção foram feitas 60 entrevistas. Obtivemos a participação de 45 pessoas da itagres na realização dessas entrevistas, nos dando um percentual de 17% do quadro efetivo, emitindo opinião sobre os programas gerenciais abaixo mencionados: 1. Programa 5S 2. Programa sistema da qualidade 3. Programa SAC (serviço de atendimento ao consumidor) 4. Programa de encontro cooperativo 43 5. Programa PIC (Plano de Incentivo a competência) 6. Programa de participação de resultados (PPR) 7. Programa 6 sigma 8. Programa de reeducação operacional (PRO) 9. Programa de Boas Idéias e Sugestões 10.Programa Seminário interno de tecnologia 11.Programa você pergunta Itagres Responde 12.Programa sábado feliz 3.5 Instrumento de Pesquisa O instrumento de pesquisa (anexo 1) consta as informações divididas por fatores, que são: - fatores que levaram a implantação do programa na visão do nível operacional; - fatores que levaram a implantação do programa na visão do nível de direção; - fatores que levaram a situação atual do programa na empresa, na visão do nível operacional; -fatores que levaram a situação atual do programa na empresa, na visão do nível de direção; 3.6 Ambiente da Pesquisa A pesquisa foi realizada dentro da empresa junto aos funcionários de níveis operacionais e de direção, envolvidas com os programas gerenciais. 3.6.1 Histórico da Empresa O nascimento da Itagres é marcado por constantes desafios. O primeiro foi vencido em 08 de setembro de 1983, quando foi adquirido o controle acionário da então Pisos Tubarão S.A., pelos senhores José Ghizoni (comerciante), Túlio 44 Zumblick (comerciante) e Humberto Ghizzo Bortoluzzi (bancário), juntamente com a empresa prestadora de serviços Cia. Tubarão de Administração e Participação Ltda. Ainda em 1983, muda a razão social da empresa prestadora de serviços para TB Comércio, Administração e Participação Ltda. Neste mesmo período criou-se também, a Mineração Loghi Ltda, com o objetivo de pesquisar, explorar, industrializar e comercializar minérios e jazidas minerais. Em 1991, passou a denominar-se Itagres Revestimentos Cerâmicos S.A. e tornou-se um dos mais modernos parques fabris de revestimentos cerâmicos do Brasil. 3.6.2 Localização Geográfica A Itagres está instalada na cidade de Tubarão, litoral sul do estado de Santa Catarina. Ocupa uma área de 1.000.000 m2, sendo 40.000m2 de área construída e, aproximadamente, 200.000 m2 de reserva florestal nativa, que lhe valeu o primeiro Prêmio Ecologia de Santa Catarina. 3.6.3 Produção Sua produção, no período de 1983 a 1986 era de, aproximadamente, 200.000 m2/mês de pisos. De 1987 a 1988, passou para 300.000m2/mês de pisos. De 1989 a 1991, passou para 300.000m2/mês de pisos e 200.000m2/mês de azulejos. De 1992 até hoje, sua produção aumentou para 670.000m2/mês de pisos e revestimentos de parede. Em princípios de 1999, iniciou-se a fabricação de cerâmica monoporosa (revestimento de parede). E em 2000, inicia a produção de produtos polidos e retificados (toda a peça tem tamanha igual). 45 3.6.4 Tecnologia Tem sua fundamentação teórica de processo baseada na tecnologia espanhola. Os equipamentos de todo o parque industrial são de concepção e procedência italiana. Em 1987 a empresa adquiriu dois fornos de monoqueima com capacidade de produção de 300.000 m2/mês. Em 1993 adquiriu mais dois fornos monoqueima com capacidade de produção para 400.000 m2/mês. Em 2000 a Itagres investiu no mais moderno equipamento de polimento e retificação para os novos produtos que foram lançados em abril deste mesmo ano. 3.6.5 Quadro de lotação A Itagres é muito mais que um moderno parque fabril, é uma família de 260 pessoas, onde todos participam na administração, nas decisões e nos resultados. A Itagres investe, constantemente, no desenvolvimento de toda a equipe, em busca do aprimoramento individual e coletivo. Como resultado, obtém índices de motivação e produtividade comparáveis aos das melhores empresas do mundo (27.600m2/ano por pessoa), o que lhe permite atingir os mercados mais exigentes, em todos os continentes. O número de colaboradores variou da seguinte forma: - De 1983 a 1988 = 310 colaboradores - De 1989 a 1991 = 650 colaboradores - De 1992 a 1993 = 240 colaboradores - De 1994 a 2005 = 260 colaboradores 3.6.6 Situação atual do mercado e da empresa. Mercado altamente competitivo, caracterizado pela oferta maior que a procura, onde conseqüentemente gera uma necessidade de se investir em diferenciais tais como: 46 - Design - Serviços - Qualidade - Logística de distribuição O aperfeiçoamento desses diferenciais possibilita a sobrevivência mesmo em mercado com características competitivas como as do Brasil. A Itagres dentro deste contexto procura dirigir seus esforços no sentido de criar produtos diferenciados e que atendam a classe de consumidores de nível alto e médio, abandonando o consumidor de baixa renda por não agregar resultado e em função de caracterizar-se como comoditi. 3.6.7 Tendências do mercado e da empresa. O mercado brasileiro tende a se tornar estável com baixo crescimento, em face de estagnação da renda. Isto faz com que o consumo não vá se alterar ao longo dos próximos anos com taxas maiores do que os que têm-se presenciado durante o plano real. Por conseqüência a Itagres entende que a melhor forma de escoar a sua produção, é além da sua participação no mercado inteiro, dirigir ao mercado externo algo em torno de 40 a 50% da sua produção, gerando assim um maior equilíbrio entre a procura e oferta no Brasil. 3.6.8 Estratégias de planejamento e de crescimento da empresa. Inicialmente cabe frisar que qualquer estratégia deve ser alterada constantemente em função de fatores econômicos, políticos e sociais que venham influenciar a economia nacional ou internacional. A primeira estratégia utilizada é a de cada vez mais produzir e vender produtos de alto valor agregado, pois é onde se concentram os melhores resultados. A segunda estratégia é a de melhorar a logística de distribuição, pois era o grande diferencial futuro das empresas. Para que isto seja possível é necessário implantar unidades fabris próximas os grandes centros consumidores. Este é o 47 motivo que nos levou a desenvolver um projeto para instalação de uma fábrica no estado do Rio Grande do Norte, visando não somente o benefício fiscal, como também a menor distancia para atingir o nosso maior mercado, que é os Estados Unidos da América. Investir hoje em tecnologia, RH e qualidade já passou a ser uma mera obrigação, o importante é atender o cliente c/ rapidez e qualidade no serviço, portanto o maior diferencial será a logística. 48 4 EXPERIÊNCIA DA PESQUISA Esse capítulo tem por finalidade descrever a experiência da pesquisa, tendo como foco a descrição do histórico dos programas gerenciais implantados na empresa. Em seguida apresenta o resultado da pesquisa com os funcionários. 4.1 Histórico dos Programas Gerenciais A seguir relata-se os conceitos e históricos dos programas gerenciais obtidos através dos registros do setor de treinamento e entrevistas elaboradas. 4.1.1 Programa 5S As atividades 5S tiveram início no Japão, logo após a 2ª Guerra Mundial, como instrumento para combater a sujeira das fábricas. No Brasil, o Programa 5S foi lançado oficialmente em 1991. Os 5 Sensos são: • Seiri – Senso de Utilização • Seiton – Senso de Ordenação • Seisou – Senso de Limpeza • Seiketsu – Senso de Asseio • Shitsuke – Senso de Autodisciplina 4.1.1.1 Seiri – Senso de Utilização Identificar materiais, equipamentos, ferramentas, utensílios, informações, dados necessários e desnecessários, descartando ou dando a devida destinação aquilo considerado desnecessário na execução das tarefas. Os benefícios obtidos são: • Liberação de espaço; • Redução de tempo de procura de material; • Eliminação do excesso de ferramentas, armários, equipamentos, sobressalentes, papéis e manuais; 49 • Redução do risco de acidentes; • Diminuição de estoques; • Eliminação de desperdícios; • Redução de custos. 4.1.1.2 Seiton – Senso de Ordenação Definir locais apropriados e critérios para estocar, guardar ou dispor materiais, equipamentos, ferramentas, utensílios, informações e dados, de modo a facilitar o uso, manuseio, procura, localização e guarda de qualquer item a qualquer tempo e para qualquer pessoa. Os benefícios obtidos são: • Melhoria no processo de comunicação; • Rapidez e facilidade na busca de materiais, ferramentas, relatórios; • Maior controle sobre o que cada um usa; • Redução do risco de acidentes. 4.1.1.3 Seisou – Senso de Limpeza Eliminar a sujeira e objetos estranhos para manter limpo o ambiente, bem como manter dados e informações atualizados para garantir a correta tomada de decisões. Os benefícios obtidos são: • Ambiente de trabalho agradável; • Satisfação das pessoas; • Eliminação de desperdícios; • Aumento da vida útil de equipamentos, ferramentas e máquinas; • Redução do risco de acidentes. 4.1.1.4 Seiketsu – Senso de Asseio Criar condições favoráveis á saúde física e mental, garantir ambiente não agressivo e livre de poluentes, manter boas condições sanitários nas áreas comuns, lavatórios, banheiros, cozinha, restaurante, etc., zelar pela higiene pessoal e cuidar 50 para que as informações e a comunicação sejam claras, de fácil leitura e compreensão. Os benefícios obtidos são: • Redução do risco de acidentes; • Redução dos efeitos dos agentes poluentes; • Redução do risco de doenças funcionais; • Redução do tempo improdutivo; • Promoção da redução de custos; • Melhoria do aspecto visual do ambiente. 4.1.1.5 Shitsuke – Senso de Autodisciplina Desenvolver o hábito de observar e seguir normas, regras, procedimentos, atender a especializações, sejam elas escritas ou informais. Esse hábito é o exercício da força mental, moral e física. Significa o “querer de fato”, “ter vontade de”. Os benefícios obtidos são: • Melhoria da comunicação; • Melhoria do humor das pessoas; • Melhoria das relações interpessoais; • Desenvolvimento do espírito de equipe; • Redução do risco de acidentes; • Promoção da redução de custos; • Desenvolvimento da habilidade de controle. 4.1.1.6 Implantação do Programa 5S Embora composto por técnicas simples a implantação do programa deve seguir alguns passos como: • Sensibilização – é preciso sensibilizar a alta administração para que esta se comprometa com a condução do programa 5S. • Definição do gestor ou comitê central – quando a direção da empresa adota o programa 5S, deve decidir quem irá promovê-lo. O gestor deve ter capacidade de liderança e conhecimento dos conceitos que fazem parte desse 51 programa. É função do gestor: criar a estrutura para implantar o 5S; elaborar o plano diretor; treinar líderes; efetuar a promoção integrada do 5S. • Anúncio oficial – a direção deve anunciar, para todos os integrantes da organização, a decisão de implantar o 5S. Esse anúncio pode der feito através de carta aberta ou de uma cerimônia, sempre enfatizando a importância da adoção dos conceitos do 5S na empresa. • Treinamento do gestor ou do comitê central – o treinamento pode ser feito através de literatura específica. E visitas a outras instituições que já estejam implantando o programa 5S. • Elaboração do plano-diretor – esse plano deve definir objetivos a serem atingidos, estratégias para atingi-los e meios de verificação. • Treinamento da média gerência e facilitadores – esse treinamento visa um maior compromisso da média gerência com a execução do 5S, assim como treinar pessoas que possam difundir os conceitos do 5S para os demais funcionários. • Formação de comitês locais – a função desse comitê é promover o 5S no seu local de trabalho • Treinamento de comitês locais para o lançamento do 5S – com um maior conhecimento sobre o 5S os comitês locais podem orientar e conduzir os colegas de trabalho durante a implantação do programa. Antes do lançamento do programa 5S devem ser elaborados formulários para avaliação de cada etapa do programa. Através desses formulários pode-se visualizar se todas estão sendo cumpridas e onde há falhas. • Cada área onde será implantado o 5S deve ter um diagnóstico inicial, inclusive com registro fotográfico ou filmagem das áreas para comparação do antes e depois do 5S. Feito o diagnóstico, deve ser escolhida uma data para o “Dia da grande limpeza”, marco inicial para a implantação do 5S. Definida a data devem ser providenciados os seguintes itens: áreas para descarte de materiais provenientes do Seiri; equipamentos de limpeza, proteção individual, transporte e descarte. • Dia do lançamento do 5S deve ser um dia festivo, com eventos tais como: café da manhã ou almoço de confraternização, gincana, palestra, e apresentação de grupos culturais. 52 • Dia seguinte ao dia do lançamento do 5S é um dia propício para a primeira de uma série de avaliações que deverão ser realizadas visando sempre a melhora contínua do ambiente de trabalho (filosofia Kaizen). Estes itens são denominados Quesitos • Matéria-prima; • Documentos; • Dispositivos; • Mobiliário; • Espaço Físico 4.1.1.7 Objetivos da Verificação O objetivo da Verificação é avaliar a existência e o efetivo uso de procedimentos que garantam o estágio de implantação conquistado e possibilitem sua melhoria. A forma de verificação mais usual é a auditoria de certificação. A Auditoria de Certificação é o instrumento que permite constatar que um determinado local de trabalho existe todas as condições para que o “Senso” em questão possa ser mantido e melhorado. 4.1.1.8 Auditoria de Certificação • .As auditorias devem ser normalmente baseadas em observações, orientadas por perguntas objetivas abrangendo todos os quesitos em cada fase: • Preparação, Implantação e Manutenção. • A cada pergunta é associada uma pontuação, cujo resultado é disposto numa escala adequada. • A certificação é uma forma de reconhecimento do estágio de implantação de cada senso. 53 4.1.1.9 Comitê de Auditoria • Os comitês devem ser formados, por no mínimo, três pessoas que não pertencem á área auditada; • As pessoas escolhidas devem conhecer e dominar os conceitos associados a cada Senso; • A avaliação final da área deve ser resultado da discussão entre os membros do comitê até que se estabeleça o consenso entre eles; • O momento da auditoria deve ser aproveitado para consolidação dos conceitos e motivação dos membros de equipe, cuja área esteja sendo aditada. 4.1.1.10 Critérios Os sensos receberão nota de 0 a 10, representando o estado em que se encontra o ambiente de trabalho. (tabela 4) Tabela 4 - Identificação do Estado do ambiente CONCEITO NOTA COR Ótimo Bom Regular Ruim Fonte: O pesquisador 9-10 7-8,9 5-6,9 0,1-4,9 Azul Verde Amarelo Vermelho Após o processo de avaliação, extrai-se a média dos sensos sendo que o resultado da avaliação é divulgado pelo avaliador, que coloca o cartão correspondente a nota obtida no quadro do estado 5S’s. 4.1.1.11 Reconhecimento Reconhecimento é um instrumento de Motivação e deve ser utilizado para alcançar a implantação do programa. Defina ou escolha de reconhecimento que julgar mais adequada á empresa e adote-a intensiva e continuamente. 54 Lembre-se de que o Reconhecimento e “Recompensa” são conceitualmente distintos. 4.1.2 Programa de sistema da qualidade A sigla ORGANIZATION da FOR ISO corresponde as STANDARDIZATION iniciais de (Organização INTERNATIONAL Internacional de Normatização) – com sede em Genebra (Suíça), um dos organismos das Nações Unidas. O objetivo da ISO é criar normas técnicas essenciais de âmbito internacional para facilitar o comércio, especialmente entre as nações industrializadas. A ISO Serie 9000 trata exclusivamente da Questão da Qualidade, devida a importância que esse assunto vem assumindo no mundo. A qualidade, cada vez mais, transforma-se no grande diferencial de riqueza dos países, haja vista que a realidade hoje mostra a situação de países como: Japão, USA, Coréia, Alemanha, etc. A ISO estabelece diretrizes (regras) que vale para todas as empresas, abrangendo todos os seguimentos, por exemplo, ela vem sendo implementada em instituições dedicadas a saúde, em brancos, na indústria química, instalações industriais, fábricas de processamento de alimentos e todos os tipos de indústria. As normas da ISO, série 9000, diferem de outras normas da qualidade existentes, porque não definem detalhes específicos de como o processo deve ser documentado em nível de estabelecer se a empresa deve manter inspeções localizadas, características do serviço ou material. Isso fez com que a ISO se afirme com referência internacional para garantia da qualidade aplicável a todo tipo de organização. A ISO fez isso porque entende que impor o detalhe da implementação seria condenar a norma a desuso mal ela terminasse de ser escrita. Ao falar da ISO, deve-se citar o sistema de qualidade, composto de requisitos, que ao serem utilizados visam a garantia da qualidade. Estes requisitos orientam cada parte de uma empresa, de forma que esta execute de maneira correta e no tempo devido a sua tarefa, em harmonia com as outras, estando todas direcionadas para o objetivo comum da empresa: ser competitiva através da qualidade com produtividade, esta equação conduz a 55 empresa a ser competitiva no seu segmento de mercado, alçando o verdadeiro objetivo que é o lucro, ou seja, a qualidade é a forma mais econômica de produzir qualquer coisa, aumentando a margem de lucro e reduzindo os custos globais, com menos riscos e maior estabilidade para a empresa no mercado. Neste particular a ISO dá sua considerável parcela de contribuição que aliada a mudança de cabeça no sentido de assumir a responsabilidade e compromissos mútuos com princípios. Princípios estes, que ajudaram a reerguer nações (como Japão). O preço da qualidade é disciplina, criatividade, a busca de satisfação do cliente, zero defeitos, motivação (motivo para ação) de todos os colaboradores. 4.1.2.1 Implantação na Empresa Objetivo de implantação do programa de qualidade ISO 9002, foi deixar a empresa dentro dos padrões mundiais de qualidade e produtividade para poder atender as expectativas dos clientes do mundo interno, ou seja, ser competitiva dentro da globalização e também como necessidade de obter a certificação para poder vender para muitos clientes que exigem esta certificação. Como requisito básico para iniciar uma negociação. A empresa ganharia com a implantação: • Diminuição de desperdícios de materiais e mão de obra. • Nivelar-se-ia com concorrentes que usavam este programa como diferenciação no mercado. • Forçaria inovações tecnológicas • Competiria com incremento nos resultados operacionais e gerenciais. Essas necessidades foram sentidas pelos acionistas e diretores, onde os mesmos contrataram um funcionário especialista em sistema de qualidade, para a implantação na empresa. Esse funcionário e a diretoria sensibilizaram a gerência e chefias intermediárias da importância da implantação desse sistema. Em seguida foi montado um plano de ação para a implantação. (tabela 5) 56 Tabela 5 - Plano de Ação de Implantação ATIVIDADE RESPONSAVEL Sensibilização de todos os funcionários quanto a importância da implantação Treinamento dos funcionários no sistema da qualidade Elaboração dos procedimentos, manual da qualidade DIA Lideres e gerentes Março /98 Funcionários especiais Todos Lideres gerentes, Correção e estruturação desta documentação diretores e especialista Implantação dos procedimentos e Todos documentos na base de pessoas Treinamento de auditores Especialista Auditorias internas e revisões de auditoria Auditores e interna especialista Certificação BRTUV Fonte: O pesquisador Março /98 Maio/98 Junho/98 Julho/98 Julho/98 Julho, agosto, setembro,outubro/98 Dezembro/98 4.1.3 Programa SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) O objetivo da implantação do SAC foi sistematizar os procedimentos operacionais, visando a manutenção da qualidade de atendimento ao consumidor nos processos de reclamações de acordo com os manuais e normas sobre revestimentos cerâmicos, além de definir e uniformizar os critérios e responsabilidade relativas as atividades a serem realizadas pelos representantes, vendedores, promotoras e Corpo Técnico do SAC. Os envolvidos nos processos de reclamações são: − Representantes, − Vendedores, − Promotoras. O Corpo Técnico do S.A.C, são as pessoas ligadas a Assistência Técnica que atuam coordenando os processos de reclamações, Cujas atividades são as seguintes: recebidos. • Coordenar e encaminhar solução de todos processos de reclamações. • Dar suporte técnico sobre o produto e sua instalação/aplicação. • Elaborar relatórios de controle estatístico de reclamações. • Executar as avaliações de pós atendimento das reclamações. • Controlar, encaminhar soluções dos processos de reclamações 57 • Atender e solucionar reclamações sobre a qualidade dos produtos. • Avaliar e medir as amostras com utilização dos equipamentos disponíveis, emitindo parecer sobre a procedência ou não da reclamação. • Armazenar amostras e fotos das reclamações para apresentação em reuniões com o corpo técnico da fábrica. • Controlar o nível de qualidade de atendimento de reclamações e a eficácia das soluções adotadas. • Analisar os casos críticos de reclamações, cabendo ao diretor da empresa decidir sobre a viabilidade de acertos comerciais. • Avaliar os problemas de ressarcimento de mão-de-obra, procurando contorná-los, e encaminhá-los para avaliação da diretoria. • Controlar e proceder todas as devoluções de revestimentos cerâmicos com o auxílio do representante, vendedor ou promotora As responsabilidades são: a) Atender as reclamações dos revendedores/consumidores com o respectivo preenchimento da Verificação de Reclamações do Produto. b) Encaminhar quando necessário amostras e/ou fotos para a empresa, para a devida medição/laudos de laboratório. c) Informar as devoluções à fábrica dos produtos defeituosos. d) Controlar reposições de pequenas quantidades de produtos nos casos de reclamações contornadas com reposições parciais. 4.1.3.1 Plano de Ação de Implantação do Programa SAC Tabela 6 – Plano de ação de implantação do programa SAC ATIVIDADES RESPONSAVEIS Elaboração de um relatório de reclamação Especialista Treinamento de representantes ,vendedores, Especialista promotoras em SAC e no preenchimento do relatório Equipamos o laboratório da fabrica para ensaiar e Diretoria industrial inspecionar produtos Criamos uma linha telefônica 0800 para contato Especialista direto com consumidores PRAZO Janeiro/96 Janeiro e Fevereiro/96 Janeiro/96 Janeiro/96 Divulgamos o serviço interno e externo Especialista e MRT Janeiro e Fevereiro/96 Acompanhamento e analise das reclamações Especialista e áreas industrial/ comercial Março/96 Fonte: O Pesquisador 58 4.1.3.2 Relatório de Avaliação das Reclamações O relatório do SAC é o termômetro para avaliar o desempenho dos produtos no mercado e promover evoluções ou alterações necessárias para cada vez mais satisfazer o cliente. 4.1.4 Programa de Encontro Cooperativo O programa criado com o objetivo de fortalecer o trabalho em equipe e mostrar que todos possuem um único objetivo dentro da empresa que é a perenidade da itagres, e também o contato com funcionário fora do local de trabalho para melhor conhecer uns aos outros e promover a integração. Esse encontro é realizado em dois dias integrais fora da empresa, onde se divide o grupo em 4 equipes e promove-se uma gincana, onde no final uma equipe depende da outra para atingir o objetivo. Esse programa é realizado para níveis de chefias intermediarias até os acionistas. O programa de encontro cooperativo foi implantado no ano de 2000. 4.1.5 Plano de Incentivo a Competência (PIC) Este programa foi criado para estabelecer normas que visam atender em médio prazo as necessidades da empresa no que diz a respeito a capitação técnicooperacional do seu quadro de colaboradores, ao mesmo tempo em que proporciona a estes, uma oportunidade de formação profissional, promoverão automaticamente ou mediante oportunidade conforme nível, uma vez atendido completamente aos requisitos do plano. 4.1.5.1 Implantação do PIC na Itagres O PIC é um programa de incentivo a competência criado em 2000 para desenvolver e treinar os colaboradores 59 O comitê do PIC formado pelo diretor, gerente industrial, chefe RH e chefe do setor pessoal criaram as regras para cada plano, pois se tem 3 níveis na área industrial que são: • Operacional, • Técnico, • Liderança, Em seguida repassa-se a todos os funcionários da área industrial o funcionamento de plano e suas regras, também disponibilizando os cursos necessários ao plano. No nível operacional requisito básico foi 2º grau completo, com isso estabeleceu-se um prazo para que todos pudessem realizar o 2º grau. Iniciou-se com 58% com 2º grau completo (junho de 2000) e hoje se atinge 98 % (nov. 2005). No nível operacional atende todos os requisitos, inclusive os cursos do plano são promovidos com maior responsabilidade e maior salário independente de vagas. No nível técnico e liderança necessita-se além de atender a todos os requisitos ter vaga disponível, que é definida pelo organograma da empresa. Todas as promoções internas são preenchidas com funcionários, salvo a não existência de pessoas. 4.1.5.2 Regras Básicas do Plano Para a promoção, o colaborador deverá estar na empresa, no mínimo 12 meses, a contar data de sua admissão. Deverá ter participação nos treinamentos, com freqüência mínima de 85% (oitenta e cinco por cento). Para os treinamentos técnico-operacionais, haverá avaliação prática e/ou teórica, cuja nota deverá ser no mínimo 8,5 (oito e meio). 4.1.5.3 Avaliação para promoção A avaliação para promoção possui três fases: 1ª fase: Avaliação prática e/ou teórica dos treinamentos, todos com nota mínima de 8,5; 60 2ª fase: Avaliação de desempenho, conforme anexo II; 3ª fase: O Comitê de Promoção faz a avaliação do perfil x função das pessoas, coleta informações sobre relacionamento e envolvimento com a equipe e faz a avaliação do dossiê profissional (advertências, punições, atestados, P.R.O., histórico na empresas e participação em treinamentos não constantes no plano). O Comitê de Promoção é formado por: • Diretor da área; • Gerente da área; • Coordenador da área (ou chefe imediato); • Psicóloga; • Coordenador do setor Pessoal. Análise de Situação: A avaliação para a promoção acontece nos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro, após completar 12 meses de empresa. 4.1.6 Plano de Participação nos Resultados (PPR) O PPR na empresa começou em 1999, com o estabelecimento de regras e objetivos a serem atingidos para a recompensa financeira. A fórmula para chegar-se ao resultado final é complicada e com muitos índices a serem avaliados, com pesos e pontuações distintas. Os índices avaliados, produtividade, índice de qualidade, custo, avaliações de 5S, não conformidades, perdas de processo, tonalidades abertas, reclamações, capacidade produzida x instalada. Como esse sistema envolvia muitos círculos fazendo com que os funcionários não entendiam e não concordavam em casos, por exemplo, funcionários da área industrial quando atingiam seus índices de qualidade, produtividade, perdas, custos, não recebiam resultados, pois tive-se naquele período um número alto de reclamações, formando uma opinião de descrédito. Com isso desacreditaram do plano ocorrendo a desmotivação. Analisando esse fator foi criado um novo plano com outro sistema de avaliação, que consiste na distribuição de 4% do lucro para os funcionários. Essa distribuição é igual a todos os funcionários independente do cargo e salário que 61 possui. A empresa não distribui resultado se efetivamente não obtém esse novo modelo. Ficou mais fácil de assimilação, aumentando o nível de motivação. 4.1.7 Programa Seis Sigma Seis Sigma é a mais poderosa estratégia gerencial de mudanças para acelerar o aprimoramento em processos, produtos e serviços. O termo “sigma” mede a capacidade do processo em trabalhar livre de falhas. Quando se fala em seis sigma, refere-se a redução na variação do resultado, entregue aos clientes, a uma taxa de 3,4 falhas por milhão ou 99,99966% de perfeição. Empresas como Navistar, AlliedSignal, Motorola, ABB, Texas Instruments e Gereral Electric vêm obtendo ganhos expressivos tanto de qualidade quanto financeiros, declaradamente relacionados com a adoção da “cultura Seis Sigma”. Para a ABB esta estratégia resultou na redução de 68% dos defeitos e de 30% dos custos de seus produtos, levando a uma economia de US$ 898 milhões por ano. Estima-se que a média das indústrias opera em nível de qualidade de 3 a 4 sigma e que isso custa em torno de 15 a 30% de seu faturamento em desperdícios como inspeções, retrabalho, sucata, desgaste da imagem e perda de clientes. Ao trabalhar em Seis Sigma, estes custos são eliminados. 4.1.7.1 Implantação dos Seis Sigmas na Itagres Em uma reunião o diretor presidente em 1998 pediu aos diretores o nome de uma pessoa para ser treinada e implantar o sistema seis sigma na empresa. Foi definida a pessoa e em seguida a mesma foi a Porto Alegre efetuar um curso e visitar empresas que já possuem essa ferramenta. Com o retorno a pessoa, repassou a direção e a gerencia o que viu e a sua opinião, do processo 6 sigma, ficando definido pela implantação rapidamente. Inicio-se contato com a empresa que tinha promovido o treinamento em Porto Alegre pra efetuar uma consultoria para a implantação do 6 sigma na itagres. O programa não teve continuidade em função de mudança na direção da empresa. 62 4.1.8 Programa de Reeducação Operacional (PRO) O programa de reeducação operacional tem como objetivo aplicar uma filosofia de administração baseada em conhecimento e motivação. Aplica-se o programa toda vez que um funcionário comete um ato que gere prejuízo à empresa, ao invés de aplicar advertências ou punições, treina-se o funcionário e o monitora após treinamentos. Surgiu no ano de 2000, em função da realidade da empresa: muitos esquecimentos, erros e distrações no desempenho da função; O objetivo geral do programa foi: requalificar o colaborador, fornecendolhe informações e tirando-lhe as duvidas que surjam no decorrer do trabalho; Os objetivos específicos foram definidos como: 1. Conscientizar o colaborador da importância da sua real dedicação e participação no processo; 2. Evitar a ausência do colaborador por meio de suspensão; 3. Detectar causas e soluções dos problemas; O funcionamento do programa segue a seqüência: • O líder ou responsável encaminha uma C.I. (comunicação interna) para o setor de treinamento solicitando reeducação operacional, constando: nome completo do operador, turno, setor, motivo do encaminhamento e data em que aconteceu o problema; • As datas são marcadas pelo setor de treinamento, de acordo com o horário de trabalho do colaborador; • Os convites são enviados para todos os envolvidos; • Estando impossibilitado de comparecer, o funcionário consulta o setor de treinamento para uma mudança do horário ou data; O programa segue os passos que são: análise do problema; treinamento nos procedimentos operacionais e avaliação; aspectos Técnicos; orientação para pesquisa. 63 4.1.9 Programa de Boas Idéias e Sugestões É um programa onde os colaboradores depositam as suas idéias por escrito para posterior análise, dentro de uma caixa localizada na entrada principal da fábrica. Este programa foi implantado em 1998. O objetivo do programa é: criar um sistema de reconhecimento e valorização dos colaboradores que se destacaram entre os demais, através de: - Melhorias do processo de trabalho; - Redução de desperdícios; - Melhoria das condições ambientais; - Aumento da qualidade; - Aumento da produtividade; - Resolução, correção e prevenção de problemas futuros. O programa funciona com os seguintes passos: • Sugestões individuais ou em grupo de, no máximo, 03 pessoas; • Todos podem participar inclusive área comercial externa; • No 1º dia útil de cada mês, o analista de treinamento recolhe as sugestões e faz uma pré-análise, observando se atende um dos itens anteriormente citados; • O analista de treinamento marca a reunião de análise e convoca o autor da sugestão para participar; • Todas as sugestões terão um retorno ainda no mesmo mês; • As sugestões aprovadas serão discutidas sobre sua implantação ainda na reunião de análise; • Haverá um mural onde são fixadas as sugestões aprovadas e como será sua implantação para acompanhamento de todos; • O(s) autor (es) da sugestão implantada é fotografado e colocado na Galeria de Talentos juntamente com a melhoria implantada; • Para cada sugestão implantada o autor recebe como prêmio, um bloco de vale-refeição; • Todos os autores de sugestão recebem certificado de participação; 64 • Os autores das sugestões são reconhecidos através de jornal interno; 4.1.10 Programa Seminário Interno de Tecnologia Itagres O objetivo do programa é valorizar os esforços realizados pelos colaboradores através de melhorias constantes em suas atividades, bem como seu desenvolvimento profissional e pessoal. Possui como finalidade: − Incentivar os colaboradores na pratica constante da qualidade e produtividade; − Estimular os colaboradores a desenvolverem projetos de melhoria; − Oportunizar as equipes para que apresentem publicamente seus projetos. Podem participar do programa todos os colaboradores que incluíram o curso de Noções Básicas de cerâmica, no período de agosto/ setembro de 1999, bem como uma equipe de colaboradores do Programa de Reeducação Operacional. As equipes podem conter 05 participantes. Cada equipe terá no máximo, 20 (vinte) minutos para a apresentação do projeto, desde a organização até a sua conclusão. A ordem da apresentação segue conforme a programação. Avaliação: O julgamento e a classificação dos projetos apresentados são realizados de acordo com os seguintes critérios: Criatividade – considera-se criatividade como idéia inovadora, algo diferente do comum e que seja simples, pratico e objetivo. Produtividade – considera-se a funcionalidade, a viabilidade técnica (construção e confiabilidade), a viabilidade econômica (relação custo/ beneficio) e a melhoria do processo. Qualidade – considera-se a garantia do controle e a obtenção de melhorias da qualidade, o valor agregado e a credibilidade junto ao cliente, bem como a melhoria das condições de trabalho , da comunicação e do relacionamento humano, trazendo beneficio para o meio ambiente. Premiação: Os projetos classificados em 1º, 2º e 3º lugares recebem troféu e medalhas. Todos os componentes das equipes recebem certificado alusivo. 65 O projeto classificado em 1º lugar representa a Itagres no Prêmio Santa Catarina de Incentivo a Qualidade e Produtividade, realizado pela FIESC / SENAI. Comissão Julgadora: Composta por profissionais por experiência em cerâmica, sendo: - Diretoria; - Produção; - Fornecedores; - Financeiro. Compete a comissão avaliar e classificar os projetos segundos os critérios estabelecidos. Os integrantes da Comissão não podem ter vínculo /participação no desenvolvimento dos projetos. A Comissão, após a apresentação de cada equipe, pode questionar e solicitar eventuais esclarecimentos. O trabalho da comissão se encerra com a entrega dos resultados á comissão organizadora. As decisões da comissão referente a premiação não serão recorríveis. 4.1.11 Você Pergunta, a Itagres Responde Neste programa o funcionário efetua uma pergunta por escrito e coloca em uma urna, posteriormente recebe a resposta da empresa. Este programa entrou em funcionamento em 2000. O objetivo deste programa é através do trabalho de endomarketing, facilitar o processo de comunicação, possibilitando aos colaboradores tirar dúvidas e obter informações com relação á empresa. Conhecendo melhor a empresa, o colaborador torna-se mais responsável e comprometido com o seu trabalho. Este programa segue algumas regras: 1. Existe uma urna identificada com o símbolo “?”, que fica a disposição do colaborador para depositar o papel contendo sua pergunta; 2. Não existe formulário pré-definido pra colocar a pergunta na urna, podendo ser escrita em qualquer tipo de papel; 66 3. Não é necessária a identificação de quem faz a pergunta, deixando assim, o colaborador mais á vontade para questionar; 4. Toda segunda feira o analista de treinamento abre a urna, recolhe as perguntas e as encaminha para os responsáveis dos setores diretamente ligados ao assunto, pra que os mesmos possam elaborar as perguntas, em um prazo máximo de três dias; 5. Quando estiver com resposta em mãos, o analista de treinamento passa os dados a diretoria para aprovação. 6. A diretoria aprova e /ou altera as respostas; 7. A aprovação deve ser realizada no mínimo por 02(dois) Diretores; 8. Após aprovada a resposta, é divulgada no mural da empresa para que todos os colaboradores tenham acesso as perguntas e respostas; 9. Ficam dispostas no mural, no máximo três respostas por vez, por um período de até 07 (sete) dias; 10. As perguntas e respostas são numeradas em ordem crescente, para que possa-se acompanhar a ordem de chegada das perguntas. 11. Todas as perguntas e respostas ficam arquivados no setor de treinamento, em pasta suspensa, por ordem numérica, para eventuais pesquisas. 4.1.12 Programa Sábado Feliz Este programa possibilita aos participantes acompanhar um dia de trabalho nas revendas de materiais de construção, que comercializam nossos produtos. Oportunizando desta forma, a perfeita compreensão das facilidades e ou/ dificuldades encontrados no manuseio e venda dos nossos revestimentos cerâmicos. Tem por finalidade: − Verificar as condições físicas em que se encontram nossos produtos nos estoques e show room das revendas; − Verificar a exposição dos produtos e sua adequação ao espaço disponível; − Acompanhar a conduta da demonstradora, quando houver; − Analisar a exposição e os produtos dos concorrentes; 67 − Procurar entender porque o consumidor final opta pela concorrência; − Detectar quais as dificuldades que os balconistas e gerência da loja têm em relação aos nossos produtos; − Ter oportunidade de ouvir o consumidor final; − Ao final do dia de expediente, estar capacitado a formar uma opinião a respeito da presença da Itagres dentro das lojas. Estas visitas são realizadas em dupla. A empresa agenda com as lojas as visitas e arca com as despesas de transporte e hospedagem. Estas visitas são realizadas no sábado e na segunda feira subseqüente realiza-se uma reunião para análise das informações obtidas. 68 5 RESULTADOS DA PESQUISA Após a revisão histórica e conceitual dos programas implantados, apresenta-se o resultado da pesquisa de acordo com a visão do nível operacional e do nível de direção. Os resultados foram tabulados com base em cada programa. Os dados são referentes a pesquisa efetuada na itagres de agosto a outubro de 2005. Entrevistou-se gerentes de fábrica, diretores, coordenadores de programa, lideres de produção, operadores, chefe de recursos humanos e auxiliares de recursos humanos. Esta informações tem como intuito descobrir os principais fatores que levaram a empresa a implantar os programas gerenciais, a situação atual deles e os fatores que levaram a esta situação de 1995 à 2005, para analisarse as causas e montar ações para implantação e manutenção de programas que venham atingir seus objetivos. 5.1 Programa 5s 5.1.1 Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional 1. Melhoria da QVT (Qualidade de Vida no Trabalho) – 90 % 2. Redução de acidentes de trabalho – 90% 3. Redução de custos – 60% 4. Flexibilidade industrial – 70% 5. Melhoria na comunicação interna – 60% 5.1.2 Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção 1. Preparação para implantação do sistema da qualidade – 100% 2. Redução de custo – 100 % 3. Melhoria da QVT – 100% 4. Delegação de responsabilidade – 80% 5. Flexibilidade industrial – 60% 69 5.1.3 Situação atual do Programa 5S O programa de 5S teve seu auge de 1998 a 2001, com toda empresa motivada. Com o surgimento de outros programas com maior prioridade tanto pela direção tanto pelos funcionários o 5S foi extinto. O 5S teve uma implantação bem feita, porém a manutenção não foi. 5.1.3.1 Fatores que levaram a situação atual do programa na visão do nível operacional 1. Falta de empenho das chefias – 80% 2. Falta de empenho dos recursos humanos – 100% 5.1.3.2 Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção 1. Muitos programas ao mesmo tempo – 80% 2. Evolução tecnológica como foco – 60% 3. Falta de empenho das chefias – 100% 4. Diminuição da estrutura de Recursos humanos – 100% 5. Falta de empenho do recurso humanos – 60% 5.2 Implantação do Programa de Sistema da Qualidade 5.2.1 Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional 1. Padronização do processo – 80% 2. Aumento no índice de classificação e produtividade – 100% 3. Melhoria na satisfação dos clientes internos e externos – 60% 4. Redução de custo – 100% 70 5.2.2 Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção 1. Estratégia de marketing – 60% 2. Padronização do processo – 100% 3. Redução de custo – 100% 4. Aumento do índice de classificação e produtividade- 100% 5. Competitividade na globalização – 100% 5.2.3 Situação Atual do Programa Em função do custo e exigências dos órgãos certificadores as empresas perderam a vontade de manter a certificação. Outro motivo foi que perceberam que esse sistema só garante o processo, mas não o produto, em síntese é um sistema voltado para dentro da empresa e isso não é tão prioritário como atacar a satisfação do cliente, ou seja, atuar no cliente atacando suas necessidades e adequando mudanças aos produtos para atender essas expectativas. 5.2.3.1 Fatores que levaram a situação atual do programa na visão do nível operacional 1. Rompimento com órgãos certificadores – 100% 2. Falta de auditorias – 80% 3. Falta de empenho das chefias – 100% 4. Falta de empenho do recursos humanos – 100% 5.2.3.2 Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção 1. Pouco foco no produto e muito processo – 100% 2. Falta de credibilidade ns órgãos certificadores – 100% Com a mudança da norma versão 2004 a itagres está se preparando para, uma possível nova certificação. 71 5.3 Programa de SAC 5.3.1 Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional 1. Melhora na comunicação com o cliente – 80% 2. Igualar serviços ao do concorrente – 80% 3. Definir a satisfação dos clientes – 100% 5.3.2 Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção 1. Medir satisfação dos clientes – 100% 2. Agilidade na resolução de problemas com os clientes – 100% 3. Detectar necessidades dos clientes – 100% 4. Melhora dos serviços ao clientes – 80% 5.3.3 Situação Atual do programa Este programa está muito atuante e aumentando sua estrutura em função de ser um programa que está aliçerçado com bases no lado externo da empresa, nos clientes que é fundamental hoje em função da qualidade de opções que os mesmos possuem para atender, suas expectativas. Um SAC bem estruturado e eficiente com tratamento pessoal, acreditamos que seja um diferencial de serviço aos nossos clientes. 5.3.3.1 Fatores que levarão a situação atual do programa na visão do nível operacional 1. Oferecer serviços aos clientes – 100% 2. Detectar as necessidades dos clientes – 80% 3. Agilidade na resolução de problemas com os clientes – 80% 72 5.3.3.2 Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção 1. Oferecer serviços aos clientes – 100% 2. Detectar necessidades dos clientes – 80% 3. Estratégia comercial (diferencial) – 80% 4. Ferramentas de conscientização no trabalho às necessidades dos clientes - 80% 5.4 Programa de Encontro Cooperativo 5.4.1 Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional 1. Incentivo ao trabalho de equipe – 100% 2. Identificar talentos – 60% 5.4.2 Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção 1. Incentivo ao trabalho em equipe – 100% 2. Melhora na comunicação interna – 80% 3. Melhora na QVT – 60% 4. Competitividade na globalização – 60% 5.4.3 Situação Atual do Programa Este programa foi feito durante dois anos e depois não ocorreu mais por problemas de redução de custo , relacionamento entre as áreas , e falta de foco em recursos humano. Outro fator importante que contribui para o seu fracasso foi a diminuição na estrutura de recursos humanos da empresa. 73 5.4.3.1 Fatores que levarão a situação atual do programa na visão do nível operacional 1. Duvida nos resultados obtidos – 100% 2. Falta de empenho das chefias – 100% 5.4.3.2 Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção 1. Duvida nos resultados obtidos – 100% 2. Falta de empenho das chefias – 100% 3. Falta de empenho de recursos humanos – 80% 5.5 Programa PIC 5.5.1 Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional 1. Definir critérios de cargos e salários – 100% 2. Motivação e comprometimento – 80% 3. Aumentar nível cultural e profissional dos operadores – 100% 4. Competitividade na globalização – 60% 5.5.2 Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção 1. Credibilidade na valorização aos funcionários que proporcionam resultados – 100% 2. Motivação e comprometimento – 100% 3. Definir critérios de cargos e salários – 100% 4. Aumentar nível cultural e profissional dos operadores – 100% 5. Competitividade na globalização – 100% 74 5.5.3 Situação Atual do Programa Este programa está muito forte na empresa desde a sua implantação até hoje. 5.5.3.1 Fatores que levarão a situação atual do programa na visão do nível operacional 1. Definir critérios de cargos e salários – 80% 2. Com custo x benefício a empresa – 80% 3. Aumento no índice de classificação e produtividade – 100% 4. Remuneração variável em função de resultados – 100% 5.5.3.2 Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção 1. Definir critérios de cargos e salários – 100% 2. Credibilidade na valorização aos funcionários que proporcionam resultados -100% 3. Empenho da alta administração – 100% 4. Competitividade na globalização – 100% 5. Aumentar o nível cultural e profissional dos operadores – 100% 6. Evolução nos resultados industriais – 80% 5.6 Programa PPR 5.6.1 Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional 1. Remuneração salarial em função de resultados – 100% 2. Motivação e comprometimento – 100% 75 5.6.2 Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção 1. Remuneração variável em função de resultados – 100% 2. Motivação e comprometimento – 100% 3. Competitividade na globalização – 100% 5.6.3 Situação Atual do Programa Este programa encontra-se muito forte na empresa, em função da valorização em dinheiro que proporciona aos funcionários, quando do atingi mento dos resultados. Isto promove uma sinergia, onde todos ficam atentos aos seus resultados e ao dos outros, criando uma espécie de responsabilidade mutua com os colegas e a empresa. 5.6.3.1 Fatores que levarão a situação atual do programa na visão do nível operacional 1. Motivação e comprometimento – 100% 2. Obtenção de resultados – 100% 3. Competitividade na globalização – 100% 5.6.3.2 Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção 1. Motivação e comprometimento – 100% 2. Competitividade na globalização – 100% 3. Evolução nos resultados da empresa – 100% 4. Acionistas só pagam quando obtém resultados – 60% 5.7 Programa Seis Sigmas Este programa fica evidenciado que toda a alta administração deve ser convencida que o programa é interessante. Deve-se também sempre evitar a 76 exposição de que a idéia é de uma única pessoa, pois se pode estar mexendo com o ego de outras, e assim na falta do idealizador, encontra barreiras. 5.8 Programa de Reeducação Operacional 5.8.1 Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional 1. Motivação e treinamento – 100% 2. Treinamento individualizado – 100% 3. Diminuição de erros – 60% 5.8.2 Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção 1. Conscientização do funcionário as suas responsabilidades – 100% 2. Motivação e comprometimento – 100% 3. Treinamento individualizado – 80% 4. Redução de custo – 80% 5. Aumento no índice de classificação e produtividade – 100% 5.8.3 Situação Atual do Programa Este programa está desativado porque nasceu com o objetivo de uma atuação temporária, para mobilizar e treinar funcionários a assumir responsabilidades no seu trabalho, dentro da organização. Este programa foi implantado com data de inicio e fim e assim aconteceu. Este tempo determinado foi estipulado, porque depois de 2 ou 3 vezes que o funcionário passa pela reeducação, encara com naturalidade e isso seria prejudicial à organização, hoje temos uma equipe bem consciente de suas responsabilidades. Este programa atingiu seus objetivos. 77 5.9 Programa de Boas Idéias e Sugestões. 5.9.1 Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional 1. Incentivar a participação – 100% 2. Competitividade na globalização – 80% 5.9.2 Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção 1. Incentivar a participação – 100% 2. Competitividade na globalização – 100% 5.9.3 Situação Atual do Programa Este programa está funcionando por duas razões: reconhecimento em forma de dinheiro e valorização pessoal profissional. 5.9.3.1 Fatores que levarão a situação atual do programa na visão do nível operacional 1. Falta de empenho das chefias – 100% 2. Falta de empenho dos recursos humanos – 100% 5.9.3.2 Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção 1. Reconhecimento da empresa aos funcionários – 100% 2. Motivação e comprometimento – 60% 3. Valorização a idéia e ao funcionário – 100% 4. Com custo x benefício à empresa – 100% 78 5.10 Programa Seminário Interno de Tecnologia Itagres 5.10.1 Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional 1. Aumento no índice de qualidade e produtividade – 80% 2. Treinamento a funcionários – 100% 3. Incentivo ao trabalho de equipe – 80% 5.10.2 Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção 1. Aumento no índice de qualidade e produtividade – 60% 2. Incentivo ao trabalho de equipe – 100% 3. Redução de custo – 100% 4. Identificar talentos – 60% 5. Valorização e reconhecimento ao funcionário – 80% 5.10.3 Situação Atual do Programa Este programa apresentou bons resultados, à falta de iniciativa da área de recursos humanos e área industrial, culminou com a não perpetuação. 5.10.3.1 Fatores que levarão a situação atual do programa na visão do nível operacional 1. Falta de empenho dos recursos humanos – 80% 2. Falta de empenho das chefias – 60% 5.10.3.2 Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção 1. Falta de empenho dos recursos humanos – 100% 2. Muitos programas ao mesmo tempo – 60% 79 3. Falta de empenho das chefias – 80% 4. Evolução tecnológica como foco – 60% 5.11 Programa Você Pergunta e a Itagres Responde 5.11.1 Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional 1. Melhora da comunicação interna – 100% 2. Liberdade de expressão – 80% 5.11.2 Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção 1. Melhora da comunicação interna – 100% 2. Medir clima organizacional – 80% 3. Liberdade de expressão – 100% 5.11.3 Situação Atual do Programa Este programa está atuante, pois mantém um canal de comunicação entre os níveis hierárquicos da empresa. Esse programa se mantém porque é de interesse comum, os funcionários podem questionar sem retalhação e os diretores ficam informados sobre o clima organizacional na empresa, e assim tomarem ações se necessário. 5.11.3.1 Fatores que levarão a situação atual do programa na visão do nível operacional 1. Liberdade de expressão – 100% 2. Melhora da comunicação interna – 100% 80 5.11.3.2 Fatores que levaram a situação atual dos programas na visão da direção 1. Liberdade de expressão – 100% 2. Medir o clima organizacional – 100% 3. Envolvimento alta administração – 100% 4. Melhora da comunicação interna – 80% 5.12 Programa Sábado Feliz 5.12.1 Fatores que induziram a implantação do programa na visão do nível operacional 1. Detectar necessidades dos clientes – 100% 2. Conscientização dos funcionários ao atendimento as necessidades dos clientes – 80% 3. Melhora da comunicação com cliente – 80% 5.12.2 Fatores que induziram a implantação do programa na visão da direção 1. Detectar necessidades dos clientes – 100% 2. Conscientização dos funcionários a suas responsabilidades – 100% 3. Motivação e comprometimento – 60% 4. Melhora da comunicação com o cliente – 80% 5.12.3 Situação Atual do Programa Este programa foi desenvolvido uma única vez e atingiu os objetivos propostos, gerando um raio-X de nosso relacionamento com clientes, norteando-nos a tomar ações para manter e melhorar alguns pontos como exposição dos produtos, desempenho do benchmarketing. representante, imagem do cliente perante a empresa, 81 5.13 Detalhamento da pesquisa que induziram a implantação 5.13.1 Avaliação dos programas ineficientes Conforme tabela 7, os principais fatores que induziram a implantação e manutenção dos programas ineficientes na visão do nível operacional são: Motivação e comprometimento – 18,7% ; melhora na comunicação com o cliente – 10,7%. Tabela 7 – Fatores que induziram a implantação e manutenção de programas ineficientes visão do nível operacional FATOR AMOSTRA % PROGRAMA Definir critérios de cargos e salários Motivação e comprometimento Aumento do nível cultural e profissional dos operadores Competitividade na globalização Remuneração variável em função de resultados Melhora na comunicação com o cliente Igualar serviços ao dos concorrentes Definir a satisfação dos clientes Melhora da Comunicação interna 40 112 40 24 40 64 32 40 40 Liberdade de expressão 32 5,3 Treinamento individualizado Diminuição de erros Detectar necessidades dos clientes Conscientização dos funcionários ao atendimento as necessidades dos clientes TOTAL 40 24 40 6,7 4,0 6,7 Você Pergunta a Itagres Responde PRO PRO Sábado Feliz 32 5,3 Sábado Feliz 600 100 PIC 6,7 PIC / PPR / PRO 18,7 PIC 6,7 PIC 4,0 PIC 6,7 SAC / Sábado Feliz 10,7 SAC 5,3 SAC 6,7 6,7 Você Pergunta Itagres Responde Fonte: O pesquisador Gráfico 1 – Fatores que induziram a implantação e manutenção de programas ineficientes visão do nível operacional 20% 15% 10% 5% 0% Definir critérios de cargos e salários Motivação e comprometimento Aumento do nível cultural e profissional dos operadores Competitividade na globalização Remuneração variável em função de resultados Melhora na comunicação com o cliente Igualar serviços ao dos concorrentes Definir a satisfação dos clientes Melhora da Comunicação interna Liberdade de expressão Treinamento individualizado Diminuição de erros Detectar necessidades dos clientes Conscientização dos funcionários ao atendimento as necessidades dos clientes Fonte: O pesquisador 82 De acordo com a tabela 8, na visão da direção, os principais fatores que induziram a implantação e manutenção dos programas ineficientes são: Motivação e comprometimento – 16,5%; competitividade na competição – 9,2%; conscientização dos funcionários a suas responsabilidades – 9,2%; detectar necessidades dos clientes – 9,2%. Tabela 8 – Fatores que Induziram a Implantação e manutenção de programas ineficientes visão da direção FATORES Credibilidade na valorização aos funcionários que proporcionam resultados Motivação e comprometimento Definir critérios de cargos e salários Aumentar nível cultural/profissional operadores Competitividade na competição Remuneração variável pelo resultados Definir a satisfação dos clientes Agilidade resolução de problemas com clientes Detectar necessidades dos clientes Melhora dos serviços aos clientes Melhora da comunicação interna Medir clima organizacional Liberdade de Expressão Conscientização de funcionários a suas responsabilidades Treinamento individualizado Redução de custo Aumento índice classificação e produtividade TOTAL AMOSTRA % PROGRAMA 40 4,6 PIC 144 40 40 80 40 40 40 80 32 40 32 40 16,5 4,6 4,6 9,2 4,6 4,6 4,6 9,2 3,7 4,6 3,7 4,6 PIC / PPR / PRO / Sábado Feliz PIC PIC PIC / PPR PPR SAC SAC SAC / Sábado Feliz SAC Você Pergunta Itagres Responde Você Pergunta Itagres Responde Você Pergunta Itagres Responde 80 9,2 PRO / Sábado Feliz 32 32 40 872 3,7 3,7 4,6 100 PRO PRO PRO Fonte: O Pesquisador Gráfico 2 – Fatores que Induziram a Implantação e manutenção de programas ineficientes visão da direção 20% 10% 0% Credibilidade na valo rização ao s funcio nário s que pro po rcio nam resultado s M o tivação e co mpro metimento Definir critério s de cargo s e salario s A umentar nível cultural e pro fissio nal do s o perado res Co mpetitividade na co mpetição Remuneração variável em função de resultado s Definir a satisfação do s clientes A gilidade na reso lução de pro blemas co m clientes Detectar necessidades do s clientes M elho ra do s serviço s ao s clientes M elho ra da co municação interna M edir clima o rganizacio nal Liberdade de Expressão Co nscientização do s funcio nário s a suas respo nsabilidades Treinamento individualizado Redução de custo A umento no índice de classificação e pro dutividade Fonte: O Pesquisador 83 5.13.2 Avaliação dos programas eficientes Na tabela 9, nota-se os principais fatores que induziram a implantação de programas eficientes na visão do nível operacional: Aumento do índice de classificação e produtividade – 13,7%; incentivo trabalho de equipe – 13,7%; incentivar a participação – 7,6%; redução de custo – 12,2%; treinamento a funcionários – 7,6%. Tabela 9 – Fatores que induziram a implantação e manutenção de programas eficientes na visão do nível operacional FATORES Melhora na QVT Redução de custo Redução de acidentes de trabalho Flexibilidade industrial Melhora na comunicação interna Incentivar a participação Competitividade na Globalização AMOSTRA 36 64 36 28 24 40 32 % 6,9 12,2 6,9 5,3 4,6 7,6 6,1 Incentivo trabalho de equipe 72 13,7 Identificar Talentos Padronização do processo 24 32 4,6 6,1 Aumento índice de classificação e produtividade 72 13,7 24 4,6 40 524 7,6 100,0 Melhoria satisfação dos clientes internos e externos Treinamento a Funcionários TOTAL PROGRANAS 5S 5S / Sistema da Qualidade 5S 5S 5S Boas Idéias e Sugestões Boas Idéias e Sugestões Encontro cooperativo / Seminário Interno de Qualidade Encontro cooperativo Sistema da Qualidade Sistema da Qualidade / Seminário Interno de Qualidade Sistema da Qualidade Seminário Interno de Qualidade Fonte: O Pesquisador Gráfico 3 – Fatores que induziram a implantação e manutenção de programas eficientes na visão do nível operacional 15% 10% 5% 0% Melhora na QVT Redução de custo Redução de acidentes de trabalho Flexibilidade industrial Melhora na comunicação interna Incentivar a participação Competitividade na Globalização Incentivo trabalho de equipe Identificar Talentos Padronização do processo Aumento do índice de classificação e produtividade Melhoria na satisfação dos clientes internos e externos Treinamento a Funcionários Fonte: O Pesquisador 84 De acordo com a tabela 10, na visão da direção, os fatores mais importantes que induzem a implantação e manutenção de programas eficientes são: Redução de custo – 16,0%; competitividade na globalização -13,8%; incentivo trabalho de equipe -10,6%; melhora na QVT – 8,5%; aumento do índice de classificação e produtividade – 8,5%. Tabela 10 – Fatores que induziram a implantação de manutenção de programas eficientes na visão da direção AMOSTR A 8 8,5 Redução de custo 15 16,0 Flexibilidade industrial Melhora na comunicação interna Incentivar a participação 3 4 5 3,2 4,3 5,3 Competitividade na Globalização 13 13,8 Incentivo trabalho de equipe 10 10,6 Identificar Talentos Valorização e reconhecimento da empresa ao funcionário Padronização do processo Aumento do índice de classificação e produtividade Melhoria na satisfação dos clientes internos e externos Preparo da estrutura na implantação do programa sistema da qualidade Delegação de Responsabilidades Estratégia de Marketing TOTAL 3 3,2 5S / Encontro cooperativo 5S / Sistema da Qualidade / Seminário interno de Qualidade 5S Encontro Cooperativo P Boas Idéias e Sugestões P Boas Idéias e Sugestões / Encontro Cooperativo / Sistema da Qualidade Encontro cooperativo / Seminário Interno de Qualidade Seminário Interno de Qualidade 4 4,3 Seminário Interno de Qualidade 4 4,3 8 8,5 Sistema da Qualidade Sistema da Qualidade / Seminário Interno de Qualidade 5 5,3 Sistema da Qualidade 5 5,3 5S 4 3 94 4,3 3,2 100,0 FATORES Melhora na QVT % PROGRANAS 5S Sistema da Qualidade Fonte: O Pesquisador Gráfico 4 – Fatores que Induzirão a Implantação e manutenção de programas eficientes na visão da direção 2 0% 1 0% 0% M elho ra na QVT Redução de custo Flexibilidade industrial M elho ra na co municação interna Incentivar a participação Co mpetitividade na Glo balização Incentivo trabalho de equipe Identificar Talento s Valo rização e reco nhecimento da empresa ao funcio nário P adro nização do pro cesso A umento do índice de classificação e pro dutividade M elho ria na satisfação do s clientes interno s e externo s P reparo da estrutura na implantação do pro grama sistema da qualidade Delegação de Respo nsabilidades Estratégia de M arketing Fonte: O Pesquisador 85 5.14 Detalhamento da pesquisa em relação a situação atual dos programas 5.14.1 Avaliação dos programas ineficientes Conforme tabela 11, na visão do nível operacional ficam evidenciados, dois grandes fatores que definem a ineficiência da implantação e manutenção de programas gerenciais na Itagres. Falta de empenho das chefias - 41,8%; falta de empenho dos recursos humanos - 32,7%. Tabela 11 - Fatores que levaram a situação atual os programas ineficientes na visão do nível operacional FATORES AMOSTRA % Falta de empenho das chefias 184 41,8 Falta de empenho dos recursos humanos 144 32,7 40 32 9,1 7,3 40 9,1 440 100,0 Dúvidas nos resultados obtidos Falta de auditorias Rompimento com órgão certificador TOTAL PROGRANAS 5S / P Boas Idéias e Sugestões / Sistema da Qualidade / Seminário Interno de Qualidade 5S / P Boas idéias e Sugestões / Sistema da Qualidade / Seminário Interno de Qualidade Encontro Cooperativo Sistema da Qualidade Sistema da qualidade Fonte: O Pesquisador Gráfico 5 - Fatores que levaram a situação atual os programas ineficientes na visão dos funcionários 50% 40% 30% 20% 10% 0% Falta de empenho das chefias Dúvidas nos resultados obtidos Rompimento com órgão certificador Fonte: O Pesquisador Falta de empenho do recursos humanos Falta de auditorias 86 De acordo com a tabela 12, os diretores visualizam como fatores determinantes de ineficiência de programas gerenciais na Itagres os seguintes: Falta de empenho das chefias – 26,8%; falta de empenho dos recursos humanos – 26,8%. Tabela 12 - Fatores que levaram a situação atual os programas ineficientes na visão da direção FATORES AMOSTRA % Falta de empenho das chefias 19 26,8 Falta de empenho dos recursos humanos 19 26,8 5 7,0 5S / P Boas Idéias e Sugestões / Encontro cooperativo / Seminário Interno de Qualidade 5S / P Boas idéias e Sugestões / Encontro cooperativo / Seminário Interno de Qualidade Encontro Cooperativo 5 7,0 Sistema da Qualidade 5 7,0 Sistema da qualidade Muitos Programas ao mesmo tempo 7 9,9 Evolução Tecnológica como foco 6 8,5 Diminuição da estrutura de recursos humanos 5 7,0 Dúvidas nos resultados obtidos Pouco foco no produto e muito processo Falta de credibilidade dos órgãos certificadores TOTAL PROGRANAS 5S / Seminário Interno de Qualidade 5S / Seminário interno de qualidade 5S 100,0 Fonte: O Pesquisador Gráfico 6 - Fatores que levaram a situação atual os programas ineficientes na visão da direção 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Falta de empenho das chefias Falta de empenho do recursos humanos Dúvidas nos resultados obtidos Pouco foco no produto e muito processo Falta de credibilidade dos órgãos certificadores Muitos Programas ao mesmo tempo Evolução Tecnológica como foco Diminuição da estrutura de recursos humanos Fonte: O Pesquisador 87 5.14.2 Avaliação de programas eficientes Na tabela 13, pela ótica dos funcionários os principais fatores que levam os programas da Itagres a eficiência são: Motivação e comprometimento - 9,6%; competitividade na globalização 9,6%; remuneração variável em função de resultados - 9,6%; melhora serviços aos clientes - 9,6%; melhora da Comunicação interna - 9,6%; liberdade de expressão 9,6%; aumento no índice de classificação e produtividade - 9,6%; obtenção de resultados - 9,6%. Tabela 13 - Fatores que levaram os programas eficientes à situação atuais na visão do nível operacional FATOR AMOSTRA % PROGRAMA Motivação e comprometimento 40 9,6 PPR Competitividade na globalização 40 9,6 PPR Remuneração variável em função de resultados 40 9,6 PIC Melhora serviços aos clientes 40 9,6 SAC Agilidade na resolução de problemas com s 32 7,7 SAC clientes Você Pergunta Itagres Melhora da Comunicação interna 40 9,6 Responde Você Pergunta a Liberdade de expressão 40 9,6 Itagres Responde Detectar necessidades dos clientes 32 7,7 SAC Obter custo x benefício a empresa 32 7,7 PIC Aumento no índice de classificação e 40 9,6 PIC produtividade Obtenção de resultados 40 9,6 PPR TOTAL 416 100,0 Fonte: O Pesquisador Gráfico 7 - Fatores que levaram os programas eficientes à situação atuais na visão do nível operacional 10% 8% 6% 4% 2% 0% Motivação e comprometimento Competitividade na globalização Remuneração variável em função de resultados Melhora serviços aos clientes Agilidade na resolução de problemas com s clientes Melhora da Comunicação interna Liberdade de expressão Detectar necessidades dos clientes Obter custoxbeneficio a empresa Aumento no índice de classificação e produtividade Obtenção de resultados Fonte: O Pesquisador 88 Analisando os dados da tabela 14, detectam-se dois principais fatores que definem a eficiência dos programas na visão da direção. Competitividade na competição - 11,9%; evolução nos resultados da empresa - 10,7%. Tabela 14 - Fatores que levaram os programas eficientes a situação atual visão da direção FATORES AMOSTRA % PROGRAMA Credibilidade na valorização aos funcionários que proporcionam resultados Motivação e comprometimento Definir critérios de cargos e salários Aumentar nível cultural e profissional dos operadores Competitividade na competição 5 6,0 PIC 5 5 5 10 6,0 6,0 6,0 11,9 Envolvimento alta administração 5 6,0 Detectar necessidades dos clientes Evolução nos resultados da empresa 5 9 6,0 10,7 Melhora da comunicação interna 4 4,8 Medir clima organizacional 5 6,0 Liberdade de Expressão 5 6,0 PPR PIC PIC PIC / PPR Você Pergunta a Itagres Responde SAC PIC / PPR Você Pergunta Itagres Responde Você Pergunta Itagres Responde Você Pergunta Itagres Responde 4 4,8 SAC 5 3 5 4 84 6,0 3,6 6,0 4,8 100,0 PIC PPR SAC SAC Conscientização dos funcionários ao atendimento as necessidades dos clientes Empenho da alta administração Acionistas só pagam porque ganham mais Oferecer serviços ao cliente Estratégia comercial (diferencial) TOTAL Fonte: O Pesquisador Gráfico 8 - Fatores que levaram os programas eficientes a situação atual visão da direção 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% Credibilidade na valo rização ao s funcio nário s que pro po rcio nam resultado s M otivação e co mpro metimento Definir critério s de cargo s e salarios A umentar nível cultural e pro fissio nal do s o perado res Co mpetitividade na co mpetição Envo lvimento alta administração Detectar necessidades do s clientes Evo lução nos resultado s da empresa M elho ra da co municação interna M edir clima organizacio nal Liberdade de Expressão Co nscientização dos funcionário s ao atendimento as necessidades dos clientes Empenho da alta adminstração A cio nistas só pagam pq ganham mais Oferecer serviço s ao cliente Estratégia co mercial (diferencial) Fonte: O Pesquisador 89 5.15 Síntese do resultado da pesquisa Tabela 15 - Resumo dos principais fatores que induziram a implantação e manutenção de programas na Itagres PROGRAMAS FATORES INEFICIÊNTE Visão dos Funcionários Visão dos Diretores EFICIÊNTES - Motivação e comprometimento - Melhora na comunicação com o cliente - Detectar necessidades dos clientes - Conscientização dos funcionários a suas responsabilidades - Motivação e comprometimento - Competitividade na competição - Aumento do índice de classificação e produtividade - Treinamento a Funcionários - Incentivar a participação - Redução de custo - Incentivo trabalho de equipe - Redução de custo - Aumento do índice de classificação e produtividade - Incentivo trabalho de equipe - Melhora na QVT - Competitividade na Globalização Fonte: O Pesquisador Tabela 16 - Resumo dos principais fatores que definem a eficiência ou Ineficiência dos programas na Itagres PROGRAMAS FATORES INEFICIÊNTE - Falta de empenho das chefias Visão dos - Falta de empenho dos recursos Funcionários humanos Visão dos Diretores EFICIÊNTES - Motivação e comprometimento - Competitividade na globalização - Remuneração variável em função de resultados - Melhora serviços aos clientes - Melhora da Comunicação interna - Liberdade de expressão -Aumento no índice de classificação e produtividade - Obtenção de resultados - Falta de empenho das chefias - Competitividade na competição - Falta de empenho dos recursos - Evolução nos resultados da empresa humanos Fonte: O Pesquisador 5.16 Outras análises dos programas da Itagres A seguir apresentaremos resultados oriundos de análise feita pelo pesquisador, em cima dos 12 programas gerenciais da Itagres. Essas análises serão divididas em três visões as quais citamos abaixo: 90 5.16.1 Visualização dos programas implantados por área organizacional da empresa: Na Itagres existem 3 áreas: - Industrial - Comercial - Administrativa financeira Vamos trabalhar sintetizando dados dos programas por área e os com abrangência das três áreas. 5.16.1.1 Programas específicos da área industrial - PIC - PRO - Seminário interno de tecnologia 5.16.1.2 Programas específicos área comercial - SAC 5.16.1.3 Programas específicos da área administrativa/financeira - Sem programa 5.16.1.4 Programas com abrangência nas três áreas - 5S - Sistema da qualidade - Encontro cooperativo - PPR - 6 sigma - Boas idéias e sugestões - Você pergunta a itagres responde 91 - Sábado feliz Fazendo-se a união dos programas por área com os de abrangência temos nas três áreas, os seguintes gráficos: Gráfico 9 - Percentual dos programas implantados por área 100% 67% 80% 60% 40% 25% 8% 0% 20% 0% Industrial Comercial Adm/Financ Abrangência nas 3 áreas Fonte: O Pesquisador Gráfico 10 - Percentual dos programas exclusivos e com abrangência nas três áreas 100% 91,6% 75,0% 66,7% 80% 60% 40% 20% 0% Industrial Comercial Adm/Financ Fonte: O Pesquisador Conclui-se que a área industrial com 91,6% de participação em todos os programas, foi a área onde a empresa mais investiu, sendo que destes 91,6%, 25% foram programas específicos para a área. Em segundo plano a área comercial com 75% dos programas, sendo 8% de programas específicos da área, por ultimo a área administrativa financeira com 66,7% de participação nos programas, sendo que não foi lançado nenhum programa específico nesta área. 5.16.2 Visualização dos Programas Implantados por Níveis Hierárquico A Itagres possui níveis hierárquicos bem definidos que são: Diretoria, Gerência, liderança, Operadores. Vamos relacionar os programas a cada nível hierárquico, onde entendemos que o foco é mais forte. 1) Programas com foco em todos os níveis hierárquicos: 92 - 5S - Sistema da Qualidade - SAC - PPR - 6 Sigma 2) Programa para níveis de liderança, gerencia e diretoria: - Encontro cooperativo - Sábado feliz 3) Programas para nível de Liderança e operadores: - PIC 4) Programas para níveis de operadores: - PRO - Boas idéias e sugestões - Você pergunta a itagres responde - SIT Gráfico 11 - Número de programas por nível hierárquico 10 12 10 7 7 8 7 6 4 2 0 Operadores Liderança Gerência Diretoria Fonte: O Pesquisador Analisando o foco principal dos programas gerenciais percebemos que em nível de operadores a ênfase nos programas é maior, com 83% e os outros três níveis diretores, gerencia e diretoria ficam com 58%. Percebemos que tem programa onde seu foco principal é mais de um nível hierárquico. 93 5.16.3 Visualização dos programas implantados em função de suas áreas de atuação A seguir citaremos os programas e suas áreas de atuação principais: 1. 5S → Atua na qualidade de vida no Trabalho (QVT) 2. Sistema da Qualidade → Processo 3. SAC → Serviço (cliente) 4. Encontro cooperativo → Para trabalho em equipe 5. PIC → Motivação 6. PPR → Motivação 7. 6 SIGMA → Melhoria do processo 8. PRO → Motivação 9. Boas Idéias e Sugestões → Motivação 10. SIT → Treinamento 11. Você Pergunta a Itagres Responde → Motivação 12. Sábado Feliz → Serviço (cliente) Conforme gráfico 12, a área de maior atuação dos programas gerenciais é a área de recursos humanos com 68% dos programas, abrangendo, motivação, treinamento, trabalho em equipe e QVT, com 42%, 8%, 8%, 8%, respectivamente, na seqüência as outras duas áreas que são, serviços ao cliente e processos ficaram empatados com 16%. Gráfico 12 - Principais atuações dos programas 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 42% 16% 16% 8% Motivação Fonte: O Pesquisador Serviço Processo 8% Treinamento Trabalho em equipe 8% QVT 94 5.17 Análise dos programas da Itagres nas três visões dividindo-os em eficientes e ineficientes Análise dos 12 programas da Itagres, nas três visões analisadas (áreas organizacionais, nível hierárquico, áreas de atuação) relacionando-os a sua eficiência.(tabela 17) Tabela 17 - Tabela de programas nas três visões com relação à eficiência PROGRAMAS 5S Sistema da Qualidade SAC Encontro Cooperativo PIC PPR 6 Sgima PRO Boas Idéias e Sugestões Seminário Interno de Tecnologia Você Pergunta a Itagres Responde ÁREA ORGANIZACIONAL Adm/Financeira Industrial Comercial Adm/Financeira Industrial Comercial Comecial Adm/Financeira Industrial Comercial Industrial Adm/Financeira Industrial Comercial Adm/Financeira Industrial Comercial Industrial Adm/Financeira Industrial Comercial Industrial Adm/Financeira Industrial Comercial Adm/Financeira Industrial Sábado Feliz Comercial Fonte: O Pesquisador NÍVEL HIERARQUICO ÁREA DE ATUAÇÃO EFICIÊNCIA Operadores/Lideres Gerentes/Diretores QVT Ineficiente Operadores/Lideres Gerentes/Diretores Processo Ineficiente Operadores/Lideres Gerentes/Diretores Serviço ao Clente Eficiente Lideres Gerentes/Diretores Trabalho em Equipe Ineficiente Operadores/Lideres/ Motivação Eficiente Operadores/Lideres Gerentes/Diretores Motivação Eficiente Operadores/Lideres Gerentes/Diretores Processo Ineficiente Operadores Motivação Eficiente Operadores Motivação Ineficiente Operadores Treinamento Ineficiente Operadores Motivação Eficiente Serviço ao Cliente Eficiente Gerentes/Diretores Nesta pesquisa, quando usamos o termo programas eficientes nos referimos a todos os programas que continuam ativos e ou programas que não estão ativos por terem sido concebidos com prazo de duração determinado e permaneceram ativos neste prazo e atingiram seus objetivos. E os termos programas ineficientes são todos aqueles que estão inativos, com exceção aos que cumpriram o prazo pré-determinado. 95 Nº de Programas Gráfico 12 – Programa e sua eficiência por área organizacional 12 10 8 6 4 2 0 Industrial Comercial Adm./Finan. Total de programas por área da empresa Total de programas eficiêntes por área da empresa Fonte: O Pesquisador Pelo gráfico conclui-se que a área industrial investe mais em programas que as outras áreas, na questão eficiência as áreas industrial e comercial tem praticamente o mesmo desempenho, 45% e 44% respectivamente, a área administrativa financeira é a que menos investe em programas e é a que tem o menor desempenho na questão eficiência de programas gerenciais. Nº de Programa Gráfico 13 – Programas e sua eficiência por nível hierárquico 10 8 6 4 2 0 Operadores Lideres Gerentes Diretores Total de programa por nível hierarquico Total de programas eficientes por nível hierarquicos Fonte: O Pesquisador Através do gráfico percebe-se que o nível hierárquico onde os programas gerenciais mais atuaram foi o de operadores, com melhor desempenho, ou seja, 50% dos programas foram eficientes, nos outros três níveis hierárquicos ( Lideres, Gerente e Diretores) os programas tiveram menor atuação e percentual de desempenho de 43%. 96 Nº de Programa Gráfico 14 – Programas e sua eficiência por área de atuação 6 5,5 5 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Motiv ação Serv iço/cliente Pocesso Treinamento Trabalho em Grupo QVT Total de programas por área de atuação Total de programas eficientes por área de atuação Fonte: O Pesquisador Verifica-se que obtivemos programas eficientes em duas áreas de atuação que são motivação com 80% e serviço/cliente com 100% de desempenho. Gráfico 15 – Programas e sua eficiência Nº de Programa 7 6 50 % 50 % 5 4 3 2 1 0 Eficientes Ineficientes Fonte: O Pesquisador Nos programas da Itagres percebe-se que 50% foram eficientes e 50% ineficientes. 97 6 CONCLUSÃO O futuro das organizações esta sendo construído à base do crescimento das pessoas. A era da informação esta fazendo com que o trabalho seja cada vez mais mental menos braçal e mais informatizado. A nova economia é a economia da informação, obrigando as empresas a participarem ativamente do desenvolvimento dos recursos humanos. Este desenvolvimento dos recursos humanos é fundamental na busca incessante de melhoria nos sistemas, processos e produtos para aumentar a eficiência, nesta competitividade cada vez mais difícil, devido a globalização da economia. Uma ferramenta muito importante utilizada pelas organizações é a administração de programas gerenciais, porque torna a empresa mais flexível e ágil as necessidades dos clientes, que muda rapidamente. Após análise das informações sobre os programas na Itagres concluí-se que mesmo com duas visões distintas, funcionários e diretores, os fatores principais que levam os programas gerenciais ao insucesso ou ineficiência são comuns. Esses fatores são: − Falta de empenho das chefias; − Falta de empenho dos recursos humanos. Nos programas gerenciais eficientes, também verifica-se nos pontos principais que o pensamento tanto dos diretores como funcionários são os mesmos, com ISO, conclui-se que a comunicação e a visão que todos possuem dos programas gerenciais é homogênea em toda estrutura organizacional. Os programas gerenciais eficientes possuem, como pontos ou focos de atuação principais os que cita-se a seguir: − Motivação e comprometimento; − Competitividade na globalização; − Remuneração variável em função de resultados; − Melhora nos serviços a clientes; − Melhora na comunicação interna; − Liberdade de expressão; 98 − Obtenção de resultados; − Evolução nos resultados da empresa; − Aumento no índice de qualidade e produtividade; − Obtenção de resultados. Fazendo análise de percentual de programas implantados por áreas, dentro da estrutura organizacional da empresa, verificamos que 91,6% dos programas implantados na Itagres tiveram atuação na área industrial, 75% na comercial e 67% na administrativa financeira. Na questão de eficiência dos programas, os percentuais ficaram assim distribuídos, área industrial 45% de eficiência em 11 programas, comercial com 44% em 9 programas e administrativa financeira com 38% em 8 programas. Quando se analisa os programas em relação aos níveis hierárquicos, (4 níveis - operação, liderança, gerencia, direção), percebe-se que o nível onde os programas mais atuaram é o de operação com 83% (10 programas) e 50% de eficiência. Os três outros níveis ficam com os mesmos percentuais 58% de atuação com 43% de eficiência. Na análise por principal área de atuação dos programas, constata-se que a de maior atuação, é a de recursos humanos com 68% dos programas, abrangendo, motivação, treinamento, trabalho em equipe e QVT. Na área de motivação tem-se uma eficiência de 80% (4 programas eficientes em 5 implantados) e as outras tem zero de eficiência. Na seqüência, as outras duas áreas, serviços ao cliente e processos, ficaram empatados com 16% em termos de programas implantados, porém no quesito eficiência os números são bem diferentes, ou seja, 100% de eficiência em serviço ao cliente (2 programas implantados 2 programas eficiente) e zero de eficiência na área de processo com dois programas implantados. Com esses percentuais de eficiência percebe-se um direcionamento claro da Itagres, que quando o programa possui como foco principal o cliente final, esses são bem implantados e monitorados tornando-se eficientes, para cada vez mais melhorar os serviços prestados a seus clientes, melhorando credibilidade e iniciando o processo de fidelização do mesmo. Outro fato bem interessante é que os programas implantados no período analisado focam com ênfase a motivação no nível de operação da área industrial, 99 onde se conclui que a empresa trata o desenvolvimento dos recursos humanos como uma ferramenta fundamental para a manutenção e evolução da competitividade da empresa, como relata a teoria da nova organização. Conclui-se também que o processo ideal de implantação e monitoramento de programas na Itagres baseado nas informações contidas nesta pesquisa são: − Conscientizar e comprometer todos os funcionários da importância deste programa; − Treinar todos os envolvidos neste programa; − Apoio incondicional da alta administração, aos programas; − Necessidade de trazer resultados a empresa, tornando-a cada vez mais competitiva na economia globalizada de hoje; − Estabelecer uma forma de reconhecimento a todos em função do atingimento dos objetivos do programa; − Definir e repassar a todos com clareza e firmeza os objetivos do programa e que necessidade ele atende; − Definir um coordenador e sua equipe para traçar estratégias de implantação, monitoramento e análise dos programas; − As chefias, o ARH e formadores de opinião devem estar bem envolvidos com os pogramas; − Monitorar e analisar constantemente, sempre com informação nivelada a todos; − Possuir clima favorável ao trabalho em equipe e participação de todos; Pode-se se citar como pontos críticos no momento de implantação e monitoramento de programas na Itagres. − Não poder ter muitos programas ao mesmo tempo; − Sempre lançar programas que os objetivos venham a suprir uma necessidade da empresa; − O programa sempre tem que obter uma alta relação custo/beneficio; − Atuar sempre em satisfação de clientes internos e externos e/ou como motivador de recursos humanos; − O foco não deve ser o processo, mas sim o produto; Neste período de 1995 a 2005 levantou-se dados de doze programas e obteve-se 50% de eficiência. A seguir a tabela 17 conclui a relação de programas e 100 suas atuações dentro das áreas organizacionais, níveis hierárquicos e áreas de atuações, com os seus resultados de eficiência. Tabela 17 - Tabela de programas nas três visões com relação à eficiência PROGRAMAS 5S Sistema da Qualidade SAC Encontro Cooperativo PIC PPR 6 Sgima PRO Boas Idéias e Sugestões Seminário Interno de Tecnologia Você Pergunta a Itagres Responde ÁREA ORGANIZACIONAL Adm/Financeira Industrial Comercial Adm/Financeira Industrial Comercial Comecial Adm/Financeira Industrial Comercial Industrial Adm/Financeira Industrial Comercial Adm/Financeira Industrial Comercial Industrial Adm/Financeira Industrial Comercial Industrial Adm/Financeira Industrial Comercial Adm/Financeira Sábado Feliz Industrial Comercial Fonte: O Pesquisador NÍVEL HIERARQUICO ÁREA DE ATUAÇÃO EFICIÊNCIA Operadores/Lideres Gerentes/Diretores QVT Ineficiente Operadores/Lideres Gerentes/Diretores Processo Ineficiente Operadores/Lideres Gerentes/Diretores Serviço ao Clente Eficiente Lideres Gerentes/Diretores Trabalho em Equipe Ineficiente Operadores/Lideres/ Motivação Eficiente Operadores/Lideres Gerentes/Diretores Motivação Eficiente Operadores/Lideres Gerentes/Diretores Processo Ineficiente Operadores Motivação Eficiente Operadores Motivação Ineficiente Operadores Treinamento Ineficiente Operadores Motivação Eficiente Serviço ao Cliente Eficiente Gerentes/Diretores 101 REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução a metodologia do Trabalho Científico. 7 ed. São paulo: Atlas, 2005. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 7 ed. São Paulo, Atlas, 2002. ___________, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Campus, 1999. ___________, Idalberto. Administração de recursos humanos: fundamentos básicos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. ___________, Idalberto. Administração de recursos humanos: fundamentos básicos. São Paulo: Atlas, 1999. ___________, Idalberto. Comportamento organizacional : a dinâmica do sucesso das organizações. São Paulo: Thomson, 2004. ___________, Idalberto. Administração : teoria, processo e prática. 3. ed São Paulo: Makron Books, 2000. HELLER, Robert. Como gerenciar mudanças. São Paulo: Publi Folha, 1999. LUCENA, Maria Diva da Salete. Planejamento de Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 1995. LUCIANO, Fábia Liliã. Metodologia Científica e da Pesquisa. Criciúma: Líder, 2001. PURI, Subhah. Gestão da Estabilidade – A Arte de manter, motivar e criar desafios para colaboradores. Rio de Janeiro: Qualitymark LTDA, 2000. ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de Estágio e de Pesquisa em Administração. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1999. ROBBINS, Stephen P. Administração : mudanças e perspectivas. São Paulo: Ed. Saraiva, 2000-2002. TOFLER, Alvin H.. Powershift as mudanças do poder. 4 ed. Rio de Janeiro: Ed. Record, 1990. 102 ANEXOS 103 ANEXO 01 - FORMULÁRIO DE ENTREVISTA 1. Nome:_________________________________________________________________ 2. Área:__________________________________________________________________ 3. Função:________________________________________________________________ 3. Qual programa essencial em foco:_________________________________________ 4. Na sua visão quais motivos levaram a empresa implantar este programa gerencial? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 5. Como esta o programa atualmente? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 6. Em sua visão quais fatores que levaram o programa a esta situação atual? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 7. Você considera este programa voltado para que área? ( ) Industrial ( ) Comercial ( ) Adm/Financeira 8. Você considera este programa voltado para que nível hierárquico? ( ( ( ( ) Gerência/Diretoria ) Chefia Intermediária/Líderes ) Operacional ) Todos os níveis 9. Qual mês você enquadra este programa? ( ( ( ( ( ( ) Q.V.T ) Processo ) Serviço ) Motivação ) Treinamento ) Trabalho em Equipe 104 ANEXO 02 – FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Nome do Avaliado: Cargo: Turno: Setor: Registro: Responsável: Equipe: Data Admissão: Experiência de: à Data Avaliação: Instruções: Assinale a frase que melhor descreve o desempenho do colaborador avaliado. Considere: A - descreve plenamente, B – descreve situação pior SITUAÇÃO 1 SITUAÇÃO 2 SITUAÇÃO 3 Não possui conhecimentos Tem conhecimentos técnicos PREPARO Tem um nível técnicos e teóricos e teóricos suficientes para PROFISSIONAL Nível suficientemente alto de de conhecimentos suficientes para atender atender as dificuldades do conhecimentos técnicos e técnicos, bem como o suas necessidades no dia-a-dia na prática do cargo. teóricos e consegue, com seu aproveitamento cargo. Não demonstra estar Está em busca de facilidade, obter excelentes na resolução de em busca de aperfeiçoamento profissional. resultados. situações práticas de aperfeiçoamento trabalho. profissional. A B A B A B QUALIDADE DO TRABALHO Cuidado com o qual desenvolve suas atividades, tendo em vista sua persistência para conseguir os níveis de perfeição desejáveis. Seus trabalhos são de Precisa ser constantemente excelente qualidade, nunca cobrado quanto a boa omite detalhes importantes, qualidade e ao andamento das atividades. Omite nem se prende a elementos supérfluos. Sempre termina detalhes por julgá-los sem bem tudo o que se propõe a importância. Precisa esforçarse mais para terminar bem fazer, sem necessitar de uma atividade. cobrança. CRIATIVIDADE Capacidade de buscar e propor idéias novas ou soluções de problemas, sem prévia orientação. Está se saindo bem face à situações que exigem criatividade. Consegue usar seu potencial no sentido de melhorar e inovar hábitos rotineiros. Nunca se acomoda quando ainda é possível melhorar o que faz. A B A B CAPACIDADE DE Geralmente é lento e REALIZAÇÃO apresenta dificuldades na Capacidade de concretização de novas efetivação de idéias e idéias e projetos. Quando projetos. efetiva, sempre tem alguém que toma a frente por ele. A B COOPERAÇÃO Atitude com a empresa, com a chefia e com os colegas. Disponibilidade, tendo em vista as necessidades da empresa. Está sempre à disposição da empresa, do trabalho sob a sua responsabilidade e das pessoas com as quais convive, no sentido de prestar sua colaboração pessoal. É comum recorrerse a ele como pessoa disposta a ajudar. A B A B Os trabalhos que faz são de boa qualidade. Está atento aos detalhes que realmente são importantes. Raras são as cobranças quanto a qualidade e aos prazos. A B Apesar do esforço que faz, as É repetitivo e rotineiro na idéias novas e soluções que forma de trabalhar e encontra para os problemas enfrentar as circunstâncias que tem, são ainda simples e do trabalho. As idéias que tem e as soluções que incompletas. Precisa de orientação constante quando oferece são pobres e se defronta com problemas praticamente que foge a rotina. inaproveitáveis. A B Boa capacidade de concretizar idéias novas. Quando tem alguma dificuldade, consegue administrar e resolver, sem ter que parar o projeto. A B A B Excelente capacidade de concretizar idéias novas. Consegue colocar em prática novas idéias com satisfatória habilidade. A B Atende as solicitações da Procura sempre um meio de empresa, do trabalho e das se esquivar a dar sua demais pessoas à sua volta. colaboração pessoal para a Mostra boa vontade quando é empresa ou para as solicitado a participar, ou dar pessoas que o cercam. Assume uma atitude sua contribuição pessoal em algo. característicamente egoísta, colocando seus interesses à frente das solicitações da empresa. A B A B PONTOS 105 RACIOCÍNIO Tem grande habilidade em Tem bom potencial de Precisa aprimorar seu LÓGICO Capacidade desenvolver raciocínios desenvolver raciocínios espírito crítico. O de analisar problemas lógicos. Seu espírito crítico lógicos. Consegue trabalhar desencadeamento dos ou situações de forma lhe permite desenvolver com análise e síntese, sem raciocínios que faz peca por crítica e segura. tanto síntese quanto se confundir ou comprometer falta de lógica. Suas idéias análise, chegando a o problema. são obscuras e confusas. conclusão mais adequada e coerente com o problema. A B ADAPTABILIDADE Seu alto nível de Capacidade de aceitar adaptabilidade faz com que situações novas e procure compreender procurar adaptar-se a posições ou pontos de vista diferentes dos seus. Não elas de forma perde a sua individualidade produtiva. e sabe bem quando e como ser flexível. A B A B A B Irrita-se quando as condições Não ocasiona problemas em de trabalho e as situações que requeiram circunstâncias em que está compreensão de outros são contrárias a sua maneira pontos de vista ou de ser. Em muitas ocasiões adaptação pessoal. Basta não consegue compreender explicar-lhe bem que posições diferentes das suas. procurará ser flexível. Precisa ser mais flexível. A B A B Procura contornar suas CARACTERÍSTICAS Em sua maneira de ser, DE predominam características características desfavoráveis de personalidade. Precisa de PERSONALIDADE favoráveis de equilíbrio Equilíbrio e emocional. Tem conseguido ajuda para aprender a agir de maturidade emocional, superar suas próprias forma mais homogênea, sem falhas. Tem nível de grandes oscilações tendo em vista seu maturidade suficiente para emocionais. Está comportamento o cargo que ocupa. amadurecendo habitual. gradativamente. A B A B É imaturo para a idade que tem e para o cargo que ocupa. Suas reações são do tipo emocional, a fim de comprometer a posição que ocupa. Não se sabe como vai reagir: suas reações são variadas. A B Consegue realizar suas ORGANIZAÇÃO E A desorganização e sujeira É organizado com seus atividades, porém é comum no seu ambiente de documentos e materiais. DISCIPLINA ver o seu ambiente de Cuidado que tem com trabalho atrapalha a Mantém tudo identificado e trabalho desorganizado. Por limpo. É sempre pontual e seus documentos e realização de suas atividades. Chega descuido, algumas vezes materiais, tendo em respeita as normas e constantemente atrasado. chega atrasado. Normas e procedimentos da emprresa. vista limpeza, identificação e Desobedece normas e procedimentos não são 100% ordenação. Respeito procedimentos usualmente. respeitadas. aos horários, normas Precisa melhorar muito. e procedimentos da empresa, sejam eles escritos ou não. A B A B A B LIDERANÇA Talento para coordenar. Desempenho demonstrado para treinar, orientar e delegar responsabilidades e se comunicar eficazmente. Quando solicitado, realiza Não demonstra habilidade Demonstra grande talento os treinamentos para treinar, procurando para coordenar pessoas e adequadamente. Consegue sempre se esquivar desta atividades. Tem grande coordenar pessoas e tarefa. Tem dificuldades para habilidade para treinar e se comunicar. Dedica-se ao atividades com sucesso. coordenar pessoas e atividades. Encontra-se treinamento, até mesmo Quando necessário, se comunica, orienta e delega constantemente em apuros sem ser solicitado. Sabe responsabilidades sem porque não consegue orientar e delegar responsabilidades grandes dificuldades. orientar, delegar responsabilidades e se facilmente e obtém ótimos comunicar eficazmente resultados. quando necessário. A B A B A B TOTAL MR: ME: Assinatura da Equipe (Avaliadores) e do Responsável: Data do Feedback para Responsável pelo Feedback: o avaliado: MG: Conceito: Assinatura do Avaliado: